Anais do 40º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia

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TESE

AO-01

TÍTULO: A MATRIZ EXTRACELULAR DA PAREDE LATERAL DA FARINGE NA SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): DANIELLE ANDRADE DA SILVA DANTAS , THAIS MAUAD, LUIZ FERNANDO FERRAZ DA SILVA, GERALDO LORENZI-FILHO, GILBERTO GUANAES SIMÕES FORMIGONI, MICHEL BURIHAN CAHALI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - FMUSP

INTRODUÇÃO: A colapsibilidade excessiva das paredes laterais da faringe desempenha um papel fundamental na gênese da sííndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS). O aumento da idade, do peso e a gravidade da doença estão diretamente associados a colapsibilidade da faringe. A matriz extracellular do endomísio dos músculos esqueléticos influencia o comportamento e a função das células musculares. É possível que as alterações dos componentes da matriz extracelular da parede lateral da faringe contribuam para a disfunção das vias aéreas superiores durante o sono.

OBJETIVO: Quantificar os componentes da matriz extracelular na parede lateral muscular da faringe e compará-los entre pacientes do grupo SAOS e controle não-obesos.

METODOLOGIA: As amostras do músculo constrictor superior da faringe foram obtidas durante as cirurgias da faringe (amigdalectomia ou uvulopalatopalatofaringoplastia) de 51 pacientes adultos não-obesos, divididos em 13 controles e 38 com SAOS. A área proporcional de fibras elásticas, colágeno tipos I e III, metaloproteínas 1 e 2, versican e fibronectina no endomísio foram determinadas por análises histoquímica e imuno-histoquímica. 

RESULTADOS: Os músculos da faringe de pacientes com SAOS têm significativamente mais colágeno tipo I em relação aos controles (p = 0,02). A Idade foi positivamente correlacionada com o colágeno tipo I. O colágeno tipo III se correlacionou  inversamente com a idade e o índice de massa corpórea. Não houve inflamação nas amostras dos dois grupos.

CONCLUSÃO: Estes dados sugerem que o aumento da quantidade de colágeno tipo I nos músculos da faringe pode estar relacionada à disfunção muscular das vias aéreas superiores encontrada na SAOS.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-02

TÍTULO: ABORDAGEM ENDOSCÓPICA NASAL PARA TRATAMENTO DE FÍSTULA LIQUÓRICA RINOGÊNICA: REVISÃO DE 17 CASOS

AUTOR(ES): MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS , MOISÉS XIMENES FEIJÃO, ÉRIKA FERREIRA GOMES, JACKSON GONDIM, CAROLINA VERAS AGUIAR, JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: Fístula liquórica rinogênica é uma comunicação do espaço subaracnóideo com a cavidade nasal ou seios paranasais. Pode apresentar diversos sintomas ou sinais sendo o mais comum a rinorréia, estando associada a um risco de 10% ao ano do surgimento de meningites. Pode ser classificada quanto à etiologia, sítio anatômico e nível de pressão intracraniana. O termo espontâneo implica que a fístula surgiu sem a presença de um evento desencadeante. Já a adquirida remete a inúmeras causas como trauma, cirurgias, tumores e malformações da base do crânio (mielomeningocele).    Hoje, as causas pós-cirúrgicas são a principal etiologia. A abordagem endoscópica vem ganhando destaque por evitar as morbidades tradicionalmente associadas às abordagens por craniotomia frontal, como anosmia, hemorragia intracraniana, edema cerebral e convulsões.

OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico-epidemiológico e o tratamento por via endoscópica nasal dos pacientes com fístula liquórica do serviço de otorrinolaringologia de um hospital terciário de ensino.

MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo por revisão de casos de pacientes submetidos à correção endoscópica de fístula liquórica rinogênica em um serviço de ORL de um hospital público terciário de ensino de Fortaleza de 1995 e 2010. Foram avaliados perfil epidemiológico, aspectos clínicos, técnica cirúrgica, complicações intra e pós-operatórias e seguimento ambulatorial pós-cirúrgico.

RESULTADOS: A principal causa de fístula liquórica rinogênica observada no estudo foi a de etiologia traumática (12 pacientes ou 67%), sendo que destas 9 (50%) foram de causa cirúrgica, enquanto apenas 3 (17%) foram resultantes de trauma crânio encefálico (TCE). As fístulas espontâneas contribuíram com 33% (6 pacientes) das causas. Destas, observamos obesidade grau I em 2 pacientes e grau III em outros dois. O local de maior acometimento das fístulas foi o seio esfenoidal perfazendo 10 pacientes (56%), seguido pelo seio etmoidal com 4 (22%), lâmina cribiforme com 3 (16%), e combinados seio esfenoidal e lâmina cribiforme em 1 caso (6%). Apenas 1 paciente apresentou sangramento pós-operatório, associado a edema palpebral à esquerda, como complicação pós-cirúrgica. Como complicações tardias pós-operatórias, apenas 2 (11%) pacientes evoluíram com sinéquias. Dos 18 pacientes operados, houve 2 casos de recidiva. 

DISCUSSÃO: Contradizendo o que se observa na literatura, predominaram no estudo as fístulas de origem traumática pós-cirúrgica, ao passo que o TCE, comumente a causa mais prevalente, contribuiu apenas com 17% dos casos. Tal achado poderia ser atribuível ao fato de o Hospital no qual foi realizado o estudo não ser de referência em trauma, mas considerado hospital de ensino. A associação observada no estudo entre fístula espontânea e obesidade é bem documentada na literatura.  Em relação à localização da fístula, predominou o seio esfenoidal, em virtude da maioria dos casos ocorrer pós ? ressecção de adenoma hipofisário. As complicações pós-operatórias, dois casos de sinéquia e um de sangramento, pareceram independer da técnica ou tipo de material utilizado, estando associadas a condições de seguimento pós-operatório, que incluíam cooperação e situação socioeconômica do paciente. 

CONCLUSÃO: A via endoscópica transnasal vem sendo a principal opção terapêutica para correção de fístulas liquóricas rinogênicas por ser uma técnica minimamente invasiva com baixa morbidade e apresentar boa efetividade.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-03

TÍTULO: ABORDAGEM TRANSLABIRÍNTICA ALARGADA COM EXTENSÃO TRANSAPICAL NO TRATAMENTO DO SCHWANNOMA VESTIBULAR GIGANTE

AUTOR(ES): ROBERTO DIHL ANGELI , ENRICO PICCIRILLO, ABDELKADER TAIBAH, GIULIANO SEQUINO, GIUSEPPE DI TRAPANI, MARIO SANNA

INSTITUIÇÃO: GRUPPO OTOLOGICO - PIACENZA E ROMA (ITÁLIA)

Introdução: A abordagem translabiríntica (ATL) ao ângulo pontocerebelar foi considerada, durante anos, um acesso inadequado para a remoção de tumores de grandes dimensões, pois não permitia a exposição adequada daquela região. Algumas adaptações foram introduzidas ao método original com o propósito de ampliar o campo operatório. A mais importante destas foi a ATL alargada (ATL-A), caracterizada por uma extensa mastoidectomia, expondo a dura mater das fossas média e posterior, o seio sigmóide e o bulbo jugular. Com isto, o conduto auditivo interno (CAI) é exposto por 270 graus na sua circunferência. A extensão transapical foi outra adaptação recentemente introduzida, caracterizada por um aumento na quantidade de remoção óssea ao redor do CAI entre 300 e 360 graus.

Objetivos: Descrever e analisar os resultados obtidos em uma série de pacientes com Schwannoma Vestibular (SV) unilaterais, gigantes (com diâmetro extrameatal maior que 40 mm) e submetidos à ressecção através da ATL-A associada a outras adaptações da técnica original, principalmente a extensão transapical.

Metodologia: Em um universo de 2133 pacientes operados entre 1987 e 2009 nesta Instituição, foram identificados 110 casos de SV maiores que 40 mm. Estes pacientes tiveram seus prontuários revisados. Os desfechos analisados incluíram: extensão da remoção (total ou parcial), integridade anatômica do nervo facial (NF) durante a cirurgia, presença de doença residual ou recorrente, função do NF após 1 ano de seguimento e complicações pós-operatórias.

Resultados: Todos os pacientes foram operados pela ATL-A. Em 99 casos foi empregada também a extensão transapical. Nos demais pacientes, foram empregadas técnicas transcocleares. Remoção completa do tumor foi obtida em 91.8% dos casos, sendo alcançada em 2 tempos em 5 pacientes. O NF foi preservado anatomicamente em 76.4% dos casos. Em 7 pacientes foi realizada a reconstrução intraoperatória do NF com enxerto do nervo sural. Após 1 ano de seguimento, em 75% dos casos a atividade do NF foi classificada como House-Brackmann I a III. Não houve óbitos nesta série. Complicações neurovasculares maiores ocorreram em 2 pacientes. Dois 2 pacientes apresentaram liquorreia pós-operatória, necessitando revisão cirúrgica. Ataxia cerebelar pós-operatória transitória foi observada em 3 pacientes.

Conclusões: Os resultados demonstram que a ATL-A com extensão transapical é o método de eleição para a remoção de SV gigantes, estando associada a uma alta taxa de ressecção completa, possibilidade de reconstrução intraoperatória do nervo facial e uma incidência muito baixa de complicações. As adaptações descritas têm permitido o controle completo e seguro de tumores de qualquer dimensão.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-04

TÍTULO: ACESSO TRANSESFENOIDAL VIA ENDOSÓPICA ENDONASAL A LESÕES SELARES: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA.

AUTOR(ES): ALINE PIRES BARBOSA , DENISE BARREIRO COSTA, EDWIN TAMASHIRO, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, RICARDO CASSIANO DEMARCO, HÉLIO RUBENS MACHADO, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP.

Introdução: O acesso endoscópico à sela túrcica é atualmente uma importante opção de tratamento para lesões selares e parasselares, com menor morbidade em relação aos métodos tradicionais. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar a experiência de um serviço multidisciplinar em cirurgias da sela túrcica com acesso endoscópico. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo por análise de prontuários de pacientes submetidos a acessos transesfenoidais via endoscópica endonasal, realizados pelas equipes de neurocirurgia e otorrinolaringologia, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009. Resultados: Foram analisados 61 procedimentos, sendo 51% de pacientes do sexo masculino, com idade média de 41 anos. O diagnóstico etiológico foi macroadenoma hipofisário não secretor em 49% dos casos. Ressecção incompleta macroscópica da lesão foi observada em 4 casos, devido principalmente a sangramento importante no intra-operatório. O tempo médio de hospitalização foi 7,6 dias, e as complicações pós-operatórias mais freqüentes foram sinéquia (7 casos), sangramento (3) e fístula nasoliquórica (2). Recidiva da lesão foi detectada em 18 casos (29%). Conclusão: A cirurgia transesfenoidal endonasal com endoscópio tem sido o procedimento de escolha por permitir bom acesso ao seio esfenoidal e ótima visualização da sela túrcica, com baixa morbidade e pouco desconforto pós-operatório.

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TESE

AO-05

TÍTULO: ACHADOS CLÍNICOS E POLISSONOGRÁFICOS DE PACIENTES COM BÓCIO VOLUMOSO SUBMETIDOS A TIREOIDECTOMIA.

AUTOR(ES): LEONARDO HADDAD , MÁRCIO ABRAHÃO, FERNANDA LOUISE MARTINHO HADDAD, FLÁVIO CARNEIRO HOJAIJ, LUIS CARLOS GREGÓRIO, SÉRGIO TUFIK, LIA RITA AZEREDO BITTENCOURT

INSTITUIÇÃO: UNIFESP

Objetivo: Avaliar a prevalência da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) num grupo de pacientes com bócio volumoso e determinar o impacto da tireoidectomia nos parâmetros clínicos e polissonográficos desses pacientes. Método: Foram selecionados 24 pacientes com diagnóstico de bócio com volume superior a 100 ml, eutireóideos com indicação de tireoidectomia. Os pacientes foram submetidos a exame físico, questionários de sono e polissonografia basal. Realizou-se a tireoidectomia e efetuou-se uma reavaliação  três meses após a cirurgia. Os pacientes foram divididos em dois grupos: com SAOS e sem SAOS (NSAOS). Os parâmetros antropométricos, clínicos e principais dados da polissonografia obtidos no pré-operatório foram comparados aos mesmos achados no pós-operatório, tanto no grupo todo - SAOS + NSAOS -, quanto no grupo com SAOS apenas. Resultado: 70,8% dos pacientes estudados apresentavam SAOS (p=0,004). Após realização de tireoidectomia, foram encontrados como dados estatisticamente significantes: (1) Menor circunferência cervical no pós-operatório tanto no grupo todo, quanto no grupo SAOS; (2) Melhora no pós-operatório da Escala de Sonolência de Epworth, da nota para a qualidade do sono e do questionário de sono de Berlin sugestivo de SAOS, tanto no grupo todo, quanto no grupo SAOS; (3) Diminuição do sono N1 no pós-operatório do grupo todo. Dados sem significância estatística: (4) Índice de massa corpórea tanto no grupo todo, quanto no grupo SAOS; (5) Queixa de ronco habitual tanto no grupo todo, quanto no grupo SAOS; (6) Todos os parâmetros polissonográficos, com exceção do N1 no grupo todo, tanto no grupo todo, quanto no grupo SAOS. Conclusão: Há uma alta prevalência de SAOS em pacientes com bócio volumoso. Após a realização de tireoidectomia, observa-se uma melhora dos parâmetros subjetivos relacionados ao sono - questionários de sono -, o que não é observado para os parâmetros polissonográficos.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-06

TÍTULO: ADAPTAÇÕES POSTURAIS POR ESTIMULAÇÃO VISUAL EM AMBIENTE DE REALIDADE VIRTUAL

AUTOR(ES): LEONEL ALMEIDA LUÍS, TERESA BENZINHO, NIDIA FERREIRA, FERNANDO VAZ GARCIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTONEUROLOGIA ? CLÍNICA EUROPA, LISBOA, PORTUGAL

INTRODUÇÃO: A postura é mantida através do controlo dinâmico do sistema músculo-esquelético pelo sistema nervoso central. A perceção postural é multissensorial, dependendo da integração dos inputs visuais, auditivas e somato-sensoriais num modelo percetual unificado. O modo como estas aferências sensoriais interagem, competindo ou facilitando determinada resposta, bem como a capacidade que temos de intervir neste processo, principalmente em situações de conflito sensorial, são as bases da avaliação do risco de queda por posturografia, bem como da reabilitação postural.

OBJETIVO: Avaliar as alterações posturais que ocorrem sob estimulação visual sacádica, optocinética e sob interacção visuo-vestibular em ambiente de realidade virtual.

METODOLOGIA: 52 indivíduos, 22 doentes e 30 saudáveis foram estudados com duas plataformas de posturografia: a Basic Balance MasterR e a  Balance Rehabilitation UnitTM (BRUTM). Ambas as plataformas forneceram valores de limites de estabilidade, centro de pressão e  velocidade de oscilação tendo os resultados sido comparados. O teste sensorial da BRUTM forneceu ainda dados sob estimulação visual, foveal e retiniana, e sob interacção visuo-vestibular (estímulos foveais associados a movimentos lentos de rotação e flexão-hiperextensão da cabeça). Os estímulos visuais foram apresentados em óculos de realidade virtual, na obscuridade. A 19 dos voluntários foi ainda pesquisada a velocidade de oscilação postural na Basic Balance MasterÒ sob interacção visuo-vestibular utilizando cenários de realidade virtual fornecidos pela BRUTM.

RESULTADOS: Os valores de velocidade de oscilação na condição olhos abertos e olhos fechados em superfície firme e olhos fechados em superfície de espuma de ambas as plataformas estão correlacionados.

Em concordância com outros estudos, os estímulos optocinéticos aumentaram a área de oscilação especialmente se verticais e de baixo para cima. De igual modo, os movimentos sacádicos, tanto horizontais como verticais não causaram alterações significantes no controlo postural. A área e velocidade de oscilação postural aumentaram em ambiente de realidade virtual na maioria dos indivíduos(>80%), tendo, nomeadamente, o índice de Romberg para a área em ambiente de realidade virtual no plano horizontal sido duas vezes maior do que na condição olhos fechados em ambos os grupos (doentes e voluntários).

CONCLUSÃO: No nosso departamento a avaliação postural é realizada com a Basic Balance MasterR, sendo a BRUTM utilizada para reabilitação vestibular. A comparação entre as variáveis comuns a ambas as plataformas apresentaram forte correlação pelo que nos parece possível a utilização da BRUTM como plataforma de avaliação postural.

O facto de os estímulos sacádicos terem sido apresentados em óculos de realidade virtual e não terem afectado o controlo postural reforça o papel propiocetivo da musculatura extraocular.

Concluímos também que modificação e perda da aferência visual são diferentes, podendo o índice de Romberg para a área em ambiente de realidade virtual ser um bom indicador de dependência visual.

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TESE

AO-07

TÍTULO: ANÁLISE COMPARATIVA DO PH, VOLUME E CONCENTRAÇÃO DO FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO DA SALIVA EM INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE SJÖGREN E REFLUXO LARINGOFARÍNGEO

AUTOR(ES): MARCO ANTÔNIO DOS ANJOS CORVO , CLAUDIA ALESSANDRA ECKLEY, BIANCA MARIA LIQUIDATO, GUSTAVO LEÃO CASTILHO, CIBELLE NUNES DE ARRUDA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A saliva é um dos componentes fundamentais para a homeostase do sistema digestório. Estudos recentes demonstraram que pacientes com refluxo laringofaríngeo (RLF) apresentam acidificação do pH salivar e concentração salivar reduzida do fator de crescimento epidérmico (EGF). A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto-imune das glândulas exócrinas, sendo um modelo clínico para xerostomia e para analisar as repercussões desta ao nível da laringe, faringe e sistema digestório.

OBJETIVO: Estudar as características volumétricas e biomoleculares da saliva de indivíduos com SS e RLF

METODOLOGIA: Foram avaliados 19 pacientes com a síndrome e comparados com 12 indivíduos saudáveis (grupo controle sem SS e sem RLF). O diagnóstico de suspeita do RLF foi firmado à partir de sintomas e sinais sugestivos (RSI>13 e RFS>7) e confirmado por endoscopia digestiva alta ou por pHmetria esofágica de duplo sensor de 24 horas. Duas amostras consecutivas de saliva foram obtidas, uma de saliva total não estimulada(STNE) e outra de saliva total estimulada(STE) por mastigação de parafilm M®. Após centrifugação das amostras, o sobrenadante foi separado para mensuração do volume (mL), pH (medidor digital) e concentração de EGF (ELISA).

RESULTADOS: Todos os pacientes do grupo estudo e do grupo controle eram do gênero feminino, sendo a idade média 60 anos e 44 anos, respectivamente. A prevalência de RLF foi de 100% dos pacientes com SS. O pH médio na STNE foi de 7,53 no grupo estudo e 7,57 no grupo controle, enquanto na STE houve aumento significativo para 7,87 e 7,93, respectivamente. Apesar disso, não houve diferença significante de pH entre os grupos estudo e controle tanto na STNE e quanto na STE. O volume salivar médio dos pacientes com SS foi de 1,27mL na STNE e de 3,78mL na STE, sendo o volume salivar dos controles significativamente maior (4,02 na STNE e 11,96 na STE). Além disso, o aumento volumétrico observado após a mastigação foi considerado estatisticamente significante. Tanto no grupo estudo quanto no controle houve diminuição significativa da concentração salivar de EGF após o estimulo mastigatório na mesma proporção (de 59,38 para 27,63pg/mL no grupo estudo e de 43,53 para 19,10pg/mL no grupo controle). Não houve diferença significante entre os valores de EGF entre os grupos estudo e controle tanto na STNE e quanto na STE.

CONCLUSÃO: Concluiu-se que o RLF foi altamente prevalente na população estudada, sendo este causado possivelmente por queda global do volume salivar, não sendo constatadas deficiências específicas no pH ou concentração de EGF da saliva.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-08

TÍTULO: ANÁLISE HISTOLÓGICA DA INJEÇÃO DE LÁTEX E HIDROXIAPATITA EM PREGAS VOCAIS - ESTUDO EXPERIMENTAL EM CÃES

AUTOR(ES): DANIEL SALGADO KUPPER , MARIA CÉLIA JAMUR, CONSTANCE OLIVER, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA, JOSÉ ANTONIO APPARECIDO DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - FMRP - USP

INTRODUÇÃO: Insuficiência glótica pode ser definida como a perda de coaptação adequada entre as pregas vocais. Disfonia e aspiração de líquidos e sólidos são os sintomas mais comuns. Existem dois tipos de cirurgia para correção de insuficiência glótica: tireoplastia e injeção de substâncias. Esta última técnica tem-se mostrado mais fácil de executar, com menor custo e menor taxa de morbidade.  Porém, a substância ideal para realizar o procedimento ainda é desconhecida. Vários materiais foram tentados ao longo do último século, sem sucesso, havendo absorção, formação de granulomas de corpo estranho ou migração da substância injetada. A hidroxiapatita é o principal componente de ossos e dentes, e já vem sendo utilizada na área da saúde, para reparação de defeitos ósseos ou odontológicos, com boa aceitação, e sem descrição de toxicidade, reação de corpo estranho ou absorção. O látex é a substância natural da árvore Hevea brasiliensis e tem mostrado boa biocompatibilidade com tecido animal em vários experimentos já realizados, como: timpanoplastias, reparação de esôfagos em cães, próteses vasculares e encapsulamento de ilhotas de Langerhans submetidas a transplante.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar histologicamente as conseqüências da injeção de hidroxiapatita e látex em pregas vocais caninas, previamente paralisadas, avaliando a resposta inflamatória obtida, migração tecidual e viabilidade do implante.

MATERIAIS E MÉTODOS: Vinte e um cachorros foram divididos em sete grupos de três animais cada: Grupo 1A: injeção de látex e sacrifício em 24 horas. Grupo 1B: Injeção de látex e sacrifício em 14 dias. Grupo 1C: Injeção de látex e sacrifício em 180 dias. Grupo 2A: Injeção de Hidroxiapatita e sacrifício em 24 horas. Grupo 2B: Injeção de Hidroxiapatita e sacrifício em 14 dias. Grupo 2C: Injeção de hidroxiapatita e sacrifício em 180 dias.Um outro grupo com 3 cães serviu de controle e foi sacrificado em 24 horas, 14 e 180 dias. O pó de cimento de HÁ foi dissolvido em solução salina e injetado. O látex foi obtido diretamente da árvore Hevea brasiliensis,filtrado,esterilizado e então injetado na prega vocal previamente paralisada. O local da injeção foi o mesmo para as duas substâncias, no 1/3 posterior da prega vocal, diretamente no músculo tireoaritenoideo, lateralmente ao processo vocal.

RESULTADOS: A injeção de látex ocasionou intenso infiltrado inflamatório em 24 horas e em 14 dias; histologicamente, foi observada disseminação da substância ao longo das fibras musculares e tecidos cervicais. Em 6 meses a inflamação declinou, porém não havia sinais do látex injetado, que foi reabsorvido. A hidroxiapatita levou à inflamação intensa em 24 horas que declinou para grau moderado em 14 dias e discreta em 6 meses. Não houve sinais de reabsorção importante do enxerto e sua posição de injeção foi mantida, não induzindo reação de corpo estranho ou disseminação tecidual.

CONCLUSÃO: O látex não preenche os critérios para substância a ser injetada, devido à disseminação tecidual. A hidroxiapatita manteve o sítio de injeção, não migrou pelos tecidos cervicais e mostrou boa viabilidade, sem reação de corpo estranho, o que a torna candidata à substância ideal.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-09

TÍTULO: ASSOCIAÇÃO DE PÓLIPOS DE PREGAS VOCAIS A ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS MÍNIMAS

AUTOR(ES): ÉRIKA PÉREZ IGLESIAS , ANDRÉ FERNANDO SCHERER, GEÓRGIA PATRÍCIA NOVAK PINHEIRO FREITAS, ADRIANA HACHIYA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL

INTRODUÇÃO: Os pólipos vocais apresentam grande variabilidade quanto à forma, tamanho e coloração. Localizam-se normalmente nos dois terços anteriores das pregas vocais, podendo ser únicos ou múltiplos.

A principal etiologia dos pólipos dos pregas vocais é o fonotrauma súbito, acarretando formação de hematoma no espaço de Reinke podendo gerar um processo inflamatório, que estaria relacionada com a formação do pólipo. À  histologia revela membrana basal normal, estroma com abundante vascularização, depósito de fibrina e pouco colágeno.

As alterações estruturais mínimas (AEM) são desvios na configuração da arquitetura histológica da mucosa, que podem interferir nas características vibratórias das pregas vocais. Dentre as AEM temos: sulco vocal, cisto epidermóide, ponte de mucosa, microdiafragma laríngeo e vasculodisgenesia.

 

OBJETIVO: Avaliar associação entre pólipo de pregas vocais e AEM.

 

METODOLOGIA: Realizado um estudo retrospectivo, a partir de prontuários de 74 pacientes submetidos a microcirurgia laríngea por de pólipo vocal , sendo, destes , 26 (35%) homens e 48 (65%) mulheres, avaliando a presença de AEM simultânea no intra-operatório, abuso vocal, tabagismo e presenção de refluxo gastroesofágico (RGE) obtido através da descrição pré-operatória da videolaringoscopia. 

 

RESULTADOS: Dos 74 pacientes, 38 (51%) deles apresentaram pólipo em prega vocal direita (PVD), 31 (42%) em prega vocal esquerda (PVE), e 5 (7%) apresentaram pólipo em ambas as pregas vocais. 

A presença de AEM concomitante foi encontrada em 27 pacientes (36,4%), tendo 8 deles apresentado 2 lesões simultâneas.

Das 35 AEM encontradas 12 eram do tipo (34%) sulco bolsa, 9 (25,5%) vasculodisgenesias, 7 (20%) sulcos tipo estria,  3 (8,5%) cistos epidermóide e 2 (6%) pontes mucosa e 2 microdiafragmas laríngeo (6%).

Quanto aos fatores de risco: 48 (64,8%) pacientes tinham história de abuso vocal, 22 (29,7%) eram tabagistas ou ex-tabagistas e  27 (36,4%) tinham  RGE.

 

CONCLUSÃO: É relativamente freqüente a presença de alterações estruturais mínimas associadas aos pólipos de prega vocal. Em nosso estudo, a incidência foi de 36,4%. É essencial uma investigação cuidadosa dessas lesões para buscar um adequado manejo terapêutico.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-10

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA INFILTRAÇÃO INTRATIMPÂNICA DE CORTICOSTERÓIDE COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTO NA SURDEZ SÚBITA NÃO RESPONSIVA AO CORTICÓIDE SISTÊMICO

AUTOR(ES): LILIA PEREIRA ABREU , ROBERTO ALCÂNTARA MAIA, PAULO TOMIO OKASAKI, ALEXANDRA KOLONTAI DE SOUSA OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

Introdução: Surdez súbita é definida como uma perda auditiva neurossensorial maior que 30dB em pelo menos três freqüências audiométricas consecutivas instalando até 72horas. O tratamento mais utilizado é o uso de corticosteróide sistêmico, porém em alguns casos essa modalidade de tratamento não apresenta uma resposta considerável. Uma alternativa para esses casos seria o uso de corticosteróide intratimpânico. Objetivo: Avaliar e comparar os resultados audiométricos com o uso da infiltração intratimpânica de dexametasona em pacientes não responsivos ao tratamento inicial com corticosteróide sistêmico, com aqueles em que nenhuma terapia adicional era mais realizada; determinando se o uso da infiltração intratimpânica de corticosteróide seria uma terapia válida nesses casos. Material e Método: Foram selecionados de setembro de 2004 a julho de 2009 pacientes com diagnóstico de surdez súbita idiopática não responsivos ao tratamento inicial com corticosteróide sistêmico; comparando os resultados audiométricos em um grupo que foi submetido à infiltração intratimpânica de corticosteróide com outro grupo em que nenhuma terapia adicional era mais realizada. Calculamos o ?pure-tone average? (PTA) ao término do tratamento inicial com corticosteróide sistêmico e ao término da terapia intratimpânica ou do período observacional, comparando os ganhos audiométricos. Resultados: Os pacientes submetidos à infiltração intratimpânica de corticosteróide (grupo A) representavam 13 pacientes e apresentaram um ganho audiométrico médio de 11 dB, sendo que em 2 (15,4%) pacientes observamos recuperação completa da audição, 1 (7,7%) recuperação moderada, 3 (23,1%) recuperação discreta e 7 (53,8%) não houve recuperação; segundo os critérios de Furuhashi et al. Ao passo que no grupo em que nenhuma terapia adicional era mais realizada (grupo B), observamos uma piora audiométrica média de 4dB. Este grupo correspondia a oito pacientes e em todos eles não houve uma recuperação da audição no período observado. Conclusão: A infiltração intratimpânica de dexametasona pode ser uma alternativa válida de tratamento para pacientes com surdez súbita de causa idiopática que não respondeu ao tratamento inicial com corticosteróide sistêmico.

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TESE

AO-11

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS OBSERVADAS EM TOMOGRAFIAS DE SEIOS PARANASAIS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): MÁRIO ORLANDO DOSSI , HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, CAIO ATHAYDE NEVES, MIRELA ALVES DIAS MARTINS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS-HFA BRASILIA-DF

INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de endoscópios, instrumentais e técnicas cirúrgicas têm possibilitado a cirurgia para tratamento de sinusite crônica, obstrução do ducto nasolacrimal, descompressão orbitária e do nervo óptico, além da retirada de tumorações entre outras por via endonasal.A compreensão da  anatomia da região nasal é de extrema importância para o planejamento e realização de cirurgias endoscópicas nasais.A tomografia está indicada principalmente nas complicações de sinusite, falta de resposta ao tratamento clínico e programação cirúrgica.Com o uso rotineiro da tomografia computadorizada, observamos melhora na identificação das estruturas e das variações anatômicas das cavidades paranasais. Entre estas, as células de Haller, a agger nasi, o desvio do septo nasal e as conchas médias bolhosas.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é a comparação da prevalência das variações anatômicas observadas em tomografia de seios paranasais, presentes na literatura, com as observadas em pacientes de um serviço de otorrinolaringologia.

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo, teve seu protocolo de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital, seguindo as normas do SISNEP, Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos, órgão vinculado em Ministério da Saúde, que regula a pesquisa envolvendo seres humanos.Foram incluídos no estudo exames de tomografia computadorizada dos seios paranasais, realizadas nos anos de 2007 e 2008.Foram excluídos exames de pacientes com idade igual ou inferior a doze anos e exames repetidos. Os exames foram analisados por dois médicos. Buscou-se variações anatômicas: desvio de septo nasal, presença de concha médica bolhosa, célula de Haller e célula de agger nasi, estabelecer o perfil etário e gênero dos pacientes e a prevalência das alterações anatômicas, e a epidemiologia dos pacientes.

RESULTADOS: Dentre os 114 exames, 64 (56,1%) eram de pacientes do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 41 anos, sendo a mediana de 40. Encontrou-se desvio septal em 62 (54,3%) dos exames analisados. Dentre estes, 26 (41,9%) estavam deslocados para a narina direita.A  concha média pneumatizada ou bolhosa ocorreu em 62 (54,3%) dos exames. Dentre estes exames, 22 (35,4%) apresentavam a pneumatização de ambas conchas média, 26 (41,9%) apenas da esquerda e 14 (22,5%) apenas da direita A célula de Haller foi identificada em 17 (14,9%) pacientes e, 9 (52,9%) a tinham bilateralmente e, os demais, 8 (47,1%) no lado esquerdo A  agger nasi foi visualizada em 109 (95,6%) dos exames, sendo que em 108 (99,1%) foi encontrada bilateralmente

CONCLUSÃO: Os dados foram concordantes com a maioria da literatura consultada, sobretudo os trabalhos mais atuais que usam a tomografia como método diagnóstico. Devemos levar em conta que tal estudo usou como base exames tomográficos de pacientes que procuraram o serviço de otorrinolaringologia e tinham indicação médica de realizar tal exame.Como o conhecimento anatômico é condição fundamental para o planejamento e execução do ato operatório, o conhecimento das variações anatômicas e suas prevalências são essenciais à formação do otorrinolaringologista.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-12

TÍTULO: AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES ANATÔMICAS NASAIS E DAS TÉCNICAS DE RINOPLASTIA APLICADAS NA REGIÃO DO ABC PAULISTA

AUTOR(ES): PAULA RIBEIRO LOPES , MARCO ANTÔNIO FERRAZ DE BARROS BAPTISTA, FERNANDA LION MARTINS ADAMI, MARCELO CAMPILONGO, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: A grande variação de deformidades anatômicas nasais assim como a própria percepção individual de estética, fazem da rinoplastia uma cirurgia rica em detalhes e possibilidades cirúrgicas. Cada região do país revela características próprias de sua população e cabe ao cirurgião entender as necessidades anatômicas e pessoais de cada paciente.

OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo avaliar a população do ABC paulista sob as características anatômicas e funcionais do nariz, assim como as condutas cirúrgicas utilizadas.

METODOLOGIA: Foram avaliados de forma retrospectiva 118 prontuários de pacientes da região do ABC paulista que realizaram rinoplastia neste serviço. Foram analisadas queixas estéticas e funcionais pré-operatórias, assim como toda a técnica cirúrgica empregada (acesso, correção de ponta e dorso, enxertos, cirurgias associadas,etc).

RESULTADOS: A maioria dos pacientes avaliados foi do sexo feminino (57,6%) com média de idade de 30 anos. Todos eram procedentes da região do grande ABC, e 90% realizaram  sua primeira rinoplastia neste serviço. A maioria dos pacientes apresentava queixa obstrutiva, porém sem queixas alérgicas. A principal queixa do dorso foi a giba, enquanto na ponta a globosidade. A técnica cirúrgica mais empregada foi a fechada com delivery, sendo que 46% dos pacientes necessitou de septoplastia conjunta. Durante a pesquisa foi possível identificar que 30% dos pacientes relatou algum tipo de trauma nasal na vida.

CONCLUSÃO: As principais queixas estéticas dos pacientes da região do grande ABC são as gibas ósseas e a ponta globosa, sendo a via fechada com acesso por delivery a mais utilizada na correção dessas alterações anatômicas.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-13

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS TEMPOROMANDIBULARES SOBRE O ZUMBIDO.

AUTOR(ES): CLAÚDIO MARCIO YUDI IKINO , GUILHERME WEBSTER, BERTHOLDO WERNER SALLES, WALDIR CARREIRÃO FILHO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

INTRODUÇÃO: Os distúrbios temporomandibulares são freqüentes estando presentes em 40 a 60% da população. Em pacientes portadores de DTM a presença de zumbido oscila entre 50 a 75% o que evidencia uma prevalência maior nesses indivíduos quando comparados com a população geral. A interação entre os sintomas otológicos e os DTM é um tema que possui abordagem antiga, complexa e associada a diferentes áreas, como a medicina e a odontologia.

OBJETIVO: Avaliar o efeito do tratamento dos distúrbios temporomandibulares na percepção do zumbido.

MATERIAL E MÉTODO: Estudamos pacientes portadores de DTM que apresentavam zumbido. Os pacientes foram avaliados quanto à idade, sexo, características do zumbido ? localização, tempo de duração e intensidade -, exame otorrinolaringológico e audiometria. A intensidade do zumbido foi avaliada através de escala analógico-visual antes e após o tratamento odontológico dos DTM.

RESULTADOS: Avaliamos 15 pacientes com DTM e zumbido, com idade média de 37,7±17,1 anos, sendo 86,7% do sexo feminino. Em 60% dos casos o zumbido era unilateral e a mediana do tempo de duração foi de 24 meses. Em 5 (33,3%) dos pacientes houve algum grau de perda auditiva à audiometria. Comparando-se os escores da escala analógico-visual antes e após o tratamento odontológico, verificou-se que houve redução significativa (p<0,001) da intensidade do zumbido. Em 4 (26,6%) pacientes houve desaparecimento do zumbido.

CONCLUSÃO: Houve redução significativa na percepção do zumbido nos pacientes submetidos a tratamento dos DTM.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-14

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS A SEPTOPLASTIA E TURBINECTOMIA INFERIOR

AUTOR(ES): JULIANA COLA DE CARVALHO , JULIANA COLA DE CARVALHO, JULIANA FROZONI LEMES, PAULA RIBEIRO LOPES, FERNANDO LUIZ BALDERI PACHECO, FERNANDO VEIGA ANGÉLICO JÚNIOR, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT,

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC (FMABC) - HOSPITAL ESTADUAL MARIO COVAS

INTRODUÇÃO: A obstrução nasal é um dos principais sintomas na prática otorrinolaringológica, sendo o desvio do septo nasal isolado ou associado a outras afecções como hipertrofia de conchas inferiores ,hipertrofia de adenoide e polipose nasal sua maior causa. A septoplastia e a turbinectomia visam a correção anatômica do desvio septal e da hipertrofia das conchas inferiores para alívio da obstrução nasal, tendo grande impacto na qualidade de vida dos pacientes submetidos a estes procedimentos.

OBJETIVO: Avaliar impacto na qualidade de vida de pacientes com quadro de obstrução nasal refratária ao tratamento clínico, submetidos a septoplastia e turbinectomia inferior em nosso serviço.

METODOLOGIA: De modo prospectivo, foram avaliados 26 pacientes com quadro de obstrução nasal refratária a tratamento com corticoide tópico nasal, lavagem com solução salina e anti-histamínico oral por período de 3 meses,  submetidos a septoplastia com turbinectomia  no serviçio de otorrinolaringologia da FMABC. Estes pacientes responderam ao questionário SNOT, constituído por 20 perguntas a respeito de sintomas que interferem na qualidade de vida, atribuindo uma nota de 0 a 5 (através de escala analógico-visual) para todas as questões, no pré operatório e com 30 dias de pós-operatório.  Ao questionário, foi acrescentada uma questão sobre obstrução nasal a ser respondida da mesma forma.

RESULTADOS: O grupo investigado era predominantemente do sexo masculino com média de 38 anos. Apresentavam como queixas mais relevantes no pré-operatório a coriza, os espirros, a dificuldade para iniciar o sono, sensação de sono não reparador e a obstrução nasal. No entanto, comparando-se os dados antes e depois das cirurgias, os sintomas que mostraram significância estatística foram coriza, tosse, descarga pós-nasal, queixas otológicas e obstrução nasal.

CONCLUSÃO: A septoplastia e a turbinectomia inferior se configuram como cirurgias de alto impacto na qualidade de vida do paciente, melhorando predominantemente a obstrução nasal, mas atuando de forma importante no controle em vários sintomas da rinite.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-15

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DA VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA COM MANOBRAS DE REPOSICIONAMENTO

AUTOR(ES): LUCIANA DE PAULA VIANA , NÁDIA REZENDE BARBOSA RAPOSO, LETÍCIA RAQUEL BARAKY, LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO, MAGNO CUNHA DE SOUZA GUERRA, JOZIENE APARECIDA DE CARVALHO, MARCELO MONTEIRO VIEIRA BRAGA BARONE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

INTRODUÇÃO: A vertigem postural paroxística benigna (VPPB) é a mais comum das vestibulopatias periféricas em adultos, principalmente no sexo feminino, apresentando como etiologia mais comum a degeneração da mácula utricular. Nos adultos, caracteriza-se por tontura rotatória e nistagmo posicional à mudança de posição da cabeça ou por determinada posição do corpo e, como conseqüência, podem ocorrer quedas e limitações na qualidade de vida dos mesmos, tornando-os limitados físico e emocionalmente. Esse trabalho tem o objetivo de comparar os resultados do "Dizziness Handicap Inventory" brasileiro pré e pós reabilitação vestibular personalizada para pacientes com diagnóstico de vertigem posicional paroxística benigna, avaliando prospectivamente a eficácia das manobras de reposicionamento como tratamento das labirintopatias sobre a qualidade de vida dos pacientes portadores de VPPB.

MATERIAL E MÉTODO: O estudo incluiu 36 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, no período de julho de 2009 a maio de 2010.  O instrumento de avaliação da interferência da tontura na qualidade de vida foi o DHI (Dizziness Handicap Inventory) brasileiro aplicado na forma de entrevista para cada paciente. Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora.

RESULTADOS: Anamnese, exame físico e aplicação do questionário pré e pós tratamento foram realizados nos pacientes diagnosticados com VPPB, sendo que 26 eram do sexo feminino e 10 do sexo masculino. Todos os pacientes, antes do tratamento, apresentavam algum prejuízo na qualidade de vida. A média dos escores totais pré-tratamento foi de 56. Foram realizadas, em média, 3 sessões de manobras de reposicionamento. Na alta, todos os pacientes realizaram novamente o DHI brasileiro. A média dos escores totais pós-tratamento foram de 10.

DISCUSSÃO: A quantificação dos efeitos limitantes que uma doença causa na qualidade de vida dos indivíduos pode trazer informações importantes, tanto para direcionar uma terapêutica adequada, ou até a mudança desta, pois traz informações sobre a evolução dos sintomas e o reflexo desses sintomas nos aspectos físicos, emocionais e funcionais. Apesar de ser muito comum, a VPPB é negligenciada por muitos profissionais de saúde. É importante destacar que, apesar de ser classicamente considerada uma patologia benigna, o impacto individual sobre seus portadores e as suas conseqüências para a coletividade não podem ser desprezados merecem ser considerados. O esclarecimento do paciente sobre o que são as manobras, como são realizadas, quais suas características e o que se pode esperar desse método terapêutico é fundamental para a compreensão e a confiança do paciente na realização dos exercícios.

CONCLUSÃO: As manobras de reabilitação contribuem para a diminuição das crises vertiginosas e para a melhora da autoconfiança da paciente, em relação ao seu equilíbrio. Tais procedimentos proporcionam ao paciente redução no quadro vertiginoso, certamente melhorando sua qualidade de vida. O canal semicircular mais comumente acometido foi o posterior e com relação ao sexo, a prevalência de VPPB é maior no sexo feminino. Todos os pacientes apresentaram uma diferença entre os escores pré e pós-tratamento maior que 32 pontos e referiram melhora significativa dos sintomas.

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TESE

AO-16

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO VOICE HANDICAP INDEX (VHI) EM PACIENTES COM PERDA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL BILATERAL A PARTIR DE GRAU MODERADO

AUTOR(ES): FELIPE BARBOSA MADEIRA , SHIRO TOMITA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇAO: A produção da voz e da fala é processo complexo que envolve mecanismos reguladores dependentes da audição. As alterações vocais em pacientes com perdas auditivas ainda não foram avaliadas quanto ao grau subjetivo de incapacidade social e econômica que trazem a este grupo.

OBJETIVO: Comparar os resultados do questionário Voice Handicap Index (VHI) em pacientes com e sem perda auditiva neuro-sensorial bilateral a partir de grau moderado.

METODOLOGIA: Estudo transversal controlado. Foram avaliados 76 pacientes adultos (38 com e 38 sem perda auditiva) entre 19 e 59 anos, atendidos em serviço terciário de otorrinolaringologia, mediante preenchimento do VHI.

RESULTADOS: A mediana da pontuação total do VHI obtida no grupo de pacientes e controle foi de 23,5 e 4,0, respectivamente (p=0,000). Diferenças significativas entre os dois grupos também foram observadas nas medianas dos sub-itens funcional, físico e emocional do VHI (p=0,000).

CONCLUSÃO: Os resultados obtidos permitem verificar a maior desvantagem social e econômica conforme avaliada pelo VHI em pacientes com perda auditiva neuro-sensorial bilateral a partir de grau moderado.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-17

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS FATORES RELACIONADOS AO INCÔMODO DO ZUMBIDO

AUTOR(ES): JOÃO PAULO PERAL VALENTE , LAÍZA ARAÚJO MOHANA PINHEIRO, RAQUEL MEZZALIRA, GUITA STOLER

INSTITUIÇÃO: UNICAMP

INTRODUÇÃO: O. zumbido é uma desordem misteriosa e complexa da audição. A palavra ?tinnitus? é originada do latim ?tinnire? que significa ?tocar?. Na sua forma mais comum, o zumbido se apresenta  como uma sensação fantasma  não associada a um estímulo físico originado do conduto auditivo externo. Uma importante variável é a diferença individual da percepção do zumbido. Na literatura, várias variáveis possivelmente relacionadas ao incômodo causado pelo zumbido já foram testadas, como faixa etária, sexo, presença de sintomas vestibulares associados e perda auditiva. Na gênese do zumbido, é consenso que a perda auditiva atua como um dos principais gatilhos no início do quadro. Entretanto, a relação com o incômodo relacionado ao zumbido ainda  é controverso.

OBJETIVO: O principal objetivo do nosso trabalho foi avaliar a correlação do grau de incômodo causado pelo zumbido e a presença de perda auditiva. Além disso, foram avaliados dados como idade, sexo e presença de sintomas clínicos associados.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo com análise dos prontuários médicos de pacientes atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Todos foram avaliados pelo mesmo protocolo de pacientes com zumbido utilizado no serviço, de onde foram selecionados dados epidemiológicos  e clínicos. Audiometria tonal foi realizada em todos os pacientes, e então estes formam divididos em 3 grupos: Grupo 1 (audiometria normal), Grupo 2 (perda auditiva em altas freqüências) e Grupo 3 (perda auditiva que não se enquadra no grupo 2).

RESULTADOS: Dos 107 pacientes, 21,5% pertenciam ao Grupo 1 (audiometria normal), 35,5% ao Grupo 2 (disacusia em altas freqüências) e 43% ao Grupo 3 (disacusia que não se enquadra no grupo 2). Em relação à idade, 53% dos pacientes tinham entre 45 e 65 anos. No grupo 1, 48% dos pacientes tinham menos que 45 anos. No grupo 3, 32% pacientes estavam na faixa etária acima dos 65 anos. Em relação ao sexo, 72% dos pacientes eram mulheres, com distribuição semelhante nos 3 grupos estudados. Utilizando-se a Escala Analógica Visual (EAV) para mensuração do grau de incômodo do zumbido, observou-se que 48% pacientes do grupo 1 classificaram seu zumbido como severo. Nos grupos 2 e 3, observou-se 27 e 30%, respectivamente. Apenas 3% do total de pacientes classificaram o zumbido como leve.

CONCLUSÃO: Neste estudo, foi possível concluir que o grau de incômodo do zumbido, utilizando-se a escala analógica visual, foi maior nos pacientes sem perda auditiva e no sexo feminino. Tontura, cervicalgia, cefaléia e abuso de cafeína são queixas prevalentes em pacientes com zumbido.

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TESE

AO-18

TÍTULO: AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA VIA AÉREA SUPERIOR E POLISSONOGRÁFICA DE CRIANÇAS OBESAS

AUTOR(ES): ELI ONIVALDO MARTINELLI , FERNANDA LOUISE MARTINHO HADDAD, GUSTAVO MOREIRA, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT, LUIZ CARLOS GREGÓRIO, SÉRGIO TUFIK, LIA RITA AZEREDO BITTENCOURT

INSTITUIÇÃO: UNIFESP E FACULDADE MEDICINA ABC

Introdução: A relação entre a Síndrome da Apnéia Obstrutiva (SAOS) e a obesidade na infância é assunto ainda controverso e os trabalhos com crianças obesas, até então, não incluem uma avaliação sistemática da via aérea superior. O objetivo deste trabalho foi realizar avaliação sistemática da via aérea superior (VAS) e polissonográfica de crianças obesas.

Método: Foram inclusas aleatoriamente 44 crianças obesas acima do percentil 95 de índice de massa corpórea para a faixa etária. O protocolo de avaliação consistiu em questionários, exame físico, nasofibroscopia, polissonografia e exames laboratoriais (glicemia de jejum, Imunoglobulina E sérica e Radio Allergo Sorbent Test).

Resultados: Vinte e dois pacientes (50%) eram do sexo feminino e 22 (50%) do masculino, com média de idade de 7.6 ± 2.5 anos. A SAOS esteve presente em 21 (47,7%) pacientes. Quando comparados quanto ao gênero, apenas o RAST detectável foi mais freqüente no sexo masculino (p= 0.01). Quando comparadas quanto à presença da SAOS, nenhum parâmetro antropométrico e laboratorial mostrou diferenças significantes. Os achados polissonográficos significantes no grupo SAOS foram maior IAH (p<0.001), os despertares breves mais freqüentes (p=0.004) e maior porcentagem do sono REM (p=0.003) e a menor saturação mínima da oxi-hemoglobina (p<0.001). Quanto à avaliação da VAS, a hiperplasia das tonsilas faríngea e palatinas foram os únicos parâmetros que apresentaram maior freqüência no grupo SAOS (p= 0.02 e p<0.001 respectivamente).

Conclusões: A ocorrência de SAOS nessa população pediátrica obesa foi alta e as únicas alterações de VAS que distingue a presença ou não de SAOS foram à hiperplasia das tonsilas palatinas e faríngea, mostrando que mesmo em um grupo de crianças obesas com SAOS o fator anatômico pode ser preponderante. 

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-19

TÍTULO: AVALIAÇÃO ULTRAESTRUTURAL CILIAR EM DISCINESIAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS: RELEVÂNCIA DAS ANORMALIDADES ULTRAESTRUTURAIS MICROTUBULARES

AUTOR(ES): RICARDO CASSIANO DEMARCO , GUILHERME PIETRUCCI BUZATTO, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, EDWIN TAMASHIRO, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OFTALMOLOGIA, OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DA FACULDADE DE ME

Discinesia ciliar primária (DCP) é uma doença genética caracterizada por dismotilidade ciliar sistêmica irreversível. Certos defeitos axonômicos ciliares são patognomônicos nesta síndrome. As discinesias ciliares secundárias (DCS) são diferenciadas das primárias por serem alterações ultraestruturais reversíveis encontradas, por exemplo, após infecções respiratórias em mucosa previamente normal. Foram revisados 61 casos de DCP e DCS diagnosticadas por microscopia eletrônica de transmissão (MET). Os achados mais freqüentes das discinesias ciliares primárias foram ausência ou encurtamento dos braços de dineína, ausência do par de microtúbulos central e deslocamento de um dos pares de microtúbulos periféricos. As anormalidades nas discinesias ciliares secundárias foram cílios compostos e alterações dos microtúbulos periféricos. Distinguir as diferenciações ultraestruturais entre as DCP e DCS pode ser, muitas vezes, difícil, mas nas primárias, as alterações nos braços de dineína e nos microtúbulos centrais são fundamentais para a confirmação diagnóstica. As secundárias cursam, geralmente, com cílios compostos e desestruturação dos microtúbulos periféricos. Um fator importante na evolução das DCS é seu caráter localizado e reversível.

Palavras-chave: discinesia ciliar, microtúbulos, anormalidade ultraestrutural ciliar.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-20

TÍTULO: BLOQUEIO DO GÂNGLIO ESTRELADO NA SURDEZ SÚBITA ? 3 CASOS

AUTOR(ES): JORGE EVANDRO CORREIA FILHO , PEDRO CAVALCANTI DE OLIVEIRA FILHO, SÉRGIO HENRIQUE DE MEDEIROS, PEDRO GUILHERME BARBALHO CAVALCANTI, DANIEL PAIVA DE OLIVEIRA, GUSTAVO HENRIQUE MARQUES DE SÁ, ESAÚ BARBOSA MAGALHÃES FILHO

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PEDRO CAVALCANTI ? NATAL/RN

INTRODUÇÃO: Surdez súbita é uma entidade que envolve muitas controvérsias, desde sua definição até seu tratamento. Pela dificuldade ou mesmo impossibilidade de se determinar a etiologia, o tratamento, em geral, não é específico e deve se basear em associação de várias modalidades terapêuticas mas sem consenso. OBJETIVO: O objetivo é avaliar a eficácia do bloqueio do gânglio estrelado no tratamento da surdez súbita idiopática. METODOLOGIA: Revisão de prontuário, três casos com surdez súbita idiopática onde foram tratados com bloqueio do gânglio estrelados. RESULTADOS: Primeiro caso, paciente do sexo masculino de 42 com queixa de hiopoacusia súbita a esquerda, discriminação em OE 65dB monossilábicas 84%, após a realização de bloqueios do gânglio estrelado a discriminação em OE 55dB monossilábicas 100%. Segundo caso, paciente do sexo masculino de 62 anos com queixa de hiopoacusia súbita a direita, discriminação em OE 100dB monossilábicas 12%, após a realização de bloqueios do gânglio estrelado  a discriminação em OD 70dB monossilábicas 100%. Terceiro caso, paciente masculino com queixa de hipoacusia súbita a direita, discriminação OD 90dB monossilábicas 40%, após a realização de bloqueios do gânglio estrelado a discriminação em OD 65dB monossilábicas 100% CONCLUSÃO: O bloqueio do gânglio estrelado resultou em melhora nos níveis audiometricos nos três pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-21

TÍTULO: COMPARAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES EM PACIENTES COM NASOANGIOFIBROMA JUVENIL TRATADOS COM E SEM EMBOLIZAÇÃO PRÉ- OPERATÓRIA.

AUTOR(ES): ADRIANO SANTANA FONSECA , ANA KARINA FERREIRA DE ASSIS, NILVANO ALVES DE ANDRADE, ANDERSON CASTELO BRANCO, RENATO MARIANO NUNES, MARCELE BRANDÃO, TAIANE SANTANA FONSECA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA- HOSPITAL SANTA IZABEL

INTRODUÇÃO: Nasoangiofibroma juvenil (NAFJ) é um tumor altamente vascularizado e localmente invasivo, com altas taxas de persistência e recorrência que acometem tipicamente adolescentes do sexo masculino. O tratamento padrão desta lesão é a remoção cirúrgica.  Muitos autores defendem a embolização pré operatória do tumor para reduzir sangramento durante a cirurgia.

OBJETIVO: comparar as complicações hemorrágicas, isquêmicas e de recidiva e/ou persistência tumoral em pacientes tratados cirurgicamente com e sem embolização pré-operatória.

METODOLOGIA: Estudo Descritivo, Retrospectivo, com Dados Obtidos Através de Revisão de Vinte Prontuários de Pacientes Submetidos à Cirurgia para Ressecção de NAFJ, entre os Anos de 2000 e 2010.

RESULTADOS: Foram Analisados 20 Pacientes, sendo 07(35%) Submetidos a Embolização e 13(75%) não Embolizados. Dentre os Embolizados, 05(71,42%) Receberam Hemotranfusão em Comparação a 07(53,85%) do Grupo não Embolizado. Quanto as complicações isquêmicas, foram observados  deiscências de Suturas e necrose em face e/ou palato em 04(66.67%) dos pacientes tratados com embolização. No que se refere à Recidiva tumoral ou presença de tumor residual foi encontrado em 02(28,57%) pacientes do grupo embolizado e em 06(46,15%) dos pacientes não embolizados.

CONCLUSÃO: Foi Observado Maior Número de Complicações Isquêmicas e Hemorrágicas no Grupo Embolizado. No que se refere à persistência e/ou recidiva tumoral, o grupo tratado sem embolização apresentou maior índice.

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TESE

AO-22

TÍTULO: COMPARAÇÃO DOS POTENCIAIS EVOCADOS MIOGÊNICOS VESTIBULARES AUDITIVO E GALVÂNICO EM SUJEITOS NORMAIS

AUTOR(ES): ESTHER WARNERT , DENISE UTSCH GONÇALVES, HENRIQUE RESENDE MARTINS, FELIPE PROVENZANO, LUCIANA CRISTINA MATOS CUNHA, MANOEL VILLARROEL, CARLOS JULIO TIERRA-CRIOLLO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Introdução: Potenciais evocados miogênicos vestibulares (VEMP) podem ser utilizados para avaliar os déficits nos impulsos nervosos para a medula espinhal. Esses potenciais são caracterizados por dois picos na latência de aproximadamente 13 e 23 ms (p13, n23) e pode ser evocado por estimulação auditiva ou galvânica. Objetivo: Este artigo tem como objetivo validar o uso dessa da estimulação galvânica no Brasil. Metodologia: Quatorze voluntários saudáveis (10 homens e 4 mulheres, com idade média de 23,3 ± 2,6 anos) foram submetidos a estímulos auditivos (95 dB nHL, 500 Hz, tempo de platô 2 ms, tempo rise/fall = 1 ms, taxa de estímulo de 5/s) e a estimulação galvânica (3 mA, 1 ms). Ambos os lados foram estimulados com duas e quatro séries de 128 estímulos para estímulo auditivo e galvânico, respectivamente. Para análise dos dados os sinais EMG dos músculos esternocleidomastóideo foram coletados. Resultados: As latências p13 e n23 foram de 11,0 ± 1,5 ms e 21,5 ± 2,6 ms para VEMPs evocadas por estimulação auditiva. A estimulação galvânica resultou nas seguintes latências: 11,8 ± 1,1 ms e 22,5 ± 1,8 ms. O teste  t emparelhado não demonstrou diferença significativa entre as latências n23 e o intervalo de p13-n23 (p = 0,134, p = 0,626) dos VEMPs evocados pelos dois tipos de estimulação. Porém observou-se mas uma latência p13 levemente diferente para a estimulação galvânica (p = 0,046). Conclusão: Estes resultados levam à conclusão de que não somente a estimulação auditiva, mas também a estimulação galvânica sob os processos mastóide pode ser utilizada na abordagem clínica para evocar VEMPs.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-23

TÍTULO: COMPARAÇÃO ENTRE ABORDAGENS CIRÚRGICAS DE NASONAGIOFIBROMA EM TRINTA E SETE PACIENTES.

AUTOR(ES): JOSÉ ALBERTO ALVES OLIVEIRA , CAROLINA VERAS AGUIAR, MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS, JOÃO RENATO F SOUSA, JORGE FERREIRA DE AZEVEDO, MARYLANE GALVÃO TAVARES, ÉRIKA FERREIRA GOMES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

Introdução: O nasoangiofibroma juvenil é um tumor vascular benigno da nasofaringe raro, 0,5% de todas as neoplasias da cabeça e pescoço. Apesar de o tratamento de escolha ser a cirurgia, não há um consenso de qual seja a melhor abordagem.

Objetivos: Objetivou-se analisar a necessidade de transfusão intra-operatória versus o tempo decorrido da embolização, comparar os tempos cirúrgicos entre as diferentes abordagens (aberta, endoscópica e combinada) e verificar a associação entre o tipo de cirurgia com o estádio tumoral.

Metodologia: Estudo descritivo, analítico, retrospectivo, com abordagem quantitativa desenvolvido no serviço de otorrinolaringologia de um hospital-escola. Amostra composta por 37 pacientes. Dados obtidos mediante revisão de prontuários. Análise processada com o programa SPSS, versão 16.0, de forma descritiva e com medidas paramétricas, envolvendo a média e o desvio padrão. A diferença entre os pares de médias foi analisada pelo teste de Games-Howell, haja vista que as variâncias não foram iguais. Nas análises de associação foi utilizado o teste de qui-quadrado (c2). Considerou-se como significante se p < 0,05.

Resultados: Houve uma menor necessidade de transfusão intra-operatória quando a embolização foi realizada no intervalo de quatro a seis dias, a abordagem endoscópica teve um menor tempo cirúrgico e foi realizada na sua maioria (85%) em pacientes estádios I e II de Fisch (p < 0,05).

Conclusões: Tais constatações sugerem que o período acima seria o ideal para a realização do processo de oclusão vascular e que a cirurgia endoscópica por demandar menos tempo está associada a um menor risco de complicações, quando realizada em estádios iniciais.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-24

TÍTULO: COMPARAÇÃO ENTRE CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE PACIENTES COM DISTONIA LARÍNGEA DE ADUÇÃO NAS FORMAS FOCAL E SEGMENTAR.

AUTOR(ES): GUSTAVO POLACOW KORN , LUIZ CELSO PEREIRA VILANOVA, MIRIAN MORAES, MARINA PADOVANI, BRUNO MORAES, GLAUCYA MADAZIO, NOEMI GRIGOLETTO DE BIASE

INSTITUIÇÃO: UNIVESIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A distonia, um transtorno neurológico do processamento motor central, é caracterizada por movimentos involuntários provocados por uma contração muscular sustentada, levando a torção, movimentos repetitivos ou posturas anormais, acometendo a musculatura de qualquer parte do corpo. O conhecimento dos aspectos clínicos dos pacientes com distonia laríngea permite um diagnóstico mais preciso, atuação mais adequada, planejamento de cuidados, ações para a promoção da saúde e da melhora na qualidade de vida dos indivíduos.

OBJETIVO: Comparar os pacientes com distonia laríngea de adução, com quadro focal e segmentar atendidos no Setor de Laringe e Voz - Ambulatório de Neurolaringe de um hospital universitário terciário.

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo a partir do levantamento de 34 prontuários de pacientes, de ambos os sexos, com diagnóstico de distonia laríngea, sendo 25 com quadro focal de adução e 9 do tipo segmentar atendidos no Setor de Laringe e Voz - Ambulatório de Neurolaringe de um hospital universitário terciário, entre 2003 e 2009. Os dados comparados entre os grupos foram: idade de início, idade do diagnóstico, duração dos sintomas, presença de tremor associado e relação com situação traumática.

RESULTADOS: Dos 34 pacientes, 25 apresentaram distonia focal e 9 apresentaram distonia segmentar. Do total da amostra, 30 (88,2%) eram do sexo feminino e 4 (11,8%) do sexo masculino.  A relação com situação traumática estava presente em 11 (32,4%). O tremor associado esteve presente em 21 pacientes (61,8%). A média da idade do início das queixas, idade do diagnóstico e do tempo de queixa até o diagnóstico da amostra foi respectivamente de 55 anos, 61,3 anos e 6,3 anos. Não houve diferença estatisticamente significante entre pacientes com distonia laríngea focal e distonia laríngea nos dados pesquisados.

CONCLUSÃO: Não houve diferenças entre pacientes com distonia laríngea focal e distonia laríngea segmentar quanto à idade de início, idade do diagnóstico, duração dos sintomas, presença de tremor associado e relação com situação traumática.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-25

TÍTULO: CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO PRECOCE DO COLESTEATOMA CONGÊNTO

AUTOR(ES): LUIZ CARLOS ALVES DE SOUSA , FÚLVIO CÁLICE FERREIRA, FERNANDA MARRA MARTINEZ, THAILISE GIROTO FERREIRA DA SILVA, PEDRO RANGEL PEREZ, JAYSON PEIXOTO MACHADO, ABÍLIO VILELA DE MORAES NETO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, ASSOCIAÇÃO PAPARELLA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: Colesteatoma trata-se do acúmulo de queratina esfoliada dentro da orelha média ou de qualquer área pneumatizada do osso temporal, originando-se de um epitélio escamoso queratinizado. Pode ser congênito ou adquirido. Sua incidência na infância é estimada em 3 a 6 para 100000 pessoas. Estes keratomas usualmente permanecem inativos durante anos. Se eles se tornam infectados, complicações intratemporais, tais quais paralisia facial, mastoidite, labirintite aguda ou petrosite podem ocorrer, da mesma forma que complicações intracranianas, como meningite, encefalite, abscesso cerebral, hidrocéfalo ótico e trombose de seio.

MATERIAL E MÉTODOS: Para estabelecer critérios para o diagnóstico precoce do colesteatoma congênito, com o intuito de evitar suas complicações, foi realizado um estudo retrospectivo de 37 crianças portadoras de colesteatoma congênito da orelha média/mastóide submetidas à cirurgia para erradicar a doença. Foram analisados dados da história clínica, exames físico e subsidiário obtidos de seus prontuários, que pudessem estabelecer uma relação nexo-causal com a doença. 

RESULTADOS: Dados dos prontuários das 37 crianças que, de alguma forma, estavam relacionados com o diagnóstico de colesteatoma congênito são apresentados: (1) Massa esbranquiçada atrás de um tímpano íntegro; (2) Paralisia facial; (3) Sinais de mastoidite; (4) Episódios de otorréia fétida associada a tímpano íntegro; (5) Perda unilateral condutiva ou mista; (6) Otorréia persistente após colocação de tubo de ventilação; (7) Efusão persistente na orelha média; (8) Meningite; (9) Vertigem ou instabilidade; (10) Surdez súbita; (11) Abscesso intracraniano; (12) Cefaléia ou febre de origem indeterminada; (13) Otalgia ou cervicalgia de origem indeterminada.

DISCUSSÃO: A determinação de critérios para o diagnóstico do colesteatoma congênito é de suma importância para o estabelecimento do tratamento cirúrgico o mais precocemente possível no intuito de se reduzir a morbi-mortalidade da doença. Com este propósito indicamos, em nosso protocolo para o diagnóstico precoce desta doença ameaçadora, a realização de um exame de tomografia computadorizada dos ossos temporais para uma criança que apresentar qualquer um dos 13 critérios elencados acima.

O tratamento de escolha para o colesteatoma congênito é cirúrgico. O otologista deve escolher entre os 3 principais procedimentos cirúrgicos para a ressecção da doença: timpanoplastia, timpanomastoidectomia de cavidade fechada e timpanomastoidectomia de cavidade aberta.

CONCLUSÃO: A determinação de critérios para o diagnóstico do colesteatoma congênito é de grande importância para o estabelecimento do tratamento cirúrgico o mais precocemente possível no intuito de se reduzir a morbi-mortalidade da doença.

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TESE

AO-26

TÍTULO: DACRIOCISTORRINOSTOMIA : AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA COM A ABORDAGEM ENDONASAL

AUTOR(ES): LUCIANO CAMPÊLO PRESTES , JOÃO JARNEY MANIGLIA, FÁBIO FABRÍCIO MANIGLIA, RICARDO FABRÍCIO MANIGLIA, MARINA SERRATO COELHO FAGUNDES, ISABELA DE OLIVEIRA, MARCELA SCHMITT

INSTITUIÇÃO: UFPR

RESUMO: A dacriocistorrinostomia consiste em criar uma via de drenagem lacrimal para a cavidade nasal, tendo como objetivo restabelecer a drenagem permanente do sistema excretor obstruído. Objetivo: relatar a experiência do serviço de Oftalmo-Otorrinolaringologia do HC-UFPR em dacriocistorrinostomia endonasal e avaliar a eficácia e segurança deste procedimento. Material e Método: estudo retrospectivo de 122 pacientes ( 169 olhos ) operados entre 2000 e 2008 com obstrução lacrimal comprovada clinicamente. Resultados: a taxa de sucesso alcançada foi de 84% e o índice de complicações pós-operatórias  5 %. Conclusão: a DCR endonasal mostrou-se um procedimento seguro e com eficácia significativa.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-28

TÍTULO: ESTAPEDOTOMIA TOTALMENTE ENDOSCÓPICA: RESULTADOS PRELIMINARES

AUTOR(ES): JOÃO FLÁVIO NOGUEIRA JÚNIOR, MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS, CAROLINA VERAS AGUIAR, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ, ARTHUR CHAVES GOMES BASTOS, JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, MOISÉS XIMENES FEIJÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: As estapedectomias e estapedotomias são realizadas atualmente em grande parte dos centros do mundo com o auxílio de microscópios cirúrgicos, apresentando excelentes resultados. Entretanto o microscópio possui algumas limitações inerentes ao próprio instrumento, como por exemplo campo visual limitado.

Há poucos casos e nenhuma série de casos publicada em literatura indexada sobre a utilização de endoscópios ?naso-sinusais? na realização de estapedotomias e estapedectomias.        

OBJETIVOS: Nosso trabalho tem como objetivos:

a)      Investigar o uso do endoscópio ?naso-sinusal? na realização de estapedotomias em pacientes com otosclerose.

b)     Mostrar os resultados iniciais.

c)      Discutir as possíveis vantagens e desvantagens do uso deste instrumento nestas cirurgias.

METODOLOGIA: Após aprovação no comitê de ética da instituição realizamos 15 estapedotomias puramente endoscópicas entre os meses de novembro de 2009 e maio de 2010. Os dados destes pacientes foram analisados retrospectivamente. As condições anatômicas do nicho da janela oval, status da cadeia ossicular, curso do nervo facial e os passos cirúrgicos foram descritos com acurácia pelo cirurgião e analisados para se avaliar os reais benefícios do procedimento totalmente endoscópico. Os resultados audiológicos foram também analisados e avaliados.

RESULTADOS: Nenhuma complicação foi observada e todos os pacientes referiram melhora subjetiva auditiva, confirmada com exames audiológicos pós-operatórios

CONCLUSÃO: As estapedotomias totalmente endoscópicas são tecnicamente viáveis, seguras e promissoras. Nesta pequena série de 15 casos houve vantagens e desvantagens. As principais vantagens foram: nenhum trauma para o nervo corda do tímpano nos casos em que não foi necessária curetagem da  parede posterior do conduto auditivo externo e um excelente campo de visão, incluindo a visualização das cruras anterior e posterior do estribo, sua supra-estrutura e o nicho da janela oval. As desvantagens foram falta de visão estereoscópica, trabalho unimanual e uma curva de aprendizado. No entanto uma série maior é obrigatória para avaliar o papel real dos endoscópios em cirurgias para otoscleroese bem como para outras doenças da orelha media.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-29

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A CIRURGIA ENDOSCÓPICA ISOLADA E A CIRURGIA ENDOSCÓPICA ASSOCIADA AO MINI-CALDWELL-LUC NO TRATAMENTO DO PÓLIPO ANTROCOANAL

AUTOR(ES): MARCO AURÉLIO TOMIYOSHI ASATO , MATHEUS DE SOUZA CAMPOS, ODAIR APARECIDO ADELINO JÚNIOR, EDWIN TAMASHIRO, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, RICARDO CASSIANO DEMARCO, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: DIVISÃO DE OTORRINOLARINGOLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO USP

INTRODUÇÃO: O pólipo antrocoanal é uma lesão polipóide de caráter benigno, habitualmente unilateral. Acomete principalmente crianças e adolescentes. Seu tratamento é cirúrgico e consiste na retirada completa do pólipo. O método mais comumente utilizado é a cirurgia endoscópica dos seios paranasais, porém muitas vezes esse método apresenta altos índices de recidiva. Uma alternativa para o tratamento é a combinação da cirurgia endoscópica com um mini-Caldwell-Luc.

OBJETIVO: Avaliar a taxa de recidiva e as complicações pós-operatórias dos pacientes submetidos ao mini Caldwell-Luc associado à cirurgia endoscópica nasal e compará-las aos pacientes submetidos apenas à cirurgia endoscópica nasal para o tratamento de pólipo antrocoanal .

METODOLOGIA: Análise retrospectiva de 46 pacientes consecutivos que foram submetidos ao tratamento cirúrgico de pólipo antrocoanal no período 2000 a 2008 no HCFMRP-USP, com seguimento pós-operatório mínimo de 12 meses. Primariamente os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico endoscópico e, nos casos em que não foi possível a visualização adequada ou remoção da porção antral, foram submetidos ao procedimento de mini-Caldwell-Luc concomitantemente.

RESULTADOS: 46 pacientes foram avaliados, com idade média de 18,69 anos, sendo 28 do gênero feminino.  31 pacientes foram submetidos à cirurgia endoscópica nasal isolada, com 12 deles apresentando recidiva (38%) dentro de um seguimento pós-operatório de 36 ± 22 meses (média ± DP). Entre esses 12 pacientes, 10 deles foram submetidos à nova cirurgia endoscópica nasal associada ao mini Caldwell-Luc. Os outros 15 pacientes foram submetidos primariamente ao acesso de mini Caldwell-Luc associado à cirurgia endoscópica nasal, sendo que nenhum desses 15 pacientes que necessitaram o procedimento de Caldwell-Luc apresentou recidiva da doença após seguimento de 30 ± 15 meses (média ± DP).  Houve diferença estatisticamente significativa quando comparada a taxa de recidiva entre as duas opções de tratamento cirúrgico (p<0,05). Tanto os pacientes submetidos apenas a cirurgia endoscópica quanto aqueles submetidos à cirurgia combinada não apresentaram complicações ou seqüelas a longo prazo, como alterações do crescimento maxilar e dentário ou dor facial. Dentre esses pacientes, apenas 1 apresentou parestesia facial.

CONCLUSÃO: O mini Caldwell-Luc associado à cirurgia endoscópica nasal mostra um ser método efetivo e seguro, sendo necessário principalmente nos casos em que haja dificuldades na remoção da porção antral pólipo ou de lesões residuais apenas pela abordagem via endoscópica nasal isoladamente.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-30

TÍTULO: ESTUDO DO POTENCIAL EVOCADO MIOGÊNICO VESTIBULAR NA VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA RECORRENTE E NÃO RECORRENTE

AUTOR(ES): RICARDO SCHAFFELN DORIGUETO , KÊNYA RESENDE CYPRESTE, ROBERTA DE ALMEIDA RIBEIRO, MÁRIO SÉRGIO LEI MUNHOZ

INSTITUIÇÃO: UNIFESP

Introdução: A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é uma doença de alta prevalência, e apesar de benigna, pode seguir um curso crônico e recidivante, e impor prejuízos à qualidade de vida do paciente. O estudo do funcionamento dos órgãos otolíticos e suas vias centrais, por meio do potencial evocado miogênico vestibular (VEMP), pode ser a chave para a compreensão dos mecanismos de formação, recorrência e persistência na VPPB. Objetivos: Verificar a prevalência de achados anormais do reflexo sáculo-cólico por meio do potencial evocado miogênico vestibular em pacientes com vertigem posicional paroxística benigna, de acordo com a forma recorrente e não recorrente da doença. Método: Estudo transversal controlado com intervenção diagnóstica por meio do VEMP em pacientes com a forma recorrente e não recorrente da VPPB. Resultados: A freqüência de anormalidades ao VEMP foi significantemente maior nos pacientes do grupo VPPB que no grupo controle (p<0,001). Foram encontradas alterações quando a ausência de resposta, o índice se assimetria e as latências de p13 e n23, no entanto apenas os parâmetros ausência de resposta (p<0,001) e o índice de assimetria (p<0,001) apresentaram diferença estatística em relação ao grupo controle. Houve uma tendência maior de anormalidades ao VEMP nos pacientes pertencentes ao grupo recorrente em relação ao grupo não recorrente (p=0,09). Conclusões: O potencial evocado miogênico vestibular identifica anormalidades do reflexo sáculo-cólico em aproximadamente metade dos pacientes com vertigem posicional paroxística benigna. Houve tendência de prevalência de anormalidades do reflexo sáculo-cólico nos pacientes com a forma recorrente da doença.

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TESE

AO-31

TÍTULO: ESTUDO DO POTENCIAL MIOGÊNICO VESTIBULARES DE ESTADO ESTÁVEL

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP E UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Introdução: Atualmente, o potencial evocado miogênico vestibular (VEMP) é utilizado, em alguns centros especializados, na composição da avaliação vestibular, com a peculiaridade de analisar, especificamente, o sáculo e o nervo vestibular inferior, regiões não observadas pelos exames vestibulares tradicionais.  A avaliação do potencial evocado miogênico vestibular é realizada por meio da captação de um potencial eletromiográfico, no domínio do tempo, decorrente da estimulação acústica de forte intensidade da mácula sacular. Um método promissor, utilizado em outros tipos de potenciais evocados, como o auditivo por exemplo, possibilita a análise dos potenciais no domínio das frequências. A técnica de estado estável, como é conhecida, viabiliza a realização do exame com diferentes tipos de estímulos, simultaneamente, e a análise de cada uma das respostas em separado.Objetivo :  Utilizar a técnica de estado estável para a obtenção de potenciais evocados miogênicos vestibulares, comparando a presença de respostas nos exames desses potenciais no domínio do tempo, com as obtidas nos exames, no domínio das frequências.Metodologia: Desse modo, captou-se o potencial evocado miogênico vestibular no músculo esternocleidomastóideo ipsilateral à estimulação, no domínio do tempo, em 156 orelhas (78 adultos jovens com audição normal) nas frequências de 250, 500, 1000 e 2000 Hz, taxa de 5 Hz,  intensidade de 95 dB NAn. Os registros foram realizados em janelas de 50 ms. Em seguida, realizou-se a captação do potencial evocado miogênico de estado estável nessas mesmas frequências portadoras (escolhida uma frequência para cada indivíduo), moduladas em 20, 37, 40, 43, 70, 77 e 80 Hz Resultados: Na captação do exame no tempo, observou-se presença de onda em 150 dos 156 exames realizados (96,15%). As respostas encontradas, por frequência modulada, independente da portadora, registraram maiores presenças de picos e amplitudes médias para frequências menores que 43 Hz. A avaliação das respostas, por frequência portadora até 1.000 Hz, teve maior eficiência nas moduladoras de 37, 40 e 43 Hz, com odds ratio maior que 6,9. Para a portadora de 500 Hz, modulada a 20 Hz, entretanto, a resposta também esteve presente de maneira significativa e o valor do odds ratio igual a 11,5. Em 2.000 Hz, as respostas só foram observadas adequadamente em 37 e 40 Hz, porém com índices baixos de igualdade com as respostas do domínio do tempo (63,3 %). Conclusão: O potencial evocado miogênico vestibular de estado estável possui forte associação com o VEMP no domínio do tempo, sendo as respostas mais adequadas entre 37 e 43 Hz, independente da frequência portadora. Clinicamente, o VEMP de estado estável possibilitará a detecção de acometimentos do nervo vestibular inferior em estágios iniciais, justamente pela observação de uma porção maior desta fibra e a realização de um diagnóstico mais preciso, em um intervalo de tempo menor e independente da interpretação do avaliador.

Key-words: potencial miogênico , estado estável, potencial evocado

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-32

TÍTULO: ESTUDO EXPERIMENTAL COMPARATIVO ENTRE: BUTIL-2-CIANOACRILATO (HISTOACRYL®) E SELANTE DE FIBRINA (TISSUCOL®) NO FECHAMENTO DO SEPTO NASAL EM COELHOS

AUTOR(ES): FÁBIO ZANINI , FÁBIO DURO ZANINI, JOSÉ EDUARDO LUTAIF DOLCI, HENRIQUE OLIVAL COSTA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

Introdução: A cirurgia do complexo nasossinusal, pela dificuldade de acesso anatômico e abundante irrigação vascular, apresenta algumas dificuldades técnicas, principalmente na fixação de enxertos, estabilização de estruturas confeccionadas e prevenção de complicações hemorrágicas e infecciosas. Os adesivos cirúrgicos têm-se mostrado como um possível auxiliar no controle dessas situações. Alguns autores referem o uso da cola de fibrina (Tissucol®) e butil-2-cianoacrilato (Histoacryl®) na confecção e fixação de enxertos em cirurgias nasais, com excelentes resultados a longo prazo, embora outros autores refiram efeitos adversos. Objetivo: comparar a intensidade das reações teciduais na mucosa septal desencadeadas pelo uso das colas butil-2-cianoacrilato (Histoacryl®) e cola de fibrina (Tissucol®) no fechamento do espaço subpericondrial do septo nasal de coelhos. Material e método: O estudo utilizou 33 coelhos da raça neozelandesa, nos quais foi descolado o mucopericôndrio da cartilagem septal na fossa nasal esquerda. Posteriormente os espaços criados pelo descolamento foram fechados de três maneiras diferentes ? com Tissucol®, Histaocryl® e sem produto algum (controle) ? sendo avaliados: fibrose; inflamação aguda; inflamação crônica; reação de corpo estranho e; úlcera mucosa até 28 dias. Resultados: Acompanhados em intervalos de 8 e 28 dias não se evidenciou nenhuma diferença na reação histológica da mucosa entre os processos avaliados pelo teste ?20,05;8gl. Conclusão: No que se refere ao uso do butil-2-cianoacrilato, do Tissucol® ou de nenhuma forma de contenção para o fechamento do mucopericôndrio descolado de septo nasal de coelhos, não existiu nenhuma diferença nas reações teciduais da mucosa septal nos três grupos estudados.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-33

TÍTULO: EXPRESSÃO GÊNICA DAS METALOPROTEINAS MMC 1, MMC 2, MMC9 E INIBIDOR DE METALOPROTEINAS TIMP 1 NA POLIPOSE NASOSSINUSAL

AUTOR(ES): RAFAEL ROSSELL MALINSKY , CRISTIANE MILANEZE, JOÃO SANTANA, FABIANA VALERA, WILMA T. ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA FACULADADE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-RIBEIRÃO PRETO

INTRODUÇÃO: A polipose nasossinusal é uma doença caracterizada por um edema da mucosa associada a uma degeneração de intensidade variável, iniciando geralmente na região do meato médio, podendo migrar para os seios paranasais e fossas nasais, está correlacionada a diferentes patologias. As metaloproteinases da matriz (MMP), endopeptidases dependentes de cálcio e zinco, formam um grupo de enzimas que podem coletivamente degradar quase todos componentes da matriz extracelular(MEC). A degradação das proteínas da MEC é regulado pelas MMP e por seus inibidores de metaloproteinases(TIMP). Estudos vêm relacionando a expressão das MMPs e das TIMPs em doenças inflamatórias crônicas das vias aéreas. Pesquisas mostraram que a MMP-9 pode exercer um papel no remodelamento da via aérea superior em pacientes com polipose nasossinusal, já a expressão da MMP-2 na mucosa nasal foi igual a dos controles. A correlação entre as metaloproteinases MMP-1, MMP-2, MMP-9 e TIPM-1 e a doença polipose nasossinusal permanece incerta, não havendo até o momento estudos conclusivos sobre o tema.

OBJETIVOS: avaliar a expressão gênica das metaloproteinas MMC1, MMC 2, MMC 9 e o inibidor de metaloproteinase TIMP 1 em pólipos nasais.

METODOLOGIA: estudou-se 30 amostras de pólipos nasais de pacientes com polipose nasossinusal, submetidos à cirurgia endoscópica nasossinusal entre 2003 e 2006 na divisão de Rinologia e 19 amostras de biopsia de conchas médias de pacientes submetidos á septoplastia, rinoseptoplastia ou cirurgia otologica e que não apresentavam doença nasossinusal crônica. Foi estudado a expressão gênica dos RNAm das metaloproteinas MMC-1,MMC-2 e MMC-9 e o inibidor de metaloproteínas TIMP-1 dos pólipos retirados no intraoperatório e na mucosa controle através da tecnica de Trizol Reagent®.

RESULTADOS: a idade variou de 16 à 71 anos com média de 44,2 anos, quanto ao sexo 46,7% do sexo masculino e 53,3% do feminino. MMP-1, variando de 0,21 à 41,5, média de 9,79. MMP-2, 26 pacientes apresentaram expressão gênica variando de 1,01 à 7,81 com média de 3,43. MMP-9, 25 pacientes apresentaram expressão gênica com variação de 0,26 à 19,49, média de 5,25. Não houve expressão do RNAm da TIMP-1.

DISCUSSÃO: o verdadeiro papel da MMP-2 na polipose nasossinusal permanece controverso, já o papel da MMP-2 na ativação da produção de fibroblastos e no remodelamento do epitélio respiratório foi visto em estudos in vitro. Em pacientes com rinite alérgica e polipose nasal pode haver um aumento da MMP-2 e MMP-9 associado ao remodelamento do epitélio respiratorio. Observamos maior expressão do RNAm da MMP-1 nos pacientes com polipose em relação ao grupo controle, enquanto outro autor não encontrou diferença significativa na expressão de MMP-1. Estudos encontraram uma baixa expressão de TIMP-1 em polipos nasais.

CONCLUSÃO: houve uma maior expressão do RNAm das metaloproteinases MMP-1, MMP-2 E MMP-9 nos pacientes com polipose em relação ao grupo controle, não existiu expressão do RNAm da TIMP-1.

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TESE

AO-34

TÍTULO: FATORES DE RISCO PARA A OTITE MÉDIA COM EFUSÃO

AUTOR(ES): FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO , MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, RAÍSSA VARGAS FELICI, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, JANE MARIA PAULINO, LUIS FRANCISCO DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE LIMEIRA

Introdução

A otite média com efusão (OME) caracteriza-se pela presença crônica de secreção na cavidade da orelha média, com uma membrana timpânica (MT) íntegra e sem sinais de inflamação aguda, que persiste por no mínimo oito semanas. A incidência é de 27% em estudos baseados nos atendimentos em clínicas; e 7 a 15% quando os estudos são realizados dentro de a comunidade. Constitui a causa mais freqüente de perda auditiva na infância; com implicações na aquisição fala.

 

Materiais e Métodos

Foram avaliadas 50 crianças entre 1 e 12 anos com diagnóstico de OME uni ou bilateral, confirmados pela otoscopia, associado a curva Tipo B a imitanciometria, sendo excluídas os pacientes com episodio de OMA há menos de 8 semanas.

Na anamnese e exame físico eram avaliados Sexo, Anomalias craniofaciais, Otite media recorrente ( OMR ), episódios de Otorréia e OMA e a se o primeiro episodio ocorreu antes dos 6 meses de idade, Tabagismo passivo, Atraso no desenvolvimento intelectual, permanência em Creche, Antecedentes familiares, sinais e sintomas de Rinite alérgica e Otoscopia. Foi realizado também audiometria para os maiores de 2 anos e radiografia de cavum de todos para avaliar hipertrofia adenoidiana.

 

Resultados

Entre as 50 crianças eram do sexo masculino  48% e  52% sexo feminino,  com idade entre 1 a 12 anos, com idade media de 4,9 anos. Apresentaram anomalias craniofacias 2%; pelo menos 1 episodio de otorréia em 32%  dos pacientes; OMR  em  46%; com relação a OMA  26% apresentaram o primeiro episodio antes dos 6 meses de idade, 64% apresentou após 6 meses de idade, totalizando 90% dos casos com pelo menos 1 episodio de OMA.

O tabagismo passivo foi encontrado 46%  dos casos, Atraso no desenvolvimento intelectual estava presente em  20%  da amostra; Entre os menores de 5 anos  68,5%  freqüentavam creches; Já os pacientes com antecedentes familiares de OMR / OME eram 20% ; apresentavam rinite alérgica  72 %  casos.

A hipertrofia adenoidiana confirmada a radiografia corresponde  80%  dos pacientes. E a audiometria, 26% estavam com audição preservada, 69,6% com perda condutiva  e 4,3% com perda mista.

 

Discussão

Dentre os analisados por nossa amostra, a idade apresentou um pico de incidência entre 3 a 5 anos de acordo com a literatura, mas sem predileção por sexo.  Entre os fatores com maior associação estavam os episódios de OMA, Tabagismo passivo, permanência em Creches, Rinite alérgica e Hipertrofia de adenóides.

Com relação a perda auditiva presente em 69,6% dos casos, foi superior a media da literatura, mostrando a importância da patologia. E a perda neuro-sensorial compatível com estudo de Marone.

 

Conclusão

A grande incidência da patologia associada a morbidade devido a disacusia e dificuldade no aprendizado, mostram a importância do conhecimento dos fatores de risco para a OME para seu melhor diagnóstico e tratamento.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-35

TÍTULO: FECHAMENTO DE FÍSTULAS INTRAOPERATÓRIAS DE ALTO DÉBITO EM NEUROENDOSCOPIA DA REGIÃO SELAR

AUTOR(ES): HENRIQUE FARIA RAMOS , CARLOS DIÓGENES PINHEIRO-NETO, PEDRO PAULO MARIANI, FABRIZIO RICCI ROMANO, LUIZ UBIRAJARA SENNES, ARTHUR CUKIERT

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DR. EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI

Introdução: A ressecção ampliada de tumores hipofisários, a abertura de cisternas e a comunicação com os ventrículos durante a cirurgia são fatores que aumentam consideravelmente o risco de fístula liquórica no pós-operatório. Diante destes casos, a reconstrução do defeito na base do crânio deve ser feita de modo mais agressivo.

Objetivos: Descrever e analisar a técnica de reconstrução endoscópica utilizada pelo nosso serviço em casos de fístulas liquóricas de alto débito, especialmente quando existe comunicação com o sistema ventricular.

Métodos: Sete pacientes com fístulas intraoperatórias de alto débito e exposição de cisternas e sistema ventricular foram estudados. Inicialmente, coloca-se gordura da face lateral da coxa para preencher o espaço vazio deixado pelo tumor. Em seguida, posicionam-se duas camadas de fáscia lata underlay que são apoiadas nos limites da abertura dural, cobertos por uma terceira camada de fáscia lata overlay. Coloca-se cola de fibrina. Uma camada de gordura é posicionada para preencher o recesso clival do seio esfenóide Após a confecção do retalho nasosseptal posterior, mobiliza-se o mesmo para cobrir toda região do defeito. Recobre-se o retalho com Surgicel® e, depois, cola de fibrina. Sobre o retalho, colocam-se duas ou três camadas de Gelfoam®. Finalmente, posiciona-se uma sonda de Foley e se insufla o balão com água para fazer uma contrapressão na área reconstruída. Drenagem lombar externa é, então, realizada.

Resultados: A fístula de alto débito foi selada adequadamente em cinco pacientes. Um paciente evoluiu com fístula liquórica pós-operatória e meningite. Após o tratamento do quadro infeccioso o paciente foi submetido a uma reabordagem para reconstrução do defeito dural, evoluindo com fechamento adequado. Um paciente apresentou hiperdrenagem pela derivação lombar após episódio de agitação psicomotora, evoluindo com pneumoencéfalo extenso. Também necessitou de reabordagem para reposicionamento das camadas da reconstrução.

Conclusões: A reconstrução com múltiplas camadas intradurais e retalhos pediculados, associada à derivação lombar externa mostrou-se efetiva no manejo de fístulas liquóricas de alto débito intraoperatórias onde havia exposição do sistema ventricular.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-36

TÍTULO: IMPACTO DA RINOPLASTIA PRIMARIA NA PATENCIA NASAL

AUTOR(ES): ODAIR APARECIDO ADELINO JÚNIOR , FLÁVIA SILVEIRA, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, MARCELO GONÇALVES JUNQUEIRA LEITE, RICARDO MIRANDA LESSA, EDWIN TAMASHIRO, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: HCFMRP - USP

Introdução:

O impacto da rinoplastia na permeabilidade nasal tem sido tema constante de discussão, tanto pela repercussão funcional quanto pelos aspectos legais.

O objetivo do presente estudo é a avaliar de uma forma objetiva, através da rinometria acústica, possíveis mudanças na patência nasal após a cirurgia de rinoplastia e caracterizá-las quanto à intensidade e à localização.

 

Materiais e métodos:

Foram incluídos 44  pacientes entre 18 e 60 anos, do ambulatório de Otorrinolaringologia e que tinham obtido indicação cirúrgica de rinoplastia, com abordagem de ponta e dorso no mesmo tempo cirúrgico. Os pacientes selecionados foram submetidos ao exame de rinometria acústica antes e seis meses após a cirurgia, em ambas. As seguintes medidas foram feitas em cada avaliação:

- MCA1: área de secção transversal mínima da narina de 0 a 22mm, correspondendo à válvula nasal interna;

- Dist1: distância da ponta nasal até MCA1;

-MCA2: área de secção transversal mínima da narina de 22 a 54mm, correspondendo à área da cabeça da concha inferior;

- Dist 2: distância da ponta nasal até MCA2;

- Vol 0-3: volume nos primeiros 3 cm de cada narina

- Vol 0-3 total: volume nos primeiros 3 cm nas duas narinas em conjunto

 Neste estudo, foi utilizado o teste paramétrico t de Student pareado, considerando-se significativa p<0,05.

 

Resultados:

Foram avaliados 44 pacientes, sendo 38 do sexo feminino e 6 do masculino; a idade média foi de 36±9 anos.

Em relação à válvula nasal, a rinoplastia não influenciou na distância da ponta à ela  para nenhum dos lados. Não houve alteração significativa na área da válvula nasal para o lado direito, porém houve uma diminuição significativa desta área no lado esquerdo .

Já em relação à cabeça da concha inferior, houve uma diminuição significativa da sua distância à ponta nasal para os dois lados após a cirurgia. No entanto, não observamos diferença entre as áreas de constrição máximas referentes a MCA 2 em nenhum dos lados entre os dois momentos.

Para melhor avaliar o efeito da rinoplastia sobre o volume nasal, inserimos a medida de Vol 0-3, sendo o volume calculado nos primeiros 3 centímetros de distância para cada narina e em seguida, calculado a somatória das duas narinas. Observamos uma diminuição significativa do Vol 0-3 tanto para a narina direita           quanto para a esquerda. Esta diminuição também foi significativa quando somamos os dois lados, demonstrando que a rinoplastia diminuiu significativamente o volume nasal total nos 3 primeiros centímetros, para as duas narinas.

 

Discussão:

O presente estudo avaliou pacientes que foram submetidos apenas à rinoplastia estética. Nossos resultados demostraram uma discreta redução de MCA1, área na região da válvula nasal interna, embora não tenha havido alterações na distância entre a válvula e a ponta nasal.

Já em relação à cabeça da concha inferior, não observamos mudança em relação à área MCA 2, mas a sua distância até a ponta nasal teve uma redução bastante significativa. Nossa expectativa era que houvesse uma diminuição na área MCA 2 e manutenção da sua distancia até a ponta nasal ( D2), porém o resultado pode ser explicado por uma provável rotação anterior da cabeça da concha inferior após as osteotomias, com manutenção com manutenção da área local.

 

Conclusão:

A rinoplastia promove uma redução na área transversal ao nível da válvula nasal interna em sua porção proximal (MCA1) e aproxima a cabeça da concha inferior da ponta nasal (D2), promovendo, consequentemente, redução do volume nasal (Vol 0-3) nos três primeiros centímetros nasais.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-37

TÍTULO: IMPACTO DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO NA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO: RESULTADOS PRELIMINARES DE UMA METANÁLISE

AUTOR(ES): CRISTINA SALLES , ANDRÉA BARRAL, PRISCILA DE CARVALHO ALMEIDA, CARLA KOBAYASHI, ISABELLA FERNANDA S. FERREIRA, REGINA TERSE TRINDADE RAMOS, ÁLVARO CRUZ

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Introdução: A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono e a Doença do Refluxo Gastroesofágico são processos distintos que podem apresentar sinais e sintomas semelhantes, que podem estar sobrepostos, mas podem também gerar confusão no diagnóstico. Essas patologias resultam em sono fragmentado e sonolência excessiva diurna. Objetivo: avaliar se o tratamento do refluxo gastroesofágico pode reduzir o índice de apneia e hipopneia. Tipo de Estudo: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados com metanálise. Estratégia de Busca: As fontes de estudos - utilizadas nos idiomas português, inglês e espanhol (onde não haverá restrições concernentes à data ou quaisquer outras) - serão: EMBASE, LILACS, MEDLINE, SCISEARCH, WEBofScience, CINAHL, Psyclinfo, BIREME, a base de dados de ensaios clínicos controlados da Colaboração Cochrane, o registro de ensaios controlados aleatórios. Critérios para a Seleção dos Estudos: todos os ensaios clínicos que investigaram o benefício do tratamento da DRGE sobre a SAOS. Participantes: indivíduos com mais de 18 anos, de ambos os sexos, de qualquer etnia, com sintomas consistentes para síndrome da apnéia obstrutiva do sono e confirmação polissonográfica, com ou sem doença do refluxo gastroesofágico (para associação). O diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico foi feito por meio de pHmetria ou estudo Wireless do pH. Os pacientes foram submetidos a tratamento medicamentoso para refluxo gastroesofágico Intervenção: medicamentos para tratamento do refluxo gastroesofágico, exceto cisaprida e metoclopramida. Principais Variáveis Estudadas: índice de apnéia e hipopnéia antes e após tratamento e tempo total de refluxo ácido gastroesofágico antes e após tratamento. Resultados: Inicialmente foram selecionados 24 artigos, destes 2 foram elegíveis para a inclusão. Foi observada uma diferença estatisticamente significante entre a média do índice de apnéia e hipopneia antes e após tratamento medicamentoso (p < 0,001) e a média do tempo total de refluxo ácido gastroesofágico antes e após tratamento medicamentoso (p = 0,001). Conclusão: Os estudos examinados nesta revisão sistemática demonstram que o tratamento medicamentoso para o refluxo gastroesofágico reduz o índice de apnéia e hipopneia.

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TESE

AO-38

TÍTULO: IMPLICAÇÕES DA OBSTRUÇÃO NASAL CRÔNICA SOBRE AS QUALIDADES VOCAIS E A MUCOSA LARÍNGEA. ANÁLISE VOCAL E ACHADOS VIDEOENDOSCÓPICOS EM CRIANÇAS DE 4 A 12 ANOS

AUTOR(ES): TATIANA MARIA GONÇALVES , ROBERTO BADRA DE LÁBIO, ELAINE LARA MENDES TAVARES, RAFAEL CERANTO ALVARADO, LÍDIA RAQUEL DE CARVALHO, REGINA HELENA GARCIA MARTINS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP/ DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

Objetivos: investigar as implicações da obstrução nasal crônica sobre as qualidades vocais e a mucosa laríngea. Casuística e Métodos ? dois grupos de crianças de 4 a 12 anos, subdivididos em faixas etárias, de 4 a 6, de 7 a 9 e de 10 a 12 anos: GC (grupo controle, n-60) - escolares saudáveis, sem sintomas nasais, auditivos ou vocais; GON (grupo obstrução nasal, n-60) - crianças com obstrução nasal crônica por hipertrofia adenotonsilar e/ou rinite alérgica, sem surdez neurossensorial.  Os pais responderam questionário sobre voz, as crianças foram submetidas à videoendoscopia (nasofibroscopia/telescopia), análise vocal perceptivo-auditiva (escala GRBASI, TMF, ataque vocal, coordenação pneumofonoarticulatória e ressonância), análise acústica (programa Multi-Speech 3700 - Fo, % de jitter, PPQ, % de shimmer, APQ, NHR e SPI), pesquisa das emissões otoacústicas, audiometria e timpanometria. Resultados ? os grupos foram similares quanto à idade e gênero (>0,05); as informações dos pais indicaram índice de disfonia de 76,6% em GON, sendo que oito delas apresentaram hipoacusia condutiva leve. Lesões laríngeas ocorreram em 58% das crianças de GON (inflamação, espessamento mucoso, nódulos e cistos). O grupo GON apresentou maiores pontuações de GRBASI (p<0,05), menores valores do TMF, ressonância insuficiente nasal, incoordenação penumofonoarticulatória e ataque vocal brusco ou aspirado. A análise acústica de GON revelou valores menores de F0 e maiores de PPQ, APQ e SPI (p<0,05). Conclusões: obstrução nasal acarretou alterações nas análises vocais perceptivo-auditivas e acústicas, além de diversas lesões laríngeas, demonstrando a importância da identificação e do tratamento conjunto desses quadros no tratamento das disfonias infantis.

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AO-39

TÍTULO: INFLUÊNCIA DA MIGRAÇÃO EPITELIAL NA CICATRIZAÇÃO DA PERFURAÇÃO TIMPÂNICA EM CHINCHILLA LANIGER

AUTOR(ES): CORINTHO VIANA PEREIRA, SILVIO DA SILVA CALDAS NETO, CAROLINA VASCONCELOS, RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO, LEONARDO VIANA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

A membrana timpânica tem capacidade de cicatrizar espontaneamente, apesar de alguns indivíduos persistirem com a perfuração. O fechamento das perfurações ocorre pelo avanço da camada epidérmica da membrana timpânica. O estudo teve como objetivo analisar a capacidade de migração epitelial da membrana timpânica do Chinchilla laniger e relacionar a cicatrização espontânea de perfurações timpânicas subagudas. Duas fases compuseram o estudo. Na primeira, a membrana timpânica do chinchila foi marcada à nanquim com um ponto e foi medida sua movimentação, determinando a velocidade da migração epitelial. Na segunda, produziu-se uma perfuração subaguda da membrana timpânica, medindo-se o tempo cicatrização espontânea. Foi medida a correlação da velocidade da migração epitelial da membrana timpânica e do tempo de cicatrização espontânea da perfuração subaguda. A média das velocidades de migração epitelial foi de 0,095+-0,02 mm/dia. A média dos tempos de cicatrização espontânea da perfuração subaguda foi de 10,4+-2,7 dias. Todas as perfurações timpânicas apresentaram cicatrização espontânea. Não foi encontrado correlação entre a velocidade de migração epitelial e o tempo de cicatrização espontânea da perfuração subaguda do Chinchilla laniger.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-40

TÍTULO: INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DA SÍNDROME DA APNÉIA/HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO , ANA GABRIELA GONÇALVES TORISAN, NELY SILVA ARAGÃO DE MARCHI, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - FAMERP

Introdução: a síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono é um dos distúrbios mais complexos do sono, envolvendo múltiplos fatores genéticos contribuintes para o fenótipo. A serotonina está envolvida na regulação de uma variedade de funções viscerais e fisiológicas, inclusive o sono.Polimorfismos no gene 5-HTR2A podem alterar a transcrição afetando o número de receptores do sistema serotoninérgico, contribuindo para a SAHOS.Objetivo:investigar a prevalência dos polimorfismos T102C e -1438G/A no gene HTR2A em pacientes com e sem SAHOS.Casuística e Método: estudo molecular em 100 pacientes como casos-índice e em 100 como grupo controle, de ambos os gêneros.O DNA foi extraído de leucócitos de sangue periférico e realizada a amplificação pelas técnicas da PCR-RFLP.Desenho:estudo de caso/controle em corte transversal.Resultados: Houve maior prevalência do gênero masculino (73%) nos casos-índice e o feminino foi o predominante no grupo controle em 60% dos casos, sendo esta relação significante (p<0,0001).Em relação ao IMC, os pacientes com SAHOS teve maior prevalência nas classificações de sobrepeso e obesidade Grau I, perfazendo o total de 82% dos casos, enquanto que o grupo controle teve a maior prevalência nas classificações de peso ideal e obesidade Grau I (73% do total), sendo esta diferença significante (p=0,0081).Ambos os grupos tiveram a maior prevalência da idade nas faixas de adulto jovem e adulto, perfazendo o total de 92% e 96%, respectivamente, sendo esta relação significante (p=0,0007).Os casos-índice apresentaram os valores médios do IMC, da faixa etária e do IAH significativamente maiores quando comparados aos valores médios do grupo controle. As frequências alélicas T e C para os casos-índice foram T=0,56 e C=0,44 e para os controles foram T=0,545 e C=0,455, não apresentando diferença estatística entre os grupos (p=0,8406).As frequências alélicas G e A para os casos-índice foram G=0,345 e A=0,655 e para os controles G=0,455 e A=0,545, mostrando diferença estatística entre os grupos (p=0,0321).Houve diferença estatística dos genótipos do polimorfismo -1438G/A encontrados nos casos-índice em relação ao grupo controle (p=0,0177).Houve diferença significativa entre o genótipo AA do polimorfismo -1438G/A e pacientes com SAHOS (OR:2,3; IC95%:1,20-4,38; p=0,01).A prevalência do gênero masculino nos casos-índice em relação aos genótipos do polimorfismo -1438G/A foi significante quando comparado aos controles (p<0,0001).Houve associação estatisticamente significante dos genótipos do polimorfismo -1438G/A com o IMC entre 25 e 35 Kg/m2 nos casos-índice em relação aos controles (p<0,0182).Não houve associação de ambos os polimorfismos estudados e a gravidade da SAHOS nos casos-índice (p>0,05).Conclusões: os mecanismos serotoninérgicos parecem estar relacionados a SAOS.Não há diferenças na prevalência do polimorfismo T102C entre os pacientes com SAOS e o grupo controle.Há evidências de associação entre o polimorfismo -1438G/A e a SAOS.

 

Fomento: FAPESP Processo nº2008/01070/4.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-41

TÍTULO: MANIFESTAÇÕES OTORRINOLARINGOLÓGICAS NAS DENGUE CLÁSSICA E HEMORRÁGICA

AUTOR(ES): FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR , MAURICIO AQUINO PAGANOTTI, FELIPPE ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR, DIANA ARANTES SAD RAMALHO

INSTITUIÇÃO: URS NOVO HORIZONTE=SERRA-ES (SUS)

Dengue é uma doença febril aguda, causada por um arbovírus, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Apresenta manifestações clássicas como febre, mialgia, epistaxe, odinofagia, vertigem e zumbido. Constitui um sério problema de saúde pública. 

O objetivo do nosso estudo foi avaliar pacientes com dengue, que apresentam sintomatologia otorrinolaringológica como manifestação inicial. 

Foi realizado um estudo prospectivo, incluindo 13 pacientes com dengue, com sorologia comprovada, que manifestaram queixas otorrinolaringológicas na URS NOVO HORIZONTE NA PREF.MUNICIPAL DE SERRA-ES no período de março de 2008.

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AO-42

TÍTULO: MEMBRANA DO BIOPOLÍMERO DA CANA-DE-AÇÚCAR: ANÁLISE HISTOMORFOMÉTRICA NA ORELHA MÉDIA DOS RATOS.

AUTOR(ES): DÉBORA LOPES BUNZEN MAYER , SILVIO DA SILVA CALDAS NETO, MARIANA LEAL DE CARVALHO, JULIANA GUSMÃO DE ARAÚJO, ANTÔNIO ANTUNES MELO, ROBERTO JOSÉ VIEIRA DE MELLO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Introdução: Um novo biomaterial derivado do melaço da cana-de-açúcar, em forma de membrana, surge para ser testado quanto ao seu uso na cirurgia otológica. Inicialmente há de se estabelecer seu comportamento na orelha média em animais de experimentação. Será utilizada a histomorfometria para avaliar o resultado da interação da membrana do biopolímero da cana-de-açúcar na orelha média do rato. Material e Método: Foi realizado um estudo experimental, prospectivo e pareado com 36 ratos Wistar.  A membrana do biopolímero da cana-de-açúcar foi inoculada através de perfuração transtimpânica na orelha média direita e a fáscia autóloga na orelha esquerda. Após o experimento 24 ratos foram selecionados para análise sendo subdivididos em 3 subgrupos de 8 e sacrificados com 4, 8 e 12 semanas após a cirurgia. A espessura da mucosa da bula e da membrana timpânica (MT) foram medidas. Análise histológica qualitativa e quantitativa foi realizada. Resultados: A média geral da espessura da mucosa foi 64,0µm e da MT foi 27,3µm, no grupo do biopolímero da cana-de-açúcar. No grupo controle os valores foram 42,3µm e 20,1µm, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significante entre as médias da mucosa e da MT do grupo controle e experimental. O grau do espessamento foi leve na maioria dos casos, em ambos os grupos. Ocorreu exsudato inflamatório na maioria das bulas do grupo experimental. A mucosa da bula diminuiu de espessura ao longo do experimento. Houve três casos de absorção completa do biopolímero no tempo tardio. Discussão: Na análise histomorfométrica partiu-se do princípio que o espessamento da mucosa e da MT pode estar relacionado à agressão sofrida na orelha média. Desse modo, a sua alteração indiretamente indicaria a intensidade da reação inflamatória. Houve exsudato ao redor da membrana do biopolímero da cana-de-açúcar com infiltrado celular na maioria das bulas do grupo experimental e houve apenas um caso de exsudato no grupo controle. Apesar disto não houve diferença estatística nas medidas da histomorfometria entre os materiais, talvez porque a reação inflamatória provocada pelo biopolímero da cana-de-açúcar foi localizada e não comprometeu toda a extensão da mucosa na bula. Houve diferença estatisticamente significativa entre os tempos dentro do grupo experimental com diminuição dos valores da mucosa da bula. A inflamação diminuiu com o tempo, tanto pelos achados qualitativos, com diminuição ou ausência de exsudato no tempo tardio, quanto na avaliação quantitativa, com retorno das médias aos valores normais. Presume-se com isso, que a membrana do biopolímero pode causar inflamação inicial mas que  regride com o tempo. Conclusão: A partir da análise histomorfométrica concluiu-se que o contato da membrana do biopolímero da cana-de-açúcar com a mucosa da orelha média dos ratos apresentou resultados semelhantes ao da fáscia autóloga principalmente no tempo tardio do experimento.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-43

TÍTULO: METILPREDNISOLONA INTRATIMPÂNICA COMO TERAPIA DE RESGATE NA SURDEZ NEUROSSENSORIAL SÚBITA

AUTOR(ES): GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE , JAIRO DE BARROS FILHO, IGOR TEIXEIRA RAYMUNDO, THAÍS GONÇALVES PINHEIRO, NILDA AGOSTINHO MAIA, CARLOS AUGUSTO OLIVEIRA, FAYEZ BAHMAD JUNIOR

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

Introdução: O tratamento da surdez súbita é uma das questões mais controversas da Otologia, no entanto, os corticóides sistêmicos têm sido a opção mais escolhida por referidos autores como padrão ouro de tratamento. O uso de corticóide intratimpânico como terapia de segunda linha para  tratamento de casos refratários de surdez súbita tem sido relatado e os resultados promissores têm feito alguns autores promoverem o seu uso como terapia de primeira linha, indicando-a para todos os casos de surdez súbita.

Objetivos: Descrever essa nova modalidade de tratamento e avaliar a sua segurança e eficácia em quatorze pacientes tratados após falha da corticoterapia oral.

Materiais e Métodos: Trata-se de estudo analítico prospectivo em que quatorze pacientes portadores de surdez súbita neurossensorial foram tratados com metilprednisolona intratimpânica após falha da corticoterapia oral. Limiares tonais e o índice de reconhecimento de fala pré-tratamento e pós-tratamento foram analisados.

Resultados: Dez dos quatorze pacientes tratados com metilprednisolona intratimpânica apresentaram recuperação da audição superior a 20 dB nos limiares tonais ou 20% no IRF.

Conclusão: Três injeções intratimpânicas de metilprednisolona aumentaram os limiares tonais e índices de reconhecimento da fala em um grupo de pacientes portadores de surdez súbita neurossensorial que não obtiveram benefício após corticoterapia oral.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-44

TÍTULO: MÉTODO ALTERNATIVO PARA OBTENCÃO DE AMOSTRAS DE MEATO ACÚSTICO EXTERNO E MEMBRANA TIMPÂNICA PARA PESQUISA EXPERIMENTAL

AUTOR(ES): JOÃO DANIEL CALIMAN E GURGEL , CELINA SIQUEIRA BARBOSA PEREIRA, ADRIANA LEAL ALVES, FERNANDO QUINTANILHA RIBEIRO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Várias são as possibilidades de estudo em ossos temporais de cadáveres, seja para treinamento ou pesquisa experimental. Porém, poucos estudos foram realizados em amostras de cadáveres para pesquisa histológica e imunohistoquímica no epitélio do meato acústico externo e membrana timpânica. Uma das possibilidades para obtenção destas amostras é a remoção de todo o osso temporal. Porém, quando se objetiva a análise apenas do meato acústico externo e membrana timpânica, é possível a utilização de um método mais rápido e que produz inicialmente uma amostra de menor volume e portanto pode ser armazenada e transportada em recipientes menores. Poucos trabalhos explicitam de maneira pormenorizada o método de obtenção e preparação das amostras para serem estudadas.

OBJETIVO: Demonstrar um método alternativo para obtenção de amostras de meato acústico externo e membrana timpânica para histologia e imunohistoquímica.

METODOLOGIA: Antes do início da pesquisa o projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição e aprovado sob o número 052/10. Foram utilizados 30 cadáveres neste estudo. A obtenção das amostras se iniciou após o realização normal da necrópsia. Com o crânio aberto, iniciou-se o corte com a broca encostada posteriormente no sentido do meato acústico externo normal. Terminado o uso da furadeira, com o auxílio de um formão de 20 mm, foi feita uma osteotomia na região do ápice petroso, com lliberação de todas as conexões ósseas. Os remanescentes musculares foram incisados com bisturi e o foi finalmente removida. A amostra foi então colocada em solução de formol tamponado a 10 %. No laboratório de dissecção fragmento foi colocado em suporte próprio para este fim em mesa com microscópio, aspirador e instrumentos adequados para dissecção do meato acústico externo e da membrana timpânica. A pele do meato acústico externo foi completamente dissecada, seguida da dissecção do anel fibrocartilagíneo e da membrana timpânica. O martelo foi mantido junto à membrana timpânica para que fosse facilitada a orientação antero-posterior e supero-inferior da peça durante a confecção dos blocos em parafina. Para que o formado cilíndrico do meato acústico externo junto da membrana timpânica, inicialmente a parafina foi colocada no interior do meato, para depois a peça inteira sem emblocada. A partir daí, foram obtidas secções transversais do meato e membrana timpânica que permitiram o estudo histológico e imunohistoquímico ulterior.

RESULTADOS: A fase de trabalho com o cadáver inicialmente durou 30 minutos para cada amostra, até que a técnica fossa totalmente padronizada, quando pôde ser  obtida em apenas 2 minutos. De todas as amostras obtidas dos cadáveres, devido a fratura e laceração do meato acústico externo pela broca ou pelo formão, 33,3 % (12) das amostras foram descartadas. Durante a fase de trabalho no laboratório de dissecção, cada peça foi dissecada inicialmente em 50 minutos, porém as últimas amostras demandaram apenas 15 minutos cada. Todas as amostras de MAE e MT obtidas mostraram-se viáveis para a pesquisa histológica e imunohistoquímica com a utilização deste método.

CONCLUSÃO: O método descrito neste estudo foi facilmente  exequível, reprodutível e produziu amostras de boa qualidade para serem estudadas, seja por histologia ou por imunohistoquímica. A medida que as amostras sendo obtidas, com uma maior experiência no método, o tempo demandado em cada etapa diminuiu sensivelmente.

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TESE

AO-45

TÍTULO: MODELO BIOMECÂNICO COMPUTADORIZADO APLICADO EM LARINGES CANINAS

AUTOR(ES): LUCIANO RODRIGUES NEVES , RAFAEL IAMAMOTO CUZZIOL, GUILHERME DOS SANTOS MARQUES, FRANCISCO DE ASSIS ZAMPIROLLI, PAULO AUGUSTO DE LIMA PONTES

INSTITUIÇÃO: UNIFESP-EPM

Objetivo: O objetivo dessa tese é desenvolver modelo biomecânico computadorizado aplicado em laringes caninas para simular experimentalmente os movimentos realizados pelos músculos cricoaritenóideos posteriores, cricoaritenóideos laterais e cricotireóideos e que cumpra as seguintes condições: Adequada fixação da laringe canina ao modelo biomecânico computadorizado permitindo introdução de fluxo aéreo subglótico; Simular os movimentos de abdução, adução e variação da tensão das pregas vocais caninas e, Obter sonorização por vibração das pregas vocais caninas mediante fluxo aéreo. Método: Com adaptação da tecnologia robótica Lego Mindstorm NXT® e desenvolvimento de programa de computador para o seu manejo, foi criado modelo biomecânico computadorizado empregando micromotores que tracionam o processo vocal da cartilagem aritenóide e a articulação cricotireóidea obedecendo às forças vetoriais fisiológicas, simulando as ações dos músculos intrínsecos da laringe canina.  O modelo biomecânico desenvolvido foi avaliado em seis laringes caninas (quatro laringes inteiras e duas hemilaringes) com o emprego de tarefas dinâmicas (adução bilateral das pregas vocais, abdução bilateral das pregas vocais, adução bilateral com alongamento, abdução bilateral com alongamento das pregas vocais e movimentação assimétrica das pregas vocais) e testes de emissão sonora. Resultado: O modelo desenvolvido cumpriu as tarefas solicitadas para simular as ações dos músculos intrínsecos em experimento dinâmico e durante emissão sonora da laringe canina. Conclusão: Os resultados obtidos permitem concluir que o modelo biomecânico computadorizado desenvolvido e aplicado em laringes caninas, simulou os movimentos realizados pelos músculos cricoaritenóideos posteriores, cricoaritenóideos laterais e cricotireóideos; ao cumprir as condições previamente estabelecidas: Adequada fixação da laringe canina ao modelo biomecânico computadorizado permitindo introdução de fluxo aéreo subglótico; Simular os movimentos de abdução, adução e variação da tensão das pregas vocais caninas e, Obtenção de sonorização por vibração das pregas vocais caninas mediante fluxo aéreo.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-46

TÍTULO: MODELO BIOMECÂNICO COMPUTADORIZADO APLICADO EM LARINGES SUÍNAS

AUTOR(ES): LUCIANO RODRIGUES NEVES , GUILHERME DOS SANTOS MARQUES, RAFAEL IAMAMOTO CUZZIOL, FRANCISCO DE ASSIS ZAMPIROLLI

INSTITUIÇÃO: UNIFESP-EPM

Objetivo: Oobjetivo desse trabalho é desenvolver modelo biomecânico computadorizadoaplicado em laringes suínas para simular experimentalmente os movimentosrealizados pelos músculos cricoaritenóideos posteriores, cricoaritenóideoslaterais e cricotireóideos. Método: Com adaptação da tecnologia robótica Lego Mindstorm NXT®edesenvolvimento de programa de computador para o seu manejo,foicriado modelo biomecânico computadorizado empregando micromotores que tracionamo processo vocal da cartilagem aritenóide e a articulação cricotireóideaobedecendo às forças vetoriais fisiológicas, simulando as ações dos músculosintrínsecos da laringe suína. O modelobiomecânico desenvolvido foi avaliado em seis laringes suínas (quatro laringesinteiras e duas hemilaringes) com o emprego de tarefas dinâmicas (aduçãobilateral das pregas vocais, abdução bilateral das pregas vocais, aduçãobilateral com alongamento e abdução bilateral com alongamento das pregasvocais). Resultado:O modelo desenvolvido cumpriu as tarefas solicitadas para simular asações dos músculos intrínsecos da laringe suína em experimento dinâmico. Conclusão: Aconclusão desse trabalho é que o modelo biomecânico computadorizado desenvolvidoe aplicado em laringes suínas simulou os movimentos realizados pelos músculoscricoaritenóideos posteriores, cricoaritenóideos laterais ecricotireóideos.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

AO-47

TÍTULO: MODELO DIDACTICO E GUIA PRACTICA DOS DUCTOS SEMICIRCULARES EM 3D

AUTOR(ES): D'ALBORA RIVAS RICARDO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICAS. FACULTAD DE MEDICINA UDELAR

Introdução e objetivos: A interpretação da patologia vestibular, exige de um conhecimento precedente da anatomia e da fisiologia  dos ductos semicirculares e de suas vias. Este esquema em 3 dimensões (3D) de Ductos Semicirculares (DDSS), tentativas a ser uma ferramenta didactica e um guia útil da consulta rápida. Material e métodos: O modelo é projetado no cartão, com impressão nas cores diferentes, acompanhadas de um texto explanatório de 22 folhas, onde detalha sua descrição topográfica, descritiva, e seus usos com base em exemplos das patologias mais freqüentes. Resultados: Embora os resultados não pudessem ser avaliados numericamente, isto poço tem sido compreendido, uma vez que foi explicado, ainda sem ler o texto de acompanhamento. Este trabalho foi apresentado pelo convite em eventos latino-americanos diferentes com aceitação excelente.  Conclusões: Dado a aceitação deste modelo, se conclui que  é uma ferramenta do uso pessoal, para o ensino, a prática e do baixo custo.

Palavras chaves: Ductos Semicirculares. Modelo Didactico. Guia prática.

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TESE

AO-48

TÍTULO: O PAPEL DAS ALTERAÇÕES ANATÔMICAS DA VIA AÉREA SUPERIOR EM PACIENTES COM SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO NA ADESÃO E SUCESSO AO TRATAMENTO COM APARELHO INTRA-ORAL

AUTOR(ES): RENATO PRESCINOTTO , FERNANDA LOUISE MARTINHO HADDAD, ILANA FUKUCHI, PAULO AFONSO CUNALI, LUIZ CARLOS GREGÓRIO, SÉRGIO TUFIK, LIA RITA AZEREDO BITTENCOURT

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Introdução: A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) apresenta alta prevalência populacional. O tratamento de escolha é o CPAP, porém estão indicados, para casos selecionados, o uso de aparelho intra-oral e as cirurgias da via aérea superior e esqueléticas. Diversos estudos na literatura apontam os principais fatores responsáveis pela não adesão ao tratamento ?padrão ouro? (CPAP). Um dos fatores que podem limitar o uso do CPAP é a presença de obstrução nasal. Não existem relatos na literatura que chamem a atenção para a presença de alterações anatômicas na VAS e o uso de AIO. 

Objetivo: (1) Comparar a eficácia do tratamento com AIO entre pacientes com SAOS, com e sem alteração da VAS. (2) Avaliar a adesão do AIO no 120º dia após o início da terapia, entre os pacientes com e sem alterações da VAS. (3) Comparar o exame físico orofaríngeo ambulatorial no ato da entrega do AIO e após 120 dias de seu uso em busca de modificações anatômicas decorrentes do uso do AIO.

Material e método: Foram avaliados 30 pacientes adultos com SAOS leve a moderada e indicação de AIO. Todos pacientes foram submetidos a anamnese e exame físico da VAS e do esqueleto facial, além de medidas da circunferência cervical e IMC, que foi repetido após 120 dias. Os pacientes foram separados em grupos com boa e má adesão ao tratamento e também em relação ao sucesso ou insucesso ao tratamento. As variáveis estudadas em cada grupo foram presença de alterações nasais, alterações faríngeas, alterações esqueléticas faciais, classificação de Mallampati e tamanho das tonsilas palatinas. Antes e após o uso do AIO foi avaliado o exame da VAS para verificar alguma alteração estrutural da mesma.

Resultados: Do total de trinta pacientes dois foram excluídos da amostragem. O sucesso ao tratamento com AIO foi de 53,57%, segundo o critério utilizado. Quanto às alterações faríngeas nenhuma das duas análises (sucesso a adesão) mostrou associação estatisticamente significante. Quanto à presença de alterações nasais, houve um predomínio de pacientes sem alteração nasal entre os pacientes com sucesso comparados àqueles com insucesso ao tratamento com AIO, o que não foi observado em relação à adesão. Não houve diferença em relação a alterações esqueléticas faciais, tamanho das tonsilas palatinas e classificação de Mallampati, tanto para adesão quanto para sucesso ao tratamento. Em relação ao exame físico antes e após 16 semanas do uso do AIO observamos que dos 28 pacientes analisados, 4 apresentaram melhora das alterações faríngeas, o que não caracterizou um resultado estatisticamente significante.

Conclusões: A adesão ao tratamento com AIO não foi influenciada pela presença de alterações de VAS. A eficácia do tratamento com AIO foi significativamente menor nos pacientes com alterações nasais, e não foi influenciada pela presença das demais alterações de VAS analisadas. O exame físico da VAS não sofreu alterações evidentes após o uso do AIO.

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AO-49

TÍTULO: POSTUROGRAFIA INTEGRADA À REALIDADE VIRTUAL EM IDOSOS VESTIBULOPATAS CRÔNICOS COM OU SEM QUEDAS

AUTOR(ES): JULIANA MARIA GAZZOLA, ANA PAULA SERRA , FLÁVIA DONÁ, HELOÍSA HELENA CAOVILLA, MAURÍCIO MALAVASI GANANÇA, LUIZ ROBERTO RAMOS, FERNANDO FREITAS GANANÇA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP

Introdução: A posturografia estática pode auxiliar na avaliação do equilíbrio corporal de idosos com vestibulopatia crônica.

Objetivos: Avaliar o equilíbrio corporal de idosos vestibulopatas crônicos, com ou sem histórico de quedas, à posturografia estática integrada à realidade virtual. Comparar os aspectos clínico-funcionais entre os idosos vestibulopatas crônicos com ou sem histórico de quedas.

Método: Trata-se de pesquisa quantitativa analítica realizada por meio de estudo clínico de corte transversal. Foram incluídos idosos dos gêneros masculino ou feminino, distribuídos em grupo controle (GC), sem quedas e queixas vestibulares, e grupo de vestibulopatas crônicos, sendo o grupo 1 (G1) constituído por pacientes sem quedas e o grupo 2 (G2) com quedas. A avaliação posturográfica foi realizada por meio da Balance Rehabilitation Unit® para a medida dos parâmetros do comportamento do Centro de Pressão (COP): limite de estabilidade (LE), área do COP e velocidade de oscilação corporal (VOC), em dez condições sensoriais. Os testes utilizados foram Qui-Quadrado ou Fisher, ANOVA e Bonferroni, a=0,05.

Resultados: A amostra foi constituída por 117 idosos, 67,5% do gênero feminino, com média etária de 72,99 anos, sendo 41 (35,0%) do GC, 40 (34,2%) do G1 e 36 (30,8%) do G2. Os grupos não apresentaram diferença entre si em relação ao gênero, idade e altura. O LE do GC foi maior em relação ao G1 (p=0,038) e G2 (p=0,024). A área do COP apresentou valores maiores para o G1 em relação ao GC (p<0,05) nas condições de superfície firme (SF) e olhos fechados (OF) e SF e interação visuo-vestibular (IVV) na direção horizontal. A área do COP, em todas as condições e a VOC nas condições de SF e olhos abertos (OA), SF e OF, SF e estímulos optocinéticos nas direções para baixo e para cima, e SF e IVV na direção horizontal apresentaram valores maiores para o G2 em relação ao GC (p<0,05). A área do COP nas condições de SF e OA, SF e OF, superfície de espuma e OF, SF e estímulo sacádico, SF e estímulos optocinéticos nas direções para esquerda e para cima e SF e IVV na direção horizontal, e a VOC nas condições de SF e OA, SF e OF apresentaram valores maiores para o G2 em relação ao G1 (p<0,05). Os idosos do G2 apresentaram maior associação com tonturas rotatória e não rotatória (p=0,013) em relação ao G1.

Conclusões: O GC apresentou melhor desempenho de LE em comparação ao G1 e G2. Os idosos do G1 apresentaram pior desempenho nas condições de SF e OF e IVV na direção horizontal em relação aos idosos do GC. Os idosos do G2 apresentaram pior desempenho nas condições de SF e OA, SF e OF, superfície de espuma e OF, SF e estímulo sacádico, SF e estímulos optocinéticos nas direções para esquerda e para cima e SF e IVV na direção horizontal em relação ao G1 e GC. O G2 apresentou maior prevalência de tonturas rotatória e não rotatória em relação aos do G1.

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AO-50

TÍTULO: PARTICIPAÇÃO DAS CÉLULAS T REGULATÓRIA NA PATOGÊNESE DA LEISHMANIOSE MUCOSA

AUTOR(ES): VIVIANE SAMPAIO BOAVENTURA DE OLIVEIRA , CLAIRE SANTOS, CRISTINA RIBEIRO CARDOSO, MANOEL BARRAL-NETTO, VALÉRIA BORGES, CLAÚDIA BRODSKYN, ALDINA BARRAL

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ- FIOCRUZ-BAHIA E HOSPITAL SANTA IZABEL- SANTA CASA DE MISERICORDIA DA BAHIA

Introdução: A leishmaniose mucosa (LM) caracteriza-se por lesões destrutivas em face e na mucosa nasal, com intensa inflamação tissular a despeito de raros parasitas detectáveis no tecido. A resposta imune na leishmaniose mucosa caracteriza-se por hiper responsividade de células Th1 e Th17 que têm sido relacionadas a patogênese da doença. Entretanto, a modulação dessa resposta inflamatória na LM é pouco conhecida.

Métodos: Neste trabalho, analisamos amostras da mucosa de 16 pacientes com LM para verificar a participação de células T regulatórias na imunopatogênese da doença.    Foi realizado estudo imunohistoquímico para identificação de células FoxP3+, PCR para quantificar as citocinas e microscopia confocal para analisar o fenótipo das células T reg. Células T reg estimuladas com leishmania foram cultivadas e analisadas por citometria de fluxo.

Resultado: Associada à intensa resposta inflamatória, células CD4+FoxP3+ foram detectadas, mas o nível de FoxP3 transcrito foi inferior ao de IL-17 e IFN-g, citocinas pró-inflamatórias. Células FoxP3+ co-expressavam IL-10 e TGF-b. Nesse estudo in vitro houve aumento expressivo na freqüência de linfócitos CD4+CD25high FoxP3+ após estímulo com L. braziliensis

Conclusão: Esses resultados demonstram que na LM a incapacidade de modular essa resposta inflamatória efetora não decorre da ausência de células T regulatórias ou de citocinas moduladoras. Alterações qualitativas na função das células T regulatórias devem ser investigadas  e podem estar envolvidas na incapacidade de modulação da resposta imune.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-51

TÍTULO: PERDAS AUDITIVAS E RECUPERAÇÃO DA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA IDIOPÁTICA APÓS A CIRURGIA DE DESCOMPRESSÃO

AUTOR(ES): ALEXANDRE AUGUSTO KROSKINSQUE PALOMBO , ANDRÉ FERNANDO SHIBUKAWA, JOSÉ RICARDO GURGEL TESTA

INSTITUIÇÃO: UNIFESP/EPM

Introdução: A paralisia facial pode ser resultado de uma grande variedade de etiologias, sendo a mais comum a idiopática. O tratamento da paralisia facial aguda pode envolver cirurgia de descompressão do nervo facial em casos de mal prognostico. Qualquer estrutura próxima do trajeto do nervo facial está em risco durante a cirurgia de descompressão do nervo via transmastoidea. Este trabalho irá avaliar a possível perda auditiva após descompressão do nervo facial via transmastoidea e evolução do grau de paralisia nos casos de paralisia idiopática dos últimos 15 anos, operados no serviço.

Metodologia: Selecionou-se prontuários de 33 pacientes do ambulatório do serviço submetidos à descompressão do nervo facial via transmastoidea por paralisia facial periférica aguda idiopática nos últimos 15 anos. Foram comparados o grau da perda auditiva (pela verificação do SRT, perda neurossensorial nas frequências graves e agudas e evolução da paralisia segundo a escala de House-Brackmann pré e pós procedimento.

Resultados: Dezessete prontuários analisados eram de pacientes do gênero masculino (52%) e dezesseis (48%) do gênero feminino com media de idade de 36,8 anos. A perda auditiva neurossensorial foi identificada em 20 pacientes (61%), sendo que a perda auditiva em agudos esteve presente em todos pacientes . O SRT foi mantido em 23 pacientes (70%). No entanto, desses pacientes, dez (43%) apresentaram perda nas frequências agudas. Ao analisar o grau de paralisia, 29 pacientes (88%) apresentavam PFP grau V; 3 pacientes (9%), PFP grau IV e um paciente (3%) apresentava PFP grau VI. Após a cirurgia, 7 pacientes (21%), 19 pacientes (58%) e 7 pacientes (21%) apresentaram respectivamente PFP graus I, II e III.

Discussão: Este trabalho concorda com dados epidemiológicos da literatura sobre a faixa etária, acometendo sobretudo a população economicamente ativa. Embora a literatura apoie a descompressão do nervo para casos severos, a taxa de recuperação ainda continua a ser boa sem intervenção cirúrgica. No entanto, constatou-se que houve uma melhora significativa em todos os pacientes operados. Dessa forma, a indicação cirúrgica deve ser reservada aos pacientes em que houver uma perda da função do nervo maior que 90% em comparação do lado normal. As estruturas mais vulneráveis a serem lesionadas nesse procedimento são os ossículos e o labirinto, seguidos pelo nervo facial. Uma possível hipótese para essa perda auditiva, principalmente nas freqüências agudas, é a transmissão da vibração pelo broqueamento próximo da cadeia ossicular, sobretudo a bigorna, e do labirinto ósseo.

Conclusão: Esse estudo mostrou que uma alta porcentagem de pacientes submetidos à descompressão do nervo facial idiopática apresentou algum grau de perda auditiva após o procedimento. Entretanto, o grau de perda proporcional foi pequena. Dessa forma, sua indicação, riscos e benefícios devem ser esclarecidos aos pacientes através do consentimento informado.

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AO-52

TÍTULO: PERFIL DE EXPRESSÃO GENÉTICA DE IL-5, GM-CSF,TGF-ß1,CCL-24 NA POLIPOSE NASOSSINUSAL PÓS CIRURGIA ENDOSCÓPICA E MITOMICINA C TÓPICA - RT-QPCR

AUTOR(ES): MÍRIAN CABRAL MOREIRA DE CASTRO , MARIANA MOREIRA DE CASTRO, MARIANA OLIVEIRA MAIA, GERALDO ASSIS CARVALHO JUNIOR, ROBERTO EUSTÁQUIO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Introdução: A manutenção da eosinofila tecidual e secreção de citocinas são primordiais na patologia da polipose nasossinusal eosinofílica. IL5, GM-CSF,TGFb1 e eotaxina tem papel de destaque.IL5 e GM-CSF aumentam a sobrevida enquanto TGFb1 induz apoptose de eosinofilos. Eotaxina (CCL24) é importante na atração de eosinófilos. A mitomocina C  provoca apoptose de eosinófilos e diminuição de IL5 e GM-CSF.

Objetivo: Relacionar as diferenças de expressão dos genes inflamatórios na polipose nasossinusal eosinofílica após aplicação tópica de mitomicina C pela técnica RT-qPCR.

Casuística e métodos: Vinte pacientes portadores de polipose nasossinusal foram submetidos à tratamento cirúrgico endoscópico. A mucosa dos seios maxilares foi biopsiada no trans operatório e apenas no seio maxilar esquerdo foi aplicada 3 ml de  Mitomicina C tópica 0,5mg/ml durante 5 minutos. No 21° dia pós operatório nova biópsia foi colhida nos seios maxilares. 

Todas as amostras foram analizadas por RT-qPCR em relação à expressão das interleucinas IL5, CCL24, GM-CSF, TGFß -1

Resultados: Observou-se, na mucosa doente, uma distribuição assimétrica para os valores das citocinas.Os valores de CCL24 diminuiram pós o tratamento em ambos os lados(P = 0,006 e 0,019). No seio maxilar esquerdo a expressão de IL5 foi maior no trans operatório(pré aplicação de mitomicina C) em relação ao 21º dia após a aplicação do medicamento (p=0,009).

Conclusão: Na polipose nasossinusal as citocinas tem expresão assimétrica. O tratamento mostra diferentes efeitos na expressão das citocinas.O benefício se comprova com a diminuição da CCL24. As diferentes correlações inferem a complexidade inflamatória. A mitomicina c associada ao tratamento cirúrgico é eficaz na redução da IL5.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-53

TÍTULO: PLANEJAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO UTILIZANDO RECONSTRUÇÕES 3D E ENDOSCOPIA VIRTUAL PARA A LOCALIZAÇÃO DO SEIO FRONTAL

AUTOR(ES): JOÃO FLÁVIO NOGUEIRA JÚNIOR , CAROLINA VERAS AGUIAR, MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ, ARTHUR CHAVES GOMES BASTOS, JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, MOISÉS XIMENES FEIJÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: O uso e as aplicações das reconstruções tridimensionais (3D) geradas a partir de arquivos próprios (DICOMS) de tomografias computadorizadas (TC) ou ressonâncias magnéticas (RM) está se expandindo recentemente. Estas reconstruções permitem aos medicos a observação de cavidades e estruturas anatômicas de nosso corpo com incrível riqueza de detalhes, sendo capazes de exibir até mesmo as texturas de diferentes tecidos. Em nossa especialidade já houve algumas tentativas da realização de endoscopias e laringoscopias virtuais. Entretanto, estas aplicações foram praticamente abandonadas devido à complexidade e necessidade de computadores com alto poder de processamento gráfico.

OBJETIVO: Demonstrar a confecção destas reconstruções 3D a partir de TCs de pacientes submetidos à cirurgias endoscópicas naso-sinusais da região do recesso e seio frontal realizadas em computador pessoal, com programa específico.

MÉTODOLOGIA: Os arquivos próprios (DICOMS) das TCs de 10 pacientes foram reconstruídos com programa de computador Intage Realia, versão 2009, 0, 0, 702 (KGT Inc, Japão), utilizando-se computador pessoal.  As reconstruções foram realizadas antes das cirurgias e uma endoscopia virtual foi feita para se avaliar a região do recesso e seio frontal. Após este estudo da reconstrução 3D, a cirurgia foi realizada e armazenada digitalmente. As imagens endoscópicas reais da região do recesso e seio frontal foram comparadas com as imagens geradas a partir do computador pessoal.

RESULTADOS: A reconstrução 3D e a endoscopia virtual foram realizadas em todos os 10 pacientes que posteriormente foram submetidos à cirurgia endoscópica naso-sinusal do recesso e seio frontal. As imagens geradas no computador apresentavam grande semelhança visual com as imagens encontradas nas cirurgias reais. Estas reconstruções foram realizadas sem maiores dificuldades técnicas em computador pessoal, utilizando-se programa próprio para leitura e edição de arquivos DICOM.

CONCLUSÃO: Demonstramos a possibilidade, com ferramentas relativamente simples e computador pessoal, de se gerar reconstruções 3D e endoscopias virtuais a partir de arquivos DICOM de TC de pacientes. O conhecimento pré-operatório da localização do caminho de drenagem natural do seio frontal pode vir a gerar benefícios significativos durante a realização das cirurgias. Entretanto vale ressaltar que mais estudos devem ser desenvolvidos para a avaliação do real papel destas reconstruções 3D e endoscopias virtuais.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-54

TÍTULO: OPÇÕES TERAPÊUTICAS EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO EM RONCO E APNÉIA

AUTOR(ES): CAROLINA FERRAZ DE PAULA SOARES , LUCIANA MOREIRA ALMEIDA, RAQUEL CHARTUNI TEIXEIRA, MICHEL BURIHAN CAHALI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) tem o diagnóstico baseado em história clínica, exame físico das vias aéreas superiores e exame polissonográfico.  As opções terapêuticas variam desde mudanças comportamentais, adaptação de aparelho de pressão aérea positiva contínua (CPAP), aparelhos intra-orais (AIO) a procedimentos ambulatoriais em orofaringe e o tratamento cirúrgico. A escolha do tratamento deve ser feita a partir da avaliação médica que considerando a gravidade da doença, os aspectos clínicos e anatômicos.

Nosso departamento de Otorrinolaringologia possui um ambulatório especializado em Ronco e Apnéia, denominado ?roncologia?. Neste ambulatório o atendimento é supervisionado por otorrinolaringologistas que atuam na área de medicina do sono; os pacientes atendidos nesse ambulatório podem optar entre as principais modalidades terapêuticas sem custo adicional e disponíveis na própria instituição.

OBJETIVO: descrever perfil clínico dos primeiros 100 atendidos pelo ambulatório de ?roncologia?; verificar o tipo de tratamento optado, estabelecendo se há correlação com idade, gravidade e presença de comorbidades.

METODOLOGIA: Foi elaborado um protocolo contendo dados de identificação, questões objetivas da anamnese, dados do exame físico, dados polissonográficos, opções de tratamento e tratamento optado pelo paciente. Os tratamentos propostos para os pacientes consistiram em perda de peso, AIO, CPAP, faringoplastia lateral, injeção roncoplástica, medicação, cirurgia nasal e terapia posicional.

RESULTADOS: A amostra foi composta por 94 pacientes, sendo 56 (59,6%) homens. A média de idade foi 52,3 anos. Em relação às comorbidades, 45,3% dos pacientes eram hipertensos, 11,8% diabéticos e o percentual de tabagistas foi de 15,1%. As médias de IMC  e circuferência cervical foram: 28,87 Kg/m² e 39,59 cm. 6,5% possuíam distorção maxilo-facial visível e 20,7% tinham desvio obstrutivo do septo nasal. A avaliação da orofaringe demonstrou que 7,7% da amostra possuíam amígdalas grau 3 ou 4. Mallampati grau 3 foi observado em 67,4% dos casos. A avaliação da espessura do pilar posterior demonstrou espessamento em 84,4% dos pacientes.  Aproximadamente 95% apresentavam bom espaço retropalatal. Quanto aos dados polissonográficos o IAH médio foi 33,86; a saturação mínima de oxihemoglobina 78,10; as porcentagens médias de sono REM 17,99%; estágios 3 e 4 22,10% e o tempo total de sono médio de 348,30 minutos. Agrupando a amostra quanto a gravidade temos que 51% portam SAOS grave, 19% SAOS leve, 15% SAOS moderada e 15% roncos simples.

As indicações terapêuticas foram: Faringoplastia a 36 pacientes, uso de CPAP a 28, AIO a 16, redução de peso para 16, injeção roncoplástica para 10, terapia posicional a 6, cirurgia nasal a 4 e  medicamento a 3 pacientes. Os principais tratamentos optados foram CPAP (28) e faringoplastia lateral (25), seguidos por AIO(13) e injeção roncoplástica (9). Houve diferença estatística entre os grupos para IAH, microdespertares e comorbidades.

CONCLUSÃO: Maioria dos pacientes apresenta SAOS grave. As condutas terapêuticas mais indicadas foram o uso de CPAP e a faringoplastia lateral, correspondendo ao tratamento de pacientes graves e moderados.  A indicação de AIO e injeção roncoplástica coincide com a menor porcentagem de casos de SAOS leve e roncos. As variáveis que diferiram entre os grupos cirúrgico e clínico foram a gravidade da SAOS, a presença de comorbidades e o índice microdespertares.

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AO-55

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ASMA EM PORTADORES DE POLIPOSE NASOSSINUSAL ACOMPANHADOS EM UM SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO

AUTOR(ES): CAROLINA CINCURÁ SILVA SANTOS , TOVAR VICENTE DA LUZ, FÁBIO RAFAEL TEIXEIRA DE SANTANA, GUSTAVO BARROS DE ARAÚJO ALMEIDA, CLARA MÔNICA FIGUEREDO DE LIMA, MARCUS MIRANDA LESSA, HÉLIO ANDRADE LESSA

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS (HUPES-UFBA)

INTRODUÇÃO: A polipose nasossinusal é um processo inflamatório crônico, não-alérgico, da mucosa nasal, caracterizado pela presença de formações polipóides múltiplas. A polipose nasossinusal está presente em várias doenças sistêmicas, sendo a asma intrínseca (não-alérgica) a associação mais comum em adultos.

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de asma em portadores de polipose nasossinusal acompanhados em um serviço de Otorrinolaringologia de um Hospital Terciário

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo incluindo 44 pacientes com diagnóstico de polipose nasossinusal acompanhados em um  Serviço de Otorrinolaringologia (ORL) de um Hospital terciário no período de 2003 a 2010. Os pacientes foram avaliados através de revisão de prontuários envolvendo dados demográficos, história clínica, exame físico, endoscopia nasossinusal, Tomografia computadorizada de seios paranasais e exame anátomo-patológico quando pertinente. Na história clínica foi avaliado se os pacientes com polipose nasossinusal são portadores ou não de Asma intrínseca, sendo a prevalência de asma em portadores de polipose nasossinusal posteriormente calculada.

RESULTADOS: A polipose foi mais freqüente em homens (64%). A média de idade destes pacientes foi de 47,61 ±13,59 anos, sendo que a maioria (63,16%) tinha mais que 39 anos. 7 pacientes (15,9%) eram portadores de Asma, 2 pacientes (4,54%) eram portadores da Tríade de Widal( polipose, asma e intolerância ao AAS) e 11 pacientes (25%) eram portadores de rinite alérgica. A Prevalência de Asma em pacientes com polipose segundo gênero, foi de 7,14% em homens e 31,25% em mulheres, com diferença estatisticamente significante.

CONCLUSÃO: A prevalência de Asma nos pacientes com polipose nasossinusal acompanhados em um serviço de ORL de um Hospital Terciário é de 15,9%, corroborando dados existentes na literatura.

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AO-56

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE REFLUXO LARINGO-FARINGEO (RLF) EM PACIENTES COM SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS)

AUTOR(ES): RENATA SANTOS BITTENCOURT SILVA , YUMI TAMAOKI, SANDRA DÓRIA XAVIER, JOSÉ EDUARDO LUTAIF DOLCI, CLAUDIA ALESSANDRA ECKLEY

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A SAOS tem significante morbi-mortalidade e é considerada um problema de saúde pública por causar sonolência excessiva diurna, risco acentuado de acidentes de trânsito e de trabalho além de complicações cardiovasculares. É descrita na literatura relação entre presença de SAOS e DRGE. SAOS e a DRGE são extremamente freqüentes na população com freqüência de 5 a 20% e 15 a 20%, respectivamente e, em parte devido à obesidade e à idade serem fatores de risco comuns em ambas doenças. OBJETIVO: Este é um projeto piloto prospectivo que visa avaliar a prevalência de sinais e sintomas de refluxo em pacientes com SAOS no Ambulatório de Ronco e Apneia da Santa Casa de São Paulo. MATERIAIS E MÉTODOS: Durante o período de fevereiro a junho de 2010 foram avaliados vinte (20) pacientes que freqüentaram o Ambulatório de Ronco e Apneia da Santa Casa de São Paulo. Em todos os pacientes foi feita anamnese direcionada aos sintomas mais freqüentes de refluxo como o globus faríngeo e pigarro, além da nasofibrolaringoscopia, em busca de achados laringoscópicos sugestivos de refluxo. RESULTADOS: De um total de 20 pacientes, nove (9) eram homens e onze (11) eram mulheres. A amostra apresentou idades entre 12 e 79 anos, com predominância da faixa entre 45 e 65 anos, com média de idade de 50, 5 anos.Com relação aos sintomas, oito (40%) apresentaram queixas de pigarro associado a globus, quatro (20%) de pigarro apenas, dois (10%) de globus apenas, sendo seis (30%) assintomáticos. Quanto aos achados laringoscópicos, apenas um (5%) não apresentava nenhum sinal de refluxo no exame de nasofibrolaringoscopia. Em dezesseis (80%) foi observado edema retrocricoídeo associado a edema interaritenoídeo, em três (15%) havia edema retrocricoídeo, sendo que em nenhum foi observado edema interaritenoídeo isolado. Ainda nos achados laringoscópicos em nove (45%) foi observada hiperemia da laringe e em apenas cinco (25%) havia sinais de paquidermia. DISCUSSÃO: As razões para associação entre DRGE e SAOS não estão completamente estabelecidas. Possíveis explicações incluem o excesso de peso sendo fator predisponente em ambas doenças, a diminuição da pressão intratorárica durante os períodos de apneia facilitando o refluxo e o aumento do número de despertares desencadeando relaxamento transitório do esfíncter inferior do esôfago. Nosso estudo condiz com achados da literatura ao encontrar 70% de prevalência de sintomas de refluxo e 95% de prevalência de sinais laringoscópicos de refluxo em pacientes sabidamente portadores de SAOS. CONCLUSÃO: Através deste estudo piloto, foi possível observar uma alta prevalência de sinais e sintomas de RLF em paciente com SAOS.

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AO-57

TÍTULO: REABILITAÇÃO VESTIBULAR COM REALIDADE VIRTUAL EM PACIENTES COM CINETOSE

AUTOR(ES): JULIANA ANTONIOLLI DUARTE , FERNANDO FREITAS GANANÇA, ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES, ANELISE ABRAHÃO SAGE PRATA

INSTITUIÇÃO: UNIFESP/EPM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

Introdução: Cinetose é a intolerância ao movimento, resultante do conflito entre as informações sensoriais vestibulares, visuais e proprioceptivas, ou entre as informações vestibulovisuais e intravestibulares durante a movimentação passiva em veículos ou movimentação do campo visual com o corpo imóvel. A utilização da reabilitação vestibular por meio da realidade virtual (RVRV) visa recriar mudanças ambientais estimulando os sistemas visual, vestibular e somatossensorial, para ajustar os reflexos vestíbulo-ocular e vestíbulo-espinal envolvidos no controle postural e nas estratégias de equilíbrio. Objetivo: apresentar os resultados da RVRV em pacientes com cinetose. Casuística e Método: Trata-se de estudo prospectivo, longitudinal com intervenção terapêutica, aberto, realizado nos setores de Equilibriometria e Reabilitação Vestibular da Disciplina de Otologia e Otoneurologia de nossa Instituição, em que pacientes com diagnóstico médico de cinetose foram submetidos a sessões de RVRV. Os pacientes foram avaliados antes e após a reabilitação vestibular, por meio da aplicação do questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI) e da Escala Visual Analógica para tontura. Resultados: Após a RVRV observou-se diminuição dos escores dos aspectos físicos, emocionais e funcionais avaliados pelo DHI e da auto-percepção da intensidade da tontura, avaliada pelo EVA, com diferença estatisticamente significante. Conclusão: Os pacientes com cinetose apresentaram melhora nos aspectos físicos, emocionais e funcionais da qualidade de vida e diminuição da intensidade da tontura quando submetidos à RVRV.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-58

TÍTULO: RECONSTRUÇÃO ENDOSCÓPICA DA BASE DO CRÂNIO COM RETALHOS PEDICULADOS NASOSSEPTAIS: EXPERIÊNCIA DOS PRIMEIROS 100 CASOS

AUTOR(ES): FÁBIO PIRES SANTOS , TIAGO VASCONCELOS SOUZA, MARIA LAURA SOLFERINI SILVA, LEONARDO LOPES BALSALOBRE, DIEGO RODRIGO HERMANN, EDUARDO VELLUTINI, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

Introdução: A reconstrução de grandes defeitos pós-operatorios da base do crânio permanece um desafio. Recentemente, melhores resultados tem sido obtidos com o uso de retalhos vascularizados. O retalho nasosseptal é pediculado no ramo septal posterior da artéria esfenopalatina e permite uma cicatrização rápida e completa. Objetivo: descrever a experiência dos autores com reconstrução da base do crânio com retalhos vascularizados nasosseptais, incluindo técnica cirúrgica, resultados e taxas de complicações. Materiais e métodos: foram estudados 100 pacientes submetidos a acessos endoscópicos da base do crânio e posterior reconstrução com retalho pediculado nasosseptal. Foram avaliados desfechos como fístula liquórica, sangramento nasal e perfuração septal no período pós-operatório. Resultados: apenas 3 de 59 casos com fístula liquórica intra-operatória apresentaram fístula liquórica no período pós-operatório, necessitando reintervenção cirúrgica (5,1%). Reintervenção cirúrgica foi necessária em 1 paciente de 61 casos de adenomas hipofisários (1,6%). Sangramento nasal foi observado em 6% dos casos. Conclusão: O retalho pediculado nasosseptal é um método seguro e confiável para o reparo endoscópico de defeitos da base do crânio resultantes de acessos endonasais, resultando e uma baixa incidência de complicações.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-59

TÍTULO: RECONSTRUÇÃO NASAL COM CARTILAGEM COSTAL EM SEQÜELAS DA HANSENÍASE

AUTOR(ES): ALCIDES CAVASINI NETO , MARCELL DE MELO NAVES, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, ISABELA MARIA BERNARDES GOULART, JOSÉ ANTÔNIO PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Introdução: A hanseníase é uma infecção granulomatosa crônica da pele, mucosa e nervos periféricos, que muitas vezes leva à deformação grosseira do esqueleto nasal e conseqüente formação de uma deformidade do nariz em sela. A destruição do septo nasal e ossos nasais pelo Mycobacterium leprae e posterior infecção ainda é visto regularmente em áreas endêmicas de hanseníase. A reconstrução do nariz tem desafiado os cirurgiões por séculos, e diferentes procedimentos têm sido propostos e desenvolvidos.

Objetivo: Avaliar os pacientes portadores de seqüela nasal por hanseníase submetidos a reconstrução nasal com cartilagem costal.

Casuística e Método: De janeiro de 2005 a janeiro de 2010, 20 pacientes portadores de seqüela nasal por hanseníase foram submetidos a reconstrução nasal com cartilagem costal. Os critérios de inclusão foram: deformidade nasal por hanseníase e cura da doença por no mínimo 2 anos. Os critérios de exclusão foram: recusa do paciente e falta de condições clínicas para cirurgia sob anestesia geral. Os pacientes foram acompanhados no pós-operatório por no mínimo 1 ano. Os resultados foram avaliados por comparação das fotografias pré e pós-operatórias. As complicações e a satisfação dos pacientes foram avaliadas.

Resultados: Os 20 pacientes apresentavam entre 34 e 66 anos, sendo todos do sexo masculino. Na avaliação das fotografias, os pacientes apresentaram resultados considerados excelente/bom, regular e ruim. As complicações mais comuns foram: sinéquia nasal, obstrução nasal, cicatriz inestética, assimetria de asa, irregularidade dorso, necrose parcial de columela.

Conclusões: A utilização dessa cartilagem para reconstrução do nariz em sela é de fácil manuseio e apresenta bom resultado estético-funcional.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-60

TÍTULO: RELEVÂNCIA DO INTERVALO TEMPORAL PÓS-EMBOLIZAÇÃO DE ANGIOFIBROMA NASAL A PARTIR DOS RESULTADOS HISTOLÓGICOS.

AUTOR(ES): JOSÉ ALBERTO ALVES OLIVEIRA , GUILHERME LEAL DANTAS, CAROLINA VERAS AGUIAR, DALGIMAR BESERRA DE MENEZES, JORGE FERREIRA DE AZEVEDO, JOÃO RENATO F SOUSA, ÉRIKA FERREIRA GOMES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: Embora a embolização pré-operatória de nasoangiofibroma seja utilizada para reduzir o intenso sangramento intra-operatório, não está definido na literatura o tempo ideal para sua realização.

OBJETIVOS: Ojetivou-se analisar as alterações histológicas causadas pela embolização com polivinilálcool em pacientes submetidos à exérese tumoral em hospital terciário de ensino e tentar evidenciar se há um intervalo de tempo ideal entre embolização e cirurgia a partir dos resultados.

MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo, analítico, retrospectivo, com abordagem quantitativa desenvolvido no serviço de otorrinolaringologia de um hospital terciário de ensino. Amostra composta por 27 espécimes. Dados obtidos mediante instrumento com 10 itens relacionados às alterações histológicas. Análise processada com o programa EPI-INFO, de forma descritiva e com medidas paramétricas. Utilizou-se o teste qui-quadrado e o de Fisher-Freeman-Halton nas análises de associação.

RESULTADOS: A maior parte das lâminas apresentou um nível de inflamação moderado na parede do vaso, 13 (48%), e no interior dele, 14(52%), bem como a presença de necrose, 15(56%).

CONCLUSÃO: Constatou-se a maior evidência de células gigantes e granuloma, características sugestivas de inflamação, quando a embolização foi realizada quatro a seis dias antes da cirurgia (p<0,05). Tais constatações sugerem que o período acima seria o ideal para a realização do processo de oclusão vascular, facilitando a cirurgia e diminuindo o volume de sangramento durante o ato cirúrgico.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-61

TÍTULO: REPERCUSSÃO DA ADENOTONSILECTOMIA A CURTO E LONGO PRAZO NO SISTEMA IMUNE

AUTOR(ES): FÁBIO PIRES SANTOS , TIAGO VASCONCELOS SOUZA, GABRIELA ROBASKEWICZ PASCOTO, CASSIANA BURTET ABREU, RAIMAR WEBER, SHIRLEY SHIZUE NAGATA PIGNATARI, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

INTRODUÇÃO: As tonsilas palatinas e faríngea são órgãos linfóides imunologicamente reativos, que manifestam anticorpos específicos e atividade de células B e T em resposta a uma variedade de antígenos, desempenhando funções de imunidade humoral e celular. Os possíveis efeitos imunológicos da adenotonsilectomia ainda permanecem controversos. OBJETIVO: O propósito deste estudo é verificar o impacto da adenotonsilectomia, a curto e longo prazo, na imunidade celular e humoral da população pediátrica. CASUÍSTICA E MÉTODO: A população inicial do estudo consiste de 29 crianças entre 2 e 8 anos que foram submetidas a adenotonsilectomia devido a hipertrofia adenoamigdaliana. IgA, IgM e IgG séricas e contagem de linfócitos foram analisados antes e 1 a 2 meses após adenotonsilectomia. Após 12 a 14 meses de pós-operatório, os mesmos parâmetros laboratoriais foram reavaliados em 12 pacientes e comparados com os valores previamente analisados. RESULTADOS: Houve aumento estatisticamente significante entre as contagens pré e pós-operatórias de linfócitos TCD4+ a curto prazo. A variação a longo prazo dos valores de IgA e IgG apresentou uma diminuição significante, no entanto, mantiveram-se dentro dos limites normais para a idade. CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo indicam que a adenotonsilectomia a curto e longo prazo, não apresenta repercussão negativa sobre a imunidade celular e humoral da população pediátrica.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-62

TÍTULO: RETALHO TEMPORAL MIOFASCIAL, VERSATILIDADE FRENTE A COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS.

AUTOR(ES): MARCUS VINÍCIUS MARTINS COLLARES , DAVI SANDES SOBRAL, GUSTAVO FALLER, MAXIMILIANO GIRARDI, PAULO WORM, LUIS LAVINSKY, SADY SELAIMEN DA COSTA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

Diversas patologias que acometem a região aurículo-temporal, muitas delas graves, exigem tratamento cirúrgico. As complicações secundárias aos procedimentos nesta região podem ser fortemente mórbidas ou pouco aceitas pelos pacientes. Descrevemos aqui o retalho miofascial temporal (RMT) como alternativa de reconstrução local. Nos pacientes apresentados o resultado foi bastante favorável e bem tolerado. A segurança e confiabilidade deste retalho, o torna uma ferramenta importante no manejo cirúrgico da região aurículo-temporal.

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TESE

AO-63

TÍTULO: SONO-ENDOSCOPIA:AVALIAÇÃO POLISSONOGRÁFICA DO SONO INDUZIDO COM PROPOFOL EM INDIVÍDUOS SADIOS E COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO

AUTOR(ES): FÁBIO AUGUSTO WINCKLER RABELO , DANIEL SALGADO KUPPER, PEDRO LUIZ VAZ DE LIMA MATTOS, FERNANDO MUNIZ LOPES, REGINA MARIA FRANÇA FERNANDES, HEIDI HAUEISEN SANDER, FABIANA PEREIRA CARDOSO VALERA

INSTITUIÇÃO: DEPTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA - FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Introdução ? A correta localização do sitio de obstrução na via aérea superior nos pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) possibilitam melhores resultados de tratamento. A endoscopia do sono induzido com propofol possibilita esta avaliação, mas os efeitos deste fármaco nos parâmetros respiratórios e no relaxamento muscular não são conhecidos. Nosso objetivo foi avaliar as alterações promovidas pelo propofol nos principais parâmetros respiratórios, através do exame polissonográfico.

Materiais e métodos ? Foram submetidos a exames polissonográficos diurnos com e sem indução do sono com propofol, 30 indivíduos (6 controles e 24 com distúrbios respiratórios do sono). Os parâmetros comparados foram: a presença de ronco, IAH (índice de apnéia e hipopnéia), saturação de oxi-hemoglobina e a arquitetura do sono.

Resultados ? A indução do sono com propofol não provocou ronco nos indivíduos sadios enquanto todos demais pacientes com DRS apresentaram ronco(100%). O IAH e a saturação de oxi-hemoglobina (SaO2) média não apresentaram diferença estatística entre os exames com e sem indução com propofol. A SaO2 mimima apresentou diferença estatística (p<0,05), sendo menor nos exames com propofol. Em relação a arquitetura do sono, os exames com propofol apresentaram aumento significativo do sono N3 e extinguiu o sono REM (p<0,005).

Discussão ? Nossos resultados esclarecem os efeitos do propofol no sono, como a modificação da arquitetura do sono e demonstram que o principal parâmetro utilizado na avaliação dos pacientes com SAOS, o IAH, permanece inalterado.

Conclusão ? Assim, temos segurança para a utilização do propofol na avaliação endoscópica nos indivíduos com DRS para determinação dos sítios de obstrução. Exceção aos pacientes com eventos respiratórios exclusivos no sono REM, pois ainda necessitam de mais estudos.

Palavras chave: síndrome apnéia obstrutiva do sono (SAOS), propofol, endoscopia do sono-induzido (DISE), topodiagnóstico

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TESE

AO-64

TÍTULO: RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FUNCIONAL PARA AVALIAÇÃO DO INCÔMODO DO ZUMBIDO EM PACIENTES COM AUDIOMETRIA NORMAL (TESE).

AUTOR(ES): SILVIA CRISTINA BATEZATI ALVES , TANIT GANZ SANCHEZ, MARIANA PENTEADO NUCCI-DA-SILVA, MARIA ELISABETE BOVINO PEDALINI, VIVIAN DE SOUZA SACOMANO, ANTÔNIO CESARIO MONTEIRO CRUZ JUNIOR., EDSON AMARO JUNIOR.

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E DEPARTAMENTO DE RADIOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSI

Introdução: Apesar da freqüente associação clínica entre zumbido e alterações emocionais, a base neuropsicológica da percepção emocional não foi aplicada ao estudo do zumbido. Alguns pesquisadores descrevem uma via neural ventral responsável pela identificação de um estímulo emocional e produção do estado afetivo, e uma rede neural dorsal capaz de controlar a resposta emocional a este estímulo. Respostas emocionais exacerbadas a estímulos inócuos resultariam de falha no funcionamento destas vias. A ressonância magnética functional (RMf) é um método objetivo capaz de identificar a rede neural relacionada à percepção de estímulos emocionais. Sugerimos que, em pacientes com zumbido, anormalidades nesse sistema estariam relacionadas ao incômodo exacerbado ao sintoma.

Objetivos: 1) Analisar se os pacientes normouvintes com zumbido recrutam a mesma rede neural para a percepção emocional dos sons que os indivíduos sem zumbido; 2) em pacientes com zumbido, avaliar as áreas corticais realçadas à estimulação binaural com sons desagradáveis, neutros e agradáveis relacionadas ao incômodo do sintoma.

Metodologia: Treze pacientes com zumbido subjetivo crônico não-pulsátil (grupo zumbido, GZ) e 14 voluntários sem zumbido (grupo controle, GC), pareados por sexo e idade, foram submetidos à RMf (1.5 T). Os critérios de inclusão foram: indivíduos destros, audiometria normal, inventário de depressão de Beck < 20 pontos. O grau de incômodo ao zumbido foi classificado através do questionário de severidade THI (?Tinnitus Handicap Inventory?). O paradigma incluiu sons do catálogo IADS (?International Affective Digitized Sounds?), validados para valência emocional e intensidade de estímulo. Imagens funcionais foram geradas para 1) comparação entre grupos, e 2) análise de correlação das imagens funcionais do GZ com o questionário THI.

Resultados: 1) Comparação entre grupos: a) na análise dos sons desagradável, neutro e agradável, o GZ apresentou maior atividade funcional em áreas cerebrais da rede neural ventral, como ínsula e tálamo, havendo também significante ativação de áreas auditivas (giro temporal médio e superior); b) o lobo anterior do cerebelo esquerdo (cúlmen) demonstrou atividade neural reduzida à avaliação dos sons neutros no GZ; c) à percepção dos sons desagradáveis, o lobo posterior do cerebelo direito (declive) apresentou-se significantemente mais ativado no GZ. 2) Análise de correlação do THI: em pacientes do GZ com incômodo leve a moderado, ambas as redes neurais demostraram padrões funcionais de atividade neural, porém com predomínio da via ventral (ínsula e tálamo) quando a nota THI foi mais alta.

Conclusão: Pacientes com zumbido demostraram padrões distintos de ativação cerebral ao processamento emocional dos sons em relação aos pacientes sem zumbido. A atividade cognitiva cerebelar nos indivíduos com zumbido pode estar relacionada ao excessivo processamento de estímulos sonoros desagradáveis (incluindo o próprio sintoma quando este apresenta uma conatação emocional negativa) e/ou à inadequada percepção e avalição de estímulos de conotação emocional neutra. O aumento do incômodo ao zumbido pode ser gerado pelo desequilíbrio no processamento emocional dos sons, seja pela excessiva identificação do estímulo auditivo como desagradável e produção do um estado afetivo descompensado, seja pela falta de regulação e origem de uma resposta emocional exacerbada ao sintoma.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-65

TÍTULO: USO DE PREDNISOLONA NO PÓS OPERATÓRIO DE TONSILECTOMIAS EM CRIANÇAS

AUTOR(ES): JULIANA COLA DE CARVALHO , PAULA RIBEIRO LOPES, JOÃO THIAGO MONTEIRO DA SILVA, LUCIANO SZORTYKA FIORIN, FERNANDO VEIGA ANGÉLICO JÚNIOR, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: A tonsilectomia é uma cirurgia bastante comum na faixa pediátrica e apresenta como principais complicações no pós-operatório a dor, náuseas, vômitos e hemorragia. Diversas pesquisas tentam determinar qual a melhor forma de amenizar essas comorbidades.

OBJETIVO: Esse trabalho tem por objetivo comparar o pós-operatório de crianças que realizaram tonsilectomia e utilizaram prednisolona e dipirona.

METODOLOGIA: Foram avaliadas prospectivamente 84 crianças que realizaram tonsilectomia, associadas ou não a outras cirurgias, e foram divididas em dois grupos de forma randômica. Um deles recebeu prednisolona nos primeiros cinco dias de pós-operatório além de medicações sintomáticas como dipirona e dimenidrato caso necessário. O outro grupo recebeu apenas as medicações sintomáticas. As crianças responderam a respeito de dor no pós-operatório através de escala analógico-visual, enquanto seus responsáveis ofereceram uma nota de 0 a 2, pela mesma escala. Estes ainda avaliaram a alimentação das crianças nesses dias, febre e necessidade de uso de medicações sintomáticas.

RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos quanto ao sexo, idade e procedência. A avaliação da dor no pós-operatório não apresentou diferenças na avaliação dos pacientes porém, na avaliação de seus responsáveis, a prednisolona determinou menor dor no quarto e quinto dias com significância estatística. A progressão da alimentação no pós-operatório não foi diferente entre os grupos, assim como o sangramento e o uso de medicações sintomáticas.A presença de febre nesses dias também foi significativamente menor no grupo da prednisolona.

CONCLUSÃO: O uso dos corticoesteróides pode acarretar melhora na dor e na incidência de febre no pós-operatório de crianças que realizam tonsilectomias, sendo mais uma opção de escolha para controle da dor após a cirurgia.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-66

TÍTULO: USO DO IBUPROFENO NO CONTROLE DA DOR NO PÓS OPERATÓRIO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS SUBMETIDOS A ADENOAMIGDALECTOMIAS

AUTOR(ES): JOÃO TIAGO SILVA MONTEIRO , FLÁVIO BERTONCELLO, DIEGO DE OLIVEIRA LIMA, LUCIANO SZORTYKA FIORIN, JULIANA COLA DE CARVALHO, FERNANDO VEIGA ANGÉLICO JÚNIOR, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: A hipertrofia das tonsilas palatinas e faríngeas é alteração freqüente na população pediátrica. A adenoamigdalectomia é considerada uma opção terapêutica para casos selecionados hipertrofia adenoamigdaliana e, pela freqüência da doença, é a cirurgia mais realizada nesse grupo etário. A dor é um sintoma comum no pós-operatório de adenoamigdalectomias e apesar do desenvolvimento do uso de medicações analgésicas e das diversas pesquisas, ainda se encontra como uma das principais preocupações dos pacientes e familiares, e a necessidade do controle se torna óbvia.

OBJETIVOS: Avaliar e discernir sobre aplicabilidade, complicações e efetividade do uso do ibuprofeno no controle da dor no pós operatório de pacientes pediátricos submetidos a adenoamigdalectomias

CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, prospectivo de 70 pacientes crianças submetidas a adenoamigdalectomia divididas em dois grupos com igual número de participantes. Um deles recebeu ibuprofeno (5mg/Kg/dose de 8/8h) nos primeiros cinco dias de pós-operatório, além de medicações sintomáticas (dipirona e dimenidrinato) caso necessário. O outro recebeu apenas as medicações sintomáticas. As crianças responderam a respeito de dor no pós-operatório através de escala analógico-visual. Os responsáveis avaliaram de forma descritiva a alimentação das crianças, complicações (febre, vômitos, sangramentos), necessidade de medicações sintomáticas e atribuíram nota de 0 a 2 para a quantificar a dor nos cinco dias que sucederam a cirurgia. Para a análise estatística utilizou-se o teste de Mann-Whitney para as variáveis contínuas não paramétricas e os testes exato de Fisher e ?2 de Pearson, para variáveis categóricas. Os resultados foram significativos quando p<0,05. Foi utilizado o programa PRISMâ, versão 5, 2007, da GraphPad Software Incorporated.

RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos quanto ao sexo e idade. Não houve diferença entre os grupos para sangramento e necessidade de uso de medicações sintomáticas. Houve maior rapidez na progressão alimentar e no controle da dor, tanto para os pacientes quanto para os responsáveis, nos pacientes que utilizaram ibuprofeno. Não foram observadas diferenças em relação às complicações como náuseas e vômitos, porém a presença de febre nesses dias foi significativamente menor no grupo que utilizou ibuprofeno.

CONCLUSÃO: O ibuprofeno se mostrou seguro e eficaz no controle da dor e febre pós-operatória, contribuindo com a recuperação cirúrgica, levando à alimentação precoce e retorno às atividades diárias normais, em crianças que realizam adenoamigdalectomias.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-67

TÍTULO: VÁLVULA NASAL: PIRIFORMEPLASTIA OU DISJUNÇÃO PALATINA

AUTOR(ES): OSCIMAR BENEDITO SOFIA , JOSÉ EDUARDO LUTAIF DOLCI, PEDRO ALBUQUERQUE SIQUEIRA TELLES

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE SÃO PAULO

Introdução: a abertura piriforme é estrutura importante na válvula nasal, e pouca importância é dada à ela. Este trabalho visa demonstrar deformidades esqueléticas da abertura piriforme que, se não forem corrigidas, dificilmente se conseguirá bom resultado respiratório. Procedimentos bastante úteis para tratamento dos  respiradores bucais e da apnéia obstrutiva do sono.

Objetivo: demonstrar técnicas cirúrgicas (piriformeplastia e disjunção palatina) que podem ajudar na correção das disfunções da válvula nasal.

Metodologia: estudo retrospectivo com demonstração das referidas técnicas através de filme e fotos.

Resultados: os resultados são avaliados clinicamente, porém sem deixar dúvidas quanto à sua eficácia. 

Conclusão: os procedimentos cirúrgicos supracitados fazem parte do armamentário cirúrgico do ORL, são pouco usados, mas podem incrementar muito os seus resultados na clínica diária.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-68

TÍTULO: VERTICAL VISUAL SUBJETIVA EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO VESTIBULAR BILATERAL: UM NOVO MÉTODO DE ANÁLISE

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA , MARTHA , FUNASHI, TAIZA, ELAINE GRESPAN SANTOS PONTELLI, OSWALDO MASSAITI TAKAYANAGUI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

Introdução: A Vertical Visual Subjetiva ( VVS) é um exame clinico válido o qual avalia a capacidade do indivíduo  determinar se um objeto esta alinhado com a posição vertical  Terrestre , sem  nenhuma referência. Esta capacidade depende na integridade das informações otolíticas vestibulares e das vias graviceptivas. Está bem descrito que pacientes com disfunções vestibulares unilaterais, o desvio da VVS ocorre do mesmo lado da lesão vestibular. O VVS de pacientes com disfunções vestibulares bilaterais (DVB) é considerado ser indistinguível daqueles indivíduos saudáveis. Não há nenhum estudo que analisa o melhor modo  de reproduzir o conflito da VVS  em pacientes com DVB . Objetivo: Para acessar a SVV em pacientes com DVB e propor um novo método para analisar os dados nestes pacientes Métodos: Medidas estáticas SVV foram realizadas em 40 voluntários (grupo A :  20 voluntários saudáveis; grupo B 20 pacientes com DVB ), idade 30-60 anos de idade . Cada voluntário realizava seis medidas da SVV e a média foi calculada e analisada. Resultados: A média do grupo A foi 0,326°±1,13° e do grupo B foi de 0,301°±1,87,usando o desvio médio da SVV dos valores numéricos . Analisando os resultados em seus valores absolutos, a média da SVV do Grupo B foi 2,152°±0,93° . A diferença dos desvios da  SVV entre os grupos foram estatisticamente  significantes (p=0,004) somente quando o valores absolutos dos Grupos B forem considerados . Conclusão: A análise dos valores absolutos da SVV reflete mais  convicção o conflito vertical visual de pacientes com DVB .

Key-words: vertical visual subjetiva; disfunção vestibular bilateral; otólitos.

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TRABALHO CLÍNICO

AO-69

TÍTULO: EFEITO DO CPAP NA OROFARINGE DE PACIENTES RONCADORES PRIMÁRIOS E COM SAOS GRAVE: AVALIAÇÃO POR MEIO DA FARINGOMETRIA ACÚSTICA

AUTOR(ES): CLAÚDIA INÊS GUERRA DE SOUSA SILVA , CAROLINA FERRAZ DE PAULA SOARES, MICHEL BURIHAN CAHALI

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)

INTRODUÇÃO: A faringometria acústica (FA) é um método de medição das áreas de secção transversal (AST) da cavidade oral e da faringe, baseado nas mudanças da impedância acústica ao longo da via aérea, produzindo um gráfico de distância x área. A junção orofaríngea é um segmento que tem início no final da primeira curva do gráfico (P1), e termina no primeiro ponto de área mínima (P2), antes do início da segunda curva. A glote foi estabelecida como a área mínima após a segunda curva do gráfico (P3). Estudos têm mostrado diminuição nas medidas das AST da faringe nos pacientes portadores de ronco, e mais ainda quando há Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) associada. Porém, não se tem relato de estudos utilizando a FA para avaliação das mudanças de dimensões nas vias aéreas superiores provocadas pelo aparelho de ?Continuous Positive Air Pressure? (CPAP).

OBJETIVO: Acessar, através da FA, os efeitos do CPAP sobre a orofaringe dos pacientes roncadores primários e com SAOS grave.

METODOLOGIA: Analisamos 27 pacientes, sendo 15 com SAOS grave (grupo SAOS) e 12 com Ronco Primário (grupo ronco). Os critérios de inclusão foram: 18 a 65 anos, ambos os sexos, polissonografia (PSG) realizada e, nos pacientes com SAOS grave, PSG com CPAP também. Os critérios de exclusão foram: obstrução nasal crônica pré-existente, uso de drogas psiquiátricas, neurológicas ou miorrelaxantes, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e cirurgia palatal prévia para SAOS. Realizamos primeiro um exame com o paciente deitado em decúbito dorsal horizontal e já com máscara adaptada ao rosto. Em seguida, iniciamos os exames com o CPAP em funcionamento e conectado à máscara. Utilizamos pressão inicialmente de 4cmH2O, e progressivamente maiores, aumentadas 1cmH2O por vez., e aumentadas até dois níveis acima da determinada pela PSG (ou até 10cmH2O, para grupo ronco). Obtivemos os gráficos ao final da expiração. Todos os exames foram feitos pelo mesmo examinador.  Calculamos as medidas de P1, P2 e P3. Avaliamos as medidas basal (paciente deitado e com o CPAP desligado ? P1 basal, P2 basal e P3 basal), à pressão de 4cmH2O (P1-4, P2-4 e P3-4) e à pressão titulada (grupo SAOS ? P1-T, P2-T e P3-T) ou de 10 cmH2O (grupo ronco ? P1-10, P2-10 e P3-10). Foi feita a análise estatística.

RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significante entre o grupo SAOS e o grupo ronco, com relação a P3 basal e P3-4 (maior no SAOS); não houve diferença entre os dois grupos quando analisadas P1 e P2. Observamos, no grupo SAOS, diferença estatisticamente significante entre P1 basal e P1-T (P1-T menor), e, no grupo ronco, entre P1 basal e P1-10 (P1-10 menor). Não houve diferença para P2. Houve, no grupo SAOS, diferença estatisticamente significante entre P3 basal e P3-T (P3-T menor), e ausência de diferença entre P3 basal e P3-10 no grupo ronco.

CONCLUSÃO: Os pacientes com SAOS apresentaram uma via aérea mais longa que os pacientes roncadores primários. Isto pode representar uma maior predominância de SAOS em pacientes com laringe mais inferiorizada. Além disto, o CPAP mostrou exercer efeito sobre as dimensões da orofaringe dos pacientes roncadores primários e com SAOS, revelando anteriorização do palato mole determinada pela pressão de ar. Este resultado parece-nos revelar uma possível nova aplicabilidade da faringometria acústica, até então não relatada na literatura. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-001

TÍTULO: A ESTRATÉGIA DE SEGUIMENTO DOS PACIENTES COM CÂNCER DE BOCA DEVE DEPENDER DO TRATAMENTO ADOTADO

AUTOR(ES): PABLO SOARES GOMES PEREIRA , HUGO FONTAN KÖHLER, CARLOS TAKAHIRO CHONE, EDER BARBOSA MURANAKA, ALBINA MESSIAS DE ALMEIDA MILANI ALTEMANI, AGRÍCIO NUBIATO CRESPO

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP

O tratamento dos carcinomas epidermóides de boca e orofaringe pode ser feito por meio de cirurgia associado a não a tratamento adjuvante ou por meio de quimioterapia e radioterapia. Apesar disto, a estratégia de seguimento pós-tratamento para estes pacientes tem sido a mesma na literatura.

O objetivo deste artigo é avaliar se a modalidade de tratamento escolhido afeta o padrão de recidiva e risco de morte e deveria influenciar a estratégia de seguimento.

Este é um estudo retrospectivo, no qual foram incluídos os pacientes tratados por carcinoma de boca em uma única instituição no período de janeiro de 1985 a janeiro de 2005. Foram incluídos todos os pacientes com diagnóstico anátomo-patológico de carcinoma epidermóide (CEC) de boca e sem tratamento prévio. Foram excluídos os pacientes com outros tipos histológicos, tratamento prévio por qualquer modalidade ou tratamento da neoplasia atual por outra técnica que não cirurgia ou radioterapia inicial.

Um total de 117 pacientes consecutivos foram incluídos neste estudo. Havia 97 pacientes (82,9 %) do sexo masculino e 20 (17,1 %), feminino. O tratamento cirúrgico foi adotado em 75 pacientes (64,1 %) e em 60 casos (80,0 %), a radioterapia foi associada em caráter adjuvante. A radioterapia foi utilizada em 42 pacientes, dos quais em 21 pacientes (50 %) a quimioterapia foi também utilizada.

A função de risco mostrou um comportamento diferente para cada grupo, quando controlado para as outras variáveis. O risco dos pacientes tratados sem cirurgia é extremamente elevado a curto prazo, indicando um risco maior de óbito durante o tratamento ou no período pós-tratamento imediato, enquanto o grupo tratado com cirurgia apresenta o risco distribuído de forma mais homogênea ao longo do tempo, com convergência de riscos.

A estratégia de seguimento para pacientes não-cirúrgicos deveria levar em conta estas diferenças e otimizar a detecção de recidivas precoces por meio de seguimento mais intenso no período imediato ao fim do tratamento.

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TRABALHO CLÍNICO

P-002

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA REINSERÇÃO SOCIAL NO PROGNÓSTICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À LARINGECTOMIA TOTAL

AUTOR(ES): DOUGLAS HENRIQUE SANTIAGO DE OLIVEIRA , KATYÚCIA EGITO DE ARAÚJO, LORENA SOUSA OLIVEIRA, MÔNICA DANIELLY DE OLIVEIRA CASTELO BRANCO, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO, VÍVIAN LISBOA DE LUCENA, RENATA DE ANDRADE GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO / UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, JOÃO PESSOA-PB.

INTRODUÇÃO: O câncer de laringe é um dos mais freqüentes a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área, sendo o tabaco o fator etiológico mais importante. O paciente laringectomizado é, sem dúvida, alguém que sofreu uma mutilação e que, por conta da cirurgia laríngea, deve passar a viver sob o estigma do traqueostoma e sob grande impacto em sua capacidade de comunicar-se por meio da voz. Desta forma, cerca de 50% desta população se retira do convívio social, perdendo também seus empregos. Há uma perda irreversível ou distorção em hábitos básicos, como a fala, a deglutição, o olfato e o paladar. A reabilitação pode ajudar o paciente a alcançar o máximo potencial dentro do contexto de seu meio social, sendo o aprendizado e a adaptação um desafio enfrentado por paciente e médico. A reabilitação da fala pode ser o aspecto mais importante do programa, mas a sua reintegração na família e reinserção profissional não pode ser negligenciada.

OBJETIVO: Analisar a importância da reinserção social na evolução do prognóstico de pacientes submetidos à laringectomia total.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo quantitativo realizado com treze pacientes submetidos à cirurgia de laringectomia total em hospital de referência no tratamento oncológico no estado da Paraíba. Os pacientes foram entrevistados quanto aos seguintes parâmetros: idade, sexo, repercussão na vida profissional, renda familiar, relacionamento familiar e social, atividade religiosa, mudanças nas atividades e no padrão de lazer e entretenimento, posicionamento frente ao câncer, alterações na aparência e sua repercussão e a fala.

RESULTADOS: O grupo estudado era constituído por treze pacientes, sendo onze do sexo masculino e dois do feminino, com idades variando de 47 a 75 anos. Dentre os que trabalhavam, apenas alguns continuaram em atividade para melhorar a renda familiar. Todos apresentavam o hábito de fumar e ingerir bebidas alcoólicas, com exceção de dois. Em geral, as famílias aceitaram bem a doença e participam junto ao paciente da sua recuperação, apenas em dois casos houve queixas quanto à família. Em relação à vida sexual, alguns casos chamam atenção, pois a limitação se deve à falta de assepsia e fatores psicológicos do paciente e a não aceitação do parceiro. Apenas três pacientes freqüentam grupos religiosos e relatam que a aceitação em tal ambiente foi boa. Quanto ao lazer, cinco pacientes referem ter a mesma atividade de antes do tratamento, enquanto os demais alegam diminuição das atividades. Apenas um paciente referiu não saber sobre câncer e a impressão que a maioria deles tinha frente à doença era que seria uma doença curável. Dez pacientes consideraram a imagem de si mudada. Dentre os pacientes, nove sabiam das alterações corporais, enquanto que os outros quatro esperavam um melhor esclarecimento. A pior alteração para todo o grupo é a perda da voz. Sete pacientes encontraram dificuldades para adaptação à voz esofágica, enquanto os outros não relataram tal dificuldade. Seis pacientes pensaram em desistir do tratamento e quase todos acreditam na cura, só um relatou que não.

CONCLUSÃO: A análise dos dados obtidos na pesquisa revela que a reinserção social do laringectomizado depende não só do RESULTADO cirúrgico, mas também da abordagem antes e depois da cirurgia. Através dos atuais métodos de reabilitação vocal, esclarecimentos sobre o tratamento e da abordagem multidisciplinar, torna-se mais fácil a superação do drama da perda da voz.

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TRABALHO CLÍNICO

P-003

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DO QUESTIONÁRIO DE BERLIN NA TRIAGEM DE PACIENTES COM SUSPEITA DE SÍNDROME DE APNEIA DO SONO.

AUTOR(ES): LUCIANA LUCATTO BAIDA, VANESSA FERREIRA SALVIA, BRUNO ADALBERTO TATEO, SANDRA DÓRIA XAVIER, JOSÉ EDUARDO LUTAIF DOLCI

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO.

INTRODUÇÃO: A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma doença com morbi-mortalidade elevada acometendo de 2% a 4% da população adulta de meia idade. Essa síndrome está associada à sonolência diurna excessiva, a acidentes de trabalho e automobilísticos e a doenças cardiovasculares como arritmias, infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. O questionário de Berlin pode ser utilizado na anamnese dos pacientes com suspeita de SAOS e é dividido em 3 categorias, sendo a primeira delas sobre história de ronco, a segunda à respeito de sonolência excessiva diurna e a última categoria sobre história de hipertensão e índice de massa corpórea. Para o questionário de Berlin ser considerado positivo é necessário que pelo menos duas das três categorias sejam positivas. Quanto à sensibilidade e especificidade do questionário, há discussão na literatura a esse respeito, com sensibilidade variando 61 e 86% e especificidade variando de 22 e 77%.

OBJETIVO: Saber qual o valor preditivo positivo e negativo do Questionário de Berlin, assim como sua sensibilidade e especificidade.

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo dos pacientes do Ambulatório de Ronco e Apneia do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo que foram submetidos ao Questionário de Berlin e a polissonografia.

RESULTADOS: Foram avaliados 74 pacientes, 58,1% (43/74) do sexo masculino e 41,9% (31/74) do sexo feminino, com idade variando de 18 a 79 e média 51,3 anos.  A sensibilidade do questionário foi de 78% e especificidade de 75%, com valor preditivo positivo de 98% e negativo de 16%.

CONCLUSÃO: A partir do resultado deste estudo-piloto, o Questionário de Berlin mostrou moderada sensibilidade e especificidade, podendo ser utilizado como triagem para SAOS.

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TRABALHO CLÍNICO

P-004

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DO USO DO COLAR CERVICAL NA DETERMINAÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA DA VERTICAL VISUAL SUBJETIVA

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA , MARTHA , FUNASHI, NATYA ,N SILVA, LUCIANA , M WATANABE, TAIZA, ELAINE GRESPAN SANTOS PONTELLI, JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA, OSWALDO MASSAITI TAKAYANAGUI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

INTRODUÇÃO:  Percepção de verticalidade tem papel dominante no controle postural. Mediado pelo sistema vestibular, somatossensorial , visual e sistema interoceptivo , que pode ser acessado por deferentes maneiras. Neste contexto , a percepção  da  vertical visual subjetiva (SVV) usa informações otolíticas e é determinada pela habilidade de colocar uma linha na posição vertical  em relação ao eixo gravitacional da Terra. Até agora , os aspectos que influenciam a SVV , não são totalmente compreendidos .O uso de colar cervical (CC) durante o teste  (SVV) é um recurso  que pode minimizar a inclinação da cabeça durante a avaliação , mas não há estudos examinando sua influência na percepção de verticalidade. OBJETIVO: Analisar a influência dos impulsos somatossensorial causados pelo colar cervical para acessar a SVV. MÉTODOS: Medidas foram feitas na SVV estática e dinâmica em 30 voluntários saudáveis : seis medidas com o colar e seis sem  ele . Primeiro , os voluntários realizaram a SVV estática . Então eles  esperavam 5 minutos  e submetiam ao exame da SVV dinâmica em sentido de estimulação horária e anti-horária . RESULTADOs : As médias da SVV estática  foram : sem o colar -0,075°±1,15° com o CC  0,372°±1,21°;  SVV  dinâmica horária  com o CC foram 1,73°±2,31° , com o CC 1,53°±1,80; e a SVV dinâmica com o CC foram -1,50°±2,44° e com o CC -1,11°±2,46°.  As diferenças entre as medidas com e sem o CC não foram estatisticamente significantes . CONCLUSÃO: Embora o pescoço tem muitos receptores sensoriais , o uso do colar cervical não forneceu aferentes suficientes para mudar a percepção da verticalidade visual no individuo saudável .

Key- words : visual vertical  subjetiva , otólitos , estática e dinâmica visual vertical .     

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-005

TÍTULO: A PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES LARINGEAS NOS PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE NATAL - RN

AUTOR(ES): MAXIMIANO DA FRANCA TRINETO , PEDRO CAVALCANTI DE OLIVEIRA FILHO, GUSTAVO HENRIQUE MARQUES DE SÁ, IERICEFRAN DE MORAIS SOUZA, DANIELA MATIAS MARINHO AMORIM, MARCELA CORTES ALVES DE SOUZA, JORGE EVANDRO CORREIA FILHO

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PEDRO CAVALCANTI / UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO: A laringe é um importante órgão músculo-cartilaginoso tendo funções de produção do som, respiratória e esfincteriana, usualmente comprometida nas doenças que se manifestam através da disfonia. A voz disfônica do professor pode comprometer as relações de ensino-aprendizagem, uma vez que a compreensão da mensagem pode ser dificultada. O problema de voz soma-se a outros problemas vivenciados pelos professores, dificultando o gerenciamento de seu trabalho, saúde e vida.

OBJETIVO: Verificar a prevalência de patologias em professores da rede municipal de Natal encontradas por vídeolaringoscopia indireta e descrever por sexo, faixa etária e tempo laboral de utilização vocal.

METODOLOGIA: O estudo contou com 173 professores, sendo 16 homens e 157 mulheres, na faixa etária dos 20 aos 59 anos de idade. Todos os sujeitos autorizaram previamente suas participações na pesquisa por meio do termo de ciência e consentimento livre e esclarecido. O exame videolaringoscópio foi realizado por meio de um laringoscópio rígido com angulação de 70° da marca Comeg, sob anestesia tópica spray a base de lidocaína. Foi avaliado a presença de nódulos, fenda, edema de pregas vocais e refluxo laringofaríngeo.

RESULTADOS: O estudo mostrou uma prevalência de alterações laríngeas maior no sexo feminino (85%) do que no sexo masculino (50%). A alteração mais prevalente foi o refluxo laringofaríngeo (60%), com 85 casos, sendo 78 casos do sexo feminino (59% dos problemas nas mulheres) e 7 casos no sexo masculino (88% dos casos masculinos) e estava presente em 49% dos indivíduos. Foram evidenciados em toda a amostra a presença de fenda vocal (20%), nódulos em pregas vocais (14%) e edema de cordas vocais (1%). Em relação à faixa etária, as faixas de 30 a 39 e 40 a 49 anos apresentaram a maior prevalência de casos (85% cada faixa). O refluxo laríngofaríngeo, que foi a patologia mais freqüente da amostra, foi mais significativo na faixa de 40 e 59 anos de idade, totalizando 17 casos (81% dos casos da faixa). E em relação ao tempo de profissão, os professores com mais de vinte anos de profissão foram os que apresentaram a maior prevalência (71%) de sinais de refluxo laringofaríngeo na laringoscopia.

CONCLUSÃO: A disfonia mostrou elevada prevalência em professores da rede municipal de Natal. Nosso estudo sugere que o professor deverá ter treinamento vocal durante sua formação e saber da importância da voz como estratégia preventiva de surgimento de alterações de voz. Bem como obter orientações com relação ao abuso vocal e mau uso da voz. Tratamento de alergias respiratórias e do refluxo faringolaríngeo podem auxiliar na prevenção e no tratamento de disfonias antes tidas como puramente funcionais.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-006

TÍTULO: ABORDAGEM CIRÚRGICA DO PAPILOMA INVERTIDO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LÍGIA OLIVEIRA GONÇALVES , LEANDRO FARIAS EVANGELISTA, FERNANDA MARQUES DE MELO, FERNANDA VIDIGAL VILELA LIMA, ISAMARA SIMAS DE OLIVEIRA, MÍRIAN CABRAL MOREIRA DE CASTRO, ROBERTO EUSTÁQUIO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLINICAS/UFMG

INTRODUÇÃO: O papiloma invertido é um raro tumor nasossinusal benigno e unilateral que acomete 0,6/100.000 indivíduos por ano, preferencialmente do sexo masculino de meia idade. Surge primariamente na parede lateral da cavidade nasal mas, frequentemente, invade os seios paranasais, principalmente células etmoidais e seio maxilar. Está associado à destruição local óssea e de tecidos moles, além de possibilidade de malignização. As manifestações clínicas são inespecíficas, como obstrução nasal unilateral, rinorréia, epistaxe, hiposmia e cefaléia. O diagnóstico é realizado por meio de anamnese detalhada, exame otorrinolaringológico e exames complementares. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são exames fundamentais para elucidação diagnóstica, tratamento e acompanhamento do paciente. O tratamento é essencialmente cirúrgico.

RELATO DE CASO: GM, 50 anos, masculino, compareceu ao ambulatório de ORL do HC-UFMG com queixa de lesão indolor, de crescimento progressivo, em cavidade nasal direita, manifestando-se com congestão nasal e hiposmia. À tomografia de seios paranasais evidenciou-se  grande lesão expansiva acometendo seios maxilar e frontal direitos.Durante a cirurgia foi realizada incisão e descolamento dos planos anexos a vestíbulo oral em Degloving. Após incisão septal e de assoalho nasal foi feita comunicação transfixante com cavidade oral. Exposição da parede anterior da maxila e fossa nasal. Aberto maxilar direito e parede lateral nasal, seguidos de remoção em bloco de lesão de grande volume; aberta toda a parede anterior do seio maxilar. Nos seio frontal, foi identificado pólipo grande, o qual foi enviado para corte e congelação, evidenciando-se papiloma invertido. Realizado etmoidectomia anterior e posterior e esfenoidectomia. Pós-operatório sem intercorrências; paciente evoluiu assintomático, com acompanhamento ambulatorial anual.

DISCUSSÃO: Os tumores da região nasossinusal, especialmente aqueles que apresentam componente invasivo importante, necessitam de uma abordagem cirúrgica agressiva, ampla e que proporcione ao cirurgião uma boa visão das margens tumorais para que o procedimento seja o mais curativo possível. No caso apresentado, o crescimento do papiloma provocou expansão importante  do óstio frontal. A via de acesso degloving apresenta como vantagens evitar incisões faciais e permitir exposição bilateral da cavidade nasal.

CONCLUSÃO: O papiloma invertido nasossinusal é uma neoplasia benigna com potencial de malignização e elevados índices de recidiva pós-operatória. Existe muito debate na literatura a respeito da melhor via de acesso cirúrgico, externa ou endoscópica endonasal. A via de acesso degloving para ressecção de tumores nasossinusais é efetiva e apresenta as vantagens de uma ampla exposição cirúrgica, ótimos resultados estéticos, poucas taxas de complicações pós-operatórias e baixos índices de recidiva.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-007

TÍTULO: ABORDAGEM CIRÚRGICA EM PACIENTE PORTADOR DE LIPOMATOSE SIMÉTRICA MÚLTIPLA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THIAGO ALMEIDA REIS, FRANCISCO SALES DE ALMEIDA, PAULO ROBERTO PIALARISSI, SAMUEL LIMA SILVA, LUCIANO COSTA PAIVA, LEANDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA ALMEIDA

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE ENSINO E PESQUISA DO HOSPITAL ODONTOMED DE ITAJUBÁ-MG

INTRODUÇÃO: A Lipomatose Simétrica Múltipla, LSM, acomete grande extensão corporal e pode trazer deformidades. Em alguns casos a LSM pode causar transtornos anatomo-fisiológicos, psicológicos e psicossomáticos. Em 1888, o cirurgião Otto Wilhelm Madelung descreve 33 pacientes apresentando massas simétricas de gordura envolvendo os pescoços e os ombros. Sua incidência é de 1: 25.000,  sendo a proporção homem e mulher de 15:1 e 30:1 respectivamente.

OBJETIVOS: Apresentar condutas terapêuticas em LSM e descrever abordagem em diferentes tempos cirúrgicos. Justifica a apresentação deste caso clínico a falta de consenso em relação à conduta terapêutica adotada e ausência de descrição literária sobre casos de cirurgias múltiplas.

 

METODOLOGIA: Este é um trabalho de relato de caso. A amostragem foi de forma intencional e o estudo quantitativo.

 

RESULTADOS: O paciente, MSF, apresentava massa tumoral comprometendo toda região cervical. Foi impossível palpar elementos anatômicos cervicais, devido à deformidade tumoral. O mesmo era etilista e tabagista. No histórico familiar revela filha com pseudotumor em ambos os globos oculares. Após estudo tomográfico foi identificada a massa tumoral e proposto a ressecção por partes devido à grande extensão. A primeira compreendeu a região cervical direita, através de uma incisão na pele até limites profundos e em formato arciforme desde o mento até a mastóide finalizando com outra na linha mediana até a fossa supraclavicular. A segunda na região cervical esquerda, mantendo o mesmo acesso e tática cirúrgica. Nas cirurgias os elementos anatômicas como vasos, músculos, nervos, vias aéreas e digestivas foram preservados. A LSM apresenta massas simétricas ou não, de gordura, envolvendo o pescoço e os ombros com uma distribuição cervical em ?colar de cavalo?.  Neste caso havia extensão parcial à região toráxica. Há na literatura uma relação entre o efeito exercido pelo álcool nos receptores beta-adrenérgicos de ação antilipolítica e lipogênica acarretada na doença. Existem hipóteses: uma é a possível origem embrionária, pela semelhança entre os adipócitos dos lipomas e os da gordura marrom. Outra relata possíveis alterações no DNA mitocondrial, também podendo desencadear a doença, tal como, uma diferenciação dos pré-adipócitos em adipócitos maduros que indicariam a localização dos lipomas em outras áreas. O tratamento de escolha consiste na lipoaspiração e na lipectomia aberta. Há relatos de que o tratamento preconizado com dieta, controle metabólico, salbutamol, albuterol, abstinência alcoólica, tireoidectomia e vitaminas, não geram resultados satisfatórios. Devido à ocorrência de recidiva da doença, é aconselhada uma dieta de baixo teor de gorduras, abstinência alcoólica e prática de atividades físicas. O paciente relatado foi tratado cirurgicamente em dois tempos devido à estética e dificuldade nos movimentos cérvico-toráxico.

CONCLUSÂO: O tratamento eletivo para Lipomatose Simétrica Múltipla é a lipectomia aberta, gerando resultados satisfatórios quanto à integridade funcional e estética. Em grandes extensões tumorais, recomenda-se o uso de vários tempos cirúrgicos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-008

TÍTULO: ABORDAGEM ENDOSCÓPICA AO CARCINOMA NEUROENDÓCRINO DE BASE DE CRÂNIO

AUTOR(ES): ROWILSON CLEBER DE MELO , CARLOS ROBERTO BALLIN, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, JEMIMA HERRERO MOREIRA, DENIS MASSAMITSU ABE, RODOLFO CARDOSO DE TOLEDO FILHO, LUIZ EDUARDO NERCOLINI

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL DA PUC-PR

INTRODUÇÃO: O carcinoma neuroendócrino de base de crânio é uma doença rara. Sabe-se que o tratamento é eminentemente cirúrgico, porém pela sua baixa incidência nesta localização a abordagem ainda é um tema controverso no que tange suas indicações e a escolha da via cirúrgica. Existem diversas opções de ressecção que vão desde a via externa clássica até as transnasais assistidas por vídeo-endoscopia

OBJETIVO: relatar a abordagem curativa endoscópica assistida a um caso de carcinoma neuroendócrino de base de crânio

RELATO DE CASO: Paciente N.B, feminina, 56 anos, encaminhada ao Hospital Universitário Cajuru apresentando queixa de obstrução nasal progressiva  com evolução de 7 meses, cefaléia, secreção nasal amarelada e proptose de olho direito, sem sintomas sistêmicos. A história mórbida pregressa evidenciava amaurose em olho esquerdo por glaucoma. Negava hipertensão ou diabetes mellitus. Foi submetida a exame físico otorrinolaringológico que evidenciou massa de aspecto esbranquiçado e vegetante ocupando ambas as fossas nasais, parestesia de hemiface à direita, proptose de olho direito com preservação da mobilidade. A avaliação oftalmológica demonstrou amaurose em olho esquerdo e normal em olho direito. Solicitada tomografia de face e ressonânica magnética as quais demonstraram lesão expansiva ocupando toda cavidade nasal e invadindo fossa pterigopalatina, seio cavernoso, cavidade orbitária, nervo óptico, do lado direito. Realizada biópsia da lesão a qual evidenciou no exame anatomopatológico e imunohistoquímica, carcinoma neuroendócrino da base do crânio. Optado pelo tratamento cirúrgico associado à radioterapia focal. A abordagem cirúrgica foi à endoscópica assistida. Procedeu-se a ressecção da lesão com dissecção da fossa pterigopalatina, preservação do nervo óptico, da artéria  carótida interna e do seio cavernoso direitos. Realizada transfusão sanguínea e reposição volêmica intraoperatória devido ao caráter sangrante da lesão. O pós-operatório seguiu sem intercorrências.           A alta hospitalar ocorreu no quinto dia pós tratamento cirúrgico. A paciente foi encaminhada para radioterapia focal realizada no Hospital Sírio Libanês.

RESULTADOS: O follow up realizado através de ressonância magnética demonstrou ausência de recidiva tumoral. Atualmente encontra-se com 2 anos livre da doença.

CONCLUSÃO: O tumor carcinóide de base de crânio é uma doença pouco relatada na literatura, e por isso sua abordagem ainda não e bem definida. A cirurgia endoscópica vem avançando em várias vertentes no acesso à base de crânio. Com esta evolução tecnológica foi e continua sendo possível substituir procedimentos que tradicionalmente utilizavam incisões em face, internação prolongada e tampões nasais extensos, para esse e para outros tumores de base de crânio, e assim como qualquer outro procedimento cirúrgico objetiva alcançar o máximo de sucesso com o mínimo de dano estrutural e funcional.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-009

TÍTULO: ABORDAGEM ENDOSCÓPICA DE CORDOMA DE CLIVUS GIGANTE

AUTOR(ES): DENIS MASSAMITSU ABE , DIOGO GONÇALVES BARDINI, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, CAROS ROBERTO BALLIN, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: Cordomas são tumores raros do SNC decorrentes de restos embrionários da notocorda. Eles são caracterizados por terem um comportamento localmente agressivo, com recidivas frequentes, o que torna seu tratamento um desafio.

OBJETIVO: Relatar um caso de ressecção de cordoma de clivus  gigante por via endoscópica com auxílio de neuronavegação.

Relato de Caso: JRS, sexo masculino, 62 anos, com queixa de obstrução nasal progressiva e deformidades da face esquerda, proptose e amaurose no olho esquerdo. Após anamnese e exame físico, foram submetidos a ressonância magnética que mostrou uma massa de 10 x 9,0 x 9,0 centímetros ocupando toda a cavidade nasal, clivus e região selar. Seguiu-se com biópsia do tumor nasal que revelou: cordoma do clivus. Optou-se pela abordagem cirúrgica endoscópica com neuronavegação com ressecção de todo tumor visível, sem radioterapia. O paciente teve boa evolução pós-operatória e é o 3 º mês de seguimento, sem sinais de recidiva até o momento.

CONCLUSÃO: A abordagem endoscópica com o auxílio de neuronavegação provou ser seguro e eficaz para a ressecção de cordoma do clivus. Esta técnica permite uma ampla ressecção do tumor, o que diminui a chance de recorrência local e é recomendado na maioria dos casos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-010

TÍTULO: ABORDAGEM ENDOSCÓPICA NASAL NO TRATAMENTO DE PAPILOMA INVERTIDO DO SEIO FRONTAL: EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE ORL DA PUC-PR

AUTOR(ES): RULLIAN DA ROCHA STREMEL TORRES, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, JEMIMA HERRERO MOREIRA, DIOGO GONÇALVES BARDINI, DENIS M. ABE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA/PUC-PR

INTRODUÇÃO: o Papiloma Invertido (PI) é um tumor sino-nasal benigno porém localmente agressivo que se origina da membrana Schneideriana. Caracteriza-se pelo crescimento benigno deste epitélio através do estroma subjacente. A incidência do PI é de 0,5 a 7% de todos os tumores nasais e sinusais. O seio frontal é raramente envolvido com PI, incidência de 1 a 16%.

Apesar de seu comportamento benigno, PIs estão associados com carcinoma de células escamosas em 5 a 15% dos casos.

PACIENTES E MÉTODOS: entre janeiro de 2005 e outubro de 2009 foram operados 4 pacientes com diagnóstico de papiloma invertido e expansão ao seio frontal. A idade variou de 46 a 67 anos, sendo 3 pacientes do sexo masculino e 1 do feminino.

A abordagem de escolha foi a endoscópica endonasal e consistiu de 2 procedimentos tipo Lothrop endoscópico modificado ? Draf III e 2 procedimentos tipo Draf IIb.

Em 1 dos casos realizados de Draf III houve a necessidade de acesso combinado tipo Lynch modificado para a ressecção da porção lateral do tumor no seio frontal.

RESULTADOS: o seguimento foi realizado no 7°, 14°, 30°, 60° dias, sem intercorrências e não evidenciou recidiva.

DISCUSSÃO: existe predomínio no sexo masculino com relação de 3,4:1 e uma idade média em torno dos 50 anos.

Uma vez que o diagnóstico de papiloma invertido É suspeitado e a tomografia computadorizada demonstra uma opacidade do seio unilateral, uma ressonância deve ser solicitada para diferenciar tumor de secreção retida. O diagnóstico pode ser comprovado através de um biópsia profunda.

Quando o envolvimento do seio frontal ocorre pela expansão através das células etmoidais ele pode ser ressecado totalmente por via endoscópica endonasal. Quando o tumor parece ser sua origem ou um acometimento intenso do seio frontal, um acesso combinado endoscópico e externo é necess´srio.

O procedimento tipo Lothrop modificado tem com uma de suas maiores limitações o acesso para tumores localizados em um recesso supraorbitário muito pneumatizado. As principais vantagens do Lothrop sobre os retalhos osteoplásticos são: abilidade de trabalhar em ambas cavidades nasais simultaneamente, baixa morbidade, menor dias de internamento, menor sangramento, sem cicatrizes externas e não impede a realização de procedimentos mais radicais.

CONCLUSÃO: por apresentar uma taxa de recidiva elevada e transformação maligna, é necessário um tratamento definitivo tão logo seja feito o diagnóstico.

A abordagem endoscópica ao seio frontal para o tratamento de papiloma invertido mostrou-se eficaz nessa série de pacientes. Entretanto, em casos selecionados, há a necessidade de uma abordagem combinada externa para a total remoção do tumor.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-011

TÍTULO: ABORDAGEM ENDOSCÓPICA NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO GERMINOMA DE SELA TÚRCICA

AUTOR(ES): HENRIQUE WENDLING SAVA , CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, CARLOS ROBERTO BALLIN, LUIZ CARLOS SAVA, SÁVIO LEMOS MACHARETH, YASSER JEBAHI, MARIANA ISIS WANCZINSKI, MARTA LISIE KLEIN

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA CRUZ

1.0  INTRODUÇÃO

Os tumores germinativos são tumores raros que afetam principalmente crianças e adolescentes. Localizam-se principalmente em estruturas medianas do encéfalo.

Cerca de 50 a 65% dos tumores germinativos são germinomas. A incidência de germinoma intracraniano varia entre 2,1 e 10% de todas as neoplasias primárias do SNC.

Os sinais e sintomas variam de acordo com a localização do tumor. Pode se manifestar com cefaléia, hemiparesia, distúrbios da visão ou do movimento, disfunções hipofisárias e hipotalâmicas.

O manejo adequado ainda é controverso. Há atualmente grande preocupação em elevar as taxas de cura destas lesões com o mínimo possível de seqüelas, sendo essa a principal importância deste trabalho.

O objetivo deste estudo é descrever a abordagem cirúrgica endoscópica no tratamento do germinoma de sela túrcica, através do relato de um caso realizado pelo Serviço de Otorrinolaringologia e do de Neurocirurgia do Hospital Santa Cruz, em Curitiba-PR.

2.0  RELATO DO CASO

Paciente masculino, 25 anos, procurou o Serviço de Neurocirurgia do Hospital Santa Cruz com hemianopsia bitemporal de 6 meses e piora há 1 mês. Solicitado Ressonância Nuclear Magnética, que mostrou lesão de aproximadamente 2 cm em região selar com extensão supraselar, comprimindo o quiasma óptico e próxima a cisterna pré-pontina. A confirmação diagnóstica foi  pelo exame anatomopatológico. Optou-se pelo tratamento cirúrgico. Realizado acesso transesfenoidal endoscópico assistido com broqueamento do soalho da sela túrcica, expondo os limites da artéria carótida interna bilateralmente e do clivus inferiormente. Realizada a incisão da dura- máter da sela, com exposição do tumor. Após a ressecção extracapsular do tumor, através da melhor visualização propiciada pelos endoscópios angulados, observou-se todos os limites livres do tumor: carótidas internas, quiasma óptico, artéria basilar e seus ramos para o tronco cerebral, bem como os pares cranianos baixos. O paciente evoluiu satisfatoriamente, não necessitando de radioterapia em função da exérese total do tumor.

3.0  DISCUSSÃO

A glândula pineal é composta de diversos tecidos. Essa variedade celular pode gerar um grupo heterogêneo de tumores. Os tumores de células germinativas podem ser germinomas ou não germinomatosos. Os germinomas ocorrem na linha média, comumente na área selar e cisterna supra-selar. São malignos, infiltrados por linfócitos e podem semear o líquor, no entanto, tem bom prognóstico.

O diagnóstico é feito através de Ressonância Nuclear Magnética.

O tratamento é cirúrgico, e o objetivo é a excisão total, havendo diferentes formas de atingir a região pineal. O acesso transesfenoidal endoscópico é reportado na literatura como a abordagem de escolha para o tratamento da maioria das lesões selares e supra-selares. A abordagem é multidisciplinar. Entre as vantagens do acesso endoscópico à região selar pode-se citar: maior visão do campo operatório, menor desconforto pós-operatório, maior respeito pelas estruturas nasais e diminuição do tempo de internação. E como desvantagens encontram-se: necessidade de aprendizado e  habilidade específica de manejo dos instrumentos e necessidade de controle rigoroso do sangramento no intra-operatório. A principal intercorrência encontrada durante a cirurgia é a lesão do diafragma selar, ocasionando extravasamento de líquor. Sangramento nasal também pode ocorrer. As complicações pós-operatórias incluem: meningite, hemorragias, perda visual, paralisias oculares, alterações mentais, ataxia e óbito, todas relacionadas a lesões a estruturas limites da sela túrcica e da base do crânio. A sobrevida nos casos de germinoma de 5 anos é em torno de 85% após o tratamento.

4.0  COMENTÁRIOS FINAIS

Este caso exemplifica uma lesão selar com extensão supra-selar, com tamanho adequado para acesso transesfenoidal endoscópico e  resultado satisfatório. Esse trabalho refere importância à boa visualização que os endoscópicos angulados fornecem, facilitando a visualização das estruturas peri-tumorais e das margens do tumor, em comparação ä abordagem tradicional através do microscópio cirúrgico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-012

TÍTULO: ABORDAGEM REVISIONAL DE RINOSSEPTOPLASTIA POR RINOLIFTING: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): BERNARDO CAMPOS FARIA , OTÁVIO BÓRIO DODE, RENATO TADAO ISHIE, TARCÍSIO AGUIAR LINHARES FILHO, RACHEL CATÃO DE LUCENA, EDLAINE GOLÇALVES SILVA, JOSÉ LUIZ TEIXEIRA RODRIGUES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA MARCELINA

INTRODUÇÃO:

A cirurgia revisional do nariz constitui um desafio ao cirurgião. Muitos pacientes procuram o tratamento estético cirúrgico do nariz sentindo-se mais incomodados por sintomas funcionais nasais secundários à rinoplastia do que satisfeitos pelo remodelagem do nariz. Dentre as complicações mais comuns está a insuficiência valvar nasal. A escolha da técnica utilizada na reabordagem deve prezar pela restauração da integridade funcional e estética nasal, orientadas pelas condições técnicas. Cirurgias amplas com exposição extensa da anatomia nasal não são garantia de resultados mais satisfatórios do que intervenções direcionadas às alterações residuais. Descrevemos um caso de paciente em pós-operatório remoto de rinosseptoplastia cursando com ponta caída e insuficiência valvar externa.

RELATO DE CASO:

Paciente feminina, 68 anos, submetida a rinosseptoplastia há 12 anos, com queixa de obstrução nasal aos esforços e ao deitar-se, insatisfeita com a ponta caída. Ao exame  observou-se perda de sustentação da ponta nasal com redução importante do ângulo naso-labial e colabamento das narinas à inspiração forçada e à inspiração normal em decúbito dorsal. Sinais marcantes de envelhecimento facial. Indicou-se cirurgia revisional com levantamento da ponta nasal por rinolifting e ponto septocolumelar.

 Dessa forma, Realizou-se a fixação por fios inabsorvíveis de tecido subcutâneo e aponeurótico da ponta nasal em posição mais cranial , após tração e ancoragem do fio ao periósteo do dorso nasal. A pele foi incisada latero-lateralmente e ressecada 4 mm inferior a incisão, aproveitando os sulcos já existentes. O fechamento da pele foi realizado com fio inabsorvível por pontos simples.  Através de incisão transfixante pré-septal, realizou-se o ponto septocolumelar, com o objetivo de garantir mais sustentação à ponta nasal. Após 1 mês, mantém-se sem queixas de obstrução nasal e satisfeita com o ganho estético nasal.

DISCUSSÃO:

As válvulas nasais são cruciais para a respiração do indivíduo. Elementos anatômicos e funcionais contribuem para este complexo sistema: ângulo nasolabial, estabilidade e configuração das alares, o posicionamento do septo anteriormente além da posição da ponta nasal. Várias são as maneiras de se abordar funcionalmente a válvula nasal. Muitas são também as possibilidades de lesão ao funcionamento dessa estrutura. Ao optar pela técnica de rinolifting, vislumbramos a oportunidade de melhorar estética e funcionalmente o nariz em questão, através de método rápido, de fácil execução e relativamente pouco invasivo. Em contrapartida, houve aumento no risco de cicatriz aparente e recidiva da alteração em prazo mais ou menos longo. Sabe-se que a técnica de rinolifting tem sua indicação limitada a poucos casos, sendo realizada quase exclusivamente em  pacientes idosos, em que a formação de marcas de expressão no dorso nasal permite ocultar a cicatriz operatória. Além disso, a projeção e a sustenção da ponta são menores. A literatura é pobre em estudos sobre a técnica e seus resultados a longo prazo.

CONCLUSÃO:

A técnica de rinolifting pode constar como opção no rol de estratégias cirúrgicas para suspensão de ponta nasal e tratamento de insuficiência valvar externa, quer na rinosseptoplastia revisional, quer na rinosseptoplastia primária, para pacientes selecionados.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-013

TÍTULO: ABSCESSO CEREBRAL COMO COMPLICAÇÃO DE OTITE MÉDIA CRÔNICA COLESTEATOMATOSA

AUTOR(ES): SILVIA MARA TASSO , SALETE MAURICIA MARIOSA RODRIGUES, JEFFERSON DALL'ORTO MUNIZ, RUBENS RIBEIRO DA COSTA JÚNIOR, DENISE CARDOSO TOLEDO, DIOGO VASCONCELOS SILVA, MOISÉS FRANKLIN ALVES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS SAMUEL LIBÂNIO (POUSO ALEGRE-MG)

INTRODUÇÃO: Os colesteatomas são lesões císticas, revestidas por epitélio escamoso estratificado e preenchidas por queratina, que estão localizadas em áreas pneumatizadas do osso temporal. Possuem crescimento gradual e causam erosão óssea, podendo invadir estruturas adjacentes. Hipóteses consideradas são: compressão mecânica, ação osteoclástica, produção de enzimas proteolíticas e citosinas. Seus sinais e sintomas dependem da localização e extensão da doença, podendo permanecer silencioso até se tornar relativamente grande. Manifestações clínicas mais comuns são hipoacusia e otorréia.  Classificação: congênito e adquirido e, estes podem ser primários e secundários. O objetivo primário é a erradicação de todo o tecido anormal, restabelecendo a arquitetura usual do ouvido e o secundário é a manutenção ou restauração da audição. O diagnóstico precoce é de fundamental importância, pois o único tratamento existente para a otite média crônica (OMC) colesteatomatosa é a mastoidectomia. Através desse procedimento, retiram-se as células mastóideas e os focos de colesteatoma, erradicando por completo o foco primário responsável pela infecção do sistema nervoso central.

OBJETIVO: O presente relato des­creve um caso de um paciente do sexo feminino que evoluiu com abscesso cerebral como complicação de otite média colesteatomatosa.

METODOLOGIA: GML, 17 anos, feminino, natural e procedente de Jacutinga, procurou o Serviço de Otorrinolaringologia, com queixa de drenagem de secreção purulenta em região pré auricular de orelha esquerda (OE), acompanhada de dor, abaulamento, hiperemia e calor local. Referia quadros semelhantes e apresentava diagnóstico de OMC colesteatomatosa. Ectoscopia e exame neurológico sem alterações importantes; otoscopia: OE= lesão obstrutiva sugestiva de osteoma em conduto auditivo externo, dificultando visualização de membrana timpânica; drenagem discreta de secreção purulenta em fístula localizada em região pré-auricular esquerda, abaulamento, hiperemia e calor local. À TC ossos temporais: comunicação de cavidade mastóidea esquerda com fossa posterior e alteração de densidade cerebral de fossa média com imagem sugestiva de abscesso cerebral. Realizou-se drenagem cirúrgica de abscesso pré-auricular e antibioticoterapia. Teve boa evolução clínica e sem seqüelas. Recebeu alta hospitalar e agendado retorno para mastoidectomia radical e exérese de osteoma.

CONCLUSÃO: Devido a esse comportamento destrutivo e insidioso, o colesteatoma pode causar uma série de complicações. Podem ser divididas em intracranianas e extracranianas, e são responsáveis por seqüelas graves e até morte do paciente. As intracranianas incluem meningite e abscesso cerebral, entre outras. O abscesso cerebral é a segunda mais freqüente, porém é a mais letal. Os locais mais acometidos são: lobo temporal e cerebelo. De todos os abscessos intracranianos, aproximadamente 60% deles tem como origem uma doença otorrinolaringológica; entre estas, 62% dos abscessos são de causas otológicas, 30% nasossinusais e o restante de outras causas menos frequentes.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-014

TÍTULO: ABSCESSO DE EPIGLOTE:RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, FAUSTO ANTÔNIO DE PAULA JUNIOR, MARCELO BRUM CORREA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

A epiglotite é uma inflamação aguda da epiglote e estruturas adjacentes, condição potencialmente fatal, na qual um paciente previamente saudável pode evoluir em horas para um quadro de insuficiência respiratória.No passado, a epiglotite era uma afecção que acometia crianças na faixa pré-escolar. Com a vacina conjungada contra o Haemophilus influenza tipo b, principal agente causador, a incidência da doença invasiva diminuiu cerca de 95% nos países em que realiza-se vacinação. Em contraste, a literatura aponta um aumento da incidência dessa doença em adultos.

RELATO DE CASO

D.D., 74 anos, sexo masculino, admitido no Pronto-Atendimento com quadro de febre, odinofagia, sialorréia, e estridor inspiratório. Evoluiu com insuficiência respiratória sendo submetido a intubação orotraqueal e encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva. Apresentava antecedentes de hipertensão arterial, diabetes e DPOC.Realizada nasofibroscopia com visualização de abaulamento na região da epiglote. A tomografia cervical mostrava acentuado edema de estruturas laríngeas supra-glóticas com coleções hipodensas com paredes captantes de contraste associada a gás em seu interior na região da epiglote, a maior medindo 2,6 cm, compatíveis com abscesso. Foi mantido internado em UTI com Ceftriaxone endovenoso e submetido a drenagem do abcesso em epiglote no centro cirúrgico.

DISCUSSÃO

A epiglotite é um processo infeccioso que geralmente se inicia no trato respiratório superior com inflamação nasal e de orofaringe que evolui para celulite de estruturas supra-glóticas por vezes progredindo para um quadro de rápida obstrução de via aérea superior, caracterizando uma emergência clínica.

Em adultos se acredita existirem duas formas diferentes: a forma clássica causada pelo Hib e a supraglotite não relacionada ao Hib. A epiglotite clássica causada pelo Hib relaciona-se a uma apresentação clínica fulminante, com insuficiência respiratória e hemocultura positiva. Na outra forma o curso da doença é mais brando.

O diagnóstico é baseado na história clínica e achados do exame físico que são bastante sugestivos da doença. O uso do nasofibróscopio é muito útil por não exigir manipulação da língua. Exames de imagem também ajudam a confirmar o diagnóstico.

O tratamento da epiglotite pode se dividir em duas fases. Na primeira procura-se estabelecer e manter a via aérea pérvia e a seguir o tratamento clínico da infecção. Em casos suspeitos de epiglote a obtenção de uma via aérea segura em ambiente adequado( emergência, UTI, centro cirúrgico) é a medida prioritária. O uso de cefalosporinas de segunda ou terceira geração é indicado.

A epiglote aguda é uma doença grave que pode evoluir com complicações potencialmente fatais. A formação de abscesso na epiglote decorrente do quadro infeccioso é um processo incomum que deve ser identificado e abordado prontamente para se evitar um desfecho desfavorável.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-015

TÍTULO: ABSCESSO EXTRADURAL:COMPLICAÇÃO DE SINUSITE FRONTAL

AUTOR(ES): DANIELE LENZI PIMENTEL; CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO; CARLOS ALBERTO MAURÍCIO JÚNIOR; FERNANDO DE FREITAS VILELA; ANA CAROLINA DE SOUZA MOREIRA; MÁRCIO NAKANISHII

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO: Complicações intracranianas das rinossinusites são a extensão do processo infeccioso para estruturas adjacentes, ocorrendo em um pequeno, mas significante número de pacientes. Dentre as de origem nasossinusal são citadas empiema subdural, abscesso cerebral, meningite e abscesso extradural como as formas mais comumente encontradas.

OBJETIVO: relatar o caso de paciente de 35 anos com abscesso extradural decorrente de rinossinusite frontal que evoluiu favoravelmente com o tratamento clínico e cirúrgico preconizado. 

MATERIAIS E MÉTODOS: paciente masculino, 35 anos, negro, pastor evangélico, ex-usuário de cocaína inalatória, apresentou-se no PS de Otorrinolaringologia com queixa de dor maxilo-orbito-frontal intensa à esquerda, progressiva há 3 dias, associada à cefaléia. Negava febre, vômitos, obstrução nasal ou queixa visual. Exame físico revelava celulite orbitaria esquerda, sem limitação da mobilidade ocular. Sem outras alterações ao exame otorrinolaringológico e de cabeça e pescoço. Realizada Tomografia computadorizada dos seios da face e cranio que evidenciou lesão expansiva com extensão extradural no seio frontal esquerdo com calcificações em seu interior.

Com a suspeita clínico-radilógica de sinusite do seio frontal complicada com abscesso extradural, o paciente foi submetido à drenagem endoscópica do seio frontal esquerdo sob anestesia geral, através de uncifectomia. Realizado estudo histopatológico do processo uncinado, pesquisa direta e cultura para BARR, fungos e bactérias da secreção drenada do seio frontal-abscesso extradural.

RESULTADOS: o estudo histopatológico do uncinado não evidenciou alterações patológicas de malignidade. A pesquisa direta de BAAR e fungos foi negativa, assim como suas culturas. A pesquisa de bactérias evidenciou presença de GRAM negativo, e na cultura houve crerscimento de Klebisiella pneumonie.

Após tratamento preconizado o paciente apresentou boa evolução clínica, sem seqüelas otorrinolaringológicas ou neurológicas

CONCLUSÃO: Abscesso extradural é uma complicação rara, porém grave de sinusite frontal. O paciente em questão apresentou evolução favorável com o tratamento preconizado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-016

TÍTULO: ABSCESSO PARAFARÍNGEO APÓS EXTRAÇÃO DENTÁRIA

AUTOR(ES): CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI, FÁBIO SILVA ALVES, LUCIANA CAMPOY GIRO BASILE, LUANA GONÇALVES DE OLIVEIRA, IVAN DE PICOLI DANTAS, JOSÉ MARIA MORAES DE REZENDE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: As infecções dos espaços cervicais profundos podem ter suas causas no comprometimento dos linfonodos que repousam nesse espaço, por parte de bactérias que infectam primariamente cavidade oral, faringe, nariz e seios paranasais através de disseminação linfática.

Sua ocorrência pode estar associada a significativas taxas de morbi-mortalidade, principalmente devido as suas múltiplas complicações, que incluem obstrução de via aérea, ruptura de abscessos na faringe ou traquéia, empiema, mediastinite, erosão da artéria carótida, tromboflebite da jugular ou trombose do seio cavernoso.

 

APRESENTAÇÃO DO CASO: V. S. S., masculino, 21 anos, branco, solteiro, referiu quadro de odinofagia associada à febre alta persistente, quando, após dois dias, procurou assistência médica. Ao exame, apresentava-se levemente prostrado, com febrícula, trismo, sialorréia, edema à esquerda de regiões cervical anterior, submandibular e pré-auricular, edema de úvula importante e abaulamento tonsilar ipsilateral até linha média. Foi internado para realizar exames complementares. Realizou cirurgia de extração do terceiro molar inferior sete dias antes do começo do quadro que o levou a primeira internação.

Exames na admissão: Hemograma com 10.000 leucócitos e desvio nuclear a esquerda. VSH: 44 mm/h; Proteína C reativa: 18,54 mg/dL; Lactato Desidrogenase: 130 U/L; Antiestreptolisina O: 210 UI/dL. Solicitada tomografia computadorizada, apresentando área obliterando o espaço parafaríngeo esquerdo, com formação de sinal hipodenso em seu interior, compatível com coleção encistada e dimensões de 3,3 x 2,9, x 2,7 cm.

O paciente foi drenado de forma fechada através de orifício formado de forma espontânea, em torno de 150 ml (misturados com saliva). Parte da secreção, devidamente coletada, foi encaminhada para análise. Em 24hs, teve melhora clínica importante e considerável diminuição do abaulamento de loja amigdaleana.

Realizada tomografia computadorizada de controle após 48 horas.

À análise da secreção do abscesso parafaríngeo apresentou presença de Streptococcus viridans, sensível a penicilina, vancomicina e levofloxacino e resistente a clindamicina e eritromicina.

Trocado Clindamicina (D3) por Penicilina Cristalina, na qual permaceu por mais 48 horas até a alta hospitalar, sendo prescrito Amoxicilina com Ácido Clavulânico.

DISCUSSÀO: O foco inicial de infecção é uma não é uma simples faringite Streptococcica, discordando com os mais comuns descritos pelos demais autores, e sim uma complicação de extração dentária.

Apesar de considerada a possibilidade de conduta cirúrgica para o caso, optou-se por eleger a drenagem fechada pelo orifício formado espontaneamente associado à cobertura antibiótica de amplo espectro, devido à boa resposta terapêutica, à ausência de comorbidades e ao bom estado geral da paciente.

CONCLUSÃO: Baseado nos resultados clínicos da literatura, o presente relato sugere que o tratamento cirúrgico odontológico deve ser acompanhado pelo médico especialista em caso de sinais e sintomas incomuns do pós-operatório, podendo sugerir formações de abscessos ou de outras complicações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-017

TÍTULO: ABSCESSO PERIORBITÁRIO E SINUSITE CRÔNICA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ISABEL BARROS ALBUQUERQUE E SILVA , ERICK BARROS ARAÚJO LUZ, JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS NETO, LIA ANDRÉA COSTA DA FONSÊCA, LICEANA BARBOSA DE PÁDUA, MARIANE MENDES GIL BARBOSA, TAIRA DE SENNA PEREIRA FONTES IBIAPINA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ- NOVAFAPI

INTRODUÇÃO: A rinossinusite(RS) é uma afecção que se caracteriza pela inflamação da mucosa de revestimento do nariz e dos seios paranasais, sendo uma de suas etiologias a infecção bacteriana (1). Em alguns casos podem ocorrer complicações devido a extensão do processo infeccioso para regiões vizinhas (2). As complicações intraorbitárias são as mais comuns, dentre elas, destacam-se a celulite e o abscesso periorbitários e parecem ser mais freqüentes nas crianças do que nos adultos (3).

RELATO DE CASO: M.L.R.S., sexo feminino, 52 anos, deu entrada num hospital público de Teresina, com história de dor em região orbitária direita há 10 dias, de evolução progressiva, que piorava com a movimentação ocular. Após três dias do início do quadro, a dor intensificou-se, sendo acompanhada de ptose palpebral e edema periorbitário à direita e cefaléia frontal pulsátil. Ao exame: olho direito com acuidade visual preservada, edema bipalpebral, globo ocular sem deformidades e movimentos preservados. TC de face: preenchimento com material de densidade de partes moles em região maxilo etmoidal direita com extensão para a órbita. A paciente foi internada, medicada com antibióticos (Ceftriaxona 2g/dia e Clindamicina 1,8g/dia) e submetida a uma sinusostomia para drenagem de abscesso orbitário através de uncinectomia/etmoidectomia anterior e posterior, antrostomia intranasal, descompressão de lâmina papirácea, abertura do periósteo orbitário com drenagem de secreção purulenta intra-conal. No pós-operatório, foi acompanhada diariamente, evoluindo com resolução completa do quadro. Permaneceu 14 dias internada com antibioticoterapia e lavagem nasal com soro fisiológico. TC de face (pós-cirurgia): sinusopatia inflamatória frontal bilateral e maxilo etmoidal à direita e imagem gasosa na região súpero-medial da órbita direita, sem coleções de aspecto residual. Alta hospitalar com prescrição de antibióticos VO e orientações. DISCUSSÃO: O abscesso periorbitário é definido pela presença de coleção de material purulento entre a periórbita e a parede óssea da órbita. Há inflamação da conjuntiva, dor e restrição da motilidade ocular. Não há diminuição da acuidade visual, e o fundo de olho e os reflexos pupilares estão normais (1). O caso em questão tem características típicas deste abscesso, exceto por não ter ocorrido restrição do movimento ocular. Antes do advento da antibioticoterapia, a prevalência de complicações orbitárias decorrentes da RS era bastante elevada. Algumas séries citam taxas de mortalidade de 17-19% e prevalência de amaurose de 20-33%. Felizmente essas taxas não ultrapassam 5% nos dias atuais após o advento da antibioticoterapia e das modernas técnicas de imagem (4). CONCLUSÃO: Apesar do caso relatado ser uma paciente adulta, as complicações orbitárias parecem ser mais freqüentes nas crianças, devido a íntima relação anatômica entre a cavidade orbitária e o seio etmoidal, assim como à fragilidade da parede etmóido-orbitária, principalmente, nas crianças.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-018

TÍTULO: ABSCESSO RETROFARÍNGEO APÓS INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , LIVIA DE FREITAS RODRIGUES, JÚLIO CLÁUDIO DE SOUSA, ROGÉRIO COSTA TIVERON, LUIS MARCONDES BORGES, MARCELO MIGUEL HUEB

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

O abscesso retrofaríngeo é uma patologia pouco freqüente, habitualmente secundária a infecções de vias aéreas superiores em crianças. A radiografia cervical lateral e eventualmente a tomografia cervical, associadas à apresentação clínica permitem o diagnóstico. O tratamento antibiótico precoce e a intervenção cirúrgica ajudam a evitar complicações potencialmente fatais. Objetivamos apresentar o caso de uma criança, do sexo feminino, de 1 ano e 8 meses de idade, cor branca, que evoluiu com abscesso retrofaríngeo secundário à presença de corpo estranho faríngeo (espinha de peixe), necessitando de terapia medicamentosa e drenagem cirúrgica de urgência. Apresentamos ainda uma revisão dos achados clínicos e radiológicos, opções de tratamento e complicações desta condição.

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TRABALHO CLÍNICO

P-019

TÍTULO: ACESSO AO CPAP PELOS PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE RONCO E APNEIA DO SONO

AUTOR(ES): JULIANS FEITOSA COELHO , DANILO LIESS NOFFS, SANDRA DÓRIA XAVIER, JOSÉ EDUARDO LUTAIF DOLCI

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é um problema de saúde importante, afetando milhões de brasileiros, com sérias conseqüências cardiovasculares e déficit cognitivo diurno. O seu tratamento pode ser tanto clínico como cirúrgico, dependendo do exame físico e dos achados polissonográficos. O CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) é o tratamento de escolha para os pacientes sem indicação cirúrgica, com apneia moderada e grave, assim como para pacientes com sonolência excessiva diurna, independentemente da sua gravidade. Inúmeras publicações podem ser encontradas nos últimos anos a respeito da baixa aceitação e adesão ao tratamento com CPAP, mas pouco se encontra em relação à dificuldade de aquisição do aparelho, devido ao seu custo elevado. OBJETIVO: Avaliar o grau de acesso dos pacientes do Ambulatório de Ronco e Apneia do Sono ao uso do CPAP. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo no Ambulatório de Ronco e Apneia do Sono, sendo critério de inclusão todos os pacientes para os quais foi indicado CPAP, no ano de 2009. RESULTADOS: Foi indicado CPAP para 17 pacientes, sendo que apenas 2 pacientes (11,1%)  tiveram possibilidade de adquirir o aparelho, enquanto 15 pacientes (88,9%) estão aguardando doação de aparelho ou recorreram a tratamento alternativo. DISCUSSÃO: A taxa de adesão ao CPAP na literatura varia de 30 a 60%.  Os motivos para a baixa adesão são vários, entre eles o incômodo com o uso da máscara, o fato de alguns pacientes não entenderem o objetivo do tratamento, enquanto outros não podem adquiri-lo por questões financeiras. Nos pacientes com nível sócio-econômico mais baixo, que prevalece dentre os pacientes do SUS, além dos limitantes de aceitação e adesão ao tratamento, há um problema mais importante em paralelo: a falta de acesso ao uso por limitação financeira, que foi demonstrado neste estudo. CONCLUSÃO: No Ambulatório de Ronco e Apneia do Sono há muito pouco acesso ao uso do CPAP pelos pacientes, em função da questão financeira. Incentivos governamentais são necessários para reverter este quadro.

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TRABALHO CLÍNICO

P-020

TÍTULO: ACESSOS CIRÚRGICOS ENDOSCÓPICOS PARA NASOANGIOFIBROMA JUVENIL COM INVASÃO INTRACRANIANA

AUTOR(ES): MARIA DANTAS COSTA LIMA GODOY , MARCO AURÉLIO FORNAZIERI, MIGUEL SOARES TEPEDINO, FÁBIO DE REZENDE PINNA, RICHARD LOUIS VOEGELS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Nasoangiofibroma juvenil é uma rara neoplasia da rinofaringe, benigna e extremamente vascularizada, acometendo quase exclusivamente adolescentes do sexo masculino. Excisão cirúrgica é considerada o principal tratamento para o angiofibroma juvenil, mesmo com invasão intracraniana. Tradicionalmente, nasoangiofibroma juvenil tem sido abordado via transpalatal, rinotomia lateral, degloving médio-facial, além do acesso combinado. A maioria dos tumores pode ter remoção completa através do acesso endoscópico, cuja principal vantagem consiste na magnificação da imagem cirúrgica do tumor e das estruturas adjacentes. Entretanto, alguns autores afirmam que lesões com significante extensão posterior às lâminas pterigóides são pobres candidatas ao acesso endoscópico. Deste modo, o tratamento de lesões avançadas com invasão intracraniana permanece um grande desafio.

OBJETIVO: Avaliar o acesso cirúrgico endoscópico ou guiado por endoscopia para os casos de nasoangiofibroma juvenil com invasão intracraniana grau IIIA de Radkowski.

METODOLOGIA: Foram avaliados os pacientes portadores de nasoangiofibroma juvenil com extensão intracraniana grau IIIA de Radkowski, com erosão da base do crânio, porém com mínima extensão intracraniana, submetidos a tratamento cirúrgico endoscópico ou complementado por endoscopia, no período de janeiro de 1996 a maio de 2010, no serviço de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Foi realizado um estudo exploratório, descritivo, transversal, através de análise dos prontuários, com ênfase nas complicações intra e pós-operatórias, taxa de recrudescência e dificuldades técnicas.

RESULTADOS: Num período de 14 anos, 15 pacientes portadores de nasoangiofibroma com extensão intracraniana (grau IIIA de Radkowski) foram submetidos a procedimento cirúrgico endoscópico, com ou sem complementação por via externa. Apenas três destes pacientes apresentaram complicações pós-operatórias, caracterizadas por trombose do seio cavernoso,  ­­­­­diplopia, lesão da lâmina papirácea, fístula oroantral e ptose palpebral. Quatro pacientes apresentaram recidiva tumoral, variando de dez a 36 meses de pós-operatório. Todos os pacientes foram submetidos a embolização pré-cirúrgica, e apenas um paciente apresentou sangramento excessivo durante o procedimento cirúrgico, com necessidade de interrupção do ato operatório.

CONCLUSÃO: Os resultados sugerem demonstram que a técnica cirúrgica endoscópica, complementada ou não por acesso externo, é viável para a remoção de nasoangiofibromas juvenis com invasão intracraniana. Desta forma, em casos selecionados, esta abordagem cirúrgica pode ser realizada com segurança e eficácia.

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TRABALHO CLÍNICO

P-021

TÍTULO: ACHADOS À POSTUROGRAFIA EM PACIENTES COM VPPB

AUTOR(ES): RICARDO SCHAFFELN DORIGUETO , SILVIA ROBERTA GESTEIRA MONTEIRO, MAURÍCIO MALAVASSI GANANÇA, HELOÍSA HELENA CAOVILLA

INSTITUIÇÃO: UNIFESP

A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é a causa mais comum de tonturas entre adultos, caracterizada por episódios súbitos e rápidos de vertigem, náusea e/ou nistagmo à mudança de posição da cabeça. Embora pacientes com VPPB tenham primariamente episódios de vertigem de curta duração, a instabilidade postural e perda de equilíbrio corporal podem estar também associadas entre as crises ou após a realização das manobras de reposicionamento de partículas. A VPPB pode apresentar comprometimento tanto do reflexo vestíbulo-ocular, como do reflexo vestíbulo-espinal,no entanto, na maioria das vezes, a atenção dos especialistas se concentra na queixa de vertigem, e a instabilidade corporal, ataxia e tendência a queda são negligenciados e o paciente não é submetido a uma avaliação do equilíbrio corporal abrangente. OBJETIVO: avaliar o equilíbrio corporal à posturografia do Balance Rehabilitation Unit (BRU?) em pacientes com VPPB. MÉTODO: estudo transversal controlado em 45 pacientes com vertigem posicional  benigna e por um grupo controle homogêneo, constituído de 45 indivíduos hígidos. Os pacientes foram submetidos a uma avaliação otoneurológica incluindo a posturografia do Balance Rehabilitation Unit (BRUTM). RESULTADOS: Os valores médios da área de elipse e da velocidade de oscilação no grupo experimental foram maiores significantemente (p<0,05) do que os do grupo controle em todas as condições avaliadas, com exceção dos valores da velocidade de oscilação na condição em superfície firme e estimulação sacádica, que apresentou tendência à diferença significante (p=0,060).  CONCLUSÃO: a posturografia do Balance Rehabilitation Unit (BRU?) é um método de avaliação do equilíbrio corporal que possibilita a identificação de anormalidades dos valores da velocidade de oscilação e área de elipse em todas as condições sensoriais avaliadas em pacientes com vertigem posicional paroxística benigna.

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TRABALHO CLÍNICO

P-022

TÍTULO: ACHADOS AUDIOLÓGICOS DE INDIVÍDUOS COM HIPERTROFIA ADENOIDEANA

AUTOR(ES): DANIELLE TAVARES OLIVEIRA , DANIELA POLO CAMARGO DA SILVA, ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA, JAIR CORTEZ MONTOVANI

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU

INTRODUÇÃO: A adenóide é uma estrutura localizada na rinofaringe e consiste em uma massa de tecido linfóide, que, juntamentes com as amígdalas, apresenta função imunológica local. Quando a adenóide encontra-se de tamanho aumentado (hipertrofia) ou cronicamente infectada, há perda de sua função imunológica e pode levar a problemas respiratórios, como roncos, apnéia, sinusites de repetição, e auditivos devido à sua proximidade com a tuba auditiva. Com a alteração do mecanismo de ventilação da orelha média, há acúmulo de líquido dentro desta cavidade, com o passar do tempo, torna-se espessado, manifestando-se como otites de repetição, prejudicando, assim a audição do indivíduo. A otite média serosa é a causa mais frequente de deficiência auditiva em crianças em idade escolar, sendo de tratamento medicamentoso ou cirúrgico.

OBJETIVO: Relatar os achados audiológicos em indivíduos com hipertrofia adenoideana do ambulatório de Otorrinolaringologia/Fonoaudiologia da FMB/UNESP.

METODOLOGIA: Todos os indivíduos realizaram avaliação otorrinolaringológica para confirmação da hipertrofia adenoideana e em seguida foram encaminhados para avaliação auditiva por meio da audiometria. A audiometria foi realizada em sala acusticamente tratada, com o audiômetro da marca Amplaid A321 para obtenção dos limiares auditivos e logoaudiometria.

RESULTADOS: Foram avaliados 98 indivíduos, sendo 57 do sexo masculino e 41 do feminino. A idade variou de 3 a 36 anos (média de 8,20). Na avaliação otorrinolaringológica todos apresentavam hipertrofia de adenóide. Na audiometria da orelha direita, 82% apresentaram limiares dentro da normalidade, 16% apresentaram hipoacusia de grau leve e 2% moderada, na orelha esquerda, 86% foi normal, 13% leve e 1% moderada. Quanto ao tipo, na orelha direita, 16% foram condutiva e 2% mista, na orelha esquerda 13% foi condutiva e 1% mista.

CONCLUSÃO: A hipertrofia adenoideana causa várias consequências respiratórias e auditivas se não tratada adequadamente. Em nosso estudo a maioria apresentou acuidade auditiva normal e quando alterada o grau leve do tipo condutiva foi a mais comum, assim como o acomentimento bilateral.

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TRABALHO CLÍNICO

P-023

TÍTULO: ACHADOS NA VECTOELETRONISTAGMOGRAFIA EM CRIANÇAS

AUTOR(ES): RICARDO SIMAS RAMOS , OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, KLEBER PIMENTEL, ANA CAROLINA OLIVEIRA MENDONÇA, MANUELLA SILVA MARTINS, LÍLIAN LACERDA LEAL, TIALA BRANDÃO

INSTITUIÇÃO: INOOA- INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA / OTORRINOS ASSOCIADOS EM SALVADOR ? BAHIA

INTRODUÇÃO:  A tontura é um sintoma de alteração do equilíbrio corporal que surge quando ocorre conflito das informações vestibulares, visuais e proprioceptivas. A disfunção vestibular na infãncia costuma afetar a habilidade de comunicação, o estado psicológico e o desempenho escolar. A identificação das vestibulopatias na infância é muito complexa devido a inconsistência e inespecificidade das queixas. Novos estudos relacionados à avaliação vectonistagmográfica foram recentemente introduzidos na prática clínica, ampliando o diagnóstica em otoneurologia.

OBJETIVO: Descrever os achados da vectoeletronistagmografia em crianças.

METODOLOGIA: Estudo descritivo. Foram avaliadas 18vectoeletronistagmografia realizadas neste serviço com crianças de idade entre 0 a 14 anos, com queixas vestibulares. Inicialmente foi solicitado aos pais orientar as crianças sobre dieta e não uso de alguns medicamentos 72 horas antes do exame, que possam interferir no resultado. São colocados eletrodos perto dos olhos, analisando a variação do potencial córneo-retinal, na qual foi observado o nistagmo. O aparelho utilizado no estudo foi Contronic SCE, com software específico SVC versão 5.0, uma barra luminosa para os estímulos visuais, um

otocalorímetro Berger OC114 a água para a realização da prova calórica e uma cadeira pendular.

RESULTADOS: Foram avaliados 18 pacientes entre 8 a14 anos de idade, sendo 8 do sexo masculino (44,4%) e 10 do sexo feminino (55,6%). No rastreio pendular 7 pacientes (38,9%) apresentaram rasteio pendular do tipo I; 9 (50%) do tipo II e 2 pacientes (11,1%) do tipo III. Todos os pacientes cursaram com PRPD e optocinético simétricos e não apresentaram nistagmo espontâneo e semi espontâneo durante a realização do exame. Na prova calórica 6 (33,3%) pacientes apresentaram resposta normal, 5 (27,8) deficitárias; todas para esquerda e 7 (38,9%) irritativas.

DISCUSSÃO: Foram revisados 18 prontuários de crianças que compareceram ao serviço para realização da vectoeletronistagmografia. O resultado deste estudo apresentou 18 indivíduos, sendo que 8 do sexo masculino (44,4%) e

10 indivíduos do sexo feminino (55,6%) . Os dados apresentados mostraram concordância com a literatura e conclui-se que não há diferença significativa entre os sexos e as diferentes idades avaliadas. Dos exames avaliados, 3 indivíduos (16,7%) apresentaram exame vestibular normal e 15 indivíduos (83,6%) apresentaram exame vestibular alterado. Na prova calórica 5 indivíduos, apresentaram alteração vestibular do tipo deficitária e 6 indivíduos do tipo irritativa, na literaturaencontramos dados afirmando maior prevalência das síndromes irritativas. As síndromes vestibulares deficitárias apresentam valores próximos entres as orelhas, dado não condizente com nossos achados, que mostraram maior prevalência na orelha direita.

CONCLUSÃO:Existem poucos dados na literatura sobre a avaliação do sistema vestibular de crianças através da vectoeletronistagmografia. Estudos sobre o assunto ainda se fazem necessários.

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TRABALHO CLÍNICO

P-024

TÍTULO: ACHADOS OTONEUROLÓGICOS EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE ALÇA VASCULAR DE VIII PAR CRANIANO NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

AUTOR(ES): FRANCISCO LUIZ BUSATO GROCOSKE , MARIA THERESA COSTA RAMOS DE OLIVEIRA, RITA DE CASSIA C.G. MENDES, HELOISA NARDI KOERNER, MARCOS MOCELLIN

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

INTRODUÇÃO: A compressão vascular do VIII par craniano por alças vasculares e o estabelecimento de uma correlação estatisticamente relevante entre a compressão e os sintomas vêm sido estudada por diversos autores. As teorias fisiopatológicas baseiam-se em um tema comum, um vaso redundante aderindo ao nervo causando excitação crônica ectópica, traduzida clinicamente por: zumbido, principalmente pulsátil, hipoacusia, vertigem, audiometria e PEATE alterados. Estas teorias são corroboradas pela melhora clínica com medicação anti-neurálgica e/ou cirurgia de interposição vaso/nervo. Porém esta correlação ainda não foi comprovada estatisticamente, visto que até 1/3 dos indivíduos normais possuem a alça vascular mas não os sintomas, muitos pacientes com as queixas acima não a possuem, e os sintomas não são específicos. Assim, a correlação entre a alça e o quadro clínico continua a ser questionada.

OBJETIVO: Analisar e correlacionar os sinais e sintomas otoneurológicos e os achados audiológicos em indivíduos com alça vascular (AV) de VIII par demonstrado por imagens de ressonância magnética (RM).

METODOLOGIA: Foram analisados 47 pacientes atendidos no ambulatório de Otoneurologia do Hospital de Clínicas da UFPR. Todos os pacientes possuíam exames de RM com imagens compatíveis com AV de VIII par craniano e tinham queixas otoneurológicas. Procedeu-se ao tratamento estatístico dos dados coletados, elaboração de tabelas e gráficos para o estudo de freqüências das variáveis isoladamente, bem como tabelas de dupla entrada para análise de significância da variável ?alça vascular? por ?zumbido?, ?hipoacusia?, ?audiometria? e ?peate?, utilizando-se os testes de qui-quadrado e Fisher, com nível de significância p<0,05.

RESULTADOS: Os pacientes tinham idade média de 56,1 anos, distribuídos equilibradamente entre os sexos. O zumbido foi o sintoma mais freqüente, em 83% dos pacientes, seguido de hipoacusia (60%) e vertigem (36%). A audiometria apresentava alterações em 89%, o PEATE em 33% e o VENG em 17% dos pacientes. Em relação ao zumbido, 8% dos pacientes tinham tanto sintoma como a AV correspondente à direita, 11% à esquerda e 23% bilateralmente. Não foi encontrada relação estatisticamente significante entre o zumbido e a presença de AV na RM, nem mesmo nos casos de zumbido pulsátil. Já na hipoacusia, 10% dos pacientes tinham queixa e AV do mesmo lado à direita, 2% à esquerda e 19% bilateralmente. Também não foi encontrada relação estatisticamente significante entre hipoacusia e a presença de AV na RM. Somente 36% dos pacientes tinham queixas de vertigem, o principal sintoma descrito nos primeiros estudos e na teoria da compressão vascular do VIII par. Tanto na Audiometria quanto no PEATE não foi encontrada relação estatisticamente significante entre o exame e a presença de AV na RM

CONCLUSÃO: Observamos que tanto no zumbido quanto na hipoacusia não há significância estatística entre o sintoma e à presença de AV na RM. Esta independência manteve-se na análise dos exames audiológicos (Audiometria e PEATE), sugerindo não haver relação direta entre o achado da AV na RM e o quadro clínico otoneurológico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-025

TÍTULO: ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO POR ÊMBOLO SÉPTICO PÓS MASTOIDITE EM CRIANÇA

AUTOR(ES): FERNANDO ANTONIO CRUZ , KARINA RINALDO, FABÍOLA PADOVAN, BRUNA BREDER, VIRGÍNIA APARECIDA GEOMETI SERRANO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL INFANTIL CÂNDIDO FONTOURA

Introdução

Mastoidite é uma complicação de otite média aguda ou crônica que raramente pode   embolizar. Nestes casos, se o êmbolo atingir o SNC pode levar a um quadro isquêmico, conhecido como Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVCi)

Caso Clínico

P.H.M.A.S, masculino, 2a 10m,  natural e proveniente de SP, mulato, chegou ao Pronto Socorro do HICF com otalgia esquerda há 20 dias, com piora do quadro há cinco dias. Evoluiu com  edema retroauricular  a esquerda, piora da dor e febre aferida 38,3 C há 4 dias.

Ao exame físico de internação, no pronto atendimento de pediatria do HICF, apresentava hiperemia retro-auricular à esquerda, com protrusão do pavilhão auricular esquerdo sem sinais de flutuação nos tecidos moles A otoscopia mostrava membranas timpânicas íntegras, opacificadas sem abaulamentos .. Apresentava exame neurológico normal. Formulado  hipótese diagnóstica  de mastoidite aguda.

Foi internado e introduzido ceftriaxone EV , mais corticóide EV. Após 1 dia de tratamento, apesar da melhora dos sinais flogisticos da mastoidite, evoluiu com hemiplegia à direita e paralisia facial central total à direita com desvio de rima  para esquerda,em regular estado geral, orientado e consciente.  Realizado TC de crânio que evidenciou lesão inflamatória com quebra de barreira e hiperdensidade discreta em região  de cápsula interna à esquerda, sem sinais de tromboflebite do seio lateral. A tomografia de mastóide  evidenciou velamento de mastóides  bilateralmente, mais evidente à esquerda, ausência de otite média crônica por colesteatoma e sem  sinais de abcesso cerebral. A RNM de encéfalo mostrou lesão isquêmica aguda na projeção do braço posterior de cápsula interna esquerda com discreta impregnação em sua porção central pelo agente paramagnético, que face a história clínica sugeriu a possibilidade de êmbolo séptico.

Com a suspeita de embolo séptico foi  acrescentado vancomicina EV.  O tratamento cirúrgico  não foi indicado ,  devido a evolução favorável  dos  sinais  inflamatórios da mastóide, e da ausência de abcesso cerebral ou de tromboflebite do seio sigmóide. A   evolução foi   ótima, a criança teve alta após 30 dias, com resolução total da  paralisia facial central, otoscopia normal bilateralmente, avaliação audiológica normal, tomografia de mastóides  de controle sem alterações, RNM  de  encéfalo com lesão residual, deambulando,  com discreto déficit  motor em membro superior direito.

DISCUSSÃO

A Incidência de hemiplegia secundária a AVC  em crianças varia de 1 a 3 casos por 100.000 ao ano. As causas infecciosas representam pelo menos 1/3 dos casos de AVCi na infância. Mesmo com a antibioticoterapia atual,  uma infecção por Pneumococo, pode trazer complicações como mastoidite e AVCi. 

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P-026

TÍTULO: ACOMETIMENTO NASOSSINUSAL EXTENSO NA GRANULOMATOSE DE WEGENER

AUTOR(ES): ISAMARA SIMAS DE OLIVEIRA , LEANDRO FARIAS EVANGELISTA, LÍGIA OLIVEIRA GONÇALVES, CÁTIA RODRIGUES DOMINGOS, FERNANDA MARQUES DE MELO, FERNANDA VIDIGAL VILELA LIMA, ROBERTO EUSTÁQUIO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG

INTRODUÇÃO: Granulomatose de Wegener (GW) é uma condição sistêmica, mediada imunologicamente. Trata-se de uma granulomatose necrosante do trato respiratório superior e inferior, com acometimento renal. Caracteriza-se por vasculite granulomatosa necrosante e inflamação extravascular. Associa-se à presença de anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos (ANCA). Acomete, principalmente, brancos, sem predominância por gênero, por volta de 40 anos. Sua prevalência é de 3 por 100.000. Anormalidades de vias aéreas superiores estão frequentemente presentes à apresentação. Em cerca de 30% dos casos o nariz é o único local comprometido

RELATO DE CASO: A.G.S.C., 56 anos, feminina, branca, procedente de Belo Horizonte, com quadro pulmonar crônico, caracterizado por tosse produtiva, com escarros purulentos e hemoptóicos, dispnéia, anorexia e perda de peso. Apresentava cefaléia frontal, associada a rinorréia purulenta e epistaxe há mais de 6 meses. Histórico de HAS, DM II, artrite reumatóide e esclerite necrosante em olho direito, em uso de prednisona 10mg/dia. Uso prévio de azatioprina e ciclofosfamida pela condição reumatológica. Ao exame observava-se grande quantidade de crostas em cavidade nasal, impedindo realização de nasofibroscopia..TC de seios paranasais evidenciou velamento de seios maxilares, esfenoidais e etmoidal, com áreas de descontinuidade óssea. Positividade para cANCA. Paciente evoluiu com anemia, plaquetopenia e distúrbios ácido-básico e hidroeletrolíticos, optando-se por intervenção cirúrgica após estabilidade clínica. Realizado desbridamento endoscópico de fossas nasais e seios paranasais. Observou-se destruição quase completa de septo nasal, seios etmoidais e maxilares, coanas e teto da cavidade nasal, com presença de grande quantidade de tecido necrótico e extensa lesão mucosa e óssea em ambas as fossas nasais, subvertendo toda a anatomia nasossinusal. O estudo anatomopatológico evidenciou granulomatose necrotizante e vasculite, corroborando para o diagnóstico de GW. A paciente recebeu alta hospitalar em bom estado geral e é mantida em acompanhamento ambulatorial.

DISCUSSÃO: O envolvimento nasossinusal é de grande importância na GW. Friabilidade da mucosa nasal, rinorréia purulenta, epistaxe e congestão nasal são sinais e sintomas sugestivos. Por vezes torna-se difícil a diferenciação de vasculite ativa e sinusopatia de origem infecciosa. Comumente, pacientes não apresentam envolvimento pulmonar ou renal à apresentação inicial. cANCA pode ser negativo em uma porcentagem dos pacientes, o que reforça a necessidade de pesquisa em casos de episódios de sinusite graves, atípicos ou persistentes.

CONCLUSÃO: É reconhecido um subtipo distinto de doença localizada, com ANCA positivo e histologia compatível, sem acometimento renal ou pulmonar, o que realça a predileção da GW pelas vias aéreas superiores e ressalta a importância da suspeição clínica e confirmação sorológica para diagnóstico e tratamento precoces

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P-027

TÍTULO: ADENOCARCINOMA SINONASAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MANUELLA SILVA MARTINS , PABLO PINILLOS MARAMBAIA, OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, AMAURY DE MACHADO GOMES, PATRÍCIA PANTOJA BRANDÃO, ANA CAROLINA OLIVEIRA MENDONÇA, LÍLIAN LACERDA LEAL

INSTITUIÇÃO: INSTITUIÇÃO: INOOA-INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DOS OTORRINOS ASSOCIADOS

INTRODUÇÃO: Adenocarcinoma sinonasal (ACNS) é uma patologia rara com incidência menor que 1:100000 habitantes, compreendendo 4% de todas neoplasias primárias da cavidade nasal e seios paranasais. Os principais sintomas são obstrução nasal e epistaxe, com prevalência maior no sexo masculino. Marceneiros são indivíduos mais expostos, devido à inalação do pó da madeira. Casos esporádicos, não relacionados a fatores ambientais, têm maior incidência no sexo feminino com acometimento do antro maxilar. O tratamento padrão-ouro é ressecção cirúrgica com margens livres associada à radioterapia.

OBJETIVO: um caso de ACSN do tipo intestinal em paciente do sexo feminino.

RELATO DE CASO: MPFS, 55 anos, feminino procurou serviço de ORL com relato de obstrução nasal há 01 ano associada a epistaxe em fossa nasal esquerda, cefaléia frontal e hiposmia. Nega exposição a pó de madeira. Realizada nasofibroscopia que evidenciou, em fossa nasal esquerda, lesão de aspecto polipóide mal definida entre o septo e corneto médio não podendo ser dissociada da concha superior. Na tomografia computadorizada de seios paranasais sem contraste evidenciou imagem de densidade de partes moles em topografia de seio etmóide sem sinais de erosão óssea. Submetida a cirurgia endoscópica nasal para biópsia da lesão. Paciente evoluiu sem intercorrências no pós-operatório e resultado da anatomia patológica demonstrou ACSN do tipo intestinal, moderadamente diferenciado com marcadores CK 7, CK20 e CDX2 positivos. Encaminhada para oncologista que não constatou tumor em outra localização. Nova abordagem cirúrgica foi realizada para ressecção da lesão e submetida à radioterapia.

DISCUSSÃO: O caso apresentado relata acometimento do seio etmoidal em paciente do sexo feminino sem história de exposição a fatores ambientais. O ACNS apresenta prevalência aumentada em pacientes expostos ao pó de madeira, associação presente em 85% dos casos. Acomete principalmente seio etmoidal em 40%, seguido dos envolvimentos da cavidade nasal em 25%, e antro maxilar em 20%. O diagnóstico deve ser suspeitado através da história clínica e complementado por exames de imagem: tomografia computadorizada para observar invasão óssea e ressonância nuclear magnética para distinguir envolvimento de tecidos de densidades de partes moles de material de retenção sinusal. A confirmação do diagnóstico ocorre após resultado da anatomia patológica. No caso do ACSN a pesquisa dos marcadores imuno-histoquímicos são imprescindíveis para localizar sítio primário da neoplasia. O adenocarcinoma sinonasal do tipo intestinal é localmente agressivo e a maioria dos pacientes apresenta, no diagnóstico, doença avançada com extensão para esfenóide, órbita, antro maxilar e cérebro. O tratamento padrão-ouro é cirurgia associada à radioterapia.

CONCLUSÃO: O ACSN é um tumor raro. Deve fazer parte do diagnóstico diferencial em pacientes com relato de epistaxe e obstrução nasal com epidemiologia positiva e mais raramente nos pacientes não expostos à fatores ambientais.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-028

TÍTULO: ADENOMA PLEOMÓRFICO DE PALATO

AUTOR(ES): EUSTÁQUIO NUNES NEVES , VALÉRIA DE PAULA BARTELS, RENATA ANTUNES DE CARVALHO, AMANDA CRISTINA FERREIRA, DANIEL PAINS NOGUEIRA, FERNANDO CASTRO DE PAULA

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINO BH

INTRODUÇÃO: O adenoma pleomórfico ou Tumor misto correspondem a aproximadamente 80% dos tumores benignos que invariavelmente acometem as glândulas salivares maiores, principalmente as parótidas. Quando nos deparamos com neoplasia de origem glandular acometendo áreas de distribuição das glândulas salivares menores na cavidade oral, devemos sempre estar atentos à possibilidade de malignidade. 

OBJETIVO: Apresentação de caso clínico de adenoma pleomórfico de palato removido cirurgicamente.

METODOLOGIA: Utilização de técnica cirúrgica convencional para remoção de neoplasia palatina, porém com uso de placa obturadora no pós-operatório imediato, possibilitando cicatrização da ferida por segunda intenção. Realizado PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina) antes da cirurgia para elucidação diagnóstica e melhor programação cirúrgica.

RESULTADOS: Neoplasia palatina de caráter benigno, removida com margens cirúrgicas adequadas e completo fechamento da ferida operatória por segunda intenção dentro de um período de trinta dias.  

CONCLUSÃO: As neoplasias de glândulas salivares menores que envolvem os vários sítios da cavidade oral devem, sempre que possível, ser submetidas à PAAF previamente para que possamos programar adequadamente nosso ato cirúrgico a cada situação em particular. Quando levamos em consideração que, em média, 80% dessas patologias têm comportamento maligno, devemos permanecer alertas quanto às mesmas. A utilização da placa obturadora palatina protege a ferida favorecendo a cicatrização por segunda intenção, e ao mesmo tempo, propicia ao paciente maior conforto quanto alimentação oral, deglutição, fonação e minimização da dor no pós-operatório imediato. Deve haver uma integração total entre cirurgião e odontólogo para favorecimento do paciente. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-029

TÍTULO: ADENOMA PLEOMÓRFICO DE SEPTO NASAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MILENA MAGALHÃES DE SOUSA , OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, PABLO PINILLOS MARAMBAIA, AMAURY DE MACHADO GOMES, ANA CAROLINA OLIVEIRA MENDONÇA, PATRÍCIA BRANDÃO PANTOJA, LÍLIAN LACERDA LEAL

INSTITUIÇÃO: INOOA(INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA OTORRINOS ASSOCIADOS)

INTRODUÇÃO: O adenoma pleomórfico é o tumor benigno glandular mais comum originado na cabeça e pescoço. Ocorre comumente nas glândulas salivares maiores e raramente na cavidade nasal. Alguns autores acreditam ser originado de restos embriológicos persistentes do órgão vomeronasal, outros que são provenientes de células aberrantes no epitélio de revestimento do septo ou ainda secundário de tecido glandular salivar ectópico. Estudos recentes, tem sugerido que o vírus Epstein-barr esteja relacionado com a patogênese dessa lesão.

OBJETIVO: Relato de um caso de adenoma pleomórfico de septo nasal.

RELATO DE CASO: ATJ, 71 anos, sexo masculino, procedente de Salvador, procurou atendimento no serviço de otorrinolaringologia com relato de episódios de sangramento em fossa nasal direita há 1 ano, de pequena quantidade, que melhorava com tampão nasal. Negava dor e história de trauma nasal. Ao exame físico, observou-se à rinoscopia anterior, lesão de aspecto irregular no vestíbulo nasal direito aparentemente inserida na região anterior de septo nasal. O paciente foi submetido a rinotomia lateral para exérese da lesão nasal sob anestesia geral. O estudo histopatológico revelou tratar-se de adenoma pleomórfico com fotomicrografia mostrando tecido escamoso estratificado e células epiteliais formando ácinos em estroma mixóide. O paciente teve evolução satisfatória sem evidências de recidiva da lesão.

DISCUSSÃO: Foi relatado um caso de adenoma pleomórfico de septo nasal, uma localização rara dessa doença, cuja apresentação clínica foi de epistaxe de repetição. O sintoma de obstrução nasal ocorre em cerca de 75% dos pacientes. Menos comumente os pacientes podem apresentar epistaxe e corrimento nasal intermitente. A maioria dos adenomas pleomórficos intranasais ocorre entre a terceira e sexta décadas de vida, e são vistos mais freqüentemente em indivíduos do sexo feminino. O paciente do caso apresentado é do sexo masculino e se encontrava na sétima década de vida, tornando os dados relatados na história  ainda mais incomuns. O diagnóstico diferencial deve ser feito em crianças, com cisto dermóide, encefaloceles e gliomas nasais; em adolescentes   descartar a hipótese de angiofibroma juvenil; e em adultos, com papiloma invertido, plasmocitoma, oncocitoma, histiocitoma fibroso, estesioneuroblastoma, tumores neuroendócrinos e tumores benignos de glândulas salivares menores. O tratamento é cirúrgico, conservador ou radical, dependendo das características evolutivas do tumor. A recidiva dos adenomas pleomórficos é maior naqueles componentes em cuja análise histológica se detecta maior conteúdo mixóide, o qual, ao contrário do que decorre nas neoplasias de glândulas principais, é raro na localização nasal.

CONCLUSÃO: Após afastar outras etiologias mais prevalentes de patologias da cavidade nasal, o adenoma pleomórfico de septo nasal pode fazer parte do diagnóstico diferencial nos pacientes que apresentarem  lesões nasais associadas a epistaxe e obstrução nasal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-030

TÍTULO: ADENOMA PLEOMÓRFICO EM CAVUM: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ALYSON PATRÍCIO DE MELO , ANDERSON PATRÍCIO MELO, RUBIANA FERREIRA SOUSA, ERNANI PIRES VERSIANI, RODRIGO MARTINS RAGOGNETE, CHENG T-PING, CAMILA JEBER GARCIA

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE MINAS GERAIS

Os tumores nasais são divididos em duas categorias: a primeira é representada pelas neoplasias de origem neural como gliomas, meningiomas, neuroblastomas olfatórios e neurilenomas; e, na segunda categoria, de origem não neural, encontram-se os adenomas pleomórficos, osteocondromas, condrossarcomas, leiomiossarcomas, hemangiopericitomas císticos, carcinomas adenóides e oncocitomas1,6.

O adenoma pleomórfico é o tumor de glândula salivar mais comum e corresponde a 81% de todos os tumores epiteliais benignos.2e4 São geralmente massas indolores e de crescimento lento.2  

A maioria dos adenomas pleomórfico intranasais ocorrem entre a terceira e sexta décadas de vida e são vistos com maior freqüência em mulheres.5 O tumor pode desenvolver-se em qualquer localização onde o tecido glandular esteja presente.3

Os autores descrevem o caso de uma paciente de 59 anos, sexo feminino que procurou o serviço com queixa de respiração bucal, roncos noturnos e tosse há aproximadamente cinco anos.

A tomográfica computadorizada evidenciou uma massa de partes moles com calcificação central ocupando a porção póstero-lateral direito do nasofaringe, com envolvimento do recesso faríngeo e músculos da deglutição locais. A massa tocava a porção mais posterior do septo nasal, invadindo a cavidade nasal à direita.

Foi submetida a extirpação da tumoração localizada no cavum e o exame histopatológico concluiu tumor misto de glândula salivar(adenoma pleomórfico) em mucosa respiratória.

 Destacam-se a localização extremamente rara deste tipo de tumor e o sucesso da cirurgia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-031

TÍTULO: AGLOSSIA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): JOÃO TIAGO SILVA MONTEIRO , FLÁVIO BERTONCELLO, DIEGO DE OLIVEIRA LIMA, MARCO ANTÔNIO FERRAZ DE BARROS BAPTISTA, RENATA DUTRA DE MORICZS, MAURICIO TERCI DE ABREU, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: A aglossia é uma anomalia rara, causada por falha no desenvolvimento embrionário das saliências laterais da língua e do tubérculo ímpar entre a quarta e a nona semana de vida intra-uterina. A maioria dos casos aglossia e hipoglossia descritos na literatura estão associados a deformidades músculo-esqueléticas, oromandibulares e diversas síndromes, como Síndrome de Möebius, Pierre Robin e Hanhart.

OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente que apresenta aglossia congênita completa e apresentar revisão de literatura acerca do caso.

RELATO DE CASO E DISCUSSÃO: O relato trata da paciente MSJ, sexo feminino, sete anos, estudante. Apresenta total ausência de língua, somado a um palato atrésico, mandíbula hipoplásica, agenesia de incisivos inferiores e incisivos laterais superiores. O paciente estuda na segunda série do ensino fundamental, faz tratamento otorrinolaringológico, fonoaudiológico e psicológico e atualmente tem fala compreensível. Sua deglutição sofreu uma adaptação, podendo ser considerada normal, e há percepção gustativa dos alimentos. Outras anomalias, disfunções e síndromes foram descartadas através de avaliação clínica e complementar. Apresenta desenvolvimento neuropsicomotor compatível com a idade e devido ao tratamento recebido desde nascimento está socialmente adaptada.

CONCLUSÃO: Em função do exposto, concluímos se tratar de um caso pouco referido na literatura que envolve planejamento terapêutico infreqüente e multiprofissional. É ressaltada a necessidade de estrutura adequada à reabilitação completa do paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-032

TÍTULO: ALÇA VASCULAR NO INTERIOR DO CONDUTO AUDITIVO INTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE HIPOACUSIA SENSORIONEURAL E ZUMBIDO UNILATERAIS: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE TRÊS CASOS.

AUTOR(ES): PRISCILA SEQUEIRA DIAS , FELIPE DE OLIVEIRA FIGUEIREDO, MÔNICA MAJESKI DOS SANTOS MACHADO, FERNANDO SÉRGIO DE MELLO PORTINHO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Introdução

Hipoacusia sensorioneural e zumbido apresentam diversas etiologias possíveis: schwannoma, hemangioma, tumor glômico. Muitas vezes podemos observar em um exame de imagem a presença de um vaso, na maioria das vezes a artéria cerebelar ântero-inferior (AICA), insinuando-se no conduto auditivo interno (CAI) e entrando em contato com o nervo vestibulococlear. Há muitos anos questiona-se se essa variação anatômica pode ser realmente vista como causa dos sintomas acima citados.

Objetivo

O presente trabalho tem como objetivo discutir se a alça vascular deve ser considerada um diagnóstico diferencial entre as causas de perda auditiva sensorioneural e tinnitus. São relatados 3 casos de pacientes com este quadro clinico onde a presença de alça vascular foi a única alteração encontrada que o justificasse. Realizamos ainda uma revisão de literatura acerca do tema, analisando a experiência mundial em relação a este diagnóstico.

Metodologia

São relatados os casos de 3 pacientes entre 44-70 anos, sendo 2 homens e 1 mulher. Todos queixavam-se de zumbido unilateral, sendo um deles com constantes variações em seu pitch, apresentando significativa assimetria interaural na condução sonora pela via óssea. Além da audiometria tonal e vocal com imitanciometria, foram solicitados ainda exames laboratoriais, Vectoeletronistagmografia, Potenciais Evocados Auditivos do Tronco Encefálico (PEATE), Tomografia Computadorizada (TC) de Mastóides e Ressonância Nuclear Magnética (RNM) de ângulo ponto cerebelar para a investigação do quadro.

Resultados

Todos os pacientes relatados exibiam à RNM alças vasculares tipos II ou III da classificação de Chavda insinuando-se para o interior do CAI, ipsilateralmente às queixas. Adicionalmente, evidenciou-se ao PEATE latência absoluta de onda V apresentando diferença interaural aumentada, variando de 0,8ms a 1,16ms. Os demais exames encontravam-se normais.

Após análise das diversas opções cirúrgicas, e de suas respectivas faltas de evidências quanto à eficácia, optou-se pela tentativa de controle ambulatorial, as quais estão em andamento.

Conclusão

Na literatura observamos que este tema é dado como algo controverso em artigos mais antigos, que utilizavam em suas análises RNM Spin Echo, com cortes de 3,0mm, porém em publicações mais recentes, ao utilizarem RNM 3D FT-CISS, com slices inferiores a 1,0mm, vemos que inicia-se um caminho para chegar a um consenso.

 Com este avanço tecnológico na área da imaginologia temos visto diversos autores realizando estudos analíticos com associação estatisticamente significativa entre tais alças vasculares e zumbidos unilaterais. Tal associação intensifica-se ainda mais quando agregamos a este sintoma uma diferença interaural na via óssea maior ou igual a 20dB em uma frequência ou a 10db em duas ou mais.

A extensão da alça vascular dentro do CAI e um padrão audiométrico sensorioneural assimétrico podem ser importantes indícios a considerar. Dada a enorme possibilidade de outras doenças retrococleares, um exame de imagem de qualidade é de vital importância para o diagnóstico diferencial.

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TRABALHO CLÍNICO

P-033

TÍTULO: ALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E CEFALOMÉTRICA EM CRIANÇAS SUBMETIDAS À SEPTOPLASTIA METZENBAUM

AUTOR(ES): DENISE BARREIRO COSTA , ALINE PIRES BARBOSA, MATHEUS DE SOUZA CAMPOS, ODAIR ADELINO JUNIOR, EDWIN TAMASHIRO, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO, USP

INTRODUÇÃO: O tratamento cirúrgico da deformidade septal obstrutiva na infância é um assunto controverso na literatura mundial.  Devido à importância da respiração nasal para o desenvolvimento do terço médio da face, a preocupação com a correção cirúrgica de deformidades do septo nasal tem ganhado adesões nos últimos anos.

As deformidades relacionadas ao septo caudal são causa importante de obstrução nasal na criança. Questionamentos sobre o impacto da septoplastia no nariz em crescimento são freqüentes e trabalhos experimentais em modelo animal têm mostrado diferentes efeitos no crescimento nasal.

Apesar dos estudos longitudinais já realizados em humanos não demonstrarem retardo no crescimento do terço médio facial, poucos utilizaram medidas objetivas da face ou avaliaram os pacientes após a conclusão do crescimento facial .

OBJETIVO: Avaliar se houve alteração no crescimento da face e do nariz em crianças submetidas à septoplastia (técnica de Metzenbaum), no período de 2000 a 2008.

METODOLOGIA: Foram avaliados pacientes submetidos a septoplastia Metzenbaum, com idades entre 10 a 14 anos no momento da cirurgia, e com pelo menos 16 anos no momento da avaliação. A avaliação consistiu de 3 fases: uma entrevista, durante a qual eram questionados sobre a satisfação da estética nasal e patência nasal; a obtenção de medidas antropométricas da face ; e a realização de  uma cefalometria.

RESULTADOS: A avaliação antropométrica demonstrou que a maior parte dos pacientes apresentaram as medidas lineares da face dentro dos parâmetros da variação de normalidade: altura nasal (81,25%), comprimento do dorso nasal (81,25%), protrusão da ponta nasal (87%), largura nasal (87,5%) e comprimento da columela (93%). Na maioria dos casos essas medidas também foram consideradas como ótimas, isto é, dentro do intervalo de ± 1 DP da média. O resultado para o índice facial, medida que avalia a proporção entre a largura e o comprimento da face, também apresentou resultado semelhante.

A cefalométria apresentou os seguintes resutados: medidas lineares dentro da normalidade na maior parte dos casos; protrusão do terço médio (87,5%) e comprimento palatal (87,5%). A avaliação angular da protrusão do terço médio também evidenciou a normalidade na maior parte dos casos (87,5%). Metade dos valores cefalométricos foi avaliada como sendo ótima.

CONCLUSÃO: A correção cirúrgica dos desvios septais caudais pela técnica de Metzembaum parece ser uma técnica segura, sem repercussões significantes sobre o crescimento facial de adolescentes, desde que haja preservação do mucopericôndrio e das áreas de crescimento. Estudos prospectivos maiores e que utilizem de parâmetros objetivos ainda são necessários para ampliarmos a relevância dos estudos retrospectivos realizados até o presente momento. Só assim sabermos a real interferência das cirurgias nasais sobre o crescimento facial e também a idade mínima para a realização de tais procedimentos cirúrgicos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-034

TÍTULO: ALTERAÇÕES DAS CURVAS GLICOINSULINÊMICAS EM INDIVIDUOS COM QUEIXAS OTONEUROLÓGICAS : ANÁLISE DE 275 CASOS

AUTOR(ES): ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES , MÁRIO SÉRGIO LEI MUNHOZ, CÍCERO ALVES FERREIRA JUNIOR, MARIA LAURA SOLFERINI SILVA, RICARDO RODRIGUES CAVALCANTE, HELLEN YUMI YAMAGUTI, PATRICK RADEMAKER BURKE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO ? ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

INTRODUÇÃO: O ouvido interno e um orgão muito sensível a alterações do metabolismo. Diversas condições metabólicas afetam sobremaneira o funcionamento do ouvido interno, mas na grande maioria dos casos a etiologia e decorrente de distúrbios do metabolismo de carboidratos.MATERIAL E METODO: foram avaliadas 275 curvas glicemicas e insulinemicas de 5 horas.As curvas foram analisadas conforme os critérios definidos pelo Comite Internacional de Diabetes. Foram analisadas a presença de alterações nos valores normais e em quais momentos essas alterações apareciam(ate os 180 minutos ou após esse período). Foram analisadas também se as alterações estavam mais presentes nas curvas glicemicas e/ou insulinemicas. RESULTADOS: níveis glicêmico e insulinêmicos evidenciou que no jejum, 15,8% das glicemias estavam elevadas.Não houve alterações quanto a insulina neste momento.Até a segunda hora, a curva glicêmica apresentou 67,4% das alterações, enquanto a curva glicoinsulinêmica,77,0%. Até a terceira hora,a curva glicêmica apresentou 73,2% de alterações,enquanto a curva glicoinsulinêmica,81,3%.Até a quarta hora,a curva glicêmica apresentou 79,6% de alterações,enquanto a curva glicoinsulinêmica 88,9%. As curvas glicêmicas e glicoinsulinêmicas de três, quatro e cinco horas apresentaram maior prevalência de casos alterados, com diferenças estatisticamente significante que a glicemia de jejum.As curvas glicoinsulinêmicas de três e cinco horas demonstraram maior percentual de casos alterados, com diferença estatisticamente significante que a curva glicêmica de duas horas.DISCUSSÃO:as alterações do metabolismo dos carboidratos, como a hipoglicemia e a hiperglicemia, assim como alterações da insulina, representam uma das causas mais frequentes dos distúrbios do equilíbrio.CONCLUSÕES: A análise da curva glicoinsulinêmica de 5 horas evidenciou que 85% dos pacientes com tontura e hipótese de disfunção vestibular periférica apresentaram alterações do metabolismo da glicose ou insulina.  O maior número de alterações foi encontrado até a quarta hora da curva glicoinsulinêmica e as curvas glicêmicas e insulinêmicas em conjunto superam a curva glicêmica isolada e glicemia de jejum quanto a prevalência de casos alterados.

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TRABALHO CLÍNICO

P-035

TÍTULO: ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE ESTUDOS DA VOZ E AUDIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

AUTOR(ES): RACHEL SCHLINDWEIN-ZANINI , MARIA MADALENA C. PINHEIRO, WALDIR CARREIRÃO FILHO, FÁBIO D. ZANINI, FRANCINE FREIBERGER, TATIANA BOLLMANN PERERA, LUCIANA CARDOSO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

INTRODUÇÃO: Com o avanço da tecnologia, o uso de próteses auditivas passou a minimizar as alterações na comunicação e na integração social, repercutindo nos distúrbios psicológicos apresentados pelos indivíduos portadores de perda auditiva. O Sistema Único de Saúde, atualmente, atende as necessidades destes indivíduos, pois a maior parte dos serviços públicos do Brasil são credenciados ao Ministério da Saúde para atender segundo os pressupostos da Portaria Atenção à Saúde Auditiva nº 587 de 07/10/2004.

OBJETIVOS: Verificar a freqüência de alterações psicológicas / neuropsicológicas em indivíduos atendidos em um serviço de Atenção à Saúde Auditiva.

MÉTODOS: Foram avaliados pacientes atendidos no Laboratório de Estudos da Voz e Audição (LEVA) do HU-UFSC, o qual é um Serviço de Atenção à Saúde Auditiva em Alta Complexidade no estado de Santa Catarina. Neste serviço o paciente é atendido pela equipe interdisciplinar formada por médico otorrinolaringologista, fonoaudiólogo assistente social, psicólogo e neurologista. Na consulta psicológica foram investigadas alterações psicológicas e neuropsicológicas, especialmente depressão, déficit de memória, de atenção e concentração, além de distúrbios de sono.

RESULTADOS: Entre maio e julho de 2010, foram entrevistados 323 pacientes de ambos os sexos. Considerando-se estatisticamente o total de 483 diagnósticos de quadros psicopatológicos assim distribuídos: Episódio depressivo: 83 pacientes (17,18%), Alterações de memória: 153 pacientes (27,12%), Alterações de atenção e de concentração: 161 pacientes (33,34%), e Distúrbios de sono: 108 pacientes (22,36%).

CONCLUSÕES: Conclui-se que aspectos psicológicos e neuropsicológicos são importantes no âmbito da saúde auditiva, tendo relevante freqüência. Podendo interferir na compreensão da fala, desenvolvimento da linguagem, aprendizagem, autonomia, de inserção no mercado de trabalho, interação social e para a manutenção de vínculos afetivos. Além da aceitação e adaptação do paciente a sua condição de usuário de AASI, bem como sua aderência a protetização, sendo decisivos na qualidade de vida do indivíduo e sua família.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde Auditiva, Psicologia, Neuropsicologia, Otorrinolaringologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-036

TÍTULO: AMAUROSE RELACIONADA A ABSCESSO ORBITÁRIO SECUNDÁRIO À PANSSINUSITE

AUTOR(ES): HENRIQUE WENDLING SAVA , LUIZ CARLOS SAVA, CARLOS ROBERTO BALLIN, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, KARYN REGINA JORDÃO KOLADICZ, GUILHERME EDUARDO WAMBIER, MARTA LISIE KLEIN, MARIANA ISIS WANCZINSKI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA CRUZ

INTRODUÇÃO

A infecção bacteriana dos seios paranasais é uma das condições mais freqüentes tanto na população adulta quanto nas crianças. A rinossinusite quase sempre secundária a uma infecção viral de vias aéreas superiores, costuma manifestar-se com rinorréia, obstrução nasal, cefaléia e febre, entre outros sinais e sintomas1. A maioria dos casos resolve completamente com a terapia antimicrobiana adequada2. Complicações são causadas pela progressão da infecção para estruturas adjacentes como a órbita e o cérebro. O seio etmoidal é o mais relacionado à infecção orbitária, porque este seio é separado da órbita pela fina lâmina papirácea3.

Este trabalho tem por objetivo demonstrar um caso de complicação de uma infecção bacteriana em função dessa proximidade com a órbita, que apesar de infreqüente é muito grave.

RELATO DO CASO

Paciente masculino, 13 anos, procurou atendimento por piora importante de rinossinusite, com hiperemia e edema de pálpebra esquerda, febre, sonolência e perda de visão no olho esquerdo, com três dias de evolução, em antibioticoterapia via oral. Diagnóstico de abscesso periorbitário, iniciado antibioticoterapia endovenosa com ceftriaxona 1g e clindamicina 600mg, associada à hidrocortisona 500mg e analgesia. TAC órbitas evidenciou pansinusite e abscesso orbitário a esquerda. Foi realizada descompressão de órbita de emergência, por incisão de Lynch modificado e incisão ao nível da sutura fronto-zigomática do bordo orbitário, com drenagem abundante de secreção purulenta fétida. Etmoidectomia via transnasal, antrostomia maxilar e aspiração de pus. Posicionado dois drenos de Penrose, sendo um medial e alojado na cavidade intra-orbitária esquerda, e outro lateral.

Pós-operatório em CTI, paciente estável em antibioticoterapia e corticoterapia mantinha drenagem purulenta pelo dreno. No pós operatório evoluiu com amaurose, proptose , drenagem de pus achocolatado pelos drenos medial e lateral, discreta palidez de nervo óptico e pupila não reagente. Início de dexafenicol colírio e tobrex colírio Apresentou melhora gradativa do quadro inflamatório recebendo alta hospitalar no 15º dia de internamento. Acompanhamento ambulatorial com otorrinolaringologia, oftalmologia e infectologia.

DISCUSSÃO

Em 1948 Smith e Spencer apresentaram uma classificação para as complicações orbitárias das rinossinusites. Chandler et al., em 1970, modificaram esta classificação e desde então, esta tem sido utilizada internacionalmente1,4-5. Categoria I: edema inflamatório das pálpebras. Categoria II: edema inflamatório difuso da órbita onde pode haver proptose e limitação da mobilidade extraocular. Categoria III: celulite orbital com abscesso subperiosteal, limitação da mobilidade extraocular e grave proptose com ou sem alteração da acuidade visual. Categoria IV: abscesso orbital, grave proptose, oftalmoplegia completa e rápida perda visual. Categoria V: Trombose do seio cavernoso, flebite orbital, doença bilateral.

O diagnóstico das complicações das rinossinusites é feito pela história clínica e exame físico. Constituem sinais de alerta: edema e eritema de pálpebras, proptose, limitação da mobilidade ocular e alteração da acuidade visual (todos presentes no caso apresentando). Nestes pacientes deve ser realizada a internação para tratamento adequado e classificação das complicações. A Tomografia Axial e Coronal Computadorizada de seios da face e órbita é o exame ideal para diagnóstico e classificação6.

O tratamento preconizado é antibiótico intravenoso por 24-48 horas e observação clínica. Se não houver melhora clínica, deve ser considerada a repetição da Tomografia e/ou drenagem cirúrgica3. A drenagem cirúrgica imediata está indicada se o paciente apresentar oftalmoplegia completa e/ou significativa perda visual ou abscesso volumoso bem definido3.

COMENTÁRIOS FINAIS

Apesar de infreqüentes, as complicações orbitárias das rinossinusites são graves. Portanto, os médicos precisam valorizar sempre as queixas orbitárias e os sinais de alerta.  Na vigência de suspeita de complicação orbitária está indicada a investigação urgente com tomografia computadorizada de órbitas visando à adoção de conduta terapêutica precoce. O paciente deve ser assistido por equipe multidisciplinar e deve estar ciente da gravidade do caso e das possíveis seqüelas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-037

TÍTULO: AMILOIDOSE - APRESENTAÇÃO INCOMUM.

AUTOR(ES): FERNANDA MARQUES DE MELO , FERNANDA VIDIGAL VILELA LIMA, ROBERTO EUSTAQUIO SANTOS GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: UFMG

25anos, com queixa de obstrução nasal após trauma nasal há 1 ano. A rinoscopia mostrava estenose vestibular ao lado esquerdo. A paciente foi submetida à cirurgia para correção da estenose descrita a seguir.

Após ressecção de enxerto de cartilagem de orelha, incisou-se a área estenosada e ressecou-se mucosa fibrosada. O enxerto foi posicionado abaixo do retalho de mucosa e fixado com pontos simples.

O resultado da cirurgia após 3 meses de pós operatório foi excelente, com manutenção do retalho e enxerto posicionados e sem recidiva da estenose. Quando ocorre na região da cabeça e pescoço geralmente consiste na forma apenas localizada, sendo mais comum na língua e laringe.

Trata-se de paciente com 23 anos com disfonia há 12 meses intermitente. Queixava também obstrução nasal e roncos de inicio recente. Ao exame físico encontrou-se tumor em nasofaringe e laringe. Após biopsia da lesão em nasofarinfe, foi feito o diagnostico de amiloidose.

Rarissimos são os casos de amiloidose de acometimento múltiplo na reagiao da cabeça e pescoço, daí a importância de se relara este caso.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-038

TÍTULO: AMILOIDOSE DO TRATO AÉREO SUPERIOR: RELATO DE 2 CASOS E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): TARCÍSIO AGUIAR LINHARES FILHO , CHRISTIAN WILKMANN, OTÁVIO BÓRIO DODE, BERNARDO COMPOS DE FARIA, RENATO TADAO ISHIE, FARIA,GUILHERME SAMPAIO CORREIA CHIAVERINI, FRANCINE UK CHOI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA MARCELINA

INTRODUÇÀO:  A amiloidose corresponde a uma doença de etiologia desconhecida, caracterizada pela deposição extracelular de substância amorfa de natureza protéica, que tende a formar fibrilas. Pode se apresentar de forma isolada (amiloidose primária) ou associada a outras enfermidades sistêmicas (amiloidose secundária). A amiloidose do trato aéreo superior é geralmente um fenômeno localizado, sendo o local mais acometido a laringe. Os achados na nasofibrolaringoscopia são variáveis e inespecíficos. O diagnóstico é revelado pelo exame anatomopatológico das lesões. O tratamento tem o objetivo de melhorar o padrão vocal e manter a via aérea pérvea.

RELATO DOS CASOS: P.S, 53 anos, procurou o serviço de Otorrinolaringologia, com história de rouquidão há  5 anos.  A oroscopia revelou lesão vegetante de aproximadamente 2 cm de aspecto amarelado em parede posterior da faringe . A nasofibrolaringoscopia apresentou pregas vocais infiltradas por material amarelado submucoso. Realizado biópsias das lesões laríngea e faríngea, o material corou-se em vermelho pelo Vermelho-Congo e ao ser submetido à luz polarizada com esta coloração apresenta birrefringência característica de coloração esverdeada, confirmando o diagnóstico de amiloidose

JB,  60 anos,  apresentando rouquidão há  2 anos, apresentava ao  exame nasofibroslaringoscópico a laringe com uma  infiltração de ambas bandas ventriculares e prega vocal esquerda de aspecto amarelado submucoso. O paciente foi submetido a biópsia da lesão laríngea a qual confirmou o diagnóstico de amiloidose.

DISCUSSÃO: Na região da cabeça e pescoço, a amiloidose ocorre, na maioria das vezes, na forma localizada. A amiloidose laríngea representa menos que 1% dos tumores benignos da laringe. Na laringe, o local mais acometido são as pregas vocais, bandas e ventrículos,ocasionando sintomas como disfonia, dispnéia ou estridor.

Frente a um diagnóstico de amiloidose do trato aéreo-digestivo, é fundamental a investigação de patologias sistêmicas associadas. Dessa forma, necessitamos de exames que permitam avaliar a função dos possíveis órgãos alvo como rins, fígado, trato respiratório inferior, trato digestivo, coração, além de pesquisar doenças como mieloma múltiplo, tuberculose, artrite reumatóide e tuberculose.  A amiloidose do trato aéreo superior apresenta-se como uma   massa amarelada, cinza ou avermelhada .O diagnóstico é confirmado pela biópsia.

CONCLUSÃO: Apesar de ser uma entidade rara e de localização diversa, o otorrinolaringologista deve considerar a amiloidose no diagnóstico diferencial das lesões do trato aéreo superior. Também deve lembrar seu envolvimento com doenças sistêmicas em alguns casos. O tratamento deve ser o menos agressivo possível, reservando a cirurgia para os casos sintomáticos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-039

TÍTULO: AMILOIDOSE LARÍNGEA- RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LUTIANE SCARAMUSSA , REBECCA MAUNSELL, GUILHERME MACHADO DE CARVALHO, LAÍZA ARAÚJO MOHANA PINHEIRO, MARIANA DUTRA DE CÁSSIA FERREIRA, REINALDO JORDÃO GUSMÃO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: A amiloidose, localizada  no trato respiratório superior, é uma enfermidade rara. Nesta localização, a laringe é o órgão mais frequentemente acometido. Cerca de 1% dos tumores benignos da laringe são amilóides. A amiloidose laríngea, localizada raramente, inicia ou está associada a um quadro sistêmico e possui evolução lenta.

OBJETIVO: Descrever um caso de amiloidose laríngea, localizada em região supraglótica, e discutir abordagem diagnóstica e tratamento, comparando com os dados da literatura.

METODOLOGIA: Relato de caso: paciente feminina, quarenta anos, com história de disfonia há 15 anos, com piora nos últimos meses. A videolaringoscopia  demonstrou lesão difusa, acometendo bandas ventriculares, principalmente a esquerda, de superfície polipóide. Realizou-se biópsia da lesão.

DISCUSSÃO: Discute-se a apresentação clínica, investigação sistêmica e tratamento, comparando com dados da literatura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-040

TÍTULO: AMILOIDOSE LARÍNGEA: UM RELATO DE CASO

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CRISTIANO ROBERTO NAKAGAWA, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, GUILHERME SACHET, GABRIEL GONÇALVES DIAS, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, HENRIQUE WENDLING SAVA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO:

O termo amiloidose representa um grupo de doenças heterogêneas, que apresentam em comum, o depósito extracelular de proteínas insolúveis órgão específicas, conhecidas como depósitos amilóides. Pode ser primária, por depósito de proteína amilóide AL, ou secundária a câncer, processos inflamatórios e infecções crônicas. Ela é visualizada histologicamente pela coloração vermelho-congo.

O acometimento laríngeo é raro, correspondendo a cerca de 1% dos tumores laríngeos benignos. A maiorias dos casos corresponde a depósito de proteína imunologicamente idêntica à região variável da cadeia leve da imunoglobulina, semelhante ao acometimento primário (idiopático).

Os sintomas são variáveis de acordo com o local de origem, volume e profundidade do tumor. Não há tratamento específico para nenhum tipo de amiloidose, sendo a abordagem cirúrgica o tratamento de escolha para a forma laríngea.

RELATO DE CASO:

M.M.B, feminina, 69 anos, casada, natural e residente em Curitiba, vem à consulta no fim de 2008, queixando-se de disfonia, refluxo gastroesofágico e sensação de algo enroscado na garganta. Negava uso de medicamentos e como única morbidade, apenas dislipidemia. Após exame físico ORL completo, a única alteração encontrada foi à videolaringoscopia (VDL):  edema de Reinke moderado, fechamento glótico irregular e lesão cística em terço anterior de prega vocal esquerda.  Foi realizada biópsia da lesão cística, que em anatomopatológico revelou tratar-se de amiloidose laríngea. Paciente foi encaminhada a fonoaudiologia e a clínica médica para investigar outros focos da doença.

DISCUSSÃO:

A amiloidose primária acomete cabeça e pescoço em 19% dos casos, sendo a laringe o sítio mais acometido, em especial as pregas vestibulares. Os sintomas mais comuns incluem disfagia, disfonia e rouquidão, portanto o otorrinolaringologista pode ser o 1º médico consultado. Deve-se afastar o envolvimento secundário a doenças sistêmicas, além de neoplasias, linfomas, paragangliomas e hemangiomas. Para tanto, é imperativa a biopsia da lesão e análise histopatológica. Devido a sua lenta evolução, opta-se por cirurgia conservadora quando conveniente, visando conservar o máximo da função normal do órgão. A recorrência dos casos de amiloidose laríngea é variável e depende da extensão e complexidade da lesão, podendo ocorrer vários anos após o ato cirúrgico.

CONCLUSÃO:

A amiloidose laríngea é uma entidade rara, porém, a apresentação clínica mais frequente da doença é em cabeça e pescoço. Deve ser pensada como diagnóstico diferencial de lesões benignas da laringe, visto que a apresentação clínica é semelhante, sendo o sintoma mais comum a disfonia. É imprescindível a investigação de manifestações sistêmicas da doença, além do seguimento clínico por longos períodos pela possibilidade de recidiva.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-041

TÍTULO: AMILOIDOSE LARINGOTRAQUEAL PRIMÁRIA COMO CAUSA DE OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES

AUTOR(ES): LUCAS MOURA VIANA , PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO, GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE, RAFAELA AQUINO FERNANDES LOPES, SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, LUCIANA MIWA NITA WATANABE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO: Amiloidose localizada, acometendo somente órgãos da cabeça e pescoço, é uma doença rara e benigna. O local mais comum de acometimento é a laringe, correspondendo de 0,2% a 1,5% dos tumores benignos deste órgão. É caracterizada pela deposição extracelular de fibrilas protéicas compostas por polipeptídeos. Na literatura nacional encontramos a descrição de alguns casos, porém foram raros os casos de amiloidose primária laringotraqueal que evoluiram com obstrução de vias aéreas superiores e necessidade de traqueostomia, como o caso descrito neste relato.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 41 anos, parda, auxiliar de lavanderia, apresentou quadro de dispnéia leve e disfonia com dois anos de evolução. Os sintomas intensificaram-se após episódio de infecção de vias aéreas superiores, em fevereiro de 2004, quando procurou outro serviço e foi feita biópsia laríngea, cujo laudo histopatológico mostrou depósito de material amorfo. A coloração pelo vermelho congo revelou polarização em verde maça, compatível com amiloidose. Apresentou piora progressiva e em março de 2005, foi submetida a traqueostomia de urgência por obstrução de vias aéreas superiores. Em 2006 iniciou acompanhamento no serviço de otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital Universitário de Brasília. A paciente passou por avaliação da clínica médica a fim de afastar doença secundária e/ou sistêmica. Tomografia computadorizada (TC) cervical mostrou severo espessamento concêntrico com área de obstrução completa acometendo glote, região subglótica e traquéia proximal com 38mm de extensão crânio-caudal e apresentando discreta captação homogênea de contraste. Ressonância Nuclear Magnética (RNM) cervical mostrou lesão expansiva com sinal intermediário em T1 e discreto hipossinal em T2, relativamente bem delimitada, sem invasão de estruturas adjacentes, localizada na laringe subglótica e estendendo-se para glote. Esta lesão determina estreitamento circunscrito da coluna aérea laríngea, associado a área de obstrução luminal completa na região subglótica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: A amiloidose é um distúrbio do metabolismo protéico no qual fibrilas protéicas extracelulares se depositam em vários tecidos. Os sintomas são inespecíficos e relacionados com a função do local acometido, como disfonia, estridor, disfagia, hemoptise. É mais prevalente em homens em uma proporção de 3:1, mais freqüente na 5ª década de vida. Pode ser classificada como sistêmica ou localizada. Para confirmação diagnóstica é necessária análise histopatológica. Pode-se utilizar coloração com vermelho do congo que evidencia birrefringência tipo ?maçã verde?,como no caso supracitado.O paciente com diagnóstico de amiloidose laríngea deverá ser submetido a uma avaliação geral para excluir uma forma secundária ou sistêmica da doença. A RNM é a técnica de escolha para detectar as características mais específicas, sendo considerada mais específica do que a TC. Os depósitos amilóides apresentam uma intensidade de sinal intermediária em T1 e baixa intensidade em T2.O diagnóstico diferencial deve ser feito com outros tumores laríngeos benignos e também os malignos, além de doenças granulomatosas.O caso relatado mostra uma apresentação relativamente rara da doença, na qual as lesões acometem as pregas vocais bilateralmente, subglote e traquéia, com necessidade de traqueostomia de urgência por obstrução de vias aéreas superiores que foi exacerbado por quadro inflamatório agudo.O tratamento da amiloidose laríngea varia da simples observação da lesão a laringectomia parcial de acordo com a extensão da doença na laringe. Lesões localizadas podem ser removidas completamente por via endoscópica com bisturi frio ou laser de CO2.

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TRABALHO CLÍNICO

P-042

TÍTULO: ANÁLISE AUDITIVA DE TRABALHADORES EXPOSTOS A RUÍDOS DE CINCO RAMOS INDUSTRIAIS DISTINTOS

AUTOR(ES): ALEXANDRE SCALLI MATHIAS DUARTE , ALEXANDRE CAIXETA GUIMARÃES, EDER BARBOSA MURANAKA, MARCELO HAMILTON SAMPAIO, EVERARDO ANDRADE DA COSTA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP)

INTRODUÇÃO: O ruído é considerado a terceira maior causa de poluição ambiental e pode ser visto como um risco de agravo à saúde. Torna-se mais danoso quando se trata de ruído no ambiente de trabalho, pela sua intensidade, tempo de exposição e outros fatores de risco. Quando é intenso e a exposição a ele é continuada, ocorrem alterações estruturais na orelha interna, que determinam a ocorrência da PAIR (perda auditiva induzida pelo ruído). Sabe-se que as características físicas do ruído (tipo, espectro e nível de pressão sonora), o tempo de exposição e a suscetibilidade individual, influenciam no risco de alterações audiológicas. Considerando a importância do problema, a existência de maneiras de detecção precoce e a pequena quantidade de estudos comparando a influencia do ruído nos diferentes setores de atuação de empresas este estudo foi realizado.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de coorte histórica com corte transversal. Foram incluídas todas as audiometrias realizadas pelo SESMT no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2010 de sete empresas do estado de São Paulo, dividas em cinco setores de atuação: uma metalúrgica, uma calçadista, uma cervejeira, duas cerâmicas e duas transportadoras de carga. Foram excluídas audiometrias em que o tempo de repouso auditivo prévio foi menor que 14 horas, aquelas em que a média dos limiares de 500, 1000 e 2000 Hz foi maior que 25 dB para qualquer orelha, as dos trabalhadores não expostos a ruído ou com exposição menor do que 36 meses. Restaram 1193 exames de trabalhadores expostos a ruído que foram divididos em 4 grupos por tempos de exposição. Foi feita a comparação para cada orelha entre as médias das frequências de 3,4 e 6 kHz dos quatro grupos por setor de atuação e comparadas as médias para cada grupo de exposição entre os cinco setores de atuação.

RESULTADOS: Na comparação das médias audiométricas por grupos entre os diferentes ramos de atividade constatou-se uma diferença estatisticamente significante (p<0,01) nos grupos dois grupos menos expostos em ambas as orelhas. Ao avaliar as médias audiométricas das frequências 3, 4 e 6 kHz na comparação global entre os quatro grupos de exposição verificou-se uma piora progressiva conforme maior o tempo de exposição para todos os setores de atuação (p<0,01).

CONCLUSÃO: A análise das médias audiométricas das frequências 3, 4 e 6 kHz entre diferentes categorias de trabalhadores, mostrou que, apesar da adoção de medidas do PCA, houve uma diferença significativa entre as médias, entre essas categorias, durante os primeiros 13 anos de exposição. Em todos os ramos foi observada uma piora das médias com o aumento do tempo de exposição, entretanto outros fatores além da exposição ao ruído devem ser considerados, como o aumento da média de idade no grupo mais exposto e outras possíveis concausas. Mais estudos são necessários para elucidar estas questões.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-043

TÍTULO: ANÁLISE COMPUTADORIZADA DA CRANIOCORPOGRAFIA

AUTOR(ES): FABIO SCAPUCCIN , FLÁVIO SERAFINI, HELOÍSA HELENA CAOVILLA, MAURÍCIO MALAVASI GANANÇA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAUL

INTRODUÇÃO: Manter o equilíbrio significa manter uma posição estável dos olhos, do tronco e da cabeça sobre o tronco, sem a participação da consciência. Esta tarefa é realizada por mecanismos sensoriais (visual, proprioceptivo, vestibular e auditivo); as vias neuronais; os reflexos espinais e oculares e a resposta muscular.  Falhas neste sistema pode resultar em diversos sintomas como tontura e marchas atáxicas. O objetivo é localizar o mecanismo, via ou sistema efetor que está falhando e a etiologia, propor um tratamento e monitorar a evolução. Utiliza-se a Posturografia, a Nistagmografia, além da anamnese e exame otorrinolaringológico para este fim. A marcha com olhos vendados proposta por Unterberger , foi modificada por Fukuda utilizando passos sobre um circulo dividido em setores de 30 graus, observando que pacientes com tontura apresentavam deslocamento e desvio angular do ponto inicial maior que indivíduos normais. Com o registro fotográfico desta marcha, Claussen propôs mais dois parâmetros e limites de normalidade e a chamou de Craniocorpografia. Estabeleceu-se que desvios angulares acima de 60° para qualquer um dos lados sugerem uma disfunção periférica e oscilações da cabeça ou dos ombros acima de 15,5 cm sugerem disfunção central, ao final de uma marcha de um minuto. Análises computadorizadas de movimentos tridimencionais poderiam sensibilizar a Craniocorpografia.

OBJETIVO: Analisar se os valores de tempo de marcha, deslocamento linear ou total, ângulo de torcicolo, rotação do corpo e oscilação da altura do ombro podem identificar anormalidades na prova de Unterberger-Fukuda digitalizadas em vestibulopatias periféricas.

METODOLOGIA: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição . Avaliou-se 38 pacientes do Ambulatório de Otoneurologia, no período de março de 2001 a março de 2003. Estes eram 10 homens e 28 mulheres, com 18 a 77 anos, apresentando hipóteses diagnósticas como VPPB e doença de meniere. O grupo controle, 21 voluntários sem queixas e exame otoneurológico normal era composto de 10 homens e 11 mulheres com 19 a 34 anos. Todos indivíduos foram submetidos a avaliação otoneurológica. Para a prova de Unterberger-Fukuda com os olhos fechados e os meatos ocluídos, o individuo realizou e contou 80 passos. 10 refletores de luz infravermelha foram afixados nas seguintes posições: hálux, epicôndilo lateral do fêmur, maléolo lateral da fíbula, acrômios, no occipício e mento.  Cada refletor foi registrado por meio do modelo 370, versão 2.01 da linha VICON da Oxford Metrics que captura imagens com seis câmeras sensíveis à luz infravermelha. Ao final do exame, os dados foram armazenados em formato de planilha Excel na qual eram calculados os parâmetros objetivos do estudo.

RESULTADOS: O grupo de estudo apresentou um tempo de marcha e rotação do corpo maior que o grupo controle. Não houve diferença significante entre os dois grupos para deslocamento total e linear, ângulo de torcicolo e oscilação da altura do ombro.

CONCLUSÃO: Os valores de tempo de marcha e rotação do corpo possibilitam a identificação de anormalidades na prova de Unterberger-Fukuda em vestibulopatias periféricas, o que não ocorre com os valores de deslocamento linear ou total, ângulo de torcicolo e oscilação da altura do ombro direito.

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TRABALHO CLÍNICO

P-044

TÍTULO: ANÁLISE DA AVALIAÇÃO DE LÍNGUA E PALATO MOLE EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE APNÉIA-HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , PAULO SÉRGIO LINS PERAZZO, GEOVANA RODRIGUES DOS SANTOS, WILSON GAMA JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Apnéia-Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é um dos mais graves distúrbios do sono, pois pode ter como conseqüência a morte. Ela gera um comprometimento na saúde dos portadores e causa um desconforto muito grande nas pessoas que compartilham o mesmo quarto do portador devido ao ronco. Um outro fator incômodo é a crise de apnéia grave, pois a sensação é de que o indivíduo vai ter uma parada respiratória irreversível. OBJETIVO: Avaliar a função, o volume e a postura da língua e a mobilidade do palato mole de indivíduos portadores da Síndrome da Apnéia-Hipopnéia Obstrutiva do Sono. Correlacionar os achados da avaliação com as classificações dos graus da SAHOS. RESULTADOS: Na avaliação de mobilidade do palato 16 pacientes (80%) apresentaram mobilidade normal e 4 (20%) apresentaram alteração na mobilidade do mesmo. Quanto à postura de língua, 4 pacientes (20%) relataram que a ponta da língua tocou nos dentes incisivos superiores, 11 (55%) nos incisivos inferiores, 2 (10%) entre os dentes, 2 (10%) nas papilas e apenas 1 (5%) informou que a ponta da língua não tocou em nenhuma estrutura. Quanto ao volume de língua, foi observado que 13 pacientes (65%) possuem a língua alargada. Na função de língua, 14 pacientes (70%) possuíram função de língua adequada com presença de calda de chocolate nas papilas, 2 (10%) apresentaram projeção de língua com presença de calda de chocolate nos dentes incisivos superiores e 4 (20%) pacientes apresentaram calda de chocolate no palato. As maiores queixas dos pacientes que possuem SAHOS em leve intensidade são ronco e sono descontínuo, totalizando 7 pacientes (70%). A maior queixa dos pacientes que possuem SAHOS em moderada intensidade foi ronco, totalizando 5 pacientes (83,33%). Ronco e sono interrompido foram as maiores queixas dos pacientes que apresentaram SAHOS em grave intensidade. CONCLUSÃO: Em relação às estruturas avaliadas, pode-se observar que o volume de língua foi o mais alterado nos pacientes da pesquisa, aparecendo em percentual maior nos indivíduos com SAHOS em grave intensidade e na população do gênero feminino. Possivelmente, o alargamento de língua é um fator de agravamento da SAHOS.

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TRABALHO CLÍNICO

P-045

TÍTULO: ANÁLISE DA OCULOMOTRICIDADE EM SUJEITOS COM E SEM INCLINAÇÃO LATERAL DA CABEÇA

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA , BLACY CELLA GULFIER

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

INTRODUÇÃO: O estudo da oculomotricidade é importante no que se refere à postura e ao equilíbrio do indivíduo, uma vez que o equilíbrio  é mantido pela interação de três sistemas: visual,vestibular e proprioceptivo. O cerebelo também participa ativamente da manutenção do  equilíbrio corporal modulando os movimentos do corpo. OBJETIVOS: Verificar a correlação entre a alteração postural, inclinação lateral de cabeça e os resultados da oculomotricidade e comparar esses resultados de indivíduos com e sem inclinação lateral da cabeça.Métodos  Este estudo foi composto por 80 sujeitos com faixa etária entre 20 e 60 anos, divididos em 2 grupos: 1 grupo com inclinação lateral da cabeça a direita e a esquerda (30 sujeitos) e 2 grupo sem inclinação lateral da cabeça (controle, 50 sujeitos). Para avaliação postural, colocou-se marcações adesivas na testa, queixo, região fronto/lateral cefálica e ombros utilizando o simetógrafo.Para avaliar a oculomotricidade utilizou-se Equipamento Vec Win Digital da Neurograff Eletromedicina, utilizando as seguintes avaliações, sacádicos fixos e randômicos , rastreio pendular a estimulação optocinética. RESULTADOS: Em relação a oculomotricidade não foi encontrado diferenças estatísticas intra grupos com inclinações laterais da cabeça a direita e/ou esquerda.Entretanto,comparando os grupos sem inclinação com os grupos com inclinação, foi encontrado diferenças estatísticas significantes da sequência principal dos movimentos sacádicos fixos e randômicos nos valores das latências e das velocidades , mas sem alterações das acurácias. Nas avaliações do rastreio pendular o parâmetro que apresentou uma maior sensibildade foi  valores de ganho analisados com freqüências de 0.10 Hz. CONCLUSÃO: Diante dos resultados, observou uma correlação entre as alterações posturais, inclinação lateral da cabeça obtidos na oculomotricidade .Também foi observado diferênças nos valores da avaliação da velocidade angular da componente lenta e ganho em valores quantitativos no teste optocinético. Sujeitos com alteração postural, inclinação lateral da cabeça possui maior latência para o início da perseguição do objeto e menor velocidade na perseguição do objeto na avaliação dos movimentos sacádicos fixos e randomicos,menor ganho do rastreio pendular 0.10 Hz.

Key-words : oculomotricidade , inclinação lateral da cabeça, sácades oculares, perseguição ocular

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TRABALHO CLÍNICO

P-046

TÍTULO: ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS COM PERDA AUDITIVA: ESTUDO COMPARATIVO

AUTOR(ES): THEREZITA MARIA PEIXOTO PATURY GALVÃO CASTRO , NATÁLIA LINHARES PONTE ARAGÃO, EUCLIDES MAURÍCIO TRINDADE FILHO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIENCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS (UNCISAL)

  A população brasileira vem envelhecendo num ritmo mais acelerado. Em virtude de um maior número de idosos, aumenta-se a  importância de se avaliar o impacto das doenças crônicas nessas pessoas. A perda auditiva e o Diabetes Mellitus tipo 2 são duas das afecções mais prevalentes entre os idosos. O objetivo deste estudo é comparar a qualidade de vida entre idosos com deficiência auditiva com e sem Diabetes Mellitus tipo 2. Método: Estudo transversal, realizado com idosos portadores de perda auditiva, constituindo dois grupos de pacientes, um formado por diabéticos e outro por pacientes sem diabetes. A qualidade de vida foi analisada através do questionário SF36. Os resultados mostraram os dois grupos de pacientes, cada um com 20 idosos, não apresentaram diferença significativa em relação à qualidade de vida. A progressão da perda auditiva esteve associada com piora dos índices de qualidade de vida em ambos. Concluímos que  é importante o diagnóstico e o acompanhamento precoce de indivíduos com deficiência auditiva, no intuito de se melhorar a qualidade de vida.

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TRABALHO CLÍNICO

P-047

TÍTULO: ANÁLISE DA SAÚDE VOCAL DE MÚSICOS DE INSTRUMENTOS DE SOPRO

AUTOR(ES): FRANCISCO XAVIER PALHETA NETO , THAIANE LIMA LAGE, JOÃO VICTOR TEIXEIRA HENRIQUES, ANGÉLICA CRISTINA PEZZIN PALHETA, LORENA GONÇALVES RODRIGUES, MURILLO FREIRE LOBATO, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: Os músicos tocadores de instrumento de sopro são um grupo bastante específico de indivíduos que usa o trato vocal intensamente no exercício de suas atividades profissionais. Curiosamente, pouco ou nada temos relatado sobre a atuação direta da laringe nesta modalidade profissional. Em parte isto se deve à noção histórica de que as pregas vocais não atuariam diretamente na produção do som do instrumento, sendo o esforço feito apenas pela musculatura respiratória e oromandibular, e que a laringe deveria estar aberta para permitir a passagem do ar. Entretanto, estudos mostram que uma das queixas mais comuns nesses músicos foi a disfonia devido intenso uso do trato vocal no exercício de suas atividades profissionais, mesmo quando ?não falavam nada?.

OBJETIVO: Analisar a ocorrência de distúrbios vocais nos músicos de instrumentos de sopro da Fundação Carlos Gomes da cidade de Belém-Pará, e avaliá-los comparativamente.

METODOLOGIA: Foram entrevistados 93 músicos de sopro de diversos instrumentos através de questionários elaborados pelos pesquisadores, observando-se as principais queixas, hábitos e aspectos profissionais.

RESULTADOS: Foram estudados 34 músicos tocadores de saxofone, 14 de clarinete, 12 de trompete, 11 de trombone, 6 de flauta, 6 de tuba, 3 de trompa, 2 de oboé, 2 de bombardino, 2 de euphonium e 1 de fagote. Nesta casuística, 54,48% dos músicos têm mais de 20 anos de idade; 25,8% foram considerados sintomáticos, apresentando três ou mais queixas, principalmente dor ou irritação na garganta, pigarro, rouquidão e dor no pescoço. Destes músicos considerados sintomáticos, 11,82% tocam saxofone, 5,37% trompete, 4,3% trombone, 3,22% clarinete e 1,07% flauta. Dos sintomáticos, 70,91% tocavam instrumento por dois a sete anos. Quando separados por grupos de acordo com o instrumento, os músicos de trompete foram os que mais apresentaram queixas vocais, tendo um percentual de 41,66% de sintomáticos. O segundo grupo mais sintomático foi o do trombone, com 36,36%, seguido pelo grupo do instrumento saxofone, com 32,35%.  Do total de entrevistados, apenas 37,6% receberam algum tipo de orientação sobre cuidados vocais, como a necessidade de aquecimento vocal, hidratação, alimentação, entre outras; 50,53% bebem menos de dois litros de água ao dia; 54,53% realizam alguma outra atividade profissional relacionadas ao uso da voz, como canto ou dar aulas.

CONCLUSÃO: Questões médicas são problemas significativos em músicos de instrumento de sopro. Diante disso, observa-se que esses músicos devem ser incluídos no grupo dos chamados profissionais da voz e serem melhores estudados, pois possuem demandas vocais bastante específicas.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-048

TÍTULO: ANÁLISE DE CASOS DE RINOPLASTIAS SECUNDÁRIAS COM A UTILIZAÇÃO DE ENXERTO DE CARTILAGEM COSTAL

AUTOR(ES): ANDRÉ FERNANDO SCHERER, ANDRÉ LUÍS SARTINI, JAYSON JUNIOR MESTI, MARK MAKOWIECKY

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - SP

INTRODUÇÃO: As seqüelas após rinoplastias primárias são freqüentemente resultantes de um excesso de ressecção do esqueleto nasal e enfraquecimento da arquitetura nasal. Se a arquitetura nasal é enfraquecida sem sua reestruturação, com o tempo, o nariz é suscetível a problemas conhecidos. Os defeitos podem ser corrigidos através da utilização de enxertos de cartilagem obtida de septo nasal, arco costal ou concha auricular. Nós apresentamos nossa experiência com a correção do esqueleto nasal por meio de enxertos de cartilagem costal.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados 10 pacientes submetidos a rinoplastia revisional com abordagem externa, utilizando enxerto de cartilagem costal em pacientes que apresentavam queixa de obstrução nasal  e insatisfação estética.

RESULTADOS: Todos os pacientes tiveram uma boa recuperação pós-operatória. Nenhum deles apresentou pneumotórax. Dois pacientes apresentaram laterorrinia. Houve 2 casos que apresentaram celulite no pós-operatório que tiveram resolução completa do quadro com tratamento antibiótico. Não houve caso de necrose cutânea, exposição do enxerto ou reabsorção aparente do enxerto. Um paciente apresentou desconforto torácico temporário no local da retirada da cartilagem costal. Não ocorreu nenhum caso de infecção, cicatriz hipertrófica e quelóide no sítio torácico.

De todos os pacientes tratados, resultados cosméticos favoráveis foram obtidos em 100% dos casos, mesmo nos 2 casos de laterorrinia, com boa satisfação por parte do paciente e do cirurgião e  resultados funcionais subjetivos, adequados em quase todas as casos (90%), com a resolução da obstrução nasal. Um paciente não teve sucesso na correção da perfuração septal e foi o único paciente a manter a queixa de obstrução nasal.

DISCUSSÃO: Quando a quantidade de cartilagem disponível a partir do septo e concha auricular é insuficiente ou quando grande quantidade de cartilagem para enxerto é desejado, cartilagem costal  é uma boa opção. O uso de tecido costal tem duas desvantagens distintas: suscetibilidade a deformar e possível morbidade no sitio doador. Algumas técnicas de manejo podem minimizar a deformação. Acesso aberto ao nariz foi utilizado em todos os casos por permitir uma melhor exposição das estruturas. A grande quantidade de enxerto de cartilagem costal disponível proporciona condições apropriadas para buscar um bom resultado cosmético e funcional.

CONCLUSÕES: A cartilagem costal é uma excelente opção para a reconstrução do dorso e da ponta nasal e proporciona bons resultados funcionais e estéticos, quando bem trabalhada.

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TRABALHO CLÍNICO

P-049

TÍTULO: ANÁLISE DE INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA NOS PACIENTES COM OUVIDO CRÔNICO NO AMBULATÓRIO DE OTOLOGIA DO SERVIÇO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM OTORRINOLARINGOLOGIA DE FEIRA DE SANTANA - BA..

AUTOR(ES): LARISSA ROBERTA CAMPOS DE SOUSA , SANDRO TORRES, MILTON PAMPONET, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, MIRELLA MELO METIDIERI, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: Sob o ponto de vista clinico a Otite média crônica (OMC) é um processo de natureza inflamatória crônica da orelha média e mastóide associado ou não a uma perfuração da membrana timpânica e a otorréia, podendo levar a uma perda auditiva do tipo condutiva ou mista que pode variar de leve a profunda. O tratamento da otite média crônica envolve três etapas igualmente importantes: controle clínico pré-operatório, tratamento cirúrgico, quando indicado, e acompanhamento pós-operatório. Todos os resíduos epiteliais e secreções devem ser removidos do conduto auditivo e orelha média. O tratamento da OMC colesteatomatosa é eminentemente cirúrgico onde a eficácia não depende unicamente do tipo de técnica adotada, nem mesmo estritamente da qualidade de sua execução. METODOLOGIA: Realizado um estudo do tipo prospectivo em pacientes com ouvido crônico submetidos a procedimento cirúrgico em um serviço de residência médica de otorrinolaringologia de Feira de Santana ? BA durante o período entre 2008 e 2009. Realizado o acompanhamento no pós-operatório semanalmente até completar o 1º mês e após completo, mensalmente ate completar 8 meses de acompanhamento. Análise de dados através do software SPSS 17. RESULTADOS: Observamos uma prevalência de infecção na ferida cirúrgica em torno de 22% dos pacientes submetidos aos procedimentos cirúrgicos, destes 18,9%, 26,6% e 6,7%, respectivamente para OMCC, OMCNC e OMCS. 51% dos pacientes portadores de OMCC, 46% dos que portavam OMCS e 54% dos pacientes dos portadores de OMCNC apresentaram melhora da audição. Obtivemos uma taxa 27%  de infecção da cavidade cirúrgica. 60% dos pacientes que não apresentaram infecção em cavidade cirúrgica apresentaram melhora da acuidade auditiva. Aproximadamente 56 % dos pacientes que apresentaram um perfuração residual da membrana timpânica apresentaram melhora da qualidade da audição. Sessenta e sete por cento dos paciente que apresentava algum grau de secreção em cavidade cirúrgica tiveram incremento na qualidade da audição. DISCUSSÃO: O tratamento mais eficiente da OMCC é o cirúrgico através da mastoidectomia. Tal procedimento passou por toda uma evolução histórica na qual inicialmente o objetivo primordial era a erradicação da doença sem a preocupação com os aspectos estético e funcional Para diminuir estes riscos, são prescritos antibióticos no perioperatório. CONCLUSÃO: Uma boa visualização de toda a cavidade e facilidade de limpeza nos exames periódicos através da microscopia e otoscopia são fundamentais para o bom seguimento do ouvido crônico no pós-operatório permitindo deste modo a prevenção de infecções.

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TRABALHO CLÍNICO

P-050

TÍTULO: ANÁLISE DE POPULAÇÃO COM DISTÚRBIO ESPECÍFICO DE LINGUAGEM DIAGNOSTICADA EM AMBULATÓRIO DE FONIATRIA

AUTOR(ES): MARIANA LOPES FÁVERO , ALFREDO TABITH JÚNIOR, FERNANDO LEITE DE CARVALHO E SILVA, TERESA CRISTINA MENDES HIGINO, ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES

INSTITUIÇÃO: DERDIC/PUCSP

INTRODUÇÃO: Distúrbio específico de linguagem (DEL) é definido como uma alteração heterogênea no desenvolvimento da linguagem em crianças com limiares auditivos normais, inteligência preservada e sem comprometimentos neurológicos clássicos, como na paralisia cerebral, ou psicológicos específicos, como autismo e psicose. Apesar de não haver distúrbios neurológicos e sensoriais clássicos há alterações perceptuais importantes tanto auditivas como visuais e de coordenação motora caracterizando quadro de disfunção cerebral. Essa característica traz muitos problemas tanto no diagnóstico como na classificação do quadro clínico e por conseguinte no planejamento e execução da terapêutica.

OBJETIVO: Analisar uma população com DEL diagnosticada em um ambulatório de Foniatria e classificá-la segundo seu quadro clínico

METODOLOGIA: Projeto aprovado pela comissão de ética da instituição (protocolo 57/10). Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 68 pacientes pediátricos que  procuraram nossa instituição com queixa de atraso de linguagem no período de agosto 2007 a março 2009 e que foram submetidos a consulta foniátrica. Foram incluídos pacientes com diagnóstico definitivo de DEL no período estipulado. Os dados foram analisados quanto à percepção auditiva, percepção visual, motricidade geral, motricidade oral, antecedentes gestacionais e neonatais, antecedentes familiares para distúrbio de linguagem e agravantes e classificados segundo o quadro clínico.

RESULTADOS: Foram diagnosticados 12 (17,64%) pacientes com DEL, 9 (75%) do sexo masculino e 3 (25%) do sexo feminino com idade média de   8,75± 2,3 . Todos os pacientes apresentaram alteração de memória auditiva, 9 (75%) alteração de discriminação auditiva e de atenção auditiva, 10 (83,33%)de análise-síntese e 5 de compreensão auditiva. Alterações de percepção visual estiveram presentes em 10 (83,33%), alterações de motricidade geral também em 10 (83,33%) pacientes e dispraxia oral em 6 (60%) pacientes. Antecedentes gestacionais e neonatais estiveram presentes em 3 (25%) pacientes e antecedentes familiares em 5 (41,66%). 7 (58,33%) pacientes tinham agravantes ao quadro clínico. 6 pacientes (50%) foram classificados como DEL grupo II, 5 (41,67%) como DEL grupo III e 1 (8,33%) como DEL grupo I.

CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes analisados foi classificada como DEL do grupo II. Os dados levantados reforçam uma disfunção cerebral como causa do atraso de linguagem.

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TRABALHO CLÍNICO

P-051

TÍTULO: ANÁLISE DOS PRODUTOS DE DISTORÇÃO DAS EMISSÕES OTOACÚSTICAS EM INDIVÍDUOS COM CEGUEIRA

AUTOR(ES): ERIDEISE GURGEL DA COSTA SILVEIRA , ALCIDÉZIO LUIZ SALES DE BARROS, ERIDEISE GURGEL DA COSTA SILVEIRA, FABIO COELHO ALVES SILVEIRA, MARIA LÚCIA GURGEL DA COSTA, JOSIAN SILVA DE MEDEIROS, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTI DA SILVEIRA LINS

INSTITUIÇÃO: UNICAP

INTRODUÇÃO: A acuidade auditiva pode ser avaliada através de vários exames, entre eles a pesquisa das emissões otoacústicas produtos de distorção (EOAPD), que são a energia acústica medida no canal auditivo externo, originando-se da cóclea pela interação não linear de dois tons puros aplicados simultaneamente.

OBJETIVO: Analisar um estudo comparativo em indivíduos com cegueira e indivíduos sem alteração visual.

MÉTODOLOGIA: Foram submetidos 15 indivíduos de cada grupo ao exame de EOAPD, para instituir um protocolo simples e prático de triagem auditiva em cegos, no intuito de verificar se a função coclear é de alguma forma, afetada pela deficiência visual a fim de compensar o órgão perdido.

RESULTADOS: Entres os indivíduos do grupo de estudo havia sete (46,7%) do gênero masculino e oito (53,3%) do feminino. O grupo controle, que constava de sujeitos com a visão normal, apresentou 8 (53,3%) do gênero masculino e 7 (46,7%) do feminino. Verifica-se um valor médio 4,67 anos mais elevado entre os controles (24,60 entre os de estudo e 29,27 entre os controle), entretanto tratava-se de um grupo adulto jovem com uma média inferior a 30 anos em cada grupo. A variabilidade expressa através do coeficiente de variação mostrou-se bem reduzida considerando que esta medida foi de no máximo 19,18% (não significante). Por fim verificou que em 2 KHz e 6 KHz houve diferença significativa  de piora da  acuidade auditiva no grupo dos deficientes visuais.

CONCLUSÃO: A freqüência dos exames de emissões otoacústicas dos produtos de distorção revelaram diferenças significantes de 2 e 6 KHz entre os grupos; os indivíduos cegos nessas freqüências apresentaram acuidade auditiva alteradas que os indivíduos com visão sem comprometimento; a emissão otoacústica dos produtos de distorção é um exame de extrema importância para a realização nessa população, pois detecta precocemente e previne lesões auditivas, uma vez que esses indivíduos utilizam este sentido para reconhecimento espacial.

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TRABALHO CLÍNICO

P-052

TÍTULO: ANÁLISE DOS RESULTADOS PÓS-OPERATÓRIOS E INTERCORRÊNCIAS DE MASTOIDECTOMIA NO AMBULATÓRIO DE OTOLOGIA DO SERVIÇO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM OTORRINOLARINGOLOGIA DE FEIRA DE SANTANA ? BA.

AUTOR(ES): LARISSA ROBERTA CAMPOS DE SOUSA , SANDRO TORRES, MILTON PAMPONET, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, MIRELLA MELO METIDIERI, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO

INSTITUIÇÃO: HOPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: O termo ?mastoidectomia radical? foi introduzido em 1889 por Von Bergman para cirurgias de colesteatoma com necessidade de limpeza total da mastóide e derrubada das paredes ósseas, posterior e superior, do conduto auditivo externo (CAE), tendo a preocupação de erradicar a doença e exteriorizar a cavidade timpânica e mastóide, para um controle visual direto de eventuais recorrências, permitindo a limpeza desta cavidade pelo CAE. O colesteatoma auricular resulta da proliferação de tecido epitelial estratificado queratinizado na orelha média, mastóide ou osso temporal. O tratamento definitivo desta afecção é a mastoidectomia, com derrubada do meato auditivo externo (cavidade aberta) ou preservação do mesmo (cavidade fechada). Em razão do interesse crescente no desenvolvimento de técnicas cirúrgicas e de tecnologias que possibilitem a melhora da acuidade auditiva, além da erradicação do colesteatoma adquirido, optou-se pela análise dos resultados pós-operatórios e intercorrências nos pacientes submetidos a mastoidectomia radical no Hospital Otorrinos em Feira de Santana. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo do tipo prospectivo com pacientes portadores de otite média crônica colesteatomatosa submetidos a mastoidectomia radical em um serviço de residência médica de otorrinolaringologia de Feira de Santana ? BA durante o período entre 2008 a 2010. RESULTADOS: Foram analisados 31 pacientes submetidos à mastoidectomia radical apos serem diagnosticados com otite media crônica colesteatomatosa. Foi observada a relação entre a infecção da ferida operatória e a percepção auditiva do paciente no pós-operatório imediato de mastoidectomia radical. Destes 17,6% dos pacientes que apresentaram infecção da ferida referiram melhora da audição e 20% apresentaram piora da mesma. Foi analisada também a relação entre a infecção de cirurgia, ou seja, alguma alteração da cavidade no período do pós-operatório imediato. Observou-se que 64,7% dos pacientes que não apresentaram nenhuma intercorrência referiram melhora da percepção auditiva, entretanto apenas 8,3% dos pacientes que tiveram infecção na cirurgia relataram piora da audição. Um dos itens avaliados foi a apresentação da cavidade no final do acompanhamento. Dessa forma podemos observar que dos pacientes que apresentaram granulação na cavidade todos relataram piora na audição. Dos pacientes que relataram melhora na audição 70,6% apresentavam cavidade seca, 11,8% apresentaram granulação e 17,6% apresentaram secreção na cavidade. DISCUSSÃO: A abordagem inicial do colesteatoma pode consistir numa cuidadosa limpeza da orelha e na administração de antibióticos. Esta terapia tem como objetivo deter a supuração e controlar a infecção, não sendo curativo. No presente, a cura é obtida através de tratamento cirúrgico, de preferência em curto prazo, para evitar graves complicações. A adoção do tipo e tática cirúrgicos, muitas vezes, é realmente definida no ato operatório, de acordo com a localização da doença e o estado de comprometimento da orelha média. O principal objetivo consiste na eliminação da doença e da infecção, para se obter um ouvido seco e são. A preservação ou recuperação da audição são metas secundárias. CONCLUSÃO: O tratamento das otites médias crônicas colesteatomatosas deve ser precoce e agressivo, pois a mesma pode acarretar inúmeras complicações. Dessa forma poderemos reduzir a morbimortalidade da doença. Apesar de o objetivo principal da doença ser a erradicação da mesma, podemos observar que com a evolução das técnicas é possível conseguir um bom resultado na qualidade auditiva do paciente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-053

TÍTULO: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE COLESTEATOMA ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO AMAZONAS.

AUTOR(ES): RAFAEL SIQUEIRA DE CARVALHO , LUIZ CARLOS NADAF DE LIMA, LEANDRO TAVARES FLAIBAN, ALEX DE SANTANA VIDAURRE, RENATO TELLES DE SOUZA, ALEXANDRE HERCULANNO RIBERA MARCIÃO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

Introdução

A otite média crônica colesteatomatosa é uma lesão destrutiva do osso temporal que se expande gradualmente e causa complicações a partir da erosão de estruturas ósseas adjacentes. Podem ocorrer tanto em crianças como em adultos, porém nas crianças apresentam um crescimento mais agressivo e extenso. O tratamento é essencialmente cirúrgico e tem como objetivo a erradicação completa da doença, proporcionando ao paciente uma orelha seca, segura de complicações.

Objetivo

Avaliar as características clínicas e epidemiológicas desta doença na população estudada.

Material e Métodos

Na presente pesquisa os pacientes atendidos no ambulatório e encaminhados para o procedimento cirúrgico em um hospital de referência do Amazonas, foram submetidos a um questionário, exame otorrinolaringológico, tomografia computadorizadae audiometria tonal.

Resultados

A amostra estudada foi de vinte pacientes. Desses 70% eram do sexo masculino, quase a totalidade dos pacientes eram do Amazonas. Os pacientes encontravam-se em duas faixas etárias, a primeira entre os 10 e 20 anos e a segunda a partir dos 40 anos, o tempo médio de doença era de 40 a 50 meses, os principais sintomas apresentados pelos pacientes foram hipoacusia e otorréia, 70% apresentavam destruição da cadeia ossicular, 90% não apresentou acometimento de orelha contra-lateral e complicações pós-operatórias foram observadas em 2 pacientes.

Conclusão

O presente estudo conseguiu demonstrar que apesar das diferenças regionais quanto a hábitos de vida, condição sócio-econômica, fator racial e outros, os resultados obtidos são semelhantes aos observados em outros estudos.

Palavras-chave: Colesteatoma, Epidemiologia e Otite média colesteatomatosa

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TRABALHO CLÍNICO

P-054

TÍTULO: ANÁLISE MORFOMÉTRICA TRIDIMENSIONAL DO NARIZ AFRO-BRASILEIRO

AUTOR(ES): KARINA ALVIM TERRA , MÁRCIO DE MENEZES, MARCELL DE MELO NAVES, CHIARELLA SFORZA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL UBERLANDIA

INTRODUÇÃO: Informações sobre as dimensões nasais são essenciais para cirurgias faciais (ortognática, rinoplastia, reconstrução nasal), entretanto estudos morfométricos do nariz de afro-brasileiros são pouco abordados na literatura. Diversos métodos têm sido utilizados para a avaliação das medidas nasais como o uso de paquímetros e/ou réguas, medidas digitais bidimensionais (2D)  através de fotografias. Atualmente, sistemas de medições tridimensionais (3D) foram introduzidos na avaliação da antropometria craniofacial e têm demonstrado vantagens sobre os métodos convencionais. Não há, na literatura, dados morfométricos 3D de pacientes afro-brasileiros.

OBJETIVO: Este estudo objetiva realizar a avaliação morfométrica 3D de nariz de pacientes afro-brasileiros, descrevendo suas principais características.

METODOLOGIA: Vinte adultos afro-brasileiros foram recrutados para o estudo. Modelos nasais de gesso foram obtidos e digitalizados através de um sistema de esterefotogrametria (Vectra-3D; Canfield Scientific, Inc., Fairfield, NJ, USA). Seis pontos faciais antropométricos (N:Nasion; Prn: Pronasal; C?: columela; Sn: Subnasal; Al: alar direito e esquerdo) foram empregados e as distâncias entre esses pontos foram avaliadas.

RESULTADOS: Na análise das medidas, a base alar, o comprimento nasal, a projeção, a columela e o lóbulo apresentaram uma média de 40,2; 45,9; 35,48; 9,8; 12,6 e desvio padrão 5,9; 4,8; 2,3; 1,9; 2,5 respectivamente.

CONCLUSÃO: Os dados morfométricos 3D de narizes afro-brasileiros encontrados no presente estudo são compatíveis com dados morfométricos 2D e in vivo encontrados na literatura. Estes dados podem fornecer uma orientação na prática clínica muito útil para cirurgiões. O método de obtenção de imagens 3D e modelos digitais pode ser utilizado como auxiliar no diagnóstico e planejamento de casos e em estudos morfométricos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-055

TÍTULO: ANÁLISE MULTISSEGMENTAR DO EQUILÍBRIO POSTURAL ESTÁTICO DE JOVENS E IDOSAS EUTRÓFICAS AVALIADOS POR UM SISTEMA TRIDIMENSIONAL

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA, JOSÉ AILTON OLIVEIRA CARNEIRO, TAIZA, ELAINE GRESPAN SANTOS PONTELLI, ANTONIO ADILTON OLIVEIRA CARNEIRO, EDUARO FERRIOLLI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

INTRODUÇÃO: O estudo multissegmentar do equilíbrio postural é o registro de pequenas oscilações que permite a investigação direta da cinemática dos movimentos controladores da postura, pois analisa diversos segmentos corporais de acordo com o número de sensores. OBJETIVO: Avaliar e comparar o equilíbrio postural estático multissegmentar de jovens e idosas eutróficas em diferentes condições sensoriais usando um sistema tridimensional. MÉTODO: Participaram 31 mulheres (15 jovens e 16 idosas), com faixa de idade entre 18 e 75 anos. Um sistema tridimensional de sensores eletromagnéticos (polhemus 3D), foi usado para avaliar a trajetória total (Tt) de oscilação postural. Foram usados dois sensores, os quais foram fixados, na pele, na altura da primeira vértebra torácica (S1) e na região sacral (S2) devido à posição do centro de massa corporal (CM). Os testes foram realizados com as voluntárias em pé, com os braços ao lado do corpo e com os pés descalços e levemente afastados em quatro condições sensorias, olhos abertos e fechados na superfície estável e instável (Teste Clínico Modificado de Integração Sensorial e Equilíbrio (mCTSIB)), durante 90 segundos cada. Para identificar a flexibilidade do segmento corporal, ou seja, a relação entre tornozelo/quadril/tronco, foi calculada a razão entre a Tt do S2 em relação ao S1. Valores = 1 determinam concordância entre tonozelo/quadril/tronco (estratégia do tornozelo ou oscilação em pêndulo invertido), e valores > 1 determinam discordância desses segmentos (maior flexibilidade postural ? estratégia do quadril ou oscilação em duplo pêndulo invertido). Foi avaliado o peso e a altura para calcular o índice de massa corpórea (IMC). O teste t ? de student foi usado para comparar os tipos de estratégia posturais entre os grupos, adotando um nível de significância <0.05. RESULTADOS: As médias de idade, altura, peso e IMC foram 25,6±3,7 anos, 161±0,03 cm, 54,4±6,5 kg, e 20,9±2,2 kg/m² para as jovens eutróficas e 68,3±2,7 anos, 158±0,05 cm, 59,1±7,1  kg, e 23,4±1,6 kg/m² para as idosas eutróficas. Os valores médios e desvios padrões da razão S2/S1 nas diferentes condições sensorias foram: Olhos abertos, superfície estável: 0.98±0.20 e 1.11±0.22, p= 0.91; olhos fechados, superfície estável: 0.95±0.20 e 1.21±0.44, p= 0.54; olhos abertos, superfície instável: 0.92±0.19 e 0.92±0.23 cm, p= 0.65 e olhos fechados, superfície instável: 1.05±0.26 e 1.03±0.25, p= 0,34 para as jovens e idosas, respectivamente. CONCLUSÃO: Não foram observadas diferenças nos tipos de estratégias posturais entre as jovens e idosas em nenhuma condição sensorial. As idosas apresentaram uma maior rigidez quando expostas a superfícies instáveis.

Key-words : oscilação postural, equilíbrio postural , polhemus.

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TRABALHO CLÍNICO

P-056

TÍTULO: ANÁLISE MULTISSEGMENTAR EM INDIVÍDUOS JOVENS SAUDÁVEIS USANDO SENSORES ELETROMAGNÉTICOS

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA , JOSÉ AILTON OLIVEIRA CARNEIRO, TAIZA, ELAINE GRESPAN SANTOS PONTELLI, ANTONIO ADILTON OLIVEIRA CARNEIRO, EDUARO FERRIOLLI,

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

INTRODUÇÃO: O equilíbrio postural é a capacidade que o ser humano tem em se manter ereto ou executar movimentos de aceleração e rotação do corpo sem que ocorram oscilações significativas ou queda durante esses movimentos e ao retorno da postura estática. A técnica mais conhecida e utilizada para mensurar a oscilação postural é a Plataforma de força. Este trabalho tem como finalidade descrever uma nova metodologia para a análise da posturografia multissegmentar utilizando sensores eletromagnéticos (Polhemus) e apresentar valores de referência da oscilação postural em indivíduos jovens saudáveis em diferentes condições sensoriais. Esta pesquisa foi realizada com 25 voluntários de ambos os sexos, com faixa etária entre 18 a 35 anos de idade. A posturografia foi realizada através da análise de oscilação postural utilizando o equipamento POLHEMUS® 3SPACE ISOTRAK II com dois sensores. Os testes foram realizados com os sujeitos em pé em uma postura confortável durante 90 segundos, para as condições de olhos abertos e olhos fechados em superfície estável e instável. A composição corporal dos indivíduos foram 23,91 kg/m2 para os homens e 21,08 kg/m2 para as mulheres, ambos considerados normais. Os resultados apontaram que os jovens saudáveis apresentam uma oscilação em pêndulo invertido em todas as condições sensoriais e quanto menos informações sensoriais disponíveis, maior é a oscilação postural. Também não foram observadas diferenças significantes na oscilação postural entre o gênero. A ferramenta utilizada mostrou ser útil para este tipo de análise, sendo mais uma opção para investigar a oscilação postural em diversas situações.

 

Palavras Chaves: Equilíbrio, oscilação postural, segmentação corporal, jovens.

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TESE

P-057

TÍTULO: ANALISE TOMOGRAFICA DAS CÉLULAS DO RECESSO FRONTAL

AUTOR(ES): FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO , FAUSTO ANTÔNIO DE PAULA JUNIOR, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, OSVALDIR PADOVANI JUNIOR, SERGIO ZORIKI, RAÍSSA VARGAS FELICI

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE LIMEIRA

Introdução

A sinusopatia do seio frontal apresenta importante prevalência e dificuldade terapêutica, devido a complexidade da  drenagem do seio frontal pelo seu recesso.  O recesso do seio frontal apresenta grande número de estruturas e variações. Entre estas estruturas podemos citar o Agger nassi, Células supra-orbitárias, Células Frontais, célula frontobular, célula supra-bular e célula no septo interfrontal.

Neste trabalho foi analisada a prevalência destas estruturas em casos que não apresentavam sinusopatia frontal.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliadas 50 tomografias computadorizadas de seios da face, de pacientes com diversas queixas, que não apresentavam velamento ou espessamento do seio frontal. As imagens foram avaliadas utilizando o programa Kodak sendo analisados os cortes sagital, coronal e axial, todas  imagens foram avaliadas pelo mesmo autor.

As estruturas avaliadas foram: ( segundo critérios de Van Alyea )

- Agger nassi ( ANC ):  a célula etmoidal mais anterior,

- Célula Frontal ( K ): Tipo 1: Única célula acima do Agger nassi; Tipo 2: Duas ou mais células acima do Agger nassi, Tipo 3: Única grande célula acima do Agger nassi que se estende para dentro do seio frontal ocupando até 50 % da sua altura e Tipo 4: Semelhante ao tipo 3, mas ocupando mais de 50 % da altura seio frontal.,

- Célula Supra-orbitária ( SOEC ): Célula etmoidal anterior que se estende acima da órbita para o recesso frontal.

- Célula Frontobular ( FBC ): Pneumatização da bula etmoidal ao longo da base do crânio se estendendo até o recesso frontal.

- Célula Supra-bular ( SBC ): Célula acima da bula etmoidal entre esta a a base do crânio.

- Pneumatização do septo interfrontal ( IFSSC )

RESULTADOs

A idade dos pacientes variou de 11 a 81 anos, com media de 38,3 anos, sendo 33 do sexo masculino e 27 do sexo feminino. A prevalência foi de ANC presente em 85,8% dos casos, Célula Frontal ( tipo 1 ? 23%, tipo 2 ? 12%, tipo 3 ? 12% e tipo 4 ? 4,8% e nenhuma delas em 47,7%), SOEC em 33,5%, FBC em 26,3%, SBC em 76,3% e IFSSC em 15,8%.

DISCUSSÃO

De acordo com Walter que encontrou uma prevalência de ANC ? 89%, Célula Frontal ( Tipo 1 ? 37%, Tipo 2 ? 19 %, Tipo 3 ? 8% e Tipo 4 ? 0%), SOEC ? 62%, SBC ? 15%, FBC ? 9% e IFSSC ? 14% .

A maior diferença encontrada foi nos casos de SOEC, SBC e FBC, que pode ocorrer pela variação anatômica ou mais provavelmente pela dificuldade de identificação de tais estruturas, levando a uma variabilidade interobservador.

Conclusão

Este trabalho mostra a complexidade do recesso do frontal e a importância do conhecimento  da sua anatomia para um melhor diagnóstico e tratamento das patologias do seio frontal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-058

TÍTULO: ANGINA DE LUDWIG - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LARISSA GUEDES PEREIRA RISPOLI , NEILOR MENDES, NATHALIA MARTINI MONTI WOLFF, LINO OSTROSKI, GILSON RODRIGUES VALLE, FERNANDA MACHADO, PAULO EDUARDO PRZYSIEZNY,

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ANGELINA CARON

O termo angina, origina-se do latim e quer dizer estrangular. A Angina de Ludwig é uma patologia conhecida desde a Grécia antiga. É uma celulite, sem tendência a formação de abscessos, que acomete os espaços submandibular, sublingual e submentoniano. Apesar da queda na mortalidade devido a terapia antimicrobiana, a Angina de Ludwig necessita de um diagnóstico rápido e intervenção precoce, uma vez que a celulite provoca o enrijecimento do assoalho oral, elevação da língua, dificuldade na deglutição e obstrução de vias aéreas. OBJETIVO: é relatar um episódio de Angina de Ludwig pós parotidite, salientando a eficácia do seu tratamento precoce. RELATO DE CASO: Paciente feminina 23 anos, com infecção parotídea, evoluindo para angina de Ludwig. Foi iniciado antibioticoterapia com ceftriaxona e metronidazol. Após a realização de traqueostomia sob anestesia local, foram realizadas 4 incisões submandibulares (uma submentual) com cerca de 25 mm cada com a finalidade de  permitir descompressão e drenagem. A alta hospitalar ocorreu após 3 dias da intervenção com discreta dor facial e abertura interincisal 35 mm. DISCUSSÃO: Angina de Ludwig é uma infecção grave, rapidamente progressiva e potencialmente fatal. O diagnóstico é clínico e o tratamento deve ser imediato, com antibioticoterapia e descompressão cirúrgica. CONCLUSÃO: A Angina de Ludwig é uma patologia grave que necessita de intervenção precoce.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-059

TÍTULO: ANGINA DE LUDWIG DE FOCO ODONTOGÊNICO

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: A Angina de Ludwig é uma celulite do espaço submandibular de natureza polimicrobiana, frequentemente originada de infecção dentária e com uma evolução potencialmente fatal, devido ao risco iminente de obstrução de vias aéreas.

OBJETIVO: Apresentar um quadro clássico de Angina de Ludwig de etiologia odontogênica em um paciente do sexo masculino, adulto, tendo sido submetido à intervenção cirúrgica para resolução do quadro, além de fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente masculino, 25 anos, natural de Varre Sai-RJ, que apresentou-se ao nosso serviço com um quadro clínico grave há 4 dias de febre, desidratação, dispnéia, sialorréia e dificuldades na deglutição e fonação. À história clínica, revelava aumento volumétrico progressivo da região submandibular há 15 dias associado à odinofagia. O exame clínico, demostrava edema acentuado na região submandibular, bilateral, com presença de sinais flogísticos, estendendo-se por toda região cervical. Apresentava também trismo e linfonodos palpáveis em cadeias cervicais e submandibulares. Ao exame intra-bucal, notávamos higiene bucal precária, havendo inúmeros elementos dentários com lesão cariosa avançada.

RESULTADOS: Procedeu-se a hospitalização do paciente, requeridos exames laboratoriais de rotina e iniciado antioticoterapia venosa, com a associação de penicilina cristalina, gentamicina e metronidazol. O paciente foi encaminhado ao Centro Cirúrgico para realização da drenagem do abscesso. Houve saída de grande quantidade de secreção purulenta e inserido um dreno de Pen Rose no orifício de drenagem, concluindo com curativo oclusivo. Após o procedimento, o paciente permaneceu internado com a terapêutica antimicrobiana, apresentando melhora do quadro clinico gradativamente. Com o restabelecimento da abertura bucal, o paciente obteve alta e foi encaminhado ao serviço de Odontologia para posterior exodontia do elemento causador.

CONCLUSÃO: A Angina de Ludwig é um processo infeccioso do espaço submandibular, tendo como principal origem o foco dentário. No seu início há apenas sinais flogísticos, evoluindo rapidamente para uma tumoração cervical bilateral. Normalmente apresentam colônias mistas de bactérias e o conteúdo infeccioso pode-se disseminar nos tecidos e repercutir graves conseqüências para o paciente. O diagnóstico basicamente é clínico, podendo associar a métodos de imagem para determinar a gravidade da infecção. O tratamento consiste em controle clínico da infecção, início de antibióticoterapia empírica, drenagem cirúrgica e manutenção das vias aéreas. Diante desse contexto, pode-se afirmar que a escolha do antibiótico, assim como o momento da intervenção cirúrgica, foram essenciais para resolução do caso apresentado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-060

TÍTULO: ANGIOFIBROMA LARÍNGEO : RELATO DE CASO

AUTOR(ES): BRUNO FERNANDO COSTA DA SILVA , MARIA CARMELA CUNDARI BOCCALINI, SARITA GERALDO ROSA, GRAZZIA GUGLIELMINO CRUZ, ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA, MATEUS CLAUDINO CANNARELLA, ADRIANA ROSSI

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: Angiofibromas são tumores vascularizados com histopatologia benigna e mais comumente encontrados em nasofaringe de adolescentes do sexo masculino. Lesões vasculares envolvendo laringe são incomuns, ocorrendo em menos de 1% do total das neoplasias laríngeas. Quando acomete a laringe estes tumores apresentam crescimento lento, porém com morbidade e mortalidade significantes devido à localização nas vias aéreas É imprescindível um bom planejamento cirúrgico para exérese da lesão.

APRESENTAÇÃO DO CASO:  HBS, 70 anos, sexo masculino com queixa de dispnéia há 1 dia, relata história de disfonia e dispnéia progressiva há 2 meses. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, dispnéico. Na nasofibrolaringoscopia apresentou: Lesão tumoral de aspecto vegetante acometendo região supra-glótica e pregas vocais, obstruindo totalmente a fenda glótica. Tomografia Computadorizada de pescoço sem contraste identificou: imagem nodular bocelada de média atenuação obliterando a quase totalidade da luz da laringe infra-glótica. Foi realizada traqueostomia e posterior exérese da lesão através da laringoscopia direta em centro cirúrgico. Nova nasofibrolaringoscopia no 20 PO, que apresentava processo cicatricial em terço médio de prega vocal direita com região subglótica livre. O resultado do anátomo-patológico diagnosticou angiofibroma.

DISCUSSÃO: Angiofibroma de laringe é uma entidade extremamente rara, o principal sítio de localização é a nasofaringe. Quando acomete a laringe, o diagnóstico diferencial com outros tumores vasculares inclui hemangioma e paraganglioma. A laringoscopia indireta ou nasofibrolaringoscopia auxiliam na avaliação das dimensões, localização do tumor, aspecto macroscópico, área da via aérea atingida e comprometimento desta. A tomografia computadorizada com contraste demonstra a lesão vascular e permite verificar se há envolvimento de estruturas adjacentes e determinar possibilidade de acesso e exérese do tumor. A histopatologia é o exame que confirma o diagnóstico. A ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha, a embolização pré-operatória pode diminuir grandes perdas sanguíneas no intra-operatório.

CONCLUSÃO: Angiofibroma de laringe é uma doença extremamente rara, tem evolução lenta e a exérese cirúrgica é o tratamento de escolha.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-061

TÍTULO: ANOMALIA VASCULAR DA ORELHA EXTERNA: RELATO DE DE CASO

AUTOR(ES): HENDERSON DE ALMEIDA CAVALCANTE , WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA, ÉDER AUGUSTO MAGALHÃES NASCIMENTO, MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, LORENA GONÇALVES RODRIGUES, MARJORIE BANHOS CAREPA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA ? UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: As anomalias vasculares são lesões comuns de aspecto tumoral de tecidos moles que acometem crianças e adultos jovens, cerca de 60% ocorrem na em cabeça e pescoço. São classificadas em dois grupos: tumores vasculares e malformações vasculares. O primeiro está incluído as lesões de proliferação vascular, os hemagiomas, que são mais freqüentes; verificados nos primeiros dias de vida, podendo apresentar crescimento rápido, porém, um grande número sofre regressão espontânea.No segundo grupo estão as anomalias morfológicas dos vasos que podem não ser vistas nos primeiros dias de vida, já estando presentes ao nascimento, apresentam crescimento com desenvolvimento corporal, estando presentes na idade adulta e sem regressão espontânea, tratam- se de coleção de vasos malformados, dispostos em tecido sem proliferação vascular. O tratamento cirúrgico geralmente é a regra, sendo investigado através de exames de imagem e embolização prévia.

 

OBJETIVO: Relatar um caso clínico de anomalia vascular com extensão para a orelha externa, que evoluiu após trauma.

 

Relato do caso: GBG, 30 anos, relata que há 14 anos iniciou pequena lesão no conduto auditivo externo(CAE) direito após trauma na região da mandíbula ipsilateral. Evoluiu posteriormente com o crescimento lento da lesão, acompanhada de zumbido pulsátil, sincrônico com os batimentos cardíacos e hipoacusia. Exame otorrinolaringológico evidenciou massa pulsátil, de coloração marrom, com obliteração do CAE direito, móvel, permitindo visualização da membrana timpânica normal. Otoscopia esquerda, rinoscopia e orofaringoscopia sem alterações. Ultrassonografia com Doppler evidenciou massa sólida, hipoecóica, contornos parcial definidos, medindo 27,4 x 22,8mm, localizado no pavilhão auricular direito com comunicação com o CAE direito, apresentando rica vascularização interna com vasos arteriais de alta resistência. Angiotomografia dos vasos do pescoço mostrou imagem expansiva localizada no pavilhão auditivo externo com extensão ao conduto auditivo externo ipsilateral, consistindo num enovelado de vasos malformados, medindo cerca de 4,5 x 4,0 x 3,5cm, vascularizada principalmente pela artéria auricular posterior, ramo da artéria carótida externa. O paciente foi encaminhado para a realização da embolização e tratamento cirúrgico.

METODOLOGIA: Descrição de casos clínicos e revisão de literatura.

CONCLUSÃO: O diagnóstico de anomalias vasculares de orelha externa deve ser considerado nos casos de evolução da lesão após trauma direto ipsilateral a sua origem com presença de característica pulsátil sincrônica com os batimentos cardíacos. Há necessidade de exame de imagem para o diagnóstico e planejamento terapêutico, onde o tratamento cirúrgico geralmente é a regra, sendo muitas vezes necessária embolização prévia, como citado no caso descrito.

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TRABALHO CLÍNICO

P-062

TÍTULO: APLICABILIDADE DO TESTE DE IDENTIFICAÇÃO DO OLFATO DA UNIVERSIDADE DA PENSILVÂNIA (UPSIT) PARA BRASILEIROS: ESTUDO PILOTO

AUTOR(ES): MARCO AURÉLIO FORNAZIERI , FÁBIO DE REZENDE PINNA, THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA, MARCELO BARROS ANTUNES, RICHARD LOUIS VOEGELS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: O teste de identificação do olfato da Universidade da Pensilvânia (SIT) é o exame olfatório mais citado na literatura devido a sua fácil aplicação e alta confiabilidade teste reteste. Ainda não foram normatizados seus valores de olfação normal para a população brasileira. 

OBJETIVO: Verificar o escore no SIT alcançado por um grupo de brasileiros e o nível de dificuldade encontrado para a execução do teste.

METODOLOGIA: A forma de Estudo foi transversal. O SIT foi aplicado a 25 voluntários brasileiros de diversas classes econômicas, sem queixas olfatórias prévias. Após a aplicação do teste, todos preencheram um questionário com uma escala visual analógica (VAS) referente ao nível de dificuldade encontrado na realização do teste.

RESULTADOS: O escore médio da amostra de brasileiros foi 32,5 (desviopadrão: 3,48) de 40, abaixo do considerado normal para a população americana. O nível de dificuldade médio encontrado foi 26mm (desvio padrão: 24,68) segundo a VAS, tendendo a facilidade, e 4(16%) participantes não conheciam algum dos odores escritos nas alternativas.

CONCLUSÃO: Nesse estudo piloto, houve indícios de boa aplicabilidade do teste, com o escore dos brasileiros pouco abaixo da normosmia. São necessários estudos futuros para confirmar a existência de diferença de pontuação entre pessoas de diferente classe econômica.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-063

TÍTULO: APLICAÇÃO DE HOLOGRAMAS NA MEDICINA: RECONSTRUÇÕES 3D EM MOVIMENTO E EM PROJEÇÃO HOLOGRÁFICA

AUTOR(ES): LAURO OTACILIO CAMPOS DE SOUSA , ALESSANDRO MARINHO DE ALBUQUERQUE, JAMES DARY ALMEIDA BARBOSA, RICARDO ALEXSANDRO DE MEDEIROS VALENTIM, GUILHERME RAINER HAETINGER, MARCUS VINICIUS PASSOS, LARISSA ROBERTA CAMPOS DE SOUSA

INSTITUIÇÃO: UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO: A aplicação de hologramas na área da prática médica é um novo, fascinante e revolucionário campo de pesquisa.  Um holograma é uma imagem tridimensional formada com a interferência da luz.   Até o momento, a ciência holográfica tem sido implementada frequentemente nas áreas da arte, entretenimento e segurança.   Entretanto, um escopo extenso de usos da tecnologia holográfica vem se expandindo.   Há uma grande chance de que o crescimento da tecnologia holográfica se espalhe para diversas novas áreas: armazenamento e leitura de dados, exame de materiais, inteligência artificial e medicina.   Uma dos maiores campos para o uso da pesquisa holográfica é o da medicina.  É bastante provável que em poucos anos a tecnologia holográfica seja usada para diagnósticos médicos, ensino, estudo e investigação.  Aliar a projeção holográfica tridimensional em cores com a endoscopia virtual abre um novo e vasto campo de pesquisas na medicina.

OBJETIVOS: Demonstrar as vantagens do uso da holografia e da endoscopia virtual tridimensional como uma nova ferramenta de realidade virtual para aplicações na prática médica.  Apresentar o protótipo do Projetor Holográfico iHoloData (Protegido por Patente).

MATERIAIS E MÉTODOS: Através do uso de dados no formato DICOM (recebidos como slices/fatias 2D) obtidos de Aparelhos de TC e RNM e software montador reconstruímos as fatias bidimensionais da TC ou RNM do paciente em um modelo tridimensional virtual (objeto 3D inicial).     Este objeto 3D inicial é exportado para os softwares profissionais de Computação Gráfica (Autodesk 3DSMAX e Autodesk Maya) onde receberão os algoritmos de programação gráfica proprietários e recursos avançados de C.G. proprietários que desenvolvemos (Protegidos por Patente) para o uso  específico em Reconstruções 3D médicas através de redes de Workstations.   Utilizando câmeras virtuais desenvolvidas com lentes específicas (de 7 a 15 mm) e iluminação virtual para uso em  ambientes virtuais intraluminais bem como técnicas específicas de C.G., montamos a animação do exame de endoscopia virtual tridimensional digitalmente utilizando diversas  funções aplicáveis não encontradas nos Aparelhos de imagem atuais.  Tais funções foram criadas com o auxílio dos algoritmos gráficos proprietários citados anteriormente.   As animações finalizadas das reconstruções 3D virtuais podem então ser projetadas numa camada orientada de micro moléculas de oxigênio produzida pelo nosso Projetor de Hologramas iHoloData (Protegido por Patente) com todo o esplendor de sua alta definição, cores e movimentos.

RESULTADOS: Como resultados observamos a projeção espacial de diversos hologramas tridimensionais de várias reconstruções 3D animadas e em cores através do uso de projeção holográfica mostrando a aplicação da holografia aliada a endoscopia tridimensional de alta resolução.

CONCLUSÃO: As tecnologias de projeção holográfica do futuro estão sendo implementadas rapidamente uma vez que grandes corporações e centros de pesquisa vêem aplicações quase infinitas para as mesmas.   Há inúmeras razões que fazem o uso da técnica holográfica importante para o campo da medicina: A holografia permite exibir imagens tridimensionais de estruturas internas do corpo para diagnose e planejamento cirúrgico, a holografia permite alta resolução, possibilitando ainda a realização de endoscopia holográfica com cores e movimento.

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TRABALHO CLÍNICO

P-064

TÍTULO: APLICAÇÃO DE RETALHOS PARA RECONSTRUÇÃO NASAL PÓS-EXÉRESE DE TUMOR

AUTOR(ES): SUYANE BENEVIDES FRANCO , RAFAELA MAGALHÃES VILLAS BÔAS, JÚLIO CÉSAR GARCIA DE ALENCAR, SARAH HANNA DE CARVALHO ANDRADE, LIA BARROSO SIMONETTI GOMES, DÉBORA JUAÇABA CAVALCANTE, FELIPE BARBOSA LIMA

INSTITUIÇÃO: LIGA DE CIRURGIA PLÁSTICA E MICROCIRURGIA RECONSTRUTIVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO

Reconstrução nasal é sempre difícil para cirurgiões plásticos. Sua localização e as relações entre convexidades e concavidades de subunidades nasais tornam impossível esconder qualquer tipo de deformidade sem uma boa reconstrução. O nariz é um espaço comumente envolvido na cirurgia dermatológica. Os carcinoma basocelular e epidermóide freqüentemente afetam o apêndice nasal e suas estruturas adjacentes. Existe um amplo repertório de técnicas cirúrgicas para a reconstrução desta área, incluindo fechamento primário, retalhos locais ou distantes e enxertos. Retalhos têm vantagens substanciais sobre enxertos porque têm seu próprio suprimento sangüíneo e sua viabilidade não depende inteiramente do leito vascular do defeito cirúrgico.

DELINEAMENTO

Trata-se de um estudo retrospectivo, no que se refere às opções de reconstrução nasal após ressecção tumoral utilizadas no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio HUWC-UFC.

OBJETIVOS

Descrever as técnicas de reconstrução nasal utilizadas em alguns pacientes do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio HUWC-UFC que necessitaram de reconstrução de segmentos da pirâmide nasal após a exérese de tumores de pele, enfatizando a indicação correta do tipo de reconstrução a ser empregada, bem como bons resultados estéticos e funcionais.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo incluiu pacientes com ressecção de câncer de pele. Os defeitos resultantes envolviam pelo menos uma porção do nariz. A reconstrução foi realizado em uma forma modular, abordando cada unidade individual. A dimensão e profundidade do defeito nasal foi inicialmente avaliada.  Foram utilizados enxertos condromucoso, retalhos bilobado, nasolabial, V-Y de parede lateral, dorsonasal, frontal paramediano, dentre outros. A partir de então, definia-se o tipo de retalho a ser utilizado, condizente com a experiência do serviço, perviabilidade do conduto nasal, tecido doador, disponibilidade,bem como os resultados estéticos e de menor risco de complicações.

RESULTADOS

Os resultados foram baseados na viabilidade do retalho, experiência na técnica a ser empregada, extensão da lesão, área comprometida, complicações e resultado estético no pós-operatório. Todos os retalhos cicatrizaram bem por primeira intenção, e os resultados foram aferidos pelo menos satisfatório pelos pacientes, cirurgiões e preceptores do serviço.

CONCLUSÃO

A indicação da técnica cirúrgica utilizada para reconstrução nasal na experiência do Serviço de Cirurgia Plástica do HUWC é condizente com estudos bem fundamentados na literatura e mostrando bons resultados para a expectativa dos pacientes e dos cirurgiões deste serviço.

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TRABALHO CLÍNICO

P-065

TÍTULO: APNEIA DO SONO ASSISTIDA X DIAGNÓSTICO POLISSONOGRÁFICO DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ANEMIA FALCIFORME

AUTOR(ES): CRISTINA SALLES , REGINA TERSE TRINDADE RAMOS, CARLA HILÁRIO DALTRO, ANDRÉA BARRAL, MARCOS ALMEIDA MATOS

INSTITUIÇÃO: ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Introdução: O principal aspecto da fisiopatologia da Anemia Falciforme (AF) é a crise vaso-oclusiva, resultante da polimerização da HbS, levando as hemácias a assumirem o formato de foice, obstrução de vasos sanguíneos de pequeno calibre, hipóxia tecidual, necrose e intensa dor. Ao passo que a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é definida como episódios recorrentes de obstrução completa ou parcial das vias aéreas superiores que ocorrem durante o sono.  A presença da SAOS pode ser um fator de piora da hipoxemia noturna, na AF, concorrendo para a ocorrência da síndrome torácica aguda. Entretanto, pouco tem sido descrito sobre a sobreposição da SAOS na AF, especialmente quanto a possível associação entre os sintomas relacionados aos distúrbios respiratórios do sono (DRS) referidos pelos pais ou responsáveis com o diagnóstico da SAOS através da polissonografia, em crianças e adolescentes com AF.

Objetivo: avaliar possível associação entre os sintomas dos distúrbios respiratórios do sono referidos pelos pais de crianças e adolescentes com AF e o índice de apnéia e hipopnéia observado através da polissonografia.

Métodos: trata-se de estudo do tipo corte transversal, em 85 crianças e adolescentes portadoras de AF. Foi aplicado questionário para investigar características relacionadas com distúrbios respiratórios do sono e características sócio-demográficas, que foram respondidas pelos pais ou responsáveis. Todos os 85 pacientes foram submetidos a polissonografia noturna. Para tabulação e análise dos dados: programa estatístico SPSS. As variáveis quantitativas foram expressas através de média ± desvio padrão ou mediana e amplitude interquartil. As variáveis qualitativas foram expressas através de freqüências simples e relativas, e como medida de associação foi utilizada a razão de prevalência.

Resultados: Da amostra original de 100 pacientes, 85 realizaram todas as etapas da pesquisa. As perdas foram devido a indisponibilidade dos responsáveis. A média da idade dos participantes: 9,3 ± 3,9 anos, sendo 58,8% do gênero masculino, e 71,8% se auto-definiram como pardos. O diagnóstico da SAOS em crianças e adolescentes portadores da AF foi determinada, através da polissonografia, em 9 pacientes, ou seja, a prevalência da SAOS nessa população foi de 10,6%, e a do ronco foi de 44,7%. As crianças e adolescentes portadoras de AF apresentaram razão de prevalência de desenvolver a SAOS quando tinham queixa de apnéia do sono assistida (9,4 vezes), rinorréia desencadeada por alergenos (9,0 vezes), e finalmente para aqueles com queixa de ronco (4,5 vezes), referida pelos pais ou responsáveis.

Conclusão: Foi observado associação entre apneia do sono assistida, rinorréia desencadeada por alérgenos e ronco referidos pelos pais de crianças e adolescentes com Anemia Falciforme com  o índice de apneia e hipopneia observado através da polissonografia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-066

TÍTULO: APNEIA DO SONO EM CRIANÇA SEM HIPERTROFIA ADENOTONSILAR: PAPEL DA TONSILA LINGUAL

AUTOR(ES): CATIA DE SOUZA SALEH , DENISE MANICA, LARISSA VALENCY ENÉAS, CLÁUDIA SCHWEIGER, MARIANA MAGNUS SMITH, GABRIEL KUHL

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: A presença de apnéia do sono na população pediátrica atualmente está bem estabelecida, assim como seus efeitos deletérios para o desenvolvimento da criança. A maioria dos casos de apnéia do sono, especialmente em crianças sem alterações sindrômicas ou neurológicas, é a hipertrofia das tonsilas palatinas e/ou da tonsila faríngea (adenóide).

CASO CLÍNICO: Paciente de 4 anos de idade, previamente hígido, é levado a atendimento com história de ronco, sono agitado e apnéias. Exame otorrinolaringológico mostrando adenóide pequena (ocupando menos de 20% da luz do cavum) e tonsilas grau 1. Diante da clínica descrita foi solicitada polissonografia, que evidenciou distúrbio obstrutivo grave, com IAH de 32. Submetido a endoscopia de via aérea sob sedação para investigação da obstrução, evidenciou-se acentuada hipertrofia de tonsila lingual. O restante da via aérea estava normal. O paciente foi submetido à ressecção da tonsila lingual com uso de laser de CO2, sem intercorrências. A clínica de apnéia melhorou imediatamente após a cirurgia e a polissonografia de revisão realizada 3 meses após procedimento evidenciou melhora significativa, com IAH de 2,4.

DISCUSSÃO: A maior causa de apnéia do sono em crianças pré-escolares é a hipertrofia adenotonsilar. Entretanto, frente a um paciente com clínica de apnéia, na ausência de hipertrofia adenotonsilar, é fundamental a realização de polissonografia para confirmação deste diagnóstico. E, uma vez confirmada a presença de eventos obstrutivos, está indicada a endoscopia de via aérea sob sedação (laringoscopia e broncoscopia) para diagnosticar a causa da obstrução. A hipertrofia de tonsila lingual não é freqüente, mas pode ser causa de obstrução grave durante o sono, como no caso relatado. Os pacientes com síndrome de Down são mais propensos a apresentar essa hipertrofia e é importante que os médicos assistentes estejam atentos à esta possibilidade.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-067

TÍTULO: APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE SCHWANNOMA VESTIBULAR

AUTOR(ES): FABIO SCAPUCCIN , FLÁVIO SERAFINI

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

INTRODUÇÃO

Tumores do VIII par craniano, conhecidos como Schwannoma Vestibular, são proliferações anômalas, não malignas, geralmente unilaterais e crescimento lento. Os sintomas são perda auditiva súbita ou progressiva, zumbido e vertigem podendo apresentar-se associados ou mesmo isoladamente. Sua incidência é de 1:100.000 habitantes/ano. A não suspeição e controle do mesmo pode levar a compressão de estruturas importantes como o tronco cerebral, dificultando a cirurgia e podendo levar a óbito.

OBJETIVO

Relatar caso de paciente de 80 anos com anacusia unilateral há 55 anos com historia recente de hipoacusia progressiva contra-lateral.

METODOLOGIA

Estudo realizado em paciente do ambulatório de otorrinolaringologia através dos seguintes exames subsidiários: Audiometria Tonal com teste discriminativo vocal, Imitanciometria e Ressonância Nuclear Magnética.

RELATO DE CASO

ID - TMS, Feminino, 80 anos, dona de casa, natural e procedente de Taubaté.

Q/D ? Surdez progressiva da orelha esquerda há 2 anos.

HDA ? Paciente procurou o ambulatório de otorrinolaringologia com uma queixa de déficit auditivo progressivo em orelha esquerda, tendo dificuldade para entender mulheres e crianças. Anacusia de orelha direita há 55 anos, desde que teve pneumonia e a tratou com antibióticos injetáveis. Comunica-se bem sem alteração da fala.

HPP ? Acompanha Diabetes Mellitus tipo 2 há 1 ano, mantém pressão em níveis normais (dieta hipossódica). Refere 1 cesárea, nega outras cirurgias.

HF ? Não apresenta caso de surdez na família.

Exame Físico ? Bom estado geral, exame otorrinolaringológico sem alterações, otoscopia, musculatura e sensibilidade facial também sem alterações.

Audiometria ? Perda profunda em graves e agudos, com perda severa em médios à direita. Perda moderada somente em agudos (4,6 e 8 kHz), discriminação normal à esquerda (56 para dissílabos, e 45 para monossílabos).

DISCUSSÃO

Em revisão de literatura sobre Schwannoma Vestibular verifica-se que sua incidência é ãpredominante no sexo feminino entre a quarta e a sexta década de vida. As manifestações clínicas dos tumores intra-canaliculares diferem dos schwannomas de maior tamanho, existindo formas atípicas de apresentação como ilustrado nesse trabalho. A historia de surdez por pneumonia há 55 anos com uso de antibióticos pode pensar em ototoxicidade. A evolução de Schwannoma costuma ser lenta, porém revela-se em 10-15 anos. É possível que o Schwannoma ocorreu coincidentemente na mesma orelha afetada há 55 anos e seja uma lesão expansiva mais recente.

CONCLUSÃO

As disacusias Sensórioneurais unilaterais e mesmo as bilaterais cuja avaliação audiométrica evidencia curvas assimétricas, a baixa discriminação devem sempre ser investigadas para o Schwannoma independente da historia clinica sugerir outra etiologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-068

TÍTULO: APRESENTAÇÃO INCOMUM DE SÍFILIS SECUNDÁRIA EM PAVILHÃO AURICULAR: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): CAMILA DEGEN MEOTTI, GABRIELA GOMES MÂNICA, MAURÍCIO NOSCHANG LOPES DA SILVA, JULIANA CATUCI, VANESSA SANTOS, LUIZ LAVINSKY

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: A sífilis é uma infecção crônica causada pela espiroqueta Treponema pallidum. Pode ser transmitida por contato sexual, transmissão materno-fetal, transfusão de órgãos e contato de mucosa lesada com secreções ricas em espiroquetas. Após 4 a 8 semanas do surgimento do cancro (sífilis primária), se não tratado, o paciente pode desenvolver a sífilis secundária, que representa a disseminação hematogênica das espiroquetas. A superfície epitelial em 80% dos casos esta envolvida, gerando uma ampla manifestação cutaneomucosa. Os otorrinolaringolo-gistas têm especial interesse na sífilis terciária, que ocorre 1 a 10 anos após a infecção, pois pode apresentar perda auditiva neurossensorial, nariz em sela, perfuração septal, paralisia pregas vocais, paralisia facial, entre outras manifestações.

APRESENTAÇÃO DO CASO: Masculino, 77 anos, com placa eritemato-violácea infiltrada, acometendo pavilhão auricular direito e região pré-auricular, com 2 meses de evolução. Otoscopia demonstrava as mesmas lesões no conduto auditivo externo, poupando a membrana timpânica. O paciente referia hipoacusia há muitos anos, progressiva. Realizada biópsia com punch da região pré-auricular, com achados de infiltrado linfoplasmocitário perivascular predominantemente superficial de intensidade acentuada associada a alterações eczematóides subaguda. Pesquisa de fungos negativa. Lesões sugestivas de secundarismo. A pesquisa de VDRL foi reagente na diluição de 1/256. O FTA-ABS foi reagente.

Foi instituído tratamento com penicilina benzatina 1.200.000 UI, 1 vez por semana, por 3 semanas. O paciente apresentou regressão completa das lesões. Após o diagnóstico, foi realizada audiometria, para  descartar alterações centrais da doença (neurosífilis ou otosífilis). O exame foi sugestivo de presbiacusia (perda neurossensorial descendente em agudos), com boa discriminação.

DISCUSSÃO: A sífilis secundária típica apresenta a roséola sifilídica, as placas em palma das mãos e planta dos pés e o condiloma plano. Geralmente são lesões que não causam dor ou prurido. No caso demonstrado, as lesões eram assintomáticas. Entretanto, o paciente apresentou lesão isolada de pavilhão auricular, manifestação atípica. O diagnóstico diferencial das otites externas foi fundamental neste caso, sendo que as principais hipóteses diagnósticas foram otite externa maligna, pericondrite e condrite do pavilhão, policondrite recidivante e otite externa eczematosa.             Como o paciente não apresentava dor (sintoma característico de otite externa maligna e das condrites) e acometia a pele da região pré-auricular e do lobo da orelha, sem outras lesões de pele que levassem ao diagnóstico de eczema, foi optado por biópsia de pele, que elucidou o diagnóstico.  Excluímos a hipótese de otosífilis (terciária) devido à boa discriminação do paciente à audiometria vocal, compatíveis com os limiares tonais, afastando lesão central.

CONCLUSÃO: Demonstramos um caso de sífilis secundária acometendo pavilhão auricular, uma manifestação rara da doença. Por ser um local comumente acometido por diversas affecções, devemos estar atentos aos diagnósticos diferenciais das otites externas. Além disso, sendo a sífilis uma doença de variada apresentação clínica, devemos ter este diagnóstico sempre em mente quando se tratar de lesões cutâneas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-069

TÍTULO: APRESENTAÇÕES ATÍPICAS DE ADENOMA PLEOMÓRFICO.

AUTOR(ES): BETTINA CARVALHO , ANDRÉIA K. RICARDO DOS SANTOS, ANNELYSE CRISTINE BALLIN, CARLOS HENRIQUE BALLIN, SILVIO GOMES BETTEGA, CARLOS ROBERTO BALLIN, MARCELO BETTEGA

INSTITUIÇÃO: HC/UFPR

INTRODUÇÃO: O Adenoma pleomórfico (AP) é a neoplasia benigna mais comum em glândulas salivares. Ocasionalmente, pode estar presente em canal auditivo externo, palato mole, palato duro, mucosa oral, laringe e cavidade nasal. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi relatar dois casos de AP com apresentação clínica diferenciada e em localização rara: úvula e concha nasal inferior (CNI) e discutir a variedade de apresentação deste tipo de tumor. RELATO: Caso 1: Paciente, há cerca de 20 anos, com queixa de engasgos freqüentes e lesão de crescimento progressivo em úvula, foi submetida à uvuloplastia com exérese total da lesão. O exame anatomopatológico sugeriu AP. A paciente está em acompanhamento ambulatorial e seis meses após a cirurgia permanece assintomática e sem sinais de recorrência tumoral. Caso 2: Paciente com queixa de obstrução nasal progressiva em cavidade nasal direita com 12 meses de evolução, apresentava desvio de septo e hipertrofia de conchas nasais. Foram realizadas septoplastia e turbinectomia. O exame anatomopatológico sugeriu adenoma pleomórfico e a tomografia computadorizada dos seios paranasais revelou massa extensa da concha nasal inferior até coana direita. A turbinectomia total à direita por via endoscópica nasal foi o procedimento cirúrgico complementar escolhido. Doze meses após a cirurgia a paciente permanece assintomática e sem sinais de recorrência tumoral. CONCLUSÕES: O AP localizado tanto em úvula como em concha nasal inferior é raro. Esta neoplasia deve ser sempre lembrada no diagnóstico diferencial de lesões de cabeça e pescoço para que, com o tratamento cirúrgico precoce, evite-se sua evolução para malignização.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-070

TÍTULO: AQUEDUTO VESTIBULAR ALARGADO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): WILIAN MADUELL DE MATTOS , THIAGO PONTES EUGÊNIO, GISELI REBECHI, GIULIANO AQUINO, ANTÔNIO AUGUSTO LOPES SAMPAIO, ANDY DE OLIVEIRA VICENTE

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: O aqueduto vestibular é um canal ósseo na porção petrosa do osso temporal que contém o ducto endolinfático, o qual atua com função de filtro metabolicamente ativo que regula o volume e composição da endolinfa. Atravessa a cápsula ótica entre a fossa craniana posterior e uma abertura na parede medial do vestíbulo. A apresentação clínica da Síndrome do Aqueduto Vestibular (SAVA) é variável, podendo manifestar como disacusia congênita ou adquirida na infância,  neurossensorial ou mista. Com o advento da tomografia computadorizada, foi constatado que o achado de aqueduto vestibular alargado é a anormalidade radiográfica mais comum em crianças com perda auditiva neurossensorial, presente em torno de 10% destes.

OBJETIVO: Descrevemos um caso de perda auditiva severa em uma criança que inicialmente fora atribuído à otite média com efusão e na investigação foi encontrado alargamento dos aquedutos vestibulares. Discute-se a investigação.

RELATO DE CASO: Paciente feminina de nove anos de idade procurou Serviço de Otologia do Instituto CEMA com queixas de hipoacusia, amigdalites e otites de repetição. O exame clínico revelou comportamento auditivo suspeito e otoscopia com efusão bilateral. A audiometria tonal e vocal resultou em perda auditiva mista severa a profunda do lado direito e moderada à severa do lado esquerdo com pior padrão em freqüências agudas. As curvas timpanométricas foram tipo B. A tomografia computadorizada (TC) de ossos temporais demonstrou efusão em orelha média e alargamento do aqueduto vestibular bilateral.

DISCUSSÃO: Alargamento do aqueduto vestibular é o achado radiológico mais comum em crianças com perda auditiva neurossensorial. Quando em conjunto com perda auditiva, recebe a denominação de SAVA. O aqueduto vestibular é considerado normal quando não ultrapassa o diâmetro do canal semicircular adjacente ou inferior a 1,5 mm. A perda auditiva associada à SAVA é geralmente bilateral e mista. Expressa-se habitualmente como uma disacusia severa e  de caráter progressivo em um terço dos casos. Foi demonstrado que SAVA pode apresentar perda auditiva mista sem evidência de doença em orelha média em torno de 90%. Também é encontrado em associação com anormalidade em orelha interna. As alterações de orelha interna mais comumente encontradas são a deficiência de septo interescalar entre o giro médio e apical da cóclea e vestíbulo dilatado. O aqueduto alargado pode atuar como uma terceira janela labiríntica patológica causando perda auditiva condutiva por dissipar a energia acústica, produzindo uma queda na pressão sonora no vestíbulo.Pacientes com SAVA devem ser investigados e orientados quanto ao prognóstico da perda auditiva, bem como evitar condições que favoreçam traumatismos ou aumento da pressão intracraniana.

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TRABALHO CLÍNICO

P-071

TÍTULO: ARNICA NO CONTROLE DE HEMATOMAS PÓS RINOSPLASTIA : ESTUDO DUPLO-CEGO PLACEBO CONTROLE.

AUTOR(ES): CECIL CORDEIRO RAMOS

INSTITUIÇÃO: ALERGO RINO SERVIÇOS MÉDICOS

INTRODUÇÃO: São da época de Hipócrates as primeiras referências ao uso de Arnica (plantas herbáceas da família das Asteráceas) no tratamento de contusões, atuando na melhora dos hematomas e do processo de cicatrização. Nosso trabalho objetiva avaliar se existe alguma melhora na evolução dos hematomas pós rinoplastias quando do uso de Arnica no pós operatório.

MATERIAL E MÉTODO: Trabalho prospectivo, horizontal, duplo-cego, placebo controle, em 32 mulheres submetidas a rinoplastias, com idades entre 15 e 52 anos, randomicamente divididas em dois grupos: Grupo A ? Quinze pacientes

receberam Arnica Homeopática C20; Grupo B(Controle) ? Dezessete pacientes receberam Placebo Homeopático; ambos os grupos iniciaram a medicação 3 dias antes do procedimento cirúrgico e continuaram seu uso até o décimo quarto pós

operatório. Os pacientes foram acompanhados diariamente até o desaparecimento total dos hematomas. As variáveis analisadas foram a presença de hematoma e seu tempo de evolução.

RESULTADOS:Todas as pacientes desenvolveram algum grau de hematoma. No Grupo A, que recebeu Arnica Homeopática, a duração dos hematomas foi de 5 dias em 3 pacientes, 6 dias em 4 pacientes, 7 dias em uma paciente, 8 dias em 4 pacientes, 9 dias em duas pacientes e 12 dias em uma paciente. No Grupo B, que recebeu Placebo Homeopático, a duração do hematoma foi de 5 dias em 1 paciente, 6 dias em 4 pacientes, 7 dias em 3 pacientes, 8 dias em 6 pacientes, 10 dias em

3 pacientes. A análise estatística foi feita por comparações múltiplas de Tukey. Os valores de p< 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Não foi observada diferença estatisticamente significante entre os grupos A e B.

DISCUSSÃO: Embora Arnica possa ser manipulada de diferentes formas, em diferentes meios, a opção pela Arnica Homeopática ocorreu em função da preferência dos pacientes por esta modalidade terapêutica e pela facilidade de padronização da droga. Outras modalidades de Arnica, em diferentes meios e concentrações podem apresentar resultados diversos aos deste trabalho.

CONCLUSÃO: O uso de Arnica Homeopática C 20 não se mostrou estatisticamente eficiente na modificação da evolução dos hematomas pós rinoplastias.

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TRABALHO CLÍNICO

P-072

TÍTULO: ARTIGO DE REVISÃO ? UTILIZAÇÃO DE CÉLULAS TRONCO NO REPOVOAMENTO DE CÓCLEA

AUTOR(ES): FABIANO DE TROTTA , MARCELO CHARLES PEREIRA, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, ANTONIO CELSO NASSIF FILHO, THANARA PRUNER DA SILVA, ANA CRIATINA SILVESTRI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA

INTRODUÇÃO: A regeneração de células ciliadas danificadas da orelha interna é o principal objetivo na tentativa de cura das muitas formas de perda auditiva e distúrbios vestibulares. O uso de implantes cocleares na restauração da perda neurossensorial e o uso de aparelhos auditivos, que amplificam o som e superam a perda auditiva condutiva na orelha média são as únicas terapias para surdez no momento. Ambas, porém, restauram a capacidade auditiva com moderado sucesso. Muito tem sido realizado desde a descoberta da produção de células ciliadas a partir de células-tronco embrionárias e da regeneração de células ciliadas externas nos não-mamíferos. Essa capacidade de regeneração natural em aves e anfíbios traz a esperança de que é possível a regeneração dessas células em seres humanos.

OBJETIVO: Nesta revisão, serão discutidas algumas das mais recentes descobertas no uso de células tronco para o reparo de tecidos e regeneração das células ciliadas da orelha interna. Revemos aqui as atuais introspecções de que as células adultas, as células-tronco embrionárias e as células-tronco induzidas possam ser possíveis fontes de células para semeadura da cóclea, na esperança de formação de novas células ciliadas.

METODOLOGIA:

 

CONCLUSÃO: Não há mais duvida de que as células-tronco adultas e embrionárias possuem um grande potencial terapêutico, porém obviamente são ainda necessárias muitas pesquisas antes do seu uso comum.

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TRABALHO CLÍNICO

P-073

TÍTULO: AS EMISSÕES OTOACÚSTICAS ? TESTE DA ORELHINHA NO RECÉM-NASCIDO: SENTIMENTOS E EXPECTATIVAS MATERNAS EM RELAÇÃO AO RESULTADO

AUTOR(ES): MARINA NEVES REBOUÇAS , VALERIANA DE C. GUIMARÃES, MARIA ALVES BARBOSA

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS

OBJETIVO: Trata-se de estudo descritivo em abordagem qualitativa, com objetivo de investigar os sentimentos e expectativas expressas pelas mães de recém-nascidos em relação ao resultado do teste da orelhinha. MÉTODOS: Foram entrevistadas onze mães, em um hospital público universitário em Goiás, cujos bebês apresentaram ausência de emissões no primeiro teste, sendo encaminhadas para reteste. Os dados foram obtidos por meio de entrevista individual com as mães dos recém-nascidos, sendo analisados os seguintes parâmetros: desconfiança sobre a audição do filho, conhecimento sobre a surdez, e expectativas frente ao resultado. RESULTADOS: A análise dos discursos expressos pelas mães, evidenciou reações emocionais diversas variando de acordo com conhecimento e suspeita da mãe sobre a audição do filho. CONCLUSÃO: O diagnóstico de surdez não é fácil de ser comunicado por ser uma situação difícil e que causa sofrimento dos pais. Considerando a importância que exige o momento, a família merece atenção especial dos profissionais de saúde envolvidos no processo, diante do diagnóstico de surdez.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-074

TÍTULO: ASPECTOS CLINICO-FUNCIONAIS DA PAPILOMATOSE DE PREGAS VOCAIS

AUTOR(ES): DAVID GRECO VARELA , GENTILEZA SANTOS MARTINS NEIVA, MARÍLIA PINHEIRO VASCONCELOS, JULIANA ROCHA VELOSO, THIAGO ALCANTARA, TIAGO BARROS DA ROCHA, NILVANO ALVES DE ANDRADE

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL SANTA IZABEL - BAHIA

INTRODUÇÃO: O papiloma é considerado o tumor benigno mais comum da laringe, com grande tendência a recorrência e progressão, independente do tratamento instituído. Alguns autores o descrevem como uma condição pré-maligna. Geralmente, manifesta-se com rouquidão, mas pode cursar com obstruções agudas de vias aéreas. A glote é o sítio mais comum de acometimento. A papilomatose laríngea pode ser classificada como juvenil ou de adulto, segundo a idade. Em relação à severidade da doença, é dividida em benigna e agressiva. OBJETIVOS: Descrever o perfil clínico funcional da papilomatose laríngea recorrente em serviço de referência de Otorrinolaringologia. MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos no estudo os pacientes atendidos no Ambulatório de Laringologia do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Santa Izabel entre maio de 2009 e maio de 2010 e que foram submetidos a microcirurgia para tratamento de papilomatose laríngea. Foram analisados dados relativos à idade de ocorrência da doença, evolução, acesso ao diagnóstico laringoscópico e ao tratamento cirúrgico. DISCUSSÃO: A amostra constituiu-se de 17 casos, a média de idade foi de 20,4 anos, compuseram a amostra 11 casos (64,7%) que puderam ser classificados como papilomatose juvenil, sendo a média de idade deste grupo 11,1 anos. O grupo de papilomatose adulto foi composto por 6 casos (35,3%), com média de idade de 39 anos. A classificação de evolução agressiva ficou prejudicada pelo período curto de observação. Da amostra estudada foram recebidos 2 pacientes (11,7%) já traqueostomizados e  12 (70,5%) estavam realizando sua segunda ou número superior de intervenções. CONCLUSÃO: A amostra demonstrou ainda a alta freqüência de recorrência da doença em adultos e crianças. O número de papilomatoses diagnosticadas em idade adulta foi maior que o esperado, podendo configurar uma mudança no perfil de manifestação desta patologia ou diagnóstico tardio.

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TRABALHO CLÍNICO

P-075

TÍTULO: ASPECTOS CLÍNICOS E ETIOLÓGICOS DAS PARALISAS DAS PREGAS VOCAIS

AUTOR(ES): RENATA MIZUSAKI IYOMASA, ARIANE ORNELLAS DUTRA, DANIELA DE SOUZA NEVES, EMANUEL CELICE CASTILHO, SILKE ANNA THEREZA WEBER, REGINA HELENA GARCIA MARTINS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP/DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

Introdução

As paralisias laríngeas podem ser uni ou bilaterais, apresentam causas diversas, destacando-se entre elas iatrogênicas (cirurgias cervico-toracicas, seqüelas de intubação), neoplásicas (tireoideanas, pulmonares, esofágicas, torácicas), infecciosas (doenças granulomatosas, virais), traumáticas (acidente automobilístico, arma branca e arma de fogo) e idiopáticas. Nas unilaterais predominam sintomas de rouquidão e nas bilaterais, dispneia e estridor. O topodiagnóstico exige protocolos de avaliação que contemplem as diversas causas e o trajeto dos nervos envolvidos. Casuística e Métodos ? A pesquisa recebeu aprovação pelo comitê de Ética da Instituição, sendo realizado estudo retrospectivo dos pacientes com diagnóstico endoscópico de paralisas laríngeas atendidos nos ambulatórios de ORL da instituição no período de cinco anos. Foram analisados: idade, sexo, lateralidade da lesão e diagnóstico etiológico. Todos os pacientes foram submetidos aos seguintes exames para confirmação do diagnóstico: tomografia de base de crânio, RX de tórax e/ou tomografia, ultra-sonografia de glândula tireóidea e /ou cintilografia, exames bioquímicos e sorológicos. Todos foram submetidos aos exames de videolaringoestroboscopia (Multifunctional Videosystem XE50-EcoX, fonte estroboscópica Atmos,Alemanha), telescópio rígido (70º, 8mm, ASAP). resultados ? Foram identificados 79 pacientes (41 F, 38 M), sendo 65 adultos e 14 crianças. As paralisias bilaterais ocorreram em 12 casos (4 adultos e 8 crianças) e unilaterais em 67 casos (61 adultos e 6 crianças). Destas, 35 comprometeram o lado esquerdo e 32 o direito. As etiologias que mais se destacaram nos adultos, em ordem decrescente de freqüência foram: iatrogênica (n-20), idiopática (n-15), neoplásica (n-9; pulmonar - 4, tireoideano - 3; encefálico - 2), infecciosa (n-5) e traumatismo cervical (n-6), traumatismo cranioencefálico (n-4), acidente vascular cerebral (n-3), tromboembolismo pulmonar (n-1), doença neuromuscular (n-1), cisto tireoideano (n-1). Nesses pacientes, as causas iatrogênicas corresponderam à seqüela de cirurgias ortopédicas de coluna cervical (n-8), de glândula tireóidea (n-6) e de cirurgia cardíaca (n-3), além da seqüela de intubação (n-3). Nas crianças, as etiologias de destaque foram: iatrogênica (n-5), idiopática (n-1), infecciosa (n-1), neurológica (n-7), sendo que entre as iatrogênicas destacaram-se as seqüelas de cirurgia cardíaca (n-2) e pós intubação (n-3). Conclusões ?Na população estudada, as paralisias laríngeas foram mais freqüentes em pacientes adultos do que em criança. Nos adultos, tiveram maior destaque as causas iatrogênicas e idiopáticas e nas crianças, comprometimento neurológico seguido de causas iatrogênicas. O comprometimento do nervo laríngeo direito foi discretamente inferior ao do lado esquerdo fato este atribuído ao relevante número de seqüelas iatrogênicas de cirurgias cervicais e seqüelas de intubação.Os resultados reforçam a importância da aplicação de protocolos de investigação de topodiagnóstico nas paralisas laríngeas

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TRABALHO CLÍNICO

P-076

TÍTULO: ASPECTOS DIAGNÓSTICO DO ESTESIONEUROBLASTOMA

AUTOR(ES): MIGUEL SOARES TEPEDINO , THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA, FRANCINI GRECCO DE MELO PÁDUA, RENATA LOPES MORI, MARIA DANTAS COSTA LIMA GODOY, RICHARD LOUIS VOEGELS, MARCO AURÉLIO FORNAZIERI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: O estesioneuroblastoma é um tumor nasal raro cuja baixa incidência nas instituições dificulta o estudo dos aspectos da apresentação desta doença ao diagnóstico. Não existem sintomas específicos, assim como para a maioria dos tumores malignos nasais e paranasais. Seu local de origem e os sintomas iniciais e relativamente inócuos de obstrução nasal unilateral e epistaxe conduzem para uma apresentação tardia com extensão para fossa anterior do crânio através da fossa olfatória na maioria dos casos. O estudo deste tumor é complicado por vários fatores: falta de consenso sobre qual o melhor acesso cirúrgico, ausência de um sistema de estadiamento universalmente aceito, as séries heterogêneas com número de pacientes limitados pela baixa incidência em um único centro, e o fato de nestes centros modificações substanciais no tratamento ocorreram ao longo do tempo. Essa disparidade de informações justifica a necessidade de avaliar a nossa experiência com este tumor.

OBJETIVO: Avaliar os aspectos diagnósticos dos pacientes com estesioneuroblastoma em nossa instituição durante um período de trinta anos.

MATERIAL E MÉTODOS: Dezesseis pacientes com diagnóstico histopatológico de estesioneuroblastoma entre 1978 e 2008 foram identificados.  Através de estudo retrospectivo com análise de prontuários, foram colhidos dados epidemiológicos, sintomatologia apresentada até o diagnóstico, e avaliada a extensão da lesão por de exames de imagem e exames endoscópicos, quando presentes. Os pacientes também foram estadiados  conforme os critérios de Kadish e TNM. Foi realizada análise estatística dos dados.

RESULTADOS: A idade dos pacientes variou de 16 a 59 anos (± 33,4 anos) e 75% (12 pacientes) eram do sexo masculino. O tempo médio do início da queixa ao diagnóstico variou de 2 a 60 meses (média de ± 16,5 meses). Os sintomas mais prevalentes no diagnóstico foram obstrução nasal (87,5%), epistaxe (75%), deformidade facial (56,25%), secreção nasal (37,5%) e proptose (37,5%).

Segundo Kadish, o estadiamento foi em 6,25% dos pacientes do tipo A, 37,5% do tipo B e 56,25% do tipo C. Segundo o critério TNM, 12,5% dos pacientes foram classificados como T1, 31,25% como T2, 25% como T3 e 31,25% como T4. Ainda segundo este critério, apenas 12,5% dos pacientes foram classificados como N1 e apenas 12,5% como M1. Não houve correlação entre o estadiamento e a década em que foi realizado o diagnóstico.

CONCLUSÕES: Em nossa instituição nos últimos 30 anos foram mais prevalentes os casos em homens na terceira década e que mais comumente queixaram-se de obstrução nasal e epistaxe. Esses pacientes apresentam uma demora para procurar assistência médica com tempo médio do início dos sintomas ao diagnóstico de 16 meses, refletindo no pequeno número de casos diagnosticados com melhor estadiamento. Na análise dos dados não houve correlação entre o estadiamento e a década em que foi realizado o diagnóstico, o que representa que mesmo com a introdução de novos métodos diagnósticos nossos pacientes ainda chegam com mesmo grau de evolução da doença.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-077

TÍTULO: ASSOCIAÇÃO CLÍNICO RADIOLÓGICA DO ABSCESSO LÍNGUAL

AUTOR(ES): FÁBIO SILVA ALVES , LUANA GONÇALVES DE OLIVEIRA, CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI, LUCIANA GIRO CAMPOY BASILE, IVAN DE PICOLI DANTAS, JOSÉ MARIA MORAES DE REZENDE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO:

Abscesso lingual é uma entidade clínica incomum. Tem se tornado extremamente raro após a descoberta dos antibióticos sendo relatado somente 200 casos nos últimos 160 anos.(1,2)

A literatura frequentemente omite descrições desta entidade, as quais estão associadas a trauma oral,e corpos estranhos(3).

No entanto esses abscessos apresentam uma morbidade elevada, podendo evoluir rapidamente para complicações como a insuficiência respiratória, pericardite, trombose venosa, rupturas arteriais, choque séptico, e mediastinite (taxa de mortalidade ao redor dos 40%).(4)

O tratamento é eminentemente clínico desde que o abscesso esteja em fase inicial. Em caso de complicações passa a ser indicado a drenagem cirúrgica. O prognóstico é considerado bom.

RELATO DO CASO:

Paciente masculino, 37 anos, branco, procurou serviço ambulatorial de otorrinolaringologia da Santa Casa de Misericórdia de Campinas devido disfagia, sialorréia  e dispnéia aos pequenos esforços há 3 dias. Refere ter ingerido há um mês, uma fruta nativa do cerrado brasileiro denominada Pequi (caryocar brasiliense). Notou sensação de corpo estranho em região dorsal  esquerdo da língua. Refere ter ?raspado? a língua e manipulado-a inadvertidamente

Ao Exame Otorrinolaringológico apresentou à oroscopia presença de abaulamento da região dorsal e assoalho lingual à esquerda, sialorréia importante e incapacidade de oclusão dentária devido edema lingual. Rinoscopia e Otoscopia sem alteraçöes Os dentes apresentavam-se em mal estado de conservação.

O paciente foi internado sendo prescritos, na admissão, os seguintes medicamentos: Amoxacilina + Ácido Clavulânico, Metronidazol, corticóide em dose  não imunossupressora.

Solicitada Tomografia Computadorizada do Pescoço na qual evidenciou área heterogênea hipodensa com impregnação periférica pelo contraste e focos de necrose no assoalho da boca, notadamente do lado esquerdo, envolvendo a musculatura e língua com extensão ?as pregas glossoepiglóticas, epiglote e espaço pré-epiglótico e acometimento da prega ariepiglótica esquerda; discreta densificação do espaço parafaríngeo esquerdo, sem sinais de compressões significativas. Foi colhido secreção para cultura e antibiograma.

Foram isolados os seguintes microorganismos na cultura: Klebsiela pneumoniae, Citrobacter freundii, Escherichia coli, Enterococcus faecalis.  Recebeu alta após 10 dias de internação com antibiótico, analgésicos e retorno em 7 dias.

DISCUSSÃO E COMENTÁRIOS FINAIS:

Este relato de caso tem o intuito de aumentar o conhecimento entre médicos de emergência e cirurgiões de cabeça e pescoço a respeito dos achados clínicos do abscesso agudo lingual.

Bactérias do tipo Gram positivo, Gram Negativo e anaeróbios estão frequentemente associadas ao abscesso lingual.(5)

Como diagnóstico diferencial temos a Angina de Ludwig que consiste na infecção do espaços submandibulares. De acordo com Grodinsky & Holyoke(6), acomete os dois componentes do espaço submandibular (espaço sublingual e espaço submaxilar).

O diagnóstico de abscesso lingual baseado somente em parâmetros clínicos não é preconizado pela literatura. (1) A tomografia computadorizada, juntamente com a ressonância nuclear magnética, pode nos dar, as dimensões e a localização de um abscesso lingual. Freqüentemente, compromete tanto os espaços cervicais superficiais e como os profundos, evidenciando aumento de partes moles e a perda do contorno ovalado do pescoço nos cortes axiais, que passa a ser arredondado. Além disso, a tomografia computadorizada possibilita ao cirurgião planejar melhor a abordagem no caso de precisar drenar o abscesso ou ainda avaliar a evolução da terapêutica instituída.

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TRABALHO CLÍNICO

P-078

TÍTULO: ASSOCIAÇÃO DA TERAPIA DE RETREINAMENTO DO ZUMBIDO COM A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DO ZUMBIDO

AUTOR(ES): LISIANE HOLDEFER , CARLOS AUGUSTO COSTA PIRES DE OLIVEIRA, ALESSANDRA RAMOS VENOSA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO: Embora os tratamentos em grupos para o zumbido sejam uma área bem documentada na literatura internacional, até onde se sabe, nunca foi documentada no Brasil.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é verificar a eficácia de um tratamento em grupo para zumbido utilizando técnicas da Terapia de Retreinamento do Zumbido (TRT) e na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) associadas.

METODOLOGIA: Estudo de coorte prospectivo, no qual 56 sujeitos foram recrutados para a pesquisa, respondendo ao Inventário do Handicap do Zumbido (THI) e à escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), antes e depois do tratamento. Foram realizadas 6 sessões estruturadas segundo os princípios da TRT, associada a técnicas cognitivo comportamentais.

RESULTADOS: 56 pacientes iniciaram e 37 terminaram o tratamento (19 foram excluídos); 19 (51,35%) eram homens e 18 (48,65%) e a idade média foi de 48 anos. Os resultados do THI antes e depois do tratamento foram, respectivamente: funcionais 29,4 e 13,3; emocional 23,8 e 9,4; e catastrófico 12,7 e 5,3. Os resultado da escala HAD antes e após o tratamento foram: ansiedade 11,6 e 7,7; depressão 9,4 e 5,6.

CONCLUSÃO: Conclui-se que o tratamento descrito é efetivo na melhora do zumbido.

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TRABALHO CLÍNICO

P-079

TÍTULO: ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E ACHADOS CLÍNICOS DE REFLUXO LARINGO-FARÍNGEO

AUTOR(ES): MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, RAÍSSA VARGAS FELICI, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, MARCELO FERNANDO BELLA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO: Refluxo Laringo-faríngeo (RLF) é uma variante da doença do Refluxo Gastro-esofágico que afeta laringe e faringe. Apesar de ser uma condição comum em Otorrinolaringologia, permanecem controvérsias em relação ao diagnóstico e eficácia dos tratamentos realizados.

MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliação e acompanhamento de 98 pacientes com queixas de RLF entre Novembro/2008 a Maio/2010. A avaliação inicial incluía anamnese, exames otorrinolaringológico e videolaringoscópico. Utilização das escalas Reflux Sympton Index (RSI) e Reflux Finding Score (RFS).

Os pacientes foram divididos em dois grupos de tratamento. Grupo I ? Orientações de medidas comportamentais e 80 mg/dia de Pantoprazol por 3 meses. Grupo II ? Igual ao grupo I associado a Domperidona 20 mg/dia. Reavaliação após 3 meses de tratamento.

RESULTADOS: Foram avaliados 98 pacientes com média de idade de 48,6 anos, sendo 57,9% do sexo feminino. Protocolo completo em 45 pacientes. Dentre as queixas principais, 72,9% dos pacientes referiam pigarro.IMC médio de 26,2. A distribuição dos pacientes conforme o grupo de tratamento foi: Grupo I: 25 pacientes e Grupo II: 20 pacientes. As variáveis idade, RSI, RFS e IMC da amostra pré-tratamento mostravam grupos homogêneos. Para analisar a validade dos tratamentos e avaliar se o uso do procinético associado ao IBP foi superior ao IBP isolado, os grupos foram comparados pela melhora dos índices RFS e RSI. Os valores foram encontrados pela diferença dos valores pré e pós tratamento nos dois grupos e avaliados pelo teste T de Student. No grupo I a média de RSI foi 7,96(DP± 6,00) e no grupo II foi 7,05(DP± 6,58) p=0,631. A média do RFS no grupo I foi de 2,46( DP± 2,26) e no grupo II foi 3,10( DP± 2,14) com p=0,338.

DISCUSSÃO: O tratamento para RLF envolve mudanças comportamentais associadas ao tratamento medicamentoso.Dentre os medicamentos utilizados estão os antagonistas dos receptores de H2 e os IBP.

A domperidona atua somente no tubo digestivo proximal causando aumento da pressão de esfíncter superior do esôfago e aceleração do esvaziamento gástrico. Pode ser associada a outros medicamentos para o RLF, pois 40 a 60% dos pacientes com refluxo podem apresentar retardo do esvaziamento gástrico.

A literatura recomenda os IBP para o tratamento do RLF. Existem poucos estudos sobre o uso de procinéticos. A maioria dos trabalhos orienta uso de procinéticos em pacientes com falha inicial ao tratamento com IBP. Nesse estudo avaliamos se a domperidona teria efeito adicional ao pantoprazol . Em nossa amostra não houve significância estatística entre o grupo de pacientes tratados com IBP e o grupo que utilizou IBP associado ao procinético.

CONCLUSÃO: Ambos os tratamentos são eficazes e melhoraram os índices RFS e RSI, porém a domperidona não mostrou benefício adicional ao pantoprazol isolado no tratamento do RLF.

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TRABALHO CLÍNICO

P-080

TÍTULO: ASSOCIAÇÃO ENTRE REFLUXO FARINGO-LARÍNGEO E DADOS POLISSONOGRÁFICOS EM PACIENTES COM SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUÇÃO DO SONO.

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

O Refluxo Laringo-faríngeo (RLF) é o termo empregado para designar a presença de distúrbios laríngeos associado ao fluxo retrógrado de conteúdo gástrico. Durante a apnéia obstrutiva do sono há aumento da pressão torácica negativa ocorrendo refluxo que promove inflamação crônica da via aérea superior.

OBJETIVOS

Avaliar a associação e influência entre a presença do refluxo faríngo-laríngeo sobre a Síndrome da Apnéia Obstrução do Sono (SAOS).

MATERIAIS E MÉTODOS

Avaliação prospectiva de 107 pacientes com queixa principal de ronco e história clínica sugestiva de apnéia do sono. Todos os pacientes foram submetidos a um protocolo de avaliação incluindo amnamese, escala de Epworth, classificação de Friedman, exame otorrinolaringológico completo com nasofibroscopia e polissonografia noturna . O refluxo faríngo-laríngeo foi avaliado através do Reflux sympton índex (RSI) e o Reflux finding score (RFS). O índice de RSI maior ou igual a 13 e o RFS maior ou igual a 7 são sugestivos de RFL.

RESULTADOs

Foram incluídos nessa pesquisas 84 pacientes que completaram o protocolo. A média do RSI foi de 10,9 ± 7,6 pontos. O RFS alcançou a média de 5,2 ± 3,2 pontos.  Os índices RFS e RSI foram correlacionadas com o IAH, Escala de Sonolência de Epworth e a Eficiência do Sono. A média da Eficiência do Sono foi de 69,1 ± 2,8% nos pacientes com RSI > 13 contra 74,2 ± 2,4% nos pacientes com RSI < 13 (p =0,002). As demais correlações não tiveram significância estatística.          

DISCUSSÃO

A maioria dos eventos de refluxo leva a um microdispertar ou a um despertar maior que 15 segundos na polissonografia. Tais medidas são indicadores de fragmentação do sono. A principal conseqüência da fragmentação do sono é a sonolência diurna excessiva.

Em nossa amostra foram analisados a correlação da presença de RFL clínico e endoscópico com as variáveis definidoras de SAOS e com variáveis que avaliam a fragmentação do sono. Não houve diferença entre o IAH dos pacientes com e sem refluxo, ou seja, a presença de RFL não implica sobre a gravidade da doença.

Na fragmentação do sono foi utilizada a eficiência do sono que quando baixa indica alto número de tempo de vigília durante a noite. Houve correlação positiva entre o RSI e a eficiência do sono. Nos pacientes com sintomas clínicos de RFL tendem a ter um sono com maior fragmentação.           

Não houve associação entre o RFL e a sonolência diurna avaliada pela Escala de Sonolência Epworth (ESE). O refluxo gastresofágico é correlacionado com sonolência diurna mas essa associação não pode ser expandida para o RFL em nossa amostra.

CONCLUSÃO

A correlação do Refluxo Faríngo-Laríngeo com a SAOS é importante, porém, não se correlaciona com a gravidade da SAOS. A fragmentação do sono em pacientes portadores de SAOS é agravada na presença de RFL mas não há repercussão sobre a sonolência diurna em nossa amostra. É fundamental a avaliação do RFL em pacientes portadores de SAOS.

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P-081

TÍTULO: AUTO ROTAÇÃO CEFÁLICA ATIVA AVALIAÇÃO DAS FREQÜÊNCIAS DE DESLIZAMENTOS DAS |IMAGENS NA RETINA.

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

INTRODUÇÃO : O método mais comum de realizar o teste de auto rotação cefálica é com o paciente com os olhos abertos, paciente é instruído a fixar um alvo estacionário enquanto roda sua cabeça  sincronicamente  com um estímulo auditivo, através de um  metrônomo.As medidas de velocidades da cabeça são obtidas por um pequeno sensor de velocidade angular montado em uma fita fixa na cabeça do individuo. As medidas de posições dos olhos são obtidas com eletro-óculografia padronizada (EOG) fixada bi-temporalmente.OBJETIVO:Observar as amplitudes de movimentação da cabeça e dos olhos para baixas e altas frequências de estimulações com diferenças de velocidades cabeça-olhos, e valores de freqüências de oscilações da cabeça,que determinam deslizamentos das imagens na retina.MÉTODOS:  Foram avaliados 100  (CEM)  indivíduos de 9 a 85 anos de idade, sem distúrbios do equilíbrio, vertigens ou queixas auditivas.Os movimentos oculares correlacionados aos movimentos da cabeça foram registrados com o equipamento para eletronistagmografia da  Micromedical Technologies Inc. (Vorteq).RESULTADOS: Oscilações de cabeça a 1 Hz em todas as faixas etárias as diferenças entre as velocidades da cabeça e dos olhos foram sempre nulas não ocorrendo deslizamento da imagem do objeto na retina .A medida que houveram variações nas freqüências de estimulações de 2Hz a 5 Hz, em todas faixas etárias, os valores dessas diferenças projetaram variações de velocidades das imagens na retina com diferenças nos valores de amplitudes e velocidades dos olhos-cabeça, caracterizando-se o deslizamentos das imagens na retina, ou oscilopsias.CONCLUSÃO: Nossas investigações e diversos outros  estudos, demonstram que a acuidade visual não deteriora até   valores de velocidades de imagem na retina  exceder o limiar da acuidade de 2 a 4° / seg nas oscilações de cabeça com  freqüências até 2 Hz com alvos fixos a 1 metro do observador.

 

Key-words: auto rotação cefálica ativa, limiar de acuidade visual dinâmica, oscilopsias.

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TRABALHO CLÍNICO

P-082

TÍTULO: AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA EM PACIENTES DA TERCEIRA IDADE NA CIDADE DO RECIFE

AUTOR(ES): ERIDEISE GURGEL DA COSTA SILVEIRA , ANGÉLICA M. C. BAÍA, MARIA LÚCIA GURGEL DA COSTA, LILIAN FERREIRA MUNIZ, JOSIAN SILVA DE MEDEIROS, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTI DA SILVEIRA LINS

INSTITUIÇÃO: UNICAP

INTRODUÇÃO: A comunicação é para o ser humano um ato de suma importância, no qual a preservação da audição torna-se primordial para que esta ocorra. A presbiacusia é uma dificuldade auditiva, caracterizada pelo envelhecimento da orelha interna que leva a uma perda auditiva, sensorial, lenta e progressiva.

OBJETIVOS: Realizar a avaliação auditiva em pacientes da terceira idade, analisar as queixas auditivas, relacioná-la à variável sexo, e verificar as dificuldades de discriminação do som pelos pacientes.

MÉTODO: Participaram dessa pesquisa 20 pacientes portadores de perda auditiva, dos quais 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino com idades variando entre 65 a 88 com uma média de 76 anos. Os dados foram coletados por entrevista semi-estruturada, otoscopia, imitanciometria, audiometria tonal, audiometria vocal na Clínica Manoel de Freitas Limeira da Universidade Católica de Pernambuco. A análise dos resultados foi realizada através de estatística de tendência central, o método utilizado foi do tipo prospectivo, experimental, transversal, descritivo e analítico.  

RESULTADOS: O sexo feminino apresentou maior número de queixas auditivas, em quanto o sexo masculino apresentou maior índice de perda auditiva e discriminação do som. 

DISCUSSÃO: De acordo com os resultados apresentados na avaliação da mediana, e na avaliação de discriminação do som, verificamos que os do sexo masculino tiveram um maior índice de perda auditiva quando comparados com os do feminino, no entanto as queixas auditivas tiveram maior freqüência no sexo feminino, quando comparados ao masculino. Entre os sujeitos estudados, observamos que quatro deles (uma do sexo feminino e três do masculino) tinham perda auditiva mais acentuada, por essa razão foram encaminhados para a reabilitação auditiva com o uso de prótese. Observamos que na freqüência de 2KHz tanto a via aérea como a via óssea de ambas as orelhas dos pacientes do sexo masculino apresentaram piora nos limiares em relação aos do sexo feminino, o que caracteriza uma perda neurossensorial. ?A perda neurossensorial é lenta e progressiva sendo pior em freqüência acima de 2000Hz?

 

CONCLUSÃO: É importante o encaminhamento precoce à protetização, no qual proporciona ao paciente uma maior integração à sociedade e conseqüente melhoria na qualidade de vida.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-083

TÍTULO: AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA NO SCHWANNOMA VESTIBULAR: RELATO DE QUATRO CASOS CLÍNICOS.

AUTOR(ES): RENATA SOUZA CURI , BEATRIZ MANGABEIRA ALBERNAZ DE QUEIROZ, CARMEN S. M. NATAL, GUILHERME ANDERSON MANGABEIRA ALBERNAZ

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL VERA CRUZ - CAMPINAS

INTRODUÇÃO: Dos tumores que acometem o ângulo ponto-cerebelar, cerca de 80% são originados no nervo vestibulococlear, correspondendo de 2 a 7% de todos os tumores intracranianos1 . O schwannoma do VIII par é um tumor benigno, geralmente de crescimento lento sendo o ramo vestibular o mais comumente acometido. O Schwannoma do VIII par é um tumor benigno, geralmente de crescimento lento, sendo o ramo vestibular o mais comumente acometido.

OBJETIVO: Descrever os achados da avaliação audiológica de quatro casos clínicos de Schwannoma Vestibular (SV) unilateral. 

RELATO DE CASOS: 1º: 21 anos, masculino, metalúrgico, zumbido e hipoacusia à direita há anos, tontura não rotatória e desvio da marcha à esquerda. Solicitada avaliação otorrinolaringológica devido piora nas audiometrias seqüenciais.

 2º: 35 anos, masculino, técnico de enfermagem. Surdez súbita, plenitude aural e zumbido à direita, apresentando melhora com medicação. Após três anos, novamente apresentou perda súbita da audição à direita e zumbido.

3º: 70 anos, feminino, zumbido à direita há três anos, desequilíbrio e vertigem, sem queixas de hipoacusia.

4º: 70 anos, masculino, hipoacusia à esquerda.

Os casos apresentados eram portadores de perda auditiva do tipo neuro-sensorial, sendo unilateral em dois casos e bilateral assimétrica nos demais. As configurações audiométricas encontradas foram ascendente, irregular e descendente. O índice de reconhecimento de fala variou de discreto a acentuado comprometimento na orelha com SV. Os reflexos acústicos do músculo do estapédio estavam ausentes em um caso e presentes, com recrutamento, nos demais. O tone decay imitanciométrico, realizado em dois casos, não apresentou adaptação.

DISCUSSÃO: Nos casos apresentados observa-se que no SV não há um padrão característico quanto às manifestações clínicas e achados audiológicos, dado que vai de encontro à literatura que enfatiza a necessidade de se descartar um SV em perdas auditivas neuro-sensoriais unilaterais ou bilaterais assimétricas. A perda auditiva e zumbido são os sintomas predominantes e descritos na literatura como os achados mais frequentes³. A configuração audiométrica observada não segue um padrão, fato evidenciado pela presença de configurações do tipo descendente, ascendente e irregular.  A presença de recrutamento em três casos, a ausência de decay do reflexo em dois, bem como alterações discretas no índice de reconhecimento de fala, não descartam a presença do SV. A VENG não evidencia alterações em apenas um caso e nos demais apresenta achados de disfunção vestibular deficitária no lado do tumor.

CONCLUSÃO: A variação de achados audiológicos, bem como a diversidade de sinais e sintomas nos casos de SV, demonstram que a avaliação otoneurológica, complementada por exames de imagem, é de extrema importância para o diagnóstico final.

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TRABALHO CLÍNICO

P-084

TÍTULO: AVALIAÇÃO CLÍNICA E ENDOSCÓPICA DA DEGLUTIÇÃO NA SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): LUCIANA ALMEIDA MOREIRA , CAROLINA ANDRADE FERREIRA VIEIRA, CAROLINA FERRAZ DE PAULA SOARES, RAQUEL CHARTUNI TEIXEIRA, CAMILA CARVALHO FUSSI, MICHEL BURIHAN CAHALI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia obstrutiva do sono e o ronco primário estão associados a disfunções na deglutição faríngea, como escape precoce do bolo alimentar e resíduo faríngeo. Lesões neurogênicas na faringe, comprometendo o reflexo da deglutição, parecem ser a causa. 

OBJETIVO: avaliar a presença de disfunção da deglutição faríngea em pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono, através da videoendoscopia da deglutição. 

Material e método: treze pacientes consecutivos com síndrome da apnéia obstrutiva do sono e sem outras causas específicas de disfagia foram selecionados prospectivamente. Os pacientes preencheram um questionário com perguntas sobre sintomas de disfagia e foram submetidos à videoendoscopia da deglutição, com três consistências de alimento. 

RESULTADOS: quatro pacientes apresentaram queixas de disfagia no questionário, sendo mais frequente a sensação de ?comida parada na garganta?. Disfunções na deglutição foram observadas em 9 pacientes (69,2%). O achado mais freqüente foi escape precoce do bolo alimentar para a faringe antes de deflagrar o reflexo da deglutição, ocorrendo em 8 casos (61,5%). Seis pacientes (46,1%) apresentaram resíduo alimentar após a deglutição. Em 1 caso, houve penetração laríngea. 

CONCLUSÃO: há uma alta prevalência de disfunção da deglutição em pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono, detectados pela videoendoscopia da deglutição.

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TRABALHO CLÍNICO

P-085

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ADENOTONSILECTOMIA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM CRIANÇAS

AUTOR(ES): SILKE ANNA THEREZA WEBER , ANA CAROLINA SILVEIRA, ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA, HELENA M. PROTETTI, JOSÉ VICENTE TAGLIARINI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

INTRODUÇÃO: O tratamento preconizado para SAOS na criança é a adenotonsilectomia. Mas há crianças nas quais persistem distúrbios respiratórios após a cirurgia, como em crianças obesas, com IAH elevado ou com alterações craniofaciais. OBJETIVOS: Para as diversas faixas etárias de crianças:

§         avaliar o índice de apnéia (IA), índice de hipopnéia (IH), índice de apnéia-hipopnéia (IAH), a saturação percutânea oxigênio (SpO2), antes e após  adenotonsilectomia;

§         avaliar a persistência de distúrbios respiratórios após a adenotonsilectomia.

Métodos: Foram incluídas crianças com idade entre 2 a 12 anos, com diagnóstico de hipertrofia das tonsilas e indicação de cirurgia, e que realizaram polissonografia 1 a 2 meses antes e 3 a 4 meses após a cirurgia. Foram excluídas crianças com S. genéticas e doenças neurológicas. As crianças foram divididas em três grupos por faixa etária: GI- 2 a 4 anos, GII-5 a 8 anos, GIII-9 a 12 anos. Foram obtidos de prontuários idade, gênero, queixas de roncos, respiração oral, pausas respiratórias, sono agitado, despertares noturnos e sonolência diurna. De polissonografias, pré e pós-adenotonsilectomia, foram obtidos IAH, IA, IH, Sat O2 mínima e média. As variáveis foram descritas (médias e desvio padrão) e comparadas entre as diversas faixas etárias através do Teste T-Student (p<0,05). RESULTADOS: Em 55 crianças foi observado sono agitado (83,4%), roncos (76,5%), respiração oral (50%), pausas respiratórias (35,7%), despertares noturnos (32,5%) e sonolência diurna (27,6%), antes da cirurgia. Após adenotonsilectomia, sono agitado persistiu em 74,5%, roncos 42,5%, respiração oral em 36,2%, pausas respiratórias em 19,3%, despertares noturnos em 24,3% e sonolência diurna em 25,6 %. A média de IAH diminuiu após AT de 7,1 para 3,3, o IA de 2,6 a 1,4, o IH de 4,2 a 1,6.  CONCLUSÃO: A adenotonsilectomia melhora a SAOS em crianças, apesar de somente poucas normalizarem o IAH, segundo as normas atuais. Uma segunda PSG deve ser realizada, mesmo quando se obtém melhora clínica do paciente. Comorbidades devem ser pesquisadas e adequadamente tratadas. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-086

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE DISTÚRBIOS DE SONO E DISTÚRBIOS VESTIBULARES

AUTOR(ES): JULIANA ANTONIOLLI DUARTE , FERNANDO FREITAS GANANÇA, SÉRGIO TUFIK, ALEXANDRE PALOMBO

INSTITUIÇÃO: UNIFESP/EPM

INTRODUÇÃO: Devido a observação na prática clínica da prevalência de desordens de sono e distúrbios vestibulares e suas repercussões deletérias, podendo cursar com prejuízos físicos, funcionais e emocionais ao paciente e bem como a observação da concomitância destas manifestações de forma freqüente buscou-se correlacionar a prevalência de distúrbios vestibulares e de sono.O objetivo deste estudo será avaliar se há associação entre a presença de vertigem e de distúrbios de sono em pacientes atendidos nos ambulatórios de otoneurologia e de sono de nosso serviço. Bem como verificar o perfil dos pacientes que apresentarem esta associação (idade, gênero, comorbidades entre outros).Método:Trata-se de um estudo transversal realizado por meio da aplicação de questionários nos ambulatórios de otoneurologia e do sono no período de 01/07/2010 a 01/10/2010. Todos os pacientes atendidos no ambulatório de otoneurologia neste período e na faixa etária de 20 a 65 anos, após assinarem um termo de consentimento livre e esclarecido, responderão um questionário validado e utilizado pela equipe do setor do instituto do sono que avaliará queixas de distúrbios de sono. RESULTADOS: ainda em andamento.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-087

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA DEFORMIDADE "SUPRATIP" EM RINOPLASTIAS SECUNDÁRIAS

AUTOR(ES): ANDRÉ FERNANDO SCHERER , ANDRÉ LUÍS SARTINI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO - SP

INTRODUÇÃO: A deformidade ?supratip?, muitas vezes referida como deformidade ?pollybeak? ou bico de papagaio  é uma área de convexidade localizada na posição imediatamente cefálica a ponta nasal. Representa uma das deformidades mais comuns após rinoplastia primária, e na maioria das vezes, pode exigir revisão cirúrgica.

Neste estudo, vamos analisar as causas da deformidade ?supratip? observadas durante a rinoplastia secundária, e as técnicas cirúrgicas utilizadas para corrigir estes defeitos.

MATERIAIS E MÉTODOS: Uma análise de 12 pacientes submetidos á rinoplastia secundária que apresentavam a deformidade ?supratip? foi realizada. Foram avaliadas as causas que levaram a  deformidade e o tratamento realizado.

RESULTADOS: Dos 12 pacientes operados, a deformidade ?supratip? foi decorrente de ressecção insuficiente da parte dorsal do septo caudal em 7 pacientes (58,3%), ressecção excessiva da parte dorsal do septo caudal em 2 pacientes (16,6%), projeção inadequada da ponta nasal em 1 paciente (8,3%), ressecção insuficiente da parte dorsal do septo caudal e inadequada projeção da ponta nasal em 1 paciente (8,3%), e a combinação de uma ponta pouco projetada, ressecção excessiva do 1/3 superior (osso próprio do nariz) e ressecção deficiente da parte dorsal do septo caudal em 1 paciente (8,3%). 

A causa mais comum de deformidade supratip observada durante a rinoplastia secundária foi a ressecção insuficiente ou inadequada da parte dorsal do septo caudal cartilaginoso, que foi corrigido através da ressecção do excesso de cartilagem septal saliente acima da ponta nasal.

DISCUSSÃO: A deformidade ?supratip? ou ?pollybeak nose? representa uma das causas mais comuns de rinoplastia secundária.

Um manejo adequado desta deformidade começará, portanto, com uma análise adequada do nariz pela revisão da história, das fotografias pré-operatórias, palpação da região ?supratip?, revisão das fotografias recentes e planejamento cirúrgico correto.

Existem pacientes que, apesar dos melhores esforços do cirurgião, podem desenvolver a deformidade no pós-operatório. Se uma projeção excessiva na área acima da ponta nasal é observada após a esparadrapagem, a área é drenada vigorosamente com massagens. Se não houver resposta favorável a injeção de corticosteróide é uma alternativa. Se não ocorrer redução na projeção do ?supratip? a cirurgia pode ser necessária.

A causa mais comum de deformidade ?supratip? encontrada nas rinoplastias secundárias em nosso estudo foi a ressecção insuficiente da parte dorsal do septo caudal cartilaginoso, que pode ser corrigido através da ressecção do excesso de cartilagem septal saliente que se projeta  acima da ponta nasal.

Uma projeção de ponta deficiente que provoca deformidade no ?supratip? é corrigida por um enxerto de ponta. A deficiência de projeção do 1/3 médio ou deficiência de dorso caudal cartilaginoso também pode ser reconstruído cirurgicamente com uma cartilagem de septo, costela ou concha auricular. A orientação cefálica das cartilagens laterais inferiores pode ser reposicionada e eliminar a deformidade ?supratip?.

CONCLUSÃO: A deformidade ?supratip? é uma das causas mais comuns de rinoplastias secundárias. A alteração mais comumente encontrada foi a ressecção insuficiente da parte dorsal do septo caudal cartilaginoso.

A deformidade da área ?supratip? pode ser evitada através de ressecção adequada da parte dorsal do septo caudal cartilaginoso, evasão do espaço morto, restauração de projeção adequada da ponta nasal, e curativo externo com compressão seletiva , eliminando, por conseguinte, o espaço morto.

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TRABALHO CLÍNICO

P-088

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA IGE SÉRICA EM PACIENTES COM ATOPIA SUBMETIDOS AO TESTE DE PUNTURA

AUTOR(ES): AMANDA LUCAS DA COSTA, MARCEL DORNELLES, IZABELA ÁVILA, MARIA ÂNGELA MOREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO :A atopia muitas vezes está associada com IgE elevada e com sensibilização a aeroalergenos .A exposição a fatores de risco provoca elevação da IgE, sendo que altos níveis de antígenos no ambiente aumentam o risco de sensibilização. O prick test é uma forma que dispomos para detectar atopia e parece ter boa correlação com a elevação da IgE .MÉTODO: Analisamos um grupo de pacientes submetidos ao print test utilizando alergenos da FDA Allergenic e à dosagem de IgE no Serviço de Pneumologia do HCPA. Os pacientes foram testados para o dermatophagoides farinae, pteronyssinus e poeira, considerando-se positiva a formação de uma pápula de, no mínimo 3 mm de diâmetro, graduando-se a intensidade por cruzes. A reação à histamina corresponde a 3 cruzes, podendo a reação atingir 5 cruzes. Consideramos reação forte  (3 a 5 cruzes). Além disso, respondiam a um questionário sobre  sintomas clínicos : sintomas nasais , cutâneos  e oculares. Dividimos os pacientes em 3 grupos conforme o valor de sua IgE. OBJETIVOS: Avaliar se pacientes com diferentes níveis de elevação da IgE sérica apresentam comportamento laboratorial e clínico diferenciado.RESULTADOS: 273 pacientes avaliados com média de idade de 17 anos divididos em 3 grupos conforme os valores de IgE: grupo1(<100),grupo2(1000-999),grupo3 (>1000) .A média de eosinofilia foi maior (p<0,001) no grupo 3,assim como o teste de puntura significativamente mais reagente neste grupo(p<0,001),porém não apresentaram diferenças clínicas significativas entre os grupo.A eosinofilia e a positividade no teste cutâneo apresentaram um relação proporcional positiva em nossa amostra.CONCLUSÃO: Estudos sobre atopia,puntura e marcadores inflamatórios precisam ser realizados para elucidar o papel desses marcadores no rastreio de pacientes atópicos melhorando as estratégias de tratamento e manejo.

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TRABALHO CLÍNICO

P-089

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO RONCO HABITUAL E SUAS CONSEQÜÊNCIAS EM CRIANÇAS: ANÁLISE DE 11.000 CASOS.

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , MÁRCIA PRADELLA-HALLINAN, GUSTAVO ANTONIO MOREIRA, BEATRIZ BARBISAN, ISRAEL ROITMAN, GABRIELA ALVES, SÉRGIO TUFIK

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE MEDICINA E BIOLOGIA DO SONO. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

O Ronco habitual é freqüente na população de crianças, dados da literatura apontam uma freqüência que varia entre 10 e 50% de crianças normais. Embora a história de ronco seja insuficiente para o diagnóstico da distúrbios respiratórios do sono, sabe-se que o ronco é muito incidente em crianças com apnéia obstrutiva do sono (SAOS). Há evidências substanciais e convincentes indicando que o distúrbio respiratório do sono (DRS) durante a primeira infância é prejudicial à cognição. A avaliação do DRS na infância leva a uma maior utilização de recursos da saúde por vezes escasso no Brasil.

OBJETIVOS

Avaliar o ronco habitual e suas conseqüências cognitivo-orgânicas em crianças.

MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo retrospectivo feito através da revisão de prontuário de 11097 crianças no período de fevereiro de 2003 a dezembro de 2008. Todas as crianças foram submetidas a polissonografia noturna, precedida questionários aplicado aos pais das crianças sobre a qualidade do sono, sintomas noturnos, comorbidades, hábitos de sono e higiene de sono.

RESULTADOS

A idade média foi de 7,8 ± 4,1 anos sendo que 6822 (61,5%) eram do sexo masculino. Quando perguntados sobre a freqüência do ronco 72,8% apresentavam ronco mais que 2 vezes por semana sendo que em 3682 (33,1%) o ronco foi considerado alto ou extremamente alto pelos pais. A presença de roncos habituais foi correlacionada com variáveis clínicas (sonanbulismo, terror noturno, enurese, dificuldade de aprendizado e índice de massa corpórea) e variáveis polissonográficas (índice de apnéia e hipopnéia, índice de microdispertar, tempo de saturação da oxihemoglobina abaixo de 90%). Houve significância estatística na correlação do ronco habitual com todas as variáveis com p< 0,05. A única variável não significante foi o IMC.

DISCUSSÃO

Ronco Habitual é queixa freqüente entre os pais de crianças do nosso meio e por muitas vezes negligenciada por profissionais de saúde. O tratamento expectante pode propiciar o desenvolvimento de conseqüências anátomo-funcionais importantes. O ronco é muito associado com a síndrome da apnéia do sono, as crianças que roncam têm um IAH médio superior e um maior tempo com saturação da oxihemoglobina menor que 90%, ou seja, promovendo maior estresse oxidativo e maior morbidade cardiovascular. Todavia não houve correlação significante com o IMC nessa população.

Crianças roncadoras tendem a ter um sono mais fragmentado que pode ser associado a distúrbios cognitivos e déficit de aprendizado devido ao sono de má qualidade por vários microdespertares e mudanças de fase do sono. Interessante notar que a presença de roncos se associa a enurese e parassonias como sonambulismo e terror noturno demonstrando os efeitos de perturbação do sono nessa população. 

CONCLUSÃO

O ronco habitual é uma entidade freqüente e não deve ser negligenciado. É considerado de sinal de alerta para avaliação de distúrbios respiratórios do sono, enurese, parassonias, fragmentação do sono e déficits cognitivos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-090

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA MENOPAUSA SOBRE A APNÉIA OBSTRUTIVA: PARÂMETROS CLÍNICOS E POLISSONOGRÁFICOS

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, PAOLA SCOTONI LEVY, FAUSTO ANTÔNIO DE PAULA JUNIOR

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

Os distúrbios respiratórios do sono (DRS) são em geral doenças progressivas e tendem a ficar mais intensos e sintomáticos com o avançar da idade. A Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é o distúrbio respiratório do sono mais comum. Na população jovem e de meia idade há uma maior predominância de SAHOS em homens. Na população idosa há um aumento da obesidade e da predominância da SAHOS em mulheres.

OBJETIVOS

Avaliar a influencia da menopausa sobre os parâmetros clínicos e polissonográficos de mulheres com queixa de ronco e/ou sonolência diurna.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliadas 160 mulheres com queixa principal de ronco e história clínica sugestiva de apnéia do sono, com sintomas como sonolência diurna, sono não reparador e ronco. Todos os pacientes foram submetidos a um protocolo de avaliação incluindo amnamese, escala de Epworth, classificação de Friedman, exame otorrinolaringológico completo e polissonografia noturna. Foram excluídos pacientes portadores com obesidade mórbida, alterações crânio-faciais e pacientes que não aceitaram participar da pesquisa. A menopausa foi considerada em mulheres com mais de um ano da última menstruação

RESULTADOs

O protocolo completo com polissonografia foi aplicado em 127 mulheres, em 33 mulheres somente os dados clínicos estão disponíveis. A Idade média da amostra foi de 50 ± 11 anos. A menopausa foi avaliada e correlacionada com as seguintes variáveis como Classificação de Friedman, IMC, Escala de Epworth e índice de apnéia e hipopnéia (IAH). A média do IAH na população no climatério foi 19±13 contra 15±12 eventos/hora (p=0,02) nas mulheres fora do climatério. No grupo de mulheres que fazem terapia de reposição hormonal (TRH) o IAH foi de 9±8 contra 18±12 nas mulheres que não fazem TRH.

DISCUSSÃO

Pesquisas indicam que uma das causas da mulher ser mais obesa, terem mais distúrbios cardiovasculares e mais Distúrbios respiratórios do sono (DRS) se deve a diminuição na produção de estrogênio e progesterona na menopausa. Em nossa amostra na comparação entre as mulheres antes e depois da menopausa houve correlação com o IAH e a classificação de Friedman. Durante o período do climatério há perda do efeito protetor dos hormônios femininos com maior incidência de DRS.

O Sleep Heart Health Study Research Group publicou um artigo mostrando que as mulheres que fazem reposição hormonal teriam uma beneficio e algum grau de proteção com o tratamento que diminuiria a obesidade e a progressão dos DRS6. Em nossa amostra o IAH foi menor no grupo de mulheres em TRH. O IMC também foi menor nesse grupo, mostrando que a TRH pode conferir diminuição dos riscos cardiovasculares com a redução do DRS e do IMC.

CONCLUSÃO

A incidência de DRS é maior durante o climatério devido a um maior IAH e maior classificação de Friedman nessa população. A TRH se mostra como uma alternativa que confere um papel protetor diminuindo a evolução dos DRS e da obesidade.

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TRABALHO CLÍNICO

P-091

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA OBSTRUÇÃO NASAL NA SÍNDROME DA APNÉIA DO SONO.

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, MARCELO FERNANDO BELLA, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

Obstrução nasal (ON) é um sintoma comum atingindo 25% da população. A hipertrofia de cornetos inferiores (HCCI) figura como a principal causa de obstrução nasal. Cerca de 20% da população européia tem obstrução nasal crônica causada pela HCCI. A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do SONO (SAOS) atinge cerca de 32,9 % da população adulta. Obstrução nasal é associada com o aumento de eventos de apnéia do sono, principalmente pelo aumento da pressão negativa imposta às vias aéreas durante a inspiração.

OBJETIVO

Avaliar a influência da obstrução nasal sobre a avaliação clínica e diagnóstica da SAOS

MATERIAIS E MÉTODOS

Avaliação prospectiva de 51 pacientes com queixa principal de ronco e história clínica sugestiva de apnéia do sono. Todos os pacientes foram submetidos a um protocolo de avaliação incluindo amnamese, escala de Epworth, escala do ronco de Stanford, exame otorrinolaringológico completo com nasofibroscopia e polissonografia noturna. A obstrução nasal foi avaliada pela Escala de Avaliação Sintomática de Obstrução Nasal validada pela Academia Americana de Otorrinolaringologia. A escala é feita de cinco perguntas sobre a qualidade de vida. Cada pergunta recebe uma nota que varia de 0 a 4. Essas notas são somadas e multiplicadas por 20.

RESULTADOs

O protocolo foi completado com a polissonografia em 38 pacientes que foram incluídos no estudo. O grau de obstrução nasal avaliado pela escala NOSE teve média de 29 ± 28 pontos. Foram realizadas correlações estatísticas pelo Teste de Variâncias de Levene entre a escala NOSE e as seguintes variáveis: Escala de Epworth, índice de apnéia e hipopnéia (IAH), Escala de Stanford e Saturação Média da oxihemoglobina.  A média do NOSE nos pacientes portadores de SAOS (IAH>5) foi de 29,21 ± 25 pontos contra 18,63 ± 15 pontos nos pacientes sem SAOS (p=0,032).

DISCUSSÃO

A ON é um sintoma que produz importante interferência na qualidade de vida. A obstrução nasal dificulta a qualidade do sono e exercícios físicos, causa cansaço e irritabilidade. Pacientes com obstrução nasal tendem a fazer maior pressão negativa causando, portanto obstrução das VAS e conseqüentemente dessaturação de oxigênio e aumento do esforço torácico. Em nossa casuística a presença isolada de obstrução nasal avaliada pela escala NOSE se correlacionou estatisticamente significante com a SAOS através da análise do IAH. Na correlação entre as variáveis clínicas de sonolência diurna e roncos não se correlacionaram com a escala NOSE. Os pacientes com saturação média da oxihemoglobina <96% tiveram o NOSE médio maior, porém, não houve correlação significante. Dessa forma observamos que os pacientes com mais queixa de qualidade de vida em relação à obstrução nasal tem tendência a desenvolver SAOS.

CONCLUSÃO

A SAOS é uma doença que acomete principalmente as vias aéreas superiores. Cada da via aérea ponto pode influir de maneira diferente na limitação de fluxo.  Quanto maior a queixa de obstrução nasal maior a chance de coexistência da SAOS. Deve-se avaliar a presença de distúrbios respiratórios do sono em pacientes com queixas nasais.

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TRABALHO CLÍNICO

P-092

TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE APGAR E TESTE DE EMISSÕES OTOACÚSTICAS POR PRODUTO DE DISTORÇÃO

AUTOR(ES): ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA; MATHEUS VINICIUS DE AQUINO ROCHA; RAÍSSA VARGAS FELICI; MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES; FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO; MARCOS MARQUES RODRIGUES; LUIS FRANCISCO DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

Introdução:

A deficiência auditiva (DA), no Brasil, tem sido diagnosticada por volta de dois a três anos de idade. Até então a criança perde as informações auditivas e interrompe o processo de comunicação. Os critérios gerais de indicadores de risco para DA são: história familiar de DA hereditária, infecções intra-uterinas, anomalias crânio-faciais, baixo peso ao nascer (<1500g), hiperbilirrubinemia, drogas ototóxicas, meningite bacteriana, ventilação mecânica, achados associados com síndromes que incluem DA, permanência em incubadora por mais de 48h, pais consanguíneos, soro positividade para HIV dos pais, uso de álcool e/ou drogas pelos pais e índice de Apgar (IA) baixo, indicando asfixia perinatal. O IA tem como objetivo avaliar a vitalidade fetal ao nascimento e necessidade de cuidados adicionais para determinados bebês. O IA varia de 0-10 e avalia cinco sintomas objetivos: freqüência cardíaca, respiração, irritabilidade reflexa, tônus muscular e cor. A importância do IA como indicador de risco para a morbimortalidade neonatal tem sido ratificada. Há consenso de que IA entre 7-10 significa bebê sadio que provavelmente não terá problemas futuros. O índice <7 é sinal de alerta.

 

Objetivo:

Observar a desempenho de bebês que apresentaram IA<7 no primeiro e/ou quinto minutos, no teste de emissões otoacústicas por produtos de distorção (EOAPD).

 

Material e métodos:

Foram observados os resultados de 577 bebês que apresentaram IA<7 no primeiro e/ou 50 minutos de vida no EOAPD, entre 03/2007 e 05/2010. O teste foi realizado com o modelo Ero Scan, fabricado por Maico nos EUA, apresentando como resultado passa ou falha. Análise feita no SPSS 15.0 para Windows.

 

Resultados:

Analisamos 577 bebês entre 3 e 384 dias de vida, com média de 21,6 ± 29,8 dias. Todos apresentando índice de Apgar menor que sete, variando de zero a seis, no primeiro minuto sendo que 10,31% mantiveram o apgar baixo no quinto minuto. Todos foram submetidos ao EOAPD, sendo 85,5% apresentando como resultado passa e 14,5% como falha. O teste de qui-quadrado foi aplicado para avaliar a correlação do apgar baixo no quinto minuto com a falha na otoemissões com p= 0,191; estatisticamente não significante.

 

Discussão:

O IA avalia o bebê imediatamente ao nascimento, podendo caracterizar um mau estado deste, que decorreria de inúmeras causas. São diversos os fatores de risco indicadores de DA.

O fato de não ter sido aprovado no teste de triagem por EOAPD não significa que o bebê não seja ouvinte, mas leva a um diagnóstico e terapêutica mais precoce quanto a condição auditiva.

 

Conclusão:

O baixo índice de apgar não se relaciona significantemente com a falha nas otoemissões, porém, se mantêm como importante fator de risco para DA.

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TRABALHO CLÍNICO

P-093

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA NEUROTOXICIDADE NA VIA AUDITIVA CENTRAL EM PACIENTES TRATADOS POR QUIMIOTERAPIA COM CISPLATINA

AUTOR(ES): LUCAS MOURA VIANA , ANDRÉ LUÍS LOPES SAMPAIO, SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, RAFAELA AQUINO FERNANDES LOPES, LEONARDO MORAIS PAIVA, CARLOS AUGUSTO COSTA PIRES DE OLIVEIRA, NILDA AGOSTINHO MAIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO:

A cisplatina é um quimioterápico indicado para o tratamento de vários tumores sólidos. Está bem definido o dano coclear e vestibular causado pela cisplatina por estresse oxidativo nas células ciliadas, porém, apesar de alguns estudos mostrarem neurotoxicidade, tem-se poucos relatos a respeito da neurotoxicidade especificamente na via auditiva central.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados dez pacientes entre 3-19 anos que foram tratados com cisplatina em altas doses. Esses foram submetidos a uma avaliação audiométrica completa, inclusive com o exame potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) depois do término do tratamento. Foram analisados as latências absolutas das ondas I, III, V e os interpicos I ? III, III ? V e I ? V. Esses dados foram comparados aos dados de pacientes controles do mesmo sexo e da mesma idade, sem história prévia de alterações otológicas. Para análise estatística da significância dos resultados foi utilizado o teste de Mann-Whitney, considerando-se uma diferença significativa entre as médias quando p<0,05. O software utilizado foi o SPSS.

RESULTADOS

Ao avaliar os resultados do PEATE, observa-se que somente um paciente apresenta atraso nas ondas I e V da orelha direita. Duas crianças apresentaram aumento do interpico I-III, uma no interpico III-V e nenhuma, no interpico I-V. Não houve significância estatística ao comparar os interpicos entre as crianças casos e controles, considerando um intervalo de confiança de 95%.

DISCUSSÃO

Nos últimos anos, a influência de agentes quimioterápicos na função auditiva, especialmente a cisplatina e carboplatina, foi estudada por alguns pesquisadores a partir das manifestações de sintomas auditivos como o zumbido e alteração da sensibilidade auditiva por alguns indivíduos em tratamento. Desta forma, o poder de ação ototóxica destes agentes vem sendo documentado, especialmente na população pediátrica. Entretanto, nenhum trabalho avaliou a neurotoxicidade das vias auditivas centrais.

CONCLUSÃO

Apesar de não haver diferença estatisticamente significante, existem alterações individuais, o que pode sugerir uma neurotoxicidade das vias auditivas centrais.

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TRABALHO CLÍNICO

P-094

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE OTITE MÉDIA CRÔNICA EM PACIENTES COM FENDA LÁBIO ? PALATINA CIRURGICAMENTE CORRIGIDA.

AUTOR(ES): HASSANA DE ALMEIDA FONSECA , SHIRO TOMITA, FELIPPE FELIX, HELEN CRISTIANE ALECRIM FERREIRA, NATHALIE PESSOA DA SILVA CORREA

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO - UFRJ

OBJETIVO:

O objetivo deste presente estudo é avaliar a prevalência de alterações otológicas e auditivas nos pacientes com diagnóstico de fenda lábio ? palatina previamente corrigida.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Foram avaliados 16 pacientes dentre 6 a 23 anos com diagnóstico de fenda lábio ?palatina cirurgicamente corrigida.

Todos os pacientes avaliados foram submetidos a uma entrevista, na qual era preenchido um questionário, a um  exame otorrinolaringológico completo e a uma avaliação audiométrica.

RESULTADO:

Dentre pacientes avaliados, seis tinham o diagnóstico de fenda palatina ( 37,5%), cinco de fenda labial (31,25%) e  cinco de fenda lábio ? palatina ( 31,25%). A prevalência de otite media crônica em pacientes com fenda palatina foi de 60%, nos casos da fenda lábio-palatina a prevalência de OMC foi de 66 %,já nos pacientes com fenda labial apenas a prevalência foi significativamente menor, apenas 20% dos pacientes com esta alteração apresentaram patologia em orelha média.  Dos 16 pacientes avaliados no estudo, 8 (50%) apresentaram alterações otológicas ou audiométricas compatíveis de otite media crônica. A principal alteração encontrada foi a otite média com efusão (31,25%). 

CONCLUSÃO:

A elevada prevalência de otite média crônica encontrada nesta patologia, justifica o acompanhamento otorrinolaringológico destes pacientes mesmo após a correção cirúrgica desta mal formação.

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TRABALHO CLÍNICO

P-095

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES PORTADORES DE SÍNDROME DE APNEIA HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM USO DE CPAP EM VIAS AÉREAS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO SF-36

AUTOR(ES): FERNANDO ARRUDA RAMOS , VANESSA SOKOLOSKI, MIRIAM KUHNEN, EDMARA LAURA CAMPIOLO, BEATRIZ RODRIGUES MONTEMEZZO

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CATARINENSE DO SONO. UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Apnéia Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é considerada uma doença crônica e evolutiva com alta taxa de morbidade e mortalidade acometendo 4% dos homens e obesos, e 2% das mulheres. A presença de sonolência diurna excessiva, queixa freqüentemente apresentada por estes pacientes, aumento do risco de acidentes de trânsito e de trabalho associado a altas taxas de morbidade e mortalidade, fazem dessa doença um problema de saúde pública.

OBJETIVO: Avaliar e verificar alteração da qualidade de vida de pacientes que fazem uso do CPAP no tratamento da SAHOS através do Questionário de Qualidade de Vida SF-36

METODOLOGIA: Entrevista estruturada foi realizada com pacientes de uma clínica de otorrinolaringologia e de uma clínica de fisioterapia de uma cidade de médio porte do sul do Brasil que tiveram indicação ao uso de CPAP para tratamento de SAHOS. O contato prévio foi feito por telefone, esclarecendo o objetivo da pesquisa e a adesão foi voluntária. Os pacientes responderam ao questionário de qualidade de vida SF-36 após terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O SF-36 é uma versão em português do Medical Outcomes Study 36  Item short form health survey, traduzido e validado no Brasil (Ciconelli,1997) que considera a percepção dos indivíduos quanto ao seu próprio estado de saúde e contempla os aspectos mais representativos da saúde. Neste estudo foram levados em consideração sete domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais, saúde mental e mais uma questão de avaliação comparativa entre as condições de saúde atual e de um ano atrás. Os dados foram avaliados a partir da transformação das respostas em escores com escala de 0 a 100 em cada domínio.  Os indivíduos responderam também a um questionário pré-elaborado a fim de identifica-los segundo dados sociodemográficos.

RESULTADOS PRELIMINARES: A amostra desta pesquisa constou de 17 indivíduos, sendo que 82% dos indivíduos são casados e 82% do sexo masculino, a média de idade dos indivíduos foi de 56,6 anos de idade (desvio-padrão: ± 10,9). Dos indivíduos deste estudo, 100% realizaram polisssonografia para diagnóstico de SAHOS, sendo que 71% dos indivíduos apresentam como diagnóstico apnéia grave. 88% dos indivíduos deste estudo fazem uso do CPAP todos os dias e a média de tempo de uso é de 37,7 meses. 71% dos indivíduos consideram o sono pior quando dormem sem o CPAP, 76,5% dos indivíduos responderam que não conseguiriam ficar sem o CPAP neste momento e 88% dos indivíduos responderam que o CPAP fez sua qualidade de vida melhorar. Com relação ao domínio Capacidade Funcional a média foi 71, Aspectos Físicos a média foi de 84 e Estado Geral de Saúde a média foi de 75

CONCLUSÃO: Conclui-se com a aplicação do questionário de Qualidade de Vida SF-36, que o uso do CPAP em pacientes com SAHOS reflete em uma melhor qualidade de vida dos pacientes, assim como melhor qualidade de sono.

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TESE

P-096

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS ENSAIOS CLÍNICOS ALEATÓRIOS PUBLICADOS EM OTORRINOLARINGOLOGIA, NO BRASIL ENTRE 2008 À 2009.

AUTOR(ES): PETER CONDE VIDAL JUNIOR , FABIANO TIMBÓ BARBOSA, KATIÚSCIA FRAGOSO DE MELO, THEREZITA MARIA PEIXOTO PATURY GALVÃO CASTRO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS

INTRODUÇÃO: O ensaio clínico aleatório pode ser definido como um estudo que envolve um ou mais grupos de intervenção e pelo menos um grupo controle, com alocação aleatória dos participantes e medidas de controle incluindo placebo ou medicamento ativo. O melhor tipo de estudo primário para responder a perguntas sobre intervenções, sejam elas relacionadas ao tratamento ou à prevenção de doenças, é o ensaio clínico aleatório. Os avanços nos cuidados a saúde dependem dos resultados dos trabalhos executados sem a ocorrência de vieses. Os Ensaios Clínicos Aleatórios são considerados como os estudos que servem de base para o avanço da ciência, pois eliminam as possibilidades de vieses.

OBJETIVO: Avaliar a qualidade da informação publicada em uma revista de otorrinolaringologia no período de dez anos.

MATERIAIS E METÓDOS: Foram analisados os artigos originais da Revista Brasileira de otorrinolaringologia e Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, publicados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, através da busca manual e observando-se as palavras: randômico, randomizado, aleatório, duplo-cego, placebo ou quaisquer outras palavras que sugerissem que o artigo se tratava de um ensaio clínico aleatório. Inicialmente foram observados os títulos, resumos e os descritores para separar os ensaios clínicos aleatórios, a fim de serem lidos na íntegra e submetidos à avaliação da qualidade por meio da escala de qualidade de Jadad.

RESULTADOS: Foram analisados 213 artigos originais, indexados a plataforma eletrônica Scielo pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia e atual Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. Destes apenas 4 artigos foram classificados como ensaios clínicos aleatórios, e apenas 3 foram constatados de boa qualidade metodológica.

CONCLUSÃO: Pode-se concluir que da amostra analisada, 75% dos ensaios clínicos aleatórios, publicados dentre os artigos originais de uma revista de otorrinolaringologia brasileira, são de boa qualidade metodológica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-097

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA REPRODUTIBILIDADE ULTRASSONOGRÁFICA COMO MÉTODO PARA MEDIDA DO TECIDO SUBCUTÂNEO DA PONTA NASAL

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , MARCELL DE MELO NAVES, ROGÉRIO COSTA SOUSA, RAPHAEL ALVES FERREIRA TOMÉ, NICHOLAS GODOY CANAZZA DAMIAN, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, JOSÉ ANTÔNIO PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO: A prévia avaliação da anatomia do paciente é fundamental para se atingir uma ponta nasal bem definida e refinada em rinoplastia. A espessura do tecido subcutâneo e o tecido adiposo interdomal são estruturas essenciais para a harmonia estética dessa região. Técnicas de mensuração dessas estruturas no paciente ?in vivo? não estão padronizadas na literatura.

OBJETIVO: Avaliar a variabilidade interobservador do método ultrassonográfico para medida da espessura do tecido subcutâneo da ponta nasal por meio de técnica padronizada.

MATERIAIS E MÉTODOS: 47 voluntários foram submetidos a ultrassonografia da ponta nasal por dois médicos especialistas em radiologia, independentemente, que utilizaram a mesma técnica de exame previamente padronizada com transdutor eletrônico linear na freqüência de 5 a 9 MHz. Foi avaliada a espessura do tecido subcutâneo através da medida do ponto de maior projeção do domo da cartilagem alar maior até a pele.

Desenho científico utilizado: prospectivo

RESULTADOS: As médias das medidas do tecido subcutâneo da ponta nasal obtidas pelos examinadores não apresentaram diferenças estatisticamente significante (p = 0.5303). Na análise da reprodutibilidade entre examinadores encontrou-se coeficiente de correlação interclasse r (Pearson) 0,9333, isto é, uma excelente reprodutibilidade interobservadores.

CONCLUSÃO: A ultrassonografia demonstrou-se reprodutível e de excelente concordância entre os examinadores para avaliação da espessura do tecido subcutâneo da pele e pode auxiliar o cirurgião na análise pré operatória do paciente e na escolha da melhor técnica cirúrgica para cada caso.

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TRABALHO CLÍNICO

P-098

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA RINOPLASTIA PÓS-TRAUMÁTICA

AUTOR(ES): PAULA RIBEIRO LOPES , MARCO ANTÔNIO FERRAZ DE BARROS BAPTISTA, FERNANDA LION MARTINS ADAMI, JULIANA COLA DE CARVALHO, MARCELO CAMPILONGO, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: O trauma nasal muitas vezes é a causa de deformidades nasais desafiadoras aos cirurgiões. Muitos fatores podem predispor essa dificuldade: tentativa de redução imediata mal sucedida, tempo prolongado entre o trauma e a correção, condições nasais pré-traumáticas, etc.

OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivo avaliar as condições anatômicas e as rinoplastias realizadas nestes pacientes, comparando-as com os mesmos dados de pacientes que realizaram rinoplastia sem trauma prévio. Analisamos também as condições associadas ao trauma desses pacientes.

METODOLOGIA: Foram avaliados de forma retrospectiva 40 pacientes que realizaram rinoplastia neste serviço. Destes, 20 tinham um trauma nasal como antecedente pessoal e 20 apenas queixas estéticas. Os pacientes foram analisados segundo sua epidemiologia, condições anatômicas pré-operatórias e técnicas de rinoplastia associadas. Foram analisadas ainda as características do trauma: há quanto tempo ocorreu, se houve tentativa de redução imediata, tempo para realização de rinoplastia, causas do acidente e resultados estéticos e funcionais.

RESULTADOS: O grupo de pacientes com história prévia de trauma apresentou maior número de queixas de dorso nasal, inclusive de afundamentos quando comparado ao outro grupo. Assim, houve maior necessidade de colocação de enxertos na rinoplastia. No entanto, esses dados não apresentaram significância estatística. As características do procedimento cirúrgico não apresentaram diferenças importantes entre os grupos. O pacientes com trauma levaram em torno de 8 anos para realizarem a rinoplastia, a principal causa foram as quedas e apenas 40% passaram pela redução da fratura imediata. A avaliação estética mostrou que 45% consideraram que o nariz ficou mais bonito do que era antes do trauma, enquanto 50% consideraram melhora do estado funcional.

CONCLUSÃO: O trauma nasal determina alterações da anatomia nasal características, mas não requer técnica cirúrgica especial para sua correção. A principal causa de trauma na região do ABC são as quedas seguidas pelos acidentes de trabalho. Raramente o resultado estético é capaz de atingir as expectativas do paciente, a ponto de torná-lo idêntico ao que era antes no trauma.

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TRABALHO CLÍNICO

P-099

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ALTA RESOLUÇÃO NO DIAGNÓSTICO DE OTOSCLEROSE.

AUTOR(ES): ANTONIO LOBO DE REZENDE NETO , AMANDA CRISTINA FERREIRA, VALÉRIA DE PAULA BARTELS, RENATA ANTUNES DE CARVALHO, DANIEL PAINS NOGUEIRA, FERNANDO CASTRO DE PAULA

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINO BH

INTRODUÇÃO: A Otosclerose é uma doença do ouvido médio que cursa com perda progressiva da audição, com caráter hereditário e geralmente em ambos os ouvidos. Por se tratar de uma doença muito prevalente e que tem na Tomografia Computadorizada um meio de ajuda em seu diagnóstico, foi por nós estudada a correlação desta doença com seus achados de imagem tomográficos.

OBJETIVO: Avaliar a validade da Tomografia Computadorizada de Alta Resolução em pacientes com suspeita de Otosclerose. Foram avaliadas as Tomografias de Alta Resolução correlacionando com os achados audiológicos e per-operatórios.

MÉTODOS: Foram analisados 120 ossos temporais de 50 pacientes com perda condutiva ou mista.

RESULTADOS: Os Focos de Otosclerose foram observados em 85% dos casos, sendo que a identificação do foco encontra-se na dependência da qualidade técnica de realização do exame e das técnicas de reconstrução.

A prevalência da localização do foco otosclerótico ocorreu na região da fistula anti-fenestra. Foi avaliado também a correlação audiologica com os achados de otosclerose coclear.

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TRABALHO CLÍNICO

P-100

TÍTULO: AVALIAÇÃO DAS QUEIXAS, FATORES DE RISCO, COMORBIDADES E EFICÁCIA DE TRATAMENTOS EM PACIENTES COM SÍNDROME DE MÉNIÈRE E VPPB

AUTOR(ES): LUCAS RODRIGUES CARENZI , ODAIR APARECIDO ADELINO JÚNIOR, MARCO AURÉLIO TOMIYOSHI ASATO, ALINE PIRES BARBOSA, MARIANA DE LIMA COELHO, LUIZ HENRIQUE CARBONI SOUZA, EDUARDO TANAKA MASSUDA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP

INTRODUÇÃO: A tontura pode ser classificada em rotatória e não rotatória. A rotatória é o tipo mais comum, sendo de etiologia periférica em até 85% dos casos. O diagnóstico se baseia na história e no exame físico, necessitando algumas vezes de exames complementares. Este estudo foi realizado para avaliar os principais sintomas, fatores de risco e comorbidades associados, bem como os principais tratamentos e as taxas de melhora ou cura dos pacientes com VPPB e Síndrome de Ménière.

MATERIAIS E MÉTODOS: estudo retrospectivo em que avaliamos os prontuários de 63 pacientes com os diagnósticos de VPPB e Ménière, de 2006 a 2009. Foram analisados a distribuição por sexo e idade, principais queixas, comorbidades associadas e as terapias propostas, identificando a porcentagem de pacientes com melhora (diminuição das crises ou da intensidade dos sintomas) ou cura (livre dos sintomas por seis meses ou mais).

RESULTADOS: 35 pacientes tiveram o Ménière como seu diagnóstico, sendo 28 os pacientes com VPPB. A idade média foi de 52,26 anos para o Ménière e de 51,53 anos para a VPPB. O sexo feminino foi o mais acometido em ambas as doenças, e as queixas mais apresentadas foram vertigem, tontura não rotatória e zumbido.  A vertigem foi a mais comum, tanto na VPPB (82%) quanto no Ménière (62,85%). A hipertensão arterial sistêmica foi o distúrbio metabólico mais prevalente nas duas doenças, seguida pelo diabetes melitus. As manobras de reposicionamento foram utilizadas em 100% dos casos de VPPB, e o controle de distúrbios metabólicos ocorreu nos casos em que este existia. A droga mais prescrita foi a betahistina, seguida pela ginkgo biloba (GB). A doença com melhor prognóstico foi a VPPB, com 89,29% de melhora/cura.

DISCUSSÃO: O Ménière é uma das causas mais prevalentes de tontura, atingindo 17% dos pacientes segundo Ganança. Nesse estudo, encontramos uma prevalência maior, provavelmente pela menor amostragem. Já a prevalência da VPPB, neste estudo, concorda com a literatura.

As idades médias das doenças foram semelhantes aos dados encontrados por Moon e Chaves, em torno de 52 anos.

Para explicar a maior prevalência de tontura no sexo feminino, estudos apontam a mulher como mais suscetível às alterações otoneurológicas, atribuída principalmente à variação hormonal natural.

A vertigem ocorreu mais nos pacientes com VPPB, que é característica desta doença. O zumbido e a tontura não rotatória prevaleceram em pacientes com Ménière, concordando com a literatura. No entanto, a VPPB apresentou alto índice de zumbido, discordando dos dados de Manuaro & Silveira, o que pode estar relacionado à associação entre VPPB e outras doenças.

No Ménière, 77% dos pacientes receberam betahistina, seguida pelo exercício físico e pela GB. Na VPPB, manobras de reposicionamento dos otólitos foram indicadas em 100% dos casos, tratamento preconizado para esta doença. O controle de distúrbios metabólicos ocorreu nos pacientes que os possuíam.

O melhor índice de melhora/cura foi encontrado na VPPB, semelhante aos dados encontrados por Levrat. O Ménière também apresentou boa resposta a tratamento clínico (semelhante à literatura pesquisada), não sendo indicada cirurgia para tratamento dessa doença.

CONCLUSÃO: A tontura é um sintoma de várias doenças. Nesse estudo, o Ménière foi mais prevalente que a VPPB. Os sintomas mais comuns foram vertigem, tontura não rotatória e zumbido. Os tratamentos mais prescritos foram o controle de doenças de base, manobras de reposicionamento e betahistina. A melhor taxa de melhora/cura foi da VPPB.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-101

TÍTULO: AVALIAÇÃO DE PACIENTE PORTADOR DE MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO VI EM REPOSIÇÃO ENZIMÁTICA

AUTOR(ES): DÉBORA LOPES BUNZEN MAYER , NICOLE CARDOSO DE MELO MOREIRA, RENATA SALAZAR CERQUEIRA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

INTRODUÇÃO A mucopolissacaridose tipo VI (MPS-VI) é uma doenças de depósito lisossômico com prevalência de 1 a cada  1.505.160 nascidos vivos. Também conhecida como Síndrome de Maroteaux ?Lamy é uma deficiência enzimática de herança autossômica recessiva que caracteriza-se pela deposição de  sulfato de dermatan, um glicosaminoglicano (GAG) encontrado nos tecidos conjuntivos de todo o corpo humano. É uma doença grave que provoca grande incapacidade nas crianças afetadas. Sinais e sintomas como otite média de repetição, rinossinusite crônica, hipoacusia e obstrução de via aérea superior são doenças comuns na prática otorrinolaringológica e presentes nos pacientes com MPS-VI como sintomas de suspeição diagnóstica.

APRESENTAÇÃO DO CASO Paciente do sexo masculino, 3 anos de idade, com diagnóstico de MPS-VI há 1 ano, quando foi encaminhado ao geneticista por  apresentar fácies sindrômica. Há 4 meses faz terapia de reposição enzimática (T.R.E.) em um hospital terciário. O paciente é portador de glaucoma e malformação cardíaca. No serviço de otorrinolaringologia a genitora queixou-se que o menor tem roncos, sialorréia noturna e sono agitado desde o nascimento. Também relatava infecções de vias aéreas de repetição antes do início do tratamento. Após início da T.R.E, a mesma relatou melhora dos sintomas em grau 5 em uma escala de 0-10. Na oroscopia foi observado palato ogival, estreitamento importante da faringe, dentes pequenos e irregulares, macroglossia, hiperplasia gengival e tonsilas grau II. Na rinoscopia anterior observou-se hipertrofia dos cornetos inferiores sem secreção. Otoscopia normal. Foi prescrito budesonida tópica nasal e solicitado exames. O paciente retornou 2 meses depois com audiometria normal e radiografia do cavum com obstrução da rinofaringe de grau moderado. Neste momento, a genitora referia que o menor obteve melhora de 8 (escala de 0-10) dos sintomas de roncos e obstrução nasal. Adotou-se, assim, conduta expectante.

DISCUSSÃO As manifestações otorrinolaringológicas da MPS-VI devem-se principalmente ao acúmulo de GAG na mucosa respiratória nasal, na hipofaringe, tonsilas e língua. Também há relato do aumento da produção de muco, com rinorréia, rinossinusite e otites pela obstrução tubária. Esses pacientes apresentam risco cirúrgico elevado devido a co-morbidades associada a dificuldade anestésica. No caso descrito adotou-se uma conduta não-cirúrgica visto que obstrução respiratória na criança melhorou. Interessante notar que as alterações respiratórias na criança com MPS-VI não se restringem apenas à obstrução mecânica pela hipertrofia do anel de Waldeyer. Existe infiltração de GAG em toda a mucosa respiratória com estreitamento do diâmetro da traquéia e alterações pulmonares, o que pode limitar o sucesso de uma cirurgia de vias aéreas superiores.

O caso descrito faz terapia de reposição enzimática (T.R.E.), tratamento que só está disponível para as MPS tipo VI, I e II. Estudos revelam diminuição da excreção urinária do GAG e melhora clínica dos pacientes com MPS-VI submetidos a T.R.E a longo prazo. Há poucos trabalhos relacionando melhora da obstrução nasal com a T.R.E. O uso da budesonida não é descrito na literatura, e talvez tenha contribuído para um alívio precoce da obstrução respiratória.

COMENTÁRIOS FINAIS Os otorrinolaringologistas exercem importante papel no diagnóstico e conduta dos pacientes com mucopolissacaridoses. Esse relato de caso de MPS-VI adotou conduta não-cirúrgica. O tratamento dos pacientes com MPS-VI deve ser individualizado.

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TRABALHO CLÍNICO

P-102

TÍTULO: AVALIAÇÃO DE RESULTADOS E COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA DE COLOCAÇÃO DE TUBOS DE VENTILAÇÃO EM PACIENTES COM OTITE MEDIA SEROSA

AUTOR(ES): JULIANA ANTONIOLLI DUARTE , BÁRBARA GREGGIO, JOSÉ RICARDO GURGEL TESTA, SPYROS CARDOSO DIMATOS

INSTITUIÇÃO: UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Timpanotomia para colocação de tubo de ventilação é uma das cirurgias mais freqüentes realizadas em pacientes na faixa etária pediátrica. Esse estudo avalia indicações e complicações pós-operatórias mais freqüentes na prática otorrinolaringológica. MATERIAL E METODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo tipo série de casos no qual 109 pacientes pediátricos, que receberam tubo de ventilação, foram avaliados quanto à indicação e acompanhamento pós-operatório pelo setor de otorrinolaringologia em um hospital escola durante os anos de 2007 a 2008. RESULTADOS: A idade média encontrada foi de 7,37 anos, sendo a maioria dos pacientes do sexo masculino (59,63%). Todos os casos tiveram como indicação cirúrgica otite média serosa (OMS). As taxas de complicações encontradas foram menores que as relatadas pela literatura com 3,43% de perfuração residual com necessidade de reintervençao cirúrgica e 5,47% não apresentaram melhora audiométrica, necessitando de nova inserção de tubo de ventilação. CONCLUSÃO: Os resultados encontrados sugerem que em nosso serviço há menores taxas de otorréia pós-operatória, reinserção de tubos, menor número de tubos removidos cirurgicamente e taxa semelhante de perfurações residuais que a descrita na literatura para a cirurgia de colocação de tubo de ventilação em pacientes com OMS.

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TESE

P-103

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO PELA POSTUROGRAFIA DINÂMICA COMPUTADORIZADA EM IDOSAS OBESAS E EUTRÓFICAS

AUTOR(ES): ERIKA BARIONI MANTELLO , ANDREIA ARDEVINO DE OLIVEIRA, MIGUEL ANGELO HYPPÓLITO, JULIO CESAR MORIGUTI

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTOS DE CLINICA MÉDICA E OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDI

INTRODUÇÃO: Um dos principais fatores que limitam hoje a vida do idoso é o desequilíbrio. A avaliação do equilíbrio envolve testes que informam sobre a capacidade de indivíduo em manter a estabilidade postural. Um desses testes é a posturografia dinâmica computadorizada (PDC), que avalia a oscilação do corpo por meio do registro da pressão exercida pelos pés em plataforma de força, e permite analisar as reações posturais secundárias ao deslocamento do centro de massa corporal.

OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo avaliar e comparar o equilíbrio de idosas obesas e eutróficas sem sintomas vestibulares por meio da PDC.

METODOLOGIA: O estudo foi delineado como ensaio clínico prospectivo, com a participação de 50 idosas do gênero feminino, com faixa etária entre 60 a 89 anos, divididas em 2 grupos conforme o Índice de Massa Corporal (IMC). Entre 18,5 a 24,9kg/mcaracterizava o grupo das idosas eutróficas ou IMC maior que 30kg/m2 caracterizava o grupo das idosas obesas.  As idosas passaram por entrevista inicial e foram submetidas ao teste PDC modelo Synapsys Static & Dynamic Posturography®, cuja meta em cada condição é a manutenção do equilíbrio. Baseado nos dados encontrados, o equipamento calcula a média de cada condição, um índice da função proprioceptiva, visual e vestibular. A caracterização da população avaliada foi realizada por meio da análise descritiva dos dados. Para correlacionar as variáveis estudadas, os dados foram tratados mediante o teste exato de Fisher.

RESULTADOS: Observamos as seguintes provas com alterações significativas para as obesas em relação às eutróficas: amplitude máxima do deslocamento ântero-posterior do paciente com olhos abertos e olhos fechados, comprimento e superfície usados pelo paciente com olhos fechados, energia gasta com olhos abertos e fechados, atividade proprioceptiva ântero-posterior e atividade vestibular lateral. Observou-se ainda maior porcentagem de alterações nas provas ântero-posteriores em relação às provas laterais para as obesas. A PDC foi um exame de rápida aplicação e que permitiu avaliar efetivamente e diferenciar o equilíbrio da mulher idosa eutrófica e da obesa.

CONCLUSÃO: Conclui-se que, nesta pesquisa, o equilíbrio corporal foi influenciado pela obesidade das idosas, pois foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis estudadas. Sugere-se que novos trabalhos com a PDC sejam realizados em população maiores, em diversas faixas etárias, diferentes gêneros e com condições patológicas associadas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-104

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO RISCO DE PENETRAÇÃO LARÍNGEA EM SUJEITOS PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON EM ESTÁGIOS DISTINTOS

AUTOR(ES): ERIDEISE GURGEL DA COSTA SILVEIRA , ALCIDÉZIO LUIZ SALES DE BARROS, LUIZ ATAÍDE JÚNIOR, MARIA LÚCIA GURGEL DA COSTA, JOSIAN SILVA DE MEDEIROS, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTI DA SILVEIRA LINS

INSTITUIÇÃO: UNICAP

INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurológica que aparece como resultado de uma perda de neurônios pigmentados, localizados na substância negra do mesencéfalo. Na doença de Parkinson (DP) podemos observar disfagia, penetração e aspiração de líquidos.

OBJETIVO: Comparar o risco de penetração laríngea em sujeitos portadores de DP entre estágios I & II, II & III e I & III.

MÉTODOS: Quantitativo, descritivo, coorte e de observação. Tratamento estatístico: descritivo, Shapiro-Wilk, ANOVA e exato de Fisher p = 0.05. Selecionados 33 sujeitos, 11 de cada estágio, idade entre 40-75 anos, de ambos os gêneros. Utilizamos: escala de Hoehn & Yarh, questionário estruturado e Nasofibroscópio flexível para avaliar a presença de penetração laríngea fizemos uso de água com azul de metileno.

RESULTADOS: Em relação à idade não houve diferença estatística significativa entre os estágios da DP (p=0.3056), para a comparação entre grupos foi utilizado o teste ANOVA, nível de decisão alfa p = 0.05. Obtivemos as médias de 65.6 no estágio I, 62.6 no estágio II e 69.6 no estágio III, através da estatística descritiva. Na variável gênero as comparações entre os estágios I & II, II & III e I & III o p foi > 0.05. Demonstrando que em nossa amostra não houve diferença entre os gêneros. Na comparação entre os grupos foi utilizado o teste exato de Fisher com nível de decisão alfa p = 0.05. Na análise descritiva observamos uma incidência maior de penetração laríngea com o avançar da doença, no entanto não houve diferença significativa entre os estágios. 

DISCUSSÕES: Em relação à presença de penetração laríngea observada através da videoendoscopia da deglutição, quando comparamos os estágios I & II, não observamos diferença estatística significativa (p=0.2125), do mesmo modo entre II & III (p=1.0000). Entretanto quando comparamos os estágios I & III, em que o estágio I é considerado o sujeito em fase inicial da DP e III em um estágio intermediário obtivemos p=0.0805. Estes dados apontam no sentido que existe uma maior presença de penetração laríngea no estágio III da DP em comparação com os demais estágios.

CONCLUSÃO: Pensamos que apesar de não encontrarmos diferença estatística em nosso estudo, a avaliação do risco de penetração laríngea através da videoendoscopia se constitui em um importante instrumento diagnóstico.

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TRABALHO CLÍNICO

P-105

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO RUÍDO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

AUTOR(ES): IVAN SENIS CARDOSO MACEDO , DANIELA CUNHA MATEUS, EDUARDO DE MARTIN GUEDES C COSTA, ANA CRISTINA LANFRANCHI ASPRINO, EDMIR AMÉRICO LOURENÇO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAI

INTRODUÇÃO: As Unidades de Terapia Intensiva são ambientes em que existem inúmeras fontes geradoras de ruído. Recomenda-se, em diferentes ambientes hospitalares, níveis de pressão sonora entre 35 e 45db (A). OBJETIVO: Realizar mensuração dos níveis de pressão sonora de três Unidades de Terapia Intensiva de um hospital em Jundiaí, Estado de São Paulo, Brasil. Forma de Estudo: Observacional. MATERIAL E MÉTODOS: Foi utilizado decibelímetro Minipa modelo MSL1532C (USA) de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 10151), para medir os níveis sonoros nas Unidades de Terapia Intensiva em períodos variados, isto é, manhã, tarde e noite em horários de pico de atividade. RESULTADOS: Os valores encontrados durante as aferições dos níveis de pressão sonora foram de 64.1dB(A) na Primeira Unidade de Terapia  Intensiva, 58.9 dB(A) na Unidade Coronariana e 64dB(A) na Segunda Unidade de Terapia Intensiva. CONCLUSÃO: Níveis elevados de pressão sonora em Unidades de Terapia Intensiva ainda significam um problema importante na morbidade dos pacientes de tais unidades de atendimento à saúde. Nenhuma das três UTI apresentaram níveis maiores que 85dB, demonstrando que não há risco ocupacional para as equipes de saúde nos ambientes pesquisados.

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TRABALHO CLÍNICO

P-106

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO HIPERPARATIREOIDISMO

AUTOR(ES): ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA , EMANUEL CELICE CASTILHO, GLÁUCIA MARIA FERREIRA DA SILVA MAZETO, JAQUELINE COSTA TEIXEIRA CARAMORI, JOSÉ VICENTE TAGLIARINI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

INTRODUÇÃO: Hiperparatireoidismo é a condição clínica em que ocorre aumento dos níveis do Paratormônio. Pode ser primário, ou seja por uma hiperfunção das paratireóides ou secundário, em que um malfuncionamento renal leva ao aumento secundário do hormônio. Há, ainda a forma terciaria, em que as glândulas paratireóides mantém sua hiperfunção mesmo após a correção do mal funcionamento renal. Este estudo objetivou avaliar os casos de hiperparatireoidismo tratados cirurgicamente em nossa instituição de 2001 a 2010.

MATERIAL E MÉTODO: Avaliação retrospectiva de dados dos prontuários dos pacientes submetidos à cirurgia das paratireóides no período entre 2001 e 2010. No grupo com NEM 1(neoplasia endócrina múltipla tipo 1) e hiperparatideoidismo secundário/terciário, a técnica utilizada foi a de ressecção total com reimplante de fragmentos no músculo esternocleidomastoideo ou em musculatura do antebraço.

RESULTADOS: Foram tratados cirurgiamente 32 pacientes no período estudado, sendo 22 mulheres e 10 homens. Foram diagnosticados como hiperparatireoidismo primário 20 casos, sendo desdes 3 síndromes NEM 1. A média de idade nesse grupo foi de 52 anos, sendo 80% do sexo feminino. A osteopenia/osteoporose foi a manifestação clínica mais frquente nesse grupo (50%), seguida de calculose renal (45%) A média do PTH pré operatório nesse grupo foi 275,5 ± 263,2 pg/dl e pós operatório 63,6 ± 69,6 pg/dl(valor p = 0,0001). A média do  calcio pré op foi 11,2 ±1,1 mg/dl e do cálcio pós operatório foi 9,5 ± 0,9 mg/dl(p<0,0001). A média da calciúria de 24 h caiu de 338,9 ± 156,8 mg/24h para 188 ± 157,3 mg/24h (p<0,0001) Foram tratados 12 casos de hiperparatireoidismo secundário ou terciário, com uma média de idade de 41,6 anos, com igual distribuição dos sexos. Dois casos aguardam reoperação. Dentros os 10 casos tratados com sucesso, a média do PTH pré operatório nesse grupo foi 1389,9 ± 838,8 pg/dl e pós operatório 78 ± 64,4 pg/dl (valor p = 0,0002). Houve queda do fósforo de 6,32 ±1,8 mg/dl para 4,21± 1,6 mg/dl sem queda significante do cálcio. Nos grupos que foram submetidos ao reimplante de fragmentos de glândulas com controle do hiperparatireoidismo (13 pacientes) houve uma queda do PTH de 1099,2 ±913 pg/dl para 64,4±61,7 pg/dl (p<0,0002) Nos pacientes em que o sintoma mais freqüente nessa população foi a dor óssea (25 %) Nesse grupo US pré operatório teve sensibilidade de 69%. A cintilografia com sestamibi teve sensibilidade de 93%.

DISCUSSÃO: Pode-se observar bom controle do hiperparatireoidismo em pacientes com forma primária, manifestada pela redução dos níveis de PTH, cálcio, calciúria e na forma secundária/terciária pela queda nos valores de PTH, assim como do fósforo.

Sabe-se que o controle clínico e laboratorial apesar de não reverter todas as seqüelas da longa exposição aos níveis elevados de PTH, pode, no entanto, impedir a progressão da doença óssea e da cardiotoxicidade.

CONCLUSÕES: A paratireoidectomia convencional para tratamento da forma primária, assim como a paratireoidectomia total com reimplante mostraram-se eficientes no controle do hiperparatireoidismo na população estudada.

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TRABALHO CLÍNICO

P-107

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE CUTÂNEO-MUCOSA ATENDIDOS NA FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DO AMAZONAS

AUTOR(ES): CHRISTINE RONDON PEDROSA , FERNANDA RONDON FONSECA PIRANGY, ARISTÓTELES MOURA, RENATA FARIAS DE SANTANA, MARCOS ANTÔNIO FERNANDES, RENATO TELLES DE SOUZA, JORGE AUGUSTO DE OLIVEIRA GUERRA

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DO AMAZONAS

INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, crônica, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania. As principais espécies relacionadas são Leishmania (Viannia) braziliensis, Leishmania (Viannia) guyanensis e Leishmania (Viannia) amazonensis. A transmissão ocorre pela picada de fêmeas dos mosquitos flebotomíneos, através da inoculação das formas promastigotas na pele do hospedeiro vertebrado.

O tecido cutâneo e as mucosas são os mais afetados, sendo a manifestação mais comum a úlcera leishmaniótica. A lesão mucosa é, geralmente, secundária a uma lesão cutânea prévia não tratada adequadamente. Acomete, principalmente, nariz e palato duro.

Os métodos mais empregados no diagnóstico da LTA são: exame direto, intradermorreação de Montenegro (IDRM), sorologia, estudo histopatológico, cultura e PCR.

OBJETIVO: Este trabalho tem por objetivo avaliar os aspectos clínicos e diagnósticos da LCM no estado do Amazonas, em pacientes de LTA/LCM atendidos na FMT-AM no período de agosto de 2009 a julho de 2010.

METODOLOGIA: O desenvolvimento das atividades foi iniciado com o cadastramento dos pacientes suspeitos, ou seja, aqueles com historia clinica e exame físico sugestivos de doença mucosa, com história de leishmaniose cutânea anterior, procedência de regiões da calha sul dos rios Amazonas/Solimões e/ou exercício de atividades em áreas de mata primária. Cada paciente teve seus dados pessoais, clínicos e epidemiológicos transferidos para uma ficha clínica e, a seguir, foram submetidos a uma avaliação clínica por um infectologista e um otorrinolaringologista. A seguir, os mesmos foram submetidos aos seguintes exames: sorologia, exame parasitológico direto, IDRM, biópsia para estudo histopatológico, cultura e PCR. Após a instituição do tratamento adequado, os pacientes foram acompanhados no 15º, 30º e 60º dias. Os dados coletados nas fichas clínicas foram registrados em um banco de dados criado no programa EPI-info, versão 6.0, 2000. A partir deste banco de dados, foram realizados os testes estatísticos necessários.

RESULTADOS: Foram diagnosticados 25 casos de LM no período supracitado. A maioria dos atendidos era do sexo masculino: 22 (88%). A média de idade foi 50,08 anos. As atividades de risco mais relacionadas à doença foi o extrativismo vegetal (84%), principalmente de seringa e castanha.

O quadro clínico nasal foi preponderante, 20 (80%) pacientes relataram eliminação de crostas, 21 (84%) obstrução nasal, 16 (64%) epistaxe, 8 (36%) prurido e 8 (36%) rinorréia, 6 (24%). À rinoscopia, evidenciou-se perfuração septal em 12 (48%) pacientes.

O exame parasitológico direto foi positivo em 3 (12%) pacientes, enquanto a cultura foi negativa em todos os casos. A IDRM mostrou-se positiva (maior que 10mm de diâmetro de induração) em 3 (92%) casos e apresentou necrose em  12 (52%). Quanto à sorologia, 13 (52%) pacientes apresentaram resultado soro reativo. O exame histopatológico apresentou resultados compatíveis com LCM em 16 (64%) pacientes. Quanto ao PCR, 9 (90%) amostras processadas foram positivas, sendo 8 (88,8%) relacionadas à L. (V.) braziliensis e 1 (11,2%)  à L. (V.) guyanensis.

CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes inclusos do estudo era do sexo masculino e apresentavam lesões cutâneas prévias não tratadas adequadamente. A atividade de risco mais citada foi o extrativismo vegetal. Os sintomas mais relatados relacionaram-se ao quadro nasal. Quanto aos exames diagnósticos, a IDRM foi o de maior sensibilidade e os de menor sensibilidade foram a cultura e o exame parasitológico direto. A espécie mais encontrada, através da técnica de PCR, foi a L. (V.) braziliensis.

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TRABALHO CLÍNICO

P-108

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE TESTOSTERONA EM PACIENTES COM SÍNDROME DA APNÉIA/HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): MARCELA SUMAN , THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA, WALDIR ANTONIO TOGNOLA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO - FAMERP - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO:Homens com síndrome da apnéia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) podem apresentar diminuição dos níveis de testosterona devido à hipóxia.OBJETIVOS:Relacionar os níveis séricos da testosterona, em pacientes com SAhOS, com parâmetros clínico-laboratoriais.MATERIAL E MÉTODOS:Foram revisados 103 prontuários de pacientes com SAhOS, entre os anos de 2002 e 2009, e coletados os seguintes dados: idade à época da realização da polissonografia, valores do Hematócrito e Hemoglobina, nível sérico da testosterona total, IMC, índice de apnéia/hipopnéia(IAH) e SatO2.Forma do estudo:Estudo de casos retrospectivo em corte transversal.RESULTADOS:79 pacientes(77%) não apresentaram alteração hormonal e 24(23%) apresentaram níveis séricos inferiores.Dos pacientes com testosterona normal 70% estava com sobrepeso, enquanto que 63% com testosterona alterada apresentou obesidade grau I(p<0,05).Os pacientes com testosterona alterada apresentaram as dosagens médias do Ht e da Hb e dos níveis médios do andrógeno significantemente inferiores aos dos pacientes sem alteração androgênica.A média do IMC dos pacientes com alteração hormonal foi significativamente maior à média daqueles sem alteração.CONCLUSÕES:A relação entre o perfil sérico da testosterona matinal e a obesidade e, em menor grau, a idade, o IAH e a hipóxia podem ser responsáveis pela supressão central da testosterona nesses pacientes.A queda dos valores hematimétricos pode ser relacionada aos baixos níveis circulantes da testosterona.

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TESE

P-109

TÍTULO: AVALIAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA AUDITIVA DE LONGA LATÊNCIA EM CRIANÇAS COM E SEM INFECÇÃO PELO HIV.

AUTOR(ES): ANDREZA BATISTA CHELONI VIEIRA , VANESSA MARIZ, SIRLEY ALVES DA SILVA CARVALHO, JORGE ANDRADE PINTO, CIBELE MARTINS ALVARENGA HENRIQUES, DENISE UTSCH GONÇALVES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INTRODUÇÃO: Segundo estudos, adultos infectados pelo HIV e efetivamente tratados com terapia anti-retroviral altamente ativa (HAART) podem apresentar alteração do potencial evocado auditivo de longa latência (P300) mesmo apresentando carga viral não detectável. Explicação refere-se à infecção do sistema nervoso central (SNC) pelo vírus, que ultrapassa a barreira hematoencefálica, tornando o SNC um foco de replicação viral sem acesso e controle dos anti-retrovirais. Contudo, em crianças infectadas por esse vírus e em uso regular de HAART, tal achado ainda não foi estudado. Estudo aprovado pelo comitê de ética (556/07). OBJETIVO: Verificar se crianças verticalmente infectadas pelo HIV e tratadas com HAART apresentam alterações no processamento cognitivo da informação auditiva. MÉTODOS: Crianças de oito a 12 anos, de ambos sexos, com e sem infecção pelo HIV foram submetidas ao teste eletrofisiológico auditivo de longa latência após exclusão de quaisquer tipos de perdas auditivas periféricas. RESULTADOS: Grupo controle formado por 35 sujeitos, sendo 19 (54,3%) do sexo feminino e 16 (45,7%) do sexo masculino. Média de idade desse grupo foi de 9,20 anos, desvio-padrão 1,13, mediana 9. Média da latência do P300 do grupo controle foi de 315,72 milessegundos(ms), mediana 317,04ms e desvio-padrão 27,82. Grupo de estudo composto por 19 sujeitos sendo 9(47,3%) do sexo masculino e 10(52,7%) do sexo feminino. Média de idade desse grupo foi de 9,70 anos, desvio-padrão 1,44, mediana 10. Média da latência do P300 do grupo estudo foi de 293,93ms, mediana 296,86ms e desvio-padrão 38,21. Os grupos de estudo e controle não diferiram estatisticamente quanto ao sexo(P=0,86,OR=0,94,IC=0,26?3,32) e quanto a idade (P=0,16). Os grupos diferiram quanto à latência do P300 (P=0,02) sendo essa maior para o grupo controle. CONCLUSÃO: Nesta amostra, crianças verticalmente infectadas pelo HIV não apresentaram alteração do P300 quando comparadas com crianças sem essa infecção. Esses dados sugerem que o uso da HAART protege crianças HIV infectadas, permitindo adequado desenvolvimento cognitivo. Contudo, esses dados trazem questionamentos quanto ao acompanhamento de adultos infectados pelo HIV com quadro clínico e imunológico estáveis. Tais questionamentos referem-se ao início tardio do uso da HAAT nesses casos, o que poderia predispor o individuo adulto a alteração da cognição devido a lesão neurológica subclínica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-110

TÍTULO: AVALIAÇÃO ENTRE A INCISÃO TIPO RITIDECTOMIA MODIFICADA E O ACESSO CLÁSSICO CERVICOMASTÓIDEOFACIAL PARA A ABORDAGEM CIRÚRGICA DE NEOPLASIAS DE PARÓTIDA.

AUTOR(ES): AGNALDO JOSÉ GRACIANO, CARLOS AUGUSTO FISCHER, SERGIO JOSÉ FERREIRA, RODRIGO FONTANA, MARIA ROBERTA CARDOSO MARTINS, DANIEL LOBO BOTELHO

INSTITUIÇÃO: SERVIÇOS DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO - HOSPITAL SÃO JOSÉ - JOINVILLEIT

INTRODUÇÃO: A utilização da incisão tipo ritidectomia modificada para a abordagem de neoplasias de parótida teve sua aplicação clínica aumentada a partir dos anos 90 quando foi demonstrado que esse tipo de abordagem pode resultar em melhor aspecto estético da cicatriz cirúrgica com resultados oncológicos comparáveis àqueles obtidos pela incisão clássica. Contudo, ainda existem poucos estudos comparativos dos aspectos clínicos, cirúrgicos e funcionais de pacientes operados devido neoplasia de parótida pela incisão tipo ritidectomia modificada e a incisão cervicomastóideofacial.

OBJETIVO: Comparar os aspectos clínicos, cirúrgicos e funcionais de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de tumores de parótida abordados pelos acessos tipo ritidectomia modificada ou cervicomastóideofacial.

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo  dos dados de prontuário de 95 pacientes submetidos a parotidectomia pelos serviços de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço entre Março de 2004 e Março de 2010 serviram como amostra inicial do estudo. Entre estes foram selecionados pacientes com tumores sólidos de parórita e diagnóstico citológico ou supeita clínica inicial de neoplasia benigna submetidos a cirurgia. Os dados de idade, tempo de internação, volume de secreção drenada no pós-operatório, tamanho do tumor, volume da parótida ressecada, ocorrência de disfunção temporária e tardia do nervo facial e a presença de fístula salivar dos pacientes operados pelo acesso tipo ritidectomia modificada  (n=30 - Grupo A) foram comparados aos dos pacientes operados pelo acesso cervicomastóideofacial (n=30  - Grupo B).  A análise estatística dos dados foi efetuada utilizando-se SAS versão 9.2 (Statistical Analysis System, Cary, NC, USA) e as probabilidades de significância (valores de p) apresentadas foram do tipo bilateral e valores menores que 0.05 foram considerados estatisticamente significantes.

RESULTADOS: Foram observadas diferenças estatisticamente significantes para idade (Média 34,93anos no Grupo A e 47,30 anos no grupo B, p=0,0003), volume da peça cirúrgica ( Média 34,29 cm3 Grupo A e 48,12 cm3 Grupo B, p=0,0428), e  ocorrência de disfunção do nervo facial temporária ( 23,33%  Grupo A versus 73,33% Grupo B, p=0,0001) e tardia ( 10% Grupo A versus 36,7% grupo B, p=0,0146) . Demais variáveis analisadas apresentaram resultados comparativamente semelhantes entre os dois grupos.

CONCLUSÃO: A incisão tipo ritidectomia para tumores de parótida foi indicada mais freqüentemente para pacientes mais jovens, possivelmente pelos melhores resultados estéticos associados a essa incisão. A abordagem via ritidectomia esteve associada à dissecção mais limitada da área parotídea o que provavelmente resultou em menor ocorrência de disfunção temporária e tardia do nervo facial. Diante destes dados recomenda-se a utilização da incisão tipo ritidectomia modificada também para pacientes mais idosos devido aos melhores resultados funcionais associados com essa abordagem.

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TRABALHO CLÍNICO

P-111

TÍTULO: AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE FRATURA MANDIBULAR EM PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA DE FACE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO TERCIÁRIO

AUTOR(ES): MARIANA WILBERGER FURTADO DE ALMEIDA , CAMILA IZAAC ALFREDO, RICARDO ARTHUR HUBNER, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, JOSÉ VICTOR MANIGLIA, FERNADO DRIMEL MOLINA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - FAMERP

INTRODUÇÃO: Os traumatismos estão entre as principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Os traumas faciais representam cerca de 7,4% a 8,7% dos atendimentos efetuados em centros de emergência e a  mandíbula é frequentemente acometida  devido a sua localização na face. Informações epidemiológicas são úteis para propiciar condutas efetivas como a implantação de protocolos direcionados à realização de programas de prevenção.

OBJETIVO: Avaliar as características clínicas e epidemiológicas de pacientes vítimas de trauma de face que apresentaram fraturas mandibulares atendidos em um serviço de Emergência entre os anos de 2002 e 2008.

METODOLOGIA: Realizado revisão de prontuário de 355 pacientes vítimas de trauma facial atendidos em um serviço de Emergência nos anos de 2002 e 2008. Foram avaliados os seguintes critérios: idade à época do acidente, gênero, categoria do acidente, características das lesões, uso de álcool e/ou drogas, tipo de tratamento, necessidade de internação hospitalar e/ou em unidade de terapia intensiva.

CONCLUSÃO: No período de 2002 a 2008, 355 pacientes foram atendidos com traumatismo facial e destes 157 (44,78%) apresentaram fratura mandibular. As causas de fratura mandibular foram principalmente: violência interpessoal (23,9%), acidentes com motocicletas (17,6%), acidente automobilístico (16,9%) e queda (16,3%). Quanto aos segmentos da mandíbula mais acometidos por fraturas: parassínfise (36%), 45 (21%), côndilo (21%), corpo (18%), ângulo (12%), sínfise (6%). Os traumatismos faciais ocorrem, preferencialmente, em homens na fase de adulto jovem. A violência interpessoal e acidente com motocicletas são as causas mais prevalentes de lesão mandibular. O consumo de álcool e/ou drogas está associado a todas as categorias que ocasionam os traumatismos, exceto nos acidentes de trabalho. O número de pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico é superior ao de pacientes submetidos ao tratamento conservador. A redução aberta e fixação interna rígida com miniplacas é o tratamento preconizado pela equipe médica do presente estudo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-112

TÍTULO: DISSINCRONIA- NEUROPATIA AUDITIVA

AUTOR(ES): GERALDO MAJELA PEREIRA, ISABELLA MARQUES PEREIRA

INSTITUIÇÃO: OTORRINO CLÍNICA

INTRODUÇÃO: A Neuropatia Auditiva/ Dissincronia Auditiva (NA/DA) é uma condição que afeta o processamento neural do estímulo auditivo, sendo descrita pela primeira vez em 1970.

Caracterizada pela função normal das CCEs e alteração na sincronia neural. Os possíveis locais da  lesão da neuropatia auditiva seriam a alteração entre as células ciliadas internas(CCIs),sinapse entre CCIs e VIII par, e células do gânglio espiral, desmielinização ou perda axonal,e/ou alteração do VIII nervo somente.

Hoje sabe que Otoferlin(OTOF) é um neurotransimissor envolvido na sinapse entre as CCIs e fibras do nervo auditivo, e a mutação no gene do OTOF resulta em perda auditiva neurossensorial severa e profunda, sendo esta a característica audiológica relatada na neuropatia auditiva/ dissincronia auditiva.

A etiologia da NA/ DA é variável podendo ser metabólica, hereditária, imunológica, idiopática e infecciosa.

OBJETIVO: Este trabalho teve por objetivo descrever um relato de caso de Neuropatia e/ou Dissincronia Auditiva com base nos achados audiológicos e história clínica encontrados numa clinica privada e relatar a conduta adotada. Tem por finalidade também destacar a importância da detecção e intervenção precoce nos casos de NA/DA assim como divulgar a necessidade da Triagem Auditiva Neonatal Universal com a realização de exames com o obejtivo da detecção não somente de perda auditiva mas também do especto de neuropatia auditiva como preconizado pelo Joint Committee on Infant Hearing.

METODOLOGIA: A metodologia adotada foi relato de caso, trabalho este desenvolvido numa clínica particular de otorrinolaringologia e fonoaudiologia do municipio de Itaúna, Minas Gerais, Brasil, com base nos dados audiologicos adquiridos mediante a exames realizados.

Paciente do sexo masculino com 2 anos de idade encaminhado ao ORL, por apresentar atraso no desenvolvimento da linguagem. Apresenta histórico de prematuridade, hiperbilirrubinemia e permanencia em UTI. O paciente foi sumetido a exames audiológicos e teve como resultado espectro típico de neuropatia auditiva.

RESULTADOS: As características audiológicas apresentadas foram: Curvas Timpanométricas do tipo A, com ausencia de reflexos estapedianos, EOA presentes, Microfonismo Coclear presente e ABR ausente em ambas as orelhas. O encaminhamento dos neuropatas de acordo com pesquisas seria a reabilitaçao com uso do aparelho auditivo ou implante coclear (IC). Trabalhos recentes demonstram que o IC melhora a sincronia neural e decodificação temporal, consequentemente promovendo o desenvolvimento da linguagem.

CONCLUSÃO: O ABR é a ferramenta essencial na detecção do espectro da neuropatia, pois tem a capacidade de avaliar a função coclear atraves do microfonismo coclear assim como a parte retrococlear auditiva, devendo ser inserido no Programa de Triagem Auditiva Neonatal Universal.

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TRABALHO CLÍNICO

P-113

TÍTULO: AVALIAÇÃO OTONEUROLÓGICA MÍNIMA PARA PACIENTES COM TONTURA

AUTOR(ES): JOSÉ DINIZ JÚNIOR, ROSIANE VIANA ZUZA DINIZ, DJANINE ANDRADE DE OLIVEIRA, PÉRICLES DE SOUSA CARDOSO, VICTOR EMANUEL FERNANDES DA COSTA, HARISON FRANKLIN VIANA OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: UFRN/CPC/HUOL

INTRODUÇÃO: As tonturas estão entre os sintomas mais freqüentes em todo o mundo, sendo a origem labiríntica responsável por 85% dos casos. Nesse contexto, é de grande valia diferenciar tontura central (núcleos, vias e inter-relações no sistema nervoso central). da periférica (labirinto e/ou VIII nervo crânio) uma vez que este é um sintoma complexo com várias origens, apesar da maioria ser labiríntica, como já citado. O exame otoneurológico minucioso permite localizar de forma acurada a presença de lesão auditiva e/ou vestibular, localizando-as em nível periférico ou central.

OBJETIVO: Descrever a metodologia para desenvolvimento e implementação do Protocolo Assistencial (PA) para diagnóstico e manejo de indivíduos com tontura no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL).

METODOLOGIA: A construção do Protocolo de tonturas consistiu em quatro etapas. Etapa um: Reunião de especialistas para discutir a abordagem multiprofissional da tontura. Desta etapa participaram representantes docentes da neurologia, otorrinolaringologia, cardiologia e geriatria; Etapa dois: Elaboração do instrumento Protocolo assistencial para diagnóstico da tontura. O instrumento elaborado foi testado inicialmente em um estudo piloto composto por cinco indivíduos, para avaliar a fluência, tempo e praticidade do exame; Etapa três: Validação do instrumento; Etapa quatro: Implementação do protocolo.  

RESULTADOS: Considerando a avaliação multidisciplinar da tontura, o instrumento PA para o diagnóstico de tontura foi elaborado com foco em dados da anamnese, seguida de uma avaliação cardiovascular mínima, avaliação otorrinolaringológica, avaliação do equilíbrio estático e dinâmico, provas cerebelares, além de exames otorrinolaringológicos e a videonistagmografia. Durante a elaboração do instrumento PA, ele foi aperfeiçoado depois de seguidos testes nos profissionais envolvidos na sua formação, e alguns voluntários, dentre estes, pacientes do serviço e alguns alunos, procurando aplicá-lo em jovens, adultos e  idosos de ambos os sexos. Após esse passo, o PA foi validado, para, dessa forma, ser aplicado nos pacientes em um tempo médio 50 minutos.

CONCLUSÃO: O protocolo assistencial para diagnóstico e manejo de indivíduos com tontura desenvolvida no HUOL mostrou ser uma ferramenta fundamental e eficiente para guiar o profissional no manejo da tontura de seus pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-114

TÍTULO: AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA DOS PACIENTE CANDIDATOS AO TRANSPLANTE HEPÁTICO

AUTOR(ES): FERNANDA VIDIGAL VILELA LIMA, FERNANDA MARQUES DE MELO, LÍGIA OLIVEIRA GONÇALVES, PAULO FERNANDO TORMIN BORGES CROSARA, MIRIAM CABRAL MOREIRA CASTRO, ROBERTO EUSTAQUIO SANTOS GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL MINAS GERAIS

OBJETIVOS: Avaliar a presença de sinusopatia em pacientes portadores de cirrose hepática crônica, candidatos ao transplante hepático em um hospital universitário.

INTRODUÇÃO: Após o transplante hepático, os pacientes são submetidos a imunossupressão medicamentosa para prevenir a rejeição ao órgão transplantado.

Por isso, os pacientes com status ativo na fila para transplante hepático devem ser submetidos ao screening infectológico previamente.

METODOLOGIA: A partir de junho de 2008 até junho de 2010, pacientes portadores de cirrose hepática crônica com indicação para transplante hepático foram avaliados em um serviço de otorrinolaringologia em um hospital universitário. Estes pacientes foram submetidos a anmnese, exame físico otorrinolaringológico e exame de fibronasoscopia na primeira consulta. Após esta avaliação, se normal, era solicitado tomografia computadorizada de seios da face.

RESULTADOS: Sessenta e tres pacientes candidatos ao transplante hepático foram avaliados em um serviço de otorrinolaringologia em um hospital universitário. Onze (17%) pacientes apresentaram exames alterados: Dois apresentaram fibronasoscopia indicando sinusopatia, foram submetidos ao tratamento clinico com antibioticos durante 21 dias, foram submetidos a um novo exame e tomografia normais, e assim, liberados para o transplante.

Nove pacientes aparesentaram tomografia de seios da face alterados com classificação de Lund Mckay acima de quarto, sugestivo de sinusopatia, e todos apresentaram exame físico e fibronasoscopia normal.

Todos os onze pacientes que apresentavam alteração nos exames negavam qualquer sintomatologia otorrinolaringológica

CONCLUSÃO: Apesar de assintomáticos, alguns pacientes candidatos ao transplante hepático apresentaram tomografia computadorizada de seios da face com alterações características de sinusopatia. Em uma fase de imunossupressão, estas alterações podem causar, até mesmo, a falência do órgão transplantado. Por isso acreditamos que a tomografia computadorizada de seios da face é essencial na avaliação otorrinolaringológica dos pacientes candidatos ao transplante hepático.

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TESE

P-115

TÍTULO: AVALIAÇÃO POSTUROGRÁFICA E ELETROMIOGRÁFICA EM PACIENTES COM HIPOFUNÇÃO VESTIBULAR PERIFÉRICA UNILATERAL

AUTOR(ES): KAREN RENATI MAZZETTI, ANA PAULA SERRA , CRISTINA MARIA NUNES CABRA, FERNANDO FREITAS GANANÇA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP

INTRODUCÃO: Hipofunção vestibular periférica unilateral (HVPU) corresponde às afecções vestibulares em que há diminuição total ou parcial da função vestibular, caracterizada por arreflexia ou hiporreflexia à prova calórica.

OBJETIVOS: Avaliar o equilíbrio corporal de pacientes com HVPU, por meio da posturografia computadorizada e o recrutamento do músculo esternocleidomastóideo e fibras superiores do músculo trapézio, por meio da eletromiografia.

METODOLOGIA: Estudo transversal controlado que incluiu um grupo de 30 pacientes com HVPU (G1) e 30 indivíduos do grupo controle (GC), sem queixas de tontura. Os indivíduos foram submetidos à eletromiografia de superfície, por meio do aparelho Miotool, do músculo esternocleidomastóideo e fibras superiores do músculo trapézio durante três condições sensoriais (olhos abertos e superfície firme, olhos fechados e superfície firme e olhos fechados e superfície de espuma) da posturografia Balance Rehabilitation Unit (BRU®). Os pacientes foram avaliados quanto ao equilíbrio corporal, quanto à intensidade de recrutamento muscular e à simetria de recrutamento entre os lados direito e esquerdo quando comparados aos sujeitos do GC. Os pacientes do G1 foram classificados quanto ao padrão de maior recrutamento muscular, ipsilateral ou contralateral à lesão vestibular. Utilizou-se o teste t-Student ou teste de Mann-Whitney para as variáveis quantitativas, na análise comparativa entre os grupos.

RESULTADOS: A posturografia revelou que o G1 apresentou menor limite de estabilidade, maiores área e velocidade de oscilação (VOS) do centro de pressão que o GC, com diferença significante para todos os parâmetros, exceto para a VOS na condição de superfície firme e olhos abertos. Os pacientes do G1 obtiveram maior recrutamento das fibras superiores do músculo trapézio nas três condições avaliadas e do esternocleidomastóideo na condição de olhos fechados e superfície de espuma. O G1 apresentou maior assimetria de recrutamento entre os lados direito e esquerdo das fibras superiores do músculo trapézio com diferença significante em relação ao GC. A maioria dos pacientes recrutou mais o músculo estenocleidomastóideo ipsilateral e as fibras superiores do trapézio contralateral à lesão vestibular.

CONCLUSÕES: Pacientes com HVPU apresentaram prejuízo do equilíbrio corporal nas três condições avaliadas à posturografia. Os pacientes com HVPU apresentaram maior recrutamento das fibras superiores do músculo trapézio e do esternocleidomastóideo que indivíduos sem queixas vestibulares, sendo que de forma mais assimétrica para as fibras superiores do trapézio.

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TRABALHO CLÍNICO

P-116

TÍTULO: AVALIAÇÃO SISTEMATIZADA DA DIFICULDADE DE EXPOSIÇÃO DAS PREGAS VOCAIS NA MICROCIRURGIA DA LARINGE

AUTOR(ES): BETTINA CARVALHO , ANNELYSE CRISTINE BALLIN, EVALDO DACHEUX DE MACEDO FILHO, GUSTAVO B. SELA, CARLOS HENRIQUE BALLIN, GUILHERME S. CATANI, JORGE IDO MASSAAKI FILHO

INSTITUIÇÃO: HC/UFPR

INTRODUÇÃO: Um dos principais problemas na microcirurgia da laringe é a dificuldade de exposição das pregas vocais (PPVV). A visualização de toda a PPVV, até a comissura anterior, é o ideal, visando evitar erros diagnósticos, remoção incompleta de lesões, injúria inadvertida das PPVV ou até aborto do procedimento. Diversos estudos abordam fatores pré-operatórios que predizem dificuldade de intubação endotraqueal, graduada pelos anestesistas pela escala de Cormack-Lehane. Estes parâmetros foram pouco avaliados para a dificuldade de locação do laringoscópio nas microcirurgias da laringe. Não há uma escala padrão de dificuldade direcionada aos cirurgiões de laringe. OBJETIVOS: 1)Criar uma escala padrão de dificuldade de locação do laringoscópio durante a microcirurgia da laringe, com foco na exposição das PPVV; 2)avaliar quais parâmetros clínicos predizem dificuldade de visualização laríngea; 3)verificar a melhora da exposição laríngea com o suspensor do laringoscópio. MATERIAL E MÉTODO: Estudo prospectivo, duplo cego, de 57 pacientes submetidos à microcirurgia de laringe. No pré-operatório foram avaliados: 3 dados epidemiológicos, 2 de anamnese e 13 de exame físico.  No intra-operatório, o anestesista avaliava o escore de Cormack-Lehane e o cirurgião avaliava conforme a escala proposta, antes e após a colocação do suspensor. RESULTADOS e CONCLUSÕES: Vários parâmetros apresentaram sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo altos, para exposição inadequada da laringe. Porém, apenas distância hiomentual <6,05cm (p=0,003) e classes =2 de Cormack-Lehane (p=0,04) obtiveram significância estatística e alta sensibilidade, 100% e 81% respectivamente. O suspensor do laringoscópio melhorou a exposição (p=0,04). A escala proposta demonstrou-se de fácil aplicação e permitirá comparações entre estudos futuros.

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TRABALHO CLÍNICO

P-117

TÍTULO: AVANÇO DE MAXILA MAIOR QUE 10 MM PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNÉIA DO SONO GRAVE

AUTOR(ES): VINÍCIUS FARIA GIGNON

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO: O avanço maxilomandibular (AMM) vem sendo referido na literatura mundial como um dos tratamentos mais efetivos para a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) grave.

OBJETIVO: Avaliar prospectivamente os pacientes portadores de fratura de maxila tratados através de redução e fixação interna rígida no ano de 2009, em um Centro de Treinamento em Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de 7 pacientes submetidos a avanço de maxila maior que 10 mm, associado ao avanço de mandíbula, para tratamento da SAOS grave. Esses pacientes foram submetidos a polissonografia e cefalometria pré e pós-operatórias (no mínimo 6 meses após a cirurgia). Foram utilizados como parâmetros de avaliação pré e pós-operatória: índice de apnéia e hipopnéia (IAH), saturação mínima de oxigênio média, SNA, SNB e diâmetro das vias aéreas superiores e inferiores. As diferenças das médias entre estes dados foram avaliadas através do teste t de Student. Foi considerado sucesso no tratamento a redução do IAH para um índice menor que 10 eventos por hora.

RESULTADOS: Os pacientes apresentavam de 46 a 60 anos de idade (média 53,7 anos), sendo 6 do sexo masculino. Houve redução significativa do IAH de 57.84/h para 3.34/h (p=0,0009), aumento da saturação mínima de oxigênio de 79% para 89,57% (p=0,0004). O SNA aumentou de 79,6 para 84,7 (p=0,0005) e o SNB aumentou de 75,8 para 81,4 (p=0,003). A dimensão da via aérea superior aumentou de 11,08 para 13,84 (p=0,002) e da via aérea inferior de 9,6 para 12,4 (p=0,002). As complicações foram: celulite facial (1), parestesia transitória (1), exposição de material de síntese (1) e deiscência de sutura (1).

CONCLUSÃO: O avanço de maxila maior que 10 mm associado ao avanço da mandíbula promoveu uma taxa de sucesso de 100% em pacientes com SAOS grave, com um baixo índice de complicações. Devido ao presente estudo apresentar índice de eficácia alta, sugere-se novos estudos para avaliar a importância da quantidade de movimento maxilar na taxa de eficácia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-118

TÍTULO: BAHA BILATERAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): THIAGO ALVES ALCÂNTARA , MARÍLIA PINHEIRO VASCONCELOS, LOREN DE BRITTO NUNES, MARCOS COELHO JUNCAL, NILVANO ALVES DE ANDRADE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA - HOSPITAL SANTA IZABEL

INTRODUÇÃO: O BAHA (Bone Ancorade Hearing Aid) apresenta-se como um dispositivo para reabilitação de pacientes com perda auditiva condutiva. Através de um microfone, amplificador e um transdutor de vibração fixado no osso temporal consegue transmitir a energia sonora para a cóclea utilizando-se da condução óssea. Seu uso apresenta várias indicações, como: atresia de conduto auditivo, otosclerose, microtia, e representa uma importante solução auditiva para pacientes com ouvido único que apresentam perda condutiva.

RELATO DE CASO: Paciente com 31 anos, sexo feminino, com síndrome de goldenhar apresentando alterações de pavilhão auditivo e atresia de conduto auditivo externo bilateral. Fez uso de vibrador ósseo bilateral ancorado com fita desde os 4 anos. Apresentava área de reabsorsão óssea devido a pressão exercida pelo aparelho no osso temporal.Foi submetida a primeira cirurgia para implante do BAHA em temporal esquerdo em setembro de 2009. A paciente evoluiu apresentando melhora importante da qualidade e intensidade sonora percebida. Após 6 meses a paciente foi submetida a implante seqüencial em ouvido direito. Apresenta melhora da localização sonora e incremento em sua qualidade de vida. A audiometria de campo revela melhora dos limiares auditivos em todas freqüências.

DISCUSSÃO: Alguns estudos demonstram que pacientes com perda auditiva simétrica preferem a utilização de aparelhos de amplificação sonora convencionais bilateralmente. A utilização do BAHA bilateral também é vista de forma positiva pelos pacientes. O questionamento inicial em relação ao uso do BAHA bilateral baseava-se na teoria que o uso unilateral poderia estimular ambas cócleas pela vibração óssea. No entanto, foi demonstrado que existe uma atenuação transcraniana, especialmente em altas freqüências e quanto mais perto está o transdutor da cóclea melhores serão os níveis de resposta. Neste relato não são notadas diferenças de limiar tonal significativas quanto ao uso de BAHA unilateral e bilateral. Isto é explicado pelo fato que a audiometria é de campo e o som emitido pelos autofalantes estimulam os dois implantes. A melhora da localização sonora é outro importante fator. Os pacientes com implante bilateral conseguem estimar com maior precisão a localização da origem sonora.

CONCLUSÃO: O BAHA bilateral mostrou-se uma ótima ferramenta de amplificação sonora em casos selecionados de perda auditiva condutiva, possibilitando reabilitação auditiva com diminuição dos limiares auditivos e maior capacidade de localização sonora, promovendo reinserção social e melhoria na qualidade de vida.

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TRABALHO CLÍNICO

P-119

TÍTULO: BIÓPSIA DE LINFONODO SENTINELA EM CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE CABEÇA E PESCOÇO COMO TRATAMENTO CIRÚRGICO SELETIVO DO PESCOÇO CLINICAMENTE NEGATIVO (CN0) SEM ESVAZIAMENTO CERVICAL ELETIVO

AUTOR(ES): CARLOS TAKAHIRO CHONE , GUILHERME MACHADO DE CARVALHO, ELBA ETCHEHEBERE, CELSO DARIO RAMOS, ALBINA MESSIAS DE ALMEIDA MILANI ALTEMANI, LEANDRO L. FREITAS, AGRÍCIO NUBIATO CRESPO

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO, ANATOMIA PATOLÓGICA, MEDICINA NUCLEAR/ UNICAMP

INTRODUÇÃO: A conduta de um pescoço negativo clinica e radiologicamente em pacientes com carcinoma epidermóide inicial da cabeça e pescoço (CECP) ainda é controversa e, sentinela é um procedimento descrito recentemente que ganhou um papel proeminente na gestão dos tumores em estágio inicial. Entretanto a maioria dos pacientes são submetidos a esvaziamento cervical eletivo (ECE) quando se sabe que apenas aproximadamente 20% apresenta doença oculta. Como em vários outros tumores sólidos, a biópsia do linfonodo sentinela (LNS) está emergindo como um método potencial para a realização de metástase linfática em CECP. Tem sido demonstrado que o estado do linfonodo sentinela prediz a presença de metástase na cadeia linfonodal cervical. Vários estudos de validação revelaram taxas de detecção do linfonodo sentinela em carcinoma epidermóide acima de 95% e o valor preditivo negativo de linfonodo sentinela negativo de 95%.

OBJETIVO: Avaliar pacientes com CECP com pescoço clinicamente negativos que são candidatos a esvaziamento cervical eletivo tratados com LNS sem esvaziamento cervical eletivo. 

METODOLOGIA: Estudo clínico, prospectivo, não randomizado.

RESULTADOS: Este grupo é composto por 53 pacientes, sendo composto por 87% de homens, idade média de 59 anos (38-81 anos), com média de seguimento de 23 meses (1-59 meses). O local mais prevalente de tumor primário foi a cavidade oral (53%), seguida de orofaringe (26%) e laringe (21%). Dezessete por cento foi classificado como T1, 45% foram classificados como estádio T2, 34% como estádio T3, e 0,04% como estádio T4. Quinze pacientes(28%) tiveram linfonodo sentinela positivo, e 54,4% destes foram submetidos a radioterapia adjuvante para o controle da doença (perineural, invasão tumoral vascular e marginal), dos quais um apresentou recidiva cervical (7%) sem recidiva local. Destes pacientes com LNS positivo, quatro apresentaram recidiva local, sem recidiva cervical. Nos pacientes com LNS negativos(38 pacientes), houve paciente com recidiva local e nenhuma recidiva cervical(0%). Até o presente momento nove pacientes foram a óbito, quatro do grupo de pacientes com LNS(+) dos quais um morreu de recidiva local, outro de recidiva cervical, e outros dois secundários a tratamento adjuvante(RTX e QTX) com pneumonia e outro insuficiência renal aguda, o primeiro sem doença. No grupo LNS negativos houve cinco óbitos de causa clínica, nenhum deles relacionado ao câncer, onde apenas um apresentava recidiva local e teve complicações da quimioterapia.

CONCLUSÃO: LNS em câncer de cabeça e pescoço apresenta alto valor preditivo negativo, alta precisão e baixa taxa de recidiva, mesmo aplicado sem esvaziamento cervical eletivo. É importante notar que nenhum estudo randomizado de tamanho amostral suficiente existe na literatura, mas os estudos preliminares mostram uma nova perspectiva no câncer de cabeça e pescoço. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-120

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E GENÉTICO MOLECULAR DA ENXAQUECA ASSOCIADA A DISFUNÇÃO AUDITIVO VESTIBULAR FAMILIAR

AUTOR(ES): TATIANA CUNHA DE CARVALHO MATOS , ROBERTA LEMOS BEZERRA, CARLOS AUGUSTO COSTA PIRES DE OLIVEIRA, FAYEZ BAHMAD JUNIOR

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA & HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS

INTRODUÇÃO: Enxaqueca associada a disfunção auditivo-vestibular ou enxaqueca vertiginosa, é caracterizada por vertigem episódica associada com enxaqueca, em algumas famílias é transmitida como herança autossômica

dominante.  Entretanto, nem o gene defeituoso ou locus que podem albergar o gene responsável pela enxaqueca vertiginosa familiar foram relatados. 

OBJETIVOS: Caracterização clínica, incluindo a progressão da doença através de um longo período de seguimento, em vários membros de uma mesma família e identificar o defeito genético responsável pela enxaqueca associada a disfunção auditivo-vestibular. 

MÉTODOS: Para identificar o gene responsável por esta condição nos vários membros desta grande, multi-geracional família afetada por enxaqueca vertiginosa familiar, foi estudado uma família caucasiana de cinco gerações na qual enxaqueca vertiginosa familiar era herdada de forma autossômica dominante e foram coletados dados clínicos de 146 membros. Membros desta família foram avaliados por mais de 12 anos e as informações clínicas incluindo detalhada anamnese, exame otorrinolaringológico e neurológico, avaliação audiológica e exames de imagens foram realizados. Análise de linkage do genoma foi realizado usando o Affymetrix SNP microarrays. 

RESULTADOS: Os altos valores encontrados pela análise de linkage foram avaliados através de genotipagem dos membros da família usando marcadores micro satélites. Dentre os 146 membros, 10 sofriam de enxaqueca vertiginosa.  As crises de enxaqueca antecediam o início dos sintomas vertiginosos em uma média de 15 a 20 anos. Geralmente sintomas da enxaqueca diminuíam com o passar das décadas enquanto que a vertigem apresentava piora em intensidade e frequência. Análise audiométrica após 12 anos revelaram uma perda auditiva estável, geralmente em frequências agudas, consitente com presbiacusia. Perda auditiva em frequências graves foi encontrado apenas no caso índice. Estudos de imagem foram normais. A análise genética revelou um novo locus no cromossomo 5 (lod score 3.95). 

CONCLUSÃO:  Enxaqueca precedendo Vertigem e outros sintomas cocleares é a história natural desta síndrome. A intensidade e frequência dos sintomas da enxaqueca diminuíram com o tempo enquanto que a intensidade e frequência dos sintomas vestibulares e auditivos tenderam a aumentar. A Perda Auditiva se demonstrou um padrão diferente quando comparado a outras entidades clínicas como DFNA-9 e Síndrome de Ménière. Enxaqueca associada a disfunção auditivo-vestibular pode ser herdada através de Modo Autossômico Dominante.Escaneamento de todo Genoma de indivíduos afetados identificou um novo LOCUS para a doença (5q35.1-q35.2)Este é o primeiro LOCUS descrito para Enxaqueca associada a disfunção auditivo-vestibular.

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TRABALHO CLÍNICO

P-121

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E GENÉTICO MOLECULAR DA SÍNDROME DE ALSTRÖM FAMILIAR

AUTOR(ES): CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO , JAIRO DE BARROS FILHO, CAROLINA SOUSA ALVES COSTA, MARINA SANTOS TEIXEIRA, CARLOS A C P OLIVEIRA, FAYEZ BAHMAD JUNIOR

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - FACULDADE DE MEDICINA - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Alström (SA) é uma doença muito rara, causada pela mutação no gene ALMS1, que apresenta uma degeneração progressiva das funções sensoriais, resultando em deficiências visuais e auditivas progressivas, além de distúrbios metabólicos como obesidade na infância, hiperinsulinemia e diabetes tipo II. O auxílio no diagnóstico diferencial entre esta e outras desordens sindrômicas associadas à disfunção progressiva sensorial será discutido. 

OBJETIVO: Caracterizar clinicamente em específico o perfil audiométrico e analisar do ponto de vista genético molecular dois membros de uma mesma família brasileira portadores de SA. 

MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de estudo analítico prospectivo em que os dados foram obtidos por meio de exames clínicos, revisão de prontuário e questionário respondido pelos membros da família. Foi realizada uma avaliação audiológica por meio de: audiometria tonal e vocal, imitanciometria, emissões otoacústicas, potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE), tomografias computadorizadas de mastóide e ressonâncias magnéticas de crânio. A análise genética foi realizada por meio de amostras de DNA retiradas do sangue periférico dos pacientes.

RESULTADOS: Essas avaliações audiométricas seriadas revelaram uma perda auditiva neurossensorial de progressão lenta, bilateralmente. O exame de emissões otoacústicas revelou ausência de respostas em ambas as orelhas, tanto as transientes quanto as por produto de distorção. O exame de potencial evocado auditivo de tronco encefálico, em intensidade de 80 dB NA, revelou-se normal para as duas orelhas, com presença das ondas I, III e V. As tomografias de mastóide apresentaram um alargamento do conduto auditivo interno bilateralmente em ambos os irmãos. As ressonâncias magnéticas de crânio com contraste mostram uma leve hipotrofia de cerebelo nos dois pacientes afetados. A análise genética detectou duas mutações no exon 10 do  braço curto do cromossomo 2: c.7942C>T e c.9193A>T.

CONCLUSÃO: Podemos concluir que o perfil audiométrico desta síndrome pode ser caracterizado pelo início precoce da perda auditiva neurossensorial, geralmente na primeira década de vida, progressão lenta, levando de 10 a 20 anos para provocar perda auditiva profunda nos afetados. O provável local da lesão é coclear, inicialmente em giro médio coclear e depois disseminando por toda cóclea, sugerido pela análise do teste de emissões otoacústicas e do potencial evocado auditivo de tronco encefálico. O reconhecimento de fala continua razoável apesar da diminuição da acuidade auditiva. os pacientes afetados parecem ser bons candidatos ao implante coclear. Estímulos sociais e educacionais podem compensar as deficiências causadas pela síndrome.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-122

TÍTULO: CARCINÓIDE ATÍPICO DE LARINGE:RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): THIAGO FERREIRA BORGES , ROGÉRIO COSTA TIVERON, EDUARDO RODRIGUES DA CUNHA COLOMBO, LUCIANA RODRIGUES DA CUNHA COLOMBO, CAMILA PAZIAN FELICIANO, ANA LUIZA BITTENCOURT TEIXEIRA, MARCELO MIGUEL HUEB

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO

INTRODUÇÃO:Os tumores neuroendócrinos (TNE) representam 0,6% das neoplasias laríngeas, sendo o segundo câncer mais comum depois do carcinoma espinocelular. Os TNE atípicos representam cerca de 80% do total e se caracterizam pela agressividade e alta taxas de metástase.

OBJETIVO: Descrever um caso de um paciente com tumor carcinóide atípico na laringe com metástase linfonodal cervical unilateral submetido à laringectomia parcial horizontal supraglótica com esvaziamento cervical bilateral e posteriormente ressecção de metástase em pele.

RELATO DE CASO: Homem, 54 anos com queixa de disfonia e desconforto orofaríngeo há 2 anos e lesão vegetante em epiglote direita à videolaringoscopia.Submetido a tratamento cirúrgico cujo anatomopatológico mostrou se tratar de um tumor carcinóide atípico. O paciente apresentou ainda metástase em pele que foi ressecada. Desde então se encontra sem sinais clínicos ou exames de imagem de recidiva tumoral

CONCLUSÃO: Os TNE de laringe são neoplasias raras, podendo se apresentar de forma agressiva. No caso descrito foi optado por um tratamento cirúrgico, sem recidiva da lesão no seguimento clínico desde ressecção de metástase em pele.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-123

TÍTULO: CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO DE MASTÓIDE

AUTOR(ES): RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO , PAULO TINOCO, DANIELA SILVA PAIS, JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO

Os tumores malignos do osso temporal são raros, acontecem em menos de 0,2% das neoplasias de cabeça e pescoço. O carcinoma espinocelular e basocelular são os mais freqüentes, o carcinoma adenóide cístico é raro1 .

Acomete ambos os sexos (1:1). Acomete qualquer idade com predominância entre a 5a e 7a décadas2.

O sintoma mais comum é a otalgia1.

RELATO DO CASO

IGR, masculino,45 anos, pardo, de Bom Jesus do Itabapoana/RJ, foi atendido há 3 meses som desvio de comissura labial para esquerda e paresia palpebral superior esquerda.

Diagnosticou-se paralisia facial periférica, iniciou-se o tratamento com Prednisolona, Aciclovir, e Omeprazol. Retornou 2 meses depois relatando persistência do quadro.

Solicitou-se Tomografia computadorizada que revelou velamento da caixa do tímpano e antro-mastóide com destruição dos ossículos.

Foi realizada  mastoidectomia radical esquerda.

O histopatológico revelou carcinoma adenóide cístico infiltrante.

Após cirurgia paciente relatou melhora parcial do quadro, mas culminou com perda auditiva devido conduta agressiva.

DISCUSSÃO

O Carcinoma Adenóide Cístico é o mais freqüente de células ceruminosas, de maior malignidade, único a produzir metástases à distância. Metástases intracranianas e à distância são mais frequentes que as linfáticas(incomuns)1.

A otalgia é a queixa mais comum, outros sintomas são: sangramentos, otorréia, tontura, surdez, paralisia facial1. No caso ocorreu paralisia facial progressiva.

O tratamento é cirúrgico, combinado ou não com radioterapia pós-operatória5. Foi realizada mastoidectomia radical esquerda e o paciente encaminhado à radioterapia. 

COMENTÁRIOS FINAIS

O carcinoma adenóide cístico se diagnosticado no começo apresenta um melhor prognóstico. No caso foi diagnosticado tardiamente, devido ao sintoma incomum apresentado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-124

TÍTULO: CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO DE SEPTO NASAL

AUTOR(ES): CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA , DANIELA LEITÃO, WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA, THIAGO DOLINSKI SANTA ROSA OLIVEIRA, REGIS MARCELO FIDELIS, JULIANO NUNES PEREIRA, ALONÇO DA CUNHA VIANA JUNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

INTRODUÇÃO: O carcinoma adenóide cístico (CAC) é um grande desafio na prática de otorrinolaringologia. Apresenta crescimento insidioso e sua natureza infiltrativa é responsável pela disseminação local recorrente. O CAC ocupa o quinto lugar das lesões epiteliais malignas de glândulas salivares e sua ocorrência no septo nasal é muito incomum, tendo poucos casos descritos na literatura.

OBJETIVO: Relatar um caso de Carcinoma adenóide cístico de septo nasal devido à raridade da localização do mesmo.

RELATO DE CASO: ECPM, sexo feminino, 40 anos, procurou o ambulatório de ORL do HNMD devido quadro de obstrução de fossa nasal esquerda e epistaxe intermitente iniciada há 4 meses, já tendo sido tratada como sinusite em outro serviço sem melhora do quadro.

Nasofibroscopia evidenciou lesão com mucosa lisa e íntegra aparentando origem na área IV de Cottle, tocando corneto médio lateralmente. TC de SPN tecido com densidade de partes moles em fossa nasal esquerda, sem invasão de seios da face. Procedido a biopsia incisional, tendo como diagnóstico histopatológico carcinoma adenóide cístico. Paciente submetida à ressecção tumoral completa por via endoscópica com controle de margens por congelação. Devido ao estágio inicial (T1N0M0) e as margens cirúrgicas livres, optou-se pela não realização de radioterapia adjuvante, estando a paciente em acompanhamento há 20 meses sem sinais de recidiva local ou metástases à distância.

DISCUSSÃO: Invasão perineural é característica destes tumores e ocorre em até 60% dos casos. Este é um importante fator na recorrência local tumoral. Metástase cervical é rara e ocorre em apenas 8-13% dos pacientes. Metástase a distancia pode ocorrer em até 50% dos doentes durante o curso da doença, com os pulmões e ossos como sítios mais comuns. O tratamento de escolha para o CAC é a excisão cirúrgica completa da lesão  com boa margem de segurança. Radioterapia é obrigatória quando não se obteve margens livres e em doença localmente avançada. Longo tempo de follow-up é necessário porque recidiva local e metástases à distância podem ocorrer tardiamente no curso da doença. No caso relatado, devido ao estágio inicial da doença e ressecção cirúrgica com margens livres, optou-se por não realização de radioterapia. A paciente encontra-se em acompanhamento há 18 meses sem sinais de recidiva tumoral.

CONCLUSÃO: O diagnóstico em estágios iniciais permite, na maioria das vezes, ressecção tumoral com margens livres e maior chance de cura com baixa morbidade. Radioterapia adjuvante é reservada para tumores localmente agressivos. Longo prazo de vigilância clínica é obrigatório porque recidivas locais ou doença metastática são freqüentes.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-125

TÍTULO: CARCINOMA BASOCELULAR MORFEIFOME DE ORELHA ACOMETENDO O CONDUTO AUDITIVO EXTERNO- RELATO DE 2 CASOS

AUTOR(ES): AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO, JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO, LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO, LUIZ AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, AGENOR ALVES DE SOUZA JÚNIOR, WILSON BENINI GUÉRCIO, MONIK ASSIS ESPINDULAR

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFJF

INTRODUÇÃO: O câncer de conduto auditivo externo é um evento raro com incidência anual de 1 caso para cada 1 milhão de pessoas e está associado a um prognóstico ruim. É uma doença que acomete a adultos jovens e idosos, com idade média de surgimento aos 45 anos. Dentre os tipos histológicos, o mais comum  é o  carcinoma epidermóide  que constitui 80% dos casos, seguido do carcinoma basocelular , responsável por 6 a 20 % dos casos. AA maioria dos casos de CBC ocorre na hélice e na região periauricular , sendo que o conduto auditivo externo representa apenas 15 % dos casos. Em relação ao CBC, o subtipo histológico  morfeiforme é o segundo  mais comum e está associado a agressividade, extensão profunda da lesão,  alta taxa de recorrência e à doença metastática.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar 2 casos de CBC morfeiforme de orelha comprometendo o CAE, com invasão de tecidos profundos. É realizada também uma revisão de literatura a respeito do CBC metastático de orelha e sua relação com o osso temporal, discutindo-se epidemiologia, etiologia, histologia, patogênese, extensão, tratamento e complicações cirúgicas.

DISCUSSÃO: O câncer de orelha que acomete o CAE é um doença rara que acomete mais frequente brancos entre 20 e 60 anos e sua etiopatogenia esta relacionada a exposição solar  prolongada e a inflamação e infecção crônicas da orelha, pois estas alterariam o comportamento imunológico local o que levaria a uma proprensão à malignização.  O CBC  nesta topografia pode apresentar um comportamento bastante agressivo com invasão de tecidos profundos e resistência ao tratamento , bem diferente da maioria dos casos de CBC da pele , que se caracterizam pelo crescimento lento e cirurgia curativa . O diagnóstico clínico é tardio pois  inclui sintomas como otalgia crônica, otorréia, otorragia, perda auditiva, paralisia facial e prurido, muitas vezes confundidos com processos inflamatórios ou infecciosos da orelha.O CBC metástatico é raro e sua incidência se encontra entre 0,003% a 0,55%, muitas vezes associado a tumores recorrentes e a subtipos histólógicos ligados a agressividade.  O CBC metastático possui 3 opções terapêuticas: quimioterapia, radioterapia e cirurgia. O tratamento pode incluir uma opção isoladamente ou procedimentos combinados a depender da localização, natureza e extensão das metástases

CONCLUSÃO: O CBC morfeiforme de conduto auditivo externo é um tumor raro associado a idade avançada e a alta taxa de recorrência, além de prognóstico ruim.  Devido a complexidade anatômica  do osso temporal, orelha média, orelha externa  e sua proximidade de estruturas nobres , a avaliação e conduta no caso destes tumores pode ser um desafio, sendo muitas vezes necessária a atuação do radiologista e do neurocirurgião para uma condução melhor do caso.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-126

TÍTULO: CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS E HPV EM LESÃO ORAL

AUTOR(ES): LILIANE SATOMI IKARI , WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI, ANA CAROLINA PARSEKIAN ARENAS, FELIPE ALMEIDA MENDES, KÁTIA CRISTINA COSTA, LUIS CARLOS SCACHETTI, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: O carcinoma de células escamosas oral ou também chamado carcinoma epidermóide ou espinocelular (CEC) oral representa 90% de todos os tumores malignos que afetam a cavidade bucal. O fumo, álcool, sífilis, deficiências nutricionais, sol, traumatismo, má higiene e irritação por bordas pontiagudas de dentes ou dentaduras são os fatores de risco mais conhecidos para o CEC. Além dessas, os vírus vêm sendo amplamente estudados como possíveis agentes carcinogênicos. Sÿrjanen et al.9 sugeriram o envolvimento do HPV com o câncer bucal, quando associaram as alterações celulares encontradas em lesões malignas e pré-malignas da boca às mesmas que ocorriam no câncer de cérvice uterina. O HPV 16 é o mais comum associado a câncer oral e de colo de útero enquanto os tipos 6 e 11 são os mais freqüentemente encontrados em lesões benignas e prémalignas e raramente nas lesões neoplásicas da cabeça e pescoço.

OBJETIVO: Relatar um caso de CEC em mucosa jugal no qual estava associado infecção por HPV

RELATO DE CASO: CF, 58 a,  masculino, com queixa de lesão oral há 2 anos, acompanhava dor ao ingerir alimentos ácidos e ao uso de pasta de dente. Paciente com DM2 e ex- elitista por 10 anos. Nega  doenças infecto contagiosas. Relata acompanhamento na Dermatologia por Líquen Plano.

Ao exame otorrinolaringológico: otoscopia e rinocospia anterior sem alterações, á oroscopia apresentava lesão em placa esbranquiçada em mucosa jugal á direita, não destacável com borda enegrecida. Pescoço livre.

Foi realizada biopsia incisional da lesão no qual o anátomo patológico evidenciou processo inflamatório crônico liquenóide compatível com líquen plano.

Após um mês de acompanhamento a lesão apresentou-se branca, elevada, em placa, com erosão central em mucosa jugal á direita e lesão erosada próximo ao 2º molar inferior e mucosa jugal á direita. Optou-se por realizar nova biópsia incisional a qual foi observado ao anátomo patológico um fragmento com neoplasia intraepitelial grau II (displasia moderada) e um fragmento com carcinoma epidermóide grau II histológico. Houve uma nota em que ambas as amostras foram observadas alterações coilocitóticas, sugestivas de infecção por HPV.

Foi solicitado TC de pescoço que evidenciou: massa sólida, heterogênea de limites mal definidos e aspecto infiltrativo, cujo centro geométrico localiza-se em região jugal direita, restringindo-se a esta localização. Linfonodo arredondado com 1 cm de diametro no nível I B.

Paciente foi submetido á resseccão de CEC em mucosa jugal, mandibulectomia marginal com rotação de retalho platisma e esvaziamento cervical nível IV com anátomo patológico de carcinoma epidermóide grau II histológico com alterações coilocitóticas sem margens comprometidas.

DISCUSSÃO: O relato do paciente com CEC de mucosa jugal com infecção pelo HPV associado mostrou que tal caso condiz com os achados da literatura atual com estudos que estão cada vez mais elaborados que corroboram essa associação.

CONCLUSÃO: O presente relato reforça a necessidade de considerar os casos de lesões orais sugestivas ou não de malignidades mesmo que o paciente não tenha sido exposto á fatores de risco habitualmente conhecidos. Devendo-se dar especial atenção a probabilidade de pacientes jovens estarem mais expostos a uma possível etiologia viral.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-127

TÍTULO: CARCINOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): RENATA MADDALENA MONTEIRO , ANTÔNIO JOSÉ DE CARVALHO NETO, ALEXANDRA SOUZA, JÉSSICA SILVA, CAROLINA FONSECA JARLETTI, MARÍLIA SARAIVA, IGOR LUCENA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO

INTRODUÇÃO:

O MAE está sujeito às condições patológicas dos tecidos que o compõem: pele, anexos epiteliais, tecidos subcutâneos, cartilagem e osso1.  Lesões neoplásicas podem ocorrer em qualquer sítio do conduto, e como sua origem é em área inacessível à visualização rotineira retarda o diagnóstico que ocorreria apenas na presença de sintomas1. A incidência de metástase ganglionar é pequena, variando de 10 a 15%2. Contudo, observa-se densa linfopatia regional de natureza inflamatória, com relativa frequência.

Dentre as neoplasias malignas do MAE o carcinoma de células escamosas é a mais comumente encontrada. Acometendo 1 por 1.000.000 habitantes/ano4. A frequência é igual ou apresenta índice discretamente maior na mulher. Os sintomas incluem otorréia purulenta ou sanguinolenta, otalgia, plenitude aural, perda auditiva e paralisia facial8. A dor ocorre no estágio precoce da doença e pode ser muito intensa. O diagnóstico é feito pelo exame histopatológico obtido por biópsia.

OBJETIVO:

 Fazer uma revisão bibliográfica da literatura sobre carcinoma de conduto auditivo externo e relatar um caso ocorrido em nosso serviço de Otorrinolaringologia.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Trata-se de uma revisão de literatura, realizada no período de janeiro de 2010 a abril de 2010, na qual foram consultados livros textos em Otorrinolaringologia e realizada a busca de artigos científicos nos bancos de dados da Bireme e Scielo, através das fontes Lilacs e Medline. Além da descrição do relato de caso atendido em nosso serviço de otorrinolaringologia em 2009.

RELATO:

Paciente de  44 anos, feminina, procurou o serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Federal de Bonsucesso-RJ em abril de 2009 com quadro de otalgia associada a otorréia e otorragia em orelha esquerda há 04 meses que não melhorava com uso de antibióticos. Realizado biópsia excisional da lesão com histopatológico demostrando carcinoma epidermoide moderadamente diferenciado. Passou por procedimento cirúrgico tipo mastoidectomia radical com parotidectomia a direita e esvaziamento cervical radical. Evoluiu para óbito após quatro meses.

DISCUSSÃO:

Devido a raridade do tumor, o critério mais próximo do ideal realizado para estadiar o tumor é baseado em técnicas de tomografia computadorizada para avaliar sua extensão. A principal modalidade terapêutica  é a cirúrgica, porém as diferentes abordagens na literatura são frequentemente confusas e inconsistentes.

O trabalho demonstra  a importância de uma avaliação cuidadosa para correta orientação terapêutica e/ou diagnóstica subsequente em todo paciente com estes sintomas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-128

TÍTULO: CARCINOMA DE MERKEL LABIAL: RELATO DE CASO RARO

AUTOR(ES): AURÉLIA SILVA E ALBUQUERQUE , MAURO BECKER MARTINS VIEIRA, CAROLINE VALVERDE DINIZ BOECHAT, EDUARDO MACHADO ROSSI MONTEIRO, ANA PAULA DE AQUINO FERREIRA MONTEIRO, DANIEL SANTOS ARANTES SOARES, GLÁUCIA MARIA VASCONCELOS SEVERIANO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FELÍCIO ROCHO

O carcinoma de células de Merckel , também conhecido como Carcinoma Cutâneo Neuroendócrino é considerado uma neoplasia neuroendócrina rara, de comportamento agressivo e com prognóstico reservado de acordo com o estadiamento clínico da doença.

O diagnóstico diferencial com tumores cutâneos primários ou metastáticos (carcinoma basocelular, carcinoma epidermóide, linfoma, melanoma amelanótico) freqüentemente se torna difícil, sob o aspecto clínico e/ou histopatológico.

O interesse pela descrição deste caso se evidencia pela apresentação clínica atípica em região labial, o que torna o procedimento cirúrgico cada vez mais difícil, com a diminuição progressiva da cavidade oral, dificultando a intubação.

A ressecção deve ser sempre com margens amplas, devido à agressividade e número de recidivas. É importante questionar o emprego da cirurgia de Mohs neste caso, já que o carcinoma de Merkel apresenta comportamento semelhante ao melanoma, reservando este procedimento para tumores menos agressivos. 

O esvaziamento cervical deve ser uma conduta liberada e de acordo com a experiência do cirurgião. As técnicas cirúrgicas devem ser as mais simples possíveis devido ao risco de recidiva.

O seguimento deve ser frequente, e se possível, mensal. O prognóstico é reservado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-129

TÍTULO: CARCINOMA DE PARATIREÓIDE INTRATIREÓIDE: RELATO DE UM CASO

AUTOR(ES): ROBERTA BEZERRA TAVARES GOBETH , JOÃO BOSCO LOPES BOTELHO, GECILDO SORIANO DOS ANJOS, DIEGO MONTEIRO DE CARVALHO, THAÍZA MARIA DA CÂMARA LIMA, RAFAEL REIS DI TOMMASO

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE / UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

INTRODUÇÃO: O carcinoma de paratireóide é uma doença rara, podendo estar relacionada à mutação no gene supressor HRPT2. Corresponde a 0,05% de todas as neoplasias, e a 0,4% das neoplasias endócrinas. Carcinomas de paratireóide intratireóide são raros.

OBJETIVO: Relatar um caso de carcinoma de paratireóide intratireóide diagnosticada no Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial da Fundação Hospital Adriano Jorge ? Manaus/AM.

METODOLOGIA: Revisão bibliográfica e informações do caso estudado.

RESULTADOS: Paciente masculino, 50 anos, branco, encaminhado ao serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial da Fundação Hospital Adriano Jorge - Manaus/AM, com queixa de nódulo cervical, palpável e doloroso em topografia de lobo direito da glândula tireóide. História pregressa de litíase renal e hipertensão. Ao exame clínico, foi palpado nódulo cervical em topografia de lobo direito da glândula tireóide, de limites mal definidos, liso, móvel à deglutição e pouco doloroso à palpação. A ultrassonografia de tireóide identificou lobo direito (LD) aumentado de tamanho, e um nódulo sólido, de contornos irregulares, heterogêneo, com áreas císticas em seu interior. Volume glandular total de 77 cm3, Chammas III. PAAF compatível com lesão folicular. Hormônios tireoidianos, Anti-TPO e anti receptor de TSH sem alteração, cálcio sérico total de 9,3 mg/dl (VR: 8,5 ? 10,5 mg/dL). Nódulo tireoidiano demonstrado em ressonância nuclear magnética com extensão intratorácica, contornos bem definidos, sem infiltração de estruturas adjacentes. Procedido tireoidectomia total, com biópsia de congelação sugestiva de malignidade, mais esvaziamento cervical bilateral com via de acesso larga, evoluindo no pós-operatório sem intercorrências e alta em 48 horas. O exame anátomo-patológico revelou carcinoma de paratireóide intratireóide com invasão capsular e de tecido tireoidiano, áreas de necrose, hemorragia, fibrose e cistificação, confirmados pela imuno-histoquímica.

CONCLUSÃO: O carcinoma de paratireóide incide principalmente na faixa etária entre 44 e 54 anos, sem diferença entre os gêneros. Outras alterações laboratoriais são a hipofosfatemia, elevação dos marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo e da fosfatase alcalina, além de hipercalciúria. Carcinomas de paratireóide não funcionantes são incomuns, e, embora a maior parcela dos pacientes tenha hipercalcemia, alguns permanecem normocalcêmicos, como no caso descrito. A característica intratireóidea dessa neoplasia é um achado histopatológico raro, com escassos casos descritos na literatura, embora de comportamento semelhante aos carcinomas de paratireóide não ectópicos, essa variação da anatomia patológica, exige alto índice de suspeição da equipe cirúrgica e patologia. Este caso diferencia-se clínica e cirurgicamente pelo perfil normocalcêmico do doente e uma apresentação anômala à macro e microscopia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-130

TÍTULO: CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE FACE COM ACOMETIMENTO NASOSSINUSAL

AUTOR(ES): PAULIANA LAMOUNIER E SILVA , THIAGO BOTELHO AFFONSO, DENISE DA SILVA CALVET, RICARDO KRAPP TAVARES, FLADWMYR BARROS EMÍLIO, IVAN CARLOS ORENSZTAJN

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ

OBJETIVOS

Relatar um caso de carcinoma epidermóide de face com invasão de fossa nasal, órbita e seio maxilar esquerdo e seu resultado pós-operatório.

MÉTODOS

MJMS, feminino, 67 anos, caucasiana, lavradora.

Apresentava histórico de carcinomas basocelulares recidivados, desde 2003, em pálpebra inferior direita, região malar direita, nasal direita, antebraço direito, pálpebra inferior esquerda, região orbitomalar esquerda, asa nasal direita, sulco nasogeniano direito.

Deu entrada no serviço de otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço do hospital federal do andaraí em 16 de abril de 2009, sendo observada lesão em região nasogeniana esquerda com invasão de assoalho de órbita esquerda e  fossa nasal. À tomografia computadorizada de seios paranasais também verificou-se destruição de parede anterior e superior do seio maxilar esquerdo, com invasão da parótida ipsilateral( Figura 2). Foi indicado tratamento cirúrgico para exérese da tumoração e confecção de retalho microcirúrgico pelo Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Federal do Andaraí.

RESULTADOS

Realizada ressecção oncológica em um primeiro tempo cirúrgico com identificação de extensa

> lesão com epicentro em região de pálpebra inferior esquerda, região nasogeniana esquerda, com

> invasão de assoalho de órbita esquerda, destruição de parede anterior e superior de seio maxilar

> esquerdo, extensão à fossa nasal esquerda, corneto inferior e médio , asa nasal e nariz , osso nasal, parte medial de parótida esquerda, poupando lábio superior esquerdo e em

> planos profundos mucosa jugal.  Realizada, exanteração de órbita esquerda, incluindo pálpebras, maxilarectomia de supra e meso estruturas, parotidectomia com inclusão de nervo facial, exanteração de fossa nasal à esquerda, ressecção de região naso geniana esquerda. Identificada e reparada arteria facial esquerda. A congelação peroperatoria  demonstrou margens cirúrgicas livres.

O retalho microcirúrgico foi realizado em um segundo tempo cirúrgico pelo Serviço de Cirurgia Plástica.

CONCLUSÕES

O segundo câncer de pele mais comum é o Carcinoma epidermóide.. Apresenta um crescimento mais rápido que o basocelular. Os principais fatores de risco para esta neoplasia são a exposição à luz solar (UVB), exposição ao arsênico, hidrocarbonetos aromáticos, fenótipo suscetível, comprometimento da imunidade, cicatrizes de queimaduras e úlceras, HPV 16 e 18 e genodermatoses. O caso refere-se

à uma paciente de origem caucasiana, lavradora, com múltiplos carcinomas basocelulares ressecados e uma lesão em região nasogeniana que evoluiu com invasão nasossinusal e de região orbitária. Devido à alta morbidade causada pela condição também cabe ao otorrinolaringologista uma anamnese e exame físico mais detalhados, uma vez que lesões de fossa nasal e seios paranasais podem ser extensão de lesões malignas de face subdiagnosticadas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-131

TÍTULO: CARCINOMA ESCAMOCELULAR DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ANDRÉ CAVALCANTE SARAIVA , RIBEIRO, S., ROCHA, M. A., BORGES, A., GOBETH, T. R., SARAIVA, A. C., GONZAGA, G.

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE / UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

INTRODUÇÃO: As neoplasias malignas de conduto auditivo externo (CAE) são raras e representam menos que 0,2% dos tumores da cabeça e pescoço. O carcinoma espinocelular (CEC) e o basocelular são os mais incidentes, sendo o primeiro mais freqüente. A apresentação clínica, relatada em pelo menos um terço dos pacientes, é otalgia e otorréia em um paciente com história de otite crônica.

OBJETIVO: Relatar um caso de carcinoma escamocelular de conduto auditivo externo diagnosticado e acompanhado no serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial da Fundação Hospital Adriano Jorge, Manaus/AM.

METODOLOGIA: Revisão bibliográfica e análise dos dados do paciente.

RESULTADOS: Paciente, 51 anos, sexo masculino, com história de evolução de nove meses de otalgia esquerda, otorréia purulenta fétida associada a otorragia esporádica, fazendo uso de vários antibióticos sem melhora do quadro clínico, e há dois meses evoluindo com paresia em hemiface E.  Em TC de mastóide evidencia-se destruição de células da mastoide e ossículos, erosão do osso temporal, notando-se material com densidade de partes moles com focos gasosos de permeio preenchendo o conduto auditivo externo. A referida lesão estendia-se para a cisterna do ângulo ponto-cerebelar e à fossa média ipsilateral. Em RNM de mastóide, observou-se lesão medindo 4,5 x 3,9 cm de extensão invadindo partes moles adjacentes ao pavilhão auricular externo, e invasão da cavidade craniana, confirmando os achados da TC. Paciente foi submetido a uma intervenção cirúrgica onde foi realizada debridamento de mastóide e biópsia cujo resultado revelou CEC.

CONCLUSÃO: Apesar do CEC de CAE ser uma afecção rara, seu diagnóstico deve ser sempre suspeitado na presença de otites crônicas de difícil manejo, e resistentes a antibioticoterapia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-132

TÍTULO: CARCINOMA ESPINOCELULAR SUBGLÓTICO ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI , LILIANE SATOMI IKARI, ANA CAROLINA PARSEKIAN ARENAS, ADRIANA COUTINHO MARIUZZO, JOSÉ FRANCISCO DE SALES CHAGAS, RICARDO PIRES DE SOUZA, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: O carcinoma escamoso celular primário de subglote é raro, com aproximadamente 1% dos carcinomas de laringe. A maioria dos tumores são carcinomas de células escamosas e já se encontram em estado avançado, piorando seu prognóstico. A laringoscopia indireta é essencial para o diagnóstico, além de exames de imagens como tomografia computadorizada de pescoço (TC). O tratamento é cirúrgico combinado a radioterapia.

OBJETIVO: Relatar um caso de carcinoma espinocelular de subglote

RELATO DO CASO: E.R.J., 44 anos, branco, desempregado, natural e procedente de Campinas, SP, com disfonia há 4 meses e dispnéia há 2 meses. Nega odinofagia, perda ponderal, sintomas de refluxo ou abuso vocal. É ex-usuário de cocaína, ex-etilista 2L de destilado por dia, parou há 3 meses, tabagista de 2 maços de cigarro por dia, hepatite C, cirrose hepática, diabético, hipertenso.

Ao exame: Rinoscopia e otoscopia sem alterações. Pescoço: livre. Nasofibroaringoscopia flexível: Lesão vegetante em subglote em região anterior bilateral, projetando-se discretamente para a sua luz. Sem outras lesões.

TC de pescoço: lesão em região anterior de subglote ocupando parcialmente sua luz, sem invasão de estruturas adjacentes. Classificação TNM: T2

Realizada biópsia incisional por laringoscopia de suspensão sob anestesia geral. O estudo anátomo-patológico sob a coloração HE (AP) concluiu se tratar de carcinoma espinocelular subglótico (CEC). O paciente foi submetido a seguir à laringectomia total e está em bom estado geral.

DISCUSSÃO: O CEC consiste é o tumor mais comum na faringe e hipofaringe, sendo responsável por mais de 90% dos tumores malignos desta região. É potencialmente curável mas evolui de maneira lenta e progressiva e os índices de sobrevida dependem do diagnóstico precoce e tratamento adequado para cada situação. Invasão secundária que se inicia em áreas adjacentes é comum. Neste relato não foi observada lesão de estruturas adjacentes, sendo a lesão confinada somente à subglote.

A suspeita da lesão se inicia com disfonia ou disfagia. Pode ser assintomático e sua manifestar-se inicialmente como nódulo cervical metastático. Tipicamente se inicia na superfície interna da laringe e hipofaringe. Em nosso relato, o paciente apresentava queixa de disfonia há 4 meses e logo na primeira avaliação foi submetido à nasofibrolaringoscopia flexível, sendo observada a lesão. A laringoscopia deve fazer parte da investigação. Entretanto, grandes tumores não possibilitam identificar a exata origem desta lesão. A subglote é facilmente visualizada pela Tomografia Computadorizada (CT). Neste relato, a CT descartava comprometimento além da subglote, não havendo comprometimento linfonodal e cujo estadiamento TNM foi T2.

Os possíveis tratamentos para o carcinoma laríngeo e hipofaríngeo incluem laringectomia total ou parcial, o que depende do estadiamento do tumor. No presente relato, após realização de biópsia a análise histopatológica sob coloração HE demonstrou se tratar de Carcinoma de Células Epiteliais. O tratamento proposto foi laringectomia total.

CONCLUSÃO: O CEC de subglote merece atenção especial por ser um tumor extremamente raro, de evolução lenta e progressiva e por vezes assintomático. Seu diagnóstico deve combinar exame físico otorrinolaringológico completo, incluindo nasofibrolaringoscopia flexível, sendo igualmente importante o exame de imagem para o detalhamento da origem da lesão e suas possíveis extensões.

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P-133

TÍTULO: CARCINOMA MEDULAR TIREOIDEANO HEREDITÁRIO

AUTOR(ES): RENATA MIZUSAKI IYOMASA , ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA, CELIA REGINA NOGUEIRA, GLÁUCIA MARIA FERREIRA DA SILVA MAZETO, THIAGO BARRETO FREDERIGUE, MARIANGELA ESTHER ALENCAR MARQUES, JOSÉ VICENTE TAGLIARINI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

Introdução - O Carcinoma Medular Tireoideano (CMT) é uma neoplasia tireoideana incomum. Vinte e cinco % a 30 % deste tipo de neoplasia é hereditária, sendo associado com a neoplasia múltipla neuroendócrina (MEN) e a mutação do proto-oncogene RET. Pacientes com mutação no códon 611 possuem risco genético tipo 2 (alto risco) para CMT e é recomendado a tireoidectomia profilática até os 5 anos de idade, mesmo que assintomáticos. Casuística e Método - Estudo Retrospectivo. Objetivo - Descrever o seguimento de 4 pacientes de uma família com Carcinoma Medular de Tireóide com proto-oncogene RET positivo para mutação no códon 611. Resultados - Caso 1: I.C.C., 10 anos, masculino, assintomático. Exame físico normal. US tireoideano: Lobos tireoideanos com áreas sólido-císticas pequenas, medindo até 3mm. Rastreamento genético: mutação no proto-oncogene RET, códon 611. Realizado Tireoidectomia profilática e dissecção do nível VI bilateral, com ausência de neoplasia. Calcitonina basal e CEA pós-cirúrgicos normais. Evoluiu com hipoparatireoidismo. Caso 2: C.A.P.N., 11 anos, masculino, assintomático. Sem alterações no exame físico. US tireoideano: dentro da normalidade. Rastreamento genético: mutação no proto-oncogene RET, códon 611. Realizado Tireoidectomia profilática, com ausência de neoplasia. Calcitonina basal, PTH e CEA pós-cirúrgicos normais. Caso 3: L.F.M., 12, masculino, assintomático, sem comorbidades. Sem alterações ao exame físico. Rastreamento genético: mutação no proto-oncogene RET, códon 611. Realizado Tireoidectomia profilática, com ausência de neoplasia. Calcitonina basal, PTH e CEA pós cirúrgicos normais. Caso 4: R.R.C., 51 anos, feminina. Hipertensa e dislipidêmica. Exame físico normal. US tireoideano: tireóide com contorno e ecogenicidade normais, sem evidências de nódulos. Rastreamento genético: mutação no proto-oncogene RET, códon 611. Tireoidectomia profilática e dissecção do nivel VI que evidenciou: microcarcinoma nodular de tireóide, medindo 0,3cm no maior diâmetro em lobo tireoideano direito. Hiperplasia multifocal de células perifoliculares. Linfonodos dissecados livres de neoplasia. Imunohistoquímica compatível com o anatomopatológico. Calcitonina e CEA pós-operatórios normais. Evoluiu com hipoparatireoidismo. Discussão - A literatura médica relata casos de tireoidectomia profilática desde o a idade pré-escolar. Em nossa série de casos, a cirurgia foi realizada em crianças de idade escolar com bons resultados. A positividade da mutação mostrou relação direta com o diagnóstico anatomopatológico na paciente do caso 5, operada aos 51 anos de idade. Esses resultados mostram importância do rastreamento genético no diagnóstico e tratamento em fase inicial (caso 5), e até mesmo na prevenção do desenvolvimento desse carcinoma (demais casos). Conclusão - A análise do proto-oncogene RET é um valioso teste para detectar precocemente o CMT e o tratamento cirúrgico melhora o prognóstico de indivíduos com MEN tipo 2 com risco de CMT.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-134

TÍTULO: CARCINOMA NASOFARINGE

AUTOR(ES): DANIELLE CANDIA BARRA , ANA HELENA BANNWART DELL´ARINGA, MYRIAN DE LIMA ISAAC, GUSTAVO VIANI ARRUDA, ALFREDO RAFAEL DELL´ARINGA, CARLOS RENATO TICIANELLI TERAZAKI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA

O Carcinoma de Nasofaringe (CNF) é uma doença maligna rara no Ocidente. Entre os orientais esta patologia chega a ser endêmica. Em pessoas com idade inferior a 30 anos apresenta uma incidência muito pequena. Está associado a infecções pelo vírus Epstein Barr, fatores dietéticos e genéticos. Seu diagnóstico é difícil e tardio por ser uma doença pouco sintomática. Dentre as manifestações clínicas mais comuns estão o surgimento de massa cervical anterior e hipoacusia por otite efusiva ipsilatetal ao lado acometido. Relatamos caso de um paciente jovem que recebeu o diagnostico de CNF de maneira tardia após surgimento de massa cervical esquerda. Entretanto, a despeito do diagnóstico ter sido realizado quando a doença já estava avançada o paciente obteve evolução satisfatória com realização do tratamento combinado de radio e quimioterapia.

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P-135

TÍTULO: CARCINOMA VERRUCOSO DE LARINGE: VARIANTE INCOMUM DE CARCINOMA EPIDERMÓIDE

AUTOR(ES): RENATA FARIAS DE SANTANA , RENATO TELLES DE SOUZA, LUIZ CARLOS NADAF DE LIMA, RAFAEL SIQUEIRA DE CARVALHO, MARCOS ANTÔNIO FERNANDES, LUIZ EDUARDO WAWRICK FONSECA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS

INTRODUÇÃO: O carcinoma verrucoso é uma variante rara de carcinoma epidermóide bem diferenciado. Esta lesão, também conhecida como tumor de Ackerman, tem uma aparência morfológica característica e comportamento clínico específico. Deve ser separada de outros carcinomas epidermóides, porque, mesmo com lesões extensas tem um excelente prognóstico com o tratamento adequado. Esta lesão tem uma predileção para as membranas mucosas da cabeça e pescoço, sendo mais comumente encontrada na cavidade oral. É uma doença essencialmente de homens com idade superior a 50 anos. Mascar tabaco é o fator etiológico primário das lesões da cavidade oral. O tabagismo é altamente correlacionado com lesões laríngeas. Os avanços da biologia molecular demonstram uma provável relação entre o carcinoma verrucoso e o papiloma vírus humano.

OBJETIVO: Relatar o caso de paciente com história de seis meses de disfonia, com lesão hiperqueratótica, leucoplásica, exofítica e vegetante, compatível com carcinoma verrucoso.

METODOLOGIA: Foram realizados anamnese, exame físico, videolaringoscopia e procedimento cirúrgico do paciente.

RESULTADOS: Paciente do sexo masculino, 55 anos, compareceu ao ambulatório de Otorrinolaringologia, referindo quadro de disfonia e tosse seca irritativa há 6 meses. Passou a manifestar queixa de dispnéia em repouso no último mês. Negava disfagia, odinofagia ou uso abusivo da voz. Portador de diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica. História de tabagismo há 20 anos, com carga tabágica de 10 maços/ano. À videolaringoscopia, apresentava lesão hiperqueratótica leucoplásica, exofítica e vegetante, com prolongamentos filiformes, ocupando a totalidade de prega vocal esquerda, causando obstrução glótica, além de extensão subglótica. Mobilidade de pregas vocais aparentemente preservada. O paciente foi submetido à microcirurgia de laringe, com laringoscópio de suspensão, sob anestesia geral, com intubação orotraqueal, para realização de biópsia incisional da lesão. A análise histopatológica demonstrou tratar-se de carcinoma verrucoso.

CONCLUSÃO: O carcinoma verrucoso é uma neoplasia maligna altamente diferenciada, constituída por células escamosas, de apresentação incomum. A diferenciação clínica e histológica é de primordial importância para o diagnóstico. A metástase é rara, mas o crescimento é inexorável, podendo resultar na morte do paciente. O diagnóstico histopatológico pode ser muito difícil, devido ao alto grau de diferenciação celular, especialmente se o material da biópsia não mostra uma área de junção entre tumor e o tecido normal. Provavelmente, em nenhuma outra neoplasia de laringe há necessidade de cooperação entre o cirurgião e o patologista.

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P-136

TÍTULO: CARCINOMA VERRUCOSO DO SEIO MAXILAR COM DESTRUIÇÃO PALATAL

AUTOR(ES): JULIANA ROCHA VELOSO , ALLYSON STEFANUS RUFINO, NILVANO ALVES DE ANDRADE, ADRIANO SANTANA FONSECA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICORDIA DA BAHIA

INTRODUÇÃO: A localização mais comum de carcinoma verrucoso (CV) na cabeça e pescoço é a cavidade oral, seguida da laringe. É uma variante bem diferenciada do carcinoma escamoso, com bom prognóstico, crescimento lento, porém localmente invasiva. Há pouca tendência a metástases a distancia ou loco-regionais. A etiologia permanece desconhecida. A relação entre o CV primário da cavidade oral e o hábito de mascar o tabaco é bem estabelecida, porém quanto ao aparecimento nos seios da face, não há relação estabelecida. Na fossa nasal e nos seios paranasais o surgimento deste tumor é raro, constituindo 3% de câncer em cabeça e pescoço.

CASO-CLÍNICO: Masculino, 53 anos, com dor em hemiface esquerda e obstrução nasal perene ipsilateral há um ano. Relatou lesão em palato duro, à esquerda, há 2 meses. Ao exame físico, lesão hiperemiada ocupando a fossa nasal esquerda. À inspeção da cavidade oral ulceração em palato duro, à esquerda. À tomografia computadorizada de face, observou-se lesão expansiva em seio maxilar esquerdo, com erosão de paredes medial, lateral e inferior deste seio e extensão para o processo alveolar e palatino do osso maxilar ipsi e contralateral. Tabagismo por 15 anos. Foram realizadas três biópsias ambulatoriais, incisionais e progressivamente mais ampliadas, em palato, que revelaram hiperplasia epitelial, sem atipias. Foi programado Mid-facial degloving com maxilectomia medial e retirada de toda lesão macroscopicamente visível em seio maxilar esquerdo e palato. A anatomia revelou carcinoma escamoso bem diferenciado, queratinizante e exofítico. Foi programada maxilectomia total, à esquerda, ampliada para o processo alveolar e palatino direito. A histologia apresentou carcinoma verrucoso do seio maxilar sem comprometimento angiolinfático ou perineural, porém com comprometimento de margem superior. Como o paciente encontrava-se com boa cicatrização cirúrgica e sem sinais macroscópicos de tumor residual e por se tratar de um T4N0Mx optamos por radioterapia adjuvante.    

DISCUSSÃO: CV ocorre mais frequentemente no seio maxilar. Os fatores de risco associados ao CV na cavidade oral são tabagismo e higiene oral precária, porém estes fatores não interferem no surgimento nos seios da face. No manejo do CV a ressecção cirúrgica é a primeira escolha de tratamento. A indicação de radioterapia é controversa. A irradiação de CV está classicamente relacionada à transformação anaplásica com incidência acima de 30%. Contudo evidências recentes sugerem que esta transformação ocorre ocasionalmente e pode ocorrer mesmo em pacientes não irradiados, antes ou após o procedimento cirúrgico, e até em casos não tratados. Persistir no diagnóstico precoce diminui as ressecções cirúrgicas e a necessidade de terapias adjacentes ou procedimentos cirúrgicos adicionais.

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P-137

TÍTULO: CASO DE HAMARTOMA ADENOMATÓIDE EPITELIAL RESPIRATÓRIO

AUTOR(ES): TATIANA CUNHA DE CARVALHO MATOS , HENRRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, MÁRIO ORLANDO DOSSI, MARCELO BRAZ VIEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS

INTRODUÇÃO: O hamartoma adenomatóide epitelial respiratório (REAH) é o hamartoma mais comum da cavidade nasal. Foi o primeiramente descrito em 1995 por Wenig e Heffner. É mais comum em homens 6;1, com idade entre 27 e 81 anos. São benignos , geralmente unilaterais e ocorrem mais frequentemente na região posterior do septo nasal.

CASO CLÍNICO: Paciente N.R.,   anos de idade, sexo feminino, branca, procurou o serviço de Otorrinolaringologia do HFA com queixa de piora da obstrução nasal há 6 meses. Já tinha diagnostico de rinite alérgica e por vezes apresentava esse sintoma. Entretanto se queixava de que não havia obtido melhora com uso de corticóides e antibióticos orais (quatro curso nos últimos seis meses). À rinoscopia havia uma lesão polipóide ocupando toda a fossa nasal direita. Negava doenças crônicas. Foi submetida a biópsia excisional da lesão que evidenciou ao anátomo patológico REAH.

REVISÃO: O termo hamartoma foi introduzido em 1904 por Eugem Albrecht para descrever tumores caracterizados por crescimento anormal de um conjunto de tecidos nativos de determinada área, originários de qualquer uma das camadas germinativas. O REAH é uma proliferação glândular com aparência polipóide ou exofítica. As glândulas são média-grandes ligadas ao epitélio ciliado respiratório que está conectado à mucosa da superfície. Metaplasia mucosa pode ser observada e há uma membrana hialina ao redor das glândulas. Na lâmina própria pode haver proliferação das pequenas glândulas serosas, infiltrado inflamatório e edema no estroma. O epitélio ciliado do REAH expressa a keratina 7 (CK7) e está cercado de células basais positivas para p63 e moléculas de queratina de alto peso.  Os sintomas presentes geralmente são vagos e inespecíficos como obstrução nasal, epistaxe e rinorréia. Até 2009 eram conhecidos 39 casos de REAH na literatura. O tratamento é a exérese completa da lesão e não há descrição de recidivas.O diagnóstico diferencial de REAH deve ser feito com papiloma invertido e adenocarcinoma.

CONCLUSÃO: Como previsto, ocorreu melhora completa da obstrução nasal no pos-operatório imediato. Foi realizada hemostasia com pequeno pedaço de surgicel. Houve reepitelização normal do sitio cirurgico. A paciente cursou com ausência de hiposmia no pós operátorio e apresenta-se sem recidiva até o momento.

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P-138

TÍTULO: CASO DE PÓLIPO DE KILLIAN BILATERAL

AUTOR(ES): TATIANA CUNHA DE CARVALHO MATOS , MARCELO BRAZ VIEIRA, ELIONES DANTAS PINTO DO AMARAL, MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA, WANER NEIVA FONSECA, OSWALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS

INTRODUÇÃO: O pólipo antrocoanal ou pólipo de Killian é uma lesão polipóide benigna solitária que acomete crianças e adultos jovens. Origina-se de uma hipertrofia da mucosa do antro do óstio do seio maxilar próximo ao óstio e desenvolve-se por estímulo desconhecido, através do óstio do seio maxilar para a cavidade nasal e em direção à coana. Há relato, até 2009, de três casos em que o paciente apresentava pólipo de killian bilateral.

CASO CLÍNICO: Paciente MASC, 34 anos de idade, sexo feminino, branca, procurou o serviço de Otorrinolaringologia da clínica particular do Dr Oswaldo Nascimento  com queixa de obstrução nasal bilateral há mais de dez anos. Foi realizada rinoscopia anterior que evidenciava polipo bilateral. À  nasofibroscopia havia pólipo saindo do meato médio em direção à coana bilateralmente.  Como tratamento foi realizado cirurgia endonasal (FESS). Até o momento a paciente não apresentou recidiva.

REVISÃO: Gustav Killian descreveu o pólipo antrocoanal em 1906. Apesar de não ser uma afecção rara, há poucos casos descritos em que o pólipo de Killian ocorre bilateralmente. É considerado o pólipo mais comum em crianças tendo como etiologia uma doença inflamatória bacteriana crônica e/ou fibrose cística. Os principais sintomas são obstrução nasal, roncos noturnoc e respiração bucal. O pólipo deve ter sua inserção completamente ressecada para se evitar recidiva.

CONCLUSÃO: Há hipóteses da patogenia do pólipo de Killian. A principal seria o aumento da pressão intrasinusal causada por obstrução do complexo óstio-meatal médio em paciente com cisto de retenção em alérgicos. Isso faria com que houvesse herniação desse. O tratamento de escolha é a cirurgia endoscópica associada ou não ao acesso de Caldwell Luc. Também é importante que se corrija os defeitos anatômicos que predispõe à doença bem como se realize o diagnóstico e acampanhamento dos pacientes com rinite alérgica.

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P-139

TÍTULO: CHOQUE SÉPTICO E ÓBITO APÓS CIRURGIA DO ENXERTO DO SEIO MAXILAR PARA IMPLANTE DENTÁRIO: RELATO DE UM CASO

AUTOR(ES): LUIZ CARLOS ALVES DE SOUSA , FERNANDA MARRA MARTINEZ, THAILISE GIROTO FERREIRA DA SILVA, PEDRO RANGEL PEREZ, JAYSON PEIXOTO MACHADO, FABÍOLA DONATO DE ALMEIDA, FÚLVIO CÁLICE FERREIRA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, ASSOCIAÇÃO PAPARELLA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: Os implantes dentários osteointegrados constituem-se método largamente utilizado para a reposição dos dentes. O enxerto do seio maxilar (SM) garantirá a osteointegração e fixação do implante, que é colocado através do levantamento da membrana sinusal. A sinusite maxilar pode ocorrer como complicação em até 20% desta cirurgia. O tratamento desses pacientes deve ser realizado por otorrinolaringologista (ORL) em ambiente hospitalar, com uso de antibióticos EV e abordagem cirúrgica do SM, com curetagem de sua cavidade, por meio da técnica de Caldwell-Luc com ampla antrostomia nasal ou da cirurgia endoscópica funcional dos seios da face.

OBJETIVO: Demonstrar a gravidade da sinusite maxilar purulenta como complicação da cirurgia do enxerto do SM e o adequado manejo clínico- cirúrgico destes pacientes.

METODOLOGIA: CAA, 64 anos. Submetida à cirurgia do enxerto do SM bilateral. Nos 21 dias que se sucederam a cirurgia apresentou sinais e sintomas sugestivos de sinusite maxilar infecciosa à direita, tratada pelo cirurgião dentista através de punções do SM e trocas empíricas de antibióticos VO. No 21º dia de PO realizou TC revelando imagem hiperdensa do SM direito e submetida à nova punção deste seio paranasal com drenagem de secreção purulenta, mantendo dreno tipo cânula. Neste mesmo dia à noite a paciente deu entrada no serviço de emergência com quadro de choque séptico. Encaminhada para a UTI onde foi a óbito de falência múltipla dos órgãos tendo como doença de base (foco séptico) a sinusite maxilar purulenta.

RESULTADOS: O desfecho letal do caso demanda uma análise da evolução da sinusite maxilar purulenta decorrente da cirurgia do enxerto do SM. Os candidatos à cirurgia do enxerto maxilar devem ser acompanhados durante o pré e pós-operatório pelo médico ORL, que garantirá em casos de sinusite maxilar, a intervenção clínica medicamentosa e/ou cirúrgica em regime de internação hospitalar o mais precoce possível para prevenir complicações graves. Neste caso a paciente apresentou uma evolução clínica arrastada por longo período, 21 dias entre a cirurgia do enxerto maxilar e sua entrada no hospital em choque séptico sem ser submetida a qualquer avaliação e tratamento médico.

CONCLUSÃO: O tratamento da sinusite maxilar purulenta decorrente da cirurgia do enxerto do SM deve ser realizado em ambiente hospitalar por meio de abordagem ampla e direta do SM com curetagem e lavagem de sua cavidade, além de antibioticoterapia endovenosa de amplo espectro. O tratamento desta complicação deve ficar sob a responsabilidade de uma equipe médica de acordo com as necessidades clínicas e co-morbidades do paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-140

TÍTULO: CIRURGIA CRANIOFACIAL PARA TRATAMENTO DE CARCINOMA INDIFERENCIADO DE ETMÓIDE LOCALMENTE AGRESSIVO

AUTOR(ES): GIULIANNO MOLINA DE MELO , CAMILLA FRANCO PENNA CAPUTTI, FERNANDO JOSÉ GATTO DE OLIVEIRA, FRANCISCO PIEROZZI D'URSO, MARIANO EBRAM FIORE, NERY USTULIN CESPEDES, RODRIGO DE FARIA VALLE DORNELLES

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DO HOSPITAL DA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A incidência de neoplasias que acometem a base do crânio é baixa. Os carcinomas indiferenciados são responsáveis por cerca de 1% dos cânceres que acometem a base do crânio, relacionados aos seios paranasais, sendo de evolução rápida, altamente invasivos e de baixa curabilidade. A cirurgia craniofacial é uma abordagem multidisciplinar, com atuação do Neurocirurgião, Cirurgião de Cabeça e Pescoço e Cirurgião Plástico Reconstrutivo, realizada após falha no tratamento oncológico prévio. As complicações  mais comuns são  infecções, meningite, fístula liquórica, necrose de retalho e necrose óssea. Os fatores de pior prognóstico são idade acima de 60, tratamento prévio, alto grau, envolvimento orbitário, infiltração de dura-máter e cerebral e margens comprometidas. MATERIAIS E MÉTODOS: SCA, feminino, 24 anos que iniciou quadro de epistaxe na gestação, evoluindo com proptose e amaurose direita.  Encaminhada ao serviço de Cabeça e Pescoço do H.B.P-SP  para avaliação. Na admissão apresentava proptose ocular direita, sem linfonodomegalia, pupila direita midriática com amaurose e à esquerda visão presente. A rinoscopia demonstrava oclusão da coana direita e desvio de septo á esquerda. A RNM Encéfalo e a TC de Crânio demonstravam extensa neoplasia crânio-facial, com origem em etmóide, estendendo do palato duro à fossa anterior craniana e parte intraorbitária direita, erosão do assoalho da fossa anterior craniana, órbita e seio maxilar direito e parte da órbita esquerda com linfonodomegalia em níveis II, III. Operada por equipe multidisciplinar com ressecção total da parte intracraniana, dura-máter e tecido cerebral da fossa anterior. A ressecção total da parte facial foi adquirida após translocação da face com maxilectomias radical à direita e parcial à esquerda e ressecção da peça em monobloco com  a exenteração de órbita direita, osso frontal, soalho da fossa anterior e parede medial de órbita esquerda sendo preservado o globo ocular esquerdo. Reconstrução crânio-facial com retalho de abóbada craniana bipartida para o soalho da fossa anterior e retalhos de pericrânio bilateral e esvaziamento cervical radical modificado direito. O exame anátomo-patológico evidenciou carcinoma epitelióide indiferenciado, invasivo, primário de etmóide. A paciente realizou terapia adjuvante com quimioterapia radiosensibilizante e radioterapia conformacional. RESULTADOS: Evoluiu com bom estado geral, com alta da UTI Neurológica no 7º pós-operatório. Não apresentou sinais de hemorragia, fístula liquórica ou hipertensão intracraniana. A sonda naso-enteral e a traqueostomia foram retirados no 24º pós-operatório. Não apresentou quaisquer outras complicações clínicas ou cirúrgicas. A TC do pós-operatório  demonstrou ressecção completa da neoplasia, com reconstrução crânio-facial. Posteriormente foi encaminhada para radio e quimioterapia. DISCUSSÃO: O objetivo primordial do tratamento cirúrgico oncológico é a erradicação do tumor. Nas agressivas neoplasias de seios paranasais, as invasões e destruições de tecidos ocorrem rapidamente e precocemente, tornando-se um desafio para o correto tratamento. A cirurgia indicada craniofacial visou o tratamento multidisciplinar de raro e extenso tumor de etmóide, seguido de tratamento adjuvante com radioterapia e quimioterapia. Após o término do tratamento a confecção de uma prótese facial trará o máximo em reabilitação funcional e estética. CONCLUSÃO: As neoplasias de etmóide são raras, de evolução rápida e agressiva, necessitando de cirurgia craniofacial seguido de radio e quimioterapia como completo tratamento oncológico. A abordagem por equipe multidisciplinar permite a ressecção completa da neoplasia e a reconstrução complexa visa proporcionar uma melhor qualidade de vida para estes pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-141

TÍTULO: CIRURGIA DO COLESTEATOMA NO IDOSO

AUTOR(ES): FELIPPE FELIX , SHIRO TOMITA, DEBORA PETRUGLIO MIGUEIS, CAMILA TEIXEIRA CONDE DE MORAES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Introdução

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a terceira idade é considerada a partir de sessenta anos, quando então há necessidade da pessoa receber mais atenção, ante as transformações fisiológicas que começam a se acentuar.  O objetivo do estudo é avaliar o perfil de pacientes maiores que 60 anos de idade com otite média crônica colesteatomatosa, com base no início do quadro clínico, tempo de doença, comprometimento auditivo pré-operatório, bilateralidade, complicações da doença e pós-operatórias e tempo de internação hospitalar.

Material e Método

 Foram avaliados treze pacientes do ambulatório de otite média crônica do Hospital Universitário, com idade acima de 60 anos e OMC, no período de 2005 a 2010 de forma retrospectiva.

RESULTADOs

Sobre o quadro clínico inicial, todos apresentaram otorréia, e apenas um não queixava-se de hipoacusia, sendo que 4 apresentavam perda auditiva bilateral como conseqüência da doença. Cinco anciões queixaram-se de tontura e zumbido, quatro relataram pelo menos um episódio de  otorragia. Destes, 10 foram submetidos à cirurgia e 2 apresentaram paresia facial como principal complicação pós-operatória. A avaliação audiométrica mostrava considerável perda auditiva ao menos moderada em todo o grupo antes da cirurgia e, ao diagnóstico, 6 pacientes já apresentavam erosão de cadeia ossicular pela tomografia computadorizada e 4 fistula de canal semicircular lateral. O tempo de internação de todos pacientes foi de apenas 24 horas, tendo apenas um paciente reinternado por complicação pós-operatória.

Conclusão

Nesse estudo, é possível notar que todos os idosos avaliados apresentavam otorréia como sintoma inicial e apenas um deles não se queixava de hipoacusia. Entre aqueles que tiveram comprometimento da capacidade auditiva, 4 foram afetados bilateralmente. Na tomografia computadorizada realizada durante o pré-operatório, a cadeia ossicular de seis pacientes estava erodida e 4 apresentavam fistula labirinitica. Entre os treze anciões desta série, 5 relatavam zumbido e tontura, 4 tinham otorragia e 2 evoluíram com paresia facial. Nenhum dos pacientes apresentou alteração no paladar. Desses pacientes, 4 tiveram a confirmação de colesteatoma pelo exame histopatológico.

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TRABALHO CLÍNICO

P-142

TÍTULO: CIRURGIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL: AVALIAÇÃO DE COMPLICAÇÕES EM SERVIÇO DE RESIDÊNCIA MÉDICA.

AUTOR(ES): GUSTAVO FERNANDO TOGNINI RODRIGUES , FERNANDO PACHECO, MARCO ANTÔNIO FERRAZ DE BARROS BAPTISTA, JULIANA COLA DE CARVALHO, PAULA RIBEIRO LOPES, FERNANDO VEIGA, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: a Cirurgia Endoscópica Endonasal (CEE) surgiu como solução terapêutica às afecções dos seios paranasais, originadas nos espaços das paredes laterais das fossas nasais e nas células etmoidais anteriores. A indicação cirúrgica combina história clínica, achados endoscópicos e tomografia computadorizada. O objetivo deste trabalho é o estudo das complicações da CEE em serviço de residência médica. MÉTODO E CASUÍSTICA: Estudo clínico retrospectivo de CEE do período de janeiro de 2003 a julho de 2010. As cirurgias foram realizadas por médicos residentes do terceiro ano da disciplina de otorrinolaringologia, orientados por um médico assistente do serviço. RESULTADO: foram avaliados 382 pacientes, 188 (49,21%) do sexo feminino e 194 (50,78%) do sexo masculino com idade média de 42 anos. Todas as cirurgias foram realizadas com anestesia geral. As complicações encontradas (38 casos) foram sinéquias nasais (47,37%), estenose de antrostomia maxilar (31,58%), perfuração septal (10,53%), lesão da lâmina papirácea (7,89%), epistaxe severa (5,26%), fístula iatrogênica (5,26%), rinite atrófica (2,63%), estenose de coana (após correção de atresia de coana - 2,63%) e parada cardio-respiratória no intra-operatório (2,63%). Dentre os pacientes com sinéquias, 77,78% eram casos de polipose nasal extensa. Destes, apenas quatro pacientes (22,22%) eram sintomáticos, sendo reoperados. CONCLUSÃO: a CEE é método cirúrgico seguro e anatômico, preservando a mucosa e restabelecendo a função nasal. As complicações observadas em nosso serviço são semelhantes às encontradas na literatura. Apesar de serem raras, ocorrem mais frequentemente nas doenças extensas das fossas nasais, principalmente a polipose nasossinusal.

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TRABALHO CLÍNICO

P-143

TÍTULO: CIRURGIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL: PERFIL DE SEXO E IDADE EM 366 PACIENTES

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CARLOS ROBERTO BALLIN, GABRIEL GONÇALVES DIAS, EDUARDO VIEIRA COUTO, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, GUILHERME SACHET, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: A rinossinusite pode ser descrita como a inflamação da mucosa nasossinusal em resposta à ação de eventos infecciosos, traumáticos, exposição a químicos ou mesmo ação de alérgenos. Tal evento inicialmente tem características agudas que podem ser resolvidas espontaneamente ou por tratamento clínico. Entretanto, em alguns casos a persistência de tais alterações leva a um estado de cronificação. A cirurgia endoscópica endonasal (CEE) é considerada o padrão-ouro para o tratamento de rinossinusite crônica refratária ao tratamento clínico. Este estudo objetiva avaliar variáveis de idade e sexo  entre os pacientes submetidos à CEE em nosso serviço.

MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo transversal com coleta de dados e posterior análise de 366 CEEs realizadas no período de junho de 2002 a maio de 2010.

RESULTADOS: Dos 366 pacientes, 209 eram do sexo feminino (57%) e 157 do sexo masculino (43%). A idade média foi de 39,7 anos, (de 5 a 76 anos). Dividindo em faixas etárias obtemos os seguintes resultados menores de 10 anos (1%), 10 a 19 anos (9%), 20 a 29 anos (19%), 30 a 39 anos (20,5%), 40 a 49 anos (21,5%), 50 a 59 anos (18%) e maiores de 60 anos (11%).

DISCUSSÃO: Atualmente a CEE é o procedimento cirúrgico de escolha no tratamento de rinossinusite crônica e polipose nasal. Estudos relatam taxas de sucesso que variam de 70 a 98%. Fatores como a idade e o sexo dos pacientes podem influenciar os resultados pós-operatórios. Mendolia-Loffredo em 2006, referiu que as mulheres obtiveram resultados menos satisfatórios à cirurgia influenciadas por fatores que alterem sua qualidade de vida como a depressão. Como em nosso estudo a maioria eram mulheres (57%), deve-se ficar atento a esse fator de risco. Em Young Lee, J. e Won Lee, S; os piores resultados foram encontrados nos pacientes pediátricos e melhores nos idosos, principalmente pela maior frequência de infecções do trato respiratório superior levando ao edema da mucosa sinusal, pequeno campo cirúrgico dificultando o procedimento e falta de colaboração durante o pós-operatório das crianças. Em nosso estudo os pacientes com menos de 10 anos representaram apenas 1%, porém estes devem ser melhor observados por apresentarem maiores chances de complicações.

CONCLUSÃO: Apesar da cirurgia endoscópica endonasal ser considerada o melhor tratamento para rinossinusite crônica, determinadas variantes podem influenciar os resultados pós-operatórios. Como exemplos podemos citar pacientes do sexo feminino com depressão, que podem não referir uma melhora significativa dos sintomas após o procedimento. Pacientes pediátricos devem ser avaliados cuidadosamente pois são maiores as possibilidades de apresentarem dificuldades no procedimento cirúrgico e recidiva da rinossinusite. Mais estudos deveriam ser realizados principalmente para estabelecer o sexo do paciente como fator preditor de resultado pós-operatório.

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TRABALHO CLÍNICO

P-144

TÍTULO: CIRURGIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL: SEIOS PARANASAIS MAIS EXPLORADOS EM 255 CASOS

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , LUIS CARLOS SAVA, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, GUILHERME SACHET, GABRIEL GONÇALVES DIAS, EDUARDO VIEIRA COUTO

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: A rinossinusite crônica (RSC), associada ou não a polipose nasal, é uma patologia comum que atinge cerca de 16% da população norte-americana. Atualmente, a abordagem de escolha para pacientes refratários ao tratamento conservador é a cirurgia endoscópica endonasal ou FESS (Functional Endoscopy Sinus Surgery). Esta técnica é útil e eficiente no diagnóstico, tratamento e coleta de anatomopatologia de sinusite crônica e polipose nasal.

OBJETIVO: Nosso estudo objetiva relatar quais os seios paranasais mais acometidos em pacientes submetidos a cirurgia endoscópica endonasal em nosso serviço, como também quais os tipos de FESS mais realizadas.

MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo transversal com coleta de dados de 255 FESS realizadas no período de junho de 2002 a maio de 2010.

RESULTADOS: A cirurgia mais comum dentre um total de 255, foi a FESS maxilar, com 120 casos (47%), seguido por etmoidal (n= 78/ 30,5%), frontal (n=27/ 10,5%), esfenoidal (n=21/ 8,5%) e pansinusectomia (n=9/ 3,5%).

DISCUSSÃO: Nos últimos anos, a FESS tem ganho maior aplicabilidade na abordagem das mais diversas patologias, em especial as rinossinusites crônicas, associadas ou não a polipose nasal, refratárias ao tratamento clínico. A técnica permite acesso anatômico aos seios da face, com mínima agressão de mucosa e máxima eficácia na preservação ou restabelecimento da fisiologia do nariz. Lessa e colaboradores, em 2001, encontraram sinais de rinossinusite fronto-etmoidal em 36% dos casos, seguido de frontal (28%) e maxilar (16%). Tal resultado divergiu de nosso estudo, no qual a abordagem maxilar foi prevalente, com 47%, seguido da etmoidal (30,5%), ficando a frontal com apenas 10% dos casos (terceiro lugar) e a esfenoidal com 8,5% (menos prevalente).

CONCLUSÃO: A cirurgia endoscópica endonasal está sendo cada vez mais realizada nos serviços de Otorrinolaringologia devido sua praticidade e bons resultados. Nosso serviço, a cada ano vem realizando um número maior de cirurgias, e com isso, possibilita melhora na qualidade de vida de seus pacientes que sofrem de rinossinusite crônica ou outras patologias nasais que necessitem de abordagem cirúrgica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-145

TÍTULO: CIRURGIA ENDOSCÓPICA NASOSSINUSAL EM CRIANÇA USANDO ANESTESIA LOCAL + SEDAÇÃO ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FRANCISCO LUIZ BUSATO GROCOSKE , MARCO CESAR JORGE DOS SANTOS, MARCOS MOCELLIN, PIERRE FONSECA DA COSTA

INSTITUIÇÃO: IPO - INSTITUTO PARANAENSE DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO

A cirurgia endoscópica nasossinusal (CENS) é cada vez mais utilizada para tratamento cirúrgico das sinusites de repetição rebeldes ao tratamento clínico na população pediátrica. Apesar do uso da anestesia local + sedação já ser bastante difundido e utilizado em adultos, tradicionalmente as crianças utilizam-se da anestesia geral. Neste relato apresentamos um caso de CENS em paciente pediátrico utilizando-se a anestesia local  + sedação.

RELATO DO CASO

HKS, 11 anos, branco, estudante, procurou o serviço com queixa de sinusites de repetição há vários anos, com vários tratamentos com antibioticoterapia sem melhora importante, com piora no último ano. No momento da consulta queixava-se de cefaléia parietal, edema palpebral bilateral, rinorréia mucosa, prurido e coriza nasal. Ao exame clínico, apresentava edema palpebral leve bilateral, rinoscopia  com edema moderado de cornetos inferiores. A Nasofibroscopia mostrava um edema de mucosa e de cornetos inferiores, apresentando secreção mucosa em meato médio, além de um desvio alto de septo nasal. A Tomografia Axial Computadorizada mostrava sinais de sinusite esfeno-etmoidal. Devido aos vários tratamentos clínicos anteriores sem sucesso, foi-lhe indicado o tratamento cirúrgico através de cirurgia endoscópica nasossinusal (CENS). O Paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico , utilizando-se a sedação + anestesia local, que constitui-se de drenagem dos seios etmoidais anterior e posterior e seio esfenoidal. A cirurgia transcorreu sem problemas, com sangramento mínimo e total controle do paciente e analgesia. O pós-operatório foi muito favorável, com o paciente tendo recuperação rápida e recebendo alta médica no mesmo dia.

DISCUSSÃO

Desde o início do advento da CENS vêm-se desenvolvendo novas técnicas e instrumentos para melhora dos resultados cirúrgicos e menor morbidade para o paciente. A anestesia empregada neste tipo de procedimento também desempenha importância significativa em aumentar o conforto do paciente no intra-operatório aliado a uma recuperação mais rápida e menos dolorosa no pós-operatório. Isto torna-se mais crítico quando trata-se de pacientes pediátricos. No nosso serviço estamos empregando a modalidade anestésica de anestesia local aliada à sedação. Com o aprimoramento ao longo dos anos, conseguimos obter resultados altamente satisfatórios utilizando-se desta modalidade, sem nenhum prejuízo ao paciente no respeito à analgesia e conforto. Assim, após extensiva aplicação na população adulta, estendemos  a técnica à população pediátrica, cientes de que o desafio seria maior, visto às necessidades mais intensas de analgesia e sedação inerente a estes pacientes. Neste relato, mostramos como foi possível a aplicação de anestesia local + sedação em um paciente de 11 anos, submetido à CENS de seios etmoidais e esfenoidal, com total controle da analgesia, conforto e sedação do paciente, proporcionando uma condição cirúrgica adequada para o médico, controle total para o anestesista e as vantagens de menor tempo cirúrgico, menos sangramento e recuperação rápida e mais tranqüila em relação àquela da anestesia geral. Não encontramos na literatura descrições deste tipo de procedimento utilizando-se esta técnica anestésica, em pacientes pediátricos.

COMENTÁRIOS FINAIS

Concluímos que o uso de anestesia local + sedação é uma técnica anestésica possível e viável na população pediátrica, desde que se observe a criteriosa seleção do paciente e o mesmo esteja ciente do procedimento.  

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-146

TÍTULO: CISTICERCOSE DE GLÂNDULA PARÓTIDA: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): RAQUEL COELHO DE ASSIS , RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO, CORINTHO VIANA PEREIRA, DIDEROT RODRIGUES PARREIRA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, CARLA CAVALCANTI SILVEIRA, VICTOR GRANJEIRO DE MELO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES

A cisticercose é uma doença parasitária comum em vários países em desenvolvimento. O diagnóstico da cisticercose é realizado através de exame histopatológico das lesões com identificação do parasita. O acometimento da cisticercose sobre a cavidade oral é incomum, sendo rara a lesão em glândula parótida. Paciente do sexo masculino, 49 anos, encaminhado para avaliação de tumoração em região de glândula parótida esquerda. A cisticercose é endêmica em vários países em desenvolvimento, na América Latina, Ásia e África. Os tecidos humanos mais acometidos pela cisticercose são em ordem decrescente: tecido celular subcutâneo,  cérebro, músculo, coração, fígado, pulmões e peritônio. Sua infestação cervical se dá principalmente no cérebro e olhos. O envolvimento da língua e do masseter é comum em bovinos e suínos, sendo raro em humanos. O acometimento da glândula parótida é pouco descrito. Pacientes masculinos (51-80%), provenientes da zona rural (30-63%), e com idade entre 21 e 40 anos (22-67%) são mais acometidos.O diagnóstico de cisticercose é sugerido pela história clínica e epidemiológica, punção aspirativa com agulha fina das lesões, sorologia, ELISA do LCR para neurocisticercose, sendo o diagnóstico de certeza realizado pela biópsia excisional da lesão com a identificação do parasita no exame histopatológico.O tratamento da cisticercose inclui a expectação em assintomáticos, remoção cirúrgica de cistos isolados acessíveis e tratamento com praziquantel ou albendazol, em pacientes com múltiplos cistos ou neurocisticercose. O acometimento da glândula parótida é pouco descrito na literatura; sendo um diagnóstico de exclusão nas tumorações da glândula parótida, pela sua raridade Em relação ao segmento crânio-facial, a maioria dos trabalhos relata apenas o acometimento neurológico e ocular. O paciente queixava-se de tumores em face e em todo corpo há 4 anos, com história pregressa de tratamento para neurocisticercose com albendazol. Ao exame, apresentava lesões nodulares circunscritas, firmes, de consistência elástica, com até 3 cm de diâmetro, distribuídas na face, no pescoço e em todo corpo, inclusive em topografia de glândula parótida esquerda. Foram solicitados exames para confirmação diagnóstica. Na pesquisa de cisticercose no líquor cefalorraquidiano, o teste de ELISA foi reagente na titulação ¼. A tomografia computadoriza (TC) de crânio evidenciou lesões arredondadas, calcificadas, acometendo o parênquima cerebral. A ressonância nuclear magnética corroborou os achados da TC, demonstrando várias lesões vesiculares em diferentes estágios de evolução no parênquima cerebral, intra-orbitárias e no parênquima da glândula parótida. Ao exame histopatológico da lesão nodular, material obtido através de biópsia excisional, no braço do paciente foi evidenciado a parede de um cisto abrigando o parasita no seu interior

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-147

TÍTULO: CISTO DE THORNWALDT

AUTOR(ES): JOÃO CARLOS KFURI ARAÚJO , ANA CAROLINA GONÇALVES RIBEIRO, MARIANA RODRIGUES DE SOUZA GOMES, DANIEL CALDEIRA TEIXEIRA, JULIANO DE OLIVEIRA SALES

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE ORL DO HOSPITAL SOCOR DE BELO HORIZONTE

INTRODUÇÃO: Também chamado de "bursa faringeal" ou "bursa nasofaringeal", o cisto de Thornwaldt caracteriza-se como uma lesão cística na nasofaringe que manifesta-se, principalmente, com obstrução nasal e rinoréia. Acomete igualmente homens e mulheres na 2ª e 3ª décadas da vida. Apesar de raros, é importante o conhecimento sobre o assunto e diagnósticos diferenciais.

OBJETIVO: Mostrar as características da lesão e enfantizar o diagnóstico diferencial com patologias benignas da nasofaringe.

METODOLOGIA: Trata-se de paciente masculino, F.S., 51 anos, procedente de Belo Horizonte. Apresentou como queixa principal, catarro na garganta e obstrução nasal progressiva há 2 meses. Tais sintomas piores à noite. Procurou atendimento com clínico geral que solicitou uma videolaringoscopia. Como o paciente apresentou, no exame, excesso de reflexo de vômito, foi realizado uma videofibronasolaringoscopia onde foi visualizado grande lesão de aspecto cístico obstruindo cerca de 80 % da nasofaringe. Encaminhado para o nosso serviço, foi solicitado TC dos seios da face que mostrou imagem de lesão cística de contornos lineares e bem delimitados em nasofaringe. Dessa maneira, decidimos realizar intervenção cirurgica endonasal para remoção da lesão. O cisto apresentava-se com a superfície lisa e envolvido por espessa cápsula que dificultou sua ressecção por inteiro. Visualizado líquido amarelado após ruptura da cápsula. O estudo anátomo-patologico mostrou fragmentos de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado e numerosos agrupamentos de linfócitos. Sem evidências de lesão maligna.

RESULTADO: Apesar da clínica sugestiva, trata-se de um diagnóstico ocasional devido queixa inicial de catarro na garganta. O paciente foi avaliado no 7°, 15° e 30° dias pós-operatório onde relatou melhora completa da obstrução nasal e da secreção nasal.

CONCLUSÃO: De etiologia discutível, o cisto de Thornwaldt é uma lesão benigna que deve ser lembrada na presença de lesões em nasofaringe. Sua ressecção cirurgica deve ser avaliada e discutida com base nos sintomas apresentado pelo paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-148

TÍTULO: CISTO DE THORNWALDT: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LUANA GONÇALVES DE OLIVEIRA , CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI, FÁBIO SILVA ALVES, LUCIANA GIRO CAMPOY BASILE, LUIS MIGUEL CHIRIBOGA ARTERA, JOSÉ MARIA MORAES DE REZENDE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: As doenças benignas de rinofaringe são relativamente raras de serem diagnosticadas por serem em sua maioria inicialmente assintomáticas. Podem passar despercebidas na fase inicial da sua evolução, dependendo de seu tamanho ou localização.  Podem ser classificadas como congênitas e adquiridas. Entre as patologias congênitas são exemplos os cistos de Tornwaldt, cistos branquiais, cisto de Rathke, o cisto dermóide e a encefalocele.

As adquiridas, podemos citar os cistos de retenção, parasitários, massas tumorais benignas e as lesões de causa iatrogênica. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de cisto de thornwaldt com localização em rinofaringe, em paciente adulto, com quadro típico, porém apresentando sintomas de SAOS.

APRESENTAÇÃO DO CASO: L.D.R., 43 anos, masculino, advogado, casado, portador de HAS controlada  em tratamento, apresentou obstrução nasal a direita e rinorréia a esquerda com evolução de dois meses em tratamento prévio com budesonida, sem melhora. Relatou também roncos noturnos associados a sonolência excessiva diurna e alterações cognitivas.

O paciente já havia realizado nasofibroscopia que evidenciou massa de aspecto cístico, com bordos regulares, em rinofafinge com obstrução total da coluna aérea..

A TC de região cervical e pescoço evidenciou imagem arredondada, hipodensa, de limites parcialmente precisos, com realce moderado pós-contraste, localizada em rinofaringe posterior com extensão anterior para cavidades nasais e inferior para orofaringe. Media 4,0 X 3,0 X 3,2 cm, com obliteração da coluna aérea e ósteos tubários.

A Polissonografia mostrou apnéia do sono de grau severo com IAH de 66,2 eventos/hora e saturação média de oxihemoglobina durante sono REM e NREM de 93%.

O tratamento proposto foi cirúrgico, pela via transpalatina. O paciente, sob anestesia geral, foi colocado em posição de Rose. Visualizado o cisto, foi realizada sua ressecção completa. O exame anátomo-patológico mostrou pólipo cístico com processo inflamatório crônico ativo, Diante destes achados, ficou compatível o diagnóstico de cisto de Thornwaldt,

DISCUSSÀO: Os cistos de thornwaldt, predominam no sexo masculino, em relação de 3:1 e na faixa etária dos 14 aos 65 anos de idade.  A sintomatologia é variável de acordo com o tamanho do tumor, podendo cursar classicamente com obstrução nasal, rinorréia, descargas posteriores, formação de crostas e otite média secretora. Também podem infectar-se levando à formação de abscessos.

Ao exame físico, é visualizado, através da nasofibroscopia, uma massa submucosa lisa na parede posterior da nasofaringe, na linha média.

À tomografia computadorizada, aparece como massa na nasofaringe, de baixa densidade na linha média que não se impregna após injeção de contraste intravenoso. Ocasionalmente, pode haver foco de calcificação no cisto.

Os cistos de retenção das glândulas seromucosas aparecem na parede lateral da faringe e também podem ser múltiplos. Os demais diagnósticos diferenciais são feitos pela tomografia computadorizada.

O tratamento do cisto de Thornwaldt é a drenagem através da marsupialização. O ato cirúrgico pode ser realizado através de acesso transoral, transpalatino; como nesse caso; que oferece melhor visua-lização do leito e remoção total da tumoração, diminuindo as possibilidades de rescidiva.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-149

TÍTULO: CISTO DERMÓIDE EM FOSSA INFRATEMPORAL?

AUTOR(ES): MARCO AURÉLIO FORNAZIERI , ADJA OLIVEIRA, FÁBIO DE REZENDE PINNA, MIGUEL SOARES TEPEDINO, MARIA DANTAS COSTA LIMA GODOY, LUIZ UBIRAJARA SENNES, RICHARD LOUIS VOEGELS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Os cistos dermóides representam a forma simples de teratoma e são tumores benignos raros. Ao afetar a região de cabeça e pescoço - aproximadamente 7% dos casos -, os locais mais comuns são nariz, órbita e sombrancelha. Na base de dados Medline, há somente um relato dessa doença acometendo a fossa infratemporal e nenhum, como no caso relatado abaixo, que tenha utilizado a cirurgia endoscópica para o excisar.

RELATO DE CASO: AASR, 23 anos, masculino, estudante. Paciente com história de acidente automobilístico há 2 anos, evoluindo com quadro comatoso, estenose de traquéia pós-entubação traqueal e quadro convulsivo. Ao realizar tomografia computadorizada de crânio para acompanhamento de quadro neurológico, evidenciou-se lesão de aspecto cístico em fossa infratemporal esquerda. Encaminhado para o serviço de otorrinolaringologia, foi solicitada tomografia computadorizada de seios paranasais mais ressonânica de crânio devido a sua extensão para assoalho de fossa média. Observou-se lesão ovóide com conteúdo heterogêneo em fossa infratemporal esquerda (figura 1). A abordagem cirúrgica foi realizada por via exclusivamente endoscópica: após retirada de parede posterior de seio maxilar, evidenciou-se o tumor. Inicilamente, foi optado por punção da lesão, com drenagem de líquido transparente espessado. Após isso, realizou-se incisão na parede anterior da lesão, com visualização de pêlos e conteúdo sebáceo em seu interior, a elucidar definitivamente o diagnóstico. A parede posterior do cisto dermóide estava aderida a artéria carótida, sendo ressecada cuidadosamente. Após descolamento total da lesão, foi retirada pela narina (figura 2). O paciente evoluiu bem, sem intercorrências no pós-operatório.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Relatou-se o primeiro caso de cisto dermóide de fossa infratemporal excisado por via endocópica. O maior conhecimento das possíveis lesões dessa região, circundada por estruturas intracranianas, vasculares e nervosas importantes, otimiza o planejamento cirúrgico prévio.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-150

TÍTULO: CISTO EPIDERMÓIDE DO ÂNGULO PONTOCEREBELAR COM ABORDAGEM CIRÚRGICA VIA FOSSA MÉDIA: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): JOÃO FLÁVIO NOGUEIRA JÚNIOR , JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, MOISÉS XIMENES FEIJÃO, CAROLINA VERAS AGUIAR, MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ, ARTHUR CHAVES GOMES BASTOS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: O cisto epidermóide é o terceiro tumor mais comum do ângulo pontocerebelar (APC) e representa 1% dos tumores intracranianos.  Apresenta crescimento lento, manifestando-se clinicamente entre as 2ª e 4ª décadas de vida, predominando no sexo feminino. Localiza-se principalmente no APC. Alguns autores consideram o acometimento do VII par, seguido de perda auditiva assimétrica, a manifestação clínica mais comum. Outros consideram como tal a perda auditiva unilateral isoladamente. Outras manifestações clínicas incluem neuralgia do trigêmeo, zumbido, vertigem, desequilíbrio, discinesia, disdiadococinesia, cefaléia, atrofia dos músculos da mastigação, sinais de hipertensão intracraniana, déficits neurológicos focais, meningite asséptica e acometimento de outros pares cranianos. O tratamento é eminentemente cirúrgico, sendo o acesso realizado por via translabiríntica, retrolabiríntica por fossa posterior, ou via fossa média, a depender da localização e extensão da lesão, bem como do grau de audição residual do paciente.

OBJETIVO: Relatar caso de cisto epidermóide do APC com erosão do canal semicircular superior (eminência arqueada), com abordagem cirúrgica via fossa média.

RELATO DE CASO: J.P.P, 26 anos, sexo feminino, há 3 anos apresentou quadro súbito de paralisia facial periférica à direita, de causa não aparente, que cursou posteriormente com dor característica de neuralgia do trigêmeo acometendo território da divisão V2 ipsilateral, buscando na ocasião avaliação com cirurgião plástico. Refere no período ter realizado exames de imagem da face e crânio, sem alterações. Foi conduzida com a realização de procedimentos de correção estética facial. Há 3 meses, iniciou quadro súbito de perda auditiva à direita, sem outros sinais clínicos. Foi encaminhada ao otorrinolaringologista, onde foi solicitada audiometria, evidenciando perda condutiva moderada à direita, associada a otoscopia normal. Realizou TC de crânio que evidenciou lesão hipodensa, não captante de contraste, no APC à direita. RNM de APC evidenciou lesão com hipossinal em T1 e hiperssinal em T2. Realizou cirurgia para remoção do tumor pela via da fossa média. No intraoperatório, após a remoção completa da lesão foi observada erosão da eminência arqueada, com fístula perilinfática, fechada no mesmo tempo cirúrgico com cera de osso. A paciente evoluiu no pós-cirúrgico com manutenção da paralisia facial, mas sem défcits neurológicos adicionais. A audição foi preservada com melhora subjetiva.

DISCUSSÃO: Devido à preservação da audição da paciente e localização anterior da lesão, foi optado acesso cirúrgico por fossa média. O cisto epidermóide do APC pode representar um desafio cirúrgico pela proximidade a estruturas nobres, como os nervos cranianos, tronco cerebral, cerebelo e artéria cerebelar ântero-inferior. Pode também representar um desafio diagnóstico, pela multiplicidade de achados clínicos que pode ocasionar. A perda auditiva condutiva pré-operatória provavelmente era originada pela presença de erosão em eminência arqueada (canal semi-circular superior), criando uma espécie de terceira janela para ressonância perilinfática, o que recentemente foi descrita como síndrome do canal semi-circular superior.   

CONCLUSÃO: A ressecção do cisto epidermóide via fossa média foi possível e segura. Não houve complicações peri ou pós-oeratórias e a paciente referiu melhora subjetiva da audição após a cirurgia, sem défcits adicionais neurológicos. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-151

TÍTULO: CISTO NASOLABIAL GIGANTE TRATADO CIRURGICAMENTE COM INCISÃO DE NEUMANN

AUTOR(ES): INGRID HELENA LOPES OLIVEIRA , LARISSA NERI, ALEXANDRE BERALDO ORDONES, MIGUEL SOARES TEPEDINO, FÁBIO REZENDE PINNA, RICHARD LOUIS VOEGELS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: O cisto nasolabial, de etiologia ainda controversa, foi descrito por Zuckerkandl em 1882. Tem origem na fusão de elementos embriológicos da maxila, a partir de resquícios do prolongamento do canal nasolacrimal (entre o processo nasal lateral e o processo maxilar). Ocorre mais comumente em mulheres negras, na quarta e quinta década de vida. Suas principais manifestações clínicas são obstrução nasal, deformidade do nariz e dor à palpação. O diagnóstico é clínico, mas a realização de tomografia computadorizada é importante para diagnóstico e para planejamento pré-operatório. As principais formas de tratamento são a marsupialização via endoscópica e a exérese cirúrgica aberta. A incisão mais descrita na literatura é a sublabial. No entanto, a incisão de Neumann (no bordo inferior da gengiva, com descolamento das papilas) possibilita amplo acesso à cavidade nasal, com manipulação mínima de vasos e nervos.

OBJETIVO: Relatar um caso de cisto nasolabial gigante, tratado cirurgicamente com a incisão de Neumann

APRESENTAÇÃO DE CASO: SSA, masculino, 37 anos, negro, previamente hígido. Apresentava há dois anos obstrução nasal bilateral, sem rinorréia; fez uso de corticóide nasal e lavagem nasal com soro fisiológico sem melhora. Há um ano notou abaulamento de dorso e vestíbulo nasal, com deformidade estética, além de piora da obstrução, associado à hiposmia, ageusia, dor à palpação e cefaléia frontal. Realizou três punções de alívio através da narina direita com saída de grande quantidade de líquido serossanguinolento (até 40ml). Ao exame da narina foi observado um abaulamento liso e compressível do assoalho lateral, que deslocava o corneto inferior superiormente e desviava o septo nasal, na inspeção foi observado achatamento do sulco nasolabial. Realizada a cirurgia para exérese do cisto com a incisão de Neumann, com a retirada completa da lesão (4, 1.7, 1.2 cm). O diagnóstico histopatológico apontou epitélio escamoso e respiratório, com processo inflamatório crônico associado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A exérese do cisto nasolabial foi realizada através da incisão de Neumann possibilitando um acesso mais amplo, com excelente exposição da lesão, mínima manipulação vasculonervosa, diminuto sangramento e retirada completa do cisto. Consideramos a incisão de Neumman como uma alternativa eficaz, segura, com algumas vantagens sobre as abordagens tradicionais, devendo ser lembrada no arsenal cirúrgico do otorrinolaringologista.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-152

TÍTULO: CISTO NASOPALATINO

AUTOR(ES): EUSTÁQUIO NUNES NEVES , LETÍCIA PAIVA FRANCO, RENATA ANTUNES DE CARVALHO, AMANDA CRISTINA FERREIRA, DANIEL PAINS NOGUEIRA, FERNANDO CASTRO DE PAULA

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINO BH

INTRODUÇÃO: O cisto do ducto nasopalatino é o cisto não odontogênico mais comum da cavidade oral, acometendo aproximadamente 1% da população. Este pode originar-se de remanescentes do ducto nasopalatino, estrutura embrionária que liga a cavidade nasal e oral na região do canal incisivo. Outros fatores etiológicos podem estar associados, tais como; trauma, infecção do ducto e retenção de muco das glândulas salivares menores adjacentes.

OBJETIVO: Apresentação de caso clínico no qual demonstramos adequada abordagem cirúrgica de tal patologia visto que a mesma apresentava proporções exageradas, havendo inclusive destruição óssea de grande parte do assoalho nasal.

METODOLOGIA: Avaliação clínica e de imagem associados à descrição cirúrgica e estudo anátomo patológico confirmando suspeição diagnóstica. .

RESULTADOS: Remoção de volumoso cisto nasopalatino na sua integralidade sem causar comunicação oro - nasal.

CONCLUSÃO: Frente a uma suspeita diagnóstica, o ideal seria proceder à remoção precoce do cisto nasopalatino, visto que o mesmo pode adquirir volume considerável, levando conseqüentemente à reabsorção óssea circunjascente e comprometimento quanto estabilidade dentária nos casos de pacientes dentados, ou mesmo dificuldade na readaptação protética total naqueles pacientes edêntulos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-153

TÍTULO: CISTO TIREOGLOSSO GIGANTE E DE LONGA DURAÇÃO MIMETIZANDO BÓCIO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): CARLOS HENRIQUE DE PAIVA CHAVES , ÉRICA SAMPAIO BARBOSA, DANILO NEGREIROS FREITAS, VICTOR GRANJEIRO DE MELO, DANIELLE GONÇALVES SEABRA PEIXOTO, RAQUEL DE ASSIS COELHO, RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES

INTRODUÇÃO: O Cisto Tireoglosso é a doença congênita cística do pescoço mais comum que ocorre por falha no fechamento do ducto tireoglosso e produção de muco pelas células da sua mucosa. A principal manifestação clínica é o aparecimento de nódulo cervical anterior localizada na linha média do pescoço, face anterior, região supra e infra-hióidea, móvel com a deglutição. Dificilmente atinge grandes proporções.

OBJETIVO: Relatar um caso de cisto tireoglosso gigante e de longa duração que mimetizou um bócio.

METODOLOGIA E RESULTADOS: PMBSS, sexo feminino, 58 anos, admitida com história de aumento do volume cervical progressivo há 15 anos. Negava dispnéia, disfagia ou sintomas compressivos. Ao exame evidenciava-se aumento cervical de grandes proporções sem linfonodomegalias palpáveis. Função tiroidiana estava sem alterações (TSH:2,01niU/ml; T4Livre:1,81ng/dl) e Tomografia Computadorizada de região cervical mostrou volumosa formação expansiva, predominantemente cística com septações de permeio deslocando hipofaringe e laringe a esquerda, assim como tireóide e estruturas vasculares medindo 16x13,5x14,2cm. A videolaringoscopia mostrou paralisia de prega vocal direita. Foi submetida a ressecção de massa com histopatológico evidenciando cisto de parede fibrosa destituído de revestimento epitelial com conteúdo necrótico(Cisto Tireoglosso), depósito de cristais de colestrerol e ausência de tecido tiroidiano. A paciente evoluiu satsifatoriamente e recebeu alta para acompanhamento ambulatorial

DISCUSSÃO: Em pacientes com mais de 40 anos de idade, as lesões malignas são mais comuns. Excluindo-se as massas tireoideas, como o bócio, que afeta cerca de 13% da população mundial, pode-se dizer que 80% dos tumores cervicais em pacientes acima dos 40 anos são de origem neoplásica e, desses, 80% são malignos. Estima-se que remanescentes do ducto tireoglosso persistam em 4 a 7% da população, distribuídos igualmente entre os sexos e predominantemente até os 15 anos de idade. O diagnóstico é feito até os 10 anos de idade em cerca de 30% dos casos, entre 10 e 20 anos, em 20%, entre 20 e 30 anos, em 15% e após 30 anos, em 35%. O diagnóstico diferencial deve ser feito com as seguintes entidades: tecido tireoidiano ectópico, hiperplasia ganglionar do triângulo submentoniano, cistos dermóides, lipomas, higromas, cistos tímicos, cisto branquial e, em grandes proporções, com o bócio tireoideano. A malignização do cisto tireoglosso é rara, sendo menor que 1%.. A técnica de Sistrunk é a melhor técnica, a qual sendo executada de maneira correta evita recidivas.

CONCLUSÃO: Este caso demonstra uma apresentação incomum de cisto do ducto tireoglosso de grandes proporções, mimetizando um bócio.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-154

TÍTULO: CISTO TIREOGLOSSO MALIGNIZADO ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): CAROLINA PIMENTA CARVALHO , SÂNZIO TUPINAMBÁ VALLE, ANA CAROLINA GONÇALVES RIBEIRO, JOÃO CARLOS KFURI ARAÚJO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SOCOR

A incidência de carcinoma de cisto tireoglosso é muito baixa e sua existência foi contestada por muito tempo. Os sintomas são idênticos ao cisto tireoglosso e o diagnóstico é histopatológico. O tratamento preconizado pela maioria dos autores é a cirurgia de Sistrünk, associada a tireoidectomia total.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-155

TÍTULO: CLOROMA EM SEIOS PARANASAIS - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RACHEL CATÃO DE LUCENA , FLÁVIA GONÇALVES DE OLIVEIRA MAESTRALI, TARCÍSIO AGUIAR LINHARES FILHO, OTÁVIO BÓRIO DODE, RENATO TADAO ISHIE, BERNARDO CAMPOS FARIA, RENATA LOPES MORI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA MARCELINA

INTRODUÇÃO: O cloroma, também chamado Sarcoma Granulocítico ou Sarcoma Mielóide, é um tumor extramedular raro proveniente da proliferação células precursoras mielóides. Ocorre, em geral, em concomitância com leucemia mielóide aguda ou outras desordens mieloproliferativas, mas também pode precedê-las. Incide em 2,5 a 9,1% dos pacientes com leucemia mielóide aguda. Apresenta-se mais frequentemente em crianças e adultos jovens, sem preferência de sexo. Os órgãos comumente acometidos são os ossos e o periósteo, provavelmente devido à proximidade anatômica com a medula óssea. O envolvimento da região de cabeça e pescoço é incomum e os locais mais acometidos palato mole, rinofaringe, órbita, glândulas salivares e face. O comprometimento da cavidade nasal e do maxilar é raro e está associado à destruição óssea. Os fatores de risco para o desenvolvimento do cloroma são má nutrição, baixa imunidade celular e leucocitose. As manifestações clínicas consistem em dor e efeito de massa local. Macroscopicamente, o cloroma é caracterizado por uma massa acinzentada, devido à presença da enzima mieloperoxidase nas células granulocíticas imaturas.

OBJETIVO: Relatar caso de cloroma em seios paranasais em paciente portadora de leucemia mielóide aguda.

METODOLOGIA: Revisão de prontuário.

RELATO DO CASO: Mulher de 21 anos, com diagnóstico de Leucemia Mielóide Aguda, submetida a transplante autólogo de medula óssea e quimioterapia. Foi encaminhada ao serviço de otorrinolaringologia, em janeiro de 2010, para avaliação de cefaléia frontal, dor em região malar esquerda, obstrução nasal, diplopia, ptose palpebral e paresia de terceiro par craniano à esquerda há 1 mês. Foi realizada nasofibroscopia, sendo identificada e biopsiada massa de aspecto irregular, ocupando fossa nasal esquerda, cujo imprint demonstrou infiltração leucêmica. A Tomografia Computadorizada de seios paranasais evidenciou lesão expansiva, infiltrativa, com comportamento osteolítico, com atenuação de partes moles e realce heterogêneo ao meio de contraste, envolvendo região selar, clivus, seio esfenoidal, etmoidal, cavidade nasal, canal orbitário esquerdo e parcialmente a nasofaringe. Atualmente mantém-se com paresia do terceiro par craniano e em tratamento radioterápico e quimioterápico visando o controle da doença.

CONCLUSÃO: O otorrinolaringologista tem um papel importante no diagnóstico e na condução do cloroma de cabeça e pescoço, principalmente de cavidade nasal. No paciente com leucemia, qualquer massa nasal deve ser suspeitada e biopsiada. Além disso, o paciente sem história de doença mieloproliferativa, com massa nasal histologicamente compatível com cloroma, deve ser acompanhado, já que este pode preceder o início da leucemia clínica. O cloroma é um tumor raro e está associado a um pior prognóstico. Um alto grau de suspeição e uma investigação sistemática são fundamentais para o início precoce da terapia específica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-156

TÍTULO: COLESTEATOMA CONGÊNITO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MARINA NEVES REBOUÇAS , PAULO HUMBERTO SIQUEIRA, EDSON JÚNIOR DE MELO FERNANDES,VALERIANA DE CASTRO GUIMARÃES,VICTOR LABRES

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS

INTRODUÇÃO: O colesteatoma congênito é uma doença rara, de etiologia controversa. Provavelmente de natureza embriológica originado por remanescentes epidérmicos atrás da membrana timpânica integra. OBJETIVO: Descrever um caso de colesteatoma congênito, atendida em um hospital público no Centro-Oeste do Brasil. Relato de caso: Paciente de 8 anos, sexo masculino, com queixa de otorréia purulenta, hiperemia e edema retroauricular à esquerda, sem outros sintomas aparentes. As etapas do atendimento foram descritas desde a consulta inicial, resultados de exames pré-operatórios até a recuperação da paciente. COMENTÁRIOS FINAIS: O colesteatoma deve ser lembrado no diagnóstico diferencial das doenças da orelha média, mastoidite e abscessos retroauriculares, uma vez que o diagnóstico precoce favorece o prognóstico. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-157

TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO , AGENOR ALVES DE SOUZA JÚNIOR, CAMILA ANDRADE DA ROCHA, LUIZ AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO, AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO, MIGUEL EDUARDO MACEDO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: HU UFJF

INTRODUÇÃO: O colesteatoma primário do conduto auditivo externo é uma doença rara, caracterizada por osteonecrose com formação de seqüestro e descamação de epitélio escamoso queratinizado e osso do conduto auditivo externo. A etiologia e fisiopatologia são desconhecidos mas estudos iniciais tem demonstrado uma migração anormal do epitélio na orelha externa. RELATO DE CASO: M.H.E.N, 12 anos, masculino, procurou assistência médica com queixa principal de otalgia e otorreia há 1 mês. . À otoscopia apresentava massa esbranquiçada, aderida em conduto auditivo externo à direita, sem alterações à esquerda. Tomografia computadorizada das mastóides multi-slice ( 64 canais ) sem injeção de contraste endovenoso  evidenciando no ouvido direito tecido com densidade de partes moles ocupando parcialmente a orelha externa à direita, junto a membrana timpânica adjacente, sem evidências de erosões ósseas associadas ou extensão à cavidade timpânica e ouvido esquerdo dentro dos parâmetros da normalidade. Foi submetido à desbridamento da lesão do conduto auditivo externo direito ambulatorialmente sob anestesia local e microscopia e enviado material para anatomia patológica com resultado compatível com colesteatoma de conduto auditivo externo devido à presença de escamas de queratina irregularmente arranjadas e pouco condensadas. Foram realizados curativos com ciprofloxacin tópico no conduto auditivo semanalmente durante 5 semanas. O paciente retornou ao serviço após 6 meses para revisão,  ao exame clinico não observou-se sinais de recidiva da patologia, apenas uma erosão óssea com epitelização completa no conduto auditivo externo.DISCUSSÃO:Colesteatoma do canal auditivo externo é uma doença rara, com uma incidência estimada em 1:1000 de todos os pacientes na pratica de otologia. Desde 1980, houve uma clara definição que possibilitou uma distinção entre as patologias relacionadas do canal auditivo, especialmente  por Keratosis obliterante (definida como obstrução bilateral por rolha de epitélio descamado, ocupando toda a circunferência  do mesmo causando distensão, irritação, dor e hipoacusia). O quadro cliníco dos pacientes com CCAE se caracteriza por uma dor crônica intensa com otorréia, que comumente é purulenta, a dor é causada pela invasão do tecido escamoso no canal ósseo subjacente ocorrendo uma periostite. Os pacientes geralmente não se queixam de perda auditiva.CONCLUSÃO: O otorrinolaringologista deve estar sempre atento para a possibilidade de CCAE nos processos de otorréia crônica. Apesar de raro, colesteatoma  de conduto auditivo externo deve ser suspeitado em casos de otorréia crônica refrataria a tratamento clínico, devendo o paciente ser submetido a exames de imagem e exame anátomo-patológico para elucidação diagnóstica e tratamento apropriado o mais precocemente possível no intuito de diminuir as sequelas auditivas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-158

TÍTULO: COLESTEATOMA GIGANTE INVADINDO CONDUTO AUDITIVO INTERNO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ANDRÉ LUIS DE ATAÍDE , YASSER JEBAHI, TATIANA MAUAD PATRUNI, DENIS MASSAMITSU ABE, RULLIAN DA ROCHA STREMEL TORRES

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA - PUC/PR

INTRODUÇÃO: Os colesteatomas são lesões semelhantes a cistos, expansivos, do osso temporal revestidas por epitélio escamoso estratificado que contêm queratina descamada. Eles comprometem mais frequentemente a orelha média e a mastóide. O envolvimento do CAI é raro e geralmente resulta em perda auditiva completa e diferentes graus de paralisia facial. A região do CAI é de difícil acesso pela cirurgia de mastóide por isso representa um verdadeiro desafio para os otoneurologistas. O presente trabalho teve como objetivo descrever um caso de colesteatoma com invasão do CAI, discutir a técnica cirúrgica utilizada e suas possíveis complicações.

RELATO DE CASO: R.R.M., 39 anos, feminina, procurou o serviço de Otorrinolaringologia devido presença secreção retroauricular com 3 anos de evolução e otorréia de início há 8 meses. Ao exame físico não apresentava sinais de paralisia facial. O exame audiométrico não pôde ser realizado devido impossibilidade de contribuição da paciente.  A tomografia de mastóide apresentava material com densidade de partes moles em epi, meso e hipotímpano, corrosão do esporão de Chaussé e do tegmen timpani , erosão da cadeia ossicular, extendendo-se até o ouvido interno com destruição parcial da cápsula ótica e erosão óssea ao redor da artéria carótida interna, mastóide ebúrnea com erosão da ponta e fistulização. Foi então submetida ao tratamento cirúrgico optando-se pelo acesso transótico devido à gravidade da doença. Iniciando com incisão retroauricular tradicional seguida de mastoidectomia ampla Prosseguimos com a petrosectomia subtotal (passo inicial do acesso transótico) esqueletizando a artéria carótida interna e do bulbo da veia jugular para que se pudesse exenterar toda a cavidade mastóidea desde o recesso supratubáreo, supralabiríntico até o recesso do nervo facial. Finalizada a petrosectomia subtotal, iniciamos com a labirintectomia com remoção de todos os canais e da cóclea, já parcialmente erodidos pelo colesteatoma, permitindo assim ampla exposição do canal auditivo interno, permanecendo íntegro o nervo facial. Preenchemos a cavidade com gordura abdominal e retalho pediculado do músculo temporal rodado para dentro.  Apresentou no pós-operatório imediato paralisia facial periférica grau 4 à esquerda e fístula liquórica, esta resolvida espontaneamente em 4 dias. Paciente recebeu alta hospitalar no quinto dia pós-operatório, apresentando melhora discreta da paralisia facial.  Após 5 meses de pós-operatório, aciente apresenta-se assintomática do ponto de vista ORL, sem sinais de recidiva da doença ou de paralisia facial periférica.

DISCUSSÃO: O acesso transótico é uma técnica que se utiliza da modalidade anterior incluindo a labirintectomia e remoção da cóclea expondo amplamente o CAI permitindo preservação do nervo facial. Outra vantagem deste acesso é a possibilidade de ocluir a cavidade em vários planos desde o CAE até a cavidade mastóidea diminuindo a possibilidade de fístula liquórica. A maior desvantagem é a anacusia, porém nestes casos a audição já se encontra bastante prejudicada. Vertigem também é comum, porém autolimitada.

CONCLUSÃO: Concluímos que o acesso transótico é uma técnica elaborada e que exige do cirurgião treinamento adequado. Para situações como a do caso relatado, em que a doença é extensa e atinge o CAI, esta técnica se faz necessária devido melhor exposição das estruturas e para que se evite com maior segurança a recidiva da doença.

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TRABALHO CLÍNICO

P-159

TÍTULO: COMPARAÇÃO DA FUNÇÃO GUSTATÓRIA DE PACIENTES COM OTITE MÉDIA CRÔNICA SIMPLES E SUPURATIVA

AUTOR(ES): PAULA RIBEIRO LOPES , FERNANDA LION MARTINS ADAMI, GUSTAVO FERNANDO TOGNINI RODRIGUES, MARCOS LUIZ ANTUNES, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: As alterações de paladar são freqüentemente encontradas no pós-operatório de cirurgias da orelha média. Isso é decorrente da localização do nervo corda do tímpano que o predispõe a injurias durante tais procedimentos. No entanto, pouco se sabe sobre suas condições na presença de processos inflamatórios e infecciosos da orelha média, assim como a severidade de possíveis alterações.

OBJETIVO: Essa pesquisa tem por objetivo avaliar as variações do paladar em pacientes com otite média crônica simples, supurativa e colesteatomatosa.

METODOLOGIA: Foram avaliados 20 pacientes em estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego que realizavam acompanhamento neste serviço, divididos em 2 grupos segundo a história clínica e avaliação tomográfica: otite média crônica simples (grupo 1) e supurativa (grupo 2). Todos os pacientes apresentavam doença em apenas uma das orelhas e foram submetidos ao teste das tiras gustativas em diferentes concentrações. Ao término foram analisados os resultados  entre os lados do próprio paciente, entre as concentrações de cada substância, assim como entre cada grupo.  

RESULTADOS: Os grupos avaliados eram homogêneos com relação a idade, sexo e antecedentes pessoais. O grupo 1 apresentou evolução da doença em 9,6 anos, sendo as orelhas acometidas igualmente, enquanto o grupo 2 ao redor de 30 anos com predominância da orelha esquerda. A comparação entre as orelhas sadias e acometidas pela doença do grupo 1 demonstrou diminuição do paladar para todos os sabores em todas as concentrações, porém com significância apenas para algumas concentrações do salgado. O grupo 2 também apresentou alterações em todos os gostos e todas as concentrações porém significantes para baixas concentrações de doce, amargo e azedo. Comparando-se o paladar das orelhas acometidas entre os grupos, o grupo 2 teve menor freqüência de acerto em todos os gostos e todas as concentrações, sendo significante a baixa concentração do amargo e as altas concentrações de azedo.

CONCLUSÃO: Tanto a otite média crônica simples quanto a supurativa determinam diminuição da capacidade de gustação do indivíduo, sendo que essa alteração parece ser mais severa com a gravidade da doença.

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TRABALHO CLÍNICO

P-160

TÍTULO: COMPARAÇÃO ENTRE AS CONDIÇÕES FUNCIONAIS DO NARIZ APÓS RINOPLASTIA COM OU SEM TURBINECTOMIA

AUTOR(ES): PAULA RIBEIRO LOPES , MARCO ANTÔNIO FERRAZ DE BARROS BAPTISTA, FERNANDA LION MARTINS ADAMI, JULIANA COLA DE CARVALHO, MARCELO CAMPILONGO, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: A rinoplastia é uma cirurgia que possibilita correções da anatomia nasal relacionada à estrutura óssea e cartilaginosa. No entanto, muitas vezes os pacientes que apresentam queixas funcionais associadas às estéticas não apresentam melhora significativa da obstrução nasal sem a associação da rinoplastia com outro procedimento cirúrgico nasal.

OBJETIVO: Essa pesquisa tem por objetivo avaliar se a turbinectomia associada à rinoplastia no mesmo tempo cirúrgico determina melhora significativa das queixas funcionais nasais.

METODOLOGIA: Foram avaliados de forma retrospectiva 38 pacientes que realizaram rinoplastia neste serviço e que apresentavam queixa de obstrução nasal. Destes 19 realizaram  rinoplastia e septoplastia e 19 realizaram rinoplastia e turbinectomia. Foram analisadas as queixas obstrutivas pré e pós-operatórias em cada grupo a partir de 8 questões elaboradas pela equipe com intenção de avaliar queixas obstrutivas e alérgicas.

RESULTADOS: Os grupos avaliados foram homogêneos em termos de idade, sexo e procedências, sendo que ambos apresentavam queixas obstrutivas significativa no pós-operatório. O grupo que realizou turbinectomia apresentou mais queixas alérgicas e queixas relacionadas à qualidade de sono quando comparado ao outro grupo, porém apenas as queixas noturnas provaram-se estatisticiamente significantes. Após a cirurgia, ambos os grupos apresentaram melhora da qualidade de sono e na queixa obstrutiva, porém apenas o grupo que realizou turbinectomia teve relevância estatística na melhora da obstrução nasal.

CONCLUSÃO: A turbinectomia quando bem indicada em associação com a rinoplastia pode determinar melhora significativa na obstrução nasal dos pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-161

TÍTULO: COMPARAÇÃO ENTRE O USO DE PANTOPRAZOL ISOLADO OU ASSOCIADO A DOMPERIDONA NO TRATAMENTO DE REFLUXO LARINGO-FARÍNGEO

AUTOR(ES): MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, RAÍSSA VARGAS FELICI, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, JANE MARIA PAULINO

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO: Refluxo Laringo-faríngeo (RLF) é uma variante da doença do Refluxo Gastro-esofágico que afeta laringe e faringe. Apesar de ser uma condição comum em Otorrinolaringologia, permanecem controvérsias em relação ao diagnóstico e eficácia dos tratamentos realizados.

MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliação e acompanhamento de 98 pacientes com queixas de RLF entre Novembro/2008 a Maio/2010. A avaliação inicial incluía anamnese, exames otorrinolaringológico e videolaringoscópico. Utilização das escalas Reflux Sympton Index (RSI) e Reflux Finding Score (RFS).

Os pacientes foram divididos em dois grupos de tratamento. Grupo I ? Orientações de medidas comportamentais e 80 mg/dia de Pantoprazol por 3 meses. Grupo II ? Igual ao grupo I associado a Domperidona 20 mg/dia. Reavaliação após 3 meses de tratamento.

RESULTADOS: Foram avaliados 98 pacientes com média de idade de 48,6 anos, sendo 57,9% do sexo feminino. Protocolo completo em 45 pacientes. Dentre as queixas principais, 72,9% dos pacientes referiam pigarro.IMC médio de 26,2. A distribuição dos pacientes conforme o grupo de tratamento foi: Grupo I: 25 pacientes e Grupo II: 20 pacientes. As variáveis idade, RSI, RFS e IMC da amostra pré-tratamento mostravam grupos homogêneos. Para analisar a validade dos tratamentos e avaliar se o uso do procinético associado ao IBP foi superior ao IBP isolado, os grupos foram comparados pela melhora dos índices RFS e RSI. Os valores foram encontrados pela diferença dos valores pré e pós tratamento nos dois grupos e avaliados pelo teste T de Student. No grupo I a média de RSI foi 7,96(DP± 6,00) e no grupo II foi 7,05(DP± 6,58) p=0,631. A média do RFS no grupo I foi de 2,46( DP± 2,26) e no grupo II foi 3,10( DP± 2,14) com p=0,338.

DISCUSSÃO: O tratamento para RLF envolve mudanças comportamentais associadas ao tratamento medicamentoso.Dentre os medicamentos utilizados estão os antagonistas dos receptores de H2 e os IBP.

A domperidona atua somente no tubo digestivo proximal causando aumento da pressão de esfíncter superior do esôfago e aceleração do esvaziamento gástrico. Pode ser associada a outros medicamentos para o RLF, pois 40 a 60% dos pacientes com refluxo podem apresentar retardo do esvaziamento gástrico.

A literatura recomenda os IBP para o tratamento do RLF. Existem poucos estudos sobre o uso de procinéticos. A maioria dos trabalhos orienta uso de procinéticos em pacientes com falha inicial ao tratamento com IBP. Nesse estudo avaliamos se a domperidona teria efeito adicional ao pantoprazol . Em nossa amostra não houve significância estatística entre o grupo de pacientes tratados com IBP e o grupo que utilizou IBP associado ao procinético.

CONCLUSÃO:Ambos os tratamentos são eficazes e melhoraram os índices RFS e RSI, porém a domperidona não mostrou benefício adicional ao pantoprazol isolado no tratamento do RLF.

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TRABALHO CLÍNICO

P-162

TÍTULO: COMPARAÇÃO PERI-OPERATÓRIA ENTRE PACIENTES EMBOLIZADOS E NÃO EMBOLIZADOS COM NASOANGIOFIBROMA JUVENIL.

AUTOR(ES): ADRIANO SANTANA FONSECA , ANA KARINA FERREIRA DE ASSIS, NILVANO ALVES DE ANDRADE, ERIKO SOARES DE AZEVEDO VINHAES, RENATO MARIANO NUNES, MARCELE BRANDÃO, TAIANE SANTANA FONSECA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA- HOSPITAL SANTA IZABEL

INTRODUÇÃO: O Nasoangiofibroma Juvenil (NAFJ) é um tumor vascular benigno, com comportamento invasivo e que acomete preferencialmente jovens do sexo masculino. O tratamento de escolha é cirúrgico, sendo a embolização uma estratégia que visa diminuir o sangramento e a necessidade de hemotransfusão no trans-operatório. Apesar de largamente utilizada, a embolização não é um procedimento livre de complicações e sua efetividade pode ser questionada.

OBJETIVO: O estudo tem como objetivo analisar a efetividade da embolização de acordo com suas indicações supracitadas, comparando grupos de pacientes operados com e sem embolização pré-operatoria

MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 32 prontuários de pacientes submetidos à cirurgia para ressecção de NAFJ entre os anos de 2000 e 2010. Foram analisados dados sobre complicações hemorrágicas e isquêmicas, recidiva tumoral e tempo de internação.

CONCLUSÃO: Foi observado maior número de complicações isquêmicas e necessidade de reposição de eritrócitos no grupo de pacientes embolizados. O número de dias de internação na UTI e o total de dias internados também foi maior neste grupo de pacientes, assim como as complicações associadas à necrose tecidual. Com relação às recidivas, observou-se que o grupo de embolizados mostrou evolução mais favorável.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-163

TÍTULO: COMPLICAÇÃO ORBITÁRIA SECUNDÁRIA À RINOSSINUSITE

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: A rinossinusite é uma doença potencialmente grave, podendo apresentar sérias complicações. Destas, as complicações orbitárias são as mais freqüentes, devido as peculiaridades anatômicas da região, podendo levar a morte. O quadro clínico varia desde sinais flogísticos periorbitários até proptose do globo ocular, oftalmoplegia e amaurose. Apesar das complicações se apresentarem em queda devido ao desenvolvimento de novos antibióticos, a alta morbidade e mortalidade das mesmas justifica a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

OBJETIVO: Apresentar um caso clínico de um abscesso orbitário secundário a rinossinusite aguda em um paciente do sexo feminino, adulto, além de fazer uma breve resião bibliográfica sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar uma caso de um paciente do sexo feminino, 65 anos, dona de casa, natural e moradora de Itaperuna/RJ, que procurou o serviço de emergência de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí (HSJA) em Itaperuna/RJ com um quadro clínico há cinco dias de dor, edema, calor e rubor em região orbitária esquerda associado à febre e cefaléia, além de acuidade visual levemente diminuída em olho esquerdo. Relatava história prévia de duas cirurgias de mucocele em seio frontal esquerdo, sendo a ultima há um ano e ausência de comorbidades à anamnese. A Tomografia Computadorizada (TC) de seios da face demostrou extensa infiltração de tecido celular subcutâneo com área hipodensa em região orbital esquerda, com realce periférico pelo meio de contraste, sugestivo de imagem de abscesso. Apresentava também, velamento de seio frontal esquerdo com material de partes moles.

RESULTADOS: O paciente permaneceu hospitalizado e foi submetido à cirurgia endoscópica nasal, com endoscópio rígido de zero grau, procedendo-se a drenagem de secreção purulenta de seio frontal e órbita. Associado ao procedimento cirúrgico, iniciou-se antibioticoterapia venosa (ceftriaxona), hidratação e lavagem nasal com soro fisiológico 0,9%. O paciente foi acompanhando regularmente através de endoscopia nasal, apresentando boa resposta ao tratamento proposto, com recuperação completa do quadro.

CONCLUSÃO: Apesar da diminuição da incidência de complicações das rinossinusites, ainda hoje tais complicações representam afecções graves. As complicações orbitais, se não diagnosticadas precocemente ou não tratadas de maneira adequada, podem comprometer a visão do paciente irreversivelmente. O diagnóstico precoce associado a terapêutica clínica adequada e indicação cirúrgica precisa, são condições essenciais para se prevenir a evolução fatal ou seqüelas irreversíveis nos pacientes que apresentam complicações orbitárias das rinossinusites.

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TRABALHO CLÍNICO

P-164

TÍTULO: COMPLICAÇÕES DE RINOSSINUSITES AGUDAS BACTERIANAS - SÉRIE DE CASOS E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

AUTOR(ES): FERNANDA DA SILVA SANTOS , RODRIGO NISHIHARA JORGE, LIDIO GRANATO

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

A rinossinusite aguda é muito prevalente e presente também no consultório do generalista. Atualmente, suas complicações são raras, porém cursam com alta morbi-mortalidade.

MATERIAIS E MÉTODOS

Análise de quatro casos e breve revisão de literatura.

RESULTADOS

Quatro casos de rinossinusite bacteriana aguda complicados, sendo duas complicações intracranianas e duas oculares, com pacientes entre 4 e 16 anos, tratados em nosso serviço.

DISCUSSÃO

As rinossinusites são importantes causas de infecção e com o uso dos antibióticos, sua taxa de complicações caiu. Existem várias classificações para as complicações. Dentre os casos por nós tratados, as taxas de morbi-mortalidade foram inferiores às relatadas na literatura, sendo optado pela combinação de tratamento clínico e cirúrgico. A nossa via de acesso preferencial foi a externa.

CONCLUSÃO

É fundamental o pronto diagnóstico e abordagem das complicações para evitar seqüelas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-165

TÍTULO: COMPLICAÇÕES E COMORBIDADES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SUBMETIDOS A PROCEDIMENTO CIRURGICO PARA OTITE MÉDIA CRÔNICA.

AUTOR(ES): RENATO VALENTIM BRASIL , WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, HENDERSON DE ALMEIDA CAVALCANTE, ANGÉLICA CRISTINA PEZZIN PALHETA, ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, MÁRJORIE SOUZA BANHOS CAREPA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA - UFPA

INTRODUÇÃO: Otite média crônica pode ser considerada como problema de saúde pública. Em países em desenvolvimento, a prevalência de infecções de ouvido médio alcança 72 casos por 1.000 habitantes, sendo a otite média crônica a principal causa de perda auditiva na infância. Complicações pós-cirúrgicas no tratamento destes pacientes podem ir desde infecção da ferida cirúrgica, perfurações timpânicas residuais até paralisia facial e complicações intracranianas.

OBJETIVO: Mostrar a taxa de complicações cirúrgicas em 25 crianças e adolescentes submetidos a procedimentos cirúrgicos para otite média crônica com idade de até 18 anos, bem como comparar tais resultados com a taxa de comorbidades encontrados nos mesmos.

METODOLOGIA: No presente estudo foram analisados os prontuários de 25 indivíduos com idade ate 18 anos submetidos à Mastoidectomia no serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza nos anos de 2006 a 2009.

RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 25 pacientes com idade ate 18 anos, sendo 16 (64%) do sexo masculino e nove (36%) do sexo feminino, sendo o sexo masculino o mais acometido por complicações pós-cirúrgicas e sendo a estenose da meatoplastia a complicação mais freqüente seguida pela formação de fistulas retro auricular.  

CONCLUSÃO: Os resultados obtidos neste estudo indicam uma prevalência maior de pacientes do sexo masculino que necessitaram de procedimento cirúrgico em orelha média, bem como uma maior taxa de complicações pós-operatórias nestes pacientes, sendo as complicações mais prevalentes a estenose da meatoplastia e as fistulas retro auriculares.

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TRABALHO CLÍNICO

P-166

TÍTULO: COMPLICAÇÕES EM BLEFAROPLASTIA: COMO EVITÁ-LAS E CORRIGÍ-LAS

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , CARLOS EDUARDO ARNEZ AREVALO, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, JOSÉ ANTÔNIO PATROCÍNIO,

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

A blefaroplastia é a cirurgia estética da face mais realizada no mundo. Suas complicações foram amplamente relatadas na literatura e, apesar de raras, devem ser evitadas ou corrigidas.

Este estudo avalia a prevalência de complicações de blefaroplastias realizadas em um serviço de otorrinolaringologia de um hospital universitário, enfatizando como evitá-las e/ou corrigí-las.

Foi realizado um estudo transversal com análise das blefaroplastias transcutâneas realizadas em um período de 2 anos (Janeiro 2007 ? Janeiro 2009), enfatizando a técnica utilizada nas mesmas, as complicações a curto e longo prazo e como evitá-las ou corrigi-las.

Foi demonstrada grande satisfação estética dos pacientes e um baixo índice de complicações, sendo que as blefaroplastias com emprego da ancoragem cantal lateral obtiveram os menores índices.

Pode-se concluir que a satisfação estética depende da aplicação dos cuidados pré e pós-operatórios e do emprego da técnica correta individualmente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-167

TÍTULO: COMPLICAÇÕES INTRACRANIANAS DA OTITE MEDIA CRÔNICA.

AUTOR(ES): PRISCILA LEMOS LEITE NOVAES , ROBERTA BAK, MARIANA MICHELIN LETTI, FELIPPE FELIX, SHIRO TOMITA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO - UFRJ

INTRODUÇÃO: As complicacões intracranianas da otite media são bastante temidas em nosso meio. No entanto, ainda é necessário que haja consenso quanto ao tratamento a ser utilizado, quando deve-se abordar tais pacientes cirurgicamente, e qual seu prognóstico. Por serem possivelmente fatais, é de suma importância que se saiba identificar estas complicações e tratar adequadamente tais pacientes.

OBJETIVO: Avaliar aspectos clínicos, tratamento e prognóstico das complicacões intracranianas da otite media crônica (OMC).

METODOLOGIA: Um estudo retrospectivo, com avaliação dos registros médicos de seis pacientes, que foram acompanhados em um hospital univesitário, entre 2006 e 2009. Foram analizados: Idade, gênero, tipo de complicação, qual o tratamento instituído, tempo de internação e seu prognóstico. Material de orelha media foi enviado para cultura e para avaliação histopatológica, bem como, todos os pacientes foram submetidos a exames de imagem e cirurgia com confirmação dos achados radiológicos.

RESULTADOS: Dos seis pacientes, quatro eram homens e duas, mulheres. Quatro pacientes tinham trombose séptica do seio sigmóide, dois apresentavam múltiplos abscessos intracranianos, e um, hidrocefalia. Todos eles foram submetidos a mastoidectomia associada a antibioticoterapia intravenosa, de largo espectro, por, no mínimo, seis semanas. Um caso foi tratado para tuberculose. Todos os abscessos intracranianos foram drenados imediatamente. No que diz respeito à etiologia, em um paciente, foi isolado Mycobacterium tuberculosis, em dois casos foi isolada Pseudomonas aeruginosa, uma cultura foi positiva para Proteus mirabilis, e em dois pacientes ela foi negativa. O material de orelha media enviado para exame histopatológico mostrou colesteatoma em quatro casos. Todos os pacientes tiveram boa resposta clínica.

CONCLUSÃO: Pudemos concluir que, a maioria dos pacientes tiveram trombose séptica de seio sigmóide. Todos foram submetidos à mastoidectomia realizada imediatamente, com drenagem de abscesso intracranianos no mesmo tempo cirúrgico. Em todos os casos foi instituída internação hospitalar e antibioticoterapia intravenosa de largo espectro por longo período. Na maioria dos casos, foi isolada P. aeruginosa e o colesteatoma estava presente. Apesar de poder ser fatal, estes pacientes tiveram boa resposta ao tratamento utilizado.

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TRABALHO CLÍNICO

P-168

TÍTULO: COMPLICAÇÕES PÓS UVULOPALATOFARINGOPLASTIA COM A TÉCNICA DE FAIRBANKS MODIFICADA

AUTOR(ES): HENRIQUE HIROSHI MIYAZAWA , RAQUEL TEIXEIRA AVERSANI BARBOSA, MARCO ANTÔNIO THOMAS CALIMAN, GUSTAVO NOGUEIRA MENDES DE ALMEIDA, DENILSON STORCK FOMIN

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

INTRODUÇÃO

Os Distúrbios Respiratórios do Sono têm alta prevalência na população mundial, tornando-se um problema de saúde pública, com repercussões clínicas, econômicas e sociais. A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), o ronco e a sonolência diurna constituem os principais sinais e sintomas que afetam esta população. A prevalência da SAOS é de 13% em homens e 4% em mulheres acima de 65 anos, enquanto que o ronco primário atinge 33% de homens e 19 % de mulheres. O tratamento as SAOS e do ronco pode ser clínico e/ou cirúrgico e está associado ao sítio de obstrução da via área superior. A região de orofaringe que inclui palato mole e úvula ainda é considerada como a obstrução mais comum, levando ao paciente ter ronco e apnéia. Várias técnica de uvulopalatofaringoplastia foram descritas deste que Ikematsu , em 1966,  inciou a uvulectomia como opção de  tratamento cirúrgico.  A Uvulopalatofaringoplastia descrita por  Fairbanks é uma das técnicas mais difundida, onde ocorre a ressecção das amígdalas e palato mole em bloco. A técnica que ultilizamos ,denominamos de Fairbanks modificada, que facilita o intra e pós operatório.  O objetivo deste trabalho foi avaliar as complicações do intra e pós operatório  da técnica de Fairbanks modificada. MATERIAL E MÉTODO: Foram selecionados 14 pacientes do Ambulatório de Ronco e Apnéia de um Hospital-Escola do Curso de Graduação e Residência Médica em Otorrinolaringologia . Os critérios de inclusão para este estudo foram: SAOS leve a moderada diagnosticada através do exame polissonográfico, Mallampati de I a II, classificação do grau amigdaliano de II a IV, IMC <  35, circunferência cervical < 35 cm , classificação de Fujita I e Freedman I e II. Todos os pacientes foram submetidos ao exame de nasofibroscopia flexível com manobra de Muller. Todos foram submetidos a uvulopalatofaringoplastia com a técnica de Fairbanks Modificada, que consiste inicialmente na retirada das amígdalas, incisões laterais do palato mole de 1 ,5 cm bilateralmente e redução parcial da úvula. Estes pacientes foram avaliados no intra-operatório quanto a facilidade de visualização e de realização da técnica, além de  protocolos pós  cirúrgicos de 7 e 30 dias do procedimento. Quanto ao 7º dia, foram avaliadas as possíveis complicações imediatas, como incompetência velofaríngea, deiscência de suturas, infecções, odinofagia e hemorragias. No 30º dia, foram avaliadas as complicações tardias, como boca seca, sensação de corpo estranho, secreções ou alimentos na rinofaringe, inabilidade de gargarejar, alterações do paladar, parestesia na língua, alterações na fala e/ou na voz, insuficiência velofaríngea e estenose nasofaríngea. RESULTADOS: Todos os pacientes que foram submetidos a esta técnica  não apresentaram nenhum fator de complicação intra-operatória e cursaram com sangramento mínimo, que facilitou a visualização e desenvolvimento da técnica adotada.Nos 14 pacientes submetidos ao procedimento, não ocorreram complicações imediatas. Quanto às alterações tardias, apenas 2 (14,3%) pacientes referiram mudança na voz, apresentado melhora espontânea após 2 meses do procedimento.

CONCLUSÃO: Conclui-se que a Uvulopalatofaringoplastia com a técnica de Fairbanks modificada para o tratamento de SAOS leve e moderada trata-se de uma técnica eficiente  intra-operatoriamente e com baixo índice de complicações imediatas e tardias.

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TRABALHO CLÍNICO

P-169

TÍTULO: COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM PACIENTES SUBMETIDOS Á SEPTOPLASTIA COM E SEM TAMPÃO

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DANIEL ZENI RISPOLI, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, STEPHANIE SAAB

INSTITUIÇÃO: HOPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: A septoplastia é um procedimento cirúrgico dirigido à correção dos desvios do septos nasais. Célebres otorrinolaringologistas têm desenvolvido técnicas cirúrgicas diversas, cada uma com suas vantagens e desvantagens, sendo indicadas de forma individual para cada tipo específico de desvio de septo. Na literatura mais freqüentemente encontramos: septohematomas, sinéquia, epistaxe, hematoma e a perfuração do septo.

Objetivos: Avaliar as complicações mais freqüentes após a realização de septoplastia.

METODOLOGIA: Clínico prospectivo randomizado comparativo entre pacientes com tampão nasal e sem tamponamento. Os autores observaram 152 pacientes, operados de septoplastia no Hospital da Cruz Vermelha de Curitiba. Foram avaliados quanto ao grau de satisfação nas primeiras 72 horas e após 7 dias; e as principais complicações em intervalos seriados de 72 horas e após 7 dias.

RESULTADOS: Nos pacientes que não usaram tampão nasal a hemorragia foi leve após 72 horas, sendo praticamente inexistente no pós-operatório imediato e após 7 dias. Septo-hematoma apareceu em 5.5% dos casos sendo em até 72 horas, principalmente naqueles em que a incisão para alívio não foi adequada. Dor foi maior no período imediato 5.5% sendo controlada com analgesia. Dificuldade respiratória, ficou em 8,3% sendo associada a presença de secreção nasal. Sinéquia constatou-se apenas em 2.7%, após 30 dias.

Nos pacientes que usaram tampão nasal a hemorragia ocorreu moderadamente, sendo mais intensa no pós ?operatório imediato e praticamente inexistente após 7 dias. Septo-hematoma apareceu em 2.5% dos casos, logo após a retirada do tampão nasal. Dor foi maior no período imediato 5.0%, sendo controlada com analgesia. Dificuldade respiratória ficou em 17.5% sendo associada à presença de secreção nasal, não foi considerado anterior a retirada do tampão nasal, pois seria de 100%. Sinéquia apareceu em 5% dos casos sendo medial e superior, após 30 dias.

CONCLUSÃO: Tamponamento nasal embora bastante difundido no meio cirúrgico, não propicia contentamento do paciente. Assim como a maioria dos cirurgiões já propõe realização de cirurgia com anestesia geral ou local, também deveria avaliar a técnica a ser empregada e informar ao paciente sobre a possibilidade de realizar a cirurgia com e sem tamponamento nasal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-170

TÍTULO: COMPORTAMENTO VOCAL E LARÍNGEO NA DISFONIA ESPASMÓDICA ADUTORA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LUIZ ALBERTO ALVES MOTA , CATARINA MATOS BRITO SANTOS, JAMILE MEIRA DE VASCONCELOS, BRUNO CALIFE MOTA, HENRIQUE DE SÁ CARNEIRO MOTA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

introduçao: A disfonia espasmódica adutora é uma desordem neurológica do processamento motor central, caracterizada por contrações involuntárias e inapropriadas da musculatura fonatória, produzindo uma voz tensa, forçada e estrangulada acompanhada de tremor. O diagnóstico é principalmente clínico e, mesmo para laringologistas experientes, pode ser difícil. A terapia fonoaudiológica é uma das opções de tratamento, que tem como objetivo a redução do esforço a fonação e a estabilidade fonatória. Visando tal finalidade, pode-se aplicar a Técnica da Emissão em Tempo Maximo de Fonação (TETMF), que propicia a melhora da coaptação glótica e o aumento da resistência à passagem do ar expiratório, auxiliando a melhora da estabilidade fonatória. OBJETIVO: Relatar o comportamento vocal e laríngeo na disfonia espasmódica de adução. METODOLOGIA: Participou desse estudo uma paciente com disfonia espasmódica de adução, do gênero feminino, com 66 anos, aposentada, cantora e regente erudita. É um estudo de caso do tipo descritivo, transversal e observacional. A mesma foi submetida à avaliação otorrinolaringológica através da videolaringoscopia, sendo em seguida encaminhada à fonoterapia, onde foram realizadas avaliações perceptivo-auditivas e acústicas pré e pós tratamento. A terapia teve como abordagem terapêutica a TETMF, que consistia na emissão da vogal /a/ de forma sustentada no tempo máximo de fonação, com variações de freqüência, em intensidade elevada. As sessões ocorreram de forma semanal, com duração de 40 minutos, por um período de 4 meses, totalizando 16 sessões. RESULTADOS: Na videolaringoscopia, constatou-se hiperemia e edema moderados em região glótica, nas aritenóides e em comissura posterior, fenda glótica ântero-posterior, tremor laríngeo mais evidente nas pregas vocais e tensão aumentada das pregas vocais. Na avaliação fonoaudiológica pré tratamento verificou-se qualidade vocal rouca, áspera, entrecortada e tensa-estrangulada, classificação da disfonia em G3I3R1B0A0S3 pela escala GIRBAS, loudness adequada, pitch grave, ressonância laringo-faríngea, ataque vocal brusco, traçado espectrográfico instável, com elevada ocorrência de quebras de sonoridade, intensidade vocal média (IVM) de 61,20dB, desvio padrão da intensidade vocal (DPIV) de 2,92dB, coeficiente de variação do desvio padrão da intensidade vocal (CVDPIV) de 4,77%, freqüência fundamental média (Fom) de 166,98Hz, desvio padrão da freqüência fundamental (DPFo) de 35,08%, coeficiente de variação do desvio padrão da freqüência fundamental (CVDPFo) de 21%, jitter de 6,17%, shimmer de 27,98%, tempo máximo de fonação (TMF) da vogal /e/ com 12,15 segundos e relação s/z de 1,29. Após a fonoterapia, obteve-se G2I2R1B0A0S2, pitch adequado, traçado espectrográfico mais estável, com menores ocorrências de quebras de sonoridade, IVM de 69,72dB, DPIV de 3,30dB, CVDPIV de 4,73%, Fom de 220,29Hz, DPFo de 15,60Hz, CVDPFo de 7,08%, jitter de 0,99%, shimmer de 12,11%, TMF da vogal /e/ com 15,79 segundos e relação s/z de 0,97. No exame videolaringológico pós tratamento, constatou-se hiperemia e edema discretos em região glótica, aritenóides e comissura posterior, fechamento glótico completo, além de tremor discreto da laringe. CONCLUSÃO: A terapia vocal sendo realizada através da TETMF utilizando-se a vogal /a/ em variações de freqüência e em forte intensidade mostrou-se eficaz neste caso, com melhora de todos os parâmetros vocais, acústicos e laríngeos.

Descritores: Voz, Disfonia, Fonoterapia 

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TESE

P-171

TÍTULO: CONCENTRAÇÃO DE ÁCIDO HIALURÔNICO EM PREGAS VOCAIS DE INDIVÍDUOS JOVENS E IDOSOS

AUTOR(ES): GUSTAVO POLACOW KORN , JOÃO ROBERTO MACIEL MARTINS, SUNG WOO PARK, ALINE MENDES, ELSA YOKO KOBAYASHI, HELENA BONCIANI NADER, NOEMI GRIGOLETTO DE BIASE

INSTITUIÇÃO: UNIVESIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Voz é o resultado da vibração das pregas vocais. A vibração normal depende da estrutura única das camadas das pregas vocais e da composição da matriz extra-celular da lâmina própria. O ácido hialurônico (AH) é um dos componentes mais proeminentes entre as proteínas intersticiais da matriz extracelular, que apresenta importantes funções biológicas e mecânicas nos tecidos.

OBJETIVO: Avaliar comparativamente a concentração de ácido hialurônico na cobertura, ligamento e músculo de prega vocal normal de homens e mulheres, jovens e idosos.

METODOLOGIA: Utilizou-se uma proteína de ligação ao ácido hialurônico (AH) obtida de cartilagem nasal bovina em um ensaio fluorimétrico. Placas de ELISA contendo a proteína de ligação adsorvida em sua superfície foram sequencialmente incubadas com: amostras de material da porção medial da cobertura, ligamento e músculo da prega vocal de 19 indivíduos jovens e 20 idosos, de ambos os sexos, proteína de ligação conjugada com biotina e estreptavidina ligada a európio. Após a liberação de európio em solução de enhancement, a fluorescência final foi mensurada com auxílio de um fluorímetro.

RESULTADOS: Comparação estatisticamente significante: (1) Maior concentração de AH na cobertura e no ligamento em relação ao músculo em toda a amostra; (2) Maior concentração de AH no ligamento em relação ao músculo nos jovens dos sexos masculino e feminino, considerando-se separadamente cada grupo. Dados sem significância estatística: (3) Maior concentração de AH no ligamento em relação às demais porções; (4) Maior quantidade de AH nas mulheres jovens na cobertura e menor no ligamento em comparação com homens jovens; (5) Queda nos valores de AH com o envelhecimento sendo mais pronunciada na cobertura no sexo feminino e em todas as porções no sexo masculino; (6) Diminuição dos valores de AH foi observada nos indivíduos idosos do sexo masculino, em todas as porções, mantendo a diferença entre os sexos na cobertura

CONCLUSÃO: Do estudo de concentração de ácido hialurônico em pregas vocais de jovens e idosos, podemos concluir que: há maior concentração de AH na cobertura e no ligamento em relação ao músculo em toda a amostra; é encontrada maior concentração de AH no ligamento em relação ao músculo nos jovens de ambos os sexos, considerando-se separadamente cada grupo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-172

TÍTULO: CONCHA INFERIOR BOLHOSA BILATERAL

AUTOR(ES): ANA CAROLINA DE SOUZA MOREIRA , GUSTAVO BACHEGA PINHEIRO, CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO, DANIELE LENZI PIMENTEL

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS E HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO: A obstrução nasal crônica é uma queixa freqüente nos consultórios de otorrinolaringologia. Dentre suas causas, podemos citar o desvio septal (mais freqüente) e a hipertrofia de corneto inferior.

O aumento de tamanho do corneto inferior está intimamente relacionado com a alteração do fluxo nasal de ar. A porção anterior do corneto inferior está próxima à valva nasal, que é a área mais estreita para a passagem de ar. Importante ressaltar que a hipertrofia do corneto inferior reduz ainda mais a área para a entrada de ar.

RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino com 24 anos de idade procurou o otorrinolaringologista com queixas de obstrução nasal bilateral e dores faciais intermitentes. No exame físico foi observada uma hipertrofia de cornetos inferiores e palidez da mucosa nasal. Na videoendoscopianasal foi detectada hipertrofia de cornetos inferiores, sem desvio septal obstrutivo.

Realizado tratamento clínico com anti-histamínico oral e corticóides intra nasais sem melhora do quadro.

Foi solicitada tomografia de seios da face para continuação da investigação que evidenciou cornetos inferiores bolhosos bilateralmente.

DISCUSSÃO: O termo pneumatização de conchas nasais ou concha bolhosa se refere à presença de ar dentro do corneto nasal. Tal achado foi descrito inicialmente por Zinreich em 1988.1,2,6.

Qualquer concha nasal pode ser bolhosa, mas a que mais apresenta esta alteração anatômica é a concha média seguida da concha superior. Já a pneumatização da concha inferior é uma rara alteração anatômica. Segundo Yang, em 2008 haviam sido relatados 44 casos de cornetos inferiores bolhosos, sendo apenas 10 casos (23%) bilaterais.

O local mais freqüente de pneumatização do corneto inferior é sua porção média. A forma mais comum de apresentação é a que ocorre comunicação com o seio maxilar.

O corneto inferior apresenta, durante sua formação embriológica, 2 centros de ossificação separados que aparecem entre o 5º e 7º meses de gestação. Algumas teorias foram aventadas para explicar a formação dessa alteração. A primeira sugere que durante o processo de ossificação ocorreria migração anômala do epitélio, que invaginaria entre as lamelas ósseas, formando uma cavidade com potencial para pneumatizar. Outra teoria seria a de uma pneumatização alterada do seio maxilar durante a embriogênese que se estenderia pelo corneto inferior.

CONCLUSÃO: A concha inferior bolhosa é uma rara alteração anatômica observada nos exames de tomografia computadorizada de seios da face.

Como sua descrição teve início após o uso sistemático de exames de imagem, são poucos os relatos e teorias para a sua formação.

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TRABALHO CLÍNICO

P-173

TÍTULO: CONDIÇÃO PRÉ E PÓS-OPERÁTORIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, GABRIEL GONÇALVES DIAS, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, EDUARDO VIEIRA COUTO, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: A Cirurgia endoscópica nasal, ou FESS (Functional Endoscopy Sinus Surgery), é utilizada para diagnóstico, biópsia, tratamento e acompanhamento de diversas doenças. Restabelece a função nasal preservando a mucosa, além de melhorar a depuração mucociliar. A taxa de sucesso varia entre 76 a 98%.

OBJETIVO: Este estudo objetiva avaliar quais os sintomas mais freqüentemente encontrados, assim como os desfechos pós-operatórios de pacientes submetidos a cirurgia endoscópica endonasal no nosso serviço.

MATERIAIS E MÉTODOS : Trata-se de  estudo retrospectivo transversal  com coleta de dados sobre cirurgias tipo FESS, realizadas no período de janeiro de 2009 a maio de 2010.

RESULTADOS: A sintomatologia pré-operatória mais freqüente foi obstrução nasal, (67,2%), seguida por coriza/rinorréia (29,5%), sintomas alérgicos nasais (18%), cefaléia (22,9%), hiposmia/anosmia (19,6%), dor facial(22,9%), gotejamento posterior (14,7%) e roncos (6,5%). Após a cirurgia, 49 (80,4%) pacientes estavam assintomáticos e apenas 19,6% (n=12), permaneceram com alguma queixa.

DISCUSSÃO: A indicação de cirurgia é fundamentalmente clínica e baseada em exames de imagem. Sua principal indicação é o tratamento de rinussinusite crônica (RSC) refratária à abordagem clínica.  Não se deve pedir o exame anatomo-patológico  de forma rotineira, pois a posivitidade para situações malignas é baixa. Os sintomas pré-operatórios mais frequentemente são congestão nasal, sensação de pressão facial, obstrução nasal, rinorréia e hiposmia, além de cefaléia, odontalgia, halitose, fadiga, tosse seca, febre e otalgia, sendo que após a cirurgia 49 (80,4%) pacientes ficaram livres de sintomas, enquanto 12 (19,6%) permaneceram com sintomas.

CONCLUSÃO: Cabe ao otorrinolaringologista, ao indicar a cirurgia, avaliar sintomatologia, não resposta ao tratamento clínico e presença de alteração funcional evidenciada pelo exame de imagem, além de alertar o paciente acerca da possibilidade de permanência de sintomas, principalmente no que diz respeito a  hiposmia, dor facial e obstrução nasal, pois esses são os sintomas pós-operatórios mais prevalentes.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-174

TÍTULO: CONDROSSARCOMA NASAL: RELATO DE DOIS CASOS.

AUTOR(ES): AMANDA CRISTINA FERREIRA , VINICUS ANTUNES FREITAS, JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA, ROBERTO MARCHETTI MESQUITA, FLÁVIO SIRIHAL WERKEMA, VALÉRIA DE PAULA BARTELS

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINO BH

INTRODUÇÃO: Os condrossarcomas são tumores malignos que se caracterizam por formação de cartilagem, sendo raro na região da cabeça e do pescoço, sendo extremamente incomum no septo nasal. Apresenta-se com sintomas inespecíficos, como obstrução nasal. A avaliação com imagens é imprescindível no pré-operatório, sendo ideal a realização de Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Nuclear Magnética (RNM). O melhor tratamento é a excisão cirúrgica com margens amplas, podendo ser complementado com radioterapia.

OBJETIVO: Relatar dois casos de lesão nasosseptal maligna rara, com altos índices de recidiva, cujo tratamento principal é o cirúrgico.

DISCUSSÃO: Os Condrossarcomas são tumores malignos cartilaginosos, correspondendo a cerca de 10-20% de todas as neoplasias malignas primárias dos ossos, sendo que destes, 10% se localizam na cabeça e no pescoço. A maior incidência craniofacial ocorre na quarta década de vida.

CONCLUSÃO: O Condrossarcoma septal é uma doença extremamente rara, com alto poder de destruição local e alto índice de recidivas, mesmo após ressecção ampla, devendo ser acompanhado por toda a vida.

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TRABALHO CLÍNICO

P-175

TÍTULO: CONDUTA ANTIMICROBIANA EM GESTANTES DE RISCO COM OTITE EXTERNA DIFUSA AGUDA

AUTOR(ES): BRUNO GOMES PADILHA , IGOR GOMES PADILHA, VIVIANA MARTINS PONTES LUCENA, KATIANNE WANDERLEY ROCHA, LUCIANO PADILHA ALVES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS ? UFAL/SANTA CASA DE MISERICORDIA DE MACEIÓ

INTRODUÇÃO: A Otite Externa Difusa Aguda (OEDA) é definida como uma inflamação do Conduto Auditivo Externo (CAE), com ou sem envolvimento do pavilhão até a membrana timpânica. È uma das infecções mais comuns tratadas por médicos. A conduta terapêutica em pessoas imunodeprimidas exige uma avaliação cautelosa quanto aos antibióticos a serem administrados. Em gestantes, o protocolo clínico envolve os riscos que o medicamento pode trazer para o feto.

OBJETIVO: Avaliar conduta antimicrobiana aplicada a duas gestantes de risco com OEDA no serviço de otorrinolaringologia da Santa Casa de Misericórdia de Maceió.

METODOLOGIA: Optou-se por relatar dois casos de gestante de risco com OEDA que procuraram o serviço no hospital, evidenciando quais antibióticos foram utilizados e suas possíveis indicações e contra-indicações nos casos relatados.

RESULTADOS: No caso 1 ? paciente de 28 anos, oitavo mês de gestação, portadora de diabetes gestacional. Apresentava quadro de otalgia intensa à esquerda e sensação de plenitude auricular há oito dias. Fez uso de Amoxicilina com Clavulanato, sem melhora do quadro. Procurou o serviço com piora do quadro e acometimento auricular direita. Na otoscopia: orelha direita com hiperemia e edema leve de CAE; orelha esquerda apresentando edema acentuado de CAE e secreção purulenta. Iniciou-se (primeiro dia) com Ceftriaxona, Gentamicina e Betametasona (tópico) e hidrocortisona, porém não houve melhora. No segundo dia, s e iniciou novo tratamento com Ciprofloxacino e Prednisolona (após autorização do obstetra da paciente). Terceiro dia, conduta mantida e solicitada cultura com antibiograma. No quarto dia, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) substituiu Ciprofloxacino por Cefepime. No quinto dia, conduta mantida. No sexto dia, mantida anterior e acrescentou Hidrocortisona. No sétimo dia, mantida conduta. Finalmente no oitavo dia a paciente recebeu alta, com uso de Cefuroxima.

No caso 2 ? paciente de 24 anos, primeiro mês de gestação, com tuberculose pulmonar em tratamento tríplice há três meses (não bacilifera). História de otalgia, hipoacusia e otorréia à esquerda há sete dias. Na otoscopia: edema intenso em CAE esquerdo. Inicou-se (primeiro dia) com Cefepime. Segundo e terceiro dia, mantida conduta. Quarto dia, alta, com prescrição de Cefuroxima e Ciprofloxacina com Hidrocortisona tópico.

CONCLUSÃO: A Ceftriaxona (risco B) é uma Cefalosporina de terceira geração (indicação correta), porém não apresentou melhora para a paciente. A utilização de Ciprofloxacino é indicado em casos em quadro de otite complicada, não responsiva a tratamento tópico. Este encontra-se na categoria C de risco. Todavia, por se tratar de uma gestante, não se recomenda utilização habitualmente, apesar de não haver estudos comprovando a teratogenicidade em humanos. Os infectologistas contra-indicam seu uso durante a gestação. O Cefepime é uma Cefalosporina de quarta geração, apresenta risco B para gestações, pois mostrou evidencia de dano fetal em estudos com animais, porém pelo fato de os estudos de reprodução em animais não serem sempre preditivos da resposta humana, esta droga deverá ser usada durante a gravidez somente se claramente necessário. O que foi observado no caso. Obteve-se resposta terapêutica satisfatória e avaliando os riscos e benefícios, como também as complicações do caso, observa-se que otite externa em gestantes trata-se de um assunto delicado, devido toda avaliação de riscos para o feto como também para a paciente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-176

TÍTULO: CONTRIBUIÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA MULTISLICE PARA AVALIAÇÃO DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS CAVIDADES PARANASAIS

AUTOR(ES): IGOR GOMES PADILHA , BRUNO GOMES PADILHA, FABIANA MAIA NOBRE ROCHA ARRAES, CHRISTIANA MAIA NOBRE ROCHA DE MIRANDA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA- UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INTRODUÇÃO: A tomografia computadorizada Multislice (TCMS) é, atualmente, a modalidade de escolha entre os métodos de imagem para a avaliação dos seios paranasais e das estruturas adjacentes. Sua capacidade em demonstrar e diferenciar as estruturas ósseas, os tecidos moles e o ar permite uma avaliação minuciosa da anatomia das cavidades paranasais e de suas variações anatômicas. Algumas destas variações anatômicas podem predispor a sinusopatias, portanto o reconhecimento das mesmas é de suma importância no pré-operatório de cirurgia endoscópica.

OBJETIVO: O presente estudo visa demonstrar, por meio de tomografia computadorizada multislice, os aspectos de diversas variações anatômicas nas cavidades paranasais.

METODOLOGIA: Foi realizada revisão da literatura e análise retrospectiva de casos com variações anatômicas nas cavidades paranasais constatadas por meio de tomografia computadorizada multislice realizadas em aparelho Siemens, de quarenta canais. Serão demonstradas as características por imagem, por meio de reconstruções multiplanares.

RESULTADOS: Foram demonstradas diversas variações anatômicas, como os vários tipos de desvio de septo nasal, esporão de septo nasal, aspecto paradoxal dos cornetos nasais médios, células etmoidais infraorbitárias (células de Haller), células de Onodi, pneumatização das conchas nasais, pneumatização dos processos uncinados, pneumatização das clinóides anteriores, septações nos seios maxilares,óstios acessórios, dentre outras.

CONCLUSÃO: No presente trabalho é demonstrado como a tomografia computadorizada multislice tem contribuído para o diagnóstico mais acurado e melhor avaliação de variações anatômicas nas cavidades paranasais, permitindo identificá-las de forma precisa, com elevados detalhes anatômicos, além de estabelecer a relação das mesmas com outras estruturas. Após a apreciação do ensaio pictórico e da leitura dos comentários, espera-se que estudantes de medicina, médicos otorrinolaringologistas, radiologistas e de outras especialidades, revisem e enriqueçam seus conhecimentos sobre o assunto.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-177

TÍTULO: CORDOMA CERVICAL

AUTOR(ES): VANESSA RIBEIRO ORLANDO , FLÁVIO SIRIHAL WERKEMA, NICODEMOS JOSÉ ALVES DE SOUSA, FERNANDA FILGUEIRAS MACIEL, TIAGO FRAGA VIEIRA, HENRIQUE QUEIROZ CORREA GARCHET, ANTÔNIO LEONARDO PINTO COELHO

INSTITUIÇÃO: CLINICA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE

INTRODUÇÃO: Cordoma é rara neoplasia óssea, localmente agressiva e originada da notocorda. Localiza-se, em 70% dos casos, na região lombo-sacra e 25%, na extremidade cefálica. Apresenta crescimento lento, tendência a invasão local e recorrência. A dor e alterações sensoriais são os sintomas mais comuns, causados por destruição óssea e compressão neural. O diagnóstico é histopatológico e caracteriza-se pelas ?physaliphoras?, células grandes, com citoplasma claro e multivacuolado.  O tratamento de escolha é cirúrgico com ressecção em bloco do tumor, uma vez que a ressecção parcial apresenta alto índice de recidiva. A neoplasia não responde a quimioterapia e, estudos têm demonstrado que a radioterapia apenas retarda a evolução.

OBJETIVO: Relatar caso clínico de cordoma cervical.

RELATO DE CASO: J. M. F., 44 anos, masculino, admitido em 23/04/2010, com dor intensa e tumefação cervical. Relata crescimento progressivo da lesão iniciado há dez anos, mais acelerado no último.  Submetido, em outra instituição, a duas ressecções parciais do tumor, primeiro em 2002 associado à radioterapia pós operatória e em 2009. Apresentou laudo  anatomopatológico de 2009 compatível com cordoma.  

Ao exame físico, nota-se tumefação cervical e supra-clavicular, localizada a direita com extensão para parede torácica e ombro ipsilaterais. Medindo, aproximadamente 20 cm de diâmetro, com consistência endurecida e aderida a planos profundos. Apresentava ainda lesão cervical a esquerda com, cerca de 7 cm de diâmetro, anterior ao esternocleidomastoideo, endurecida, mas móvel.

Ressonância Magnética (07/05/2010): lesão expansiva cérvico-torácica, invadindo musculatura paravertebral e trapézio, neuroforames C4-C5, C7-D1 e D1-D2, neste último acometendo canal vertebral. Notada ainda compressão contralateral da traquéia e invasão de artéria carótida, veia jugular e cúpula pulmonar a direita.

Devido à extensão da lesão e envolvimento de estruturas nobres, optou-se pela conduta expectante.

CONCLUSÃO: cordoma cervical é uma lesão rara. A dor é uma sintomatologia comum, originada da compressão neural e destruição óssea. Diante da suspeita cllinica,  deve-se proceder biópsia, pois o diagnóstico é histopatológico. O tratamento cirúrgico agressivo é o que representa melhores resultados. Entretanto, na localização cervical, abordagem cirúrgica representa um desafio, devido a presença de importantes e delicadas estruturas anatômicas. No referido caso, paciente apresentava lesão avançada, envolvendo estruturas nobres, o que impossibilitava ressecção completa da mesma, motivo pelo qual optou-se por conduta expectante.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-178

TÍTULO: CORPO ESTRANHO (PRÓTESE DENTÁRIA METÁLICA) EM REGIÃO DE HIPOFARINGE

AUTOR(ES): RAÍSSA VARGAS FELICI , JANE MARIA PAULINO, RALPH SILVEIRA DIBBERN, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCELA ESTRELA TAVARES

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA.

OBJETIVO

Relatar o caso de ingestão de prótese dentária metálica e a importância de uma avaliação precoce por otorrinolaringologista de forma a diminuir complicações.

MÉTODOS

A.P.G., sexo masculino, 36 anos, etilista, foi admitido no pronto atendimento da Santa Casa de Limeira com história de ingestão de prótese dentária metálica, após libação alcoólica excessiva, apresentando quadro de odinofagia e sialorréia. Foi solicitada, após 12 horas de evolução dos sintomas, a avaliação da equipe de otorrinolaringologia. Exame Físico: Corado, hidratado, afebril e eupnéico. Oroscopia: visível pequena porção de prótese metálica em hipofaringe. Rinoscopia e Otoscopia sem alterações. Raios-X cervical perfil evidenciado corpo estranho. Realizado Endoscopia Digestiva Alta que confirmou presença de corpo estranho em região de hipofaringe aderido a planos profundos, impossibilitando sua retirada.

RESULTADOS

O paciente foi levado a centro cirúrgico, onde foi submetido à intubação orotraqueal. Foi realizada laringoscopia de suspensão, onde foi visibilizado prótese dentária em hipofaringe, sobre as aritenóides e pregas vocais. Foi tentada sua mobilização com pinça Hartmann, com dificuldade de retirada devido à adesão a planos profundos de mucosa e musculatura faríngea. Foi utilizado alicate cirúrgico para tentar cortar o metal sem sucesso, e após tentativas de retirada com laringoscópio de suspensão conseguimos mobilizar o corpo estranho e a retirada foi possível, com laceração em parede faríngea, úvula e pilar amigdaliano esquerdo. Foi acompanhando ambulatorialmente por 1 mês, evolui com melhora total do quadro.

CONCLUSÕES

Com esse relato de caso, concluímos a necessidade de uma avaliação adequada da faringe, laringe e aparelho digestivo por profissional especializado e sempre que necessária a solicitação de exames complementares, para o diagnóstico correto do caso. Dessa forma, evita-se a chance de um desfecho desfavorável.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-179

TÍTULO: CORPO ESTRANHO DE LARINGE COM APRESENTAÇÃO INCOMUM

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: Corpos estranhos em laringe são raros e mais freqüentes na população pediátrica, podendo desenvolver graves complicações devido a possibilidade de obstrução total da via respiratória.

OBJETIVO: Apresentar um caso de corpo estranho em laringe de apresentação clínica incomum, com resolução do quadro após remoção, sob indução anestésica, de um paciente adolescente, do sexo masculino, além de fazer uma breve revisão na literatura sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente do sexo masculino, 14 anos, negro, que procurou o serviço de emergência de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí (HSJA) em Itaperuna/RJ com história de sensação de corpo estranho (CE) na garganta há 4hs, associado à discreta odinofagia após alimentação, negando ingestão de alimento ponteagudo ou sólido. O exame laringoscópico indireto foi inconclusivo. O paciente foi então submetido à videolaringoscopia direta, confirmando-se a hipótese de corpo estranho de laringe. Identificou-se a imagem de um CE ponteagudo, transparente, de aproximadamente 2cm de comprimento e 0,4cm de largura, na porção superior direita da face laríngea da epiglote, de difícil visualização.

RESULTADOS: No caso clínico relatado, a localização do corpo estranho gerava uma alto risco de delocamento por um tubo orotraqueal. Dessa forma, o paciente foi submetido à indução anestésica com Propofol e ventilação mecânica sob máscara. Com o auxílio do laringoscópio de suspensão, o corpo estranho foi removido, sem intercorrências, através da videolaringoscopia direta. O corpo estranho removido tratava-se de um material de acrílico.

CONCLUSÃO: Corpos estranhos de laringe são raros e podem gerar graves complicações. O especialista deve estar atento para a sintomatologia do paciente, procedendo exame otorrinolaringológico minucioso, com a laringoscopia indireta e direta. Confirmando a hipótese diagnóstica, deve-se remover o CE sob anestesia geral ou apenas com indução anestésica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-180

TÍTULO: CORPO ESTRANHO EM MASTÓIDE

AUTOR(ES): ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA , MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, ÉDER AUGUSTO MAGAALHÃES NASCIMENTO, LORENA GONÇALVES RODRIGUES, JOYCE DE OLIVEIRA LIMA, WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, PAULO MARCOS FONTELLES DE LIMA ARAÚJO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA ? UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: Casos de corpos estranhos em otorrinolaringologia são frequentemente encontrados na prática clínica, especialmente em pacientes pediátricos, podendo representar casos de urgência e emergência em algumas situações. A mastóide é um sítio incomum de se observar corpos estranhos.

OBJETIVO: Descrever um caso clínico de corpo estranho em mastóide esquerda, após agressão por arma branca.

METODOLOGIA: Realizado estudo descritivo de um caso clínico em que se detectou presença de corpo estranho em mastóide esquerda.

RESULTADOS: C.P.C.F, 20 anos de idade, gênero masculino, natural e procedente de Belém, Pará, foi vítima de ferimento por arma branca em região retroauricular esquerda, após reagir a tentativa de assalto, em 10.01.10. Na ocasião, em serviço de urgência foi realizada apenas a sutura do ferimento corto-constuso. O paciente recebeu alta após o atendimento; entretanto, evoluiu com cefaléia e dor à palpação da região afetada nos dias subseqüentes. Após realização de tomografia computadorizada de crânio (exame de escolha em casos de trauma), dez dias após o acidente (20.01.10), observou-se presença de artefato metálico em projeção de mastóide esquerda, associada a velamento de suas células, quando então procurou atendimento especializado, tendo sido atendido no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza.

Em nosso serviço, o paciente referiu como queixa apenas dor em região retroauricular à palpação, que o impossibilitava o decúbito lateral esquerdo. Negava queixas auditivas, zumbido, otorréia, vertigem ou tontura. Ao exame otorrinolaringológico, não se observou alterações, apenas cicatriz e dor à palpação em região retroauricular esquerda. Exame audiométrico dentro dos padrões da normalidade. Paciente foi submetido à mastoidectomia simples, sendo identificado e removido artefato metálico de 4 cm em seu maior diâmetro (ponta da faca) em região póstero-superior do osso temporal, a cerca de 5mm do seio sigmóide. A cavidade foi lavada rigorosamente e realizado antibioticoterapia pós-operatória com Cefalotina 4g/dia. O paciente recebeu alta hospitalar em bom estado geral. Continua em seguimento clínico em nosso Serviço, sem intercorrências até o último retorno.

CONCLUSÃO: Casos de violência são crescentes em nossa sociedade.  Os traumas por armas brancas na região do osso temporal devem sempre ser criteriosamente avaliados através de tomografia computadorizada de ossos temporais, a fim de evidenciar a presença e a localização de corpos estranhos e sua relação com o seio sigmóide ou outras estruturas nobres da região, visando evitar complicações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-181

TÍTULO: CORPO ESTRANHO EM NASOFARINGE: UM ACHADO CIRÚRGICO.

AUTOR(ES): MÁRJORIE SOUZA BANHOS CAREPA , GISELE VIEIRA HENNEMANN KOURY, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, RENATO VALENTIM BRASIL, ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA, ÉRIKA LUIZ BADARANE, FRANCISCO XAVIER PALHETA NETO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: As vias aéreo-digestivas são localizações freqüentes de corpos estranhos, sobretudo na faixa etária pediátrica. Os sítios mais freqüentes são as fossas nasais, amígdalas, esfíncter esofágico superior e árvore traqueobrônquica. No entanto, a presença de corpos estranhos em topografia de nasofaringe é uma entidade rara, havendo poucas citações na literatura. Embora incomum, um corpo estranho supostamente deglutido ou aspirado, pode ser projetado, impactar e fixar-se na nasofaringe, mantendo-se clinicamente silencioso. Nos casos sintomáticos, o paciente apresenta obstrução nasal, rinorréia purulenta unilateral ou bilateral, tosse persistente, epistaxe e rinossinusite crônica. Quando inalados, podem se alojar em brônquios, causando pneumonias, atelectasias e bronquiectasias, principal complicação nos diagnósticos tardios. Ao exame físico, um objeto com dimensões suficientes pode abaular o palato mole e ter sua presença sugerida à orofaringoscopia. A radiografia de tórax e de cavum são importantes na avaliação radiológica de corpos estranhos radiopacos. A rinoscopia posterior transoral com espelho de García, a endoscopia nasal rígida com telescópio tipo Hopkins com angulação de 0º ou 30º ou mesmo a nasofibroscopia flexível seriam de inestimável valor no diagnóstico de alguns corpos estranhos na rinofaringe, mas não se encontram disponíveis em muitos serviços.

OBJETIVO: Relatar um caso de corpo estranho em nasofaringe, diagnosticado no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, no ano de 2010.

RELATO DE CASO: Paciente V.B.S.D.,11 anos, com atraso de desenvolvimento neuro-psíquico por seqüela de hipóxia neonatal, compareceu a atendimento medico otorrinolaringológico apresentando quadro clínico de respiração oral e amigdalites de repetição. Ao exame físico: amígdalas II /III bilateral e drenagem de secreção purulenta de rinofaringe. A fibronasolaringoscopia evidenciou tecido linfóide obstruindo 80% do cavum e competência velofaríngea. Foi indicada adenoamigdalectomia e no intraoperatório, constatou-se presença de corpo estranho de consistência endurecida à palpação do cavum, Realizou-se adenoidectomia com visualização de elemento dentário. O paciente evoluiu com melhora do quadro clínico.    

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Corpo estranho em nasofaringe é ocorrência rara, mais comum em crianças, podendo ser assintomático. Na suspeita deste, deve-se realizar investigação endoscópica e radiológica, pois podem ser deglutidos ou aspirados, associando-se a elevado índice de morbidade.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-182

TÍTULO: CORPO ESTRANHO IATROGÊNICO DE LONGA PERMANÊNCIA EM SEIO MAXILAR

AUTOR(ES): MATEUS CLAUDINO CANNARELLA , GRAZZIA GUGLIELMINO CRUZ, MARCOS NAGI ZAHR, CAROLINE MARIA DINATO ASSUNÇÃO, BERNARDO TEIXEIRA FUSARO, BRUNO FERNANDO COSTA DA SILVA, BRUNO MASSANORI AOKI

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: Os corpos estranhos (CE) iatrogênicos relatados na literatura ou na mídia estão localizados com maior freqüência na cavidade abdominal. É rara a ocorrência de CE nos seios paranasais, onde o mais acometido é o maxilar (75%) e em seguida o frontal (18%). Podem ocorrer de forma acidental, ou através de iatrogenias geradas em procedimentos dentários, oftalmológicos e otorrinolaringológicos.

Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 71 anos, com queixa de obstrução e secreção nasal amarelada e fétida de longa data, principalmente à esquerda, referindo história de polipectomia nasal em 1987. Mediante a historia clínica, exame físico e complementar, foram levantadas hipóteses diagnósticas de polipose nasal, mucocele, sinusite fúngica e massa tumoral a esclarecer.

Optamos por exploração cirúrgica pela via de Caldwell-Luc associada à cirurgia endoscópica nasal. Ao completar o acesso ao seio maxilar esquerdo foi encontrada e retirada uma gaze coberta por secreção amarelada e fétida.

DISCUSSÃO: A presença de um corpo estranho iatrogênico sinusal é algo raro na esfera otorrinolaringológica e sua longa permanência pode gerar sinusite resistente a tratamento clínico, a formação de granulomas ou pólipos reacionais, e em alguns casos rinossinute crônica fúngica. Principalmente quando não possuem identidade radiológica podem ser confundidos com tumores nasais e sinusais, mucocele, bola fúngica e imunodebilidades.

CONCLUSÃO: Quando a anamnese e os exames clínico e complementar não sugerem a presença de CE nos seios paranasais, a suspeita ou o diagnóstico tornam-se difíceis. Por essa razão deve-se acompanhar mais de perto os casos onde houver insucesso num primeiro momento cirúrgico, obedecer os preceitos da técnica operatória e considerar o uso de materiais cirúrgicos com marcadores radiopacos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-183

TÍTULO: CORPO ESTRANHO INCOMUM DE LARINGE

AUTOR(ES): ALONÇO DA CUNHA VIANA JUNIOR , CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA, WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA, DÉBORAH ABRAHÃO, KARLOS KEMPS LIMA DA SILVA, JULIANO NUNES PEREIRA, DANIELA LEITÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

INTRODUÇÃO: Corpos estranhos (CE) de laringe produzem usualmente quadros alarmantes e dramáticos. Sua ocorrência é incomum, sendo a prevalência estimada entre 2 a 11% dos corpos estranhos de via respiratória. São mais freqüentes em crianças de 6 meses a 4 anos. Podem-se apresentar com quadro de asfixia, tosse, estridor e rouquidão, podendo ou não haver aspiração. O efeito irritante do CE pode causar espasmo laríngeo com grande risco de vida. O diagnóstico diferencial inclui epiglotite aguda, laringotraqueobronquite, asma, infecção viral e papilomatose laríngea.

OBJETIVO: Relato de um caso incomum de CE de laringe

RELATO DO CASO: V.S.V., sexo feminino, 67 anos, procurou a Clínica de Otorrinolaringologia do Hospital Naval Marcílio Dias com queixa de tosse persistente há cerca de seis meses, em acompanhamento com a pneumologia, evoluindo com piora e um episódio de broncoespasmo que melhorou com após tratamento clínico (antibiótico, antinflamatório e broncodilatador). Referia hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva (ICC) tendo sido submetida a revascularização cardíaca há cerca de doze anos e em tratamento clínico. Exame físico sem alterações significativas. À videolaringoscopia não se observou alterações. À fibronasolaringoscopia evidenciou uma imagem brilhante refletindo a luz, rompendo a integridade da mucosa na região supraglótica, na face posterior da epiglote. Na radiografia de tórax pode ser visto fios de aço da fixação do esterno da cirurgia prévia, porém estando ausente o da porção mais superior. Foi submetida à laringoscopia direta para elucidação diagnóstica, sendo confirmada a hipótese diagnóstica de CE verificando que se tratava de um fio de aço. No mesmo ato, foi realizada remoção do mesmo. O paciente evoluiu bem e com remissão dos sintomas.

DISCUSSÃO: Existe uma grande variedade de corpos estranhos de laringe relatada na literatura, como espinha de peixe, madeira, casca de ovo, inseto, alfinete aberto, porca, sapato de boneca.

A demora no diagnóstico pode favorecer o desenvolvimento de complicação e levar a um falso diagnóstico. Neste caso, não havia sintomatologia clássica de C.E.. O diagnóstico é facilitado quando existe aspiração e obstrução das vias aéreas superiores. A melhora apresentada não foi significativa, uma vez que as medicações utilizadas podem temporariamente melhorar os sintomas clínicos. O diagnóstico só foi realizado após 6 meses, sendo o tempo mais longo encontrado na literatura de 4 meses, o que chama atenção pois os CE de laringe raramente são negligenciados pela dramaticidade dos sintomas. Na maioria dos casos, há risco de vida iminente, pois pode determinar espasmo, como no quadro apresentado, e causar obstrução respiratória complexa.

CONCLUSÃO: Deve-se prestar atenção para o diagnóstico de CE de laringe, na presença de tosse persistente, em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, onde se fica orientado a pensar no diagnóstico de ICC.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-184

TÍTULO: CORPO ESTRANHO NO ESÔFAGO POR TEMPO PROLONGADO CAUSANDO OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIOR

AUTOR(ES): MARIANA MIGUEL FRAGA , RENYEL BRUNO RODRIGUES PRUDÊNCIO, OSMAR FERREIRA GOMES JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

INTRODUÇÃO:Corpo estranho (CE) no esôfago é uma ocorrência comum sendo freqüente em serviços de urgência e emergência e apresentam grande potencial de complicações severas. A ingestão de CE é mais habitual em pacientes pediátricos, seguido dos edentados, prisioneiros, e psiquiátricos. A maioria atravessa o trato gastrointestinal sem causar danos, entretanto, 10-20% necessitam intervenção. O prognóstico de CE no esôfago sem tratamento é catastrófico com elevada taxa de complicações. De todos os fatores, o uso da prótese é o mais comumente associado à ingestão de CE em adultos.

DESCRIÇÃO DO CASO:Idoso, com hemiparesia à esquerda como seqüela de acidente vascular cerebral (AVC), admitido no pronto atendimento com esforço respiratório, estridor laríngeo, e quadro consumptivo importante. Apresentava-se afebril e hemodinamicamente estável com diminuição do murmúrio vesicular em hemi-tórax direito e sibilos bilaterais. Residente em asilo e acamado encontrava-se desorientado no tempo e espaço impossibilitando adequada anamnese. Após admissão, evoluiu com piora do esforço respiratório sendo solicitada avaliação da otorrinolaringologia. Laringoscopia revelava tumoração vegetante em região de hipofaringe, pregas vocais não visualizadas. Examinador levantou hipótese de neoplasia em região retrocricóide ou em esôfago superior e sugeriu realização de tomografia computadorizada (TC) cervico-torácica, biópsia e traqueostomia. A TC revelou imagem tubular hiperdensa, com pequenas bolhas de ar de permeio, com trajeto e forma de semicírculo, em região cervical, apresentando extremidade proximal situada ao nível do esfíncter superior do esôfago. Realizado laringoscopia direta, sob sedação, visualizado e removido CE: prótese dentária inferior, total, de acrílico com medidas aproximadas de 8,0cm x 4,5cm. A administração de azul de metileno revelou fístula traqueoesofágica, optando-se por tratamento conservador. Esofagobroncograma cinco dias após remoção do CE não evidenciou a presença de fístulas. Paciente evoluiu com piora do quadro respiratório, sepse, síndrome da angustia respiratória do adulto e instabilidade hemodinâmica vindo a óbito.

DISCUSSÃO:Em idosos o CE mais comum no esôfago são as próteses, em função da diminuição da sensibilidade da cavidade oral e da perda da sensibilidade e controle motor da faringe e laringe. No caso descrito têm-se ainda como agravantes o rebaixamento da consciência provenientes do AVC, o alcoolismo e os episódios convulsivos. Esses pacientes são incapazes de relatar uma história clínica confiável atrasando o diagnóstico, aumentando a morbidade e mortalidade. Neste caso, supôs-se prolongada a impactação do objeto pela importante inflamação gerada na mucosa, simulando lesão vegetante que obstruía via aérea superior, causando os sintomas que levaram à internação. O atraso no diagnóstico resulta em erosão e inflamação severa da mucosa que pode levar à sepse, sendo a causa mais provável do óbito. O caso alerta para a necessidade da alta suspeição diagnóstica assim como de uma anamnese detalhada associada ao bom exame físico para detectar a presença de CE. A TC foi imprescindível para suspeição diagnóstica. É interessante verificar que, apesar da presença do CE de grande proporção, o paciente evoluiu com quadro consumptivo de evolução gradual e desconforto respiratório tardio. Nos casos onde o diagnóstico é tardio as complicações ocorrem com mais freqüência. Concluímos que nos casos de ingestão de próteses dentárias a história pode ser vaga com poucos sinais clínicos ou até mesmo com sintomas simulando outras patologias. É importante ter em mente que as próteses podem passar despercebidas por serem radiolúcidas, sendo importante mantermos alto grau de suspeição, especialmente em alguns grupos de pacientes como os idosos, os com doenças psiquiátricas e neurológicas, alcoólatras e presidiários que se apresentarem no serviço de emergência com sialorréia, disfagia, desconforto ou dor no pescoço, garganta e tórax.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-185

TÍTULO: CORPO ESTRANHO NO SEIO ESFENÓIDE: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): THAIS SANEMATSU , ULISSES JOSE RIBEIRO, THAIS KNOLL RIBEIRO, RITA DE CÁSSIA SOLER, ANA PAULA INTRA, FERNANDA MADEIRO LEITE VIANA, VIVIANE NUNES DA COSTA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES SERVIÇO OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: Corpos estranhos em seios paranasais são urgências otorrinolaringológicas raras que são esporadicamente citadas na literatura

OBJETIVO: Descrever um caso de corpo estranho em seio esfenoidal direito após trauma perfuro contuso na cavidade oral com perfuração septal e fazer uma revisão de literatura.

CASO: Paciente sexo masculino, 50 anos, chegou ao pronto socorro do Hospital Nossa Senhora de Lourdes- São Paulo, relatando trauma em cavidade oral com taco de sinuca. O exame físico evidenciou orifício circular em transição de palato mole-duro, rinoscopia sem alterações. Tomografia computadorizada dos seios paranasais evidenciou: múltiplas fraturas envolvendo maxila e septo nasal, parede etmoidal posterior e serio esfenóide direito. O paciente foi hospitalizado e submetido a cirurgia: palatoplastia, septoplastia e sinusotomia esfenoidal. Durante cirurgia foi visualizado e removido corpo estranho do seio esfenoidal direito.

CONCLUSÃO: Mesmo raros, corpos estranhos podem se encontrados na maioria das lesões penetrantes resultantes de acidentes. Seios maxilar e frontal são os mais comumente acometidos.

PALAVRAS CHAVES: Seio esfenóide, trauma cavidade oral, corpo estranho

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-186

TÍTULO: CORPO ESTRANHO TRANSFIXANDO CONDUTO AUDITIVO APÓS PROCEDIMENTO DENTÁRIO.

AUTOR(ES): JORGE EVANDRO CORREIA FILHO , PEDRO GUILHERME BARBALHO CAVALCANTI, JOSÉ DINIZ JÚNIOR, SÉRGIO HENRIQUE DE MEDEIROS, JOÃO PAULO RODRIGUES DE SOUZA, DANIEL PAIVA DE OLIVEIRA, THEYLIANE GADELHA MOREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES / CLÍNICA PEDRO CAVALCANTI

Paciente do sexo feminino, 45 anos, chega ao ambulatório de otorrinolaringologia do Hospital Universitário Onofre Lopes com queixa principal prurido em ouvido direito. Afirma  que realizou um procedimento dentário na arcada superior direita há 20 anos, onde durante a aplicação da anestesia houve um problema com a agulha, o dentista a informou que a agulha tinha quebrado. Otoscopia visualizado objeto metálico transfixando o conduto auditivo direito em seu terço anterior e descamação em porção externa do conduto. Sem alterações sensitivas ou motores de face. Tomografia computadorizada de mastóide direita mostrando corpo estranho de aproximadamente 21mm  transfixando o conduto auditivo, e penetrando na fossa média aproximadamente 4mm.  A conduta inicial foi expectante com acompanhamento mensal no ambulatório de otorrinolaringologia.  

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-187

TÍTULO: CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA RINOLIQUÓRICA PÓS TRAUMÁTICA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MARIANA SCHMIDT KREIBICH , SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE, MAURA NEVES, RAFAEL BÚRIGO LOCKS, EDSON AYDAR NOGUEIRA, ANDRESSA VOLPATO, MARINA LICHTENBERGUER

INSTITUIÇÃO: OTORHINUS CLÍNICA MÉDICA ? SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

A fístula liquórica rinogênica é caracterizada pela comunicação entre o espaço subaracnóideo e a cavidade nasal e os seios paranasais1. São classificadas em primárias, quando ocorrem de forma espontânea ? ou secundárias, quando ocorrem após trauma, de forma iatrogênica ou por lesões em base do crânio ou intracranianas2. As secundárias são responsáveis pela maior parte dos casos, sendo o trauma a etiologia mais prevalente dentre elas3.

Para o seu diagnóstico utiliza-se a nasofibroscopia, a tomografia computadorizada, e o teste de ß2-transferrina em secreção nasal o qual apresenta sensibilidade de até 97%3,6. Apesar do uso pré-operatório da flurosceína intratecal não ser aprovado pela FDA por apresentar efeitos colaterais, o método é bastante utilizado para melhor identificação do sítio da fístula para reparo1,7,. Alguns autores, no entanto, acreditam ser desnecessário4.

As fístulas podem ser também classificadas quanto ao débito. As de baixo débito geralmente apresentam melhora espontânea ao tratamento conservador, porém, na persistência da rinoliquorréia ou na presença de meningites de repetição está indicada a abordagem cirúrgica8.

Atualmente o reparo endoscópico das fístulas tem sido bem aceito por apresentar na literatura mundial resultados com alta eficácia e pequeno índice de complicações3,5.  Dentre as desvantagens em relação à abordagem extracraniana cita-se a necessidade de realização de craniotomia, o risco de anosmia e a cicatriz facial4.

Os materiais de reparo endoscópico mais utilizados são os de mucosa livre, flaps pediculados, a dura liofilizada, o pericárdio bovino, a fáscia lata, a gordura abdominal e a cartilagem septal. Estes materiais podem ser empregados em técnicas underlay e/ou overlay1,2,3.

OBJETIVO

O presente estudo relata um caso de fístula rinoliquórica pós traumática com posterior reparo por via endonasal. A evolução não satisfatória da paciente quanto ao tratamento clínico instituído foi o ponto relevante que incentivou a discussão do caso.

METODOLOGIA

Para realização deste trabalho foi feito revisão do caso em prontuário e revisão de literatura que constava na base de dados do Ovid no perído entre 1999 e 2009 com os seguintes descritores: fístula liquórica nasal, tratamento cirúrgico endonasal, fístula liquórica pós traumática. Os idiomas selecionados para pesquisa foram o português e inglês.

RELATO DO CASO

Paciente do sexo feminino, 46 anos, com história de queda da própria altura e trauma em face não associado à fratura nasal, evoluiu com rinorréia unilateral à esquerda de baixo débito após 7 dias. À tomografia computadorizada de seios paranasais foi evidenciada fístula em região de lâmina cribiforme à esquerda. O teste de ß2-transferrina confirmou-se positivo para líquor. Optou-se inicialmente por tratamento conservador com repouso no leito e dieta laxativa, sem melhoras e com persistência da rinoliquorréia. 

Optou-se assim por correção cirúrgica por via endonasal. Durante a cirurgia foi utilizada inicialmente flurosceína intratecal que confirmou o local da fístula. Para correção foi utilizada mucosa do corneto inferior contra-lateral, cola de fibrina e surgicel, com controle efetivo da liquorréia.

Procedeu-se com tamponamento nasal com rayon, sendo este retirado após 2 dias. O controle pós-operatório imediato semanal durante o primeiro mês e o tardio por 3 meses não apresentou recorrências da rinoliquorréia, bem como de outras complicações.

DISCUSSÃO

A rinoliquorréia resultante provavelmente de origem pós traumática em nosso caso foi a forma mais freqüente relatada na literatura como etiologia adquirida desta patologia3. O diagnóstico de fístula rinoliquórica pós traumática foi baseado nos resultados da Tomografia Computadorizada de Seios Paranasais, da pesquisa de ß2-transferrina e da flurosceína intratecal, o que está de acordo com a revisão da literatura1,3,6,7. O tratamento cirúrgico da fístula foi realizado segundo Voegels et al. resultando em nosso caso em boa evolução pós operatória imediata e tardia.

CONCLUSÃO

A fístula rinoliquórica deve ser considerada nos casos com rinorréia unilateral pós traumáticas sem evolução satisfatória quando submetidas a tratamento clínico. O diagnóstico da fístula rinoliquórica pode ser realizado por meio de Tomografia Computadorizada de Seios Paranasais, da pesquisa de ß2-transferrina e da flurosceína intratecal. Apesar da literatura recomendar o tratamento clínico das fístulas de baixo débito, o caso apresentado não mostrou resultados satisfatórios ao tratamento conservador. No caso apresentado a combinação de cola de fibrina, surgicel e mucosa do corneto inferior contra-lateral mostrou-se eficaz no controle e correção da fístula liquórica rinogênica pós-traumática.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-188

TÍTULO: CORREÇÃO CIRÚRGICA ENDOSCÓPICA DA FÍSTULA LIQUÓRICA RINOGÊNICA

AUTOR(ES): ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA , RENATA MIZUSAKI IYOMASA, JOSÉ VICENTE TAGLIARINI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

INTRODUÇÃO: A fistula rinoliquórica (FL) ocorre quando há uma quebra da barreira que separa a cavidade nasal do espaço subaracnóideo: base do crânio, dura-máter e membrana aracnóide. As principais causas são: traumática, iatrogênica, congênita, neoplásica ou idiopática. O principal sintoma é a liquorréia. A baixa morbidade, menor invasão do procedimento, menor tempo de internação e alta taxa de sucessos (90% na primeira tentativa e 95-98% na segunda tentativa) tem feito da cirurgia endoscopica nasal a técnica preferida para tratamento da fístula liquórica de base de crânio anterior. Objetivo  Avaliar a casuística operada em nosso serviço de 2001 a 2010.

Material e Método: Estudo restrospectivo.

RESULTADOS: Em nossa série de casos, operamos 12 pacientes, entre 19 e 54 anos de idade (média de 39 anos), sendo 8 mulheres e 4 homens, que apresentaram fístula liquórica e foram submetidos a cirurgia endoscópica nasal para correção. Dentre as etiologias, 7 apresentaram fístula liquórica pós-trauma, 3 apresentaram FL espontânea, e 1 por iatrogenia. Todos os pacientes apresentavam rinoliquorréia. Cinco pacientes tinham histórico de meningite e 1 apresentou pneumoencéfalo. Os locais mais comumente encontrados foram: placa crivosa, etmóide e frontal. Durante o procedimento cirúrgico, todos foram submetidos à punção subocciptal e injeção intra-tecal de fluorosceína. Após a localização da fistula, os materiais utilizados para correção foram mucosa de corneto, gordura abdominal, cola de fibrina e surgicel. Um caso de etiologia traumática em seio frontal apresentou recorrência, sendo tratado com sucesso por via externa e com uso de fáscia lata. Durante o seguimento, nenhum paciente apresentou complicações pós-operatorias maiores.

DISCUSSÃO: O tratamento adequado do paciente exige o diagnóstico etiológico correto assim como a localização exata do pertuito, minimizando as chances de insucesso. Em nossa casuística a utilização da cisternotomografia com injeção intratecal de contraste associada à fluorosceína intra-operatória, mostraram-se efetivas na localização do defeito e determinantes nas taxas de sucesso. Na maior parte dos casos, para defeitos menores, enxertos de mucosa e cola de fibrina mostram-se efetivos e com mínimas complicações. Reservamos o uso de fáscia lata para o único paciente com um defeito do seio frontal maior que 1 cm, operado por via aberta.

CONCLUSÃO: Em nossa serie de casos, utilizamos a técnica endonasal endoscópica para o reparo da fistula com sucesso, obtendo bons resultados e ressaltando a importância da localização da fistula através da infusão de fluoresceína intra-tecal .

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-189

TÍTULO: CORREÇÃO DO MAU POSICIONAMENTO DE CARTILAGENS ALARES ATRAVÉS DO USO DO "LATERAL CRURAL STRUT GRAFT" EM RINOPLASTIAS PRIMÁRIAS

AUTOR(ES): ANDRÉ FERNANDO SCHERER , ANDRÉ LUÍS SARTINI, JAYSON JUNIOR MESTI, MARK MAKOWIECKY, PAULO TOMIO OKASAKI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO - SP

INTRODUÇÃO: As cartilagens alares são partes integrantes e determinantes de uma ponta nasal bem definida. Alterações no posicionamento das mesmas, quando em posição cefálica, conferem à ponta nasal deformidade em ?parênteses? em visão frontal, com comprometimento estético e, às vezes, funcional.

OBJETIVO: Relatar o uso do ?Lateral Crural Strut Graft? na correção de cartilagens alares mal posicionadas.

 MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados 15 pacientes com cartilagens alares mal posicionadas submetidos a rinoplastia primária com abordagem externa, utilizando o ?Lateral Strut Graft?.

Desenho Científico: Estudo prospectivo.

RESULTADOS: O reposicionamento das cruras laterais gerou um maior suporte para a rima alar, com melhora da conformação da ponta nasal em todos os pacientes. Houve melhora da função nasal em 5 pacientes com queixa respiratória prévia.

DISCUSSÃO: O mau posicionamento da cartilagem alar produz deformidade estética caracterizada como uma ponta nasal arredondada ou em caixote. Além disso, a mau posição pode gerar comprometimento funcional. Uma abordagem diferente deve ser realizada nas rinoplastias quando diagnosticamos uma cartilagem alar mal posicionada.

CONCLUSÃO: O ?Lateral Crural Strut Graft? é um boa opção para a correção de cartilagens alares mal posicionadas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-190

TÍTULO: CORRELAÇÃO COM ENTRE A IDADE E O RESULTADO DO RETESTE DE OTOEMISSÕES

AUTOR(ES): MATHEUS VINICIUS DE AQUINO ROCHA , ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, LUIS FRANCISCO OLIVEIRA, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, RAÍSSA VARGAS FELICI

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA-SP

INTRODUÇÃO:

A Surdez Infantil compromete de forma definitiva a aquisição da linguagem e a evolução social, emocional e acadêmica do indivíduo, na medida em que os 3 primeiros anos de vida são os mais importantes para a aprendizagem da fala.

O modelo para Rastreio Universal é o preconizado pela the National Institutes of Health´s (NIH). Este tipo de avaliação combina a alta sensibilidade e facilidade técnica das otoemissão acústica (OEA)   com a especificidade dos BERA. Permite assim a identificação eficaz de quase 100% dos deficientes auditivos graves sem, no entanto, causar falsos positivos exagerados, o que provocaria uma sobrecarga das consultas de  follow-up.

A OEA é o registro da energia sonora gerada pelas células ciliadas da cóclea (orelha interna) em resposta a sons captados por um microfone colocado no conduto auditivo externo do recém-nascido. O Joint Committee on Infant Hearing recomenda que todos os bebês com perda auditiva sejam identificados antes dos três primeiros meses de idade e recebam intervenção até o sexto mês.

OBJETIVOS:

Avaliar o risco de surdez, no teste de emissões otoacústicas por produtos de distorção (EOAPD).

MÉTODOS:

Foram observados os resultados de 398 bebês que apresentaram alteração no 1° EOAPD, entre 01/2008 e 05/2010. O teste foi realizado com o modelo Eroscan, fabricado por Maico nos EUA, apresentando como resultado passa ou falha. Análise feita no SPSS 15.0 para Windows.

RESULTADOS:

Analisamos 398 bebês entre 3 e 518 dias de vida, com média de ±17 dias. Todos apresentando alterações no 1° EOAPD. Todos foram submetidos ao 2º EOAPD e divididos em dois grupos, sendo 58,5% apresentando como resultado passa (grupo I), 17,3% como falha (grupo II) e 24,1% como faltaram ao reteste. A média da idade em dias do reteste foi de 22,6 ± 36 dias pra o grupo I e de 27,4 ± 38 dias para o grupo II. Realizado o teste T de Student para variáveis contínuas com p=0,296.

DISCUSSÃO:

Com os progressos da Ciência e Tecnologia, o diagnóstico de surdez pode ser feito numa criança desde o nascimento. Se há suspeita de surdez o tratamento deve ser iniciado cedo, já no primeiros meses. A avaliação com triagem neonatal deve ser universal e mais precoce possível. A idade do reteste foi semelhante nos dois grupos e não interferiu nos resultados da EOAPD. Quanto mais cedo for iniciado o trabalho de habilitação da criança surda, pelos profissionais e pelos pais, melhor será o aproveitamento na aquisição da linguagem.

CONCLUSÃO:

A idade do reteste não influenciou no resultado da EOAPD, porém o exame deve ser feito precocemente.

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TESE

P-191

TÍTULO: CORRELAÇÃO ENTRE AVALIAÇÃO SUBJETIVA, ANATÔMICA E FUNCIONAL NASAL DE PACIENTES COM SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): TATIANA DE AGUIAR VIDIGAL , LIA RITA AZEREDO BITTENCOURT, LUIZ CARLOS GREGÓRIO, FERNANDA LOUISE MARTINHO HADDAD, SÉRGIO TUFIK

INSTITUIÇÃO: UNIFESP

INTRODUÇÃO: As queixas e alterações nasais são freqüentes na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono(SAOS),tornando-se importante a avaliação da cavidade nasal. OBJETIVO: Avaliar a cavidade nasal de pacientes com SAOS comparados com controles utilizando métodos distintos e compará-los entre si.METODOLOGIA: Inclusos 47 pacientes com SAOS moderada a grave e 20 pacientes controle submetidos a questionários de sono,rinoscopia anterior,nasofibrolaringoscopia,?peak flow? nasal inspiratório (PFNI) e Rinometria Acústica (RA).RESULTADO:Ao comparar os grupos,os parâmetros que mostraram diferença estatística,sendo maiores no grupo SAOS foram:circunferência cervical, escala de sonolência de Epworth, questionário de sono de Berlin,quadro de sintomas nasais,obstrução nasal freqüente,alteração nasal evidente, e hipertrofia de conchas inferiores (p<0,01).Os parâmetros da RA não diferiram entre os grupos,mas foram estatisticamente menores na posição deitada (p=0,03).O PFNI foi capaz de predizer o Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH)(p=0,007), sendo quanto menor o PFNI,maior o IAH.Parâmetros de avaliação nasal que mostraram correlação entre si foram:quanto menor o volume nasal aferido pela RA maior a nota do quadro de sintomas nasais e quanto menor o PFNI menor a área transversa nasal pela RA.CONCLUSÃO: Apesar da avaliação anatômica pela RA e da avaliação funcional pelo PFNI não mostrarem diferenças entre os grupos,o PFNI pode predizer o IAH e medidas da RA correlacionaram-se com medidas subjetivas e do PFNI.

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TRABALHO CLÍNICO

P-192

TÍTULO: CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E SINTOMAS DE REFLUXO LARINGO-FARÍNGEO

AUTOR(ES): MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, RAÍSSA VARGAS FELICI, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, JANE MARIA PAULINO

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

Refluxo Laringo-faríngeo (RLF) é uma variante da doença do Refluxo Gastro-esofágico que afeta laringe e faringe. Tem-se tornado uma das condições mais comuns em Otorrinolaringologia. É diagnosticada em aproximadamente 10% dos pacientes otorrinolaringológicos e no mínimo 50% dos pacientes com queixas relacionadas a voz. A obesidade também é cada dia mais prevalente na população mundial.

MATERIAIS E MÉTODOS

Avaliação de 98 pacientes com queixas de Refluxo Laringo-faríngeo através de anamnese completa, exame otorrinolaringológico e exame videolaringoscópico.

Para sistematizar a avaliação das queixas foi utilizada a escala Reflux Sympton Index (RSI) que é composta por nove itens pontuados de 0-5. O índice de RSI maior ou igual a 13 é definido na literatura como sugestivo de RLF.

O IMC é calculado pelo Peso/ altura2 , considerado o IMC ³ 25Kg/ m2 como acima dos padrões da normalidade.

RESULTADOS

Foram avaliados 98 pacientes com média de idade de 48,6 anos, sendo 57,9% da amostra do sexo feminino. Dentre as queixas principais, 72,9% dos pacientes relatavam pigarro; 61,7% globus faríngeo; 27,1% disfonia. O IMC médio foi de 26,2 e IMC máximo de 39,3. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo I: 43 pacientes com IMC normal (43,9% da amostra); Grupo II - 55 pacientes com IMC > 25kg/m2. Foram utilizados questionários e escalas padronizadas para avaliação dos sintomas e achados laringoscópios, respectivamente o Reflux Sympton Index (RSI) e o Reflux Finding Score (RFS). O índice de RSI maior ou igual a 13 e o RFS maior ou igual a 7 são definidos na literatura como sugestivos de RLF. Dos 98 pacientes avaliados, 82 apresentam o RSI ³ 13 e 70 apresentam o RFS ³ 7. A média e desvio padrão do RSI foram de 15,17±4,2 e 18,76±7,1 para os grupos I e II respectivamente. Aplicado o teste T de Student para variáveis contínuas encontramos um p=0,013.

DISCUSSÃO

Neste estudo avaliamos a freqüência das queixas otorrinolaringológicas relacionadas ao RLF e sua correlação com o Índice de Massa corpórea (IMC).

Apesar dos dados existentes na literatura mostrarem que obesidade não é fator de risco para a ocorrência de distúrbios extra-esofágicos e não tem associação clara com o RLF, observamos uma média de RSI mais elevada no grupo de paciente com IMC ³ 25Kg/ m2 . As pessoas obesas apresentam sintomas de refluxo mais intensos. Um dos prováveis mecanismo é o aumento da pressão intra-abdominal que dificulta o esvaziamento gástrico e facilita o refluxo ácido para esôfago e laringe. Importante observar que esse aumento dos sintomas não se traduz no aumento de alterações laringoscópicas uma vez que o RFS não se correlacionou com o IMC. Em nossa amostra somente o RSI se correlacionou estatisticamente significante com o IMC.

CONCLUSÃO

Os pacientes com sobrepeso e/ou obesidade apresentaram sintomas de refluxo mais intensos em comparação aos pacientes com IMC < 25Kg/ m2

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TRABALHO CLÍNICO

P-193

TÍTULO: CORRELAÇÃO ENTRE REFLUXO FARINGO-LARÍNGEO E OBSTRUÇÃO NASAL EM PACIENTES COM SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO.

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, RAÍSSA VARGAS FELICI, MARCELO FERNANDO BELLA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é definida pela obstrução das vias aéreas durante o sono promovendo o aumento do estresse oxidativo. A via aérea é constantemente inflamada nesses pacientes com uma mucosa edemaciada promovendo sintomas associados à obstrução nasal e globus faríngeo. A associação isolada da obstrução nasal ou refluxo faringo-laríngeo (RFL) com a SAOS é bem documentada. A associação desses dois distúrbios em pacientes portadores de SAOS ainda é indefinida.

OBJETIVOS

Avaliar a associação entre Obstrução Nasal e Refluxo Faríngo-Laríngeo em pacientes portadores de SAOS.

MATERIAIS E MÉTODOS

Avaliação prospectiva de 107 pacientes com queixa principal de ronco e história clínica sugestiva de apnéia do sono, com sintomas como sonolência diurna, sono não reparador e ronco. Todos os pacientes foram submetidos a polissonografia noturna. O refluxo faríngo-laríngeo foi avaliado através de dois questionários com escalas padronizadas Academia Americana de Otorrinolaringologia para avaliação dos sintomas e achados laringoscópios, respectivamente o Reflux sympton índex (RSI) e o Reflux finding score (RFS). O índice de RSI maior ou igual a 13 e o RFS maior ou igual a 7 são definidos na literatura como sugestivos de RFL.

A obstrução nasal foi avaliada pela Escala de Avaliação Sintomática de Obstrução Nasal validada pela Academia Americana de Otorrinolaringologia. O nome original da escala é Nasal Obstruction Syndrome Evaluation, conhecida como NOSE scale. A escala é feita de 5 perguntas sobre a qualidade de vida. A escala NOSE varia de 0 a 100.

RESULTADOS

O protocolo com RFS, RSI, Polissonografia e NOSE foram completados em 50 pacientes. A média do IAH foi de 23,03 ± 18,22. A idade média foi de 47,9 ± 24,9. O IMC médio foi de 29,27 ± 5,2. Os índices diagnósticos de RFL foram relacionados com a escala NOSE através dos testes de Levene e T de Student. Média do NOSE nos pacientes com RSI >13 foi de 43,5±29,8 contra 22,5 ± 25,9 nos pacientes com RSI normal (p=0,017). Quanto aos pacientes com RSF > 7 o NOSE médio foi de 62 ± 30,5 e 23,8±23,9 nos pacientes com RSF normal

DISCUSSÃO

A SAOS provoca um intenso estresse oxidativo proporcional a sua gravidade. Promovendo aumento da presença de citocinas inflamatórias que levam a uma inflamação sistêmica.

A obstrução nasal (ON) e o RFL são situações em que há aumento da inflamação localizada provocando edema da mucosa com o aumentando a complacência da via aérea e o aumento da obstrução.  Em nossa amostra composta de pacientes portadores de SAOS observamos que ON e RFL tem correlação positiva. Pacientes portadores de RFL possuem uma nota mais alta na escala NOSE que os pacientes sem RFL demonstrando um padrão inflamatório contínuo nos pacientes portadores de SAOS.

CONCLUSÃO

A SAOS          promove inflamação sistemica e de maneira continua em toda a via aérea. O Refluxo Faríngo-Laríngeo e Obstrução nasal tem correlação positiva e geralmente estão associados nos pacientes portadores de SAOS.

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TRABALHO CLÍNICO

P-194

TÍTULO: CORRELAÇÃO ENTRE ZUMBIDO E DOENÇAS CRÔNICAS EM PACIENTES SELECIONADOS PARA O PROGRAMA DE PROTETIZAÇÃO AUDITIVA.

AUTOR(ES): RAÍSSA VARGAS FELICI , FAUSTO ANTÔNIO DE PAULA JUNIOR, LUIS FRANCISCO DE OLIVEIRA, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA.

INTRODUÇÃO: Com o envelhecimento populacional cresce o número de doenças crônicas sendo a hipertensão arterial sistêmica e a perda auditiva de grande prevalência na população idosa. O zumbido surge como um sintoma muito prevalente e de alto impacto na qualidade de vida do paciente senil.

MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal, composto de indivíduos de ambos os gêneros, todos portadores de algum grau de hipoacusia, realizado no período de janeiro a abril de 2010. O grupo estava em programa para protetização auditiva. A hipertensão foi verificada por meio de questionário e uso de medicamentos para pressão arterial. A queixa de zumbido foi verificada por meio de anamnese. O questionário também a presença de doenças crônicas.

RESULTADOS: A média de idade foi de 64,88 (mínimo de 3 anos e máximo de 91 anos), quanto ao gênero, 48,6%  eram do sexo masculino e 51,4% feminino. 119 pacientes declararam ter zumbido em orelha esquerda e destes 64 apresentavam hipertensão arterial. 114 pacientes referiam zumbido em orelha direita e destes 61 apresentavam hipertensão arterial. Houve significância estatística na correlação de presença de zumbido e hipertensão arterial (p = 0,032 em orelha esquerda e p = 0,046 em orelha direita) . Com as demais doenças crônicas (hipertensão arterial, doenças crônicas como diabetes, hepatopatias, cardiopatias, pneumopatias, nefropatias), não houve significância estatística (p= 0,058 em orelha esquerda e p = 0,131 em orelha direita).

DISCUSSÃO: Zumbido é considerado o terceiro pior problema, atrás apenas da dor e tontura intensas e intratáveis. As doenças cardiovasculares são a segunda causa mais comum de zumbido. Entre os pacientes com zumbido severo, aproximadamente um terço tem um ou mais distúrbios cardiovasculares. A hipertensão arterial sistêmica é o distúrbio arterial mais encontrado.

A hipertensão arterial como fator implicado na gênese do zumbido é ainda controversa. Nossa pesquisa revelou alta correlação entre zumbido e hipertensão arterial, sendo que não houve significância entre as outras doenças crônicas. O zumbido é considerado um sintoma e não uma doença e o mecanismo etiológico ainda é incerto, alguns estudos apontam que pode ocorrer em conseqüência de uma atividade neural alterada ou até mesmo devido a anormalidades metabólicas, traumatismos cranianos e problemas vasculares. A hipertensão pode não ser um fator causador da perda de audição ou do zumbido, mas, por longos períodos e associada à idade pode agir como um fator somador na deterioração do sistema auditivo.

CONCLUSÕES: Concluímos que há importante correlação entre a prevalência de hipertensão arterial e zumbido em pacientes de ambos os sexos portadores de algum grau de deficiência auditiva. Nessa classe de paciente a triagem de hipertensão e doenças cardiovasculares é fundamental para o tratamento do zumbido e controle de comorbidades.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-195

TÍTULO: CRONDOSSARCOMA DE CARTILAGEM CRICÓIDE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THEREZITA M. P. P. GALVÃO CASTRO , PAULO VITOR TENÓRIO FIGUEIREDO, DIOGO FABRICIO COELHO DE MELO, WESLEY VANEY DE MELO, RÓMULO TORRES OLIVEIRA, DIOGO CORDEIRO ALVES RAMOS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL)

Os tumores cartilaginosos da laringe são raros, correspondendo a 1% dos tumores nesse órgão, sendo a cartilagem cricóide a mais acometida (70-75%). Menos que 0,1% destes tumores correspondem aos condrossarcomas, sendo os de baixo grau os mais freqüentes. Devido sua baixa ocorrência e forma indolente de crescimento, o diagnóstico deste tumor pode ser tardio. A apresentação clínica é variada, dependendo do tamanho e localização do tumor, pode surgir: disfonia, dispnéia, disfagia, massa cervical ou ser assintomático. O objetivo deste estudo é relatar um caso de condrossarcoma de cartilagem cricóide em um paciente adulto não tabagista, cujo diagnóstico ocorreu tardiamente, comprometendo o  tratamento.

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TRABALHO CLÍNICO

P-196

TÍTULO: DACRIOCISTORRINOSTOMIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL REALIZADA POR MEIO DE UNCIFECTOMIA E RETALHO POSTERIOR DE SACO LACRIMAL: RESULTADOS DE 14 CASOS

AUTOR(ES): BENIVALDO RAMOS FERREIRA TERCEIRO , ALEX TEIXEIRA BARBOSA, FLAVIA GOMES, FERNANDO ANDREIUOLO, FERNANDO SÉRGIO DE MELLO PORTINHO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GRAFFRÉE E GUINLE ? UNIRIO ? RJ

INTRODUÇÃO: A obstrução do ducto nasolacrimal é uma alteração comum manifestada clinicamente pela presença de epífora e/ou dacriocistite. Apresenta etiologia variada. Apesar do tratamento medicamentoso poder resolver os sintomas, a abordagem definitiva consiste em procedimento cirúrgico para restaurar a patência do sistema de drenagem lacrimal.

OBJETIVO: Analisar a técnica cirúrgica e avaliar o sucesso da Dacriocistorrinostomia Endoscópica Endonasal (DCR.E) para desobstrução das vias lacrimais de 14 pacientes operados num Hospital Universitário.

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo dos prontuários de 14  pacientes (14 olhos), entre Maio/06 a Março/10, submetidos a DCR.E na qual foram avaliados com relação a idade, sexo, tempo de evolução, quadro clínico na apresentação, etiologia, técnica cirúrgica, uso de sonda de silicone, complicações e sucesso cirúrgico. O sucesso operatório foi avaliado pela ausência de sintomas e verificação do fluxo lacrimal após 7 meses de acompanhamento. As cirurgias foram realizadas por residentes do terceiro ano supervisionados por preceptores do serviço de ORL.

RESULTADOS: Três homens e onze mulheres, com idade de 5 a 71 anos (média 44,57) submetidos a uncifectomia, confecção de retalho de saco lacrimal com pedículo posterior e broqueamento de osso lacrimal apresentaram seguimento médio de 7 meses. A causa principal da obstrução foi idiopática (58,10%) sendo a dacriocistite a queixa predominante. O  lado mais afetado foi o direito (n=9). Em 7 pacientes fizemos a abordagem do corneto médio, em 8 pacientes realizamos septoplastia e apenas em 1 caso utilizamos sonda de silicone por um período de 3 semanas. Em todos os pacientes realizamos a técnica endoscópica endonasal obtendo sucesso em 100% dos casos. Entretanto, os 2 últimos casos aguardam o término do acompanhamento mínimo de 7 meses. A principal complicação foi epistaxe pós-operatória em 1 paciente resolvida com tamponamento anterior.     

CONCLUSÃO: Todos os casos foram bem sucedidos. A Dacriocistorrinostomia Endoscópica Endonasal mostrou-se segura, com um mínimo de complicações no pós-operatório podendo ser considerada como técnica de escolha para tratamento de obstrução baixa das vias lacrimais e ideal para o treinamento e ensino de residentes de Otorrinolaringologia.

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TRABALHO CLÍNICO

P-197

TÍTULO: DACRIOCISTORRINOSTOMIA ENDOSCÓPICA TRANSNASAL: TÉCNICA E RESULTADOS

AUTOR(ES): FÁBIO PIRES SANTOS , TIAGO VASCONCELOS SOUZA, CASSIANA BURTET ABREU, MARIA LAURA SOLFERINI SILVA, FERNANDO OTO BALIEIRO, SHIRLEY SHIZUE NAGATA PIGNATARI, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

INTRODUÇÃO: A obstrução parcial ou completa do sistema lacrimal é um distúrbio que se manifesta clinicamente por epífora e / ou dacriocistite recorrente. O tratamento recomendado para obstruções abaixo do canalículo comum é a Dacriocistorrinostomia Externa ou por via Endoscópica Transnasal (DCRET). 

OBJETIVO: Este estudo visa avaliar a DCRET como opção de tratamento cirúrgico de pacientes com obstrução baixa de vias lacrimais.

MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo, no Complexo

Hospitalar Edmundo Vasconcelos no período de 2000-2009 com 20 pacientes apresentando obstrução baixa das vias lacrimais, unilateral ou bilateral, os quais foram submetidos à DCRET com um total de 27 procedimentos cirúrgicos.

RESULTADOS: 27 procedimentos foram realizados em 20 pacientes, 10 homens e 10 mulheres, com idade variando de 1,6 a 81 anos de idade. As causas mais frequentes de obstrução da via lacrimal foram: idiopática (59,2%), congênita (29,6%), iatrogênica ( 4,5%) e trauma após a radioterapia (3,7%). Dois pacientes tiveram novo processo obstrutivo no pós-operatório e apenas 03 pacientes permaneceram com sonda Crawford por um período de 03 meses.  A taxa de sucesso DCRTE em nossa série foi de 92,5%.

CONCLUSÕES: A DCRET mostrou ser uma técnica segura como opção cirúrgica no tratamento da obstrução baixa de vias lacrimais, com algumas vantagens em relação à técnica por via externa, podendo ainda ser realizada sem o uso de stents.

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TRABALHO CLÍNICO

P-198

TÍTULO: DACRIOCISTORRINOSTOMIA ENDOSCÓPICA: ANÁLISE DE 71 CASOS

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CARLOS ROBERTO BALLIN, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, GABRIEL GONÇALVES DIAS, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, EDUARDO VIEIRA COUTO

INSTITUIÇÃO: IMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

Introdução

A dacriocistorrinostomia (DCR) é um procedimento que consiste em criar uma anastomose entre o saco lacrimal e a cavidade nasal e tem sido utilizado como tratamento de escolha para os casos de obstrução distal do sistema lacrimal. As obstruções baixas são mais freqüentes, atribuídas, em aproximadamente 75% dos casos, a causa idiopática. Há maior incidência em mulheres da quinta e sexta décadas de vida, da raça branca. Os sintomas incluem epífora, infecções recorrentes de saco lacrimal, drenagem crônica de secreção purulenta pelos pontos lacrimais e fistulização cutânea.

Algumas vantagens da via de acesso endonasal são: ausência de cicatriz cutânea, impossibilidade de lesão anatômica das estruturas do canto medial, redução do tempo cirúrgico, melhor hemostasia per-operatória, possibilidade de realização em vigência de processo agudo.

Objetivos

Analisar uma série de casos de pacientes submetidos a DCR por via endoscópica nasal, prevalência de idade, sexo, queixas, complicações e recidivas.

Materiais e métodos

Foram coletados dados subjetivos e objetivos através de contato direto com os paciente e avaliação de dados dos prontuários médicos de casos operados de janeiro de 2005 a junho de 2010.

Resultados

Dos 71 casos, a maioria foi do sexo feminino (68% / n=48) sendo 32% (n=23) do sexo masculino. A média de idade foi 44,7 anos.

Em 16% dos casos (n=11) a cirurgia foi bilateral, ficando o lado direito com 45% (n=32) e o esquerdo 39% (n=28). Na maioria dos procedimentos (77%/ n=55) ele foi isolado, sendo que a septoplastia foi a cirurgia mais comum associada em 22 casos (77%). Vinte e um porcento já tinham sido operados anteriormente.

Metade dos pacientes não sofreu complicação ou queixa pós-operatória (n=39). Dentre os que tiveram, a maioria queixou-se de epífora persistente (20%/ n=16) acompanhado de dacriocistite com igual valor absoluto e porcentagem.

Discussão

A DCR tem se mostrado uma técnica segura e de baixa morbidade, com eficácia variando na literatura entre 80 a 90%. A cirurgia externa apresenta resultados semelhantes, em torno de 90%. A utilização de sondagem com silicone é controversa. Em nossa casuística foi utilizada em 47 pacientes.

Entre as vantagens da DCR via endoscópica encontramos: ausência de cicatrizes externas, manutenção do mecanismo de bomba lacrimal, menor sangramento, maior facilidade nas revisionais, possibilidade de correção em um mesmo tempo cirúrgico de outras patologias. Observamos apenas um caso de complicação grave (hematoma orbitário) o qual foi corrigido no mesmo tempo cirúrgico.

Conclusão

A abordagem endoscópica endonasal para realização de DCR é uma técnica segura com resultados satisfatórios, baixa taxa de complicações e recidivas e pode ser considerada como tratamento de escolha para obstruções baixas do conduto nasolacrimal. As vantagens obtidas em relação à abordagem externa superam a dificuldade técnica eventualmente encontrada.

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TRABALHO CLÍNICO

P-199

TÍTULO: DACRIOCISTORRINOSTOMIA: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA COM A ABORDAGEM ENDONASAL

AUTOR(ES): JULIANA BENTHIEN CAVICHIOLO , FÁBIO MANIGLIA, LUCIANO CAMPÊLO PRESTES, BETTINA CARVALHO, ANNELYSE CRISTINE BALLIN, ANDREA MARÇAL SZPAK ZRAIK

INSTITUIÇÃO: HC-UFPR

INTRODUÇÃO: A Dacriocistorrinostomia (DCR) consiste em criar uma via de drenagem lacrimal para a cavidade nasal, tendo como objetivo restabelecer a drenagem permanente do sistema excretor obstruído. Pode ser realizada por via externa (padrão ouro) ou endonasal. OBJETIVO: relatar a experiência do serviço de Oftalmo-Otorrinolaringologia do HC-UFPR em DCR Endonasal e avaliar a eficácia e segurança deste procedimento. MATERIAL E MÉTODO: estudo retrospectivo de 122 pacientes (169 olhos) operados entre 2000 e 2008 com obstrução lacrimal comprovada clinicamente. RESULTADOS: a taxa de sucesso alcançada foi de 84% e o índice de complicações pós-operatórias  5 %. DISCUSSÃO: a DCR endonasal possui eficácia semelhante a abordagem externa, com vantagens como ausência de cicatriz, menor morbidade, maior facilidade de realização. As taxas de sucesso e complicações ou insucesso encontradas foram equivalentes as taxas encontradas na literatura, mesmo considerando-se o tratamento padrão ouro (DCR externa). CONCLUSÃO: a DCR endonasal mostrou-se um procedimento seguro e com eficácia significativa.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-200

TÍTULO: DEFICIÊNCIA AUDITIVA POR COLABAMENTO: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): GUSTAVO FIGNER MOUSSALEM , REJANE ALVARENGA SILVA TIVERON, RODRIGO NISHIHARA JORGE, OSMAR MESQUITA DE SOUSA NETO, MARIA DO CARMO REDONDO, ANA PAULA BRUNER

INSTITUIÇÃO: AMBULATÓRIO DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA ? DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA ? SANTA CASA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

O colabamento do conduto auditivo externo pode simular uma perda de audição. Pode ocorrer em qualquer faixa etária porém parece ter predileção por idosos.

Material e Método

Relato de caso e revisão de literatura

RESULTADO

Paciente masculino de 65 anos com queixa compatível surdez condutiva, sem passado otológico. Durante a realização da audiometria notou-se que a etiologia devia-se ao colabamento do conduto. Foi adaptado com uma prótese tubular plástica com resolução do quadro e melhora total das queixas.

DISCUSSÃO

Há pouca literatura disponível, e o que se apresenta aborda mais o colabamento como fenômeno que surge à compressão do pavilhão durante a audiometria. Aqui o colabamento determina a queixa do paciente. A prótese tubular de polietileno é uma alternativa barata e que aqui teve ótimo resultado, sendo isenta dos riscos de uma meatoplastia.

Conclusão

A prótese tubular de polietileno pode ser uma alternativa barata, simples e eficaz.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-201

TÍTULO: DENTE ECTÓPICO EM SEIO ETMOIDAL

AUTOR(ES): MAURO LUIZ SCHMITZ FERREIRA , JULIO CESAR BIZINELLI

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

M. D. J., 47 anos, sexo feminino, profissão funcionaria publica,  veio à consulta com quadro de cefaléia em região de seios paranasais (maxilares e frontais), de longa data, associado à obstrução nasal e secreção nasal bilateralmente, que havia procurado varios profissionais e usado varios medicamentos para tratamento de sinusite e rinite com pouca melhora . Ao exame físico a paciente apresentava-se em regular estado geral, com fácies de dor, febril, com dor à palpação e percussão de seios paranasais (maxilares e frontais). À rinoscopia anterior observava-se massas polipóides em ambas as fossas nasais, de coloração branco-azulada, tomando toda cavidade nasal; e rinorréia mucopurulenta bilateralmente. À oroscopia observava-se secreção em orofaringe de aspecto mucopurulento.

Solicitou-se Tomografia Computadorizada (TC) de seios da face que demonstrou velamento de todos os seios da face (pansinusite) bloqueio óstio-meatais bilateralmente. Apresentava também, obliteração parcial de cavidades nasais, principalmente à esquerda e em região das células etmoidais. Observou-se também imagem hiperdensa com densidade cálcica situada em topografia de células etmoidais posteriores à esquerda, adjacente à parede etmoidal esquerda compatível com osteoma. Diagnóstico provisório de sinusite crônica com lesão radiopaca a ser investigada;.   A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico : septoplastia, politectomia e etmoidectomia bilateralmente, sendo encontrada uma massa de consistência óssea em etmóide esquerdo de morfologia semelhante a dente molar. Sem intercorrência no pós-operatório com melhora da respiração  e pouca secreção nasal. O diagnóstico histopatológico foi de pólipos nasais do tipo inflamatório, com ausência de malignidade e dente ectópico com estrutural habitual. O paciente retornou novamente,  cerca de 20 dias sem queixas, foi relatado o resultado do exame histopatologico com surpresa do paciente, recebeu orientações e alta clínica sem queixas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-202

TÍTULO: DESCOMPRESSÃO ENDOSCÓPICA DO N. ÓPTICO: RELATO DE CASO REALIZADO NA PUC-PR

AUTOR(ES): CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA , CARLOS ROBERTO BALLIN, DENIS MASSAMITSU ABE, LUIZ EDUARDO NERCOLINI, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE, POLIANA TURMENA BERTICELLI, LUIZ CARLOS SAVA

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA - PUC-PR

Neuropatias relacionadas ao nervo óptico pós-trauma são seqüelas graves inerentes à trauma crânio-faciais.1 Através da abordagem endoscópica endonasal para lesões da base do crânio tornou-se possível o acesso ao canal óptico. A descompressão endonasal do nervo óptico está indicada em casos selecionados e deve ser realizada em caráter de urgência.

Objetivo: Relatar um caso de descompressão do nervo óptico via endoscopia endonasal após trauma crânio encefálico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-203

TÍTULO: DESCOMPRESSÃO ORBITÁRIA DE EMERGÊNCIA ATRAVÉS DE ACESSO SUBCILIAR PARA TRATAMENTO DE HEMATOMA INTRA-ORBITÁRIO EM EXPANSÃO

AUTOR(ES): DENIS MASSAMITSU ABE , DIOGO GONÇALVES BARDINI, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, CARLOS ROBERTO BALLIN, POLIANA TURMENA BERTICELLI, CRISTIANO ROBERTO NAKAGAWA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CURITIBA

As hemorragias orbitárias são pouco frequentes e podem resultar em hematomas intraorbitários ou subperiosteais, sendo o primeiro mais comum. A etiologia mais frequente é aquela decorrente de iatrogenia em cirurgias otorrinolaringológicas ou em trauma de face. O diagnóstico preciso e rápido é essencial para um melhor prognóstico, já que o hematoma intraorbitário em expansão leva à amaurose em poucas horas. Classicamente, o tratamento consiste na descompressão orbitária através de cantotomia lateral. Entretanto, em tal abordagem não se tem acesso ao local de sangramento, além de se obter um resultado cosmético pouco aceitável. OBJETIVO: citar o acesso subciliar como opção para tratamento de hematoma orbitário em expansão e compará-lo com a cantotomia lateral. MÉTODOS: Paciente submetida à dacriocistorrinostomia via endoscópica por obstrução do saco lacrimal. Evoluiu no transoperatório com hematoma intra-orbitário em expansão e optado por descompressão orbitária por acesso subciliar. Por tal abordagem, conseguiu-se localizar o ponto de sangramento dentro do conteúdo orbitário, o qual foi bipolarizado. Paciente evoluiu sem complicações oftalmológicas e com resultado cosmético excelente. CONCLUSÃO: O acesso subciliar para o tratamento de hematoma intraorbitário em expansão mostrou-se rápido, eficiente e com excelente resultado cosmético. Em nossa experiência, tal abordagem é mais eficaz que a clássica cantotomia lateral, já que apresenta melhor visualização do conteúdo orbitário além de melhor resultado estético ao paciente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-204

TÍTULO: DESEMPENHO DO PROCESSAMENTO TEMPORAL EM INDIVÍDUOS CEGOS

AUTOR(ES): MARIANA DE CARVALHO LEAL GOUVEIA , LUDMILLA VILAS BOAS, LÍLIAN MUNIZ, SILVIO DA SILVA CALDAS NETO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

INTRODUÇÃO: Os indivíduos cegos, por não perceberem o estímulo visual, acabam desenvolvendo melhor outras habilidades, como a habilidade auditiva. A audição acaba exercendo um papel importantíssimo no desenvolvimento e adaptação social desde o início da vida. Acredita-se que é necessário uma adequada da estimulação auditiva para que crianças e mesmo adultos cegos possam desenvolver-se melhor socialmente, conseqüentemente, faz-se necessário um maior cuidado com esse sentido, assim como o seu melhor conhecimento. Objetivos: Avaliar o desempenho do processamento temporal de cegos; caracterizar a habilidade de resolução temporal segundo tempo e freqüência, usando o teste de detecção de Intervalos aleatórios (Random Gap Detection Test - RGDT), em sua versão original e expandida; caracterizar a habilidade de ordenação temporal usando o teste de padrão de duração; caracterizar a ordenação temporal de cegos usando o teste de padrão de freqüência e comparar o desempenho da população estudada para os testes de processamento aplicados. Material e Método: Este estudo foi realizado em uma clínica-escola de Fonoaudiologia de uma Universidade privada, localizada na cidade do Recife e participaram dele quinze adultos cegos, de ambos os sexos. A pesquisa foi do tipo transversal, tendo sido realizada em um período de dois meses e foi aprovada pelo Comitê de Ética do HEMOPE sob nº 003/2008. Para a coleta de dados usou-se o RGDT em suas duas versões e os testes de padrão de duração (TPD) e de freqüência (TPF). Os dados obtidos foram analisados com técnicas de estatística descritiva. RESULTADOS: Foi evidenciadoexcelente desempenho para o processamento temporal, média de 4,98 para o limiar composto na versão original do RGDT e 50 ms de reposta para todas as frequências na versão expandida. Os resultados do TPD e TPF variaram de 95 a 100% de acertos. Não houve diferença quantitativa quando comparados os testes avaliados, mas relatos verbais apontam o RGDT original como o mais difícil. CONCLUSÃO: A amostra avaliada apresentou bom desempenho do processamento temporal, bom desempenho para as habilidades de resolução temporal e ordenação temporal e que o RGDT na sua versão original parece ser mais difícil que os demais, muito embora não tenha havido diferença no desempenho dos sujeitos para os testes utilizados.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-205

TÍTULO: DESENVOLVENDO SOFTWARE MONTADOR/CONVERSOR DE ARQUIVOS DICOM EM VIDEO E IMAGENS DIGITAIS

AUTOR(ES): LAURO OTACILIO CAMPOS DE SOUSA , ALESSANDRO MARINHO DE ALBUQUERQUE, JAMES DARY ALMEIDA BARBOSA, RICARDO ALEXSANDRO DE MEDEIROS VALENTIM, GUILHERME RAINER HAETINGER, LAURO ROBERTO CAMPOS DE SOUSA,

INSTITUIÇÃO: UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO:

Atualmente, é notório o uso cada vez maior da computação na área da saúde.  A atividade clínica sempre foi baseada na incansável procura por diagnósticos precisos e ágeis, assim como disseminação de conhecimento para facilitar mais ainda o diagnóstico. O padrão de imagem DICOM foi criado para permitir inserir metadados nas imagens médicas.  Entretanto, não basta termos as imagens do paciente em formato DICOM, pois poucos softwares tem capacidade de leitura de arquivos no formato DICOM,  fazendo-se necessário em algumas situações de urgência para o diagnóstico do exame de imagem, de um software capaz de ler os arquivos no formato DICOM de modo rápido e eficiente e remontá-los em arquivos de video digital ou de imagem convertidos em outros formatos e resoluções.

OBJETIVOS:

Demonstrar as vantagens de se converter arquivos de exames médicos em formatos DICOM para outros formatos como BMP/JPEG (Imagens) e AVI/MOV (Video) utilizando-os para transmissão via web possibilitando de maior agilidade no diagnóstico médico in loco e à distância.

METODOLOGIA:

Utilizamos arquivos seriados (no formato DICOM) de um paciente obtidos a partir de aparelho de TC que foram armazenados em determinado diretório (pasta) em um sistema operacional onde o software que desenvolvemos (construído na linguagem JAVA) capturou os arquivos DICOMS e os converteu fazendo uso das bibliotecas "dmc4chee" e "imageIO"  que são especializadas tanto em  manipulação de DICOMS quanto em conversão e tratamento de qualidade de imagem para outros formatos. Tais imagens convertidas para JPEG/BMP são alocadas em seqüencia em um diretório específico para posteriormente serem transformadas em vídeo digital ou imagens vinculadas aos exames do paciente em questão e em seguida o sistema notifica o médico da realização do exame mostrando-o (in loco ou via Web) os exames realizados para que seja realizado o diagnóstico.

RESULTADOS:

Como resultados, observamos satisfeitos que não houve perda de qualidade na conversão de DICOM para BMP.  Já na conversão de DICOM para JPEG houve uma perda, porém essa perda foi mínima e, dependendo do tipo de exame, essa perda não dificultará o diagnóstico médico.  O software possibilita a eliminação de rotinas manuais entre as quais estão: o ato de levar o exame até o médico, o médico ir até a sala pegar o exame (no caso, o médico no seu próprio consultório (ou qualquer outro ambiente com internet) ao acessar o sistema, é notificado do exame do paciente, agilizando o processo de diagnóstico).

CONCLUSÃO:

O uso de arquivos DICOM já se constitui em padrão na grande maioria das clínicas/hospitais do mundo. Entretanto, com relativamente recente explosão exponencial do uso da Internet, surgiram poucos sistemas médicos especializados em DICOM para web.  Sabendo que o arquivo DICOM é feito especificamente para máquinas do ramo médico e existindo poucos softwares capazes de ler o formato DICOM e exibi-lo, é necessário a conversão de tal formato para outros legíveis em computadores comuns visando a perda mínima de qualidade da imagem e obtendo como vantagem mais velocidade de transmissão desses arquivos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-206

TÍTULO: DIA MUNDIAL DA VOZ: DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES VIDEOLARINGOLÓGICA, AUDITIVO-ACÚSTICA E DE QUALIDADE DE VIDA

AUTOR(ES): DENILSON STORCK FOMIN , CÉSAR AUGUSTO SIMÕES, ALESSANDRA CRISTINA DOS SANTOS FORNARI, THAÍS MARIA PASTORELLI RODRIGUES, LEYLANNE FERNANDA CARNEIRO DE ROBERTIS, ROBERTO NAVARRO MORALES JÚNIOR, SANDRA MARIA PELA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO ? HOSPITAL MUNICIPAL DR. MOYSÉS DEUSTCH / M?BOI MIRIM

INTRODUÇÃO: A voz humana tem se tornado cada vez mais objeto de estudo de especialistas, principalmente pelo grande aumento dos distúrbios relacionados ao uso pessoal e profissional. Sabe-se que o Brasil tem uma das maiores incidências de câncer de laringe no mundo. A divulgação e realização de campanhas têm efetivamente auxiliado na orientação de cuidados e prevenção destes distúrbios. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi descrever os resultados das avaliações videolaringológicas, perceptivo-auditiva e acústica e de qualidade de vida na triagem vocal. Material e Método: Foram utilizados três protocolos de triagem vocal: avaliação videolaringoscópica (nasofibroscópio flexível e/ou telelaringoscópio rígido), perceptivo-auditiva e acústica (GRBASI, pitch, loudness, ressonância, CPF, TMF, freqüência fundamental, jitter, shimmer, irregularidade, GNE), e questionário de qualidade de vida e voz (QVV = Protocolo de Qualidade de Vida Relacionada à Voz). Participaram deste estudo 16 indivíduos que procuraram o atendimento da Campanha Nacional de Voz realizada no Dia 16 de Abril de 2010 em um hospital municipal em parceria com uma instituição de ensino superior privado. RESULTADOS: Do total de indivíduos que procuraram o atendimento, 11 (69%) eram mulheres e 5 (31%) homens, entre 21 e 81 anos, com média de 39 anos. Destes, 12 (75%) indivíduos relataram queixas relacionadas à voz, 2 (12%) sem queixa específica e 2 (12%) com queixa relacionada à fluência de fala. Com relação às queixas relacionadas à voz, 10 (62,5%) indivíduos tinham queixas com características auditivas (rouquidão, falhas, redução de loudness) e 8 (50%) apresentavam características proprioceptivas (fadiga, dor e/ou incômodo após o uso da voz). As principais alterações laríngeas (31%) foram cisto, paralisia e paresia de prega vocal e edema interaritenoídeo. Sete indivíduos (44%) não apresentaram lesões e quatro (25%) foram encaminhados para realização laringológica a posteriori. Da avaliação perceptivo-auditiva e acústica, 11 (69%) indivíduos apresentaram alterações do comportamento vocal. Ao responderem o questionário, a porcentagem destes indivíduos que apresentou um escore próximo aos valores de referência para indivíduos disfônicos foi de 54% para o escore físico (de 50 a 79,1), 18% para o escore sócio-emocional (68,75 a 75) e 27% para o escore total (67,5 a 77,5). CONCLUSÃO: A associação dos três tipos de avaliações demonstrou ser um conjunto de instrumentos prático em triagem de campanhas de saúde vocal com a possibilidade da realização de orientações mais efetivas no momento da triagem e de um encaminhamento mais preciso para o tratamento necessário.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-207

TÍTULO: DIAFRAGMA SUBGLÓTICO CONGÊNITO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RENATA SANTOS BITTENCOURT SILVA , DANIEL JAROVSKY, RICARDO JUNCHEN CHI, LUCAS BEVILACQUA ALVES DA COSTA, VANESSA SALVIA, MARCO ANTÔNIO DOS ANJOS CORVO, CLAUDIA ALESSANDRA ECKLEY

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Nos recém-nascidos e lactentes as anomalias congênitas das vias aéreas representam a maior causa de estridor, destacando-se, entre estas, a laringomalácia, considerada a principal causa de estridor na infância. Outras malformações congênitas da laringe que cursam com estridor são a atresia laríngea, a membrana ou diafragma laríngeo, os cistos, a estenose subglótica. Frente a uma criança com estridor, a avaliação clínica deve ser precoce para determinar a gravidade do caso, levando-se em consideração o grau de desconforto respiratório. A estenose subglótica (ES) pode ser congênita ou adquirida. A congênita está ligada a uma falha na recanalização do lúmen laríngeo durante o envolvimento embrionário. A sintomatologia pode não se manifestar até que haja alguma situação desencadeante. A maioria dos casos surge após infecções do trato respiratório, mas também após períodos de intubação prolongada. RELATO DE CASO: Paciente L.S.Q, masculino, 4 meses de vida, oriental, apresentou-se no serviço de urgências pediátricas com quadro de tosse, coriza e cansaço respiratório há dois dias.  Ao exame inicial apresentava freqüência cardíaca de 110 batimentos por minuto e respiratória de 58 incursões por minuto, com retrações subcostais e estridor tanto inspiratório quanto expiratório à respiração, com saturação de O2 de 91% em ar ambiente. Mãe referia alta hospitalar há então sete dias, após período de quinze dias de internação em outro serviço por quadro de bronquiolite complicada- durante esta internação prévia, o paciente havia necessitado de intubação orotraqueal por sete dias. Realizada nasofibrolaringoscopia, que evidenciou a presença de membrana subglótica fina, com orifício central arredondado de aproximadamente 2,5mm. Foi submetido a uma sessão de dilatação endoscópica com rompimento da membrana com sondas números 12 a 16, apresentando-se facilmente transponível ao aparelho de 4,2 mm e com discreto sangramento com correção da lesão laríngea e evoluindo com melhora do padrão respiratório e do estridor, recebendo alta do Serviço. Após revisões endoscópicas e nasofibrolaringoscópicas sete e nove dias após, respectivamente, não foram evidenciadas estruturas residuais da membrana subglótea. DISCUSSÃO: As membranas laríngeas são finas formações translúcidas decorrentes de falha na recanalização do lúmem laríngeo durante a fase embrionária. Sua incidência foi estimada em 1 a cada 10.000 nascidos vivos. Setenta e cinco por cento das membranas laríngeas se situam ao nível das pregas vocais, sendo o restante sub ou supra-glótico. A maioria das membranas laríngeas se situa anteriormente entre as pregas vocais e somente 1 a 2% se localiza posteriormente. O diafragma laríngeo é a persistência de uma membrana horizontal entre as pregas vocais, podendo formar um véu supra ou subglótico. Quando o orifício é central e reduzido chama- se diafragma, e se restrito à porção anterior ou mediana, chama- se membrana. A característica principal do quadro clínico é a disfonia, associada a estridor ou dispnéia, dependendo da extensão da lesão. Como as estenoses laríngeas têm baixa incidência e são encontradas principalmente em hospitais com nível terciário de atendimento, existem grandes dificuldades diagnósticas e terapêuticas na evolução dos casos, inclusive com índices muito variáveis de sucesso pós-operatório. Os principais objetivos do tratamento devem ser sempre a manutenção da via aérea pérvea, com obtenção de voz aceitável e laringe competente que evite aspirações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-208

TÍTULO: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE AS DESORDENS TEMPORO-MANDIBULARES E AS DOENÇAS DO OUVIDO

AUTOR(ES): DIEGO SILVA WANDERLEY , MARIANA GOMES DA COSTA DE MARCA, FABIANA CAMBRAIA CORREA, LUIZ EDUARDO RIBEIRO BOSCO, RICARDO TOLEDO PIZA, IRAMAIA PIFANO SILVA, RODRIGO RAMOS CAIADO

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PROFESSOR JOSÉ KÓS

INTRODUÇÃO:

A Disfunção da Articulação Temporo-Mandibular (ATM) implica no funcionamento anormal desta articulação, ligamentos e músculos da mastigação, ossos maxilar e mandíbula, dentes e estruturas de suporte dentário.

Está relacionada a hábitos comuns, como bruxismo (frender ou ranger), morder objetos estranhos, roer unhas, mastigar chicletes, postura da cabeça (para a frente), ou ainda apresentar fatores relacionados com o estresse, depressão e ansiedade ou eventos traumáticos.

OBJETIVO:

Mostrar a relação entre as desordens temporo-mandibulares e sintomas otológicos, como dor, plenitude auricular e zumbidos.

MÉTODOS:

Paciente masculino, B.A.S.C, 62 anos,  negro, com queixa de otalgia bilateral, pior em ouvido esquerdo, de início há aproximadamente 30 dias. Refere que dias antes do início da dor sofreu traumatismo maxilofacial (acidente automobilístico), na ocasião, foi atendido pelo cirurgião bucomaxilofacial.

A avaliação clínica odontológica abrangeu a oclusão dentária, os côndilos da mandíbula, abertura e fechamento da arcada dentária. Também foi solicitado radiografia panorâmica da face, que não evidenciou alterações importantes.

A avaliação otorrinolaringológica mostrou oroscopia, rinoscopia anterior e otoscopia sem alterações, porém, apresentava crepitações bilaterais à palpação da articulação temporo-mandibular durante a abertura e fechamento da boca. Realizou exame audiométrico que mostrou disacusia sensorioneural discreta, timpanometria com perfil tipo A em ambos os ouvidos e reflexo estapédico presente bilateralmente.

Recebeu tratamento sintomático e foi encaminhado ao odontólogo especializado com a hipótese diagnóstica de disfunção da articulação temporo-mandibular.  

RESULTADOS:

Retornou ao ambulatório de otorrinolaringologia após dois meses de tratamento, sem queixas álgicas. Fez uso de placa oclusal miorrelaxante em arcada superior e antiinflamatórios não hormonais. Relata que a melhora da otalgia ocorreu de forma rápida, em menos de duas semanas.

CONCLUSÃO:

A otalgia não é um sintoma específico de distúrbios do ouvido e o diagnóstico definitivo pode não ser feito em uma primeira consulta. A dor pode ter várias origens, com irradiação para estruturas próximas da articulação temporo-mandibular como é o caso do ouvido. Os sintomas auditivos podem ser variados, pois além da dor o paciente pode referir plenitude auricular e até zumbido. Exames complementares devem ser solicitados de acordo com o quadro clínico de cada paciente.

O exame audiométrico e a timpanometria são essenciais na diferenciação entre otalgia e otodinia.

Portanto, em pacientes com queixas álgicas de ouvido, com ou sem outros sintomas auditivos, que apresentam otoscopia, exame audiométrico e timpanometria dentro da normalidade, deve-se sempre pesquisar distúrbios do sistema mastigatório, como a desordem temporo-mandibular.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-209

TÍTULO: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ANGINA DE LUDWIG E FASCEÍTE NECROTIZANTE CERVICAL ? RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): DENISE BRAGA RIBAS, MARCELO CHARLES PEREIRA, PAULO EDUARDO PRZYSIEZNY, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, EMERSON FRANCESCHI, FABIANO DE TROTTA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA - FILIAL DO PARANÁ

Angina de Ludwig é uma infecção da base da boca e da região submandibular, que ocorre frequentemente após extração dentária ou de algum tecido da região bucal em mal estado. A infecção, ao atingir o músculo milohióide, pode evoluir para uma fasceíte necrotizante. Os sintomas são agudos apresentando-se com febre, odinofagfia, disfagia e mal estar. Diagnósticado inicia-se antibioticoterapia de largo espectro e exploração cirúrgica precoce.

Fasceíte necrotizante é uma entidade grave que envolve o tecido  celular subcutâneo. Apresenta rápida expansão com necrose ao longo dos planos e subseqüente infiltração por toda a pele. As regiões cérvico-faciais são raramente acometidas, porém de maior morbidade, evoluindo para mediastinite ou sepse. A porta de entrada é principalmente um local de trauma. Indivíduos imunossuprimidos, diabéticos, obesos, alcoólatras, drogaditos apresentam especial predisposição para o desenvolvimento desta enfermidade. A clínica é aguda, com inicio de dor e edema, com ou sem febre e calafrios. Dentro de 24 horas um flegmão pode estar presente com eritema e celulite local. O risco de vida aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos, com a demora do diagnóstico ou devido a presença de comorbidades, especialmente doença vascular e desnutrição.

Apresentamos um caso incomum de uma paciente de 44 anos, pós tratamento dentário, retransplantada renal e imunossuprida, em boas condições de vida sem mais comorbidades e fatores agravantes. Iniciou quadro clínico de dor, edema e abscesso 5 dias após o tratamento dentário. Evoluindo rapidamente para angina de Ludwig e fasceíte necrotisante onde foi realizado procedimento cirurgico e em 48 horas para sepse e óbito.

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TRABALHO CLÍNICO

P-210

TÍTULO: DIMENSÕES E PRESSÃO INTRALUMINAL DA TRANSIÇÃO FARINGOESOFÁGICA EM LARINGECTOMIZADOS TOTAIS COM PRÓTESE TRAQUEOESOFÁGICA

AUTOR(ES): HILTON MARCOS ALVES RICZ , TELMA KIOKO TAKESHITA, HENRIQUE CERETTA ZOZOLOTTO, ROBERTO OLIVEIRA DANTAS, LÍLIAN AGUIAR-RICZ

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A prótese traqueoesofágica (PTE) tem sido o método de escolha dentre as formas de comunicação alaríngea existentes, pois, promove uma convincente opção de reabilitação. Apesar das taxas de sucesso ser evidentes e prevalecerem, há também considerável casos de insucesso, cujas causas e razões não estão claramente definidas. O conhecimento anatomofisiológico da transição faringoesofágica (TFE) pode proporcionar a constatação de fatores preditivos para a comunicação alaríngea e estabelecer procedimentos e critérios refinados para melhor caracterização dos indivíduos falantes com a PTE.

OBJETIVO: relacionar dimensões e pressão intraluminal da transição faringoesofágica de laringectomizados totais com prótese traqueoesofágica.

METODOLOGIA: participaram do estudo 20 laringectomizados totais com inserção secundária da prótese traqueoesofágica (Provox®, Atos Medical AB), sendo 17 homens e três mulheres, com idade média de 61 anos e sete meses, submetidos à laringectomia total clássica. Todos os pacientes foram submetidos à manometria para avaliação da pressão intraluminal da transição faringoesofágica no repouso e durante a emissão prolongada da vogal ?a?. Posteriormente, foi realizada a videofluoroscopia, sendo primeiramente orientado o paciente que deglutisse 20mL de sulfato de bário visando a identificação das estruturas anatômicas, para em seguida emitir por três vezes a vogal prolongada ?a?. Selecionaram-se dois quadros do exame videofluoroscópico, no repouso e durante a fonação, cujas dimensões foram avaliadas por três expertos, por meio de um programa computadorizado. As dimensões da TFE mensuradas foram: distância ântero-posterior entre a proeminência da transição faringoesofágica e a parede anterior da faringe em repouso e durante a fonação (PTFE-PAF); distância ântero-posterior entre a proeminência da transição faringoesofágica e a parede posterior da faringe (PTFE-PPF); comprimento longitudinal da transição faringoesofágica no repouso e durante a fonação (CLTFE).

RESULTADOS: durante a fonação, a pressão intraluminal média obtida foi de 38,1mmHg, e de 13,83mmHg no repouso. Dimensões de PTFE-PAF e de PTFE-PPF foram respectivamente, 4,73mm e 14,31mm (repouso) e 5,22mm e 18,56mm (fonação). No repouso, CLTFE foi de 12,55mm e 10,46mm durante a fonação. Durante a fonação, houve correlação positiva entre PTFE-PAF e amplitude de pressão intraluminal (0,41) da transição faringoesofágica. Correlações inversas foram constatadas entre CLTFE e amplitude de pressão (-0,27) no repouso, e entre PTFE-PPF e amplitude de pressão, durante a fonação (-0,24).

CONCLUSÃO: As amplitudes de pressão e as dimensões PTFE-PPF e CLTFE da transição faringoesofágica apresentaram diferença significante, considerando-se as condições de repouso e de fonação e quanto maior a distância entre a proeminência faringoesofágica e a parede anterior da faringe, maior a amplitude de pressão durante a fonação.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-211

TÍTULO: DIMINUINDO A MORBIDADE DA CIRURGIA ONCOLÓGICA CRÂNIOFACIAL ATRAVÉS DO USO DE PRÓTESE

AUTOR(ES): DAVID RIBEIRO BIRNFELD , EDUARDO MÜLLER AÑEZ, NÉDIO STEFFEN, HEITOR RIBEIRO BIRNFELD, LUIZ AUGUSTO COSTA PAIM, GUILHERME FRITSCHER, DAVID PONCIANO DE SENA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO LUCAS - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

INTRODUÇÃO: A prótese facial tem por objetivos restaurar estética, função, proteção de tecidos e auxiliar no aspecto psicossocial. Para tanto requer atuação transdisciplinar entre diversas áreas da medicina, odontologia além de outras, como fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia. A prótese repara artificialmente o volume e aparência dos tecidos musculares, cutâneos e esqueléticos devolvendo ao paciente um mínimo de função estética, convivência e autoestima. A maior causa de perdas de tecidos faciais são traumas, neoplasias e malformações congênitas. O método de reparo leva em consideração o sítio, tamanho, etiologia, severidade, faixa etária e motivação do paciente. Assim sendo, na impossibilidade ou contra indicação do reparo plástico cirúrgico, da necessidade de radioterapia e quimioterapia prévia ao reparo utiliza-se a prótese facial como tratamento definitivo ou transitório. Muitos estudos indicam que o paciente com deformidade facial possue elevado nível de estresse, limitações físicas, distúrbios de imagem corporal e incapacidade de relacionamento. Tal método de reparo torna-se muito importante para o tratamento, pois devolve a autoestima e reintegra o paciente à sociedade.

RELATO DE CASO: M.O.L., 31 anos, feminina, industriária, procedente do interior gaúcho, internou no Hospital São Lucas (PUCRS) por tumoração úlcero-infiltrativa na região dorsal do nariz. Evolução clínica de 8 meses associada à dor progressiva. Realizou tomografia computadorizada contrastada dos seios da face que mostrou volumosa formação expansiva no dorso nasal, impregnada ao contraste, estendendo-se inferiormente à espinha nasal inferior e superiormente ao bordo ântero-inferior do seio frontal. Obliterava bilateralmente a porção superior das narinas e fazia contato com as partes moles dos sulcos naso-orbitários, sem sinais evidentes de invasão da cavidade orbitária. À direita parecia existir extensão da lesão para a região da pálpebra inferior. A face posterior estava em contato com os limites ósseos que mostravam irregularidade nos seus contornos, não se podendo excluir infiltração focal. Estadiamento clínico T4N0M0. Realizou biópsia com diagnóstico de carcinoma epidermóide invasor. Ressecção envolveu o nariz, pele, e tecidos moles de região interorbitária, parte do osso frontal, ossos e cartilagens da cavidade nasal posterior, medindo 8.8 X 5.8 X 4.8 cm. Anátomo-patológico com margens cirúrgicas livres. Realizou radioterapia adjuvante. Foi encaminhada à reabilitação de prótese facial, enquanto aguarda cirurgia reconstrutiva.

CONCLUSÃO: Através da prótese intermediária feita de silicone mecanicamente sustentada por um óculos, a paciente relatou uma melhora subjetiva em sua vida social de 80%. O custo final da reabilitação alcançou 500 reais em material, e aproximadamente 20 horas de trabalho. Em virtude da demanda reprimida de cirurgias reconstrutivas este método torna-se uma alternativa qualificada, de baixo custo e de boa aceitabilidade por parte dos pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-212

TÍTULO: DISFAGIA NO IDOSO: AVALIAÇÃO ESTRUTURAL ORAL EM PACIENTES INSTITUCIONALIZADOS E EM NÃO INSTITUCIONALIZADOS

AUTOR(ES): TIAGO PAGANUCCI LODI, SULENE PIRANA, EVELIN TESSER, CAMILA SHINKAWA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, a expectativa  de vida mundial tem aumentado, o que significa um crescimento da população idosa, definida pela OMS como sendo os indivíduos com idade superior a 60 anos, nos países em desenvolvimento. Estima-se que 70% a 90% dos indivíduos desta faixa etária apresentem algum distúrbio da deglutição.A primeira fase da deglutição, a fase oral preparatória, envolve a preparação e modelamento do bolo através da mastigação e mistura com a saliva, dependendo assim da integridade das estruturas orais.

OBJETIVO: O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar e comparar alguns aspectos estruturais orais em idosos institucionalizados e não-institucionalizados e, dentro deste último grupo, comparar a incidência da afecção nos idosos economicamente inativos e nos ativos.

METODOLOGIA: Foram avaliados  150 voluntários com mais de 60 anos, sendo que, 50 destes encontravam-se institucionalizados (grupo A), 50 não-institucionalizados e economicamente inativos(grupo B)  e outros 50 não institucionalizados e economicamente ativos(grupo C).  Ambos os grupos apresentavam composição semelhante, sendo 60% feminino.Foram avaliados: conservação dentária, utilização de prótese dentária, oclusão dentária, higiene oral, produção de saliva e presença de ulcerações.

RESULTADOS: Tiveram diferenças estatisticamente significantes a um nível de 10% as variáveis: conservação dentária, utilização de prótese dentária, oclusão dentária, higiene oral e produção de saliva.Quanto à conservação dentária, no grupo A 44% dos indivíduos apresentaram bom estado, 50% regular e 6% mau estado. No grupo B 70% dos indivíduos apresentaram  bom estado, 23% regular e 7% mau estado. No grupo C 92% dos indivíduos apresentaram bom estado, 8% regular e nenhum mau estado.Quanto à utilização de prótese dentária, no grupo A e no B 84% faziam uso e 16% não. No grupo C 92% faziam uso e apenas 8% não.Quanto à oclusão dentária, no grupo A 66% apresentava adequada e 34% inadequada, no grupo B 76% adequada e 24% inadequada e, no grupo C 90% adequada e 10% inadequada. Quanto à higiene oral, no grupo A 12% apresentava adequada e 88% inadequada, no grupo B 96% adequada e 4% inadequada e, no grupo C 92% adequada e 8% inadequada.Quanto à produção salivar, no grupo A 76% apresentou-se normal, 10% com xerostomia e 14% com sialorréia, No grupo B os percentis foram 94%, 2% e 4% respectivamente. No grupo C 84% estava normal, nenhum indivíduo com xerostomia e 16% com sialorréia.Quanto à incidência de ulcerações intra-orais, variou de 4 a 12% sem diferença estatisticamente significante entre os grupos.

CONCLUSÕES: Ao analisar estruturalmente as condições gerais da cavidade oral de cada grupo, constatou-se que o grupo de idosos institucionalizados apresentou os piores índices nas variáveis avaliadas com exceção de ulceração oral.As condições estruturais melhoram nos idosos não institucionalizados e são ainda melhores nos economicamente ativos. Podemos inferir uma relação positiva entre condição geral de saúde e situação econômica com o estado das estruturas orais avaliadas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-213

TÍTULO: DISFAGIA NO IDOSO: AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM PACIENTES INSTITUCIONALIZADOS E EM NÃO INSTITUCIONALIZADOS

AUTOR(ES): TIAGO PAGANUCCI LODI, SULENE PIRANA, EVELIN TESSER, CAMILA SHINKAWA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas, a expectativa de vida mundial tem aumentado, o que significa um crescimento da população idosa, definida pela OMS como sendo os indivíduos com idade superior a 60 anos, nos países em desenvolvimento. Estima-se que 70% a 90% dos indivíduos desta faixa etária apresentem algum distúrbio da deglutição.Estão envolvidas várias estruturas neuro-musculares orais, faríngeas, laríngeas e esofágicas. A fase oral, tanto na preparação do alimento, quanto na propulsão em direção à faringe é de suma importância e possui controle voluntário em seus estágios iniciais, tornando-se posteriormente involuntária e desencadeando o movimento peristáltico.

OBJETIVO: O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar e comparar alguns aspectos funcionais da deglutição em idosos institucionalizados e não-institucionalizados e, dentro deste último grupo, comparar a incidência da afecção nos idosos economicamente inativos e nos ativos.

METODOLOGIA: Foram avaliados 150 voluntários com mais de 60 anos, sendo que, 50 destes encontravam-se institucionalizados (grupo A), 50 não-institucionalizados e economicamente inativos(grupo B)  e outros 50 não institucionalizados e economicamente ativos(grupo C).  Ambos os grupos apresentavam composição semelhante, sendo 60% feminino. Foram avaliados: escape de saliva pelos lábios, postura durante refeição, movimento mastigatório, velocidade da mastigação, movimentação compensatória para deglutir, presença de resíduo oral, tosse durante e após alimentação, engasgo, fadiga e alteração da voz.

RESULTADOS: Em 3% do total das avaliações, observou-se escape de saliva pelos lábios. Quanto à postura durante a refeição: em decúbito dorsal 2%. Quanto ao movimento mastigatório, 22% apresentou-se unilateral, 36% bilateral e 42% com predomínio de um lado. Detectou-se movimentação compensatória para deglutir em 90% dos indivíduos, engasgos em 9% e fadiga em 7%.Tiveram diferenças estatisticamente significantes a um nível de 10% as variáveis: velocidade da mastigação, sendo normal em 56% do grupo A, 46% do grupo B e 96% do grupo C ; presença de resíduo em cavidade oral, positivo em 76% dos grupos A e C e, em 56% do grupo B;  tosse durante a alimentação, presente em 14% do grupo A e ausentes nos grupos B e C;  e após alimentação presente em 8% dos grupos A e B e em 4% do grupo C e; alteração da voz presente em cerca de 10% dos grupos A e B e ausente no grupo C.

CONCLUSÕES: Analisando-se os dados constatamos a correlação entre as condições gerais de saúde e situação econômica dos idosos e a freqüência de alterações funcionais na deglutição. Verifica-se que os idosos institucionalizados têm, de maneira geral, pior desempenho na maioria fatores analisados e isso provavelmente se deve à pior condição de saúde geral e do sistema estomatognático e os idosos não institucionalizados economicamente ativos  apresentaram poucas alterações quando comparados aos demais grupos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-214

TÍTULO: DISPLASIA CRANIOMETAFISÁRIA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): MARCUS VINÍCIUS MARTINS COLLARES , GUSTAVO JULIANI FALLER, CIRO PAZ PORTINHO, DAVI SANDES SOBRAL, MAXIMILIANO GIRARDI, MARCIO ROCKENBACH, PAULO WORM

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ - SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO/OBJETIVO:

Displasia Craniometafisária (DCM) é um termo descrito por Jackson et al. em 1954, para uma doença óssea hereditária caracterizada por alargamento metafisário dos ossos tubulares associado a esclerose e hiperostose craniofaciais proeminentes. Sendo o objetivo deste trabalho descrever um caso de DCM em uma paciente feminina de 28 anos tratada cirurgicamente e realizar revisão bibliográfica acerca de aspectos clínicos desta patologia.

CASUÍSTICA E MÉTODO:

Descrever um caso de displasia craniometafisária em uma paciente, e realizar revisão de literatura utilizando os bancos de dados MEDLINE e LILACS.

RESULTADOS / CONCLUSÕES:

Paciente feminina de 28 anos branca,vem a consulta com queixa principal de aumento de volume em região frontal, de início durante a infância, sendo a história familiar negativa. Foi submetida a tratamento cirúrgico aos 12 anos, que consistiu em remodelação frontal por acesso Lynch modificado. Ao exame físico apresentava evidente bossa frontal, com diminuição do diâmetro biparietal, hiperteleorbitismo, hipoplasia de terço médio da face, selamento nasal e alargamento de sobrancelhas. Em TC observa-se espessamento ósseo de todo crânio, com abaulamento em região frontal e em região sagital, irregularidade óssea em suas superfícies, intra e extracranianas. Foi submetida a investigação genética sendo diagnósticada displasia craniometafisária. Foi submetida a remodelação craniana que envolveu as regiões: frontal, parietal, orbitas e glabela por via coronal com melhora importante das deformidades. A displasia craniometafisária é uma patologia rara, sendo que apenas cerca de 85 casos haviam sido descritos até 1994, e apenas dois no Brasil. Sua distinção com a doença de Pyle pode ser realizada clinicamente ou radiologica. É uma doença autossômica, que pode ser dominante ou recessiva, sendo a forma recessiva possuidora de manifestações mais severas. Neste último caso a esclerose óssea temporal e da região da base do crânio pode causar paralisia facial e surdez de condução e amaurose, assim como a hiperostose da região glabelar pode causar obstrução nasal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-215

TÍTULO: DISPLASIA DA ORELHA INTERNA ASSOCIADO À OTITE MÉDIA CRÔNICA

AUTOR(ES): SILVIA MARA TASSO , DENISE MOREIRA PEREIRA COSTA, RUBENS RIBEIRO DA COSTA JÚNIOR, DENISE DE TOLEDO E CARDOSO, MOISÉS FRANKLIN ALVES, DIOGO VASCONCELOS SILVA, MARUSKA D'APARECIDA SANTOS

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HC DA FCM DE POUSO ALEGRE ? UNIVAS (MG)

INTRODUÇÃO: Disacusia significa distúrbio da audição, podendo ser neurossensorial, condutivo ou misto. A disacusia neurossensorial ocorre quando há alteração na orelha interna, podendo ser adquirida ou congênita. A disacusia adquirida ocorre devido a trauma externo ou por lesões no órgão de Corti, no nervo auditivo, nos núcleos bulbares ou nas vias auditivas centrais. A disacusia congênita ocorre por alterações estruturais ocorridas durante o desenvolvimento embrionário, podendo se apresentar de diversas formas¹. As malformações da orelha interna afetam aproximadamente 20% dos pacientes com surdez congênita do tipo neurossensorial, sendo que, em cerca de 50% destes, estão envolvidos mecanismos genéticos. Subotic et al (1978) dividem a surdez neurossensorial congênita em dois grandes grupos: alterações no labirinto ósseo e membranoso ou afecções restritas ao labirinto membranoso. No primeiro grupo situam-se as malformações congênitas da orelha interna e existem diversas formas propostas para classificá-las. Aqueles autores as subdividem em dois tipos: Ausência da orelha interna (Michel). Anomalias da cóclea, resultantes de aplasia do modíolo (Mondini)². Porém a maioria das publicações as classifica em Michel, Mondini, Scheibe e Alexander. RELATO DO CASO: IMSC, 12 anos, natural e residente em Senador Amaral - MG procurou o serviço com queixa de hipoacusia e otorréia crônica à esquerda desde a primeira infância. Negava sintomas vestibulares, alterações na orelha direita e também complicações perinatais, trauma otológico ou uso de medicações ototóxicas. Ao exame físico apresentava perfuração timpânica central e ampla à esquerda. O restante do exame físico era normal. O audiograma mostrou audição normal à direita e anacusia à esquerda. A TC do ouvido evidenciou hipoplasia da orelha interna esquerda, com VII e VIII pares cranianos normais, porém cóclea hipoplásica, classificando o caso como displasia de Mondini. A paciente foi submetida à timpanoplastia esquerda sem complicações, porém mantendo o mesmo padrão audiológico. DISCUSSÃO: Na prática otorrinolaringológica é muito comum encontrarmos pacientes com OMC, o que leva à perda auditiva de leve a moderada, podendo ser condutiva ou mista. Porém quando nos deparamos com uma perda neurossensorial de moderada a profunda, com audição contralateral normal, podem existir outras causas associadas. Observamos então, a necessidade da triagem auditiva neonatal e da orientação quanto à proteção auditiva da orelha sadia. Optamos pela timpanoplastia neste caso com a finalidade de evitar os quadros de otorréia e não de melhora da qualidade auditiva, já que a alteração anatômica existente torna inviável a audição nesta orelha.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-216

TÍTULO: DISPLASIA DE MONDINI BILATERAL ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): CAROLINE MARIA DINATO ASSUNÇÃO , MATEUS CLAUDINO CANNARELLA, CÍCERO MATSUYAMA

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: A Displasia de Mondini (DMO) conta com 50% dos casos de perda auditiva neurosensorial não associada a síndromes. Trata-se de anormalidade na formação das cápsulas óticas com um atraso no desenvolvimento do modíolo da cóclea ocasionando somente um giro e meio da cóclea. Há larga comunicação entre saco coclear e vestíbulo. As funções vestibular e auditiva podem estar normais a severamente afetadas, como perdas profundas.A Tomografia Computadorizada (TC) de Alta Resolução pode identificar de 20 a 30% dessas anormalidades do osso temporal. A DMO bilateral é rara.

OBJETIVO:Descrever um caso raro de displasia de Mondini bilateral não associada a síndromes e realizar breve revisão da literatura.

RELATO DO CASO: A.R.S. sexo feminino, 7 anos de idade. Nos últimos 2 anos apresentava-se desatenta, com dificuldade no desenvolvimento escolar e social. Tinnitus e  tonturas esporádicas. Negou patologias pregressas ou história familiar associada. A Acumetria evidenciou Weber sem lateralização e Rinne indicou perda auditiva neurosensorial bilateralmente. Otoscopia normal. Foram feitas duas audiometrias e tomografia de óssos temporais que mostraram resultados sugestivos de Mondini.

DISCUSSÃO:A DMO é uma alteração na formação do labirinto ósseo, que gera perda auditiva neurosensorial. Das perdas auditivas atribuídas a causas genéticas, aproximadamente 70% são classificadas como não sindrômicas e 30% como sindrômicas Pode estar associada com agentes químicos ou infecções teratogênicas. Também pode aparecer em associação com outras síndromes. Chan at al descreveu uma família com Displasia de Mondini não associada a síndromes. Sete anos depois Griffith et al mostrou associação com genes autossômicos recessivos. Também foi associada à mutação do gene PDS, a qual, segundo Yang et al, causa o déficit na produção da proteína Pedrin promovendo aumento da pressão da endolínfa durante a formação da orelha interna. No caso clínico estudado a DMO se manifestou como uma malformação isolada e bilateral, não sindromica. O gene PDS não foi pesquisado. Segundo Shah et a, os pacientes com Mondini têm um grande risco de desenvolver meningite recorrente ou fístula perilinfática devido ao alargamento do aqueduto coclear ou uma conexão anormal entre o conduto auditivo interno e o labirinto membranoso. Muitas vezes é necessária protetização auditiva. Alguns casos podem ter excelentes resultados com o encaminhamento para Implante Coclear. Daneshi et al relatou 5 casos clínicos de pacientes que obtiveram sucesso. Nossa paciente apresentou bons resultados com protetização.

CONCLUSÃO: A Displasia de Mondini é uma malformação que pode ou não estar associada a síndromes e a história clínica de teratogenicidade. Bilateralidade é uma entidade rara. Alguns pacientes podem ser beneficiados com o uso de Prótese Auditiva, mas em manifestações mais agressivas o Implante Coclear pode oferecer resultados satisfatórios.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-217

TÍTULO: DISPLASIA ECTODÉRMICA, ECTRODACTILIA E FISSURA LABIOPALATAL: RELATO DE UM CASO COM DESENVOLVIMENTO DE COLESTEATOMA BILATERAL

AUTOR(ES): CAROLINE MARIA DINATO ASSUNÇÃO , MATEUS CLAUDINO CANNARELLA, ANDY DE OLIVEIRA VICENTE

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA E CENTRO DE TRATAMENTO DE MALFORMAÇÕES CRANIOFACIAIS MÁRIO COVAS ? FUNDAÇÃO LUSÍADA

INTRODUÇÃO: A Síndrome EEC é uma desordem genética rara de herança autossômica dominante com baixa penetrância e expressão variável. Descrita por Eckholdt and Matens, trata-se de um desenvolvimento anormal ectodérmico, porém pode estar associada a defeitos não necessariamente de origem ectodérmica. Manifestações otorrinolaringológicas são pouco descritas e, na maior parte dos relatos encontrados as causas da perda auditiva não são identificadas. Não foram encontrados relatos de caso sobre acometimento por colesteatoma nesta síndrome. Apresentamos um caso em que se desenvolveu colesteatoma.

OBJETIVOS: Alertar para o acometimento otológico desta patologia, evitando perda auditiva permanente e complicações severas ao paciente.

RELATO DO CASO: RMS, seis anos, sexo feminino.  Acompanhada desde 2007, quando já na primeira consulta apresentava otorréia purulenta.

Ao exame geral: fragilidade de pele e cabelos escassos e finos. Descamações cutâneas e cílios escassos. Mãos e pés em ?garras de lagosta?. Oroscopia: fenda labiopalatina bilateral. Rinoscopia: malformação da columela. Otoscopia: estenose de condutos auditivos externos (CAE, otorréia fétida e purulenta com descamações cutâneas. Membranas timpânicas pouco visualizadas.

Realizadas várias tentativas de tratamento e retornos semanais para aspiração otológica, havendo melhoras e recidivas em seguida. TC de ossos temporais e audiometria, identificando perda auditiva bilateral condutiva moderada a severa e imagem sugerindo colesteatomas.

Foi submetida a transplantes de córnea, palatoplastias e queiloplastias. Não foi identificado retardo mental. Avaliação genética: Síndrome EEC , autossômica dominante.

DISCUSSÃO: A Síndrome EEC é a mais comum de um conjunto de síndromes que associam a displasia ectodérmica com fissuras labiopalatinas.

 Segundo Buss et al o diagnóstico inclui qualquer tipo de displasia ectodérmica, e dois dos critérios maiores: ectrodactilia, anomalias dos ductos lacrimais e lábio/palato fendido, o qual ocorre em 68% dos pacientes.A paciente estudada apresenta estes critérios além de alterações oculares, e estenose de CAE.

 Shin e cols avaliou 69 pacientes pediátricos com displasia ectodérmica através do questionário OM -6, utilizado para avaliar as limitações ocasionadas por otite média crônica. Um desses pacientes apresentava EEC. Encontrado um caso de colesteatoma avançado e dois de estenose do CAE. Estas condições foram detectadas na paciente deste relato, a qual foi encaminhada para cirurgia.

Suspeita ?se de deleção do lócus 7q, a translocação do 7q com o 9p, ou anormalidades do cromossomo 19, no desenvolvimento de EEC. Foram identificadas mutações no gene p63 relacionadas a casos familiares. São descritos dois tipos de EEC: EEC1 ligado ao cromossomo 7q11.2-q21.3 e EEC3 causada por mutações no gene p63 no loco 3q27.

CONCLUSÕES: Os portadores de síndrome EEC apresentam maior suscetibilidade a doenças da orelha média. Uma série de eventos pode justificar este acometimento como fissura labiopalatina e estenose de CAE entre outros. É de extrema importância diagnosticar e tratar adequadamente esses pacientes para que possam ter, da melhor maneira possível, sua integração à sociedade.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-218

TÍTULO: DISPLASIA FIBROSA DE SEIOS PARANASAIS: RELATO DE CASOS

AUTOR(ES): AMAURY DE MACHADO GOMES , LEONARDO MARQUES GOMES, OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, PABLO PINILLOS MARAMBAIA, MELINA PINILLOS MARAMBAIA, RENATA VIGOLVINO

INSTITUIÇÃO: INOOA - INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA OTORRINOS ASSOCIADOS

INTRODUÇÃO: A Displasia Fibrosa Óssea (DFO) é uma osteopatia de caráter benigno e etiologia ainda desconhecida. Atinge predominantemente pacientes do sexo feminino nas 1ª e 2ª décadas, e tem quadro clínico inespecífico o que torna seu diagnóstico geralmente tardio.  A Tomografia Computadorizada é método de escolha na caracterização da lesão e análise da expansão tumoral, auxiliando no planejamento cirúrgico e o acompanhamento pós-cirúrgico dos pacientes.

OBJETIVO: Relatar dois casos de pacientes com Displasia Fibrosa de seios paranasais: maxilar e frontal.

RELATO DE CASOS: Caso 1: Paciente de 53 anos, sexo feminino, relatava história clínica de sintomas alérgicos nasais de longa data, mas negava dor facial localizada ou outras queixas. Ao exame físico, notou-se discreta assimetria facial às custas de abaulamento de região maxilar à direita sem evolução progressiva. Refere cirurgia nasofacial há 25 anos, por via oral, ipsilateral à lesão. A tomografia computadorizada de seios paranasais evidenciou lesão em padrão cístico com densidade óssea de áreas ovaladas e bordas escleróticas compatível com displasia fibrosa em seio maxilar direito comprometendo assoalho da órbita e maxila. A paciente vem em acompanhamento desde então, evolui sem queixas, e não apresenta progressão da lesão.

Caso 2: Paciente de 69 anos, sexo masculino, veio ao serviço devido a um quadro de rinossinusite aguda bacteriana, porém, ao exame físico, notava-se também abaulamento em região de seio frontal. Foi solicitada TC de seios da face que evidenciou lesão mista acometendo seio frontal à direita com margens mal definidas caracterizada por opacidade semelhante a um vidro despolido. O paciente relatou que há cerca de 35 anos foi submetido à cirurgia na região da lesão com diagnóstico histopatológico de Displasia Fibrosa. Refere que não houve progressão da lesão desde então. Foi submetido a tratamento clínico para o quadro infeccioso dos seios paranasais e permanece em acompanhamento em nosso serviço sem referir progressão da lesão.

COMENTÁRIOS FINAIS: A Displasia Fibrosa por se apresentar, geralmente, de forma lenta e assintomática não é um achado comum dentre as patologias mais prevalentes para o otorrinolaringologista. Diante do diagnóstico firmado desta doença é importante salientar a necessidade de acompanhamento clinico contínuo devido à possibilidade de haver recidiva desse tumor.  Nos presentes casos, os pacientes foram submetidos a tratamentos cirúrgicos prévios e no momento não apresentavam nenhuma queixa referente à patologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-219

TÍTULO: DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA CRANIOFACIAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ROBERTA BEZERRA TAVARES GOBETH , SILVA, A. S., RIBEIRO, S., GOBETH, T. R., MOISÉS JR, W. J., SARAIVA, A. C.

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE / UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

INTRODUÇÃO: A displasia fibrosa é uma lesão pseudo neoplásica de etiologia desconhecida, caráter benigno e recidivante. Nesta entidade patológica o osso normal é substituído por tecido contendo colágeno, fibroblastos e quantidade variável de tecido osteóide. Pode ser monóstica , quando ocorre em um osso único ou ossos contíguos, ou poliostótica, quando acomete múltiplos ossos.

OBJETIVO: Relatar um caso de displasia fibrosa poliostótica craniofacial diagnosticada no Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial da Fundação Hospital Adriano Jorge ? Manaus/AM.

METODOLOGIA: Relatamos o caso de um paciente de 13 anos, sexo masculino, com história de evolução de quatro anos de cefaléia em topografia de osso frontal e assimetria facial decorrente de abaulamento em região temporal direita. Em TCC da face evidencia-se espessamento ósseo com alteração do trabeculado e densidade em aspecto de ?vidro fosco? da asa maior do esfenóide, osso temporal com redução do CAE comprometendo algumas células da mastóide direita, zigomático, seio maxilar e parede lateral da órbita direita sugerindo displasia fibrosa. Audiometria tonal sem alteração.

CONCLUSÃO: A displasia fibrosa é uma enfermidade pouco frequente, representando 2,5% dos tumores ósseos e 7,5% dos tumores ósseos benignos, sendo o envolvimento da cabeça e pescoço comum, em cerca de 10 a 30% das formas monostóticas. O caso relatado é compatível com os já descritos na literatura, e embora seu diagnóstico precoce seja difícil de ser realizado devido a inespecificidade do quadro clinico e evolução lenta, é importante que seja feito, uma vez que devem ser excluídos outros tumores, tais como fibroma ossificante, osteoma e osteocondroma.

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TRABALHO CLÍNICO

P-220

TÍTULO: DISPOSITIVOS DE MUSICA PORTÁTEIS E PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO. QUAIS OS NIVEIS SEGUROS PARA SE OUVIR MÚSICA?

AUTOR(ES): BETTINA CARVALHO , ADRIANA KOSMA PIRES OLIVEIRA, RODRIGO PEREIRA, ÂNGELA RIBAS, JULIANA BENTHIEN CAVICHIOLO

INSTITUIÇÃO: HC/UFPR

INTRODUÇÃO: Os atuais dispositivos musicais portáteis: cada vez mais populares, menores, mais sofisticados e com maior potência têm suscitado preocupação. Eles poderiam contribuir para perda auditiva induzida por ruído? OBJETIVOS: Definir através de microfone intra canal os níveis de intensidade sonora atingidos pelos dispositivos musicais sonoros disponíveis no mercado brasileiro e correlacionar com os níveis já estabelecidos na literatura para limites exposição ao ruído ocupacional. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram aferidos os níveis de intensidade sonora atingidos por 5 aparelhos musicais portáteis em 25%, 50%, e 100 %da capacidade de volume. Para essa aferição foi usado um decibilímetro da marca Audiotest 525- oticom caliobrado em 7/12/07 com validade da calibração até 7/12/08 padrão isso 8253. O microfone do aparelho posicionado em conduto auditivo externo. As aferições foram realizadas em um mesmo paciente  por um mesmo profissional com 2 fones. . Os fones utilizados foram os disponibilizados pelo fabricante com o aparelho, todos  do tipo intra canal. Os níveis aferidos foram correlacionados com a  normas regulamentadora ?NR 15? que define os níveis de ruído tolerados. em decibéis em relação ao tempo de exposição para trabalhadores. RESULTADOS: Todos os aparelhos testados foram capazes de produzir som com pressão superior a 85 db. CONCLUSÕES: Teoricamente, os atuais dispositivos musicais portáteis produzem níveis sonoros que podem danificar audição e levar à perda auditiva quando comparados as normas já estabelecidas para exposição ao ruído ocupacional. Mais estudos são necessários para aumentar a compreensão básica da fisiologia de perda de audição por dispositivos musicais portáteis em  relação de perda auditiva induzida por ruído. Se faz opurtuno a conscientização que ouvir musica em volume alto pode causar PAIR.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-221

TÍTULO: DOENÇA DE CASTLEMAN COMO MANIFESTAÇÃO CERVICAL

AUTOR(ES): LUIZ GABRIEL SIGNORELLI , NELSON SOLCIA FILHO, ELAINE DE ABREU MENDES, SULENE PIRANA, OSCAR ORLANDO ARAYA FERNANDEZ, JOÃO MARCELO DULCCHESI DE ALMEIDA, TIAGO PAGANUCCI LODI

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE ORL & CCF DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SÃO FRANCISCO

A Doença de Castleman (DC), é uma patologia linfoproliferativa benigna rara, com poucos relatos na literatura científica. Aqui relataremos o caso de uma jovem de 15 anos que apresentou tumor cervical de crescimento progressivo por seis meses em nível II a direita com 5 cm de diâmetro e características clínicas de linfonodo reacional. O tratamento foi a ressecção total do tumor. Após o anatomopatológico e imunoistoquimico confirmou o diagnóstico de doença de Castleman. O seguimento será feito por tempo prolongado, apesar do tratamento proposto ter sido descrito como curativo, pelo risco de desenvolvimento de linfoma não-hodgkin.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-222

TÍTULO: DOENÇA DE FORESTIER COMO CAUSA DE DISFAGIA E DESCONFORTO EM OROFARINGE

AUTOR(ES): KARLOS KEMPS LIMA DA SILVA , CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA, WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA, DEBORAH FRANCO ABRAHÃO, ALONÇO DA CUNHA VIANA, DANIELA LEITÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCILIO DIAS

INTRODUÇÃO: A Doença de Forestier, também conhecida como hiperostose esquelética idiopática difusa, é uma doença esquelética relativamente comum, de causa desconhecida, caracterizada por ossificações na porção ântero-lateral de corpos vertebrais contíguos na ausência de degeneração discal significativa, anquilose interapofisária ou fusão das articulações sacroilíacas. Aproximadamente 10% dos homens e 8% das mulheres acima de 65 anos irão desenvolver doença de Forestier. Entre suas possíveis manifestações clinicas encontram-se disfagia, sensação de corpo estranho em orofaringe e disfonia.

OBJETIVO: Relatar um caso de doença Forestier com sintomas clínicos otorrinolaringológicos.

RELATO DE CASO: JZH, 78 anos, masculino, apresentando sensação de odinofagia e disfagia progressiva a sólidos e pastosos nos últimos 6 meses com engasgos freqüentes. À oroscopia apresentava abaulamento em região posterior da orofaringe. Foi realizado videolaringoscopia evidenciando abaulamento em parede posterior de orofaringe estendendo-se até região supraglótica com acentuada retenção salivar. A tomografia computadorizada de pescoço apresentou acentuada osteofitose da coluna cervical, com formação de exuberantes sindesmófitos determinando compressão na parede posterior de laringe. Devido ao quadro avançado da doença e disfagia importante, paciente foi submetido a gastrostomia endoscópica percutanea temporária e ao procedimento cirúrgico de retirada de osteofitose da coluna cervical pelo serviço de neurocirurgia. Atualmente encontra-se em acompanhamento ambulatorial com melhora acentuada dos sintomas disfágico, alimentando-se satisfatoriamente por via oral.

DISCUSSÃO: A doença de Forestier pode causar uma serie de manifestações clinicas, como dores cervicais, lombares, deformidades da coluna vertebral, diminuição de amplitude dos movimentos vertebrais. Quando os osteofitos cervicais anteriores se tornam exuberantes, podem causar disfagia em até 16% dos pacientes. Tosse não produtiva, sensação de corpo estranho, dispnéia progressiva, estridor inspiratório, roncos noturnos, insuficiência respiratória e até óbito causado por compressão da traquéia já foram relatados na literatura. Disfonia também é uma apresentação possível nos casos mais avançados. Como na maioria dos casos a sintomatologia é reduzida, o tratamento pode ser com sintomáticos, fisioterapia e atividade física. Nos casos mais avançados, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

CONCLUSÃO: O otorrinolaringologista não pode deixar de incluir no seu diagnostico diferencial de odinofagia e disfagia em idosos a doença de Forestier, apesar de na maioria das vezes, apresentar pouca sintomatologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-223

TÍTULO: DOENÇA DE LYME: UM DIAGNOSTICO DIFERENCIAL IMPORTANTE EM OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): HELTON BOETTCHER , LUIZ FERNANDO MANZONI LOURENCONE, SILVIA REGINA MOLINARI C LEITAO MEGALE, EDUARDO BOAVENTURA OLIVEIRA, CELSO NANNI JUNIOR, ADRIANA BERNARDINI ANTUNES SCANAVINI

INSTITUIÇÃO: HRAC - USP - BAURU

INTRODUÇÃO: A doença de Lyme é uma enfermidade infecciosa causada pelo espiroqueta Borrelia Burgdorferi, transmitida pela picada de carrapatos ixodideos. Predomina no hemisfério Norte, mas tem-se tornado endêmica em algumas regiões do Brasil. Clinicamente é uma infecção polimorfa, de caráter sistêmico, com manifestações clínicas variáveis, inclusive com sintomatologia otorrinolaringológica no nível de pares cranianos (paralisia facial, disfonia, zumbido, hipoacusia, vertigens e outros). O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial.

OBJETIVO: relatar um caso de Doença de Lyme, chamando a atenção para sua sintomatologia otorrinolaringológica.

RELATO DO CASO: A.L.F, 32 anos, feminina, dentista, casada, natural de Bauru (SP) e procedente de Cotia (SP). Em agosto de 2008 iniciou com quadro de diplopia, disfonia e disfagia alta. Procurou serviço médico onde foram realizados endoscopia digestiva alta, avaliação otorrinolaringológica e oftalmológica, todos com resultado normal. Em outubro de 2008 procurou nosso serviço de otorrinolaringologia, apresentando-se com disfagia alta, principalmente a líquidos, disartria leve, ptose palpebral, diplopia, fadiga e certa dificuldade à locomoção. Negava alterações auditivas e do equilíbrio. O exame ORL mostrou alteração da movimentação ocular, sinais de refluxo laringo-faringeo e pregas vocais com mobilidade normal. A videofluoroscopia e nasolaringoscopia para deglutição mostram alteração da fase faríngea da deglutição. A Tomografia Computadorizada e a RNM de crânio estavam normais. A ENMG mostrou tratar-se de processo neurológico periférico dos membros superiores, inferiores, região paravertebral lombar, face e língua, do tipo axonal motor, compatível com lesão do corno anterior medular. Em dezembro de 2008 foi solicitado exame de líquor, mostrando excesso de proteínas. Atentando-se ao fato da paciente ser proveniente de Cotia, zona endêmica da Doença de Lyme, foi solicitada sorologia para borreliose, com resultado positivo. Iniciou-se antibioticoterapia com Ceftriaxone por 7 dias, evoluíndo com melhora significativa dos sintomas, em particular da disfonia e da deglutição. Infelizmente, após 3 semanas, a paciente voltou a apresentar recidiva dos sintomas. Fez novos pulsos de antibioticoterapia (Ceftriaxone e Doxiciclina), mas permanecendo com recorrência dos sintomas.

CONCLUSÃO: Embora a paralisia facial seja o sinal mais comum da doença visto pelo otorrinolaringologista, outros sinais e sintomas podem ser causados por esta doença, como cefaléia, zumbido, hipoacusia, faringite, disfonia, disfagia, dores faciais e linfoadenite cervical. Portanto, deve-se ter em mente esta doença como diagnostico diferencial das patologias otorrinolaringológicas, principalmente nos casos onde se desconhece a etiologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-224

TÍTULO: DOENÇA DE MADELUNG: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THIAGO BOTELHO AFFONSO , PAULIANA LAMOUNIER E SILVA, DENISE SILVA CALVET, FERNANDO JORGE DOS SANTOS BARROS, FLADWMYR BARROS EMÍLIO, FABIANA ROCHA FERRAZ, LUCIANA NOVELLINO PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ

INTRODUÇÃO

A Doença de Madelung é um quadro caracterizado pela formação de depósitos de tecido adiposo localizados no pescoço, tórax e, mais raramente, membros superiores, mediastino, laringe e língua (1).

Além de causar deformidades, as lesões tendem a crescer progressivamente, chegando a comprometer a motilidade cervical. Alguns quadros avançados podem causar compressão extrínseca dos tratos aéreo e digestivo.  (2).

Existe a predominância em indivíduos do sexo masculino, entre 20 e 65 anos, brancos, provenientes de regiões do Mediterrâneo e etilistas (3).

A doença de Madelung é extremamente rara, na literatura foram descritos somente cerca de 200 casos, desde a 1ª descrição em 1836 (4).

RELATO DE CASO

Mulher, 53 anos, branca, natural do Rio de Janeiro. A paciente foi encaminhada ao ambulatório de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Serviço de Otorrinolaringologia, do Hospital Federal do Andaraí, para avaliação de massa cervical que relatava ter surgido há 8 anos, com crescimento lento, mas assintomática, com exceção do desconforto provocado pelo peso da mesma.

Única comorbidade associada era DM tipo 2, compensada. Negava tabagismo e etilismo.

Ao exame físico, a massa se apresentava móvel, lobulada, indolor, levemente endurecida, localizada nas regiões cervical lateral e supra-clavicular (figuras 1, 2 e 3). O resto do exame físico não apresentava qualquer alteração.

A paciente foi submetida a ressecção sob anestesia geral, com incisão em colar da massa. Devido ao grande tamanho da mesma, decidimos realizar a cirurgia em dois tempos. Primeiro foi removida a porção direita da lesão, sendo programado um segundo procedimento para remoção do resto da massa.

DISCUSSÃO

A Doença de Madelung, também conhecida como Lipomatose Simétrica Múltila (LSM), Lipomatose Simétrica Benigna ou Adenolipomatose de Lanouis-Bernard constitui uma entidade benigna rara, que se caracteriza clinicamente pela deposição de múltiplas massas de tecido adiposo não-encapsulado, na região cervical e tronco superior, com distribuição simétrica (5).

Noventa por cento dos casos ocorrem em homens (15H:1M), por volta da quinta década de vida, com hábitos etilistas e origem mediterrânea, sendo que 1:25.000 italianos desenvolve a doença (5).

Segundo Enzi, as lesões se distribuem com a seguinte freqüência: região cervical anterior e posterior (100%), retro auricular (95%), deltóide (84%), tronco (60%), abdome (58%), inguinal (42%) e membros inferiores (42%) (5).

A etiologia e a patogênese ainda não foram definidas. Alguns autores sugerem que haveria bloqueio da lipólise induzida pela falta de catecolamina, com desnervação simpática do tecido adiposo, parcial ou totalmente. Outros acreditam que a causa está em anormalidades do sistema nervoso autônomo (3). Parece estar associada a alterações genéticas, sendo a disfunção mitocondrial o defeito bioquímico essencial e compatível com transmissão maternal (6).

Em pacientes etilistas as alterações bioquímicas encontradas estão associadas a alterações hepáticas decorrentes da ingestão alcoólica, do efeito direto do álcool no metabolismo mitocondrial acarretando alterações metabólicas gordurosas, com depósito anormal de gordura em determinadas regiões (6).

CONCLUSÃO

A doença de Madelung é um quadro extremamente raro, mais associado a homens de meia idade, etilistas e com origem mediterrânea. Apesar disso, recebemos em nosso ambulatório um paciente atípico, do sexo feminino e sem história de etilismo.

Na maioria dos casos o principal inconveniente desta patologia é estético, porém com o crescimento progressivo das lesões, pode ocorrer compressão dos tratos aéreo e digestivo, aumentando consideravelmente a morbidade do quadro.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-225

TÍTULO: DOENÇA DE MÉNIÈRE DE ORIGEM METABÓLICA ASSOCIADA À DOENÇA AUTOIMUNE COM MANIFESTAÇÃO EXTRALABIRÍNTICA

AUTOR(ES): PAULO VITOR ATSUSHI TAKEMOTO, EDMIR AMÉRICO LOURENÇO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ

INTRODUÇÃO: A Doença de Ménière foi descrita pela primeira vez em 1861 e desde então vários pesquisadores buscam sua etiologia. O diagnóstico é clínico e caracteriza-se por vertigem recorrente, tinitus, perda auditiva neurossensorial flutuante e plenitude aural. Determinar o fator etiológico possibilita o planejamento terapêutico mais adequado e um melhor prognóstico. RELATO DO CASO: Gênero feminino, 69 anos, Jundiaí-SP, queixa-se de vertigem intermitente há 8 meses, com duração de alguns dias, acompanhada de sintomas neurovegetativos, tinitus e hipoacusia à direita. Referia dois episódios prévios de vertigem aos 39 e 65 anos, porém evoluiu para piora progressiva, ocasionando quedas frequentes. Hipertensa há 3 anos, apresenta alopécia areata total e exame otorrinolaringológico normal. Audiometria 2007: hipoacusia neurossensorial leve a moderada na orelha esquerda em formato de ?U? invertido; hipoacusia neurossensorial moderada a severa em todas as frequências na orelha direita. Laboratório 2009: curva glicêmica 3h = 109-201-219-185-171-86. Curva insulinêmica = 25-95-219-211-208-60. Restante dos exames laboratoriais normais. Audiometria 2010: OE=hipoacusia neurossensorial leve a moderada em ?U?invertido. OD=Hipoacusia mista severa. Eletrococleografia 2010: OE: SP/AP=26%; OD: SP/AP=64%. Curva glicêmica 3h = 123-200-238-278-266-223. Curva insulinêmica = 20-54-92-194-279-136. Triagem inespecífica para doença autoimune incluiu hemograma, VHS, fator reumatoide, mucoproteínas mostrou-se normal, bem como exames mais específicos como FAN, pesquisa de imunocomplexos circulantes e complemento total e frações. DISCUSSÃO: Investigação de doenças metabólica, autoimune e infecciosa é mandatória para afastar causas passíveis de tratamento. No caso relatado, a paciente já apresentou melhora após o início do tratamento com hipoglicemiante oral, porém persistia acentuada instabilidade. Pelo antecedente de alopécia areata total, que na atualidade é considerada uma doença autoimune, iniciou-se investigação para uma possível hidropsia endolinfática de origem autoimune da orelha interna, que resultou negativa. A pesquisa de anticorpos anti-colágeno tipo II está indisponível no Brasil. A triagem laboratorial dos pacientes suspeitos de doença autoimune da orelha interna é frequentemente negativa, sendo positiva somente em 25% dos pacientes. Caso apresente piora, pode-se realizar o teste terapêutico com corticoide e observar se existe melhora clínica e do padrão audiométrico, fato que não foi possível realizar neste caso pelas contraindicações, como diabetes mellitus e hipertensão arterial e potencial risco de complicações clínicas. CONCLUSÃO: Identificar o fator desencadeante da hidropsia endolinfática é de extrema importância na determinação da terapêutica. A doença autoimune da orelha interna deve ser considerada como fator etiológico ou associado, na presença de manifestações autoimunes sistêmicas, mesmo quando os exames laboratoriais de triagem forem negativos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-226

TÍTULO: DOENÇA DE URBACH-WIETHE: RELATO DE CASO COM ÊNFASE NOS ACHADOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS

AUTOR(ES): PRISCILA SEQUEIRA DIAS , LIDIA SABANEEFF, MANUELA SALVADOR MOSCIARO, FREDERICO PEREIRA BOM BRAGA, MÔNICA MAJESKI DOS SANTOS MACHADO, FERNANDO SÉRGIO DE MELLO PORTINHO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: A Lipoidoproteinose ou Doença de Urbach-Wiethe foi primeiramente descrita em 1929. É uma afecção rara  e de herança autossômica recessiva, que provoca deposição de material hialino em pele e mucosas. Seus principais sintomas são a rouquidão, lesões cutâneas e oftalmológicas. Em alguns casos podemos observar manifestações neurológicas. Há aproximadamente 300 casos relatados na literatura mundial.

OBJETIVO: O trabalho tem como objetivo relatar um caso de Lipoidoproteinose ou Doença de Urbach-Wiethe, enfatizando as suas manifestações otorrinolaringológicas .

RELATO DO CASO:  J.C.S., 38 anos, feminino, branca, moradora de Petrópolis, deu entrada  no Serviço de Otorrinolaringologia do HUGG relatando , desde os 6 meses de idade, lesões cutâneas com aspecto de múltiplas pústulas  em nádegas, face e membros associadas a ?choro fraco?.  Informa que o quadro cutâneo foi se atenuando com os anos, porém as lesões tornavam a aparecer em situações de estresse emocional . Mantém queixa de disfonia que a impede de se comunicar  pelo telefone. Negava sintomas neurológicos ou oftálmicos.Ao exame físico observa-se pele com aspecto envelhecido (infiltrada), além de anodontia (usuária de prótese dentária),  mucosa oral bastante pálida e irregular, com consistência endurecida, principalmente em língua e frênulo lingual, bem como placas verrucosas em regiões de dobra. Os vestíbulos nasais encontravam-se estreitados.

DISCUSSÃO:A Lipoidoproteinose manifesta-se na infância através do ?choro rouco? e lesões cutâneas. É uma afecção que apresenta relação com consanguinidade em 20% dos casos, é mais comum em europeus e não tem predileção por sexo. Sua etiopatogenia é desconhecida, porém estudos recentes apontam para um desequilíbrio entre a produção de colágeno I e IV. Apresenta curso crônico e benigno, tendendo a se amenizar com a idade adulta e a gestação.Os sintomas mais clássicos são a disfonia, as lesões cutâneas e a blefarose moniliforme. Em alguns casos pode haver envolvimento do SNC, ocasionando sintomas neurológicos como epilepsia.Entre os sintomas otorrinolaringológicos temos, além da disfonia, a infiltração por tecido hialino da mucosa oral, língua, frênulo, úvula, amígdalas, o que pode causar restrição na fala. O acometimento da mucosa nasal cursa com redução do diâmetro do vestíbulo nasal. Outros achados incluem: anodontia, hiperplasia gengival, parotidites recorrentes.Não há tratamento específico para o quadro. Opções terapêuticas são corticóides, D-penicilamina, dimetilsulfóxido, dermoabrasão , ressecção das lesões laríngeas e uso de laser de dióxido de carbono nas lesões em pregas vocais.

CONCLUSÃO:Trata-se de uma doença rara, de curso crônico e benigno, ainda sem tratamento específico. Pela variedade de achados, principalmente em cavidade oral e laringe, é importante que o otorrinolaringologista conheça esta afecção.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-227

TÍTULO: DOENÇAS INFLAMATÓRIAS CRÔNICAS INTESTINAIS COM MANIFESTAÇÕES NASOSSINUSAIS

AUTOR(ES): MIGUEL SOARES TEPEDINO , ADJA OLIVEIRA, MARIA DANTAS COSTA LIMA GODOY, MARCO AURÉLIO FORNAZIERI, RENATA PILAN, FÁBIO REZENDE PINNA, RICHARD LOUIS VOEGELS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Doença Intestinal Inflamatória crônica se refere a um grupo de doenças que acometem a mucosa intestinal. Podem cursar com alterações de todo o trato aerodigestivo, incluindo lesões orais. São divididas em duas entidades maiores: Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa. RELATO DE CASO: CASO 1: K.F.A., 8 anos, feminino, estudante. Paciente com quadro de deformidade nasal, crostas  e atrofia de mucosa nasal desde o nascimento. Iniciou quadro de hematoquezias recorrentes e diarréia ainda quando recém nascida, e teve diagnóstico histopatológico de doença de Crohn aos 2 anos, em atividade até o momento. Foi avaliada pelo serviço de genética médica que constatou síndrome de Marshall, aos 7 anos. Em uso de infliximabe desde os 3 anos e, quando apresenta crises de hematoquezia, é tratada com ciprofloxacino. Quadro nasal estável mas com atrofia acentuada da mucosa. CASO 2: GJS, 27 anos, feminino, estudante. Iniciou na adolescência episódios de epistaxe recorrente, obstrução e ressecamento nasal, associado a quadro de trato digestivo. Foi avaliada em nosso ambulatório onde observamos nariz em sela, perfuração septal e crostas nasais. Tomografia de seios paranasais revelou pansinusopatia e, de tórax, atelectasia laminar. Gastroenterologia fez diagnóstico de retocolite ulcerativa através de exame anatomopatológico.  Está em tratamento clínico e encontra-se estável, em acompanhamento ambulatorial multidisciplinar. DISCUSSÃO: As manifestações otorrinolaringológicas das doenças inflamatórias intestinais crônicas já foram relatados na literatura. As lesões mais encontradas são descritas como edema de mucosa pobremente delimitados, ulcerações dolorosas, com margens hipertróficas, geralmente limitadas a mucosa oral. As manifestações nasais podem incluir estenoses, inflamação crônica da mucosa, perfuração de septo, modificação da pirâmide nasal, porém existem raros relatos com associação de rinite e rinossinusite crônica. Os achados patológicos combinados à ausência de outras infecções ou doenças inflamatórias granulomatosas, sem melhora com tratamento antibiótico e cuidados locais, com melhora rápida com corticosteróides sistêmicos levantam a forte suspeição de manifestação nasal de DIIC. A associação de doenças intestinais com alterações nasais não são muito freqüentes e necessitam de mais publicações para melhor entendimento. Com isso, apresentamos dois casos em que essa correlação pôde ser feita e pretendemos chamar a atenção dos otorrinos para pesquisar de forma mais abrangente pacientes com alterações nasais sem causa aparente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A associação de doenças intestinais com alterações nasais não são muito freqüentes e necessitam de mais publicações para melhor entendimento. Pretendemos chamar a atenção dos otorrinos para pesquisar de forma mais abrangente pacientes com alterações nasais sem causa aparente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-228

TÍTULO: É JUSTIFICÁVEL DOSAR O PTH SÉRICO INTRA-OPERATÓRIO COMO PREDITOR DE HIPOCALCEMIA EM TIREOIDECTOMIAS TOTAIS?

AUTOR(ES): CAMILA DIAS ANGELO , JULIANA ROCHA VELOSO, ADRIANO SANTANA FONSECA, NILVANO ALVES DE ANDRADE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA IZABEL

INTRODUÇÃO: Hipocalcemia secundária ao hipoparatireoidismo é uma complicação freqüente após tireoidectomias persistindo como a principal preocupação pós-cirúrgica. Fatores peri-operatórios que identifiquem precisamente pacientes com risco de hipocalcemia são de grande interesse, permitindo altas hospitalares precoces e administração individualizada de reposição de cálcio e vitamina D. Alguns autores tem investigado o papel da determinação peri-operatória do PTH em identificar pacientes com risco de desenvolver hipocalcemia e hipoparatireoidismo após tireoidectomia total.

OBJETIVO: Analisar a dosagem do PTH sérico como preditor de hipocalcemia sintomática, em pacientes pós-tireoidectomia total.

METODOLOGIA: Três amostras de sangue periférico para determinação de cálcio total, cálcio ionizável, magnésio e PTH séricos foram colhidas dos pacientes que se submeteram a cirurgia de tireoidectomia total (tempo 0 ? pré-operatório, tempo 1 ? intra-operatório, no fechamento da pele e tempo 2 ? após seis horas de cirurgia). Cada paciente foi questionado em relação aos sinais e sintomas de hipocalcemia, além do exame físico minucioso durante todos os dias de internação.

RESULTADOS: Todos os pacientes (n = 11) foram do sexo feminino e se submeteram a tireoidectomia total. O diagnóstico patológico final foi carcinoma papilífero em cinco (45,4%) pacientes e bócio adenomatoso em seis (54,6%). Quatro pacientes (36,3%) desenvolveram hipocalcemia sintomática (pacientes 1, 6, 7 e 10), em apenas um deles as glândulas paratireóides foram removidas (paciente um ? duas glândulas removidas). Sete pacientes (63,6%), não desenvolveram sintomas de hipocalcemia apesar de, em três (pacientes 3, 4 e 11), os valores séricos de cálcio total e ionizado no primeiro dia de pós-operatório, estarem abaixo do limite inferior da normalidade. Os pacientes que desenvolveram hipocalcemia sintomática obtiveram uma média de 38.2 pg/mL nos valores de PTH pré-operatórios, 8.8 pg/mL nos valores pós-operatórios imediatos e 8.6 pg/mL nos valores após 6 horas de cirurgia (PTH sérico VN = 12 ? 72 pg/mL). Ainda para os pacientes que desenvolveram hipocalcemia sintomática, houve uma redução de 76,9 % quando comparados os valores de PTH pré e pós-operatórios e de 77,5% quando se comparou os valores pré-operatórios com os de após 6 horas de cirurgia. Nos pacientes que não desenvolveram hipocalcemia essa média foi de 41.9 pg/mL no pré-operatório, 29,2 pg/mL no pós-operatório imediato e 23.8 pg/mL após 6 horas da cirurgia, com redução geral de 30.3% quando comparados os valores pré e pós-operatórios e de 43,2% nos valores de pré e após 6 horas da cirurgia. Nos pacientes que desenvolveram hipocalcemia, a média dos valores de cálcio ionizável no pré-operatório foi de 1,25 mg/dL e de 0,98 mg/dL no 1° DPO com uma redução geral de 21,6%. Nos pacientes que não desenvolveram hipocalcemia, a média do cálcio ionizável pré-operatório foi de 1,32 mg/dL e de 1,17 mg/dL no 1° DPO correspondendo a uma redução de 11,3%.

CONCLUSÃO: A dosagem de PTH pode ser um eficiente preditor para detectar hipocalcemia sintomática em pacientes pós-tireoidectomia total, entretanto este estudo utilizou uma amostra pequena (n =11) o que torna nossos dados ainda não conclusivos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-229

TÍTULO: EFEITO DO ENXERTO ESTENDIDO DE COLUMELA NA PROJEÇÃO E ROTAÇÃO DA PONTA NASAL ? UMA OPCAO AO DELIVERY

AUTOR(ES): CEZAR AUGUSTO SARRAFF BERGER , PIERRE FONSECA DA COSTA, ANNELYSE CRISTINE BALLIN, CAIO SOARES, MARCOS MOCELLIN

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR/HOSPITAL IPO

INTRODUÇÃO: Diversas técnicas podem ser realizadas na cirurgia da ponta nasal. Pastorek et al (2005) descreveram o uso de enxerto estendido de columela, com o objetivo de projeção e definição da ponta nasal. Esta técnica através de uma mesma unidade estrutural que une os atributos de strut de columela (poste) e enxerto de ponta (escudo), inserida nas rinoplastias endonasais, por meio do delivery.

OBJETIVOS: 1) Medir o efeito do enxerto estendido, proposto por Pastorek, na projeção e rotação da ponta nasal, através de rinoplastia endonasal; 2) Validar o uso do enxerto estendido sem a necessidade de realização do delivery.

MÉTODO: Estudo prospectivo da análise da projeção (através do método de Goode) e rotação (medida pelo ângulo nasolabial) da ponta nasal de 11 pacientes submetidos à rinoplastia endonasal estrutural com a utilização do enxerto estendido de columela, sem delivery.  As medições foram realizadas em fotografias padronizadas em pefil direito, no pré-operatório e pós-operatório de 6 meses, utilizando o programa Adobe Photoshop CS3.

RESULTADOS: 11 pacientes foram submetidos a rinoplastia endonasal e uso de enxerto estendido de columela; 9 rinoplastias primárias e 2 rinoplastias secundárias. Houve aumento da projeção e rotação da ponta nasal em 100% dos pacientes.

CONCLUSÃO: O enxerto estendido de columela proposto por Pastorek é um método eficaz na melhora da projeção e rotação da ponta nasal, inclusive dando maior definição, podendo ser empregado nas rinoplastias endonasais sem a necessidade do delivery.

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TRABALHO CLÍNICO

P-230

TÍTULO: EFETIVIDADE DA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA NA FORMA MUCOSA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

AUTOR(ES): BRUNO GOMES PADILHA , IGOR GOMES PADILHA, REURYANNE NASCIMENTO DA SILVA, FERNANDO DE ARAÚJO PEDROSA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

INTRODUÇÃO: A forma mucosa de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é causada principalmente pela L. braziliensis, sendo sua maior prevalência na America do Sul. Alagoas possivelmente apresenta esta espécie como a responsável pela doença. O local de predileção para localização desse parasito na nesta apresentação clínica é a mucosa nasal (90%), todavia manifesta-se também em  mucosa bucal, de faringe e de laringe. O tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde é inicialmente o uso de Antimonial Pentavalente e posteriormente, caso não haja resposta terapêutica satisfatória, inicia-se com Anfotericina B e as Pentamidinas.

OBJETIVO: Caracterizar a medicação e o período de tratamento com cura clinica da doença.

METODOLOGIA: Avaliar as medicações utilizadas no tratamento e a duração do tratamento da LTA-mucosa no estado de Alagoas, em um período de 8 anos (2002 a 2009). Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM), na Secretária Estadual de Saúde de Alagoas. Analisaram-se as variáveis medicações utilizadas no tratamento e início-término por cura da doença.

RESULTADOS: De 2002 a 2009 foram notificados e confirmados 44 casos de LTA na forma mucosa. O fármaco de primeira escolha foi o Antimonial Pentavalente (34 pacientes ? 77,2%), como segunda escolha houve o uso da Anfotericina B (4 pacientes ? 9%), outras medicações (2 pacientes ? 4%) e campos não preenchidos na ficha de notificação (4 pacientes ? 9%). Cerca de 32 (72,7%) fichas apresentavam somente o uso do Antimonial Pentavalente. Quanto aos períodos de inicio de tratamento medicamentoso e o encerramento por cura é notado que o antimonial pentavalente, utilizado como único tratamento, tem média 103,4 dias e os outros tratamentos leishmanicidas, 236,5 dias em média (p<0,028). Durante o tratamento ocorreram 4 óbitos, 2 ignorados, 1 transferência de domicilio, 

CONCLUSÃO: A terapêutica medicamentosa preconizada para tratamento da LTA-mucosa obedece às diretrizes do manual de vigilância da LTA do ministério da saúde. A droga inicialmente a administrada (Antimonial Pentavalente) apresentou um melhor prognóstico terapêutico quando comparada com outras drogas. Para LTA-mucosa, o uso do antimonial pentavalente durante 30 dias como droga de primeira escolha e seguimento clínico mostrou-se efetivo com um período de cura clinica inferior a 3 meses após o tratamento medicamentoso.

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TRABALHO CLÍNICO

P-231

TÍTULO: EFICÁCIA DA CIRURGIA ENDOSCÓPICA NASAL NOS SINTOMAS DA RINOSSINUSITE CRÔNICA

AUTOR(ES): BETTINA CARVALHO , FLÁVIA MACHADO ALVES BASÍLIO, MURILO CARLINI ARANTES, ANNELYSE CRISTINE BALLIN, DENILSON C. SZKUDLAREK, MARCO CESAR JORGE DOS SANTOS

INSTITUIÇÃO: HC/UFPR

INTRODUCÃO: a cirurgia endoscópica nasal (FESS) é atualmente o padrão ouro no tratamento da rinossinusite crônica (RNSC), associada ou não à polipose nasal, refratária ao tratamento clínico otimizado. OBJETIVO: avaliar a melhora dos sintomas da RNSC, através de um questionário dirigido. MATERIAL E MÉTODOS: estudo prospectivo, em que foram incluídos 34 pacientes submetidos a FESS durante os anos de 2008 e 2009, no serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas/UFPR. Desses, 22 tinham o diagnóstico de RNSC e 12 RNSC associada a polipose nasal. Todos os pacientes foram submetidos a um questionário sobre a sintomatologia pré-operatória, comorbidades e grau de melhora dos sintomas no pós operatório, 6 meses após o procedimento. Neste questionário foram utilizados critérios clínicos maiores e menores para o diagnóstico de RNSC. RESULTADOS: a melhora percentual dos sintomas mais prevalentes no grupo com RNSC foi a seguinte: obstrução nasal 87,4%; cefaléia 80,5%; dor/pressão facial 91,6%; secreção nasal posterior 81,2%. No grupo com polipose associada, a melhora foi: obstrução nasal 76,6%; secreção nasal posterior 76,6%; hiposmia 68,7%; cefaléia 83%. Em nosso estudo encontramos uma melhora global dos sintomas de 83,74% nos pacientes com RNSC e de 80,5% nos pacientes com polipose nasal associada.CONCLUSÕES: a FESS é altamente eficiente no controle dos sintomas da RNSC, seja ela associada ou não à polipose, sendo, em nosso estudo, sua eficácia semelhante a encontrada na literatura internacional. Com relação aos portadores de polipose nasal, são necessários estudos com follow-up maior, visto que essa patologia apresenta alto grau de recorrência.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-232

TÍTULO: EFICIÊNCIA DA ANAMNESE NUTRICIONAL NA DEGLUTIÇÃO EM PRESBIFÁGICOS CONFIRMADA PELA VIDEOENDOSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO

AUTOR(ES): FÁBIO SILVA ALVES , CLÁUDIA REGINA DEL VECCHIO GABRIOTTI, GABRIELLE ALBINATI MARTINEZ, MARIANA DE SOUSA, CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI, ARI DE PAULA SILVA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CAMPINAS

O presente estudo teve como objetivo detectar alterações no mecanismo de deglutição dos idosos através da Anamnese Nutricional Específica, não sendo necessária a realização do exame de Nasofibroscopia Flexível para confirmação do diagnóstico. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo foi realizado com pacientes presbifágicos de ambos os sexos, média de 71 anos. Primeiramente foi realizada uma Anamnese Nutricional, adaptada com questões específicas elaboradas para detecção de distúrbios de deglutição; em seguida, os pacientes que relataram queixas foram encaminhados para a realização do exame de Nasofibroscopia Flexível, utilizado atualmente para diagnóstico clínico destes distúrbios. RESULTADOS e DISCUSSÃO: A Anamnese Nutricional Específica constatou queixas em todos os pacientes, que foram confirmadas como distúrbios pela Nasofibroscopia Flexível. CONCLUSÃO: Apesar dos resultados encontrados, não há possibilidade de utilizar a Anamnese Nutricional Específica como único instrumento para o diagnóstico de distúrbios da deglutição, pois não há como especificar quais são estes distúrbios sem as informações obtidas pelo exame Nasofibroscopia Flexível.

 

Palavras-chave: Anamnese Nutricional; Deglutição; Presbifagia; Videoendoscopia da Deglutição.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-233

TÍTULO: ENCEFALOCELE INTRANASAL EM ADULTO ?MASSA NASAL UNILATERAL

AUTOR(ES): DENISE BARREIRO COSTA , ALINE PIRES BARBOSA, MARCO AURÉLIO TOMIYOSHI ASATO, RICARDO CASSIANO DEMARCO, EDWIN TAMASHIRO, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO, USP

INTRODUÇÃO: Encefalocele e meningoencefalocele são raras em adultos. Os principais sintomas são obstrução ou congestão nasal unilateral, rinorréia hialina ou aquosa unilateral e meningites recorrentes. Alguns pacientes podem ter crises convulsivas, cefaléia ou ainda ser completamente assintomáticos.

OBJETIVO: Descrever o caso de paciente que foi diagnosticada com meningoencefalocele aos 52 anos.

RELATO DO CASO: Paciente feminina de 52 anos relatava história de obstrução nasal à direita há 10 anos. Referia  também descarga nasal clara intermitente, principalmente na narina  direita, hiposmia e episódios de cefaléia. Negava antecedente pessoal de meningite, trauma, cirurgia nasal ou crises convulsivas.

Ao exame apresentava  massa polipóide branca à rinoscopia anterior, grande, branca e preenchendo completamente a fossa nasal direita. Ao redor da massa havia um fluido claro e não pulsátil. Não apresentava déficit neurológico.

A endoscopia evidenciou a massa nasal com as mesmas características  descritas na rinoscopia anterior. A tomografia computadorizada (TC) demonstrou uma massa originando-se no teto do seio etmoidal direito em continuidade com lâmina cribiforme. A ressonância nuclear magnética (RNM) em T2 revelou lesão expansiva cística e com fluido de densidade semelhante ao líquor. Com o diagnóstico pré-operatório de meningocele a paciente foi submetida à cirurgia.

DISCUSSÃO: Encefalocele é uma herniação do conteúdo intracraniano através de um defeito na base do crânio. Pode conter apenas meninges ou também parênquima cerebral. Sua etiologia pode ser espontânea, traumática, congênita ou secundária à hipertensão intracraniana. 

Apresenta-se como  massa azulada, macia e compressível, pulsátil, que sofre transiluminação e aumenta de volume com o choro. Geralmente são lesões extensas, cujo diagnóstico é feito durante a primeira infância, não sendo lembradas como diagnóstico inicial no adulto. Quando lesões unilaterais são detectadas em adultos, o diagnóstico diferencial deve incluir pólipo nasal, tumores e papiloma invertido. 

O diagnóstico deve ser suplementado pela imagem incluindo TC e RNM. A TC é o melhor exame para avaliar o defeito ósseo do teto nasal. Também pode ser útil para delinear a encefalocele e precisar a posição e a extensão do defeito ósseo no crânio. A RNM é o exame padrão ouro para encefaloceles, evidenciando a continuidade da lesão nasal com o parênquima cerebral. Como a encefalocele pode mimetizar massa nasal, avaliação acurada através  de imagem, antes da cirurgia, pode evitar procedimentos iatrogênicos.

CONCLUSÃO: Encefaloceles e meningoencefaloceles são raras em adultos e a maior parte dos pacientes não apresentam manifestações neurológicas. Uma vez que esses casos podem se apresentar inicialmente à otorrinolaringologistas devido principalmente à queixa de obstrução nasal, esses profissionais devem estar atentos à essa rara patologia a fim de evitar manejo incorreto e atraso no tratamento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-234

TÍTULO: ENFISEMA CERVICAL ESPONTÂNEO - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MÁRCIO CAVALCANTE SALMITO , LISANDRA MEGUMI ARIMA, LEANDRO CASTRO VELASCO, RUI ORTEGA FILHO, ANTONINI DE OLIVEIRA E SOUSA, FÁTIMA REGINA ABREU ALVES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Enfisema Cervical Subcutâneo é uma entidade incomum com diversas etiologias possíveis e é usualmente auto-limitada. Algumas vezes é resultado de uma injúria não percebida pelo paciente ou resulta de uma lesão alveolar. Nós reportamos um caso não usual.

RELATO DO CASO: Paciente masculino, 47 anos, professor e contador iniciou quadro de dor de garganta isolada que evoluiu após um dia com odinofagia e disfonia. No terceiro dia, apresentou piora da dor à deglutição associado a desconforto respiratório, quando procurou serviço de pronto-atendimento de Otorrino do Hospital do Servidor Público Municipal apresentando taquipnéia e disfonia. Negava traumas, crises de tosse, grandes esforços vocais ou outros possíveis desencadeantes do quadro. Apresentava ao exame físico temperatura normal, taquipnéia e creptação à palpação cervical em toda área anterior do pescoço. Foi realizada nasofibroscopia flexível que mostrou hiperemia e edema em prega vocal direita, não sendo possível realização de telelaringoscopia por reflexo nauseoso. O paciente foi internado para cuidados com via aérea, e iniciados jejum, cabeceira elevada, repouso de voz, hidrocortisona e clindamicina. Radiografia de Tórax revelou-se normal, TC de pescoço evidenciou ar em espaço subcutâneo de região cervical anterior, endoscopia mostrou hérnia de hiato e broncoscopia mostrou-se sem alterações traqueo-brônquicas. Estes últimos exames endoscópicos confirmaram lesão de prega vocal direita, já vista à nasofibroscopia flexível. O paciente evoluiu sem dispnéia, com melhora progressiva dos sintomas, e teve alta assintomático e sem alterações ao exame físico no quinto dia de internação.

DISCUSSÃO: Ar pode chegar ao espaço subcutâneo cervical por cirurgia, endoscopia ou ventilação mecânica1. Também pode advir de trauma cervical contuso ou penetrante ou perfuração por corpo estranho de boca, faringe, laringe ou traquéia, bem como decorrente de entubação traumática ou extração dentária2,3,4. O ar cérvico-facial então se dissemina livremente ao longo dos planos fasciais, atingindo o mediastino, tórax e mesmo o abdome5

O termo espontâneo é usado para diagnosticar pneumomediastino e enfisema cervical sem causa óbvia atribuível, como cirurgia ou trauma6. Doenças pulmonares podem resultar em predisposição a pneumomediastino7. Os casos de enfisema mediastinal ou cervical espontâneos são atribuídos etiopatogenicamente a ruptura alveolar: o ar intra-alveolar segue junto à vasculatura pulmonar para o mediastino e daí para os planos do pescoço8

No caso apresentado, entretanto, não há nenhuma evidência de enfisema mediastinal ou algum sintoma relacionado ao tórax. O enfisema cervical usualmente segue um curso benigno e auto-limitado, mas possui um potencial para sérias complicações, mas pode causar pneumo-pericárdio, falência cardíaca (por interferir na circulação pulmonar), hipotensão e dificuldade respiratória com estreitamento da via aérea e obstrução aguda.9

O diagnóstico é firmado com a história, presença de crepitação e evidências radiográficas de ar nos tecidos10. O tratamento é conservador. Deve ser realizado jejum até exclusão de perfuração. Antibióticos devem ser usados apenas em suspeita de infecção e traqueostomia deve ser aventada em casos de obstrução não responsivos ao tratamento clínico11

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-235

TÍTULO: ENFISEMA SUBCUTÂNEO ODONTOGÊNICO DE SEIO MAXILAR ADULTO. RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, FABIANO TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, STEPHANIE SAAB, GUSTAVO SELA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA - FILIAL DO PARANA

INTRODUÇÃO: Processos infecciosos de origens odontológicas são comuns no consultório dos otorrinolaringologistas.  O seio maxilar é o mais acometido por patógenos bucais pela sua estreita relação anatômica e fina parede lateral fazendo divisão com a maxila. O enfisema subcutâneo orofacial está entre as afecções intimamente relacionadas com procedimentos dentários que acometem o seio maxilar

OBJETIVOS: relatar o caso de uma paciente que evoluiu com enfisema subcutâneo oral em seio maxilar, ressaltando as características clínicas e da evolução do quadro seguida de sua conduta.

METODOLOGIA: revisão da literatura e relato de caso

CONCLUSÃO: descrever o caso de um paciente com processos infecciosos de origens odontológica

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-236

TÍTULO: ENTOMOFTOROMICOSE CUTÂNEO-MUCOSA POR CONIODOBOLUS CORONATUS: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): VICTOR GRANJEIRO DE MELO , RODRIGO SOUZA LEÃO, ROSSANA SETTE RÊGO, DANILO DE NEGREIROS FREITAS, CARLOS HENRIQUE DE PAIVA CHAVES, ÉRICA SAMPAIO BARBOSA, DANIELLE GONÇALVES SEABRA PEIXOTO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES, RECIFE - PE - BRASIL

INTRODUÇÃO: A Entomoftoromicose constitui entidade clínica esporádica cujos agentes etiológicos são Conidiobolus coronatus, Conidiobolus incongruus e Basidiobolus ranarum. Esses fungos são comumente encontrados no solo, sendo a infecção decorrente da implantação na mucosa nasal de esporos inalados ou por introdução de fragmentos vegetais. Lesões por C. coronatus caracterizam-se por infiltração difusa ou formação de pólipos, impedindo a passagem do ar, podendo propaga-se para os tecidos adjacentes do nariz e da face e, algumas vezes, para a nasofaringe e seios nasais. A pele é pouco comprometida, sendo difícil ocorrer ulceração, embora o edema de características inflamatórias possa estender-se para a fronte, zigomas e lábios, desfigurando o rosto do paciente de forma leve a grave dependendo do tempo de evolução.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é relatar um caso de entomoftoromicose cutâneo-mucosa autóctone do Estado de Pernambuco, Brasil, ainda em tratamento com Cetoconazol, apresentando boa resposta clínica.

RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 66 anos, aposentado, procedente da região metropolitana de Recife, Pernambuco-Brasil, apresentava obstrução nasal  progressiva e coriza hialina à direita. O exame otorrinolaringológico demonstrou desvio de septo nasal para esquerda, lesão submucosa abaulando e obstruindo a narina direita em 90%, como também, abaulamento de dorso e asa de nariz à direita. Foi realizada biópsia nasal para exames histopatológico e micológico. O exame histopatológico de mucosa nasal revelou tratar-se de entomoftoromicose.O exame micológico direto (KOH 30%), demonstrou a presença de numerosas hifas largas, pouco septadas, sugestivas de zigomicose.

DISCUSSÃO: O crescimento do fungo em Sabouraud após três dias, demonstrou colônias de cor bege, rugosas com aspecto ceroso. Microscopicamente foram observadas hifas largas e conídios vilosos com esterigmas dispostos em forma de coroa, característicos de Conidiobolus coronatus.Com a confirmação do diagnóstico de Conidiobolomicose, iniciou-se tratamento com cetoconazol 400mg/dia via oral, observando-se diminuição do sintoma obstrutivo em uma semana e redução significativa da obstrução da narina em três semana.

CONCLUSÃO: O diagnóstico de entomoftoromicose em estágios avançados, quando se observa grande deformação facial, torna o tratamento e a reparação dos tecidos afetados mais difíceis. Desta forma, é necessário enfatizar a importância do diagnóstico micológico com identificação da espécie, uma vez que a correta diferenciação de espécies entre as ordens Mucorales e Entomophthorales determina a definição de terapia antifúngica específica, evitando custos desnecessários e risco de toxicidade para o paciente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-237

TÍTULO: EPIDEMIOLOGIA DA RINOSSINUSITE CRÔNICA COM POLIPOSE NASOSSINUSAL

AUTOR(ES): DAFNE BRAGA DIAMANTE LEIDERMAN , THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA, BEARTRIZ LUCHETTA RAMOS, MARCO AURÉLIO FORNAZIERI, TATIANA ABDO, RICHARD LOUIS VOEGELS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO:

A rinossinusite crônica(RSC) é a inflamação das cavidades paranasais e das fossas nasais. É um dos problemas de saúde pública mais comuns, com prevalência e incidência crescentes. Apresenta impacto significante na qualidade de vida, considerada pior que algumas doenças crônicas como diabetes melitus e insuficiência cardíaca congestiva. A prevalência de RSC e das co-morbidades associadas a este diagnostico é variável conforme o país estudado. A Rinossinusite Crônica com Polipose Nasossinusal (RSCcP) refere-se ao quadro de RSC associada a formação de pólipos benignos que podem obstruir os óstios de drenagem das cavidades paranasais. A cirurgia endoscópica sinusal funcional (FESS) é o tratamento eletivo para os pacientes que não apresentam melhora ao tratamento clínico.

OBJETIVO:

Descrever as características clínicas, endoscópicas, tomográficas e cirúrgicas dos pacientes submetidos à cirurgia endoscópica sinusal funcional para tratamento de Rinossinusite Crônica com Polipose Nasossinusal, entre os anos de 2005 a 2009.

METODOLOGIA:

Estudo transversal descritivo. Analisamos os prontuários dos pacientes submetidos a cirurgia endoscópica sinusal funcional (FESS) devido o diagnóstico de Rinossinusite Crônica com polipose nasossinusal não responsiva ao tratamento clínico por 3 meses. Foram analisados os seguintes aspectos: idade, sexo, presença das co-morbidades, intolerâncias à salicilatos, tabagismo, sintomas clínicos, endoscopia nasal intra-operatória, tomografia computadorizada de seios da face, variações anatômicas e achados intra-operatórios.

RESULTADOS:

Cento e vinte e seis pacientes foram submetidos à cirurgia endoscópica sinusal funcional para RSCcP no período estudado, e 107 (84,9%) prontuários foram analisados. A idade dos pacientes foi de 44,0 ±14,8 anos, a maioria (60,7%) era do sexo masculino, com razão homem:mulher de 1,55. Co-morbidades não foram encontradas em 50 (46,7%) pacientes. As co-morbidades mais comuns foram Asma Brônquica [21 (19,6%)] e Hipertensão Arterial Sistêmica [23 (21,5%)]. Intolerância à ácido acetil-salicílico e tabagismo foram encontradas em 12(11,2%) e 8 (7,5%) pacientes, respectivamente.

Mais da Metade dos pacientes apresentavam sintomas de Cefaléia [62(57,9%)], Rinorréia [63(58,9%)], Obstrução nasal [70(65,4%)], Hiposmia [65(60,7%)] e Pruridos/Espirros ([61(57%)]. A avaliação tomográfica demonstrou o acometimento de 3 ou mais pares de cavidades paranasais em 89(83,2%) pacientes. Variações anatômicas estavam presentes 40 (37,4%) dos pacientes e as mais freqüentes foram Células de Haller[24(22,4%)], Células de Onodi [23(21,5%)] e Concha Média Bolhosa [22(20,6%)].

A maioria dos pacientes apresentou, no intra-operatório: polipose grau III [73(68,2%)], concha média degenerada bilateralmente [60(56,1%)] e bula etmoidal não individualizada [85(79,4%)]. As cavidades paranasais mais acometidas foram: Etmóide Anterior [104(97,2%)], Etmóide Posterior [100(93,5%)] e Maxilar [86(80,4%)].

CONCLUSÃO

A RSCcP nesta amostra de pacientes com indicação cirúrgica apresentou-se como um doença predominantemente mais freqüente no sexo masculino, em pessoas na quinta-década de vida e envolvimento extenso endoscópico e tomográfico das cavidades paranasais maxilares e etmoidais.

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TRABALHO CLÍNICO

P-238

TÍTULO: EPIDEMIOLOGIA DE COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO DE ADENOAMIGDALECTOMIA EM UM SERVIÇO DE RESIDËNCIA MÉDICA

AUTOR(ES): HELTON BOETTCHER , LUIZ FERNANDO MANZONI LOURENCONE, SILVIA REGINA MOLINARI C LEITAO MEGALE, EDUARDO BOAVENTURA OLIVEIRA, CELSO NANNI JUNIOR, ADRIANA BERNARDINI ANTUNES SCANAVINI, CRISTIANO TONELLO

INSTITUIÇÃO: HRAC - USP - BAURU

INTRODUÇÃO: Queixas relacionadas às tonsilas faríngeas e palatinas estão entre as mais comuns na otorrinolaringologia, tendo como procedimento cirúrgico adenoidectomia e amigdalectomia. São cirurgias seguras, porém não isentas de complicações imediatas e tardias.

OBJETIVO: Avaliar a epidemiologia das complicações pós-operatórias destes procedimentos realizados pelos residentes do serviço de otorrinolaringologia.

METODOLOGIA: Avaliamos retrospectivamente 43 pacientes submetidos a adenoidectomia e/ou amigdalectomia aplicando um protocolo pelo médico que realizou a cirurgia no pós-operatório imediato, após uma semana e um mês; pesquisando sangramento, dor, vômitos, febre, disfagia.

RESULTADOS Dentre as primeiras 24 horas, 18% dos pacientes apresentaram vômitos. Nenhum paciente necessitou de revisão cirúrgica por sangramento e nenhum paciente precisou de internação prolongada. A dor pós-operatória foi uma queixa comum sendo necessária a complementação analgésica em 67% dos casos. Observou-se em pacientes que necessitaram de sutura e/ou eletrocauterização uma pontuação maior na Escala Visual da Dor (média de 4,59 e 2,38 pontos) quando comparado aos pacientes que não necessitaram desta hemostasia complementar (media de 2,89 e 1,44) no 1° e no 7° pós-operatório, respectivamente. Foi observado também, diferença na pontuação da dor pós-operatória nos pacientes que tinha historia pregressa de amigdalites de repetição com aqueles cuja indicação cirúrgica era apenas por hipertrofia amigdaliana (media 4,6 contra 3,5).

CONCLUSÃO: Adenoidectomia e/ou amigadalectomia são cirurgias seguras e a maior incidência de complicações ocorre nas primeiras 24 horas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-239

TÍTULO: EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA DE FACE

AUTOR(ES): GILSON RODRIGUES VALLE , DAVANI COSTA, NATHALIA MARTINI MONTI WOLFF, LINO LADISLAU OSTROSKI, LARISSA RISPOLI, NEILOR MENDES, FERNANDA CRISTINA RODRIGUES MACHADO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL E MATERNIDADE ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: O trauma tornou-se freqüente nas últimas décadas devido ao aumento de acidentes com veículos automotores e violência urbana. O estudo da epidemiologia faz-se importante pelas repercussões emocionais, funcionais e possibilidade de deformidades permanentes que o trauma facial causa nos pacientes. Além disso, pelo impacto econômico que os traumas causam ao sistema de saúde. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo estudar as características da população vítima de trauma facial através das variáveis sexo, idade, tipo de fratura, suas causas e fatores associados.

METODOLOGIA: Avaliou-se retrospectivamente 79 prontuários de pacientes com diagnóstico de fraturas faciais atendidos no período de junho de 2009 à junho de 2010, no Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Crânio-Facial do Hospital Angelina Caron. Para isso, foi elaborada uma ficha para coleta de informações que incluía: idade, sexo, etiologia do trauma, tipo de fratura, local da fratura e fatores associados (drogas e comorbidades).

RESULTADOS: Este estudo mostrou que o sexo masculino é o mais acometido, num total de 83% e a incidência das fraturas de face é maior na faixa etária de 20 a 39 anos (73%). A fratura mais freqüente foi a mandibular (40%), seguida da nasal (24%) e da zigomática (12%). Quanto à etiologia verificou-se que agressão (23%), acidentes com automóveis (16%), com motocicleta (14%) e quedas (15%) somam a maioria das fraturas faciais.

CONCLUSÃO: As fraturas de face são freqüentes e são causadas principalmente por acidentes com veículos (carro e motocicleta) e agressões. Dessa forma, vemos claramente a necessidade de maiores esclarecimentos e conscientização da sociedade quanto aos cuidados necessários, seja no trânsito, trabalhou ou lazer, que devemos ter.

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TRABALHO CLÍNICO

P-240

TÍTULO: EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE OTORRINOLARINGOLOGIA PEDIÁTRICA.

AUTOR(ES): ISABELE FAVORETTO CAÑAS PECCINI , ANA CLÁUDIA GHIRALDI ALVES, FÁBIO TADEU DE MOURA LORENZETTI, ANA PAULA FIUZA FUNICELLO DUALIBI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE SOROCABA (GRUPO BOS)

INTRODUÇÃO: estima-se que cerca de 25% dos casos atendidos na atenção primária relacionam-se às doenças dos ouvidos, nariz e garganta. As mais comumente encontradas são de etiologia infecciosa ou alérgica e acometem mais freqüentemente a população pediátrica; OBJETIVO: determinar a distribuição das doenças encontradas no ambulatório de Otorrinolaringologia Pediátrica de nosso serviço; MATERIAL E MÉTODO: levantamento de 522 fichas de atendimento (FA) do ambulatório de especialidade de Otorrinolaringologia Pediátrica, dos pacientes atendidos no período de Junho de 2008 a Janeiro de 2010, buscando as hipóteses diagnósticas levantadas para esses pacientes; TIPO DE ESTUDO: retrospectivo observacional; RESULTADOS: os diagnósticos mais prevalentes foram: Rinite alérgica: 36.9%, Hipertrofia adenoamigdaliana: 22.9%, Respirador oral com causa a esclarecer: 7.3%, Disacusia: 4.1%, Otite média serosa (OMS): 3.3%, Epistaxe: 2.5%, Infecção de vias aéreas superiores (IVAS) de repetição: 2.3%, Otite média crônica (OMC): 2%, Cerume: 1.6%; CONCLUSÃO: As principais doenças encontradas no ambulatório de Otorrinolaringologia Pediátrica foram rinite, hipertrofia adenoamigdaliana, respiração oral, disacusia, otite média serosa, epistaxe, infecção de vias aéreas superiores de repetição, otite média crônica e cerume.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-241

TÍTULO: EPIGLOTITE AGUDA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ELIZA MENDES DE ARAUJO , LUIZ ANTONIO DE BARROS, ANTONIO CELSO NASSIF FILHO, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, MARCELO CHARLES PEREIRA, EMERSON FRANCESCHI, DENISE BRAGA RIBAS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL CRUZ VERMELHA BRASILEIRA - FILIAL PARANÁ

Introdução

A epiglotite aguda é uma doença relativamente rara em crianças e adultos. É uma inflamação aguda da epiglote, valécula, aritenóides e prega ariepiglótica.

A epidemiologia da epiglotite aguda tem mudado significativamente apresentava como pico de incidência dos 2 aos 6 anos, também com predominância no sexo masculino, atualmente alguns artigos sugerem aparecimento mais freqüente em adultos devido a incidência ter sofrido profundas modificações com a recomendação rotineira da vacina conjugada.

Suspeita clínica inclui febre, dor de garganta, odinofagia, falta de ar e estridor.

Existe consenso de que os pacientes em que a obstrução completa da via aérea é iminente venham a necessitar de laringoscopia e suporte de via aérea em um ambiente adequado.

Os estudos de diagnóstico mais úteis são a laringoscopia indireta/ flexível nasolaringoscopia e radiografia do pescoço.

A endoscopia tem sido reservada para quando há suspeita de outro diagnóstico, pois a instrumentação de uma área subglótica edematosa pode precipitar a necessidadede intubação.

No tratamento da epiglotite, se impõe a determinação da gravidade da insuficiência respiratória. A epiglotite,deve ser considerada  uma emergência médica e pode requer  intubação no momento em que o diagnóstico é estabelecido.

O tratamento antibiótico faz com que haja diminuição do edema da epiglote em 12 a 72 horas.

Objetivos

-Descrever relato de caso sobre epiglotite aguda.

Material e Método

-Revisão bibliográfica sobre epiglotite aguda.

-Revisão retrospectiva de prontuário médico.

Descrição do Caso

C.M.R sexo feminino, 35 anos natural de Curitiba, comerciante, deu entrada no PS do Hospital Cruz Vermelha Brasileira Filial Paraná no dia 05/07/2010 referindo disfonia e disfagia para alimentos sólidos há 3 dias, acompanhada de febre de 39 graus aferida, mialgia generalizada e fleimão em região cervical anterior de aparecimento há 2 dias. No momento da consulta nega tosse, nega dispnéia, nega sialorréia, rinorréia, obstrução nasal, e sintomas otológicos. Ritmo urinário e intestinal normal, sem outras queixas. HMP: cirurgia bariátrica há 3 anos, hipotireodismo, em uso de eutirox 50mg. Nega tabagismo e etilismo, vacinação completa ? sic. Exame físico: Ectoscopia: presença de fleimão em região cervical anterior, normotensa, eupneica, FR: 18 Irpm,  hipocorada, afebril,   oroscopia: ausência de hiperemia de pilares amigdalianos, ausência de placas, rinoscopia: ausência de secreção visível, discreta tortuosidade septal e hipertrofia de cornetos, otoscopia: membranas timpânicas íntegras com brilho.

Após exame paciente foi internada, por apresentar quadro compatível com epiglotite aguda.

Optamos por tratamento clínico com Kefazol 1 ampola E.V de 8/8 horas, teve melhora significativa dos sintomas de disfonia e  fleimão em 48 horas, permaneceu afebril durante toda internação. Foi realizada nova videolaringospia dia 08/07/2010 o qual demonstrou: diminuição acentuada de processo inflamatório em epiglote.

Após quatro dias de internamento paciente teve alta hospitalar com axetil-cefuroxima prescrito por 7 dias e analgésicos.

Conclusão

A epiglotite apesar de ser considerada como uma doença rara sempre deve entrar como diagnóstico diferencial nos pacientes que apresentam odinofagia e febre acompanhada de toxemia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-242

TÍTULO: EPISTAXE SEVERA POR PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA MAXILAR (PAM): UMA APRESENTAÇÃO ATÍPICA E POTENCIALMENTE LETAL.

AUTOR(ES): RENATO TADAO ISHIE , SILVIO MONTEIRO MARONE, OTÁVIO BÓRIO DODE, BERNARDO CAMPOS FARIA, TARCÍSIO AGUIAR LINHARES FILHO, RENATA LOPES MORI, ELDER YOSHIMITSU GOTO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA MARCELINA

INTRODUÇÃO:

A epistaxe é uma afecção comum na prática otorrinolaringológica, porém somente 6% dos pacientes necessitarão de atendimento médico. A hemorragia pode determinar conseqüências mórbidas ou até fatais.

Tratamentos como compressão local e tamponamento nasal são suficientes na maioria dos casos. Nos refratários são necessárias medidas como: cauterização, ligadura arterial e angiografia com embolização.

Este artigo visa discutir o manejo da epistaxe tardia por formação de PAM após ferimento por arma de fogo.

RELATO DE CASO:

ADSS, 16 anos, vítima de ferimento por arma de fogo, com orifício de entrada em região pré-auricular direita e saída em região maxilar esquerda. Um mês após o trauma, evoluiu com epistaxe discreta e intermitente por fossa nasal esquerda.

Realizado tamponamento nasal anterior em fossa nasal esquerda.  Quarenta e oito horas após, na retirada do tampão, evoluiu com epistaxe severa e choque hipovolêmico, sendo submetido a tamponamento nasal anteroposterior e estabilizado hemodinamicamente.  Foi submetido à arteriografia, sendo evidenciado a formação do pseudoaneurisma com subseqüente embolização de PAM esquerda com cola cianoacrilato.  O paciente segue em acompanhamento ambulatorial, sem recorrência de epistaxe.

DISCUSSÃO:

A epistaxe é uma afecçcão comum na prática otorrinolaringológica e, se recorrente ou intensa, pode determinar conseqüências mórbidas ou até mesmo fatais. No paciente com  epistaxe posterior severa e história de trauma craniano deve ser considerada a presença de lesões vasculares como pseudoaneurisma arterial. Epistaxes tardias após trauma devido à lesões vasculares podem ser sérias complicações de traumas fechados ou penetrantes. Pseudoauneurismas são causados por ruptura de todas camadas de um vaso com extravasamento de sangue para o tecido adjacente, sendo contido por um hematoma pulsátil. 

Os PAM são raros e  graves, devendo sempre ser lembrados nos casos de epistaxe tardia. 

Os vasos mais acometidos em ferimentos por arma de fogo na região de cabeça e pescoço incluem: a. vertebral, carótida interna, facial, temporal superficial, meníngea média e maxilar interna, que é o vaso menos acometido  com poucos casos descritos.

A angiografia é o método diagnóstico padrão ouro, podendo detectar vasos anômalos, pseudoaneurismas, malformações arteriovenosas e localizar o ponto de sangramento. 

PAM pode levar a complicações e manifestações clínicas como hemorragia potencialmente letal, compressão arterial ou nervosa, eventos tromboembólicos  e massa pulsátil .

Estudos mostraram que 89% dos pseudoaneurismas não tratados se resolvem espontaneamente em 5 a 90 dias .

A utilização da embolização arterial percutânea no tratamento da epistaxe é considerada o tratamento de primeira linha  para  pseudoaneurismas e fístulas arterio-venosas na região de cabeça e pescoço.  A taxa de sucesso da embolização varia de 70% a 100% . 

CONCLUSÃO:

PAM é uma patologia rara e uma das causas de epistaxe pontencialmente letal. Apesar disso, o diagnóstico é simples e a abordagem terapêutica, através da radiologia intervencionista, apresenta-se como alternativa eficaz e segura no manejo desta entidade.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-243

TÍTULO: ÉPULIS VASCULAR ? UMA MANIFESTAÇÃO DA LESÃO APÓS TRAUMA ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ANA GABRIELA GONÇALVES TORISAN , HÉLDER IKUO SHIBASAKI, FÁBIO CAPUANO DOMINGOS, MARCELA SUMAN, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO PAULO FAMERP.

INTRODUÇÃO: Lesões reacionais da mucosa oral são comuns, e recebem o nome de épulis vascular quando apresentam mesmo padrão epitelial. Apresentam-se como uma tumoração na gengiva ou rebordo alveolar, de aspecto nodular, avermelhada e sangrante. Histologicamente, há prevalência de hiperplasia fibrosa local, fibroma ossificante periférico ou granuloma periférico de células gigantes.

OBJETIVO: Relatar um caso clínico de épulis vascular em cavidade oral, que apresentou sangramento com repercussão sistêmica 

RELATO DO CASO: THGS, masculino, 22 anos, há 30 dias crescimento gradual de lesão avermelhada em projeção de 1º molar inferior direito, o qual ele mesmo havia realizado extrusão há 2 meses, 15 dias após manipulação dentária para obturação. A lesão era dolorosa e havia apresentado 3 episódios de sangramento. Procurou hospital devido à tontura e fraqueza. EF: massa de aspecto vegetante, fibroelástica, não dolorosa, discretamente friável em projeção de 1º molar inferior direito, 4 x 3 cm. Sem nódulos cervicais e nasofibroscopia flexível normal. Foi internado para transfusão, pois apresentava hemoglobina de 5,9g/dL. TC: depressão óssea com bordas regulares, causando rompimento da cortical vestibular, sem realce ao meio de contraste com aumento de partes moles entre coroas dos dentes 44 e 46. Biópsia: tecido inflamatório de granulação, ulcerado, com exsudato necro-fibrino-leucocitário superficial. Paciente apresentou novos episódios de sangramento e aumento da lesão. Realizada biópsia excisional em centro cirúrgico, com intenso sangramento, contido com sutura e tamponamento com surgicel. Histopatologia = hemangioma capilar lobular (épulis vascular). Em 15 meses de acompanhamento, o paciente não apresentou recidiva.

DISCUSSÃO: Épulis vascular é uma lesão benigna oriunda de uma reação exacerbada  a um agente irritativo crônico ou a algum trauma na mucosa alveolar, principalmente após exodontias, por provável evolução a partir do periósteo subjacente, e pode apresentar alterações radiográficas alveolares (reabsorção óssea). Podem surgir em qualquer idade e sua incidência difere na literatura, mas há estudos que correlacionam hormônios femininos (estrogênio e progesterona), sendo mais frequente em gestantes e  pacientes com hiperparatireoidismo (sem comprovação documentada). Apresenta-se como uma massa de coloração normalmente avermelhada, podendo ser séssil ou pedunculada, sangrante devido à intensa vascularização na base da lesão, de crescimento constante, dolorosa ou não. Não há achado patognomônico dessa lesão, cujo diagnóstico definitivo é a histopatologia, na qual diferencia-se em granuloma de células gigantes, hiperplasia fibrosa ou fibroma ossificante ou hemangioma. A taxa de recorrência dessa lesão é variável na literatura e está diretamente ligada a restos teciduais. Sendo assim, a cirurgia para ressecção deve ser ampla, e deve ser complementada com cauterização química ou crioterapia para evitar recidiva.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Épulis vascular é uma lesão benigna, reativa, com crescimento progressivo após manipulação e chance de sangramento importante. O diagnóstico é histopatológico. Deve ser ressacada cirurgicamente, e pode apresentar recorrência.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-244

TÍTULO: ESCLEROSE TUBEROSA: TRATAMENTO CIRÚRGICO DOSANGIOFIBROMAS UTILIZANDO RADIOFREQUÊNCIA

AUTOR(ES): SUYANE BENEVIDES FRANCO , DÉBORA JUAÇABA CAVALCANTE, YURI DE MORAES FACÓ, LIA BARROSO SIMONETTI GOMES, FELIPE DAMASCENO FONTENELLE LEITE CAMPOS, RAFAELA MAGALHÃES VILLAS BÔAS, FLÁVIUS VINÍCIUS CABRAL SOARES

INSTITUIÇÃO: LIGA DE CIRURGIA PLÁSTICA E MICROCIRURGIA RECONSTRUTIVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO

Esclerose tuberosa é uma genodermatose neurocutânea autossômica dominante caracterizada pela formação de hamartomas em múltiplos órgãos: cérebro, pele, pulmões, rins, coração e olhos. A doença acomete aproximadamente 1 em 6.000 a 10.000 indivíduos. O acometimento cutâneo ocorre em aproximadamente 90% dos casos, expresso sob diversas apresentações dermatológicas, causando grandes transtornos psico-sociais e de higiene, sendo necessários procedimentos cirúrgicos para tratamento. O presente estudo tem por objetivo relatar um caso de tratamento cirúrgico com equipamento de alta freqüência (radiofreqüência) e revisar as opções terapêuticas para angiofibromas de face em paciente portador de esclerose tuberosa.

RELATO DE CASO

Paciente do sexo feminino, 30 anos, admitida no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio, apresentando queixas de lesões desfigurantes em face. Aos 8 meses de idade, paciente foi diagnosticada com Esclerose Tuberosa pela neurologia, incluindo história de quadros convulsivos e déficit cognitivo. O acometimento da pele iniciou-se com a evidência de máculas hipomelanóticas, placas fibróticas na fronte, placas cutâneas em casca de laranja em região lombar. O acometimento facial teve inicio aos 13 anos em dorso nasal, e cresceram em número e tamanho, comprometendo toda a face. Não havia relato de tratamento prévio das lesões da face, e os familiares queixavam-se de deformidade e distorção das unidades estéticas da face, gerando grave desconforto psico-social para a paciente. Ao exame físico, numerosos tumores de coloração avermelhada, sendo a maioria vegetantes, brilhosos, elásticos, envolvendo principalmente todo o dorso nasal, paredes laterais, lóbulos, causando obliteração parcial das narinas, regiões malares bilateralmente, lábio inferior e queixo. As lesões exalavam odor fétido devido ao acúmulo de secreção sebácea e suor associado a grande dificuldade de higiene local. A biópsia de um desses tumores revelou lesão composta de tecido fibroso denso com numerosa proliferação vascular, sem evidência de malignidade, e o diagnóstico clínico e histopatológico foi angiofibroma. O tratamento cirúrgico da paciente foi realizado em dois tempos, utilizando-se a técnica de radiofrequência.

DISCUSSÃO

A esclerose tuberosa é uma rara doença genética deconrrente da mutação do gene TSC1 no cromossomo 9q34 e TSC2 no cromossomo 16p13,3, resultando na expressão das proteínas Tuberina e hamartina em todos os tecidos, que, simultaneamente, agem modulando o crescimento celular e propiciam o aparecimento de tumores. Frequentemente, ocorre acometimento facial por angiofibromas. Durante o tratamento dos angiofibromas faciais da paciente, diferentes técnicas foram testadas. A utilização de bisturi elétrico seguida de cauterização resultou em maior sangramento da área tratada. A dermoabrasão, embora possua baixo custo e reduza o tempo cirúrgico, propiciou a disseminação de partículas em forma de aerossol  e sangramento importante ao tratar tais lesões hipervascularizadas. A radiofrequência constituiu-se uma ótima opção  para o tratamento das lesões faciais, uma vez que essa técnica produz ondas relativamente puras de corte e coagulação, propiciando excelente hemostasia. Além disso a técnica proporciona melhor resultado cosmético e facilidade de lapidação da área tratada por possuir mínimo alcance lateral de energia.

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TRABALHO CLÍNICO

P-245

TÍTULO: ESFORÇO VOCAL E INCAPACIDADE VOCAL EM PROFESSORES

AUTOR(ES): MARCIO CARDOSO SAMPAIO , EDUARDO JOSÉ FARIAS BORGES DOS REIS, LAURO ANTONIO PORTO, FERNANDO MARTINS CARVALHO, TÂNIA MARIA DE ARAÚJO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INTRODUÇÃO: Os professores constituem uma categoria profissional de grande importância social e cultural, cujo principal instrumento de trabalho é a voz.

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é investigar a associação entre incapacidade vocal e esforço vocal profissional em professores.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo epidemiológico de corte transversal em professores da cidade de Salvador, totalizando 4.495 docentes da rede municipal do ensino básico. Para representação da incapacidade vocal foi utilizado o VHI-10 (Índice de Incapacidade Vocal), como variável dependente. Como variável independente principal, utilizou-se o LVEI ou Índice de Esforço Vocal Profissional que é o produto de anos trabalhados como professor multiplicados pela carga horária semanal média. Foi realizada uma análise de regressão logística múltipla que incluiu covariáveis de interesse.

RESULTADOS: A população foi predominantemente do sexo feminino, com tempo de trabalho médio de 14 anos e carga horária de 30 horas semanais. A prevalência de incapacidade vocal entre os professores estudados foi de 21,7%. No modelo final, foi encontrada associação estatisticamente significante entre incapacidade vocal e índice de esforço vocal profissional (Razão de Prevalência = 1,47 IC 95% 1,19-1,82), controlados os efeitos das demais covariáveis relevantes: sexo, uso do microfone, ruído excessivo, pressão da direção da escola, azia e rinite.

CONCLUSÃO: A incapacidade vocal dos professores está associada ao esforço vocal profissional. Futuros estudos longitudinais sobre a associação entre incapacidade vocal e esforço vocal serão importantes para melhor investigar a causalidade envolvida, além de buscar medidas preventivas para a saúde vocal dos professores.

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TRABALHO CLÍNICO

P-246

TÍTULO: ESOFAGITE EOSINOFÍLICA: ABORDAGEM EM OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): VIVIANE NUNES DA COSTA , ULISSES JOSE RIBEIRO, SERGIO BITTENCOURT, THAIS RIBEIRO KNOLL, ANA PAULA INTRA, THAIS SANEMATSU, FERNANDA MADEIRO LEITE VIANA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES

OBJETIVO: RECONHECER O PAPEL DA ESOFAGITE  EOSINOFÍLICA COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM PACIENTES COM MANIFESTAÇÕES DE REFLUXO GASTROESOFÁGICO, REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO HABITUAL. REVER SUA EPIDEMIOLOGIA, MANIFESTAÇÃO CLÍNICA E DIAGNÓSTICO.

MATERIAIS E METÓDOS: ESTUDO PROSPECTIVO NO PERÍODO DE MARÇO A JULHO 2010, COM 20 PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES, AVALIADOS QUANTO AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SUBMETIDOS A QUESTIONÁRIO PADRONIZADO, NASOFIBROLARINGOSCOPIA, ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA COM BIÓPSIA NO TERÇO PROXIMAL DO ESÔFAGO E TESTES ALÉRGICOS (RAST HX2, FX2, FX3, FX5, EX1, MX1, GX2).

RESULTADOS: FOI REALIZADO ESTUDO COM 20 PACIENTES, DESTES 5 HOMENS E 15 MULHERES, A IDADE VARIOU DE 30-65 ANOS. SEGUINDO O CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DE ESOFAGITE EOSINOFÍLICA, O ACHADO NA BIÓPSIA DO TERÇO PROXIMAL DO ESÔFAGO DE 20 OU MAIS  EOSINÓFILOS POR CAMPO DE AUMENTO,  NÃO FOI ENCONTRADO NENHUM CASO DE ESOFAGITE EOSINOFÍLICA EM NOSSO TRABALHO CASUÍSTICA COMPATÍVEL COM A PREVALÊNCIA NA LITERATURA.

CONCLUSÃO: ESOFAGITE EOSINOFÍLICA É UMA DOENÇA INFLAMATÓRIA CRÔNICA, COM INFILTRADO DE EOSINÓFILOS NA MUCOSA ESOFÁGICA, ONDE OS SINTOMAS SÃO SEMELHANTES AOS DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO. A INCIDÊNCIA DESTA DOENÇA VEM AUMENTANDO NOS ÚLTIMOS ANOS, SENDO DIAGNÓSTICADA COM ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA, BIÓPSIA E CONTAGEM DE EOSINÓFILOS.O PAPEL DA ALERGIA ALIMENTAR E DE AEROALERGENOS AINDA NÃO ESTA BEM ESCLARECIDO. ESTUDOS FUTUROS SÃO NECESSÁRIOS PARA DEFINIR OS MÉTODOS IDEAIS DE AVALIAÇÃO, DURAÇÃO DE TERAPIA E SEGUIMENTO DOS PACIENTES AFETADOS.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-247

TÍTULO: ESPOROTRICOSE NASAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): SILVIO BENATTI NETO , ANA CRISTINA DA COSTA MARTINS, MARCELO RODZANDISK LIRA, JAIR CARVALHO E CASTRO

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO DE JANEIRO

OBJETIVO:

Demonstrar um caso de esporotricose em pirâmide nasal.

RELATO DE CASO:

Paciente, 18 anos, masculino, negro, estudante, natural e residente do Rio de Janeiro. Procurou auxilio médico na Fundação Oswaldo Cruz ? FIOCRUZ, pois estava com abscesso em dorso nasal após trauma, com evolução de mais de um mês tendo feito uso de frademicina, cefalexina, benzetacil, drenagem, pomadas e antiinflamatórios sem melhora. Ao exame endoscópico nasal evidenciou-se mucosa nasal integra sem lesão sendo o abscesso restrito a pele da columela, ponta nasal e região de filtro de nariz. Foram realizados para elucidação diagnóstica além do raspado da lesão para exame micológico, sorologia para esporotricose.

Após um mês a lesão nasal evoluiu com linfadenomegalia em região submentoniana e lesão gomosa em região de sulco nasogeniano esquerdo. O exame sorológico revelou-se forte reator e o raspado da lesão positivo para esporotricose. Diante do quadro foi sugerido pela Dermatologia tratamento com itraconazol 100mg/dia, por 30 dias.

O paciente apresentou involução das lesões, mas com aspecto cicatricial hipertrófico, sendo indicado à continuidade do tratamento por mais 30 dias de itraconazol com cicatrização total da lesão em região nasal, no entanto, foi observado linfadenomegalia volumosa em região submentoniana, com isso, manteve-se o tratamento até a regressão total das lesões, com duração total de 90 dias de tratamento.

 

MÉTODOS:

Avaliação clínica, biópsia e exames complementares.

 

DISCUSSÃO

A esporotricose é uma doença infecciosa com características polimórficas, provocada por um fungo dimórfico, Sporothrix schenckii, é geralmente encontrado em árvores, arbustos, vegetação em decomposição e no solo. É comum em países em desenvolvimento e pode acometer o homem, animais selvagens e domésticos como o gato e o cão (3). Pode ocorrer em qualquer idade (3), porém crianças são mais suscetíveis ao contágio (5), que ocorre geralmente após um trauma (4). Face e membros são as regiões mais comuns de aparecimento das lesões (3,5). A forma linfacutânea é a mais comum (1,3,5), mas ainda temos a forma cutânea, pulmonar, osteoarticular, meningeal e disseminada. Como no caso acima relatado, os profissionais da área de saúde devem excluir sífilis, tuberculose cutânea, leishmaniose e paracoccidioidomicose como diagnósticos diferenciais. O tratamento de escolha é o itraconazol (1,2), mas também pode ser utilizado iodeto de potássio, fluconazol e terbinafina. (1,2,3,5).

 

CONCLUSÃO:

Mediante a presença de microabscessos nasais, que podem ser causados também por micobactérias atípicas, deve-se incluir a investigação clínica para fungos como a esporotricose.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-248

TÍTULO: ESTENOSE CONGÊNITA DE ABERTURA PIRIFORME

AUTOR(ES): LILIANE SATOMI IKARI , WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI, ANA CAROLINA PARSEKIAN ARENAS, FELIPE ALMEIDA MENDES, HEDNALDO JOSÉ BASTOS, MARIA BEATRIZ NOGUEIRA PASCHOAL, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: Estenose congênita da abertura piriforme é uma causa rara de obstrução nasal em neonatos. Tendo como conseqüência grave a insuficiência respiratória neonatal. A ECAP tem sua importância no diagnóstico diferencial de causas de obstrução nasal congênita.

OBJETIVO: Relatar um caso de estenose congênita de abertura piriforme com atresia coanal á direita e meningoencefalocele.

RELATO DE CASO: WPR, masculino, criança nascida a termo. Apresentou ao nascimento diagnostico  de atresia de coana á direita permanecendo 3 dias sob IOT com um total de 32 dias internado na UTINEO. Nessa internação teve um episódio de crise convulsiva, tratou quadro de BCP e apresentou no 8° dia de vida estridor laríngeo no serviço o qual nasceu. Deu entrada no PSI com 1 mês e 20 dias de vida em REG, MV presente com presença de roncos e sibilos esparsos, retração de fúrcula, tiragem intercostal e subcostal, sat de O2 de 99%, ausência de sopros e cianose. À rinoscopia anterior obstrução importante bilateral e coriza hialina, com RX de Tórax, exames laboratoriais e gasometria arterial dentro da normalidade. Foi intubado e deu entrada na UTI.

Foi solicitado avaliação da equipe de Otorrinolaringologia que constatou na TC de seios da face, velamento do seio maxilar a direita, desvio da região posterior do septo nasal a direita, estreitando a coluna aérea adjacente. Fina formação tecidual com densidade de partes moles em continuidade com a extremidade posterior do septo nasal, estendendo-se por todo o diâmetro latero- lateral da coana direita inferindo a possibilidade de atresia coanal membranosa, aparente redução do calibre da região piriforme nasal. Meningoencefalocele á direita.

Devido á evidência da meningoencefalocele foi solicitado RM de crânio que constatou deiscência das laminas ósseas cribiformes com insinuação dos giros retos e folhetos durais, de forma discreta, sem configuração de importante encefalocele. Redução das colunas aéreas entre as estruturas nasais obliterando á direita.

Paciente foi submetido á cirugia para correção de estenose de abertura piriforme e de atresia de coana com 2 meses e 19 dias, através do acesso sublabial com incisão de mucosa jugal anterior de 3 cm, foi descolado maxila até abertura piriforme. Realizado broqueamento de abertura piriforme preservando mucosa nasal. Realizado correção de atresia de coana á direita e colocado sonda em fossa nasal direita e fixado em septo columelar e realizado sutura de mucosa jugal. Paciente permaneceu intubado até o 4° dia de pós operatório , no 25° dia houve a saída da sonda em fossa nasal e no 26° fez- se a retirada da sonda orogástrica e paciente não apresentou desconforto respiratório e teve boa aceitação da dieta.

Paciente em acompanhamento pela equipe da otorrinolaringologia com boa evolução.

DISCUSSÃO: Como em casos já relatados o RN apresentava quadro de dispnéia, cianose e apnéia desde o nascimento, foi realizado diagnóstico de ECAP e atresia coanal unilateral através do exame tomográfico. Paciente foi submetido a tratamento cirúrgico com acesso sublabial, como descrito na literatura, apresentando boa evolução.

CONCLUSÃO: Ressaltar a importância de elaborar dignósticos diferenciais em casos de obstrução nasal em neonatos, apesar da ECAP ser um patologia rara, mas que pode causar conseqüências severas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-249

TÍTULO: ESTENOSE DE CONDUTO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MANUELLA SILVA MARTINS , PABLO PINILLOS MARAMBAIA, OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, AMAURY DE MACHADO GOMES, ANA CAROLINA OLIVEIRA MENDONÇA, PATRÍCIA BRANDÃO PANTOJA, LÍLIAN LACERDA LEAL

INSTITUIÇÃO: INOOA

INTRODUÇÃO: Estenose do conduto auditivo externo (CAE) é definida como estreitamento total ou parcial da luz do CAE. É considerada uma entidade clínica rara, com prevalência de 0,6 casos por 100000 habitantes e o acometimento bilateral é ainda mais incomum. É decorrente de uma variedade de causas incluindo: infecções, traumas, tumores e inflamações. Apresenta maior incidência em pacientes do sexo feminino com média de idade de 46 anos e o principal sintoma é hipoacusia.

OBJETIVO: Descrever um caso de estenose bilateral de CAE em uma paciente do sexo feminino.

RELATO DE CASO: Paciente de 48 anos do sexo feminino procurou serviço de ORL com relato de hipoacusia progressiva em orelha esquerda há 05 anos associada à plenitude aural, zumbido bilateral. Relata história prévia de prurido e otorréia purulenta de repetição em orelha direita (OD) há 25 anos com melhora da otorréia há 10 anos, cursando desde então com hipoacusia progressiva ipsilateral. Ao exame apresentava estenose de CAE bilateral, impossibilitando a visualização da membrana timpânica, indolor ao toque. Na audiometria evidenciou-se perda auditiva mista bilateral, curvas timpanométricas tipo ?B? e reflexos acústicos contra-laterais ausentes em ambas as orelhas. A tomografia computadoriza de mastóides evidenciou presença de imagem de densidade de partes moles ocupando o lúmen do CAE bilateralmente (fig.1A e 1B). Realizada cirurgia para correção da estenose em OD por acesso retroauricular e uso de enxerto de pele. Paciente evoluiu bem no pós-operatório sendo acompanhada por 03 meses sem sinais de reestenose.

DISCUSSÃO: O caso apresentado relata estenose de CAE bilateral, patologia rara, com incidência maior no sexo feminino. A causa mais comum de estenose de CAE é otite externa crônica. Nesta doença há infiltração de células inflamatórias, edema com posterior formação de tecido de granulação levando a estenose medial do CAE.  Outra causa comum é otite média supurativa persistente ou recorrente. Na presença de perfuração da membrana timpânica pode haver drenagem de material inflamatório para o CAE ocasionado fibrose e, com sua evolução uma estenose. Nos casos de estenose de CAE o tratamento de escolha é cirúrgico com ressecção completa da área estenosada. A retirada da estenose pode ser seguida de colocação ou não de enxerto cutâneo. Os defensores de retalho cutâneo argumentam que o CAE apresenta anatomia única e a presença de anexos cutâneos é importante para impedir infecção local. No caso relatado, foi optado por realizar a ressecção completa do tecido fibrosado e posterior colocação de enxerto. Após a cirurgia existe melhora da audição em média de 20 dB em 61% dos casos.

CONCLUSÃO: A estenose de CAE é uma patologia rara e seu acometimento bilateral é ainda mais incomum. Deve ser suspeitado em paciente com queixa de inflamações crônicas ou de repetição com relato de hipoacusia. O tratamento padrão-ouro é cirúrgico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-250

TÍTULO: ESTENOSE DE VESTIBULO NASAL - TRATAMENTO

AUTOR(ES): FERNANDA MARQUES DE MELO , FERNANDA VIDIGAL VILELA LIMA , FLAVIO BARBOSA NUNES

INSTITUIÇÃO: UFMG

A estenose de vestíbulo nasal é uma apresentação frequente nos consultórios de otorrinolaringologia. Trata-se de complicação de cirurgias nasais, além de também poder ocorrer em procedimentos mais simples como cauterização de cornetos a após traumas faciais.

O caso a seguir mostra uma proposta de tratamento cirúrgico para casos de estenose vestibular.

J.N. , 25anos, com queixa de obstrução nasal após trauma nasal há 1 ano. A rinoscopia mostrava estenose vestibular ao lado esquerdo. A paciente foi submetida à cirurgia para correção da estenose descrita a seguir.

Após ressecção de enxerto de cartilagem de orelha, incisou-se a área estenosada e ressecou-se mucosa fibrosada. O enxerto foi posicionado abaixo do retalho de mucosa e fixado com pontos simples.

O resultado da cirurgia após 3 meses de pós operatório foi excelente, com manutenção do retalho e enxerto posicionados e sem recidiva da estenose.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-251

TÍTULO: ESTESIONEUROBLASTOMA - TERAPIA COMBINADA

AUTOR(ES): LUCIANA MIEKO YAMASHITA , FÁBIO RAUEN MARTINELLI, DANILO NUNES GOSLING, HENRIQUE CANDEU PATRÍCIO, JOÃO PAULO ALMEIDA, BERNARD BERALDIN, ALEXANDRE FELIPPU NETO

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO FELIPPU

INTRODUÇÃO: O estesioneuroblastoma é um tumor maligno, raro, neuroectodérmico, originado do epitélio olfatório. Descrito pela primeira vez em 1924 por Berger e colaboradores, não apresenta predileção por sexo, mas é mais comum entre 10 e 20 anos e entre 50 e 60 anos. É uma patologia da base anterior do crânio, correspondendo de 4 a 6% dos tumores malignos dos seios paranasais. A sintomatologia é inespecífica e varia conforme o local e o grau de invasão. Geralmente, é diagnosticado em estágios avançados, sendo o sintoma mais comum a obstrução nasal, seguida de epistaxe, anosmia e cefaléia. O diagnóstico precisa ser confirmado por imunohistoquímica e o tratamento é a princípio cirúrgico com radioterapia associada e, menos comumente, quimioterapia.

Relato de Caso: R.H.M., 29 anos, sexo masculino, encaminhado ao nosso serviço após procedimento cirúrgico para biópsia de lesão nasal, que evoluiu com epistaxe intra-operatória severa. O paciente se encontrava em UTI, com tamponamento nasal bilateral e sob ventilação mecânica. Possuía história prévia de cefaléia, obstrução nasal, anosmia e epistaxe recorrente há cinco anos, com piora há quatro meses, evoluindo com sonolência e perda da consciência. A tomografia computadorizada dos seios da face apresentava lesão expansiva, ocupando a base anterior do crânio, envolvendo região frontal e etmoidal bilateralmente. Na ressonância magnética de crânio e seios paranasais, com contraste, evidenciou-se invasão intracraniana e um extenso cisto de aracnóide em hemisfério cerebral esquerdo.  A conduta optada pelo nosso serviço foi a de ressecção total da lesão por acesso combinado: endoscópico nasal e craniotomia. O paciente evoluiu bem, tendo alta da UTI no 2o dia pós-operatório. A última avaliação pós-operatória ocorreu 30 dias após o procedimento, com o paciente em bom estado geral, lúcido e orientado, sem maiores queixas. A imunohistoquímica apresentou aspecto histológico de neuroblastoma olfatório, positivo para cromogranina A e CD56. O paciente foi encaminhado o oncologista para realização de radioterapia.

DISCUSSÃO: Devido a raridade do estesioneuroblastoma, e sua sintomatologia inespecífica, comum a outras doenças de vias aéreas superiores, o mau prognóstico está associado ao diagnóstico tardio. No entanto, se diagnosticado precocemente e tratado com cirurgia associada à radioterapia, as chances de cura são boas. A tomografia computadorizada é um excelente exame para avaliação da relação do tumor com as estruturas ósseas nasais, a ressonância magnética melhor para as relações de invasão intracraniana e estes dois associados para melhor planejamento cirúrgico.  Existem muitas vias descritas para acesso a tumores de base anterior de crânio, sendo que no nosso serviço, temos excelentes resultados com cirurgia endoscópica endonasal, o que possibilita ressecção adequada do tumor por um cirurgião experiente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-252

TÍTULO: ESTESIONEUROBLASTOMA: A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO AGRESSIVO

AUTOR(ES): ISELENA CLAUDINO BERNARDES , LORENA SOUSA OLIVEIRA, DOUGLAS HENRIQUE SANTIAGO DE OLIVEIRA, JAMACIR FERREIRA MOREIRA, FRANCISCO CRISTIANO SOARES MACENA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: Estesioneuroblastoma é uma rara neoplasia neuroepitelial que cresce do epitélio olfatório e ocupa cavidade nasal, podendo, invadir a base do crânio ou a órbita. Especula-se que represente cerca de 1-5% dos tumores da cavidade nasal e menos de 0,5% de todos os tumores malignos. Apresenta uma distribuição etária bimodal acometendo indivíduos entre 11 e 20 anos e entre 51 e 60 anos e não há predileção sexual. O quadro clínico é composto obstrução unilateral progressiva, rinórreia, epistaxe, cefaléia e outros sintomas de acordo com a invasão tumoral. O diagnóstico é feito por análise anatomopatológica e imunoistoquímica. O tratamento continua a ser uma questão de debate devido à infrequente ocorrência e variedade na atividade biológica deste tumor.

 OBJETIVO: Relatar um caso de estesioneuroblastoma diagnosticado e tratado no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CCP) do Hospital Napoleão Laureano (HNL), centro de referência no tratamento oncológico da cidade de João Pessoa ? PB.

METODOLOGIA: Análise da história clínica e cirúrgica de uma paciente portadora de estesioneuroblastoma, além da revisão retrospectiva de seu prontuário.

RESULTADOS: Paciente feminino, 49 anos, parda, solteira, aposentada, natural e procedente de Aparecida-PB. Foi encaminhada ao ambulatório de CCP do HNL após ser tratada para sinusite por 18 meses. Queixava-se de rinorréia e obstrução nasal à esquerda, além de hiposmia. À rinoscopia anterior, presença de massa de crescimento progressivo em fossa nasal esquerda.  Tomografia computadorizada do crânio mostrou formação expansiva com densidade de partes moles, isodensa na fase pré-contraste sofrendo impregnação homogênea pelo contraste, ocupando a fossa nasal, células etomoidais e seio frontal à esquerda, com extensão craniana para lobo frontal (giro reto). Ressonância magnética do crânio não demonstrou alterações do parênquima cerebral, todavia verificou-se presença de lesão expansiva sólida que compromete a fossa nasal e seio etmoidal à esquerda com expansão intracraniana fronto-basal e inferiormente até o palato duro. Realizou-se biópsia cujo resultado anatomopatológico sugeriu neoplasia maligna indiferenciada de pequenas células redondas infiltrativa em mucosa nasal compatível com estesioneuroblastoma, posteriormente confirmado pelo exame imunoistoquímico. A paciente encontrava-se no Estadio C de Kadish. Optou-se pela ressecção do tumor seguida de complementação radioterápica. A paciente encontra-se em seguimento há um ano e meio, sem sinais de recidiva da doença.

CONCLUSÃO: O real estudo epidemiológico e terapêutico dessa doença é difícil de ser precisada, pois apenas 1.000 casos foram descritos na literatura. Entretanto, é imprescindível o conhecimento sobre o assunto, pois o atraso diagnóstico pode comprometer substancialmente a sobrevida do paciente. Ressalta-se ainda a importância de se avaliar a ressecabilidade da lesão tumoral a fim de optar por uma ressecção cirúrgica agressiva que possibilite a cura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-253

TÍTULO: ESTESIONEUROBLASTOMA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FILIPE TRENTO BURIGO , GUSTAVO HENRIQUE ZANGIROLAMI, GUSTAVO NOLETO DE REZENDE, GUILHERME AUGUSTO BRAGATTO, MIGUEL SOARES TEPEDINO, MOACIR TABASNIK, JOÃO TELLES JUNIOR

INSTITUIÇÃO: POLICLINICA DE BOTAFOGO- PRÓ OTORRINO

INTRODUÇÃO:

Estesioneuroblastoma ou neuroblastoma olfativo é uma neoplasia rara originária do neuroepitélio olfativo. Cerca de 1.000 casos foram identificados desde que Berger e Luc descreveram o primeiro caso em 1924.

Apresenta quadro clínico vago levando ao diagnóstico definitivo torne-se tardio em muitos casos. Sintomas, quando presentes, incluem obstrução nasal, epistaxe, anosmia, proptose e diplopia.

CASO CLÍNICO:

S.S.B, 58 anos, feminina, queixando-se de obstrução nasal esquerda e epistaxe de pequena monta intermitente há  2 anos. Rinoscopia anterior mostrava lesão tumoral hiperemiada, friável ocupando toda fossa nasal esquerda. Sem linfonodomegalia cervical.

Realizado Tomografia computadorizada dos seios da face que evidenciadou uma formação densa e bem definida, obliterando meatos inferior e médio, recesso esfenoetmoidal esquerdos.

Biópsia incisional seguida de tamponamento nasal foi realizada em centro cirúrgico. O estudo anatomopatológico mostrou neoplasia maligna pouco diferenciada sendo realizado imunohistoqúimica onde foi evidenciado positividade para S 100, sinaptofisina,NSE, Cromogranina, sugerindo então estesioneuroblastoma.

Após o diagnóstico e estadiamento em Kadish B, foi proposto cirurgia endonasal com auxílio de endoscópio para retirada em bloco da lesão.

Realizado Ressonância nuclear magnética de crânio e seios da face para controle e indicado radioterapia. Paciente segue acompanhado pela oncologia, queixando-se apenas de hiposmia.

DISCUSSÃO:

O estesioneuroblastoma é um tumor neuroectodérmico raro, que se origina geralmente na porção superior das fossas nasais, junto à placa cribiforme. Na literatura existem controvérsias a respeito de sua histologia, estadiamento e tratamento.

Constitui 3-5% das neoplasias das fossas nasais. Existem relatos de sua presença nos seios etmoidal, maxilar e esfenoidal, hipófise e nasofaringe, resultando possivelmente de células ectópicas remanescentes da migração dos neurónios do placódio olfactório, durante o período embrionário.

Mostra-se com maior incidência durante a segunda e sexta décadas de vida. Não há prevalência maior entre homens e mulheres.

O seu comportamento varia entre o indolente (com sobrevivência longa) e o agressivo com metastização rápida e sobrevida limitada a meses. O primeiro sistema de estadiamento e o mais utilizado é o de Kadish (A-confinado à cavidade nasal. B-Extensão aos seios paranasais. C-Extensão além dos seios paranasais.). Os principais sítios de metástase são os gânglios cervicais, os pulmões e o osso.

O padrão histológico do tumor foi classificado por Hyams, baseando-se nos níveis de diferenciação celular. Na imunohistoquímica é característica  a expressão da proteína da matriz fibrilar S-100, cromogranina, sinaptofisina, NSE, e N-CAM.

O diagnóstico diferencial com melanoma, rabdomiossarcoma embrionário, linfoma, plasmocitoma extramedular, carcinoma indiferenciado e  carcinoma neuroendócrino deve ser realizado e muitas vezes só é bem sucedido através do uso de técnicas de imunohistoquímica.

CONCLUSÃO:

Por se tratar de um tumor raro, seu diagnóstico nem sempre é fácil. A chave para o diagnóstico precoce  é o encaminhamento para biópsia intranasal. Massa unilateral com obstrução nasal ou epistaxe recorrente deverá ser exaustivamente investigado por um otorrinolaringologista.

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TRABALHO CLÍNICO

P-254

TÍTULO: ESTIMATIVA DA PREVALÊNCIA DE ASSIMETRIAS DA VISÃO DE BASE DO NARIZ NA POPULAÇÃO GERAL ? RESULTADOS PRELIMINARES

AUTOR(ES): ANA CAROLINA XAVIER OTTOLINE , GERALDO AUGUSTO GOMES, SHIRO TOMITA, CARLA FREIRE DE CASTRO-LIMA, DIOGO LACERDA PEREIRA DE MEDEIROS, ERIC VIEIRA LUNA MAYERHOFF

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO-UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: As assimetrias no formato da visão da base podem surgir como consequências de cirurgias nasais com finalidade estética ou funcional. De outro lado, pode ocorrer que a desproporção já existisse antes da cirurgia e que, portanto, não seja uma consequência daquele ato. Para a realização destes procedimentos, com finalidade estético/funcional sobre o nariz, é muito importante a documentação pré-operatória fotográfica e o minucioso reconhecimento dos elementos anatômicos, que são responsáveis pela desarmonia e/ou pela dificuldade respiratória. Não existem estudos que tenham estimado a ocorrência deste tipo de deformidade na população geral.

OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de assimetrias da visão de base do nariz na população geral; quantificar, entre os indivíduos portadores, quantos tinham conhecimento do fato.

 

MATERIAL E MÉTODO: Quarenta e três voluntários escolhidos aleatoriamente foram fotografados na visão de base do nariz. Um dos pesquisadores avaliava a fotografia, classificando o indivíduo como portador ou não de assimetria da visão da base. Quando assimetria da visão da base estava presente, um pesquisador exibia a imagem da fotografia para o indivíduo em questão, e perguntava se ele tinha conhecimento do fato.

 

RESULTADOS: Foram fotografados 43 indivíduos entre 13 e 70 anos de idade, com média de idade de 43,11 anos e moda de 56 (4 pacientes). Dezenove (44,19%) dos indivíduos fotografados apresentavam alguma assimetria da visão basal do nariz. Destes, apenas 4 (21,05%) indivíduos relataram ter conhecimento de que eram portadores de tal deformidade.

 

DISCUSSÃO: Esse estudo apontou uma prevalência considerável de assimetrias da visão de base (44,19%). Também mostrou que 78,95% dos seus portadores desconhecem a assimetria.

Do ponto de vista prático, esses dois dados alertam os cirurgiões a buscarem ativamente o reconhecimento destas assimetrias e discuti-las clara e amplamente, quando no tratamento do paciente existe uma proposta cirúrgica.

A não observância deste fato no pré-operatório pelo médico pode gerar controvérsias acerca de a deformidade ter sido ou não consequência do ato operatório. Diante de uma contestação legal sobre o nexo de causa entre uma cirurgia e a deformidade, a documentação pré-operatória com fotografia constitui o principal meio de defesa do profissional. 

 

CONCLUSÕES: Apesar de a assimetria da visão de base ser uma deformidade prevalente, a maior parte dos indivíduos que possuem tal alteração desconhece o fato. Isto pode acarretar questionamentos por parte do paciente se a assimetria foi consequência ou não do ato operatório. Diante disso, a documentação pré-operatória com fotografia da visão de base torna-se essencial nos casos em que o indivíduo será submetido a cirurgia nasal.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-255

TÍTULO: ESTREITAMENTO DA BASE NASAL NO NARIZ CAUCASIANO ATRAVÉS DA TÉCNICA DE CERCLAGEM

AUTOR(ES): MARINA SERRATO COELHO FAGUNDES , MARCOS MOCELLIN, ROGÉRIO PASINATO, CEZAR AUGUSTO SARRAFF BERGER, CAIO MÁRCIO CORREIA SOARES, ARTHUR GRINFELD, JOÃO LUIZ GARCIA DE FARIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL INSTITUTO PARANAENSE DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: Diversas técnicas podem ser realizadas para diminuir a base nasal (estreitamento), como ressecção de pele vestibular, ressecção de pele columelar, ressecção de pele em elipse do bordo narinário, descolamentos e avançamentos de pele (técnica V-Y de Berstein) e o uso de suturas na cerclagem da base nasal. OBJETIVO: Avaliar a técnica de cerclagem realizada na base nasal, através de rinosseptoplastia endonasal por técnica básica sem delivery, no nariz caucasiano, diminuindo a distância inter-alar e corrigindo o alar flare com consequente melhora da harmonia nasal no conjunto facial. MATERIAL E MÉTODO: Realizado estudo retrospectivo através da análise das fotos e documentos clínicos de 43 pacientes, nos quais foi confeccionada a cerclagem da base nasal, através da ressecção de pele em elipse da região do vestíbulo e base nasal (técnica de Weir modificada), utilizando-se fio mononylon® incolor 4"0"com agulha reta cortante. O estudo foi realizado nos anos de 2008 e 2009 no Hospital Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia - IPO em Curitiba-Paraná, Brasil. Os pacientes tiveram um follow up que variou de 7 a 12 meses. RESULTADO: Em 100% dos casos foi atingida uma melhora na harmonia nasal, através da diminuição da distância inter-alar. CONCLUSÃO: A cerclagem associada a ressecção mínima de pele vestibular e da base nasal  é um método eficaz para o estreitamento da base nasal no nariz caucasiano, com resultados previsíveis e de fácil realização

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TRABALHO CLÍNICO

P-256

TÍTULO: ESTREITAMENTO DA BASE NASAL NO NARIZ CAUCASIANO ATRAVÉS DA TÉCNICA DE CERCLAGEM.

AUTOR(ES): MARCOS MOCELLIN , ROGÉRIO PASINATO, CEZAR BERGER, CAIO SOARES, ARTHUR GRINFELD, MARINA FAGUNDES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR / HOSPITAL IPO

INTRODUÇÃO: Diversas técnicas podem ser realizadas para diminuir a base nasal (estreitamento), como ressecção de pele vestibular, ressecção de pele columelar, ressecção de pele em elipse do bordo narinário, descolamentos e avançamentos de pele (técnica V-Y de Berstein) e o uso de suturas na cerclagem da base nasal.

OBJETIVO: Avaliar a técnica de cerclagem realizada na base nasal, através de rinosseptoplastia endonasal por técnica básica sem delivery, no nariz caucasiano, diminuindo a distância inter-alar e corrigindo o alar flare com consequente melhora da harmonia nasal no conjunto facial.

MATERIAL E MÉTODO: Realizado estudo retrospectivo através da análise das fotos e documentos clínicos de 43 pacientes, nos quais foi confeccionada a cerclagem da base nasal, através da ressecção de pele em elipse da região do vestíbulo e base nasal (técnica de Weir modificada), utilizando-se fio mononylon® incolor 4"0"com agulha reta cortante. O estudo foi realizado nos anos de 2008 e 2009. Os pacientes tiveram um follow up que variou de 7 a 12 meses.

RESULTADO: Em 100% dos casos foi atingida uma melhora na harmonia nasal, através da diminuição da distância inter-alar.

CONCLUSÃO: A cerclagem associada a ressecção mínima de pele vestibular e da base nasal  é um método eficaz para o estreitamento da base nasal no nariz caucasiano, com resultados previsíveis e de fácil realização.

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TRABALHO CLÍNICO

P-257

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO DOS ACHADOS OTOLÓGICOS EM CRIANÇAS APÓS COLOCAÇÃO DE TUBO DE VENTILAÇÃO

AUTOR(ES): MARIA THERESA COSTA RAMOS DE OLIVEIRA , LAURO JOÃO LOBO ALCÂNTARA, FRANCISCO LUIZ BUSATO GROCOSKE, BETTINA CARVALHO, HELOISA NARDI KOERNER, LUIZ GUILHERME PATRIAL, STEPHANIE SBIZERA SAAB

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Introdução

A inserção de tubos de ventilação (TV) em crianças é um dos mais comuns procedimentos na população pediátrica, realizado em crianças portadoras de efusão na orelha média que apresentem mais de 3 meses de evolução.

Complicações do procedimento incluem otorréia, extrusão precoce, perfuração persistente, tecido de granulação e obstrução do tubo.

A otorréia após TV acontece freqüentemente, mas é geralmente auto-limitada. É relatada como a complicação mais comum após miringotomia. Essa incidência parece não ser afetada pela técnica cirúrgica, preparação do conduto ou uso de gotas tópicas com antibiótico. O tratamento de escolha nos casos de otorréia são as gotas tópicas de quinolonas.

OBJETIVO

Analisar e comparar os achados otoscópicos após o uso de ciprofloxacino tópica em crianças submetidas à colocação de TV.

METODOLOGIA    

Foram selecionadas 28 crianças, atendidas no serviço de otorrinolaringologia de um Hospital Público Terciário, com indicação de timpanotomia com colocação de tubos de ventilação uni ou bilateralmente, devido à otite média efusiva/secretora. O procedimento foi realizado, associado ou não à adenoidectomia ou adenoamigdalectomia.

As crianças foram divididas aleatoriamente em 2 grupos:

GRUPO 1: uso de gotas otológicas de cloridrato de ciprofloxacino 0,3% (Ciloxan®) por 7 dias.

GRUPO 2: sem uso de gotas otológicas na primeira semana de pós-operatório.

No 7º dia de pós-operatório, as crianças foram reavaliadas e submetidas à otoscopia, em que foram analisados os seguintes achados: tubo de ventilação tópico, otorréia, coágulo na membrana, extrusão precoce, crostas hemáticas, invaginação do tubo, hematoma e presença de tecido de granulação. Além do exame físico, foi argüido ao familiar sobre a presença de otalgia e sobre a melhora da audição.

RESULTADOs

Foram avaliadas 28 crianças de 0 a 11 anos de idade, submetidas à timpanotomia com colocação de tubo de ventilação uni ou bilateral, com média de 6,11 anos de idade. No total, 53 membranas timpânicas foram incluídas. Em 22 orelhas (41,51%) foi aplicado cloridrato de ciprofloxacino em solução otológica por 7 dias. Dessas 22, três (13,64%) apresentaram otorréia no pós-operatório, cinco (22,73%) apresentaram crostas hemáticas, uma apresentou coágulo na membrana (4,5%) e outra apresentou tecido de granulação (4,5%).

Em 31 membranas timpânicas (58,49%), não foi aplicada a solução de ciprofloxacino. Dessas 31, três (9,68%) apresentaram otorréia, catorze (45,16%) apresentaram crostas hemáticas e uma apresentou coágulo na membrana timpânica (3,22%).

Aplicou-se correlação estatística dos dois achados mais freqüentes (crostas hemáticas e otorréia) entre os dois grupos. Tanto em relação à otorréia (p = 0.3015) quanto às crostas hemáticas (p entre 0.1 ? 0.25), os resultados foram não significativos (p>0.05).

90,91% dos pacientes que fizeram uso de gotas de ciprofloxacino, 10 tiveram melhora da audição relatada pelo familiar em 7 dias. Apenas 58,82% dos que não usaram solução tópica tiveram melhora da audição relatada.

Conclusão

As freqüências de otorréia e crostas hemáticas foram menores no grupo que utilizou ciprofloxacino tópica, porém esses resultados não apresentaram significância estatística. A melhora da audição também foi mais freqüentemente relatada no grupo que usou o medicamento. Para validar melhor os achados é necessário maior número de pacientes estudados. Deve-se lembrar que os achados intra-operatórios podem influenciar na decisão do cirurgião sobre a utilização do medicamento.

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TRABALHO CLÍNICO

P-258

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE IMUNOTERAPIA E TURBINECTOMIA EM RINITE ALÉRGICA. RESULTADOS E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, DANIEL ZENI RISPOLI, FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, RENATA BECKER, GUSTAVO SELA

INSTITUIÇÃO: HOPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição à alérgenos que, após sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por IgE, resultando em sintomas crônicos ou recorrentes. O diagnóstico é basicamente clínico, mas métodos como o teste RAST podem auxiliar no diagnóstico. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.

ObjetivoS: Comparar a turbinectomia e a imunoterapia como opções de tratamento nos pacientes com rinite alérgica após um ano destes tratamentos.

 METODOLOGIA: Foram avaliados 64 prontuários de pacientes atendidos no período de junho de 2008 a junho de 2009. Pacientes com queixas alérgicas, triados com anamnese, exame físico e exame otorrinolaringológico. Dividiu-se em grupo A (28 pacientes) tratado com turbinectomia parcial com coagulação e grupo B (36 pacientes) tratado com imunoterapia. Após um ano, pacientes de ambos grupos foram avaliados com teste RAST e questionário específico.

RESULTADOS: No grupo A, 19 pacientes apresentaram níveis de IgE detectado pelo teste RAST e 9 pacientes apresentaram RAST negativo. No grupo B apenas 9 pacientes apresentaram teste RAST positivo. No questionário 22 pacientes do grupo A referiram ?melhora importante?; 3 pacientes acusaram ?melhora absoluta?; e 3 pacientes como ?não-melhora?. No grupo B  dos 36 pacientes 28 referiram ?melhora importante?, 6 pacientes ?melhora absoluta? e 2 pacientes ?não melhora?.

CONCLUSÃO: A imunoterapia, atualmente, é uma alternativa para o tratamento da rinite alérgica com resultados satisfatórios se comparada à turbinectomia

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TRABALHO CLÍNICO

P-259

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS ACHADOS CLÍNICOS E HISTOPATOLOGICOS DOS TUMORES BENIGNOS E PSEUDOTUMORES DA LARINGE.

AUTOR(ES): MATHEUS PINTO CATÃO MACHADO , J. EVANDRO P. AQUINO, MARIA ROSA M. S. CARVALHO, FABIANO H. BRANDÃO, ROBERTO GAIA COELHO JUNIOR, JULIA N. P. AQUINO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

OBJETIVO

Relacionar a clínica e a histopatologia de determinadas lesões laríngeas benignas localizadas nas pregas vocais, comparando os achados microscópicos mais prevalentes e sua relação dos mesmos com a suspeita clínica. Avaliamos: pólipos, papilomas

MÉTODO

Através dos prontuários identificamos 45 pacientes com lesões laríngeas onde revisamos 60 lâminas. Vinte e três pacientes eram do sexo masculino e vinte e dois do sexo feminino com idade entre 6 e 72 anos. O diagnóstico dos pólipos e papiloma foi feito pelo exame laringoscópio. Confirmado pelo exame histopatológico.

RESULTADOS

Estudamos a validade da clínica como diagnóstico dos papilomas. Os clínicos reconheceram com segurança a exatidão do diagnóstico de papiloma em 67,0% e são capazes de reconhecer os caracteres negativos em 88,0% dos casos. Com relação aos pólipos, acertaram com facilidade o diagnóstico em 84,0% e são capazes de reconhecer os caracteres negativos em 67,0% dos casos. Encontramos predominância do sexo masculino com idade entre 0 e 10 anos mais para papilomas. Nos dois sexos, notamos freqüência para os pólipos mais elevados entre 21 e 40 anos.

CONCLUSÕES

A margem de erro entre a clínica e a histopatologia foi estatisticamente insignificante. O clinico pode estabelecer um diagnostico de pólipo ou papiloma de laringe, malgrado baseado na visualização da lesão macroscópica pela endoscopia. O diagnóstico baseado sobre os caracteres clínicos do tumor devera ser considerado como preliminar ou presuntivo.

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TRABALHO CLÍNICO

P-260

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO PLACEBO CONTROLADO DE DOIS CORTICOIDES INTRANASAIS NA RINITE ALERGICA ISOLADA

AUTOR(ES): FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR , FELIPPE ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR, DIANA ARANTES SAD RAMALHO, MAURICIO AQUINO PAGANOTTI, CARLOS ROBERTO PIRES CAMPOS

INSTITUIÇÃO: UNIDADE SUS FEU ROSA-PREF.SERRA-ES

Intitula-se rinopatia alérgica a síndrome caracterizada por obstrução nasal, prurido nasal, coriza e crises estermutatórias. Seu diagnóstico é eminentemente clínico, confirmando-se, às vezes, por meio de exames como o Prick test e a dosagem de IgE específica. Configuram-se como opções de tratamento corticóides, anti-histamínicos e outros. O presente trabalho busca comparar a ação entre dois corticóides, avaliando a eficácia de utilização em um estudo placebo controlado. A abordagem dos dados foi feita comparativamente após as observações registradas em formulários que geraram análises críticas dos resultados. Utilizaram-se como material o quadro clínico dos pacientes elaborado pela técnica da entrevista, os testes cutâneos comprobatórios de alergia (Prick test ) e os corticóides tópicos, objeto material desta pesquisa. A análise do grau de melhora apontou a mometasona como agente mais próximo da efetividade nos casos de rinopatia. CONCLUSÃO: Este estudo mostra que os benefícios clínicos obtidos por meio da mometasona não se limitam à melhora da obstrução nasal, coriza e espirros, estendendo-se, ainda, a outros sintomas da rinopatia alérgica, proporcionando, em última instância, melhor qualidade de vida ao paciente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-261

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO PROSPECTIVO E PLACEBO CONTROLADO ENTRE CELULOSE NATURAL INERTE E CROMOGICATO DISSÓDICO NASAL NA PROFILAXIA DA RINITE ALÉRGICA INTERMITENTE ISOLADA

AUTOR(ES): FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR , FELIPPE ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR, MAURICIO AQUINO PAGANOTTI,

INSTITUIÇÃO: PREFEITURA DE MARECHAL FLORIANO-ES (SUS)

A rinopatia alérgica é definida como enfermidade nasal sintomática induzida por inflamação mediada por igE após exposição da mucosa nasal aos antígenos,O diagnóstico é clínico ,podendo ser confirmado por Prick teste e dosagem de ig E específica.O trabalho consistiu em avaliar dois  produtos (celulose inerte natural nasal   e cromoglicato dissódico nasal a 4 % ) com mecanismos de ação totalmente diferenciados ,porém com o mesmo objetivo: a prevenção dos incômodos sintomas da rinopatia alérgica,como coceira nasal e ocular ,coriza ,obstrução nasal e espirros.Com o uso de tais medicamentos visamos diminuir significativamente  o uso de medicações de resgate,além de evitar complicações e co-morbidades advindas da rinopatia alérgica.A gravidez não limita o uso de ambos,mas nenhuma grávida esteve entre os 60 pacientes avaliados nos 3 grupos do estudo placebo controlado durante 3 meses na UBS CESAR VELLO  PUPPIM ?Prefeitura de Marechal Floriano-ES(SUS) Ao final  do estudo , os autores mostram  que um dos produtos chega mais perto de efetividade em relação ao outro na prevenção da rinopatia alérgica intermitente isolada. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-262

TÍTULO: ESTUDO COMPARATIVO: SAHOS X CEFALÉIA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , ANTONIO CELSO NASSIF FILHO, FABIANO TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, KARINA MARÇAL KANASHIRO, GUSTAVO SELA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA - FILIAL DO PARANA

INTRODUÇÃO: Cefaléia e SAHOS são comuns na população em geral e frequentemente coexistem no mesmo paciente. Stress é reconhecido como um dos principais fatores na cefaléia e distúrbios do sono. Contudo, a impressão geral dessa prática clínica é que cefaléia e sono estão na realidade mais estreitamente relacionadas

Objetivos: Verificar se há relação entre SAHOS diagnosticada por polissonografia e pacientes com sintomas compatíveis com cefaléia.

METODOLOGIA: Estudo prospectivo, observacional em que foram avaliados 52 pacientes, sendo 27 homens e 25 mulheres. Todos apresentavam os critérios diagnósticos de cefaléia induzida por SAHOS segundo a International Classification of Headeaches Desorders, sendo estes avaliados pelo Neurologista e encaminhados ao ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital da Cruz Vermelha. Todos os pacientes foram submetidos a anamnese, exame físico, nasofibroscopia e polissonografia. O diagnóstico de SAHOS foi baseado em uma cuidadosa anamnese e confirmada pelo exame da Polissonografia. O diagnóstico de SAHOS foi feito de acordo com American Sleep Disorders Association Criteria.

RESULTADOS: Dos 52 pacientes, apenas 2 apresentaram Índice de Apnéia e Hipopnéia (IAH) abaixo de 5 e com saturação de 98%. Já 16 pacientes apresentaram IAH entre 5 a 20 e saturação de 91% (SAHOS leve). 31 apresentaram IAH entre 20 a 50 com média de saturação de 90% (SAHOS moderada). Apenas 3 apresentaram grau de IAH acima de 50, com média de saturação de 82% (SAHOS grave).

CONCLUSÃO: SAHOS e cefaléia, quando bem caracterizadas, estão diretamente relacionadas. É importante reconhecer a patologia de base a qual estão associadas a fim de que ambas tenham o seu tratamento específico.

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TESE

P-263

TÍTULO: ESTUDO DA APOPTOSE EM CULTURA DE PÓLIPOS NASAIS EOSINOFÍLICOS SUBMETIDOS AO EFEITO DA MITOMICINA C

AUTOR(ES): CLÁUDIA PENA GALVÃO DOS ANJOS , ANILTON CÉSAR VASCONCELOS, PAULO FERNANDO TORMIN BORGES CROSARA, GUSTAVO COELHO DOS ANJOS, ROBERTO EUSTAQUIO SANTOS GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: FACULADADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

A etiopatogênese da polipose nasal eosinofílica ainda não foi esclarecida. Os eosinófilos constituem as principais células do infiltrado inflamatório e estão relacionados com a perpetuação do processo inflamatório na rinossinusite crônica com pólipos nasais. Atualmente o tratamento dos pólipos nasais envolve a resolução do processo inflamatório através da indução de apoptose. A Mitomicina C (MMC) é um agente quimioterápico e tem sido usada na Otorrinolaringologia para evitar a formação de sinéquias e estenose após cirurgia endonasais.O objetivo deste estudo é avaliar a ação da MMC no índice apoptótico (IA) de pólipos nasais de pacientes portadores de polipose nasal eosinofílica.Este é um estudo experimental autopareado com amostra de biópsia de 15 pacientes com polipose nasal eosinofílica com infiltração de eosinófilos igual ou superior a 40%. Cada fragmento foi dividido em dois grupos . No grupo experimental aplicou-se MMC por cinco minutos, na dosagem de 400 µg/ml . Após a aplicação da droga, as culturas foram lavadas com meio RPMI. O grupo controle sofreu as mesmas manipulações, mas utilizando-se somente meio RPMI. Os fragmentos contidos nos dois primeiros compartimentos, controle e experimento, foram imediatamente submetidas ao preparo para histopatologia. O outro par de amostra, contendo controle e experimento, foi incubado por 12 horas em estufa a 370 C e 5% de CO2. Ao final de 12 horas, os fragmento foram retirados para exame histopatológico. O índice apoptótico foi determinado pela morfometria na coloração hematoxilina-eosina (HE) e pela análise da fragmentação do DNA (reação de TUNEL).A comparação do dois grupos , com e sem tratamento com a MMC , demonstrou uma diferença significativa (p< 0,001) no índice apoptótico das culturas incubadas por 12 horas. Houve concordância em relação ao IA avaliado pela morfometria e pela reação de TUNEL. Conclui-se que a MMC atua sobre os pólipos nasais eosinofílicos induzindo ao aumento do índice apoptótico em eosinófilos in vitro.

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TRABALHO CLÍNICO

P-264

TÍTULO: ESTUDO DA INCIDÊNCIA DE SANGRAMENTO PÓS-TONSILECTOMIAS PALATINAS POR ELETROCAUTÉRIO

AUTOR(ES): LINO LADISLAU VINCENZI OSTROSKI , DANIEL ZENI RISPOLI, NATHALIA MARTINI MONTI WOLFF, GILSON RODRIGUES VALLE, LARISSA GUEDES PEREIRA RISPOLI, FERNANDA CRISTINA RODRIGUES MACHADO, NEILOR F. B. MENDES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL E MATERNIDADE ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: As tonsilectomias palatinas (amigdalectomias), com ou sem adenoidectomia associada, apesar de muitas mudanças nas indicações e fervor para a operação ao longo dos anos, continua a ser o procedimento cirúrgico mais comum em Otorrinolaringologia, sobretudo em crianças. Porém, apesar da evolução da técnica, uma das complicações mais temidas na evolução pós operatória é a hemorragia.

OBJETIVO: Por meio deste estudo, objetivamos divulgar os índices de sangramento pós operatório pela técnica de dissecção por eletrocautério, também chamada de técnica ?a quente?.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo com análise de prontuários de fevereiro de 2008 a maio de 2010, totalizando 838 pacientes. Os pacientes foram submetidos à cirurgia de tonsilectomias palatinas (amigdalectomias) por técnica de dissecção através do uso do eletrocautério (?a quente?). Foi realizada avaliação clínica 7 dias após a cirurgia, sendo avaliado a presença de coágulo em loja amigdaliana, achado que sugere sangramento pós operatório. Este estudo analisou também o sexo mais prevalente e a média de idade.

RESULTADOS: Através deste estudo foi constatado que de 838 pacientes analisados, 50 evoluíram com sangramento pós operatório (5,97 %), destes, 48 apresentavam coágulo em loja amigdaliana e somente 2 pacientes (0,24%) tiveram hemorragia com sangramento abundante no pós operatório, um no pós operatório primário (imediato) e outro 8 dias após a cirurgia, sendo submetidos a reintervenção cirúrgica para hemostasia.

CONCLUSÃO: Quando consideramos a formação de coágulo uma complicação hemorrágica, obtivemos no nosso estudo uma taxa que coincide com a literatura pesquisada (de 3,4% a 7,8%), porém ao analisarmos somente as taxas de sangramento intenso com necessidade de reintervenção, obtivemos uma taxa baixíssima. Com esses dados, demonstra-se que a técnica ?a quente?, realizada por eletrocautério, é uma técnica segura e com baixos índices de complicações hemorrágicas graves.

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TRABALHO CLÍNICO

P-265

TÍTULO: ESTUDO DA ORELHA CONTRALATERAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À TIMPANOMASTOIDECTOMIA

AUTOR(ES): BRUNO BARROS PINTO BORGES , SÍLVIO DA SILVA CALDAS, JULIANA GUSMÃO DE ARAÚJO, MARIA DANTAS COSTA LIMA GODOY, EDUARDO JOSÉ ARCOVERDE DE SOUZA, DÉBORA BUNZEN MAYER

INSTITUIÇÃO: UFPE

INTRODUÇÃO: A otite média é definida como um processo inflamatório, infeccioso ou não, localizado focal ou generalizadamente na fenda auditiva. As possíveis conseqüências ao indivíduo decorrentes de suas complicações podem variar de uma perda auditiva funcional, reversível a primeiro instante, a complicações graves e mesmo fatais quando há extrapolação dos limites do osso temporal. De acordo com a teoria do continuun a otite média crônica seria o estágio final de um processo que passa por disfunção tubária e otite média serosa. Na literatura encontra-se alta taxa de prevalência da otite média com efusão bilateral, entre 54 a 76% dos casos, fazendo supor ser próximo o indicador para a otite média crônica. Partindo dessa lógica o presente estudo faz uma avaliação da otoscopia da orelha contralateral de pacientes com otite média crônica já desenvolvida, observando as alterações nela encontrada e também comparando os achados dessa otoscopia entre os pacientes com e sem colesteatoma.

OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é descrever os achados da otoscopia contralateral (OCL) dos pacientes portadores de otite média crônica (OMC) e operados de timpanomastoidectomia no período de fevereiro de 2006 a janeiro de 2009, através de um estudo retrospectivo de seus prontuários, comparar os achados da orelha contralateral e avaliar a possível bilateralidade na patogênese da OMC com o resultado desses achados. 

METODOLOGIA: Esse estudo foi realizado através da análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes submetidos à cirurgia de Timpanomastoidectomia, no período de fevereiro de 2006 a janeiro de 2009. Os pacientes foram classificados como portadores de OMC NC ou OMC C, quando da ausência ou presença de colesteatoma na cirurgia, respectivamente. Os achados da otoscopia foram então classificados em: normal, retração de membrana timpânica, perfuração de membrana timpânica, colesteatoma, timpanoesclerose, neotímpano e efusão na orelha média. 

RESULTADOS: Foi observado uma baixa prevalência de alterações na OCL (36,2%) dos pacientes com OMC instalada e operados de timpanomastoidectomia. Quando avaliada a diferença da OCL nos pacientes com e sem colesteatoma encontramos uma taxa de normalidade de 48,4% nos pacientes com OMC NC e uma taxa ainda maior naqueles com OMC C (73,5%). Nossos achados sugerem não haver relação no processo de instalação da OMC entre as orelhas, contradizendo a maioria dos trabalhos que tratam desse assunto. 

CONCLUSÃO: Pacientes acometidos por OMC não apresentam achados na otoscopia da OCL que evidenciem uma associação importante entre as duas orelhas. Parece haver certa independência entre estas até mesmo quando o insulto inicial leva a formação do colesteatoma em uma das orelhas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-266

TÍTULO: ESTUDO DA ORELHA CONTRALATERAL NA OTITE MÉDIA CRÔNICA III: AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA

AUTOR(ES): SADY SELAIMEN DA COSTA , CRISTINA DORNELLES, DENIS LESSA, LETÍCIA PETERSEN SCHMIDT ROSITO, LUCIANA FICK SILVEIRA NETTO

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: Estudos prévios de nosso grupo encontraram, em estudo histológicos de ossos temporais humanos, 70% da orelha contralateral apresentavam alterações teciduais irreversíveis; em achados clínicos, 52% de comprometimento. Baseados nestes estudos acreditamos que a presença de otite média crônica, em uma orelha, além acarretar alterações histológicas e clínicas na orelha contralateral, também traga consigo maior probabilidade de encontrarmos alterações audiológicas bilaterais. OBJETIVO: Avaliar a função auditiva da orelha contralateral em pacientes com otite média crônica. ESTUDO: Transversal. MÉTODO: Otoendoscopia digital e audiometria tonal e vocal foram realizadas em ambas as orelhas de 1000 pacientes consecutivos diagnosticados como tendo otite média crônica. As audiometrias foram realizadas e registrados os dados das vias área e óssea nas freqüências de 500, 1000, 2000, 3000 e 4000Hz. Com estes dados foram calculados os gap aéreo-ósseo. Baseado no gap foi criada uma variável de três categorias: 0 a 14 dB; 15 a 29 dB; 30 dB ou mais. RESULTADOS: Em 40% dos pacientes, a orelha contralateral foi encontrada com gap aéreo-ósseo acima de 15 dBNa. CONCLUSÃO: Nossos resultados suportam a conclusão de que pacientes com otite média crônica, em uma das orelhas, têm uma grande chance de apresentar algum grau de patologia no lado contralateral. Nós acreditamos que nossos resultados sugerem que a otite média crônica deve ser idealmente não abordada como uma patologia estática, afetando uma orelha, mas sim como um processo em curso que podem afetar ambas as orelhas. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-267

TÍTULO: ESTUDO DA OTOTOXICIDADE NA IODOTERAPIA

AUTOR(ES): DANIELLE CANDIA BARRA , ANA HELENA BANNWART DELL´ARINGA, MYRIAN DE LIMA ISAAC, JOSÉ RAPHAEL MONTORO, ALFREDO RAFAEL DELL´ARINGA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA

A iodoterapia é uma terapia realizada com iodo radioativo (I-131), utilizado no controle dos carcinomas diferenciados da glândula tireóide. Tem por objetivo principal o combate às células cancerígenas presentes na tireóide, por meio da radiação emitida do iodo. OBJETIVO: avaliar a funcionalidade do sistema auditivo em pacientes com diagnóstico de câncer de tiróide que realizaram o tratamento de iodoterapia. Método: Realizado estudo prospectivo com 7 pacientes com diagnóstico de câncer de tireóide e indicação de iodoterapia. Após confirmação do diagnóstico e indicação da terapia todos os pacientes foram encaminhados às avaliações otorrinolaringológicas e audiológicas, pré e pós tratamento. Foram realizadas: anamnese e avaliação otorrinolaringológica clínica, anamnese fonoaudiológica, Audiometria Tonal Limiar, Logoaudiometria, Imitanciometria, Pesquisa de Reflexo Estapediano, Emissões Otoacústicas Evocadas por Produto de Distorção (EOAE-DP) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE). RESULTADOS: Comparando-se as médias dos limiares auditivos tonais pré e pós iodoterapia, não foram observadas alterações auditivas significativas segundo os critérios da ASHA. Todos os sujeitos do estudo apresentavam exame otorrinolaringológico físico normal e audição normal nas avaliações pré tratamento, segundo os resultados obtidos na Audiometria, imitanciometria, EOAE-DP e PEATE. Nas avaliações realizadas dentro do primeiro mês pós tratamento, todos os procedimentos realizados mantiveram-se com os mesmos resultados. CONCLUSÃO: a realização do tratamento para tumores de tireóide como a iodoterapia não causou alterações auditivas precoces. Salientamos a importância da realização de estudos com amostras maiores e por um período maior de monitoramento da audição.

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TRABALHO CLÍNICO

P-268

TÍTULO: ESTUDO DA RECIDIVA DE COLESTEATOMA APÓS MASTOIDECTOMIA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.

AUTOR(ES): ROBERTA BAK , BRUNO ALLEVATO, THALES BHERING, PRISCILA LEMOS LEITE NOVAES, RAQUEL DE MOURA BRITO MENDEZ, FELIPPE FELIX, SHIRO TOMITA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO- UFRJ

INTRODUÇÃO: Estima-se que mais de 5 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela otite média crônica colesteatomatosa. O tratamento das otites médias crônicas colesteatomatosas é primariamente cirúrgico com erradicação de todo o tecido doente . Existem dois tipos de cirurgias proposta para estes quadros: a mastoidectomia aberta (radical) e a mastoidectomia fechada (conservadora). Mediante a alta incidência e prevalência do colesteatoma e seus altos índices de recidiva, torna- se interessante o estudo pós operatório dos pacientes com tal diagnóstico.

OBJETIVO: Estimar a taxa de recidiva da otite média colesteatomatosa após tratamento cirúrgico, mastoidectomia conservadora ou radical, no serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Relacionar os índices de recidiva com o tipo de cirurgia proposto, sexo, idade e tempo de sintomas.

METODOLOGIA: Revisão de 75 prontuários de pacientes submetidos a mastoidectomia radical ou conservadora devido diagnóstico clínico e radiológico de colesteatoma no HUCFF no período de 2006 a 2009. Entraram no estudo os pacientes com diagnóstico histopatológico de colesteatoma pós operatório. Foram excluídos aqueles pacientes que não obtiveram laudo histopatológico de colesteatoma e aqueles que não mantiveram acompanhamento clínico pós operatório. Consideramos sinais de recidiva da doença critérios clínicos como otorréia refratária ao tratamento medicamentoso em mais de 3 consultas consecutivas e radiológicos como ressonância magnética com difusão positiva.  Todos os pacientes, na admissão no ambulatório, foram submetidos a um questionário onde deveriam  informar o tempo de doença .

RESULTADOS: Entraram nas estatísticas 71 orelhas (66 pacientes) sendo destes 43 do sexo masculino (65%)  e  23 do sexo feminino (35%). Segundo  faixas etárias, 7 (10,6%) pacientes estavam ente 0-14anos, 34 (51,5%) entre 15-40anos, 19 (28,7%) entre 41-60 anos e 6 (9%) maiores de 60 anos. Foi constatada recidiva da doença em 25 (35,7%)  orelhas sendo destas 8 (11,4%)  submetidas a técnica aberta e 17 (24,2%) a técnica fechada. Dentre os pacientes que apresentaram a recidiva da doença, 4 (16%) estavam na faixa etária entre 0-14 anos, 9 (36%) entre 15 e 40 anos, 11 (44%) entre 41 e 60 anos, 1 (4%) >61 anos. Em relação ao tempo de doença, 5 pacientes tinham menos de 1 ano de doença (7,04%), 23 pacientes de 1 a 5 anos (32,39%), 5 pacientes de 6 a 10 anos  (7,04%), 14 pacientes de 11 a 15 anos (19,71%), 5 pacientes  de 16 a 20 anos  (7,04%), 6 pacientes de 21 a 30 anos (8,45%) e 13 relatavam mais de 30 anos de doença otológica (18,30%).  Quando colocado estes dados para correlação estatística no Epi info 3.5.1 verificou que somente houve correlação estatística (p<0,05) quando correlacionado recidiva com maior tempo de doença (>30 anos).

CONCLUSÃO: A taxa de recidiva do colesteatoma ainda permanece alta principalmente naqueles pacientes submetidos a técnica fechada (45,9%). Quanto a faixa etária, os pacientes mais jovens (0-14 anos) e os adultos maiores de 40 anos (41 a 60 anos) tem maior índice de revisões cirúrgicas mediante retorno dos sintomas. O tempo de doença avançado, acima de 30 anos, mostrou-se estar relacionado a recidiva da doença (p= 0,02).  Faz- se importante, portanto, um diagnóstico precoce e acompanhamento pós operatório eficiente dos pacientes com otite média crônica colesteatomatosa visando redução da recidiva uma vez que esta ainda se mantém freqüente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-269

TÍTULO: ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE TABAGISMO E ALTERAÇÕES VIDEOLARINGOSCÓPICAS EM PACIENTES ATENDIDOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

AUTOR(ES): LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO , MIGUEL EDUARDO MACEDO GUIMARÃES, APARECIDA REGINA BRUM, FILIPE BRUM BRAGA GOMES, LUIZ AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO, AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

INTRODUÇÃO: Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, 18,8% da população é fumante e 23 pessoas morrem por hora por doenças ligadas ao tabagismo. Fumantes consomem mais recursos de saúde por ano de vida do que os não fumantes e os custos com internações são alarmantes. Distúrbios vocais e deglutitórios relacionados ao tabagismo podem ser os primeiros sintomas de uma neoplasia de cabeça e pescoço e por isso devem ser estudados de diversas maneiras, a fim de buscar as melhores soluções em políticas públicas e ações em saúde.

OBJETIVOS: observar a prevalência do tabagismo nos pacientes submetidos a videolaringoscopia no HU e estudar os fatores associados a este hábito; identificar as queixas que geram indicação de videolaringoscopia de maior prevalência; traçar fatores de risco para o tabagismo; comparar a prevalência da disfonia e de distúrbios da deglutição entre tabagistas e não-tabagistas, do sexo masculino e feminino, identificando os principais achados associados a essas queixas nestes indivíduos; identificar achados correlacionados ao hábito do tabagismo.

METODOLOGIA: estudo epidemiológico descritivo retrospectivo transversal observacional, por análise de prontuários de pacientes a partir de 18 anos submetidos a telelaringoscopia direta com fibra rígida de 70°, entre agosto de 2008 e 2009, com formulário preenchido pelo pesquisador, com dados do paciente, queixa principal e achados do exame. Os dados foram trabalhados nos programas Microsoft Office Excel e SPSS 13.0.

RESULTADOS: Dos 324 pacientes, 74,1% declararam história de tabagismo (sendo no sexo masculino a prevalência de 35,78% e no feminino de 20,75%) e 78,5% declararam etilismo. Dos tabagistas desta amostra, 70,7% declararam disfonia como queixa principal; 4,9%, disfagia; 13,4%, pigarro; 7,3%, globus faríngeus; e 9,8%, odinofagia. Nos pacientes que apresentaram diagnóstico videolaringoscópico de refluxo laringofaríngeo, a prevalência do tabagismo foi de 28% e a de etilismo foi de 22,2%. Há relação entre tabagismo e: idade (p=0,008), sendo mais encontrado em pacientes de meia-idade;  sexo masculino (p=0,004); e etilismo (p<0,001). Das queixas que motivaram o pedido do exame, houve correlação entre tabagismo e pigarro (p=0,008), de forma que 13,4% dos pacientes tabagistas relataram pigarro, ao passo que esse sintoma estava presente em 28,0% dos não-tabagistas. Quanto à realização do exame, foi observada correlação entre tabagismo e o uso de lidocaína (p=0,003), sendo este uso necessário em 13,3% dos pacientes tabagistas, enquanto que foi usado em apenas 3,9% dos não-tabagistas. Dos achados, foi encontrada relação entre tabagismo e: pólipo de prega vocal (p=0,024), edema de Reinke (p=0,001); e lesão leucoplásica (p=0,006), sendo encontradas em 9,6% entre fumantes e em 2,5% entre não-fumantes.

CONCLUSÃO: O tabagismo possui como fatores de risco o sexo masculino, a faixa etária de meia-idade e etilismo. A queixa principal mais prevalente que ocasionou a indicação do exame de videolaringoscopia nos pacientes tabagistas foi disfonia, seguida por pigarro. A proporção de queixa de pigarro como fator de indicação do exame complementar em tabagistas foi significativamente menor que em não-tabagistas, sugerindo uma subvalorização desta queixa em fumantes. O tabagismo foi mais associado à necessidade de uso de lidocaína a 10% para realização do exame. Os achados relacionados ao tabagismo foram pólipo de pregas vocais, edema de Reinke e leucoplasias.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-270

TÍTULO: ESTUDO DAS EMISSÕES OTOACÚSTICAS EM PACIENTES COM QUEIXA DE ZUMBIDO E EXAME AUDIOMÉTRICO NORMAL.

AUTOR(ES): MARCO ANTÔNIO THOMAS CALIMAN , MARCIA RUMI SUZUKI, GUSTAVO RIBEIRO PIFAIA, RAQUEL AVERSANI RADIN, HENRIQUE HIROSHI MIYAZAWA, DENILSON STORCK FOMIN

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA SANTO AMARO-UNISA.

INTRODUÇÃO: O zumbido é na atualidade uma das queixas otológicas mais comuns e importantes na prática otorrinolaringológica, pois pode ser o primeiro sintoma indicativo de alguma anormalidade subjacente. O paciente portador desse sintoma deve ser sempre submetido à avaliação médica para o diagnóstico e tratamento de possível patologia de base.  (Sanchez, 2002).

OBJETIVO: Observar a ocorrência das emissões otoacústicas por estimulo transiente e por produto de distorção em indivíduos com queixa de zumbido e exame audiométrico normal.

METODOLOGIA: Foram submetidos ao estudo das emissões otoacústicas 6 indivíduos (12 orelhas) do sexo feminino na faixa etária entre 27e 42 anos, que apresentavam como único sintoma otológico o zumbido, sem exposição prévia a ambiente ruidoso e exame audiométrico dentro da normalidade com limiares auditivos inferiores ou iguais a 25dBNA na faixa de freqüência entre 250 e 8000Hz e às medidas de  imitância acústica, timpanometria do tipo A e reflexos estapedianos ipsilaterais presentes. Para o estudo das emissões otoacústicas foi utilizado o equipamento da marca Interacoustics modelo Eclipse, como critério de análise para presença das emissões otoacústicas, reprodutibilidade acima de 70% e presença de três bandas de frequências consecutivas nas altas frequências (Finitzo et al, 1998).

RESULTADOS: Nas 16 orelhas estudadas, foram observadas emissões otoacústicas ausentes predominantemente nas bandas de frequências altas (3KHz e 4KHz) e alteradas nos casos de zumbido unilateral, coincidentemente com a orelha na qual o paciente refere perceber o zumbido. resultados audiológicos significativos com respostas auditivas que sugerem disfunção coclear nos pacientes com zumbido e exame audiométrico normal. Segundo Patuzzi (2002), disfunções de CCE (células cíliadas externas) podem causar uma excessiva descarga de neurotransmissores seguido de um aumento do potencial endococlear, possível mecanismo de geração do zumbido relacionado com as CCE.

CONCLUSÃO: Diante desse estudo preliminar, podemos supor, baseado nas teorias existentes, que o exame de emissões otoacústicas por estimulo transiente pode servir para avaliar com precocidade possíveis alterações futuras do funcionamento da cóclea (especificamente das CCE), auxiliando no tratamento e pesquisa de possíveis hipóteses etiológicas. Entretanto, necessitamos ampliar nossa amostra para obtermos representação estatística significante. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-271

TÍTULO: ESTUDO DAS INFORMAÇÕES PARENTAIS VERSUS PROCESSAMENTO AUDITIVO NA CIDADE DE PIRACICABA

AUTOR(ES): FÁBIO SILVA ALVES , MAÍNE BOTASSO, PEDRO HENRIQUE DE MIRANDA MOTA, CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI, IVAN DE PICOLI DANTAS, JOSÉ MARIA MORAES DE REZENDE, RODRIGO UBIRATAN FRANCO TEIXEIRA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CAMPINAS

OBJETIVO: Estudar queixas e dados das avaliações do processamento auditivo durante 3 anos. MÉTODO: Foi realizada uma coleta a partir do banco de dados da Clínica de Fonoaudiologia. Os indivíduos envolvidos na pesquisa eram 34 crianças de ambos os sexos, com idade variando de cinco à onze anos, que foram encaminhados para avaliação do processamento auditivo. RESULTADOS: Encontramos 32 crianças com alteração no processamento auditivo. Destas, as queixas mais citadas foram desatenção/distração, dificuldades escolares e alteração de fala e, os dados mais encontrados nas anamneses foram: preferência manual e ao telefone pelo lado direito, escuta no silêncio boa e no ruído ruim, compreensão no silêncio boa, compreensão ruim para piadas, gosto por música, desatenção, agitação, dificuldade na escrita e na leitura, desenvolvimento da fala e do andar normal, dificuldade na alfabetização (aprender a ler e escrever), boa memória e doenças na infância. CONCLUSÃO: De todas as queixas trazidas pelos responsáveis pelas crianças, as mais citadas foram desatenção/distração, alteração de fala e dificuldades escolares. Todas relacionadas com dados característicos das anamneses, a saber: escuta no silêncio ruim, compreensão ruim para piadas, desatenção, agitação, dificuldade na escrita e na leitura e dificuldade na alfabetização. Portanto, apresentar algumas dessas características pode indicar predisposição para alteração do processamento auditivo.

DESCRITORES: audiologia, anamnese, testes auditivos, aprendizagem

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TRABALHO CLÍNICO

P-272

TÍTULO: ESTUDO DAS RELAÇÕES ANATOMICAS ENTRE O LIGAMENTO DE BERRY E O NERVO LARÍNGEO RECORRENTE NO CURSO DE TIREOIDECTOMIAS

AUTOR(ES): ANDRÉ CAVALCANTE SARAIVA , BOTELHO, J. B., CATTEBEKE, L. C. H., CARVALHO, D. M., TOMMASO, R. R., SANTOS JR., E. G.

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE / UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

INTRODUÇÃO: As patologias cirúrgicas da glândula tireóide, especificamente os bócios de grande volume (BGV), necessitam de acesso cirúrgico especial, como por meio da via de acesso em ?U?. O nervo laríngeo recorrente (NLR) relaciona-se topograficamente, de forma variável, com a artéria tireóidea inferior e com o Ligamento de Berry, um espessamento da fáscia pré-traqueal que liga a glândula tireóide à traquéia e à parte inferior da cartilagem cricóide. A proximidade dessas estruturas imprime maior chance de lesão nervosa durante as tireoidectomias totais e parciais, e a secção do NLR pode resultar na paralisia de todos os músculos da laringe, exceto o cricotireóideo.

OBJETIVO: Esse trabalho objetiva propor protocolo de acesso cirúrgico nas tireoidectomias totais e parciais, para identificar e ligar entre fios as artérias tireóideas inferiores, ao localizar e preservar os NLRs, a partir de sua relação anatômica com o Ligamento de Berry.

METODOLOGIA: Foram analisados os registros fotográficos do Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial de pacientes submetidos à tireoidectomias parciais e totais no período de 2002 a 2008, na cidade de Manaus/AM. Os registros expuseram as regiões ântero-laterais direita e/ou esquerda do pescoço dissecadas, uni ou bilateralmente, de acordo com a localização do bócio e/ou tumor, com o objetivo de visualizar a relação entre o Ligamento de Berry e o NLR. A partir dos dados obtidos, foram classificadas as freqüências de apresentação anatômica das relações entre o nervo e o Ligamento de Berry em: Tipo I ou intra-ligamentar: quando o nervo e/ou seus ramos estavam visualizados intra-ligamentar; Tipo II ou lateral: quando o nervo e/ou seus ramos foram visualizados lateral ao ligamento; Tipo III ou medial: quando o nervo e/ou seus ramos estavam claramente visualizados medialmente ao ligamento. Foram excluídas as fotografias que não estavam claras essa relação.

RESULTADOS: O estudo abrangeu 103 registros fotográficos. Após análise de acordo com a nova classificação proposta neste trabalho, a relação entre o NLR e o ligamento de Berry no curso dessas tireoidectomias foi visualizada de forma clara em 21 registros, com um total de 22 nervos. Foram encontradas 9 nervos (40,9%), do Tipo I ou intra-ligamentar; 9 (40,9%), do Tipo II ou lateral; e, 4 (18,2%) do Tipo III ou medial. Foram excluídos 82 registros fotográficos por não estarem claras essa relação.

CONCLUSÃO: Nos pacientes com BGV, os padrões anatômicos do curso do NLR são modificados, prejudicando a identificação e a preservação do mesmo, devido à perda da relação anatômica entre as estruturas cervicais, também prejudicadas pelo espaço limitado utilizado pelo cirurgião durante a exérese da peça cirúrgica. Esse trabalho demonstra a importância do Ligamento de Berry como ponto de referência anatômica nas tireoidectomias, e, diferente de outros, encontrou-se o NLR em topografia intraligamentar (9 / 40,9%).

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-273

TÍTULO: ESTUDO DE CASO DE PACIENTE ATRAVÉS DE TELEMEDICINA VIRTUAL EM METAVERSO TRIDIMENSIONAL COM UTILIZAÇÃO SIMULTÂNEA DE DIVERSAS MÍDIAS DIGITAIS

AUTOR(ES): LAURO OTACILIO CAMPOS DE SOUSA , WENDELL DE PAIVA LEITE, JOÃO PAULO SOUZA, IERICEFRAN DE MORAIS SOUZA, JOSÉ DINIZ JÚNIOR, PEDRO GUILHERME BARBALHO CAVALCANTI, LARISSA ROBERTA CAMPOS DE SOUSA

INSTITUIÇÃO: UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO:

Nos últimos anos, o advento da Internet de banda larga associado ao crescente poder de processamento dos computadores e sofisticação dos recursos gráficos das placas de vídeo permitiram a colocação em prática de uma tecnologia antes teórica (a tecnologia dos Metaversos Tridimensionais).    Atualmente Metaversos online como o Second Life (O Second Life é um mundo 3D virtual criado por seus residentes e conta atualmente com uma população de mais de 17 milhões de avatares) têm sido usados cada vez mais como ferramenta educacional e de socialização e promovido um vislumbre de como será a Internet dentro de poucos anos.  A área médica é uma das maiores beneficiadas com a utilização dos Metaversos devido à grande integração de diferentes tecnologias num mesmo ambiente (video, imagens, email, texto, slideshow, audio, voz, chat, programação, etc...) permitindo conferências virtuais, exibições de cirurgias, discussões de casos clínicos, etc.

OBJETIVO:

O objetivo deste trabalho é demonstrar a utilização prática, no Metaverso tridimensional Second Life, de recursos voltados para a educação e interação médicas. Serão mostrados ambientes para apresentação de aulas interativas e exibição de vídeos cirúrgicos em ambiente tridimensional e também uma CyberClínica onde vários indivíduos (avatares) da área médica poderão interagir simultâneamente via Internet através da utilização das inúmeras mídias integradas no Metaverso.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Foi utilizado o Metaverso tridimensional do Second Life (da empresa americana Linden Labs) uma vez que é, atualmente, o mais conhecido e tecnologicamente mais avançado.  Numa área virtual de 32.788 metros quadrados foram construídos vários ambientes tridimensionais distintos (Anfiteatros abertos, Anfiteatro fechado, Cinema, CyberClínica, Edifícios, Galeria).   

Algumas destas construções são destinadas a exibição de aulas (como num Congresso Médico e com possibilidade de interação entre os participantes), outras como locais de interação para discussão de casos clínicos por vídeo-conferência, outras como Salas de exibição de procedimentos cirúrgicos, etc..   As construções virtuais e scripts de programação foram desenvolvidos ao longo dos 32.788 metros quadrados de terreno virtual num período de 05 meses e atualmente encontram-se abertas ao público para acesso através da Internet e em funcionamento ininterrupto (24 horas) .

RESULTADOS:

Os resultados podem ser observados nas imagens (abaixo e ao lado) onde vemos cenas de um ou mais avatares (indivíduo online) mostrando as construções relacionadas ao ensino médico.

CONCLUSÃO:

A grande integração de mídias (video, imagens, email, texto, slideshow, audio, voz, etc...) presente no Metaverso bem como a possibilidade de profissionais dos mais distantes lugares reunirem-se de maneira rápida e altamente eficiente para a troca de informações torna-o uma das mais importantes formas de comunicação e ensino da atualidade.  Fato comprovado pela migração maciça de inúmeras instituições de ensino, universidades e grandes corporações nacionais e, principalmente, internacionais para colocar suas versões virtuais nos Metaversos tridimensionais, principalmente no Second Life.

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TRABALHO CLÍNICO

P-274

TÍTULO: ESTUDO DE COMPLICAÇÕES HEMORRÁGICAS PÓS ADENOAMIGDALECTOMIA NO NÚCLEO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO: ESTUDO DE 195 CASOS

AUTOR(ES): THOMAS EDUARDO COLOMBO VITUSSI , ANTONIO ISSA, GABRIEL DE CASTRO FIGUEIREDO, PEDRO IVO ANTONIAZZI PAULIN

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRAO PRETO

INTRODUÇÃO: Adenoamigdalectomia esta entre os procedimentos otorrinolaringológicos mais freqüentes atualmente. Levando-se em consideração que a hemorragia pós-operatória constitui uma das complicações mais comuns deste procedimento, torna-se importante a realização de estudos na tentativa de estimar a sua frequência.

OBJETIVO: Estimar a frequencia de complicações hemorrágicas pós adenoamigdalectomia em um serviço de otorrinolaringologia de Ribeirão Preto.

METODOLOGIA: No período de Fevereiro de 2008 a Fevereiro de 2010. Foram analisados os prontuários de 195 pacientes submetidos a adenoidectomia e/ou amigdalectomia sendo avaliado a ocorrência de quadros hemorrágicas em pós-operatório.

RESULTADOS: Dos 195 pacientes submetidos à cirurgia, a média de idade foi de 9,2 anos, 40 foram amigdalectomia, 51 foram adenoidectomia e 104 foram adenoamigdalectomia. Ocorreram 3 casos de sangramento secundário, sendo dois deles pós-amigdalectomia (no quinto e décimo pós-operatório) e um deles após adenoamigdalectomia (sétimo pós-operatório).Analisando os dados acima, encontramos uma incidência de 1,53% de complicação hemorrágica no pós-operatório.

DISCUSSÃO: Sendo a hemorragia a complicação mais freqüente e de maior risco à vida do paciente deve-se realizar em avaliação pré-operatória  análise da cascata de coagulação, contagem de plaquetas e hemograma. Na literatura a incidência de hemorragia pós-operatória primária em crianças varia de 0,1 a 1,4% após adenoidectomia e 0,23 a 1,6% após amigdalectomia. Em nosso estudo os 3 casos de hemorragia pós-operatória foram classificadas como hemorragias menores, segundo a classificação proposta por Peeters et al, pois não foram necessárias tranfusões sanguíneas e/ou revisão hemostática sob anestesia geral.

CONCLUSÃO: Concluímos em nossa casuística que a incidência de hemorragia após adenoidectomia e/ou amigdalectomia em nosso Serviço foi de 1,53%, estando de acordo com o que foi descrito pela literatura.

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TRABALHO CLÍNICO

P-275

TÍTULO: ESTUDO DO PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO COM ACHADOS VIDEOLARINGOSCÓPICOS SUGESTIVOS DE REFLUXO LARINGOFARÍNGEO E ALTERAÇÕES RELACIONADAS A ESTES ACHADOS

AUTOR(ES): LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO , WILSON BENINI GUÉRCIO, APARECIDA REGINA BRUM, MIGUEL EDUARDO MACEDO GUIMARÃES, LUIZ AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO, AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

INTRODUÇÃO: A Doença do Refluxo Gastroesofágico é a doença gastrointestinal mais prevalente da atualidade, o que se deve a uma confluência de fatores (maus hábitos alimentares, obesidade e fatores genéticos). Pode ser oligossintomática do ponto de vista digestivo, mas associado a sintomas de laringite crônica por refluxo laringofaríngeo (RLF), com queixas vocais e deglutitórias.

OBJETIVOS: observar a prevalência dos achados videolaringoscópicos sugestivos de RLF e das queixas associadas à sua indicação; estudar fatores associados ao RLF.

METODOLOGIA: estudo epidemiológico descritivo retrospectivo transversal observacional, por análise de prontuários de pacientes a partir de 18 anos submetidos a telelaringoscopia direta com fibra rígida de 70° entre agosto de 2008 e 2009, por formulário preenchido pelo pesquisador, com dados do paciente, queixa principal e achados do exame. O diagnóstico de RLF foi a presença de: edema interaritenoideo, edema, espessamento ou paquidermia interaritenoidea, edema de região retrocricoidea, edema ou hiperemia de aritenoides. Os dados foram trabalhados nos programas Microsoft Office Excel e SPSS 13.0.

RESULTADOS: Dos 324 pacientes, 69,8% apresentaram RLF, sendo 5,2% com alterações de mucosa de aritenoides (hiperemia ou edema), 67,9% com edema retrocricoideo e 35,2% com paquidermia interaritenoidea. A média da idade dos pacientes com RLF foi 51,93 (IC 95%: 50,07 ? 53,80). A presença de sinais de RLF está associada à idade (p=0,007), em maiores proporções quanto mais avançada a idade. Destes, 28% eram tabagistas e 22,2%, etilistas.  O achado de sinais de RLF foi associado ao sexo feminino (p=0,012) ? 70,6% dos pacientes com RLF. A queixa mais comum foi disfonia (68,9%), seguida por pigarro (30,2%), odinofagia (9,5%) disfagia (5,0%) e globus faringeus (5,0%). Há relação entre RLF e: nódulos vocais (p=0,004) - incidência de nódulos menor em pacientes com RLF (35,7%), que na ausência de RLF (64,3%). Houve relação entre RLF e edema de Reinke (p=0,048). Foi observada correlação entre o diagnóstico de RLF e queixa de pigarro (p<0,001). A sensibilidade do pigarro para RLF foi de 30% e a especificidade foi de 90%. O valor preditivo positivo do pigarro no refluxo foi de 0,8701 e o valor preditivo negativo foi de 0,3626. Houve correlação entre queixa de pigarro e o achado de edema retrocricoideo (p<0,001), com VPP=0,857 e com  paquidermia interaritenoidea (p=0,019), com maior importância o valor preditivo negativo (VPN=0,6792). Quanto à disfagia, foi verificada associação entre esta e alterações de aritenoides (p=0,001) ? com VPN=0,8125 e especificidade de 96%. A queixa de odinofagia pode ser correlacionada com o achado de edema retrocricoideo (p=0,041), sendo os encontrados VPP=0,84 e especificidade=90%.

CONCLUSÃO: Achados de RLF estão associados a idade e sexo. Em pacientes com RLF, a queixa principal foi disfonia, seguida de pigarro. O achado sugestivo de RLF mais prevalente foi o edema retrocricoideo. A presença de RLF se mostrou como fator de proteção para a presença de nódulos vocais e como fator de risco para edema de Reinke. A queixa de pigarro está associada a achados de refluxo, sendo correlacionada a presença desta queixa como bom preditor da presença de edema retrocricoideo e a ausência da mesma sugestiva de ausência de paquidermia interaritenoidea. Outra queixa associada a edema retrocricoideo é a odinofagia, ao passo que a disfagia está associada a alterações em mucosa de aritenoides, sendo altamente específica para estas alterações.

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TRABALHO CLÍNICO

P-276

TÍTULO: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA INCIDÊNCIA DE LESÕES CIRÚRGICAS EM PREGAS VOCAIS

AUTOR(ES): ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA , GRAZZIA GUGLIELMINO CRUZ, SARITA GERALDO ROSA, LEONARDO MARQUES ARAUJO, EDUARDO GARCIA, MARIA CARMELA CUNDARI BOCCALINI

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: A gênese das lesões fonotraumáticas é multifatorial, envolvendo fatores anatômicos predisponentes, características da personalidade e comportamento vocal inadequado. As lesões laríngeas das pregas vocais (PPVV) são comuns e produzem em sua maioria uma sintomatologia caracterizada por disfonia. Mais de 50% das pessoas com queixa vocal apresentam alteração benigna da mucosa das PPVV. O esforço vocal e a genética contribuem para a origem destas lesões. Já a incidência das lesões malignas vem aumentado, principalmente devido à maior exposição aos fatores de risco.

OBJETIVO: Avaliar a incidência, sobre o sexo e faixa etária, de lesões cirúrgicas em pregas vocais, com confirmação através de exame anatomopatológico.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo, entre 21/06/2005 a 28/08/2008 com 3412 exames laringoestroboscópicos em pacientes com disfonia persistente por mais de 2 semanas ou com queixa de disfonia recorrente. Neste estudo, foram indicadas 211 microcirurgias de laringe, com exérese da lesão a frio, e encaminhamento para exame anatomopatológico. A peça cirúrgica retirada foi encaminhada em formalina para exame anatomopatológico para confirmação do diagnóstico. Na análise dos laudos anatomopatológicos, as lesões foram separadas da seguinte forma: neoplasias malignas (CEC), pólipos, nódulos, papilomas laríngeos, cistos de pregas vocais, pseudocistos, edema de Reinke, granulomas, processo inflamatório com acantose e hiperqueratose e processo inflamatório crônico não específico. 

RESULTADOS: Do total de 211 pacientes, 120 eram homens (56,87%) e 91 (43,13%) mulheres, com idade média de 45,28 anos. Dos pacientes selecionados, 58 (27,48%) apresentaram processo inflamatório com acantose e hiperqueratose, 33 (15,71%) papiloma laríngeo, 33 (15,71%) cisto de pregas vocais (retenção e intracordal), 29 (13,74%) pólipo, 28 (13,27%) carcinoma espinocelular, 9 (4,26%) processos inflamatórios crônicos não específicos, 8 (3,79%) edema de Reinke, 6 (2,84%) nódulos de pregas vocais, 4 (1,89%) granulomas e 3 (1,42%) pseudocistos.

 Avaliando a idade dos pacientes, observamos variação de 1 à 79 anos, com predomínio das lesões entre a faixa etária de 46 à 60 anos correspondendo a 43,60%, seguido por 22,74% pacientes entre 31 e 45 anos.

CONCLUSÃO: Em nosso estudo, a lesão cirúrgica mais encontrada foi processo inflamatório com acantose e hiperqueratose (27,48%), com idade média de 45,28 anos e predomínio no sexo masculino (56,87%). Este diagnóstico anatomopatológico, na videolaringoestroboscopia correspondeu a leucoplasia de PPVV. Esses achados, podem ser explicados devido à maior procura de pacientes em nosso serviço com idade acima de 45 anos, o que corresponde a 60,72% do total.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-277

TÍTULO: ESTUDO EXPERIMENTAL COMPARATIVO ENTRE O BUTIL-2-CIANOACRILATO (HISTOACRYL®) E SELANTE DE FIBRINA (TISSUCOL®) NO FECHAMENTO DO SEPTO NASAL EM COELHOS

AUTOR(ES): FÁBIO DURO ZANINI , JOSÉ EDUARDO LUTAIF DOLCI, HENRIQUE OLIVAL COSTA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A cirurgia do complexo nasossinusal, pela dificuldade de acesso anatômico e abundante irrigação vascular, apresenta algumas dificuldades técnicas, principalmente na fixação de enxertos, estabilização de estruturas confeccionadas e prevenção de complicações hemorrágicas e infecciosas. Os adesivos cirúrgicos têm-se mostrado como um possível auxiliar no controle dessas situações. Alguns autores referem o uso da cola de fibrina (Tissucol®) e butil-2-cianoacrilato (Histoacryl®) na confecção e fixação de enxertos em cirurgias nasais, com excelentes resultados a longo prazo, embora outros autores refiram efeitos adversos. OBJETIVO: comparar a intensidade das reações teciduais na mucosa septal desencadeadas pelo uso das colas butil-2-cianoacrilato (Histoacryl®) e cola de fibrina (Tissucol®) no fechamento do espaço subpericondrial do septo nasal de coelhos. MATERIAL E MÉTODO: O estudo utilizou 33 coelhos da raça neozelandesa, nos quais foi descolado o mucopericôndrio da cartilagem septal na fossa nasal esquerda. Posteriormente os espaços criados pelo descolamento foram fechados de três maneiras diferentes ? com Tissucol®, Histaocryl® e sem produto algum (controle) ? sendo avaliados: fibrose; inflamação aguda; inflamação crônica; reação de corpo estranho e; úlcera mucosa até 28 dias. RESULTADOS: Acompanhados em intervalos de 8 e 28 dias não se evidenciou nenhuma diferença na reação histológica da mucosa entre os processos avaliados pelo teste qui-quadrado 0,05;8gl. CONCLUSÃO: No que se refere ao uso do butil-2-cianoacrilato, do Tissucol® ou de nenhuma forma de contenção para o fechamento do mucopericôndrio descolado de septo nasal de coelhos, não existiu nenhuma diferença nas reações teciduais da mucosa septal nos três grupos estudados.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-278

TÍTULO: ESTUDO EXPERIMENTAL DE CORTICÓIDE INJETÁVEL EM MICROCIRURGIA LARÍNGEA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , BRUNO ALENCAR, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, KARINA MARÇAL KANASHIRO, STEPHANIE SAAB

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA - FILIAL DO PARANA

INTRODUÇÃO: Os corticóides tém sido utilizados nas microcirurgias laríngeas na tentativa de reduzir o processo cicatricial.

OBJETIVOS: Avaliação macroscópica da presença de sinéquias e quantificação comparativa da deposição de fibras de colágeno total em pregas vocais após exérese de fragmento de mucosa a frio, com, ou sem, o uso de corticóide injetável local.

METODOLOGIA: Utilizaram-se 12 porcos da raça larger white anestesiados para exérese de fragmento de mucosa de borda livre da prega vocal direita e posterior divisão em dois grupos: controle, privados de corticóide injetável, com procedimento cirúrgico em prega vocal direita; experimento, animais com injeção de corticóide em prega vocal direita pré- procedimento cirúrgico. Após o 30º dia, procedeu-se eutanasia para coleta de fragmentos das pregas vocais, posteriormente coradas pela técnica de picrosirius red e analisadas sob luz polarizada para quantificação depósito de colágeno total.

 

RESULTADOS: Não se observou sinéquias no terço anterior das pregas vocais operadas nos grupos estudados. No controle, a média da área do depósito nas pregas vocais esquerdas não operadas foi de 3116,33 micrômetros quadrados e das direitas operadas, 2353,28 micrômetros quadrados. No experimento foram observados os valores de 3526,05 micrômetros quadrados e 2167,92 micrômetros quadrados respectivamente. O corticóide injetado na prega vocal operada não promoveu diminuição de depósito de colágeno total (p=0,1320).

CONCLUSÃO: Não se observaram operado e sem corticóide. sinéquias macroscópicas no modelo experimental. A injeção não significativa de depósito do colágeno total em micrômetros quadrados, em comparação ao controle de corticóide na lâmina própria das pregas vocais dos animais promoveu diminuição.

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TESE

P-279

TÍTULO: ESTUDO HISTOLÓGICO DOS EFEITOS DA EXPOSIÇÃO À FUMAÇA DE CIGARRO E À INGESTÃO CRÔNICA DE ETANOL SOBRE AS MUCOSAS DA LÍNGUA E DA FARINGE DE RATOS.

AUTOR(ES): REGINA HELENA GARCIA MARTINS , DANIELA DE SOUZA NEVES, SÉRGIO LUIS MADEIRA, KAREN FERNANDA ALVES, ALEXANDRE TODOROVICK FABRO, NORIMAR HERNANDES DIAS, LÍDIA RAQUEL DE CARVALHO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP/ DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: Cigarro e álcool contêm substâncias tóxicas e carcinogênicas. A boca e a faringe são sítios prevalentes de tumores cérvico-faciais, responsáveis por 30% e 15% dos casos, respectivamente. O tipo histológico predominante é o carcinoma espinocelular, sendo, muitas vezes precedido por lesões pré-neoplásicas, como as hiperceratose e displasias. MATERIAL E MÉTODOS ? 40 ratos adultos Wistar foram mantidos em gaiolas por 260 dias e distribuídos em 4 grupos com 10 animais em cada: G1 (Controle), ração e água ?ad libitum?; G2 (Tabagismo), expostos à inalação de fumaça de 10 cigarros/ dia, sete dias/semana durante 30 min em câmera fechada contendo ?aparelho de fumar ?, ração e água ?ad libitum ; G3 (Etilismo) submetidos à ingestão de álcool etílico diluído a 30°GL com água destilada e ração ?ad libitum?;?; G4 (Etilismo e Tabagismo) submetidos à ingestão de álcool etílico e à  inalação de fumaça de cigarro. Após 260 dias foram sacrificados sendo removido segmento de língua e hipofaringe. Fragmentos de biópsias desses sítios foram fixados em formalina 10% e processados para análises histológicas, utilizando-se escore semiquantitativo. RESULTADOS ? G1 apresentou escores nulos para todos os parâmetros histológicos em todos os animais e em ambos os sítios de biópsia; nos demais grupos (G2,G3 e G4) alterações histológicas foram identificados em boca e em faringe destacando-se hiperceratose, displasias, hipertrofia de células basais e apoptose. A associação dos fatores agressores não determinou maior número de lesões. Não foi evidenciado carcinoma em nenhum grupo, porém em um animal de G2 foi constatado displasia de grau 3 ou intensa. CONCLUSÕES: a ingestão de álcool etílico e inalação de fumaça de cigarro determinaram lesões pré-neoplásicas tanto em língua como em faringe, porém não foi evidenciado carcinoma.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-280

TÍTULO: ESTUDO HISTOPATOLÓGICO DE CORNETOS NASAIS DE ADULTOS

AUTOR(ES): GODOFREDO CAMPOS BORGES , JOSÉ JARJURA JORGE JÚNIOR, JOSE REINALDO GIANINI, MARIA CECILIA FERRO, ANA LAURA BENGLA MESTRE, FERNANDA DIAS RIBEIRO, TALITA ROMBALDI PEREIRA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SAÚDE

As dificuldades encontradas na literatura sobre sobre o efeito de soluções salinas na mucosa nasal em serem humanos nos obrigou inicialmente a estudar a mucosa de cornetos de indivíduos sadios. O presente estudo visou o estabelecimento de uma proposta de normatização na análise histopatológica de cornetos inferiores em adultos. Foram estudadas lâminas de 30 cornetos inferiores provenientes de casos enviados para exame histopatológico. A partir de cada uma delas, foram tiradas 10 fotografias com o aumento de 400x de campos diferentes, as quais foram analisadas frente à espessura do fragmento, à integridade da mucosa, à intensidade do processo inflamatório (contagem de linfócitos), à contagem do número de glândulas e de eosinófilos. Tais variáveis foram correlacionadas e submetidas à análise estatística, e então se observou que as relações entre número de glândulas e processo inflamatório, número de linfócitos e de eosinófilos, número de glândulas e de linfócitos, e processo inflamatório e integridade apresentam diferença significante quando comparadas.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-281

TÍTULO: ESTUDO PRELIMINAR DE SPRAY OTOLÓGICO EM CAVIDADES RADICAIS

AUTOR(ES): NOELLE KISTEMARCKER DO NASCIMENTO BUENO , GODOFREDO CAMPOS BORGES, JOSÉ JARJURA JORGE JÚNIOR, HENRIQUE PEDRO MAGOGA FILHO, VALDEVINO ALVES DE MELO JÚNIOR, NÉDIO ATOLINI JÚNIOR, ALINE GARCIA FAGAN

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: O colesteatoma é um pseudo-tumor inflamatório do tipo epidérmico que invade as cavidades da orelha media e apresenta um duplo potencial de descamação na superfície e de lise óssea na profundidade. O tratamento da Otite Media Crônica Colesteatomatosa é cirúrgico onde a mastoidectomia radical é a tecnica mais comumente utilizada. Ao se realizar uma mastoidectomia radical permanence uma cavidade aberta, onde há possibilidade de ocorrer supuração freqüente. Usam-se gotas otológicas com antibióticos dando preferência a fórmulas que não contenham aminoglicosídeos, tais como cloranfenicol, polimixina e ciprofloxacino, associada à ATB sistêmica, se necessário. Com isso, pacientes mastoidectomizados necessitam de aplicação freqüente de medicação otológica. O objetivo deste trabalho é analisar a aplicação e a área de absorção quando esta medicação é usada em forma de spray e compará-la com o uso em forma de gota.

OBJETIVOS: Comparar o uso de medicação tópica otológica em cavidades radicais em aplicação em gotas ou em spray.

MATERIAL E MÉTODOS: Analisamos através de uma balança analítica de precisão da marca GEHAKA, modelo: AG200, devidamente calibrada, que permite mensurar até quatro casas decimais de grama, o peso de 3 gotas de Otociriax, uma suspensão otológica, e 1 jato da mesma substancia contida em um Frasco Spray com Bomba Atomizadora para aplicação nasal. Medimos 10 vezes cada uma das apresentações e fizemos a média dos volumes. Após essa etapa, aplicamos três gotas em 10 peças de mastóide, da mesma forma fizemos com um jato do frasco Spray, e analisamos a área abrangida por cada forma de apresentação.

RESULTADOS: A mastoidectomia radical é uma técnica aberta, onde o cirurgião abrasa intencionalmente a parede posterior do conduto auditivo externo, com remoção dos remanescentes da membrana timpânica, martelo e bigorna e associada à meatoplastia.

Esse é o princípio da cirurgia de mastóide de cavidade aberta, em que há diminuição da compressão e da possibilidade de reabsorção óssea pelo colesteatoma. Ao se realizar uma mastoidectomia cavidade aberta há a possibilidade de se ocorrer supuração freqüente. Atualmente são utilizadas gotas otológicas com antibióticos para o tratamento da otorréia, porém há o incômodo da aplicação para o paciente assim como a não abrangência completa da cavidade radical, diminuindo sua absorção e ação local. Sendo assim, realizamos um trabalho experimental, utilizando substância tópica otológica em spray nasal, e comparamos com gotas em peças anatômicas de mastóide com cavidade radical, objetivando observar a área de abrangência da aplicação tópica em ambos os casos. Obtivemos como RESULTADO uma área de abrangência maior estatisticamente significante com a aplicação com spray nasal quando comparado com as gotas otológicas.

CONCLUSÃO: O presente trabalho mostra uma possibilidade nova de aplicação de medicação tópica otológica, de fácil manuseio e com área de abrangência e conseqüentemente, absorção maior. Não se encontram trabalhos semelhantes na literatura atual, sendo assim, torna-se um trabalho relevante para discussão.

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TRABALHO CLÍNICO

P-282

TÍTULO: ESVAZIAMENTO CERVICAL PÓS QUIMIORADIOTERAPIA: ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DE PREVALÊNCIA DE METÁSTASES LINFÁTICAS VIÁVEIS

AUTOR(ES): CARLOS TAKAHIRO CHONE , GUILHERME MACHADO DE CARVALHO, ALBINA MESSIAS DE ALMEIDA MILANI ALTEMANI, CARMEN S. PASSOS, EDUARDO BALDONI, HUGO FONTAN KÖHLER, AGRÍCIO NUBIATO CRESPO

INSTITUIÇÃO: DISPL. DE OTORRINOLARINGOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO,ANATOMIA PATOLÓGICA, ONCOLOGIA, RADIOTERAPIA/UNICAMP

INTRODUÇÃO: A conduta no pescoço do paciente com câncer de cabeça e pescoço após resposta completa, onde o pescoço foi estadiado previamente ao tratamento não cirúrgico como N2a ou N3 é controversa. É preconizado esvaziamento cervical de rotina (esvaziamento cervical planejado) nesses pacientes, devido à alta prevalência de metástases linfáticas ocultas viáveis (> 30%).

OBJETIVO: O presente estudo visa avaliar a prevalência de metástases linfáticas ocultas nas peças cirúrgicas destes esvaziamentos cervicais de pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos a tratamento exclusivo com quimioterapia e radioterapia que obtiveram resposta completa, onde o pescoço destes pacientes foi estadiado previamente como N2 ou N3 e que foram submetidos a esvaziamento cervical planejado.

METODOLOGIA: Análise de vinte pacientes consecutivos com câncer de cabeça e pescoço, submetidos a tratamento exclusivo com quimioterapia e radioterapia, com intenção curativa,  que obtiveram resposta completa, onde o pescoço destes pacientes foi estadiado previamente como N2a ou N3 e que foram submetidos a esvaziamento cervical planejado e observar prevalência de metástases linfáticas ocultas nas peças cirúrgicas destes esvaziamentos cervicais com análise histopatológica convencional.

RESULTADOS: Este grupo é composto por 18 pacientes.           A localização mais freqüente do tumor foi orofaringe em dez (56%), seguido de cinco (28%) na cavidade oral, dois na laringe (11%, um supraglote e outro na glote) e um paciente com tumor (6%) na hipofaringe. O estadiamento cervical foi N2 em 16 (80%), sendo: oito N2a, cinco N2b e três N2c. Em dois pacientes (10%) o estádio cervical foi N3. Em onze pacientes (55%) houve metástases ocultas viáveis de carcinoma epidermóide. A dissecção cirúrgica encontrou em média 23 linfonodos (9-34). Até a presente data foram a óbito seis pacientes (30%), cinco relacionado à doença e em um secundário a neutropenia febril durante a quimioterapia paliativa. O tempo médio de seguimento pós operatório foi de 17 meses (3-60).

CONCLUSÃO: Esvaziamento cervical pos radioquimioterapia com intento curativo, mesmo após resposta completa tem alta taxa de metástases ocultas(55%).

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-283

TÍTULO: EXÉRESE TRANSORAL DE SCHWANOMA PARAFARÍNGEO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): VALÉRIA DE PAULA BARTELS , VINÍCIUS ANTUNES FREITAS, JOÃO BATISTA DE OLIVEIRA, ROBERTO MARCHETTI MESQUITA, FLÁVIO SIRIHAL WERKEMA, AMANDA CRISTINA FERREIRA

INSTITUIÇÃO: NUCLEO DE OTORRINO BH

INTRODUÇÃO: Os Schwanomas são tumores raros que podem se originar de qualquer Nero periférico, cranial ou autonômico, sendo que cerca de 45% deles estão localizados na cabeça e/ou no pescoço. Podem ser únicos, múltiplos, (neurofibromas), benignos e até malignizarem.  O diagnóstico baseia-se na história clínica, no exame físico e em exames complementares como a RNM. O único tratamento curativo é a excisão cirúrgica.

OBJETIVO: Relatar um caso de tratamento cirúrgico de lesão parafaríngea por acesso intraoral, que apesar de não recomendado por alguns autores, pode ser feito com segurança baseado na análise de exames de imagem.

METODOLOGIAS: No nosso paciente a ressecção transoral foi escolhida pela existência de plano de clivagem entre a carótida e o tumor e por não se evidenciar origem de tronco de nenhuma raiz nervosa. Foi realizado ressecção transoral sendo que a dissecção da lesão não revelou aderências as estruturas adjacentes e sem sangramento significativo, além de não ter sido possível identificar o nervo originário da lesão.

RESULTADO: Foi reiniciado a dieta oral no primeiro dia pós-operatório, tendo recebido alta após dois dias de internação sem seqüelas neurológicas. Em seu seguimento, após quatro meses, encontrou-se assintomático, sem sinais de recidivas.

CONCLUSÃO: O Schwanoma parafaríngeo pode ser abordado cirurgicamente por via transoral, desde que se faça uma avaliação minuciosa de seus limites anatômicos, de preferência, através de ressonância magnética.

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TRABALHO CLÍNICO

P-284

TÍTULO: EXPERIÊNCIA DA LIGA ACADÊMICA PARAIBANA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO NA QUALIFICAÇÃO DO ENSINO DA ESPECIALIDADE MÉDICA

AUTOR(ES): ISELENA CLAUDINO BERNARDES , DOUGLAS HENRIQUE SANTIAGO DE OLIVEIRA, LORENA SOUSA OLIVEIRA, MÔNICA DANIELLY DE OLIVEIRA CASTELO BRANCO, ISABELLE ADJANINE BORGES DE LIMA, JÚLIA GUEDES CARDOSO BISNETA, LEONARDO FONTES SILVA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

INTRODUÇÃO: As ligas acadêmicas representam um espaço dinâmico de atuação pró ativa dos discentes em parceria com os docentes com os objetivos de contribuir para o atendimento e promoção da saúde à comunidade, atualizar e promover novos conhecimentos científicos relevantes numa determinada área e possibilitar a agregação de valor à formação técnica, científica e humanística, incentivando, assim, a aquisição de novas habilidades e o trabalho em equipe. Constituem, portanto, excepcional instrumento extracurricular de ensino, pesquisa e extensão, tripé do fundamento metodológico do ensino superior das universidades públicas brasileiras.

OBJETIVO: Relatar a importância das atividades teóricas, práticas  de pesquisa da Liga Acadêmica Paraibana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, da Universidade Federal da Paraíba, na qualificação do ensino das especialidades médicas relacionadas, durante um período de 20 meses.

METODOLOGIA: Análise retrospectiva das atas das reuniões e atividades da Liga Acadêmica Paraibana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, desde sua fundação em 20 de novembro de 2008.

RESULTADOS: A Liga Acadêmica Paraibana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço é composta atualmente por 18 membros efetivos, sendo 16 acadêmicos entre o segundo e o sexto ano do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e dois médicos orientadores científicos, um otorrinolaringologista e outro cirurgião de cabeça e pescoço. As atividades são desenvolvidas semanalmente. As teóricas seguem uma programação temática especifica, podendo assumir a forma de aulas expositivas, discussão de casos clínicos ou de artigos científicos. As práticas seguem um rodízio estabelecido por sorteio e são realizadas no centro cirúrgico de clínica otorrinolaringológica particular e no ambulatório do serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano, centro de referência no tratamento oncológico da cidade de João Pessoa ? PB. Em relação aos trabalhos científicos desenvolvidos durante o período de existência dessa liga acadêmica, foram contabilizados um total de 37, tendo estes sido apresentados em três congressos de especialidades.

CONCLUSÃO: Nos últimos anos tem havido um considerável aumento do número de ligas acadêmicas atuantes nos cursos de graduação em Medicina no Brasil, o que se reflete numa maior possibilidade de ampliação da função pedagógica, com caráter tanto teórico quanto prático. Considera-se, portanto, que a Liga Acadêmica Paraibana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço representa um instrumento para a comunidade acadêmica, pois agrega interesses, divulga as especialidades relacionadas e promove a expansão da prática como forma de qualificação do ensino médico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-285

TÍTULO: EXPERIÊNCIA DO IMPLANTE DE BAHA EM PACIENTES COM SÍNDROME DE TREACHER COLLINS.

AUTOR(ES): ALEXANDRA KOLONTAI DE SOUSA OLIVEIRA , LÍLIA PEREIRA ABREU, JAIEDE NICACIO DA SILVA, DANIEL MOCHIDA OKADA, ANDRÉ FERNANDO SCHERER

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A síndrome de Treacher-Collins manifesta-se por malformações craniofaciais originadas a partir do primeiro e segundo arcos branquiais e placódios nasais. Incidência varia de 1:40.000 a 1:70.000 nascidos vivos. Obliqüidade antimongolóide das fendas palpebrais, hipoplasia malar e mandibular, malformações dos pavilhões auriculares, surdez condutiva e fissura palatina estão entre as manifestações clínicas mais características. O conduto auditivo externo apresenta-se estreitado e em 30% dos afetados há agenesia do mesmo ou defeitos da cadeia de ossículos, acompanhadas de surdez de condução. O uso do aparelho de amplificação sonora (AASI) não é possível nesses casos de agenesia ou estenose de meato acústico externo. A cirurgia reconstrutora da orelha externa apresenta grande dificuldade técnica e resultados não tão animadores. O BAHA (Bone Anchored Hearing Aid), desenvolvida por Tjellstrom em 1977, é uma prótese auditiva que apresenta vantagens sobre os aparelhos de condução óssea convencionais. Um parafuso de titânio é cirurgicamente implantado na cortical óssea do osso temporal e depois acoplado a um processador de fala. Esta unidade externa capta a energia sonora e a transforma em vibração, estimulando diretamente a cóclea através de condução óssea. OBJETIVO: Apresentar dois casos de pacientes com Síndrome de Treacher-Collins submetidos a implante de prótese de condução óssea num hospital público em São Paulo. RELATO DE CASOS: CASO 1: S.A.T. 52 anos, referia hipoacusia desde o nascimento e com diagnóstico pré-estabelecido de Síndrome de Treacher-Collins. Nascida de parto normal domiciliar, sem intercorrências. Realizou várias cirurgias plásticas corretivas da infância até idade adulta. Ao exame físico apresentava inclinação antimongolóide das fendas palpebrais, hipoplasia malar e mandibular, malformações de pavilhões auriculares e atresia de conduto auditivo externo. Exame audiométrico revelava perda mista severa bilateral e tomografia computadorizada de ossos temporais com atresia de conduto auditivo externo, sem alterações em orelha média ou interna. Utilizou vibrador ósseo de contato por 10 anos. Optado por implante de BAHA em mastóide esquerda após avaliação conjunta com fonoaudiólogas e consentimento da paciente. Procedimento cirúrgico ocorrido sem intercorrências, utilizada técnica de incisão vertical proposta por Wilkinson. Paciente está em período de osteointegração. CASO 2: K.V.F., 14 anos,com queixa de baixo rendimento escolar por conta de perda auditiva apresentada desde o nascimento.Paciente nasceu de parto normal, sem intercorrências e aos 45 dias de vida foi internada por insuficiência respiratória e problemas de deglutição, quando feito diagnóstico de Síndrome de Treacher-Collins. Sem alteração do desenvolvimento neuropsicomotor. Já submetida a três cirurgias plásticas em pavilhão auricular. Exame físico com alterações craniofaciais semelhantes a da paciente do caso 1. Audiometria revelava perda condutiva moderada bilateral com GAP de 50dB. Fez uso de vibrador ósseo de contato por três anos. Implante da BAHA realizado há sete meses, onde foi utilizado dermátomo para confecção do retalho cutâneo, com período de osteointegração completo. Sua audiometria com o BAHA demonstrou diminuição do GAP em 30dB.CONSIDERAÇÕES FINAIS: O BAHA é uma excelente ferramenta na reabilitação auditiva em pacientes com malformações da orelha externa e média.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-286

TÍTULO: EXTRUSÃO ESPONTÂNEA DE CORPO ESTRANHO CERVICAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RAFAELA AQUINO FERNANDES LOPES , RONALDO CAMPOS GRANJEIRO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL/SES-DF

INTRODUÇÃO: Corpos estranhos (CE) compreendem até 11% dos atendimentos de emergência em Otorrinolaringologia. Complicações são descritas em até 22% dos casos. Os casos de CE raramente são assintomáticos e, quando em oro ou hipofaringe, o principal sintoma é odinofagia, levando os pacientes rapidamente à emergência. A permanência por longos períodos, predispõe ao surgimento de complicações. Os principais locais de impactação de CE em oro/hipofaringe são as tonsilas e base de língua, seguidos do esôfago proximal. Geralmente, são encontrados no lúmen da oro/hipofaringe, porém em raros casos, esses CE podem migrar através dos tecidos, especialmente aqueles afiados e de orientação transversa. Surge assim a possibilidade de infecções cervicais profundas potencialmente fatais, podendo se disseminar para mediastino. Podem ainda transfixar grandes vasos do pescoço, com resultados catastróficos. Mais raramente, podem migrar para outros tecidos, como tireóide ou transfixar a pele da região cervical, como no caso. Pelo risco de complicações, é importante avaliação adequada, com exame físico minucioso. Radiografia cervical mostrará a localização do CE se o mesmo for radiopaco. A avaliação endoscópica é fundamental para avaliar a presença ou migração do CE. A topografia exata pode ser avaliada através da Tomografia Computadorizada (TC), que avalia também a extensão das complicações. Nos casos de migração do CE, em pacientes sintomáticos, deve-se proceder à remoção através de exploração cervical lateral. Pacientes assintomáticos podem ser acompanhados ambulatorialmente.

OBJETIVO: Relatar um caso raro de corpo estranho migratório para região cervical anterior.

METODOLOGIA: Relato de caso e revisão da literatura.

RESULTADOS: Paciente de 19 anos, feminina, procurou o serviço de emergência em otorrinolaringologia, com queixa de extrusão de CE em região cervical anterior direita. Relatava ingestão de carne de ?Luís Cacheiro?, uma espécie de porco-espinho (Coendou prehensilis), 15 dias antes do atendimento, tendo apresentado odinofagia por dois dias, de remissão espontânea. Evoluiu assintomática nos dias subseqüentes, até observar o aparecimento do CE transfixando pele de região cervical anterior direita, acompanhado de eritema e leve enduração local, porém sem flutuação.   Foi realizada videolaringoscopia rígida, sem visualização de CE ou possível trajeto fistuloso. À TC cervical com contraste, identificou-se apenas densificação da gordura subcutânea e de planos gordurosos profundos, em direção à glote e porção superior da cartilagem tireóide à direita, sem coleções. Foi realizada retirada percutânea do CE, com mínima quantidade de secreção purulenta. Foi prescrito Cefalexina e Ibuprofeno. A paciente apresentou boa evolução, estando assintomática após 4 dias de tratamento.

CONCLUSÃO: O caso, embora raro, apresentou desfecho favorável, com extrusão parcial espontânea do corpo estranho ingerido através da pele, sem surgimento das possíveis complicações tão temidas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-287

TÍTULO: FECHAMENTO DE FÍSTULA OROANTRAL COM ENXERTO DE CRISTA ILÍACA

AUTOR(ES): DANIELLE DA SILVA PEDREIRA, RAPHAEL LASNEAU ANNICCHINO, MIGUEL SOARES TEPEDINO, ANDRÉ BRAUNE, MOACIR TABASNIK

INSTITUIÇÃO: POLICLÍNICA DE BOTAFOGO

Introdução

As fístulas do assoalho do seio maxilar podem ser: oronasal, oroantral ou oroantronasal. As comunicações oroantrais podem ser definidas como espaço criado entre o seio maxilar e a cavidade bucal, sendo denominadas fístulas as que têm infecção e secreção ou drenagem associada.

Geralmente, são resultados de uma entidade patológica ou secundárias a tratamento endodôntico e extração dentária. As fístulas oroantrais são mais comuns nos 1º e 2º molares e 2º pré-molares e são mais freqüentes em homens que em mulheres.

Relato de Caso

Paciente feminino, 39 anos, encaminhada ao nosso serviço, com diagnóstico de fístula oroantral na região do 2 º molar. Em uso de amoxicilina com clavulanato há 15 dias.  Evoluiu no 3º dia com drenagem de secreção purulenta em fossa nasal esquerda e boca. Ao exame físico apresentava comunicação orossinusal com saída de secreção purulenta à manobra de Valsalva. Na TC evidenciava velamento de seio maxilar esquerdo com perda da solução de continuidade óssea no assoalho. Optou-se por prolongamento do antibiótico, instituição de antiinflamatório hormonal e fechamento cirúrgico da fístula. Foi utilizado enxerto ósseo homólogo de crista ilíaca associado à antrostomia do seio maxilar acometido. Após 1 mês da cirurgia a paciente estava assintomática.

 

Discussão

 

O diagnóstico pode ser feito através de exame físico, endoscópico e radiológico. À manobra de Valsalva pode ser observado saída de ar ou pus dependendo do estado do seio maxilar. O exame radiológico, com destaque para TC, mostra descontinuidade do assoalho do seio, comunicação entre a cavidade bucal e o seio maxilar, velamento do seio, áreas focais de atrofia alveolar e doença periodontal associada, achados que também foram encontrados em nosso caso.

O tratamento cirúrgico pode ser feito por meio de aeração do seio maxilar através da sinusectomia transmaxilar ou antrostomia maxilar intranasal. A correção da fistula pode ser realizada com colocação de enxerto mucoperiosteal de vestíbulo e palatino, gordura da bochecha, transplante dentário ou enxerto ósseo. Na TC observamos que se tratava de uma fístula de grandes dimensões, com isso optamos por fazer uma abordagem multidisciplinar. O cirurgião craniomaxilofacial retirou o enxerto ósseo da crista ilíaca, por ser um osso de fácil acesso e apresentar componente cortical e trabeculado. Realizou-se incisão na gengiva, exposição da fístula, curetagem e colocação do enxerto. Para garantir a permeabilidade do seio maxilar foi feita antrostomia por via endoscópica

 

Conclusão

 

As fístulas oroantrais são freqüentes e geralmente de fácil diagnóstico. Diversas abordagens cirúrgicas são descritas. Neste trabalho apresentamos uma técnica pouco utilizada e conhecida pelos otorrinolaringologistas. Consideramos que o enxerto ósseo obtido da crista ilíaca é uma alternativa eficaz e segura para o tratamento de fístulas de grandes dimensões.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-288

TÍTULO: FENDA PALATINA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THEYLIANE GADELHA MOREIRA , JOSÉ DINIZ JÚNIOR, LUCIANA FONTES SILVA DA CUNHA LIMA, LARISSA MARIA MENEZES DA SILVA, LILIANE AZEVEDO, IERICEFRAN DE MORAIS SOUZA, DANIEL DE PAIVA OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE / CLÍNICA PEDRO CAVALCANTI

INTRODUÇÃO: Fenda Palatina é uma malformação congênita, em que os processos bilaterais separados do palato, o mandibular e o maxilar, não se fundem, havendo comunicação buco ? nasal, onde é possível observar o septo nasal e os cornetos inferiores. Ocorre ao nível do desenvolvimento embrionário, entre a 6º e a 9º semana de gestação. Essa anomalia genética é um problema médico ? odontológico ? social que se situa entre o 3º ou 4º defeito congênito mais freqüente no Brasil.

OBJETIVO: Alertar os pediatras para o diagnóstico precoce das crianças portadoras de fenda palatina, para tratamento cirúrgico tão logo que possível, evitando os graus variáveis de complicações e de incapacidades que podem decorrer da mesma.

METODOLOGIA: Relato de caso de três irmãos, do sexo masculino, de oito, seis e dois anos, portadores de fenda palatina confirmadas por fibronasofaringoscopia flexível, sendo que os dois mais velhos já foram submetidos à cirurgia de correção dessa malformação. Foram realizadas também audiometria tonal liminar, audiometria vocal, imitanciometria e otoemissões acústicas para avaliação de possíveis complicações auditivas.

RESULTADOS: Foram encontrados, no caso 1, vestíbulo nasal direito estreitado em função da rotação cartilagem alar, com cicatriz e rotação inferior à nasofibroscopia flexível; Otoemissões acústicas, audiometria tonal liminar e vocal e imitanciometria dentro dos padrões da normalidade. No caso 2, há presença de cicatriz inferior no vestíbulo nasal direito decorrente de queiloplastia; Otoemissões acústicas transiente e por produto de distorção presente bilateralmente; limiares auditivos normais no ouvido direito e perda auditiva condutiva de grau leve no ouvido esquerdo, curva timpanométrica do tipo ?A? no ouvido direito e do tipo ?B? no ouvido esquerdo. No caso 3, encontramos presença de fenda palatina e reconstituição alveolar e labial; otoemissões acústicas transientes ausentes em OD/OE, por produto de distorção ausente em ouvido direito e presente no ouvido esquerdo. Não foram realizadas audiometria e imitanciometria.

CONCLUSÃO: O reconhecimento dessa malformação pelos pediatras é de extrema importância para uma atuação multidisciplinar precoce, o que não é usual ainda no nosso meio, devido à falta de conhecimento de muitos profissionais.

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TRABALHO CLÍNICO

P-289

TÍTULO: FESS X CALDWELL-LUC NO TRATAMENTO DA RINOSSINUSITE CRÔNICA

AUTOR(ES): WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA , RENATO VALENTIM BRASIL, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, LORENA GONÇALVES RODRIGUES, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, CLÁUDIO TOBIAS ACATAUASSU NUNES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ-HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: O tratamento das rinossinusites inicialmente é com uso de antimicrobianos, na dose e tempo adequado, porém em algumas situações, quando evolui com complicação ou o quadro é recorrente ou na vigência de cronificação do processo, sem melhora com o tratamento clínico, faz-se necessário o tratamento cirúrgico. Atualmente a técnica preferida corresponde à cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais, que compreende a remoção da doença, com restabelecimento do transporte mucociliar, não havendo necessidade da remoção de toda mucosa dos seios paranasais.

A Cirurgia Endoscópica Funcional dos Seios Paranasais (FESS) mudou não apenas a técnica do tratamento da rinossinusite crônica, recorrente ou complicada, mas também o princípio fisiológico da cirurgia, onde é preconizada a remoção da doença de uma determinada área, sem haver necessidade de remoção de toda a mucosa dos seios paranasais. Outra técnica cirúrgica preconizada para o tratamento da Rinossinusite crônica sem melhora com o tratamento clínico, recorrente ou complicada é a de Caldwell-Luc, a qual é opção terapêutica para as infecções refratárias localizadas no seio maxilar, assim como complementação a FESS, quando não é possível remoção de toda a lesão, por via endoscópica, especialmente quando acomete as regiões inferiores e laterais do seio maxilar.

OBJETIVO: O objetivo é de realizar um estudo comparativo entre as Cirurgias de Caldwell-Luc e a FESS nos operados para tratamento da rinossinusite crônica complicada ou não, assim como em quadros recorrentes.

METODOLOGIA: Foram selecionados 92 pacientes com diagnóstico de rinossinusites crônica ou recorrente, sem melhora com o tratamento clínico, os quais foram submetidos a tratamento cirúrgico, ou por meio de cirurgia endoscópica funcional ou cirurgia de Caldwell-Luc, num período de 2 anos, no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza. O estudo foi realizado de modo retrospectivo, levando-se em conta a distribuição dos pacientes quanto à técnica cirúrgica empregada, dando especial importância à diferença de complicações e recorrência entre as técnicas.

RESULTADOS: Do total de 92 pacientes, 82 (89,13%) foram operados por meio de cirurgia endoscópica funcional, enquanto 10 (10,86%) submetidos à cirurgia de Caldwell-Luc, a média de idade foi 39,42 anos. Dos dez pacientes submetidos à Cirurgia de Caldwell-Luc, todos eram do sexo feminino, com uma idade média de 26, 9 anos. Na histopatologia observou-se três pacientes com lesão granulomatosa, em três o diagnóstico era de cisto maxilar, dois tinham diagnóstico de displasia, um correspondia a angiofibroma e um outro paciente a hemangioma. Em todos os casos o tempo de acompanhamento pós-operatório foi curto, menor que seis meses, não havendo complicações ou recorrências. 

Do total de 82 pacientes submetidos à Cirurgia Endoscópica Funcional dos Seios Paranasais (FESS), 30 eram do sexo feminino e 52 do sexo masculino, com uma idade média de 39,51 anos, em 70 pacientes não foram observados comorbidades, enquanto 12 apresentavam alguma comorbidade. O tempo de evolução era indefinido pelo paciente em 38 casos, em 18 definiam a evolução entre 1-5 anos, 24 manifestavam a doença por mais de cinco anos e, apenas 2 tinham menos de 1 ano de evolução dos sintomas. A presença isolada de secreção mucopurulenta ou sanguinolenta no meato médio foi constatado em 10 pacientes.

CONCLUSÃO: Tanto a Cirurgia Endoscópica Funcional dos Seios Paranasais quanto a Cirurgia de Caldwell-Luc são procedimentos seguros e com alta taxa de sucesso e, baixa recorrência e complicações pós-operatórias.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-290

TÍTULO: FIBROHSTIOCITOMA MALIGNO

AUTOR(ES): MARIA LETICIA ALARCON; JORGE ARIAS, JOSÉ QUIROZ

INSTITUIÇÃO: CATEDRA DE OTORRINOLARONGOLOGIA, HOSPITAL DE CLINICAS, ASUNCION, PARAGUAY

Introducción:

El fibrohistiocitoma maligno (FHM) ha sido considerado el sarcoma de los tejidos blandos más común durante la adultez media y tardía. Su origen citológico se sitúa en una célula mesenquimal pobremente definida, que se divide en dos líneas celulares, una histiocítica y otra fibroblástica. El FHM, tumor de pobre pronóstico de supervivencia (15% a 30%, a cinco años), y que tiene variantes mixoide, inflamatoria y pleomórfica, se sitúa en la línea histiocítica. Se mencionan entre los factores pronósticos negativos: tamaño grande, grado histológico y márgenes quirúrgicos positivos del tumor.

Objetivo: Demostrar la forma de presentación, métodos diagnósticos y el tratamiento propuesto en  el servicio de otorrinolaringología del hospital de clínicas.

Caso clínico: paciente de sexo femenino de 70 años que consulta al servicio de otorrinolaringología del hospital de clínicas  por  recidiva de tumoración orbitaria derecha. Las misma fue operada en febrero del 2009 (exenteración orbitaria derecha), en el  4to mes pos operatorio se constata recidiva tumoral. Como antecedente la misma posee ser  portadora de úlcera de córnea en ojo derecho de  6 años de evolución, en tratamiento con oftalmólogo, con pérdida de la visión.  Un año antes de acudir a nuestro servicio se le realizó enucleación por el dolor ocular, al 5to mes pos operatorio presenta tumoración dolorosa a dicho nivel, que no cede con analgésicos comunes, facultativo le realiza biopsia y lo remite a nuestro servicio. La biopsia informo proceso inflamatorio crónico. La primera cirugía en nuestro servicio: excenteración orbitaria  derecha mas biopsia por congelación. Biopsia por congelación: Fibrosis e infiltrado inespecífico, no se puede descartar Pseudotumor inflamatorio. El informe de la pieza principal: Proliferación fusocelular   células con leve atipia nuclear,  células inflamatorias (linfocitos y plasmocitos), así como fibrosis instersticial,  extensión del proceso a piel,  tejido adiposo, comprometiendo los márgenes quirúrgicos. Probables diagnósticos: Sarcoma, un Pseudotumor Inflamatorio o un Proceso Linfoproliferativo.  Inmunohistoquímica: proceso más bien reaccional fibrótico extenso antes que tumoral.

Se decide realiza tomografía y programar cirugía para excéresis de recidiva. TC: recidiva de tumoración de partes blandas que se proyecta hasta la hendidura esfenoidal, no hay lesión ósea ni de piel de cara. Se realiza  resección amplia del tumor.

Anatomía patológica: Tumor fibrohistiocítico maligno de bajo grado.

En cuanto a la evolución de la paciente presente nueva recidiva de la lesión al 3er mes pos operatorio, se realizo excéresis de la lesión y está en planes de realizar radioterapia.

Discusión:

El fibrohistiocitoma maligno, es el más común de los sarcomas de tejidos blandos en el adulto, edad promedio de los  50 a 70 años, siendo mas frecuentes en varones de raza blanca. Comprometen generalmente raiz de muslo y tronco, en nuestro caso se presenta en una mujer de 70 años de raza blanca cuya localización fue a nivel de la región orbitaria.

Palabras claves: Sarcoma, Fibrohistiocitoma maligno,  Pseudotumor inflamatorio.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-291

TÍTULO: FIBROMA OSSIFICANTE - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO , RICARDO DA FONSECA TAMES, BRUNA DA FONSECA TAMES ZAMBRANA, FERNANDA TAMES ZAMBRANA ENOMOTO, LUCIANA DE PAULA VIANA, FILIPE BRUM BRAGA GOMES, TIAGO BRUM BRAGA GOMES

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA ZAMBRANA

INTRODUÇÃO: O estudo de tumores da cavidade bucal e em estruturas adjacentes constitui aspecto importante na saúde. Embora os tumores bucais compreendam apenas uma pequena parte das condições patológicas gerais, são de grande significado, uma vez que têm a capacidade potencial de pôr em risco a saúde e a longevidade do paciente.

RELATO DE CASO: paciente negro, 56 anos, trabalhador rural.  Nega tabagismo e etilismo. Cavidade bucal em péssimo estado, com dentes destruídos por cárie, depósitos de tártaro e periodontose. Em região anterior da maxila, apresenta lesão bem delimitada, com base pedunculada, de mesma cor da mucosa e em certos pontos avermelhada, com superfície lisa. Sem áreas hemorrágicas. Sem sintomatologia dolorosa. Relata ter notado aumento de volume na região da lesão há cerca de cinco anos. Realizada excisão, e, posteriormente seccionada. Observada, a olho nu, formação óssea característica do fibroma ossificante periférico, confirmado por exame anatomopatológico. Foi acompanhado por cerca de três meses no pós-operatório, com boa cicatrização do local operado e sem sinais de recidiva. Encaminhado para reabilitação oral, por exodontias e prótese dental.

DISCUSSÃO: O fibroma ossificante periférico é uma neoplasia benigna que aparece como massa de tecido localizada na gengiva, com elevado grau de celularidade exibindo formação de osso, embora possa existir um material semelhante ao cemento ou calcificação distrófica em lugar de osso. Acredita-se na etiologia odontogênica, derivando-se do ligamento periodontal, pois ocorre somente na gengiva e pode conter fibras oxitalênicas. Ocorre em qualquer idade, com predileção por crianças e adultos jovens. Há mais relatos de incidência em mulheres. O aspecto clínico é de massa focal de tecido bem delimitado na gengiva, geralmente pedunculada e eventualmente séssil; de mesma cor da mucosa ou ligeiramente avermelhada; superfície pode estar intacta ou ulcerada em áreas traumatizadas. Mais comumente parece originar-se em uma papila interdentária. Radiograficamente a maioria dos casos não mostra evidência de calcificação no interior da massa, sendo raro o envolvimento do osso subjacente. Histologicamente, a lesão é característica pelo elevado grau de celularidade, sem muita vasculatura. Ocorrem várias formas de calcificação, variando em quantidade de caso para caso, que pode ser em forma de trabéculas isoladas ou interligadas de osso ou osteóide; podem ser encontrados glóbulos de material calcificado muito semelhante ao cemento acelular ou uma calcificação distrófica granular difusa. O tratamento consiste na remoção cirúrgica da lesão. Não são raras as recidivas repetidas. Extrações dos dentes adjacentes raramente são necessárias.

CONCLUSÃO: O fibroma ossificante periférico é uma lesão benigna que pode causar alteração biopsicossocial alterando a estética facial devido ao tamanho que pode atingir e pela localização em área nobre, além de alterações nas funções de deglutição e fonação. Assim, é de suma importância que o profissional de saúde esteja atento para que possa instituir o tratamento adequado ou encaminhar o paciente ao especialista.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-292

TÍTULO: FIBROMA OSSIFICANTE : UM RELATO DE CASO

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , DANILO HENRIQUE ARAÚJO COSTA, SÉRGIO ANTÔNIO ARAÚJO COSTA, JOSÉ MARIANO CARVALHO COSTA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, JOSÉ ANTÔNIO PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO: O fibroma ossificante é uma lesão não odontogênica formada por tecido fibroso, com formação óssea. Apresenta geralmente crescimento lento, sendo freqüentemente assintomático e bem delimitado; pode, entretanto, atingir grandes proporções, causando dor, parestesia e deformidade facial além de apresentar crescimento rápido e agressivo. A exerese completa e análise histopatológica são importantes para diferenciar a lesão de outras patologias fibro ósseas e evitar recidiva.

OBJETIVO: O presente trabalho descreve o caso de paciente com fibroma ossificante.

CASUÍSTICA E MÉTODO: Relato de caso e revisão da literatura.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, branco, 35 anos, apresentando pequena lesão vegetante em palato duro à direita, indolor com aparecimento há cerca de 1 ano e 4 meses. A lesão apresentou crescimento progressivo levando-o a procurar serviço odontológico, no qual se realizou exérese da lesão com curetagem em palato há 7 meses, sendo que, 15 dias após o procedimento, percebeu início de recidiva. Foi então encaminhado para serviço de referência onde realizou tomografia de seios da face que evidenciou formação sólida de densidade mista em topografia de seio maxilar direito, de aspecto granuloso ovalado, em íntimo contato com alvéolo dentáro, comprimindo o assoalho da órbita, cavidade nasal e região etmoidal posterior. Foi submetido então a exerése da lesão sob anestesia geral, com incisão de Weber Fergusson com extensão subciliar direita, exérese do tumor por hemi maxilectomia. A peça foi enviada para exame histopatológico que evidenciou fibroma ossificante. Paciente se encontra em bom estado geral, sem recidiva.

CONCLUSÕES: O fibroma ossificante é uma lesão de caráter benigno, crescimento lento, geralmente de remoção fácil e baixa recidiva, entretanto pode evoluir com crescimento rápido e agressivo, recidivante e altamente deformante, sendo de fundamental importância o diagnóstico diferencial com outras patologias ósteo fibrosas e neoplasias, possibilitado pela correlação dos achados clínicos, tomográficos e histopatológicos, garantindo segurança ao cirurgião e acompanhamento adequado do paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-293

TÍTULO: FÍSTULA LIQUÓRICA RINOGÊNICA ESPONTÂNEA EM PACIENTE COM SÍNDROME DA SELA VAZIA

AUTOR(ES): CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI, FÁBIO SILVA ALVES, LUCIANA CAMPOY GIRO BASILE, LUANA GONÇALVES DE OLIVEIRA, IVAN DE PICOLI DANTAS, JOSÉ MARIA MORAES DE REZENDE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: A rinorréia liquórica ocorre quando há uma conexão do espaço subaracnóideo com o lúmem nasal ou dos seios paranasais. Anatomicamente há um defeito da dura, aracnóide, osso e mucosa. A fístula liquórica rinogênica pode ser classificada como traumática, sendo a causa mais comum, ou não traumática.

APRESENTAÇÃO DO CASO: E.A.O.S, 34 anos, negra, solteira, monitora de produção em costura, natural de Junqueirópolis e procedente de Santa Bárbara D?oeste (SP). Há 1 ano, paciente apresentou quadro de infecção das vias aéreas superiores (IVAS), incluindo rinorréia hialina persistente, quando procurou serviço de otorrinolaringologia. Ao exame físico identificou-se descarga nasal de líquido claro, intermitente, que emanava do nariz quando a paciente se inclinava para frente. Referia gosto doce do mesmo. Nega trauma. Nega uso de medicamentos.

Realizou cirurgia bariátrica há 2 anos tendo perda ponderal de 55kg. Submeteu-se há seis meses a abdominoplastia. Ex-tabagista (fumou por 18 anos; parou há 5 anos; 2 maços por semana). Nega história familiar de doenças nasossinusais.

Solicitados exames complementares. Glicose de líquido nasal: 47 mg/dl. Cisternocintilografia mostrou acentuado acúmulo anormal do radiofármaco na cavidade nasal bilateral sendo intenso à direita, com avaliação semi-quantitativa de 33,59 à direita e 33,09 à esquerda (normal < 1,4). Tomografia computadorizada mostrou descontinuidade óssea em teto do etmóide à direita. A Ressonância Nuclear Magnética evidenciou material de alto teor hídrico obliterando parcialmente células etmoidais na região medial à direita e proeminência liquórica intrasselar com parênquima hipofisário de altura reduzida podendo corresponder à sela túrcica parcialmente vazia.

Realizada cirurgia com colocação de pericôndrio do tragus na região da fístula. Desde o diagnóstico até a cirurgia, a paciente foi tratata por algumas vezes com antibiótico e spray nasal (corticóide) contínuo apresentando rinoliquorréia intermitente. Com um ano de pós-operatório a paciente permanece assintomática.

DISCUSSÃO: A fístula liquórica rinogênica não traumática corresponde a aproximadamente 4% do total das rinogênicas. Nos casos de alta pressão, o primeiro passo é diminuir a alta pressão intracraniana, com resolução do quadro na maioria dos pacientes. A exploração cirúrgica é indicada nos pacientes que mantém a liquorréia mesmo após a normalização da pressão.

Em alguns casos, pacientes com fístula espontânea de alta pressão podem apresentar Síndrome da Sela Vazia, onde a pressão intracraniana aumentada leva a herniação da dura na sela túrcica, comprimindo a hipófise e dando a aparência radiológica de ?sela vazia? ao exame de imagem. É mais comum em mulheres obesas de meia idade.

CONCLUSÃO: Baseado nos resultados clínicos da literatura, o presente relato mostrou correlação clínica, epidemiológica e radiológica relacionando uma possível elevação da pressão intracraniana como causa tanto da herniação da hipófise quanto da formação da própria fístula líquórica rinogênica espontânea da paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-294

TÍTULO: FÍSTULA PERILINFÁTICA:UM DIAGNÓSTICO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA

AUTOR(ES): THIAGO FERREIRA BORGES , GABRIELLA SANTOS DAHER, VALESCA RICCIOTTO, CAMILA PAZIAN FELICIANO, ANA LUIZA BITTENCOURT TEIXEIRA, MARCEL0 MIGUEL HUEB

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INTRODUÇÃO:Considerada como uma comunicação anormal entre a cóclea e a cavidade da orelha média, a fístula perilinfática pode originar-se de complicação de otite média crônica, traumatismo cranioencefálico, trauma acústico, barotrauma, entre outros, devendo-se ressaltar as fístulas devido a malformações congênitas responsáveis por surtos de meningite de repetição, e as iatrogênicas, relacionadas a cirurgias otológicas.Há uma grande variabilidade quanto à sua expressão clínica, o que dificulta não só o diagnóstico, mas também frustra as tentativas de classificar ou padronizar seus sintomas e sinais.Pode manifestar-se de forma súbita (surdez súbita, vertigem súbita ou associação de ambas) ou insidiosas (surdez flutuante e vertigens recidivantes, em um quadro semelhante ao da doença de Menière).Meningites recidivantes são descritas em muitos casos, por quebra da barreira meningoencefálica.

OBJETIVO:Objetiva-se aqui apresentar um caso  de diagnóstico tardio, após 6 episódios de meningites e suas seqüelas antes da correção cirúrgica.

RELATO DE CASO:Feito seguimento do paciente LGP com meningites de repetição, achando foco da infecção, fazendo diagnóstico, tratamento clínico e cirúrgico, e seguimento pós operatório.LGP, masculino, 8 anos, internado por meningites secundárias a IVAS. A primeira internação ocorreu com 1 ano de idade, apresentando posteriormente outros 5 episódios (um a cada ano), sendo adequadamente medicado nessas ocasiões.Na investigação inicial não foram observadas alterações relevantes que possibilitassem outro diagnóstico além da meningite. Entretanto, durante as últimas duas crises foi realizada TC de orelhas e  mastóides evidenciando-se alterações sugestivas de anomalia cócleo-vestibular, com material de densidade de partes moles preenchendo a cavidade timpânica e mastóide à esquerda.O exame eletrofisiológico demonstrou ausência de respostas ipsilateralmente. Foi submetido timpanotomia com fechamento de ampla fístula ao nível da janela oval.Seguimento após 6 meses demonstrou paciente assintomático e sem recidivas.

CONCLUSÃO:A fístula perilinfática possui diagnóstico e tratamento controversos.O tratamento conservador abrange repouso no leito, evitar viagens aéreas,esforços, mergulhos, assoar nariz, etc.O tratamento cirúrgico, consiste no selamento utilizando-se enxerto de tecido mole e cola de fibrina. Pacientes com meningite recorrente devem realizar CT de alta resolução para detecção de eventuais fístulas e exclusão de malformações.Neste paciente fez-se o diagnóstico somente após o estabelecimento de algumas seqüelas e piora da condição neonatal.O diagnóstico precoce é imprescindível para a redução da morbi-mortalidade secundária a esta patologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-295

TÍTULO: FORMAS ATÍPICAS DE PLASMOCITOMA E LINFOMA NÃO-HODGKIN ACOMENTENDO PORÇÃO OROFARINGEANA

AUTOR(ES): VINICIUS VELOSO TEIXEIRA , FLÁVIA CRISTINA FERNANDES PIMENTA, MARIA ANGELINA CARTAXO FILGUEIRAS FERNANDES, ELOISA CARTAXO ELOY FIALHO, THIAGO GUEDES DE ANDRADE, PATRÍCIA SARAIVA GADELHA

INSTITUIÇÃO: 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 2. HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: O plasmocitoma extramedular é uma doença rara, compreendendo cerca de 3% das neoplasias originárias dos plasmócitos. A maioria (80 a 90%) ocorre na região da cabeça e pescoço, mais frequentemente na nasofaringe e seios paranasais (75%), sendo incomum na orofaringe (12%). O linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o principal representante dos Não-Hodgkin (LNH) conhecidos, responsável por 31% dos casos. No entanto, o linfoma primário de tonsila, representado principalmente pelo LDGCB, soma apenas 1% de todas as malignidades de cabeça e pescoço, sendo uma manifestação incomum do LNH.

OBJETIVOS: Descrever o comportamento atípico de um plasmocitoma de orofaringe em paciente HIV negativo (P1) e um linfoma não-hodgkin de amígdalas recidivado em membro inferior (P2).

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo clínico-laboratorial retrospectivo e revisão de artigos científicos.

RESULTADOS: P1 ? sexo masculino, 61 anos, procurou assistência médica relatando aparecimento de nódulo na orofaringe há um ano, sem outras queixas clinicas. Encaminhado à biópsia excisional recebendo o resultado anatomopatológico de mucosa malpighiana com infiltrado difuso de células plasmocitóides no córion. Eletroforese de proteínas séricas, Imunofixação de proteínas na urina, Beta-2 microgobulina e mielograma não apresentaram alteração. Sorologias negativas, inclusive Anti-HIV.  Testes bioquímicos normais incluindo função renal e calcemia. P2 ? sexo masculino, 46 anos, procurou assistência médica por presença de tumoração em orofaringe. Submeteu-se à amigdalectomia, recebendo anatomopatológico e imunohistoquímica de LDGCB. Encaminhado ao serviço de Hematologia do Hospital Napolão Laureano, observava-se gânglios submandibulares no mesmo lado da amígdala afetada e estadiou-se a doença em IIEA. Realizou tratamento quimioterápico (QT) sistêmico e, posteriormente, radioterapia. Paciente evoluiu assintomático, até que, em maio de 2008, percebeu tumoração em coxa esquerda, dolorosa apenas à flexão do quadril. Realizou RNM, identificando volumosa lesão expansiva sólida fusiforme. O anatomopatológico da biopsia incisional revelou recidiva de LDGCB sendo submetido a nova QT complementado com radioterapia, com desaparecimento do volume tumoral. Realizou transplante autólogo de MO em abril de 2009, entretanto houve retorno da massa tumoral, iniciando-se QT de resgate que se encontra realizando ate o momento e apresentando resposta parcial.

CONCLUSÃO: Plasmocitoma de orofaringe acomete principalmente pacientes HIV positivo. Sua melhor forma de tratamento é a cirurgia seguida de radioterapia, por serem radiossensíveis. A sobrevida em cinco anos é de 33-75% e o seguimento é muito importante, já que 15-20% dos casos evoluem com Mieloma Múltiplo anos após o tratamento. Relatamos um caso de LNH de amígdalas de evolução extremamente atípica, uma vez que a maioria dos pacientes portadores desta patologia tem curso clínico favorável com chance de cura em torno de 90%. O manuseio clínico, nesses casos, continua representando um desafio, tornando necessário o desenvolvimento de novas estratégias de tratamento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-296

TÍTULO: FRATURA DE CONDILO DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DANIELLE DA SILVA PEDREIRA, RAPHAEL LASNEAU ANNICCHINO, GUSTAVO NOLETO DE REZENDE, ANDRÉ BRAUNE, MOACIR TABASNIK

INSTITUIÇÃO: POLICLÍNICA DE BOTAFOGO

Introdução

As fraturas de côndilo correspondem 25 a 35% das fraturas mandibulares. O objetivo principal do tratamento das fraturas de côndilo mandibular é restaurar a função da articulação temporomandibular, da oclusão e contorno facial.

 

Relato de caso

RMSM, 24 anos, vítima de acidente automobilístico, procurou o nosso serviço 24 h após o trauma, uma vez que mesmo tendo recebido atendimento emergencial continuava a apresenta dor em hemiface esquerda e referindo também desvio da mandíbula para a esquerda, que os dentes não estavam alinhados e limitação da abertura da boca. Ao exame  observado limitação do movimento à abertura de boca, edema em hemiface esquerda. Sendo prescrito AINES e solicitada TC de face que evidenciou fratura transversa completa do terço proximal do ramo mandibular esquerdo.

No 7º dia após o trauma foi realizada redução cirúrgica da fratura, com incisão sub mandibular e fixação rígida.

No 6º dia de pós-operatório, apresentava hematoma no local da ferida operatória, sendo puncionado o hematoma e reavaliado a cada 3 dias, sendo realizadas mais 3 punções e indicado o uso de mentoneira para compressão local.

30 dias após a cirurgia, foi iniciada fonoterapia, que inicialmente era de 15 mm e com 45 dias de tratamento fonoterápico apresentava 40 mm recebendo, assim, alta.

DISCUSSÃO

Existe um consenso entre os autores de que o tratamento a ser indicado nas fraturas do côndilo mandibular, depende da idade do paciente, das funções da articulação e desvios em abertura bucal, visando o bem estar do paciente através do menor trauma possível aliado a uma recuperação satisfatória. Concordam, ainda, que as fraturas altas sejam tratadas de modo mais conservador, independente da idade, através de terapia medicamentosa e fisioterapia, bem como as fraturas baixas que não venham a apresentar deslocamento do côndilo em relação à cavidade articular.

Em relação ao restabelecimento oclusal, há concordância entre os autores de que os melhores resultados sejam obtidos nos tratamentos cirúrgicos comparados com o tratamento conservador das fraturas condilares.

Diversos autores concordam que a redução cirúrgica nas fraturas subcondilares altas é mais bem executada por uma incisão pré-auricular. A incisão submandibualr é a mais indicada pelos autores para as fraturas da região condilar baixa em direção ao ramo. Em contra partida a estes autores, o acesso submandibular foi escolhido para redução da fratura condilar alta no caso clínico apresentado.

Considerações Finais

Pacientes com queixas de dor e limitação do movimento à abertura de boca, os quais sofreram, trauma em face, devem ser sempre investigados com tomografia computadorizada de face com reconstrução tridimensional, uma vez que as fraturas de mandíbulas são as mais prevalentes dentre as fraturas faciais.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-297

TÍTULO: FRATURA DE MASTÓIDE POR ARMA DE FOGO

AUTOR(ES): ROWILSON CLEBER DE MELO , CARLOS ROBERTO BALLIN, LUIZ CARLOS SAVA, ANDRÉ LUIZ ATAÍDE, YASSER JEBAHI, RODOLFO CARDOSO DE TOLEDO FILHO, LUIZ EDUARDO NERCOLINI

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL DA PUC-PR

INTRODUÇÃO: As fraturas de osso temporal não são apresentações freqüentes. Daqueles que sofreram trauma craniano, apenas 5% deles apresentam fratura do osso temporal.1 Sendo que, lesões penetrantes são ainda menos comuns que traumas contusos porém causam maior dano.

OBJETIVO: Relatar um caso de fratura de mastóide por projetil de arma de fogo  e seu tratamento.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 32 anos, foi admitido no Hospital Universitário Cajuru vítima de ferimento por arma de fogo em crânio.

Após atendimento inicial e estabilização clínica, o paciente evoluiu com fístula liquórica, paralisia facial perfiférica direita, hipoacusia, vertigem, disfagia, disfonia e limitação dos movimentos do ombro, sendo então, submetido a exames complementares. A tomografia mostrou fratura da porção escamosa do osso temporal e  fragmentos de projétil de arma de fogo alojados em mastóide direita, caixa timpânica e cápsula ótica.

A eletroneuromiografia revelou grave mononeuropatia do nervo facial direito, com lesão axonial em fase aguda, não sendo detectados potenciais de unidade motora voluntários. A audiometria revelava rebaixamento em 6000 Hz a 8000 Hz ã esquerda e anacusia à direita, sendo compatível com os sintomas e história clínica do paciente.

No 10º dia de internamento, foi levado ao centro cirúrgico para realização de petrosectomia subtotal: Incisão retro auricular com extensão superior em direção à região temporal. Descolamento por planos, retirado fáscia do músculo temporal, prosseguindo descolamento até á parede posterior do conduto auditivo externo. Iniciado mastoidectomia com identificação da dura máter da fossa média e seio sigmóideo. Abertura do antro mastóideo. Mastoidectomia ampla, encontrando o projétil posicionado na região do segundo joelho do nervo facial ocasionando destruição do canal lateral e segmento timpânico do nervo facial até o gânglio geniculado. Identificado o nervo facial na região do forame estilomastoideo e porção mastóidea superiormente (coto distal). Devido a destruição do segmento timpânico e gânglio geniculado não foi possível identificação do coto proximal. Explorado o ouvido médio e observado a destruição total da cadeia ossicular, esqueletização do bulbo da veia jugular e canal da artéria carótida interna bem como identificação da tuba auditiva.

Realizada labirintectomia dos canais superior, posterior e lateral. Posteriormente realizada incisão oblíqua em parede abdominal esquerda para retirada de gordura abdominal.

Iniciado fechamento da cavidade com oclusão da tuba auditiva e da cavidade da petrosectomia subtotal com gordura abdominal. Posteriormente rodado retalho do músculo temporal inferiormente e realizado fechamento por planos.

RESULTADOS: Após 13 dias de internamento, o paciente estava de alta hospitalar ainda apresentando hipoacusia em ouvido direito, paralisia facial direita, disfagia e comprometimento do músculo trapézio. O paciente  mantém seu acompanhamento com a otorrino, fonoaudiologia e fisioterapia

CONCLUSÃO: Pacientes vítimas de trauma cranianos que originaram fratura do osso temporal são pacientes, via de regra,  graves e devem ser manejados por uma equipe multidisciplinar.

A maioria das fraturas do osso temporal leva a seqüelas de intensidades variáveis e que podem exigir acompanhamento por um longo período de tempo. O diagnóstico precoce das complicações é fundamental para uma abordagem adequada

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TRABALHO CLÍNICO

P-298

TÍTULO: FRATURA DE OSSO TEMPORAL EM PACIENTES COM TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO: ASPECTOS CLÍNICOS E TOMOGRÁFICOS

AUTOR(ES): MYRIAN MARAJÓ DAL SECCHI , JULIANA FURNO SIMÕES MORAES, FABRICIO CASTRO BARBOSA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE SANTOS

INTRODUÇÃO: As fraturas de osso temporal são lesões que se observam em pacientes com traumatismo crânio-encefálico. Os sinais clínicos mais frequentes que ocorrem em traumatismos de osso temporal são otorragia e hemotímpano, as complicações são paralisia facial  periférica, fístula liquórica, perda auditiva neurossensorial ou condutiva, vertigem ou meningite.A tomografia computadorizada (TC) de alta resolução permite avaliar a fratura e as complicações da cadeia ossicular, labirínticas e do nervo facial.OBJETIVO:Avaliar pacientes com traumatismo crânio-encefálico que apresentavam evidencia clínica e  radiológica de fratura de osso temporal,verificar os sinais clínicos mais frequentes, a faixa etária e a etiologia do trauma. Analisar as alterações à TC de crânio e ossos temporais, e correlacionar os achados.Forma de estudo: Estudo retrospectivo. Casuística e Método: 28 pacientes internados por traumatismo crânio-encefálico que apresentaram evidência clínica e/ou radiológica (TC de crânio) de fratura de osso temporal submetidos à avaliação otorrinolaringológica e TC de ossos temporais. RESULTADOS: A faixa etária variou 3 a 75 anos O  lado mais afetado foi o direito 50% (n=14), esquerdo 36% (n=10) e bilateral 14% (n=4). A etiologia do trauma foi queda 25% (n=7), acidentes com motocicletas e bicicletas 21% (n= 6), agressão física 14% (n= 4), atropelamento 11% (n=3), queda de objeto 4% (n=1) e outras causas 25% (n=7), não houve nenhum caso de ferimento por arma de fogo. Os sinais clínicos foram: otorragia 78% (n=22), otalgia 11% (n=3), otorréia 7% (n=2), paralisia facial 7% (n=2) e hipoacusia 7% (n=2). Achados à  otoscopia: otorragia 57% (n=16), laceração de conduto auditivo externo 36% (n=10),  hemotímpano 11% (n=3), normal 7% (n=2) e  sinal de Battle (hematoma retro auricular associado a hemotimpano) 7 % ( n=2). As alterações à tomografia computadorizada de crânio foram: sem alterações 54%(n=15), hematoma subgaleal 18% (n=5), hemossinus 14% (n=4), hemorragia subaracnoidal 14% (n=4), pneumocéfalo 11% (n=3, hematoma extradural 4% (n=1) e subdural 4% (n=1), fratura de frontal 7% (n=2), temporal 7% (n=2), parietal 4% (n=1), occipital 4% (n=1) e  zigomático 4% (n=1). À tomografia de ossos temporais de alta resolução as alterações foram: linha de fratura 71% (n=20), velamento da mastóide 25% (n=7), ar em cavidade glenóidea 14% (n=4), luxação de cadeia ossicular 7% (n=2) e velamento orelha média 4% (n=1). CONCLUSÃO: Pacientes com traumatismo crânio-encefálico devem ser submetidos à avaliação otorrinolaringológica e de imagem, para diagnóstico precoce das complicações e tratamento.     

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-299

TÍTULO: FRATURA MISTA DE OSSO TEMPORAL COM DESARTICULAÇÃO DA CADEIA OSSICULAR

AUTOR(ES): DIEGO SILVA WANDERLEY , FABIANA CAMBRAIA CORREA, RICARDO TOLEDO PIZA, LUIZ EDUARDO RIBEIRO BOSCO, MARIANA GOMES DA COSTA DE MARCA, RODRIGO RAMOS CAIADO, YORIS DENIS PENALOZA BAZOBERRY

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PROFESSOR JOSÉ KÓS

INTRODUÇÃO:

A principal causa de disfunção da cadeia ossicular é a otite média crônica, seja ela colesteatomatosa ou não, outra causa muito freqüente é o trauma de osso temporal que ocorre em 22% dos casos de traumatismo crânio-encefálico.

A incidência dos traumatismos cranianos vem aumentando em gravidade e freqüência nos últimos tempos.

OBJETIVO:

Este relato tem como objetivo apresentar um caso de desarticulação de cadeia ossicular por TCE, atentando sobre a importância da intervenção cirúrgica na busca de um diagnóstico mais preciso.

Métodos:

A.M.S.P., 36 anos, motociclista, veio para avaliação com queixa de hipoacusia à direita com início há 90 dias após atropelamento. Negava outros sintomas auditivos e tontura.

Na ocasião, foi atendido em um hospital geral com otorragia, cefaléia e hipoacusia. A tomografia computadorizada da data do acidente evidenciava fratura mista de osso temporal e velamento mastóideo. Ficou em observação hospitalar por três dias sendo liberado sem mais recomendações.

Ao exame físico: oroscopia e rinoscopia anterior sem alterações, otoscopia evidenciava membranas timpânicas íntegras, normotransparentes, cabo do martelo presente em ambos os lados e visualização de ramo longo da bigorna bilateralmente. Rinne positivo em orelha esquerda e negativo em orelha direita. Weber lateralizado para direita.

Exame audiométrico: audição normal em orelha esquerda e disacusia mista moderada/acentuada em orelha direita. Timpanograma tipo A em orelha esquerda e Ad em orelha direita. Reflexos estapédicos presentes bilateralmente. Discriminação normal em ambos as orelhas.

Tomografia computadorizada de mastóides: sem alterações.

Hipótese diagnóstica: desarticulação de cadeia ossicular à direita.

Conduta: paciente submetido à timpanotomia exploradora sob microscopia para avaliação de ouvido médio. Apresentava desarticulação incudo-estapediana sem erosão ossicular, estapédio presente e íntegro. Sem mais alterações. Foi submetido a interposição de cadeia ossicular com enxerto cartilaginoso de tragus, sendo este colocado entre o processo lenticular da bigorna e cabeça do estribo, seguido de fixação de reforço com cola de fibrina.

RESULTADOS:

Paciente relatava melhora significativa da audição. Exame audiométrico em trinta dias de pós operatório: audição normal em orelha esquerda e disacusia mista discreta em orelha direita, timpanograma tipo A em ambas as orelhas. Reflexo estapédico presente bilateralmente.

CONCLUSÕES:

O quadro clínico e o exame audiométrico são fundamentais na indicação da cirurgia. A tomografia computadorizada é uma importante ferramenta na investigação do quadro, porém, se normal, não exclui a possibilidade de desarticulação de cadeia ossicular. O diagnóstico definitivo neste caso foi intra-operatório e a disacusia residual apresentada pelo paciente se relaciona com a fratura mista do osso temporal.

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TRABALHO CLÍNICO

P-300

TÍTULO: FRATURA NASAL: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO

AUTOR(ES): RICARDO ARTHUR HUBNER , ANA GABRIELA GONÇALVES TORISAN, MARIANA WILBERGER FURTADO DE ALMEIDA, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO PAULO FAMERP

INTRODUÇÃO: Na sociedade contemporânea os traumatismos estão entre as principais causas de morbi-mortalidade.

A epidemiologia das fraturas faciais varia com o tipo, gravidade e causa da lesão dependendo da população estudada.

OBJETIVO: Avaliar dados epidemiológicos de atendimento em trauma facial com relação a fratura nasal.

METODOLOGIA: Este é um estudo retrospectivo, de corte transversal, para o qual foram utilizados os dados obtidos por revisão de prontuário de 355 pacientes vítimas de trauma facial atendidos entre os anos de 2002 e 2008, sendo selecionados 81 casos correspondentes a fratura nasal.

RESULTADOS: No período de 2002 a 2008, 355 pacientes foram atendidos com traumatismo facial e destes 81 (22,81%) apresentaram fratura nasal. A maioria era do sexo masculino (75,3%). Houve grande relação com o consumo de álcool (41,7% dos casos estavam alcoolizados), e desses, 85,3% eram homens. O tratamento cirúrgico foi realizado em 82,71% dos casos. Os mecanismos de trauma foram divididos e relacionados a seguir. Violência interpessoal: foi a categoria que mais resultou em fraturas nasais em ambos os gêneros; foram 30 casos. Queda: 14 casos. Acidente automobilístico: 11 casos. Motocicleta: 7 casos. Bicicleta: 6 casos. Atropelamento: 3 casos. Outros: 10 casos.

DISCUSSÃO: Do número total de pacientes com trauma de face (N=355), a fratura nasal foi a segunda mais prevalente (22,81%), perdendo apenas para o trauma de mandíbula (44,2%). Tais dados diferem da literatura, que classifica o trauma nasal como o mais prevalente. Os autores do presente estudo consideram que há uma subnotificação na epidemiologia dos traumas nasais na pesquisa, já que os dados colhidos são referentes a atendimentos realizados apenas pelo Departamento de Otorrinolaringologia. Isso exclui um grande número de pacientes com trauma nasal que foram atendidos sem a avaliação da especialidade, em hospitais primários, secundários, bem como no pronto-atendimento do hospital terciário.

CONCLUSÃO: Homens adultos jovens são as vítimas mais prevalentes em trauma nasal e a violência interpessoal é a responsável pela maioria das lesões. A maioria dos casos de traumatismo nasal está associada ao consumo de álcool. Estudos posteriores serão sempre necessários a fim de permitir uma clara compreensão da tendência na etiologia do trauma nasal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-301

TÍTULO: GRANULOMA PIOGÊNICO DE FOSSA NASAL

AUTOR(ES): PAULIANA LAMOUNIER E SILVA , DENISE DA SILVA CALVET, THIAGO BOTELHO AFFONSO, FABIANA ROCHA FERRAZ, LILIAN MEISSNER CORREIA, FERNANDO JORGE DOS SANTOS BARROS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ

OBJETIVOS

Relatar um caso de granuloma piogênico em criança de 10 anos atendida no ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital Federal do Andaraí.

RELATO DE CASO

YABN, masculino, 10 anos, caucasiano, estudante.

Paciente atendido no dia 18 de novembro de 2009, no ambulatório de otorrinolaringologia do Hospital Federal do Andaraí, relatando episódios de epistaxe (de pequena monta, com parada espontânea) e obstrução nasal em fossa nasal direita há 2 meses (Figura1).

Refere endoscopia nasal no período de início dos sintomas com relato de ?massa dentro do nariz? pelo médico que o examinou. Mãe relata que há um mês, paciente iniciou quadro de edema em dorso nasal que vem aumentando progressivamente. Nega febre, cefaléia, dores pelo corpo, manchas.

 Realizado tomografia computadorizada de crânio para avaliação da extensão da tumoração (Figura 2) ? presença de massa em região anterior da fossa nasal direita com inserção no septo nasal e abaulamento do vestíbulo nasal. Hemograma completo com 8.100 leucócitos, 0% basófilos, 1% eosinófilos, 2% bastonetes, 63% segmentados, 32% linfócitos típicos. Plaquetas 230.000.

 Indicada cirurgia endoscópica nasossinusal para extração de tumoração e envio de peça cirúrgica (Figura 3) para estudo histopatológico pelo serviço de anatomia patológica em 10 de dezembro de 2009 ? Visualizada lesão abaulando vestíbulo nasal, com implantação septal. A exérese da lesão foi obtida através da remoção da mucosa septal (onde o granuloma estava inserido) e do pericôndrio abaixo dela, reduzindo as chances de recorrência.

Paciente evoluiu sem intercorrências no pós-operatório. Endoscopias nasais seriadas mensais não evidenciaram recidiva de granuloma. Laudo histopatológico de hemangioma capilar lobular.

DISCUSSÃO

Hemangioma capilar lobular, também conhecido como granuloma piogênico, é uma lesão pediculada benigna de crescimento rápido e de etiologia desconhecida.

É comum afetar pele e mucosa da cavidade oral. A cavidade nasal é um sítio incomum em crianças. Na cavidade nasal, a localização mais comum é no septo nasal anterior (área de Little ou Plexo de Kiesselbach) seguido pela concha nasal inferior. Outros sítios incluem seio maxilar e região superior da cavidade nasal.

As lesões podem ocorrer em qualquer idade, sendo mais freqüente em mulheres acima de 40 anos. Em crianças é mais comum no sexo masculino.

Os sintomas mais comuns são epistaxe e obstrução nasal. Entretanto, também podem ocorrer dor facial, alteração do olfato e cefaléia.

O diagnóstico diferencial inclui corpo estranho, pólipo nasal, pólipo antrocoanal, meningocele, meningoencefalocele, sarcoidose, granulomatose de Wegener, tecido granular simples, papiloma, sarcoma de Kaposi, hemangiosarcoma, carcinoma de células escamosas, melanoma amelanótico, tumor odontogênico e linfoma.

O tratamento de escolha é a biópsia excisional local conservadora. A cauterização local é necessária para hemostasia, assim como para reduzir a chance de recorrência.

O curso clinico é, em geral, benigno; embora sangramentos severos e recorrências já foram relatados. 

CONCLUSÃO

Hemangioma capilar lobular é um tumor vascular benigno raro em crianças. Deve fazer parte do diagnóstico diferencial de lesões de crescimento rápido em cavidade nasal associadas a epistaxe e obstrução nasal. O diagnóstico é baseado na anamnese, na rinoscopia anterior e na endoscopia nasal com o achado de uma massa pediculada hipervascularizada na porção anterior da cavidade nasal. O tratamento é cirúrgico, feito através de biopsia excisional com cauterização local, que possibilita hemostasia e reduz as chances de recidiva.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-302

TÍTULO: GRANULOMATOSE DE WEGENER - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THOMAS EDUARDO COLOMBO VITUSSI , TÁCITO ELIAS SGORLON, ANTONIO ISSA, GABRIEL DE CASTRO FIGUEIREDO, PEDRO IVO ANTONIAZZI PAULIN

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE RIBEIRAO PRETO

INTRODUÇÃO: Granulomatose de Wegener é uma vasculite necrosante, com a formação de granulomas de etiologia desconhecida. A doença atinge, preferencialmente, vias aérea superior e inferior e os rins, levando à formação de granulomas e necrose destes órgãos. O diagnóstico e tratamento precoce podem levar à recuperação total.

CASO: Paciente deu entrada em pronto atendimento referindo hipoacusia, paralisia facial periférica a esquerda e otorréia bilateral iniciada 20 dias.evoluindo com dormência em hemicorpo esquerdo, obstrução nasal, rinorréia purulenta , sendo realizado  tomografia computadorizada compatível com rinossinusite maxilar a esquerda. Tratado com avalox e gabapentina, retornou sem melhora, sendo internado para realização antrostomia maxilar endoscópica porém, durante ato cirúrgico evidenciou-se massa pulsátil em cavidade nasal posterior direita, sendo abortado o procedimento e realizado  angioressonância que evidenciou lesão hipervascularizada em seios maxilar e etmoidal direito e nasofaringe, com destruição óssea. TC de tórax, apresentando massa de limites imprecisos em região pré-hilar direita.Creatinina-3,65 mg/dl; uréia-150 mg/dl; K-1,8 mEq/l; Hb-9,7 g/dl; e dosagem de c-ANCA com níveis de positividade.

Após biópsia de massa do seio maxilar direito com resultado histopatológico de lesão sugestiva de vasculite necrosante granulomatosa.

Diante da hipótese de Granulomatose de Wegener foi iniciado tratamento com ciclofosfamida (2mg/kg/dia) juntamente com prednisona (1mg/kg/dia).

DISCUSSÃO: A Granulomatose de Wegener é uma vasculite necrosante de médios e pequenos vasos, com a formação de granulomas. Suas principais manifestações são sintomas de rinite e sinusite (rinirréia purulenta ou sanguinolenta), úlceras nasais, necrose septal. Pode ocorrer úlcera oral, estridor,otorréia, mastoidite, nódulos e cavitações pulmonares, hemoptise, traqueobronquite. O acometimento renal pode estar presente com glomerulite focal e segmentar necrosante

Não tem preileção sexual, com idade média oscilando entre 30 e 50 anos.

O diagnóstico é baseado no quadro clínico e achados histológicos de vasculite necrosante granulomatosa, complementados por dados laboratoriais e radiológicos. São importantes exames de imagem, urina e biópsia das lesões do trato respiratório superior.

O c-ANCA também é útil, pois quando está presente a tríade clássica de acometimento das vias aéreas superiores, dos pulmões e dos rins, a sensibilidade do c-ANCA chega até 97%.

O tratamento é baseado no uso de imunossupressores como a ciclofosfamida (2mg/kg/dia) juntamente com a prednisona (1mg/kg/dia). A ciclofosfamida é mantida até cerca de 1 ano após a remissão e, então, também diminuída gradativamente.

CONCLUSÃO: Granulomatose de Wegener é uma vasculite com manifestações clínicas diversas. Este trabalho mostra a dificuldade clínica e histológica no diagnóstico precoce.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-303

TÍTULO: GRANULOMATOSE DE WEGENER ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): GUSTAVO HENRIQUE MARQUES DE SÁ , IERICEFRAN DE MORAIS SOUZA, MAXIMIANO DA FRANCA TRINETO, THEYLIANE GADELHA MOREIRA, SÉRGIO HENRIQUE DE MEDEIROS, PEDRO CAVALCANTI DE OLIVEIRA FILHO, JOSÉ DINIZ JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PEDRO CAVALCANTI / UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO: Doença inflamatória idiopática, multissistêmica caracterizada por vasculite de vasos pequenos e de médio calibre com formação de granulomas e necrose tissular. Acomete principalmente pulmões, rins, nariz, seios paranasais e rinofaringe.

OBJETIVO: Relatar síndrome de baixa prevalência, descrevendo os achados e correlacionando-os com os aspectos otorrinolaringológicos encontrados, em sua evolução natural, trazendo à tona a importância do parecer otorrinolaringológico precoce.

METODOLOGIA: Foi avaliado 01 caso, L. M. C, 36 anos, sexo feminino no Hospital Universitário Onofre Lopes ? UFRN em parceria com a Clínica Pedro Cavalcanti em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil em abril de 2010, realizando-se avaliação clínica, imagiológica, e audiológica através de audiometria tonal liminar e imitanciometria.

RESULTADOS: Surgiu como prurido em O.D, com subseqüente otalgia, otorréia purulenta, febre e zumbidos ipsilateralmente. Tratada inicialmente com amoxicilina e limpeza aural. Após 80 dias do início do quadro apresentou dor facial e posterior lagoftalmo à direita, desvio da rima labial para a esquerda, disartria, disfagia e cefaléia hemicraniana à direita e 05 dias depois, dor, déficit motor e parestesia em MMII, com hipotermia de superfícies e cianose podal bilateral. Com 120 dias foi internada com queixa de parestesia e dores em MMII com dificuldade para deambular. TC das Mastóides: sinais de otomastoidite bilateral, com possível formação colesteatomatosa à esquerda. TC Crânio-Encefálica: área de encefalopatia cerebelar à esquerda. TC de Tórax: opacidades pulmonares alveolares com imagens hipodensas de conteúdo no parênquima bilateralmente e derrame pleural à direita. Após 04 dias do internamento foi à UTI com dispnéia importante e desconforto torácico. Após 01 dia na UTI foi realizado amputação de MMII, com ?sepse? após 02 dias. Tuberculose pulmonar negativa após 03 amostras do Lavado Broncoalveolar. Anticorpos IGG Cardiolipina: negativo, Clearance Urinário: polaciúria. Parecer oftalmológico: xeroftalmia, pupilas fotoreagentes bilateralmente. Neutrófilos: Anti ANCA-C ? reagente (1:20), Anti ANCA-P ? negativo. Parecer otorrinolaringológico no último dia de internamento: lagoftalmo à direita. Oroscopia: ausência parcial de dentes em arcadas superior e inferior, candidíase oral, presença do reflexo nauseoso e sinal da cortina. Rinoscopia: dorso nasal em sela, presença de crostas em grande quantidade aderidas ao septo nasal bilateralmente. Otoscopia: O.D ? perfuração da membrana timpânica, O.E ? atelectasia da membrana timpânica e cerúmem. Face: desvio da rima labial para esquerda, presença de reflexos no pavilhão auricular, paralisia de Bell. Weber ? lateralizado para esquerda. Nistagmo ? ausente.  Audiometria Tonal Liminar: perda auditiva do tipo mista em O.D de grau severo e do tipo condutiva em O.E de grau moderado.

CONCLUSÃO: A interdisciplinaridade e o treinamento do clínico para as questões otorrinolaringológicas são imprescindíveis, evitando assim que doenças com manifestações sistêmicas passem desapercebidas, agravando o estado do paciente e levando a lesões irreversíveis. A atuação do otorrinolaringologista deve ser sempre solicitada no início de qualquer sintoma ou sinal que envolva essa especialidade, relevando assim a sua importância, não a colocando em segundo plano.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-304

TÍTULO: GRANULOMATOSE DE WEGENER ASSOCIADA A HANSENÍASE ? RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): ISABELE FAVORETTO CAÑAS PECCINI , ANA CLÁUDIA GHIRALDI ALVES, ROGÉRIO POLI SWENSSON, ANA CAROLINA MARTINS PINTO SWENSSON, FÁBIO TADEU DE MOURA LORENZETTI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE SOROCABA

Resumo: Descreve-se o caso de uma paciente portadora de Granulomatose de Wegener (GW) associada a Hanseníase, sendo o motivo inicial deste relato o fato de que há uma escassez de trabalhos publicados na literatura sobre a ocorrência de GW concomitante a Hanseníase, ainda que tais patologias tenham forte acometimento no  campo Otorrinolaringológico. Apesar de vários estudos demonstrarem que a prevalência de GW está aumentando, ainda é considerada uma doença muito rara, sendo sua incidência estimada entre 0,1 a 0,4 casos por milhão/ano. Em relação à Hanseníase seu agente causador é um bacilo denominado Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, que se reproduz muito lentamente, seu tempo médio de multiplicação é de 12 a 14 dias, esta lentidão biológica do bacilo explica a cronicidade de sua evolução e longo período de incubação, o qual ocorre em média de 2 a 5 anos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-305

TÍTULO: GRAU DE SATISFAÇÃO DO PACIENTE EM RELAÇÃO A CIRURGIA DE SEPTOPLASTIA COM E SEM O USO DE TAMPÃO

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, DANIEL ZENI RISPOLI, FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, GUSTAVO SELA

INSTITUIÇÃO: HOPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: A septoplastia é um procedimento cirúrgico dirigido à correção dos desvios do septos nasais. Célebres otorrinolaringologistas têm desenvolvido técnicas cirúrgicas diversas, cada uma com suas vantagens e desvantagens, sendo indicadas de forma individual para cada tipo específico de desvio de septo.

Objetivos: Avaliar o grau de satisfação dos pacientes após realização de septoplastia com e sem o emprego de tampões nasais.

METODOLOGIA: Clínico prospectivo randomizado comparativo entre pacientes com tampão nasal e sem tamponamento. Os autores observaram 152 pacientes, operados de septoplastia no Hospital da Cruz Vermelha de Curitiba. Foram avaliados quanto ao grau de satisfação nas primeiras 72 horas e após 7 dias; e as principais complicações em intervalos seriados de 72 horas e após 7 dias.

RESULTADOS: O grupo sem tamponamento avaliou como de boa qualidade o pós-operatório, apenas 2 pacientes avaliaram como péssima a recuperação. O grupo que usou tampão nasal a recuperação não foi bem tolerada por mais da metade dos pacientes e o motivo por não submeter-se a nova cirurgia foi o tampão nasal, seguido pelo medo de realizar anestesia.

CONCLUSÃO: Tamponamento nasal embora bastante difundido no meio cirúrgico, não propicia contentamento do paciente. Assim como a maioria dos cirurgiões já propõe realização de cirurgia com anestesia geral ou local, também deveria avaliar a técnica a ser empregada e informar ao paciente sobre a possibilidade de realizar a cirurgia com e sem tamponamento nasal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-306

TÍTULO: GRAVE COMPLICAÇÃO DE TAMPONAMENTO POSTERIOR COM SONDA DE FOLEY: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): PEDRO PAULO VIVACQUA DA CUNHA CINTRA , JOSE ANTONIO PINTO, THIAGO BRANCO SÔNEGO, MARINA SPADARI ARTICO, CAROLINA AIRES LEAL, JOSEMAR DOS SANTOS SOARES

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Epistaxe severas são freqüentes em pacientes com trauma crânio encefálico, principalmente quando associados a fraturas múltiplas de face e base de crânio. Diversos métodos de controle desse sangramento podem ser instituídos. O tamponamento nasal anterior associado ao tamponamento posterior com sonda de Foley é um dos mais difundidos, sendo pela disponibilidade universal dos materiais necessários ou pela sua aparente facilidade de execução.

MATERIAL E MÉTODOS: Relato de caso clínico sobre controle de epistaxe severa, após TCE grave, com tamponamento nasal posterior por sonda de Foley e tomografia de controle apresentando múltiplas fraturas da base de crânio e penetração da sonda em parênquima cerebral.

CONCLUSÃO:Essa é uma rara, mas possível complicação no tratamento de hemorragia nasal severa, associada a fratura da base do crânio. Este breve relato destaca riscos relacionados ao método e sugere alguns cuidados para prevenção de complicações relacionadas através de breve revisão da literatura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-307

TÍTULO: HAMARTOMA DE LÍNGUA: APRESENTAÇÃO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): CAROLINA SANTOS BOSAIPO , EDUARDO PEREIRA BOSAIPO, ADRIANA SANTOS DE BRITO SILVA, EULER NICOLAU SAUAIA FILHO, EVALDO DA SILVA BARBOSA JUNIOR

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL MUNICIPAL TOMAZ MARTINS

INTRODUÇÃO: Hamartoma é uma malformação benigna congênita, bastante incomum na prática otorrinolaringológica, caracterizada por crescimento anormal de um conjunto de tecidos nativos de determinada área, originários de qualquer uma das camadas germinativas ? endoderme, mesoderme ou ectoderme ? freqüentemente com um tipo de tecido predominante.

OBJETIVOS: Relatamos um raro caso de hamartoma de língua em um menor de 4 anos, raramente encontrado na prática otorrinolaringológica, diagnóstico diferencial e tratamento.

MATERIAL E MÉTODO: Relato de caso clínico e revisão bibliográfica.

RELATO DE CASO: JVSP, 3 anos e 7 meses, masculino, branco, natural e residente em Santa Inês - MA, apresentando tumoração assintomática na porção posterior da língua, não interferindo em sua deglutição ou respiração, detectado pela mãe há aproximadamente 1 ano. Ao exame otorrinolaringológico, o menor apresentava massa lisa, de contornos irregulares, consistência sólida, de cor róseo pálido. História pregressa e familiar com nada digno de nota.

RESULTADOS: O paciente foi submetido à exérese cirúrgica com eletrocautério, em 04/05/2009, no Hospital Municipal Tomaz Martins. Foi encaminhada peça cirúrugica medindo 3,2 x 3,0 x 1,5 cm para exame anátomo-patológico, sendo diagnosticado hamartoma. Na última avaliação (22/06/2010), encontrava-se assintomático.

DISCUSSÃO: Hamartoma é uma malformação benigna bastante incomum na prática otorrinolaringológica, principalmente na língua. Nos raros casos descritos na literatura não encontramos predomínio de sexo, idade ou raça. É possível que alguns hamartomas tenham sido erroneamente descritos como mesenquimomas ou outras lesões parecidas histologicamente. Hamartomas linguais ocorrem em mais de 50% das síndromes oral-facial-digital. O diagnóstico diferencial de lesões congênitas da língua em crianças inclui tireóide lingual, cisto de ducto tireoglosso, malformação vascular, e cisto de duplicação. Neoplasias de língua em Pediatria incluem teratoma e sarcoma. Dessas lesões, tireóide lingual e cisto de ducto tireoglosso (TGDC) ocorrem na região do forame cécum, assim como os hamartomas de língua. A presença de uma aparência normal da tireóide  na parte inferior do pescoço não exclui tireóide lingual. Hamartomas tem, em geral, bom prognóstico, com baixa prevalência de recidivas.

CONCLUSÕES: Hamartoma de língua é uma causa rara de tumoração em base de língua, com imagem inespecífica. Porém o diagnóstico diferencial de massas na linha média posterior da língua sempre deve incluir o hamartoma.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-308

TÍTULO: HEMANGIOENDOTELIOMA EPITELIÓIDE MALIGNO DA TIREÓIDE - UM RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DIEGO SHERLON PIZZAMIGLIO , ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA, GLÁUCIA MARIA FERREIRA DA SILVA MAZETO, EMANUEL CELICE CASTILHO, JOSÉ VICENTE TAGLIARINI, MICHELL FRANK ALVES DE OLIVEIRA, MARIA APARECIDA CUSTODIO DOMINGUES

INSTITUIÇÃO: FMB - UNESP - BOTUCATU

Paciente 75 anos, tabagista. Em investigação de hemoptise, observou-se nódulo em lobo esquerdo de tireóide. Punção do nódulo: bócio colóide. Tomografia Cervical: lesão cística com paredes espessadas em lobo esauerdo, com realce periférico ao meio de contraste, região central heterogênea, deslocando lateralmente os vasos da base. Submetido a  loboistmectomia esquerda: nódulo em lobo esquerdo; nervo laringeo recorrente envolto por tecido fibroso e hemorrágico. Não foi possível a remoção completa deste lobo porque envolveria ressecção traqueal e do nervo laringeo inferior.

Resultado anatomopatológico: HEMANGIOENDOTELIOMA EPITELIÓIDE MALIGNO. Cerca de 2 mitoses/10 campos de grande aumento. Imunoistoquímica: Hemangioendotelioma epitelióide maligno (positivo para: AE1/AE3, CD31, CD34, Fator VIII, Vimentina).

Seguimento pós-operatório descartada a totalização da tireoidectomia devido comorbidades, morbidade e dificuldade cirúrgica. Realizado Ressonância Magnética Cervical de controle que evidenciou: hematoma? Cisto colóide? Recidiva? Restos tumorais?. Encaminhado para Radioterapia (4000 cGy).     Nova tomografia cervical em 2010, sinais sugestivos de recidiva de neoplasia tireoideana; realizado booster radioterápico de 2000 cGy. 

Revisão bibliográfica: Hemangioendotelioma maligno de tireóide é um tumor maligno de diferenciação das células endoteliais. Tumor raro, exceto na região dos alpes europeus, aonde perfazem 4-5% dos tumores malignos de tireóide. Fatores de risco ainda são desconhecidos. Apresentam-se como bócios nodulares, de difícil diagnóstico a PAAF. Na maioria das vezes, a primeira manifestação clínica é causada pelas metástases. O tumor apresenta sintomas como dor ou pressao cervical, outras vezes é indolor com crescimento nodular rápido.

Áreas sólidas tumorais se apresentam com necrose extensa, rodeada por uma margem de tecido neoplásico, as quais fazem diagnóstico diferencial com carcinomas não diferenciados ou pouco diferenciados. As células neoplásicas têm um citoplasma eosinofílico abundante, com núcleo redondo, vesicular contendo membrana nuclear bem definida. As mitoses são numeorsas.

Imunohistoquímica: hemangioendoteliomas malignos de tireóide apresentam, como positivios os fatores: VIIIR-Ag, CD34 e CD31, queratinas com baixo peso molecular, vimentina.

O hemangioendotelioma de tireóide é um tumor raro, de difícil diagnóstico, rápida evolução com metástases frequentes. O diagnóstico depende de uma bom exame físico e patologistas experientes, tendo em vista que radiológicamente não há um padrão altamente sugestivo do diagnóstico. O tratamento cirúrgico combinado a radioterapia tem se mostrado a melhor opção. A quimioterapia não tem demonstrado bom controle tumoral.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-309

TÍTULO: HEMANGIOMA CAPILAR NASAL: RELATO DE 2 CASOS E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA , MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, ÉDER AUGUSTO MAGAALHÃES NASCIMENTO, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, MÁRJORIE SOUZA BANHOS CAREPA, WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, MURILLO FREIRE LOBATO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA ? UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: Hemangioma capilar nasal consiste em proliferação polipóide de capilares e tecido de granulação, associados a intensa reação inflamatória. No nariz, o local mais acometido é o septo nasal.

OBJETIVO: Relatar 2 casos de hemangioma capilar nasal, acometendo regiões diferentes da cavidade nasal, correlacionando com dados da literatura.

METODOLOGIA: Descrição de casos clínicos e revisão de literatura.

RESULTADOS: Y.O.S., sexo feminino, 13 anos, natural e procedente de Parauapebas (PA), chegou a nosso serviço com história de há cerca de 1 ano apresentar tumoração avermelhada em fossa nasal direita, de aumento progressivo, acompanhada de epistaxe recorrente. À rinoscopia anterior, observou-se lesão expansiva, avermelhada e friável. À TC de seios da face apresentava velamento parcial da cavidade nasal direita, sem invasão de estruturas adjacentes, nem sinais de remodelamento ósseo na periferia do tumor. Foi submentida à excisão da lesão, tendo o diagnóstico de hemangioma capilar septal confirmado na biópsia.

Seis meses depois, a paciente voltou ao serviço com as mesmas queixas anteriores, sendo diagnosticada a recidiva da lesão. Foi novamente submetida a excisão lesional, desse vez com uma margem mais ampla, sendo utilizado como enxerto a cabeça do corneto nasal inferior contralateral, suturado na lesão com Vycril 2.0. Houve rejeição do enxerto no 15° dia pós-operatório. Foram solicitadas sorologias para doenças infecciosas, sendo todos os resultados negativos. Atualmente, a paciente encontra-se em acompanhamento clínico em nosso Serviço.

O segundo paciente é  V.J.N.C, 5 anos, sexo masculino, natural e procedente de Santarém, PA. Tem história de há cerca de 2 anos apresentar epistaxe  por fossa nasal direita, sendo que nesse período foi submetido a 15 transfusões sanguíneas, devido à perda sanguínea. Foi reealizada endoscopia nasal, que revelou lesão de aspecto ulcerativo, com sangramento ativo em cabeça Ed corneto nasal inferior direito. O paciente foi submetido a exérese da lesão, com eletrocauterização de seus bordos. O exame histopatológico confirmou o diagnóstico de hemangioma capilar de corneto nasal inferior. Desde que a lesão foi excisada, não houve mais episódio de sangramento.

CONCLUSÃO: O diagnóstico de hemangioma de septo nasal dever ser considerado nos pacientes com queixa de obstrução nasal e epistaxe. Há necessidade de exame de imagem para o planejamento terapêutico, que deve consistir em ampla exérese da lesão, com margem de segurança dos seus bordos, a fim de evitar recidivas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-310

TÍTULO: HEMANGIOMA DE FACE, LÍNGUA E VIAS AÉREAS SUPERIORES: BEARD HEMANGIOMA

AUTOR(ES): ÉRICA SAMPAIO BARBOSA , RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO, CORINTHO VIANA PEREIRA, DIDEROT RODRIGUES PARREIRA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, CARLA CAVALCANTI SILVEIRA, DANIELLE GONÇALVES SEABRA PEIXOTO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES

Hemangioma é o tumor mais frequente na infância. Apenas 10% destes tumores causam complicações, como obstrução das vias aéreas, ulceração ou sangramento; apresentam frequência elevada no segmento cervicofacial. O beard hemangioma é raro, definindo-se como um hemangioma localizado na face, especificamente, na região da barba - região pré-auricular, mentoniana, masseterina, labial e cervical inferior. Os hemangiomas caracterizam-se por uma fase de proliferação rápida, durando desde algumas semanas de vida até o último trimestre do primeiro ano; regredindo lenta e extensamente, a partir deste. Pode levar a alterações estéticas e o comprometimento das vias aéreas superiores. No segmento cérvico-facial, geralmente, é associado a lesão do trato respiratório superior ou subglótico, sem alterações neurológicas ou oftalmológicas. A associação entre hemangioma facial e de vias aéreas superiores e subglote permanece com as bases biológicas desconhecidas. Cerca de 63% dos hemangiomas cérvico-faciais extensos com distribuição beard associam-se a comprometimento da via aérea. O tratamento clínico e/ou cirúrgico divide-se em: corticoterapia; interferon 2a-a recombinante; traqueostomia; ressecção endoscópica a laser; uso de microdebridador; ou excisão aberta. Diante de crianças com hemangioma na região cérvico-facial, o médico deve avaliar a perviedade da via aérea. O diagnóstico precoce e a instituição do tratamento clínico poderá evitar o tratamento cirúrgico, por traqueostomia ou outros métodos invasivos.

Relatamos o caso de um paciente de 15 anos, masculino, encaminhado de serviço de dermatologia para avaliação de sua via aérea. Queixava-se de lesão avermelhada em face, desde seu nascimento. O exame físico mostrava lesão angiomatosa, ligeiramente elevada, bem delimitada, acometendo região mastóidea, pré-auricular, masseterina, mandibular esquerda, mento e região cervical lateral e anterior esquerdas, associada a hemiparesia facial esquerda, classe 3 de House-Brackman.O exame da orofaringe revelava lesão hemangiomatosa acometendo língua, palato e supraglote, não causando efeito obstrutivo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-311

TÍTULO: HEMANGIOPERICITOMA DE SEIO ETMOIDAL CAUSANDO OSTEOMALÁCIA ONCOGÊNICA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RICARDO GUIMARÃES , SAMANTA SILVA, LUISA NASCIMENTO MEDEIROS, INGRID HELENA LOPES OLIVEIRA, FÁBIO DE REZENDE PINNA, RICHARD LOUIS VOEGELS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

A osteomalácia oncogênica hipofosfatêmica (OOH) é uma síndrome paraneoplásica induzida por tumor, de tecidos mole ou ósseo. Apresenta-se com dor e fraturas, acompanhada de hipofosfatemia, hiperfosfatúria e concentrações plasmáticas de 1,25(OH)2D3 inapropriadamente normais ou diminuídas. Após a remoção do tumor, a completa resolução das anormalidades clínicas e bioquímicas é sua maior característica. O relato de caso é de um tumor de localização etmoidal causando osteomalácia oncogênica no qual ocasionou na paciente  dificuldade para caminhar secundária a dores nos membros inferiores, fraqueza muscular generalizada, hipofosfatemia com relativa hiperfosfatúria e obstrução nasal secundária a presença de uma massa em fossa nasal. Submetida a exames complementares e cirurgia endoscópica endonasal para completa exérese da lesão. Havendo melhora do quadro endocrinológico após a cirurgia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-312

TÍTULO: HEMOTÍMPANO E EPISTAXE - DESAFIO DIAGNÓSTICO

AUTOR(ES): DANIELA OLIVEIRA TEIXEIRA , LUIZ CARLOS ALVES DE OLIVEIRA, ENEDIR TEIXEIRA, ANA MARIA BENVEGNÚ, LETÍCIA MOREIRA FLORES MACHADO, MARIA ANGÉLICA KNEIPP

INSTITUIÇÃO: CLINICA DR. OLIVEIRA

Neste trabalho os autores relatam o caso de uma paciente jovem, com epistaxe de origem pouco comum, procecente de carótida intra-petrosa sangrando para a orelha média e, via tuba auditiva, para fossas nasais e faringe. Abordam-se aspectos diagnósticos e terapêuticos para o caso em questão.

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TRABALHO CLÍNICO

P-313

TÍTULO: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SUAS INTERAÇÕES NA AVALIAÇÃO DA SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , RALPH SILVEIRA DIBBERN, JANE MARIA PAULINO, RAÍSSA VARGAS FELICI, LUIS FRANCISCO OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do SONO (SAOS) é uma doença importante no cenário médico atual. Atinge cerca de 32,9 % da população. É importante pela sua correlação com doenças cardiovasculares crônicas que imputam importante morbimortalidade aos seus portadores estando é associada a doença coronariana e AVC.

OBJETIVOS

Avaliar a interação entre HAS e variáveis utilizadas na avaliação do paciente com SAOS

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 346 pacientes com queixa principal de ronco e história clínica sugestiva de apnéia do sono, com sintomas como sonolência diurna, sono não reparador e ronco. Todos os pacientes foram submetidos a um protocolo de avaliação incluindo amnamese, escala de Epworth, pressão arterial (PA), escala do ronco de Stanford, classificação de Friedman, exame otorrinolaringológico completo e polissonografia noturna feita seguindo as normas do manual padrão da Academia Americana do Sono. Foram excluídos pacientes portadores de Hipertensão secundária, anomalias cardíacas e torácicas.

RESULTADOs

O protocolo de SAOS foi completado em 346 pacientes, porém, 278 fizeram a polissonografia noturna. O pacientes foram divididos em Grupo I composto de 123 pacientes hipertensos e grupo II com 223 pacientes normotensos. A presença da hipertensão foi correlacionada com as seguintes variáveis: Índice de Apnéia e Hipopnéia, Classificação de Friedman, idade, índice de Massa corpórea, Saturação mínima de oxihemoglobina e número de horas de sono habituais. A média do IAH foi de 25,2 ± 19,6 no grupo I e de 21,92 ± 17,43 no grupo II (p=0,152). Com relação a Classificação de Friedman a média foi de 2,18 ± 0,56 no grupo I  e de 2.57 ± 0,63 no grupo II (p=0,003). Houve correlação positiva com IMC e idade dos pacientes.  As demais variáveis não tiveram significância.

DISCUSSÃO

A SAOS é uma doença com conhecido e documentado desfecho cardiovasculares como Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral. Em nossa amostra a presença de HAS não se correlacionou com o IAH, apesar da população hipertensa ter um AIH médio maior que a normotensa essa correlação não foi significante.  Na avaliação das variáveis clínicas da SAOS como IMC, Idade e Classificação de Friedman a correlação foi positiva. Não houve correlação entre Saturação mínima de oxihemoglobina na polissonografia e privação crônica de sono.

As evidencias da associação entre a SAOS e HAS são vastas e incontestáveis, porém em nossa amostra não houve correlação.  Houve correlação com a classificação de Friedman que avalia o grau de obstrução da orofaringe e se correlaciona com a SAOS na literatura.  O diagnóstico da SAOS se faz através da historia clínica e polissonografia e não isenta a pesquisa de SAOS em pacientes com HAS.

CONCLUSÃO

O IAH não correlacionou com o IAH em nossa casuística, porém, é positiva a sua correlação com variáveis de avaliação clínica do paciente com SAOS como a classificação de Friedman e IMC. Todo paciente com HAS deve ser investigado para SAOS.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-314

TÍTULO: PERDA AUDITIVA E ALTERAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS

AUTOR(ES): RACHEL SCHLINDWEIN-ZANINI , FÁBIO ZANINI

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA E HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ HOMERO DE MIRANDA GOMES

A audição é o sentido responsável por captar as informações sonoras, seu prejuízo (hipoacusia) pode causar distúrbios psicológicos / neuropsicológicos relacionados a alterações de aprendizagem, alterações de fala, linguagem, comunicação, promovendo declínio cognitivo, depressão, redução do estado funcional, prejudicando o desenvolvimento escolar e, conseqüentemente, profissional e social do indivíduo atingido. Neste sentido, a Neuropsicologia busca investigar as funções cerebrais superiores inferidas a partir do comportamento cognitivo, sensorial, motor, emocional e social deste indivíduo, relacionando-se com a Otorrinolaringologia. OBJETIVO: Realizar um estudo de caso com corte transversal relacionando a perda auditiva com a avaliação neuropsicológica. MATERIAL E MÉTODO: Avaliação neuropsicológica e avaliação otorrinolaringológica de paciente adulto, 22 anos, sexo feminino, com hipoacusia severa e epilepsia. RESULTADOS: A avaliação otorrinolaringológica constatou a ocorrência de hipoacusia severa bilateral enquanto a Avaliação Neuropsicológica concluiu que a paciente apresenta Quociente de inteligência ?médio?, prejuízo relacionado déficit referente à atenção e flexibilidade cognitiva, a inibição de estímulos distratores, rastreamento visual, fluência verbal semântica, memória verbal / lógica e memória visual, que relacionam- se as funções executivas (lobo frontal) e memória. DISCUSSÃO: A hipoacusia bilateral interfere no processo psicológico de compreensão da linguagem e na memória verbal, por exemplo; e a epilepsia, que devido a localização do foco epileptogênico, pode interferir no processo psicológico da atenção e modulação do humor, por exemplo. A avaliação neuropsicológica diagnosticou e mensurou estes déficits, justificando-os e colaborando na conduta dos profissionais envolvidos. O psicólogo responsável pela avaliação neuropsicológica (neuropsicólogo) orientou a paciente no sentido de promover a reabilitação neuropsicológica da mesma. Reabilitação esta que se totaliza com a participação do otorrinolaringologista, que promoverá a correção da perda auditiva em questão. Acredita-se que se a perda auditiva tivesse sido diagnosticada precocemente, a paciente teria melhor desenvolvimento e melhor adaptação social, pois cogita-se que a hipoacusia possa ser congênita.Desse modo, esta parceria clínica também promove melhora na vida funcional, com qualidade de vida. CONCLUSÕES: Constata-se a ocorrência de epilepsia de lobo temporal e hipoacusia, que apesar de corrigida posteriormente ao diagnóstico, pode ter interferido no desempenho de algumas capacidades relacionadas as funções psicológicas superiores, como atenção, fluência verbal e memória, especialmente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-315

TÍTULO: HIPOACUSIA E DEMÊNCIA: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NA PRÁTICA MÉDICA

AUTOR(ES): AMANDA LUCAS DA COSTA, JULIANA SANTOS VARELA, LUCIANE MARIA FABIAN RESTELATTO, MÁRCIA LORENA FAGUNDES CHAVES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE- FIPE

INTRODUÇÃO: A surdez no idoso constitui-se em um dos mais importantes fatores de desagregação social. De todas as privações sensoriais, a perda auditiva é a que produz efeito mais devastador no processo de comunicação do idoso No Brasil,a  prevalência de perda auditiva entre idosos que varia de 20 a 85% e  tem sido associada a impacto psicossocial negativo, com inabilidade para realizar tarefas domésticas pesadas e o aumento de acidentes ocupacionais. A demência acomete 15-20% de idosos acima de 60 anos e é uma doença progressiva que se rastreada nos casos iniciais pode receber tratamento adequado.  O objetivo deste trabalho foi observar a relação entre estas duas patologias tão freqüentes na prática clínica com idosos.MATERIAL E MÉTODOS:Foram avaliados 130 idosos acima de 50 anos em um ambulatório de cardiopatia isquêmica  de um Hospital universitário de referência ,onde foram aplicados uma bateria de rastreio cognitivo específicos para avaliação de quadro demencial (Mini-exame- estado Mental, escala de depressão geriátrica e tomografia de crânio)RESULTADOS: 13 idosos tiveram rastreio cognitivo positivo para quadro demencial com uma média de idade de 65 anos , destes ao serem investigados detalhadamente para quadro demencial, 4(30,7%) pacientes apresentavam hipoacusia e por esta razão não conseguiram ter escores adequados na avaliação cognitiva e foram encaminhados para avaliação audiológica antes de seguirem avaliação neurológica cognitiva.CONCLUSÃO: São necessários outros estudos para avaliação de patologias tão prevalentes em idosos e principalmente para avaliarmos o real impacto físico e emocional da deficiência auditiva na cognição e estabelecermos com segurança o seu diagnóstico. Na avaliação cognitiva de idosos para demência não temos avalição otológica no exame físico nem tão pouco audiometria que seria o exame padrão-ouro para hipoacusia. DISCUSSÃO: Indivíduos com hipoacusia apresentam muitas vezes sintomas depressivos e dificuldade para se comunicar na sociedade o que precisa ser considerado ao se pensar em um diagnostico de comprometimento relacionado a síndrome demencial. A hipoacusia na idade adulta tem diversas conseqüências profissionais,sociais e emocionais nestes indivíduos e se não tratadas adequadamente podem simular um quadro neurológico semelhante a indivíduos com défict de memória, desorientação e mudança comportamental características comuns em pacientes em investigação inicial de quadro demencial. Não há um teste laboratorial inquestionável que identifique demência . O método de aproximação diagnóstica é feito por exclusão de outras condições possíveis. Estas condições incluem as demências tratáveis e as potencialmente reversíveis como depressão, hipotireoidismo, reação adversa a drogas, deficiências vitamínicas, hematoma sub-dural, hidrocefalia de pressão normal. O comprometimento dos órgãos do sentido pode perfeitamente ser o responsável por alterações de comportamento, orientação e precisa ser avaliado e ser pensado como possível diagnóstico diferencial nestas investigações . Apesar da alta prevalência entre idosos, a perda auditiva é um dos problemas não investigados durante o exame médico clínico neste grupo etário. A triagem audiológica  pode ser útil na sua identificação em atenção primária da saúde, uma vez que o seu início é insidioso e os pacientes,freqüentemente, não têm consciência de suas incapacidades cognitivas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-316

TÍTULO: HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LUCAS MOURA VIANA , LIZANDRA KELY DE SOUSA GUARITA, PATRÍCIA ARAÚJO ANDRADE, SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, ROBERTA LEMOS BEZERRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO: A histiocitose de células de Langerhans é um distúrbio proliferativo raro de etiologia desconhecida. Pode ser diagnosticada em qualquer idade, acometendo especialmente a faixa etária pediátrica, com uma incidência anual estimada em três a quatro casos por 1 000 000 crianças. As manifestações clínicas são variadas e decorrem da infiltração e da destruição dos tecidos e órgãos envolvidos pelas células em proliferação e pela ação de suas citocinas.  Trata-se de uma doença com possibilidade de recaídas e seqüelas, determinando morbidade importante em todos os grupos de pacientes.

RELATO DE CASO: Criança de três anos de idade, sexo masculino, foi levada ao serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Brasília, em abril de 2010, com história de otorréia à direita desde 1 ano e 6 meses de vida, tendo sido tratada como otite média crônica. Há seis meses passou a apresentar otorréia à esquerda e teve crescimento de tumoração endurecida em corpo da mandíbula à esquerda. Exame físico mostrou otoscopia normal à esquerda e pólipo em conduto auditivo externo à direita. Realizado raio x de crânio que mostrou lesões líticas em crânio e mandíbula à esquerda. Solicitada Tomografia computadorizada (TC) de crânio que evidenciou múltiplas lesões líticas na calota craniana, inespecífica, a maior no osso parietal esquerdo medindo 30mm no maior diâmetro. Realizadas ainda cintilografia óssea que mostrou lesões com discreto aumento de atividade osteoblástica na calota craniana, clívus, maxila e mandíbula, esta última, mais evidente à esquerda; nota-se ainda menor captação da epífise proximal do fêmur direito em relação às demais que se encontram com captação preservada, e ultrassonografia mostrou-se normal. A criança foi encamaminhada ao Hospital de Apoio para realização de tratamento quimioterápico conforme protocolo de tratamento para Histiocitose de Células de Langerhans recomendado pelo Primeiro Estudo Internacional.

RESULTADOS/DISCUSSÃO: As manifestações clínicas de histiocitose de células de Langerhans podem ser confundidas  com outras desordens mais comuns como otite média crônica supurativa e mastoidite aguda, refratérias à terapia.  Semelhante ao que aconteceu no nosso caso, o acometimento do ouvido foi o primeiro sinal da doença, relatado em 18 a 61% dos casos diagnosticados da doença. O crânio é frequentemente envolvido, sendo o osso temporal afetado isoladamente ou como parte de um envolvimento de vários sistemas em 61% dos pacientes. A tomografia computadorizada do osso temporal é útil para definir envolvimento ósseo e este é representado por lesões líticas com fronteiras bem definidas sem esclerose reativa. A fim de estabelecer inequivocadamente o diagnóstico de HCL, idealmente ambas as documentações pela microscopia eletrônica dos grânulos de Birbeck e antígenos de superfície CD1 de células afetadas deveriam estar presentes. Entretanto, de acordo com os critérios diagnósticos da Sociedade de Histiocitose, a positividade para ATPase,S100, e D-manoxidase além dos achados histopatológicos típicos são suficientes para o diagnóstico de HCL.  As modalidades terapêuticas incluem a radioterapia, cirurgia e quimioterapia, isoladamente ou em combinação. A quimioterapia pode ser o tratamento inicial na maioria dos casos ou adjuvante nas formas refratárias ou recorrentes, representando a principal forma de tratamento. O papel do otorrinolaringologista e do cirurgião de cabeça e pescoço é crucial para o diagnóstico e estadiamento da histiocitose de células de Langerhans, tendo em vista tratar-se de uma doença de acometimento multissistêmico com manifestações iniciais que mimetizam doenças comuns como otites e mastoidites.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-317

TÍTULO: HOLOPROSENCEFALIA ALOBAR COM ETMOCEFALIA ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES , SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, LUCAS MOURA VIANA, PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO, RAFAELA AQUINO FERNANDES LOPES, GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE, MÁRCIO NAKANISHI

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO: A holoprosencefalia (HPE) consiste em uma severa malformação do sistema nervoso central caracterizada pela ausência ou clivagem incompleta do prosencéfalo. A HPE alobar é a forma mais grave estando acompanhada de outras malformações craniofaciais específicas: anoftalmia, ciclopia, retardo metal grave, microcefalia, dentre outras. OBJETIVO: Relatar um caso raro de holoprosencefalia alobar acompanhado de etmocefalia e outras anomalias craniofaciais. RELATO DO CASO: Recém-nascido de parto cesariano, a termo, 40 semanas de idade gestacional, sexo feminino, pesando 2.450g, 43 cm de comprimento e perímetro cefálico de 26,5 cm. Apgar de 5 e 4 no primeiro e quinto minutos. Apresentava as seguintes alterações craniofaciais: microcefalia, microftalmia, microstomia e probóscide. Nascida de mãe de 27 anos, caucasiana, diarista, segundo grau completo, primigesta, quatro consultas pré-natais, sem patologias maternas durante o pré-natal. Houve diagnóstico presuntivo de holoprosencefalia alobar acompanhada de microcefalia e alterações craniofaciais através de ultrassonografia obstétrica e imagem de ressonância nuclear magnética fetal. Não houve progressão de sonda nasogástrica por fossa nasal única. A tomografia computadoriza (TC) de crânio revelou: presença de estreita faixa de tecido cerebral não segmentado circundando uma cavidade ventricular central única; ausência de fissura inter-hemisférica, da foice cerebral e do corpo caloso; ausência de terceiro ventrículo; fusão do tálamo com núcleos da base e ausência de sulcação cerebral (lisencefalia). TC de seios paranasais: atresia de cavidade nasal, com presença de esboço de placa óssea nasal e presença de probóscide; assoalho da órbita constituído pelo palato; severo hipotelorismo com fusão dos globos oculares posteriormente na linha média; e presença de colobomas bilaterais situados medialmente. Paciente foi admitido em unidade de terapia intensiva, mas evoluiu para óbito no 21º dia de vida devido à sepse por Klebsiella pneumonia multirresistente. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: A HPE alobar é uma malformações congênica severa e infreqüente. Apresenta três formas: alobar, semilobar e lobar. A primeira é a mais severa, com holosfério, monoventrículo, paquigiria, ausência de corpo caloso e fusão dos núcleos talâmicos. A presença dos globos oculares separados por uma probóscide caracteriza a etmocefalia. Possui uma etiologia heterogênea. Fatores ambientais, metabólicos e genéticos estão envolvidos. Um diagnóstico precoce implica no manejo adequado dos pacientes. Isso por ser realizado já no período pré-natal com a ultrassonografia e a IRM fetal. O diagnóstico durante a gravidez possibilita um melhor planejamento para o momento do parto, detecção de anormalidades associadas e permite a realização de exames citogenéticos pré-natais. O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, oferecendo suporte e melhorando a qualidade de vida. Contudo, nas formas mais severas a perspectiva de vida é baixa.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-318

TÍTULO: IMPLANTE COCLEAR NA SÍNDROME DE SUSAC

AUTOR(ES): JOEL LAVINSKY, FABIANA SCARTON, MICHELLE LAVINSKY WOLFF, LUIZ LAVINSKY

INSTITUIÇÃO: HCPA/UFRGS

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Susac (SS) é uma doença rara e potencialmente devastadora, consistindo na tríade de encefalopatia, defeitos visuais e perda auditiva, resultado de microangiopatia. A perda auditiva na SS é geralmente aguda, bilateral, assimétrica e neurosensorial. Afeta, principalmente, as baixas e médias freqüências com aspecto audiométrico semelhante ao da hidropsia endolinfática. Essa característica é resultado de microinfartos na região apical da cóclea. A perda auditiva pode ser a queixa inicial ou pode ocorrer posteriormente na evolução.  Além da perda auditiva o paciente pode apresentar zumbido, vertigem e náusea.

Existem diversos relatos de caso com pacientes com SS que fornecem pouca informação com relação à função coclear e vestibular. Recentemente, Roeser et al publicou um estudo que revisou as manifestações otológicas de 23 pacientes com SS e também descreveu um caso em que foi realizado implante coclear bilateral. Nesse estudo, 18 (82%) pacientes eram do sexo feminino e com idade média de 37 anos (20-69). Um total de 10 (45.5%) pacientes relatavam surdez flutuante, 13 (59%) zumbido,  12 (54.6%) vertigem e 10 (45.5%) apresentavam sintomas bilaterais.

RELATO DE CASO: N.S.A., 29 anos, masculino e analista de sistemas iniciou há 3 anos com quadro de cefaléia, sendo diagnosticado como enxaqueca. Entretanto, evoluiu com vômitos, perda de consciência e amnésia. Na semana seguinte, apresentou hipoacusia leve e plenitude aural.  Posteriormente, iniciou com alterações motoras e cofose. Dessa forma, foi diagnosticado com SS, sendo tratado com imunoglobulinas e plasmaférese, porém sem reversão da hipoacusia.  Permaneceu com tonturas, mas sem náuseas.

Os exames audiométricos demonstraram perda auditiva neurossensorial bilateral profunda. O paciente não atingiu percentual de inteligibilidade e com respostas limitadas nas freqüências de 250 a 1000Hz no teste com aparelhos auditivos. A avaliação vestibular vídeonistagmográfica demonstrou achados dentro dos limites da normalidade. Dessa forma, o paciente apresentou indicação para a realização do implante coclear.

Foi realizado implante coclear pela Técnica de Acesso Combinado (TAC) com ausência de intercorrências no trans e pós-operatorio. Em 6 meses, o paciente já falava ao telefone e apresentava boa discriminação sem a leitura oro-facial. Em menos de 1 ano, o paciente se encontrava com umbral de 30dB e IR de 100% em campo aberto. 

CONCLUSÕES:  O presente estudo descreve um caso (segundo caso descrito na literatura) com desfecho favorável após o implante coclear em paciente com SS que apresentava perda auditiva neurosensorial.   Em relação ao manejo da perda auditiva, o sucesso com o implante coclear está de acordo com Roeser et al, demonstrando que esse procedimento é promissor no tratamento da perda auditiva neurossensorial na SS.

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TRABALHO CLÍNICO

P-319

TÍTULO: IMPLANTE COCLEAR: EXPERIÊNCIA DE 18 MESES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

AUTOR(ES): DANIELLE GONÇALVES SEABRA PEIXOTO , MARIANA CARVALHO LEAL, RAQUEL COELHO DE ASSIS, DANILO NEGREIROS FREITAS, VICTOR GRANJEIRO DE MELO, LÍLIAN MUNIZ, CARLOS HENRIQUE DE PAIVA CHAVES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES

INTRODUÇÃO: Até a presente data o Brasil possui 14 centros credenciados para realização de Implante Coclear pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo seis deles no estado de São Paulo, um no Rio Grande do Sul, um no Rio Grande do Norte. No final de 2008 mais dois centros foram credenciados, nos estados de Brasília e Pernambuco.

OBJETIVO: Avaliar os procedimentos de Implante Coclear realizados no estado de Pernambuco de  novembro 2008 a maio de 2010.

METODOLOGIA: A área de estudo consistiu nas unidades prestadoras: Instituto de Medicina Integrada Professor Fernando Figueira (IMIP) e Hospital Agamenon Magalhães (HAM). A população estudada compreendeu 44 internações, cujo procedimento declarado foi o implante coclear (código da tabela de procedimentos hospitalares: 37.040.01-4), no período de dezembro de 2008 a maio de 2010. Os arquivos estão disponíveis no site do Departamento de Informática do SUS ? www.datasus.gov.br., necessitando, do software TABWIN 2.2 que funciona como tabulador genérico. Quanto aos dados referentes ao Hospital Agamenon Magalhães, estes foram colhidos através de busca a prontuários, já que as informações não estavam disponibilizadas no DATASUS.

RESULTADOS: Foram realizados em Pernambuco 41 implantes cocleares no período de novembro de 2008 a maio de 2010. Vinte e nove realizados no IMIP, hospital filantrópico conveniado ao SUS e 12 no HAM, hospital da rede própria Estadual. No estado de Pernambuco o grupo etário entre 1 e 4 anos foi o de maior representatividade. a maioria dos pacientes implantados era proveniente do grande Recife, no entanto, foram implantados pacientes de outros estados.

CONCLUSÃO: O estado de Pernambuco possui dois centros que realizam IC pelo SUS, sendo um deles credenciado pelo MS e outro que através de financiamento do próprio do Estado.

A faixa etária atualmente mais contemplada com este recurso são as crianças entre 1 e 4 anos. É importante que cada vez mais centros em diferentes áreas do Brasil possam ser credenciados para realização do IC uma garantindo ao paciente a assistência mais próxima ao local de residência.

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TRABALHO CLÍNICO

P-320

TÍTULO: IMPORTÂNCIA DAS EOAPD NO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM ZUMBIDO

AUTOR(ES): RENATA SOUZA CURI , HENRIQUE PENTEADO DE CAMARGO GOBBP, GUSTAVO LEITE LUCCA, LUCAS LUDWIG, DANIEL SOUZA CURI, MARCELO GIROTTI MERIGHE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL VERA CRUZ - CAMPINAS

O zumbido é uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de estimulação. Como instrumento para a avaliação dos fatores envolvidos com o mesmo, tem-se o estudo das Emissões Otoacústicas (EOA), permitindo a detecção de alterações cocleares sutis antes que sejam observadas na avaliação audiométrica tonal liminar.

OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é correlacionar avaliação audiométrica com pesquisa das emissões otoacústicas em pacientes com zumbido e verificar a validade do uso das EOA no protocolo de investigação de zumbido.

MATERIAL E MÉTODO: estudo retrospectivo, com levantamento do prontuário de 84 pacientes com queixa de zumbido submetidos à avaliação audiométrica e pesquisa das Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção (EOAPD).  De acordo com o resultado, foram divididos em grupos e, a seguir, correlacionados os achados com história e quadro clínico.

RESULTADOS: Dos 84 casos, 64 (76%) apresentaram avaliação audiométrica alterada e 20 (24%) exame normal. No estudo das EOAPD a ausência de resposta foi verificada em todos os pacientes (100%) com alteração na audiometria e em 14 (70%) pacientes com audiometria normal bilateralmente. Entre as frequências testadas nos pacientes com audiometria normal, ausência de resposta foi verificada principalmente em 6 e 8 KHz (36%), observando-se relação com quadro clínico (histórico sugestivo de presbiacusia) em 100% dos casos. Evidenciou-se também, relação da exposição a ruído com ausência de resposta nas frequências 4 e 6 KHz, verificada  em 75% dos casos com tal antecedente. Ausência de resposta na frequência 750 Hz não apresentou relação com quadro clínico e nem com antecedentes.

DISCUSSÃO: A ausência das EOAPD em 70% dos pacientes com audiometria normal bilateramente e queixa de zumbido corroboram com a literatura que descreve a ocorrência do primeiro estágio do zumbido na periferia. O fundamento das EOAPD, considerando a não-linearidade da orelha interna, é avaliar as células ciliadas com absoluta seletividade de frequências, dando uma idéia setorizada da vitalidade destas células, ao longo de toda a membrana basilar. Observamos também a importância na detecção de alterações cocleares sutis, bem como no monitoramento auditivo de indivíduos expostos a níveis elevados de pressão sonora. A baixa relação sinal/ruído para as frequências graves e o modo de transferência de energia pelo sistema da orelha média com menor amplificação para graves, tornando difícil a distinção entre as emissões e o ruído de fundo.

CONCLUSÃO: O estudo das EOAPD não teve validade na avaliação de pacientes com zumbido e exame audiométrico alterado.

A avaliação da frequência 750 Hz na EOAPD não teve utilidade.

O uso das EOAPD no protocolo de avaliação de zumbido em pacientes com audiometria normal foi útil na investigação etiológica e os resultados sugerem que tal avaliação pode ser usada para diagnóstico precoce de presbiacusia e de perda auditiva induzida por nível de pressão sonora (PAINPS).

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TRABALHO CLÍNICO

P-321

TÍTULO: INCIDÊNCIA DAS DOENÇAS LARÍNGEAS DA CAMPANHA NACIONAL DA VOZ EM 2 HOSPITAIS DE SÃO PAULO

AUTOR(ES): DENILSON STORCK FOMIN , CÉSAR AUGUSTO SIMÕES, CARLOS FILIPE TRINDADE, ALESSANDRA CRISTINA DOS SANTOS FORNARI, THAÍS MARIA PASTORELLI RODRIGUES, LEYLANNE FERNANDA CARNEIRO DE ROBERTIS, SANDRA MARIA PELA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO ? HOSPITAL-ESCOLA WLADIMIR ARRUDA / HOSPITAL MUNICIPAL MOYSÉS DEUSTCH

Introdução: Nos últimos anos, o diagnóstico das alterações laríngeas tem sido facilitado, principalmente pelo desenvolvimento de métodos de fácil execução técnica, como a laringoscopia indireta com fibra óptica e métodos práticos de avaliação auditivo-acústica da voz. Sabe-se, portanto, que as lesões que acometem o trato vocal, principalmente as pregas vocais, são comuns e produzem em sua maioria sinais e sintomas que podem caracterizar uma disfonia. A literatura cita que mais de 50% das pessoas com queixas vocal apresentam alterações benignas da mucosa das pregas vocais. Estima-se mundialmente que a cada ano, os ambulatórios de laringologia recebam acima de 50.000 pacientes com disfonia. Além disso, o Brasil apresenta uma das maiores incidências de câncer de laringe do mundo. Estes números têm motivado a Campanha Nacional da Voz desde 1999, tornando-se um auxílio no encaminhamento de pessoas para o cuidado da voz e prevenção de doenças laríngeas. Apesar disso, existem poucos trabalhos na literatura sobre a real incidência das principais alterações laríngeas encontradas durante a execução deste programa. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi descrever a incidência de doenças laríngeas em pacientes submetidos à triagem vocal. Forma de estudo: retrospectivo não-randomizado. Material e Método: Foram realizadas avaliações videolaringoscópica (nasofibroscópio flexível e/ou telelaringoscópio rígido), perceptivo-auditiva e acústica em 80 indivíduos com diversas queixas relacionadas à disfonia, atendidos na Campanha Nacional de Voz nos anos de 2009 e 2010, em um hospital-escola e um hospital municipal. Resultados: Do total da amostra, 60 (75%) dos indivíduos eram mulheres e 20 (25%) homens, entre 2 e 81 anos, com idade média de 43 anos. As alterações laríngeas encontradas foram: sinais de refluxo laríngeo-faríngeo (24%), alterações estruturais mínimas (17,5%), nódulo (6,5%), edema bilateral (5%) e edema de Reinke (4%), paresia e paralisia (4%), leucoplasia (2,5%), hiperemia difusa (1%), granuloma (1%), papiloma (1%) e laringomalácia (1%). Em 26 (32,5%) indivíduos não foram encontradas lesões sendo que destes, 3 (4%) apresentaram fenda glótica, 2 (2,5%) sinais de presbifonia com arqueamento de pregas vocais, 10 (12,5%) com alterações vocais e 11 (14%) sem alterações vocais. Conclusão: Através da análise dos resultados desta pesquisa, podemos concluir que a alteração laríngea mais freqüente foi o refluxo laríngeofaríngeo, seguido das alterações estruturais mínimas, o que corrobora com os achados de outros artigos relacionados à campanha. Os resultados deste estudo enfatizam a necessidade da realização da Campanha Nacional da Voz que visa divulgação das doenças, diagnóstico e encaminhamento aos centros especializados para tratamento das disfonias.

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TRABALHO CLÍNICO

P-322

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE NÓDULOS EM DISFONIA PEDIÁTRICA

AUTOR(ES): HELOISA NARDI KOERNER , RENATA VECENTIN BECKER, EVALDO MACEDO FILHO, GISELE MAIA SIQUEIRA, MARCOS MOCELLIN

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

INTRODUÇÃO: A etiologia da disfonia infantil pode variar desde afecções autolimitadas, como as laringites agudas virais, até lesões incapacitantes e com risco de vida, como os tumores e estenose laríngea em grau variado. O diagnóstico das disfonias na infância tem sido facilitado, nos últimos anos, pelo desenvolvimento de métodos diagnósticos de fácil execução técnica, como a laringoscopia indireta com fibra óptica.

OBJETIVO: Avaliar a incidência de nódulos vocais em pacientes pediátricos com queixa de disfonia.

METODOLOGIA: Análise de 382 prontuários de pacientes entre 16 dias de vida e 11 anos de idade, com queixas otorrinolaringológicas relacionadas patologias adenoamigdalianas e também sintomas de rinite.

RESULTADOS: Após análise de 382 prontuários obtiveram-se as seguintes porcentagens: 4,19% dos pacientes apresentavam nódulos vocais associados à queixa de disfonia; 5,50% possuíam nódulos vocais porém, sem queixa de disfonia; 2,88% não revelaram nódulos vocais e no entanto, relatavam disfonia e, por fim, 87,43% dos pacientes não demonstraram nódulos vocais e não possuíam queixa de disfonia.

CONCLUSÃO: Demonstrou-se que a maioria dos pacientes com queixas otorrinolaringológicas não apresentavam disfonia ou nódulo vocal que justificasse o quadro. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-323

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE SINTOMAS DE REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM PACIENTES COM RINOSSINUSITE CRÔNICA REFRATÁRIA AO TRATAMENTO CLÍNICO

AUTOR(ES): MARINA SERRATO COELHO FAGUNDES , EVALDO MACEDO, MILTON ROGÉRIO SPOLAOR, EDGAR SIRENA, PAULO ROMAN, MARCELA SCHMIDT B. DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR

INTRODUÇÃO: A rinossinusite crônica (RNSC) é uma patologia que apresenta alterações estruturais e histológicas. A associação entre RNSC e a doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) vem sido bastante debatida nos últimos anos. Para que esta relação seja comprovada é necessário que haja evidências de que pacientes com RNSC apresentem maior incidência de DRGE, de que a fisiopatologia de ambas as doenças explique a associação entre elas e de que o tratamento do DRGE cure ou melhore os sintomas de RNSC. Objetivos: avaliar a incidência de DRGE em pacientes portadores de RNSC e grau de melhora dos sintomas da doença nasosinusal após o tratamento com inibidores de bomba de prótons. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 30 pacientes com RNSC refratária ao tratamento clínico e/ou patologia polipóide da cavidade nasal com indicação de cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais. Foi aplicado um questionário para avaliação da sintomatologia e tratamento prévio para refluxo gastro-esofágico. Os dados foram submetidos à análise estatística por método do Qui-Quadrado ou teste exato de Fisher com significância de 5%. RESULTADOS: Associação entre RNSC e doença do RGE ocorreu em 40% dos pacientes. Dos pacientes portadores de RGE, 33% apresentaram melhora da sintomatologia da RNSC com medicações para tratamento da patologia gástrica. CONCLUSÃO: Ainda não é possível afirmar que o RGE seja um fator responsável pela RNSC, e este deve ser investigado como cofator ou fator desencadeante quando não houver outra etiologia evidente. Há, entretanto, mecanismos biológicos plausíveis para esta associação.

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TRABALHO CLÍNICO

P-324

TÍTULO: INFLUÊNCIA DA ADENOAMIGDALECTOMIA NO PERFIL ESPIROMÉTRICO EM CRIANÇAS

AUTOR(ES): TIAGO VASCONCELOS SOUZA , LORENA GANEM EL AWAR, SHIRLEY SHIZUE NAGATA PIGNATARI, DIEGO RODRIGO HERMANN, FÁBIO PIRES SANTOS, RAIMAR WEBER, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

INTRODUÇÃO: As tonsilas faríngea e palatinas normalmente aumentam durante a infância em resposta a diversos estímulos antigênicos, como infecções virais e bacterianas, alimentos, alérgenos e irritantes ambientais. Nas crianças, a hiperplasia desses tecidos linfóides freqüentemente resulta em obstrução das vias aéreas superiores e sinais e sintomas como respiração bucal, secreção nasal, alteração da fala com hiponasalidade, problemas otológicos, halitose e problemas pulmonares.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a função pulmonar de crianças com hiperplasia de tonsilas faríngea e palatinas e a influência da adenoamigdalectomia no perfil espirométrico nos momentos pré e pós operatório.

METODOLOGIA: Foram avaliadas, por meio de espirometria, 15 crianças (5-10 anos, ambos os sexos) com hiperplasia de tonsilas e com programação para realização de adenoamigdalectomia Na instituição (XXX). Os parâmetros da função respiratória foram avaliados antes e após a realização do procedimento cirúrgico de adenoamigdalectomia.

RESULTADOS: Os dados obtidos na prova de função pulmonar não mostraram alterações na função ventilatória, e não foi evidenciada nenhuma diferença estatisticamente significante entre os valores médios do perfil espirométrico nos momentos pré e pós-operatório de crianças com hiperplasia tonsilar.

CONCLUSÃO: A hiperplasia tonsilar não influencia na função ventilatória, e o procedimento cirúrgico (adenoamigdalectomia) não altera o perfil espirométrico de crianças com hiperplasia de tonsilas faríngea e palatinas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-325

TÍTULO: INFLUÊNCIA DA OTORRÉIA PÓS-OPERATÓRIA NOS RESULTADOS ANÁTOMO-FUNCIONAIS DE TIMPANOPLASTIAS UNDERLAY

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , RAÍSSA FELICI VARGAS, LUIS FRANCISCO OLIVEIRA, JOSÉ MARIA PINTO NETO, MARCELO FERNANDO BELLA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

Timpanoplastias se destinam à correção cirúrgica de perfurações na membrana timpânica. A ocorrência de otorréia no pós-operatório pode ocorrer devido a contaminação externa ou interna do sítio cirúrgico, podendo comprometer o resultado anátomo-funcional . As Principais ocorrências são: Persistência da perfuração da membrana timpânica, manuntenção ou piora da perda auditiva e mais raramente labirintite infecciosa.

 

OBJETIVOS

Avaliar a influência da otorréia no pós-operatórios nos resultados anátomo-funcionais de timpanoplastias underlay

 

MATERIAIS E MÉTODOS

Avaliação retrospectiva de 70 orelhas submetidas a timpanoplastia. Os seguintes itens foram avaliados: gap auditivo pós operatório, diferença entre os gap pré e pós-operatórios, pega do enxerto, tamanho da perfuração, via de ascesso e material utilizado no enxerto.

 

RESULTADOS

No período de fevereiro de 2008 a Janeiro de 2010 foram realizadas 70 timpanoplastias com a técnica underlay. Todos os pacientes foram operados após audiometrias pré-operatória e no mínimo 3 meses sem otorréia. 33% da amostra apresentou algum episódio de otorréia durante os cuidados pós-operatórios(PO) que demandaram tratamento com curativos otológico e antiobióticos tópicos e/ou sistêmicos.  Os pacientes foram avaliados em dois grupos: com e sem otorréia no PO. A média da diferença do gap pré-operatória e pós-operatório foi de 15 dB nos dois grupos. A média do gap audiométrico no PO foi de 6.87 e 6,78dB para os grupos com e sem otorréia respectivamente. Avaliação estatística sem significância para as duas variáveis. Não houve associação entre a presença de otorreia e as seguintes variáveis  pega do enxerto, tamanho da perfuração e via de ascesso. Com relação ao tipo de material de enxerto os pacientes operados com cartilagem auricular apresentaram mais otorréia (p=0,016).

 

DISCUSSÃO

A cirurgia otológica demanda um rigor asséptico devido manipulação de estruturas nobre e delicadas. As infecções podem afetar o resultado. A otorréia pode ocorrer até mesmo em mãos experientes e deve ser prontamente avaliada e tratada. Em nosso serviço os pacientes nessa condição fazem curativos otológicos minimamente duas vezes por semanas e são tratados com antibióticos tópicos e/ou sistêmicos conforme a gravidade do caso. Em nossa amostra a presença da otorréia não afetou os resultados funcionais, já que o gap pós operatório e incremento do gap no PO foram semelhantes em pacientes com e sem otorréia. Quanto ao resultado anatômico o único fator associado com a otorréia no PO foi o uso de enxertos com cartilagem. Esse fato provavelmente ocorre devido a vascularização mais pobre da cartilagem que confere uma cicatrização mais demorada.

 

CONCLUSÃO

A ocorrência de otorréia no pós-operatório de timpanoplastias deve ser evitado. As conseqüências anátomo-funcionais serão minimizadas quando instituído tratamento rigoroso e efetivo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-326

TÍTULO: LABIRINTITE OSSIFICANTE

AUTOR(ES): ELIONES DANTAS PINTO DO AMARAL , HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA, CAIO ATHAYDE NEVES, OSWALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO:

A labririntite ossificante (LO) consiste na ossificação do labirinto membranoso, principalmente a escala timpânica do giro basal da cóclea, conseqüente, a um processo infeccioso, conhecido como labirintite supurativa. Pode ser decorrente de inúmeras patologias, senda a principal a meningite bacteriana. Outras causas são tumores, otosclerose avançada, doenças auto-imune, fratura de osso temporal e hemorragia da orelha interna(OI). Quando proveniente de um processo infeccioso esta pode ocorrer por três vias: meningogênica, timpanogênica e hematogênica. Acredita-se que a forma que mais cursa com LO seja a meningogênica, através da disseminação para OI via espaço subaracnóide, aqueduto coclear e meato acústico interno. Pela via timpanogênica o processo infeccioso se propaga via janela oval, preferencialmente, e janela redonda. Já pela via hematogência a infecção geralmente ocorre no período intra-uterino pelos vírus do sarampo e caxumba. A labirintite ossificante possui três estágios: aguda, onde há uma invasão de bactérias e leucócitos no labirinto membranoso, posteriormente uma fase de reparação , onde a presença dos fibroblastos e por último uma fase de ossificação.

Clinicamente caracteriza-se por um quadro de perda auditiva neurossensorial profundo e irreversível acompanhada ou não de sintomas vestibulares. Quando causada pela meningite, cerca de 5-7% dos pacientes irão desenvolver seqüela auditiva e na maioria das vezes o acometimento é bilateral. O diagnóstico é feito baseado na suspeita clínica e dos exames complementares tendo grande importância o diagnóstico por imagem. Na tomografia computadorizada observa-se esclerose, irregularidade ou obliteração da cóclea, vestíbulo e canais semi-circulares, alguns advogam que a ressonância nuclear magnética também seria de grande valia para o diagnóstico da LO, pois permite um excelente visualização do labirinto membranoso, saco endolinfático, nervos facial, coclear e vestibular, além do sistema nervoso central. Essa avaliação é de suma importância em pacientes candidato a cirurgia de implante coclear.

OBJETIVO: Relatar um caso de Labirintite Ossificante

METODOLOGIA: Revisão de artigos dos últimos 5 anos

CONCLUSÃO: Relatamos um caso de Labirintite Ossificante de provável origem timpanogênica, de acometimento unilateral e anacusia. A LO é uma patologia que causa a destruição do labirirnto membranoso e o seu diagnóstico é clínico e imagenológico. O estudo por imagem é importante principalmente nos candidatos a implante coclear.

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TRABALHO CLÍNICO

P-327

TÍTULO: LABIRINTITES E SUA REPERCUSSÃO AUDITIVA

AUTOR(ES): ANDRÉ SOUZA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO , NORMA DE OLIVEIRA PENIDO, VALERIA ROMERO GODOFREDO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO- ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

INTRODUÇÃO: O advento dos antibióticos e das imunizações no decorrer do século passado propiciou um declínio considerável na incidência das complicações das otites médias agudas (OMA) e crônicas (OMC). Entretanto as complicações ainda ocorrem, com altas taxas de morbidade e mortalidade e representam, ainda hoje, um desafio tanto no diagnóstico quanto na terapêutica destes pacientes, sobretudo em países em desenvolvimento.Dentre as complicações, especial atenção merecem as labirintites. Em um estudo  com 50 pacientes diagnosticados com complicações de otites, Leskinen et al identificaram a labirintite como sendo a complicação mais incapacitante, sendo que todos os pacientes identificados com tal lesão evoluíram com perda profunda da audição ou surdez. Pouco se sabe a respeito da real incidência das labirintites, tal fato se deve tanto a escassez de estudos na literatura a respeito do assunto como da dificuldade em se diagnosticar a lesão labiríntica devido a impossibilidade de se biopsiar o tecido da orelha interna sem causar dano a mesma. Observa-se na prática diária do otorrinolaringologista que muitas vezes casos de otite média crônica que evoluem com perda auditiva neurossensorial ou mista, são na realidade labirintites concomitantes que não são diagnosticadas devido à escassez de sintomas clínicos ou por desconhecimento desta lesão e consequentemente não suspeição da mesma.

OBJETIVO: Estudar dificuldades diagnósticas nos casos de labirintite através da análise dos aspectos epidemiológicos bem como o prognóstico da doença e sua conseqüente repercussão na audição.

METODOLOGIA: Estudo de coorte retrospectivo. Avaliados os prontuários dos pacientes  diagnosticados com labirintite, do Ambulatório de Otologia de nossa instituição no período de 1987 a 2010.

RESULTADOS: Foram identificados onze pacientes diagnosticados com labirintite secundária à otite média, sendo 6 (55%) do sexo feminino e 5 (45%) do sexo masculino. A faixa etária média foi de 35 anos, variando de 9 a 59 anos. Todos os pacientes apresentavam um quadro de infecção otológica sendo que 55% (n= 6) evoluíram para anacusia e 45% (n=5) para perda auditiva mista, variando de moderada a profunda intensidade. O diagnóstico otológico foi de otite média crônica colesteatomatosa em 6 (55%) pacientes, otite média aguda em 3 (27%) e otite média crônica não colesteatomatosa em 2 (18%) pacientes. As complicações associadas à labirintite foram em ordem de frequência: meningite 5 (45%) pacientes, paralisia facial periférica e fístula labiríntica 4 (36%) casos cada uma, mastoidite e ossificação coclear 3 (27%) casos cada, abscesso cerebelar 2 (18%) pacientes e abscesso temporal 1 (9%) paciente. Evoluíram para anacusia 55% dos pacientes e 45% progrediram para perda auditiva mista de moderada a profunda intensidade. Houve um óbito no presente estudo (caso 7).

CONCLUSÃO: A labirintite ainda é uma doença presente na prática diária do otorrinolaringologista e cursa quase sempre com repercussões catastróficas e irreversíveis para audição. Importante atentar para outras possíveis complicações associadas pois elas frequentemente estão presentes, especialmente as meningites. Identificar a doença e instituir tratamento precocemente é crucial para evitar a progressão da deterioração da audição, porém isto nem sempre é factível.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-328

TÍTULO: LARINGECTOMIA NEAR-TOTAL E REABILITAÇÃO DA FALA DE PACIENTE NA PARAÍBA

AUTOR(ES): ANA CAROLINA DE MATTOS MORAIS CAMELO , THAÍS DE CARVALHO PONTES, ANGÉLICA RAMOS LIRA, RIVUS ARRUDA FERREIRA, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: O tratamento adequado para o carcinoma glótico é debatido desde a década de 1970. A reabilitação da voz é uma preocupação primordial em pacientes com câncer avançado da laringe. O uso de válvulas traqueoesofágicas é uma alternativa de restauração da voz após laringectomia total, porém com custo e seguimento desfavoráveis.

A Laringectomia NEAR-TOTAL é uma alternativa no tratamento de pacientes com carcinomas de laringe T3 e T4, que contorna a condição afônica enfrentada após a laringectomia total, relacionada com um profundo efeito psicológico e debilitante sobre a psique humana. Consiste na formação de uma derivação entre a extremidade superior da traquéia e a hipofaringe, usando músculo e membrana mucosa preservadas a partir de partes não afetadas do laringe. Durante a fonação, o paciente oclui o estoma da traquéia com o dedo, forçando o ar através das vias aéreas normais. Esta fala pulmonar é qualitativamente superior à fala esofágica.

A cartilagem tireóidea inteira deve ser removida para um melhor controle oncológico. A cartilagem aritenóide pode ser preservada, assim como remanescentes das cordas vocais e vestibulares e da inervação. Com isso, cria-se uma neolaringe, que permite a contração muscular adequada para a fonação e a deglutição.

 

OBJETIVO: Descrever um caso de Laringectomia NEAR-TOTAL e sua reabilitação da fala, na Paraíba.

Método: Revisão retrospectiva da reabilitação da voz em paciente submetido a Laringectomia NEAR-TOTAL.

 

RESULTADO: Paciente F. B. C. de 63 anos, masculino, chegou ao Hospital do Câncer Napoleão Laureano há 12 anos, com um nódulo na laringe, visualizado na laringoscopia. A biópsia de cinco diminutos fragmentos diagnosticou um Carcinoma Epidermóide Bem Diferenciado Ulcerado.

Foi realizada a Laringectomia NEAR-TOTAL, com esvaziamento cervical bilateral e envio material medindo 7,0x4,5x3,2cm para exame anatomopatológico, que confirmou o Carcinoma Epidermóide, com margens cirúrgicas livres de neoplasia.

A reabilitação da fala do paciente incluiu a terapia fonoaudióloga e sucessivas ressecções laringoscópicas de granulomas que se formavam sobre a região previamente operada.

A cirurgia laringoscópica para ressecção dos granulomas envolveu assepsia e anti-sepsia, colocação do Laringoscópio de Chevaliev-Jackson e do suspensor de Lynch, visualização do granuloma e de fio em óstio faringo-traqueal, ressecção do granuloma e do fio, revisão da Hemostasia e, por fim, a retirada do Laringoscópio.

O paciente foi acompanhado pela equipe fonoaudióloga do hospital, fazendo avaliação a cada operação, com cinesioterapia respiratória, revelando expressiva recuperação da voz.

CONCLUSÃO: A Laringectomia NEAR-TOTAL mostrou-se eficaz na reabilitação da voz do paciente. A cinesioterapia respiratória é baseada em exercícios respiratórios e estratégias que podem aumentar o controle ventilatório e a eficiência de contração dos músculos respiratórios, tendo sido empregada com sucesso na reabilitação da fala do paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-329

TÍTULO: LARINGECTOMIA SUBTOTAL SUPRA-CRICÓIDE COM CRICOHIOIDOEPIGLOTOPEXIA (CHEP)

AUTOR(ES): ANA LÍLIAN DE AGUIAR , ANA CAROLINA DE MATTOS MORAIS CAMELO, DOUGLAS HENRIQUE SANTIAGO DE OLIVEIRA, JÚLIA GUEDES CARDOSO BISNETA, ADEMAR BENEVOLO MARINHO, VÍVIAN LISBOA DE LUCENA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

INTRODUÇÃO: O câncer de laringe representa 1 a 2% dos tumores malignos no mundo. Associado ao tabagismo, etilismo, exposição profissional, agentes químicos e história familiar, geralmente acomete homens entre 50 e 60 anos. A cirurgia indicada é a laringectomia parcial, total ou subtotal³. O tratamento primário é baseado na extensão da doença, na experiência e formação médica e nas preferências geográficas¹. A laringectomia parcial supracricóide com cricohioidopexia pode proporcionar uma boa alternativa cirúrgica para as laringectomias parcial e total convencionais nos cânceres glótico e supraglótico4. A reconstrução da laringe pode ser realizada com a cricohioidopexia (CHP), com aproximação da cartilagem cricóide ao osso hióide ou com a cricohioidoepiglotopexia (CHEP). Esta abordagem permite a ressecção de tumores glóticos, associada à exérese do espaço paraglótico, quando se incluem ambas as cordas vocais e toda a cartilagem tireóide na peça operatória. A reconstrução da via aérea é feita com a elevação e fixação da cartilagem cricóide na epiglote e no osso hióide. Assim, é possível retirar a traqueostomia e manter a voz, rouca, porém perfeitamente inteligível. É possível a ressecção de uma das aritenóides para segurança oncológica em lesões glóticas mais extensas². Apesar destas cirurgias ainda serem pouco descritas na literatura quanto aos aspectos funcionais, com a fonoterapia observa-se possibilidade de adequação da deglutição com retomada da alimentação via oral e de melhora no padrão vocal³.

OBJETIVO: Relatar e discutir um caso de laringectomia subtotal supra-cricóide com CHEP devido à carcinoma epidermóide diagnosticado e tratado no setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano.

METODOLOGIA: Avaliação da história clínica e cirúrgica de paciente com diagnóstico de carcinoma epidermóide, com revisão retrospectiva de seu prontuário.

RELATO DO CASO: A.C.F., 68 anos, masculino, advogado, casado, natural e procedente de João Pessoa-PB, tabagista e alcoolista, procurou o HNL há 6 anos com queixa de rouquidão contínua havia 6 meses. Não apresentou alterações orofaciais nem cervicais. Laringoscopia com lesão vegetante e leucoplásica em prega vocal esquerda. Submetido à ressecção da lesão que comprometia os 2/3 anteriores da prega vocal esquerda e comissura anterior. Ao histopatológico, carcinoma epidermóide in situ papilífero em cordas vocais, principalmente a esquerda, medindo cerca de 1 cm com limites cirúrgicos livres, com espessamento da corda vocal direita. Foi submetido à laringectomia subtotal supra-cricóide com CHEP com preservação das aritenóides há cinco anos. Segue em acompanhamento ambulatorial, sem recidiva da lesão, e fonoaudiológico, evoluindo sem disfagia, com boa qualidade vocal.

CONCLUSÃO: Os resultados obtidos com a CHEP no caso relatado foram compatíveis com a literatura com relação à evolução funcional mostrando que esta técnica possibilita uma boa reabilitação. O paciente evolui sem recidiva da lesão e, com a fonoterapia, sem disfagia e com melhora da qualidade vocal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-330

TÍTULO: LARINGECTOMIA TOTAL E RECONSTRUÇÃO COM GRAMPEADOR LINEAR NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE LARINGE ? RELATO DO PRIMEIRO CASO NO ESTADO DA PARAÍBA

AUTOR(ES): ANDREA LINS TAVARES BEZERRA , KARLA FALCÃO DOS SANTOS, LÍVIA MONTEIRO LYRA, LUIZ VIEIRA GOMES SEGUNDO, ORLANDO DOMINGUES DE ARAÚJO PONTES, TIAGO NUNES DE ARAÚJO, KLÉCIUS LEITE FERNANDES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

INTRODUÇÃO: O câncer de laringe representa aproximadamente 25% dos tumores malignos que acometem a região da cabeça e pescoço, sendo o carcinoma espinocelular  (CEC) o tipo mais comum. O uso do grampeador linear em laringectomia total diminui a contaminação do campo cirúrgico por secreções da boca e faringe, permitindo um procedimento oncologicamente adequado e com redução do tempo cirúrgico.

OBJETIVOS E METODOLOGIA: Relatar o primeiro caso de uso do grampeador em laringectomia total por carcinoma espinocelular na Paraíba. Utilizaram-se informações do prontuário médico, da equipe multidisciplinar e dos resultados dos exames complementares.

RESULTADOS: MFSF, feminino, parda, 56 anos, casada, do lar, proveniente da cidade de Patos (PB), relata disfonia há doze meses. Foi admitida no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa (PB), no dia 24 de novembro de 2009. A paciente negou hipertensão, diabetes e no interrogatório sistemático não houve nada digno de nota. Foi realizada laringoscopia, constatando paralisia hemilaríngea direita e localização de tumor de 0,8cm em região endoglótica direita. A biópsia confirmou o processo neoplásico, o tipo histológico (CEC) e estadiamento da lesão: T3N0M0. A paciente foi submetida a laringectomia total com fechamento mecânico por grampeador linear Tx 60 mm. Após esqueletização da laringe, foi introduzido, via orifício na traquéia, um gancho para pinçar e tracionar a epiglote. Foi feito esvaziamento cervical bilateral nos níveis II, III e IV e confecção de traqueostomia definitiva. Não foi evidenciado comprometimento neoplásico dos linfonodos esvaziados, nem infiltração angiolinfática. Verificou-se invasão neoplásica perineural, de pregas vocais verdadeira e falsa à direita e da cartilagem aritenóide. No pós-operatório, a nutrição se deu por SNE por 21 dias, quando foi realizado o desmame e iniciada alimentação por via oral. A paciente foi encaminhada a fonoterapia e ao serviço de radioterapia. 

CONCLUSÃO: O Câncer de laringe apresenta boa possibilidade de cura se o diagnostico é precoce.  Os benefícios do uso do grampeador são: desmame de SNE precoce, redução do tempo cirúrgico, diminuição da contaminação do campo cirúrgico, não interferência na reabilitação vocal e na realização de radioterapia. As desvantagens são: incapacidade de visualização de margens e a sua eventual remoção, em caso de recidiva, para estudo histopatológico. Assim, a laringoscopia está indicada e, caso haja ultrapassagem do tumor dos limites da endolaringe, a técnica não é utilizada. O caso em questão apresenta-se em estadio III, que requer laringectomia total em campo alargado com radioterapia complementar. É necessária reabilitação enfocada na respiração, deglutição e comunicação oral. A sobrevida do paciente após cinco anos do pós-operatório e tratamento radioterápico é 50%. Ainda há poucos estudos sobre a utilização dessa técnica, sendo este trabalho pioneiro no relato do uso desse método no estado da Paraíba (PB).

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-331

TÍTULO: LARINGOCELE INFECTADA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MATHEUS DE SOUZA CAMPOS , ODAIR APARECIDO ADELINO JÚNIOR, MARCO AURÉLIO TOMIYOSHI ASATO, RODRIGO LACERDA NOGUEIRA, DANIEL SALGADO KUPPER, NOBILE COSMOS MALAGO, DENISE BARREIRO COSTA

INSTITUIÇÃO: HCFMRP-USP

INTRODUÇÃO

Laringoceles são dilatações do sáculo do Ventrículo de Morgagni que contém ar em seu interior e se comunicam com a luz laríngea.

Sáculo laríngeo é uma estrutura que se origina na porção anterior do Ventrículo de Morgagni e se  estende superiormente pelo espaço paralaríngeo tendo como limite medial a prega vestibular e lateralmente a cartilagem tireoidea.

RELATO DE CASO

Paciente do sexo masculino, 42 anos com queixa de abaulamento cervical à direita progressivo há 4 dias e há 2 dias iniciou dor local, disfonia e discreta dispnéia.

Como antecedentes pessoais relata tabagismo de 1 maço de cigarros por dia há 22 anos. Nega etilismo, patologias laríngea ou cervical e disfonia prévias.

O exame físico revelou abaulamento cervical de consistência cística em região lateral direita, apresentando-se disfônico e discretamente dispneico.

A videolaringoscopia evidenciou lesão expansiva em hemilaringe direita, impedindo visualização de prega vocal ipsilateral e prega vocal esquerda móvel.

Solicitada TC cervical que evidenciou massa de aspecto cístico de 5,0 x 5,0, 3,5 cm de diâmetro, conteúdo homogêneo, nível hidroaéreo e opacificação capsular periférica pós contraste compatível com laringocele infectada.

Paciente foi então submetido à punção de abaulamento cervical com saída de grande quantidade de secreção purulenta, sendo necessárias várias punções até esvaziamento completo da lesão.

Paciente evoluiu com melhora clínica imediata após término do procedimento.

DISCUSSÃO

As laringoceles têm maior incidência em homens em uma proporção de 5:1 em relação às mulheres.

Apresenta etiologia controversa envolvendo tanto fatores congênitos (laringoceles em neonatos) quanto fatores adquiridos (tabagismo, tumores laringofaríngeos, instrumentos de sopro).

Podem ser classificadas em internas (expansão medial), externas (expansão lateral) e mistas.

Sua apresentação clínica depende do sentido que a laringocele assume em sua expansão podendo apresentar desde disfonia, sensação de corpo estranho, obstrução de vias aéreas (internas) até abaulamento cervical (laterais).

O diagnóstico diferencial envolve cisto branquial, linfadenopatia, abscessos cervicais e cistos saculares.

O tratamento depende do tamanho e da repercussão da doença podendo haver só seguimento até necessidade de excisão cirúrgica.

Como possíveis complicações das laringoceles podem acontecer infecção (piocele), pneumonias (aspiração patógenos), infecção de espaço lateral faríngeo, obstrução aguda

de vias aéreas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A laringocele é uma afecção pouco comum, geralmente oligossintomática, porém com potencial de cursar com complicações como laringopiocele e insuficiência respira-

tória aguda. O diagnóstico precoce e manejo adequado podem evitar maiores danos ao paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-332

TÍTULO: LARINGOPIOCELE

AUTOR(ES): WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI , LILIANE SATOMI IKARI, FELIPE ALMEIDA MENDES, ANA CAROLINA PARSEKIAN ARENAS, LUCAS DE AZEREDO ZAMBON, FLÁVIO AKIRA SAKAE, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: Laringocele é uma lesão benigna preenchida por ar, resultante de uma dilatação ou herniação do  sáculo do ventrículo de Morgagni da laringe , localizada entre a cartilagem tireóide e a banda ventricular . Classificam-se em internas, externas e mistas. As internas localizam-se medialmente à cartilagem tireóidea, causando sintomas obstrutivos da via aérea e disfonia . As externas estendem-se através da membrana tireóidea causando o surgimento de massas cervicais.  As mistas ocupam as duas regiões podendo causar sintomatologia de ambas .

Laringopiocele é uma complicação da Laringocele, a qual encontra-se obstruída,   preenchida por conteúdo mucopurulento infectado . É  extremamente rara e associa-se a carcinoma escamoso e carcinoma supraglótico de laringe .

OBJETIVO: Relatar um caso de laringopiocele.

RELATO DO CASO: EJC, 56 anos, motorista com  queixa de  disfonia, febre associada a odinofagia,  há 2 dias com dor a palpação de região cervical anterior esquerda, hipertermia e edema local . Oroscopia: sem lesões. Antecedentes pessoais: procedimento dentário há 10 dias e tabagismo. Laringoscopia indireta: protusão de região supraglótica esquerda abaulando medialmente a banda ventricular  associada a paralisia de prega vocal ipsilateral. TC de pescoço: abaulamento em prega vocal  e  região de banda ventricular com aparente coleção purulenta em região supraglótica até infraglótica à esquerda. DISCUSSÃO: Na etiologia e  patogênese da Laringocele há sinais de fatores tanto congênitos, quanto adquiridos que estimulam ou inciam esta desordem . Dentre estes fatores o mais importante é a presença da dilatação do sáculo. Outra explicação é o mecanismo pseudo válvula irá formar a laringocele.   Laringoceles são encontradas mais comumente em homens numa relação de 5:1, na quinta ou sexta década de vida, como no caso relatado.

O ultrassom  é geralmente usado na abordagem inicial dos abaulamentos cervicais, com objetivo de diferenciar a natureza da lesão,  seu conteúdo e localização. A TC é um exame confiável e útil para diferenciação de patologias como  laringocele, laringopiocele, lipoma, condroma laríngeo, paraganglioma, higroma cístico, cisto branquial. A extensão, o tipo,  conteúdo, associação com carcinoma, grau de obstrução de via aérea e diagnósticos diferenciais entre esta e outras neoformações podem ser determinadas por este método diagnóstico.

Neste caso optamos por realizar laringoscopia indireta pela manifestação disfônica do paciente. Encontramos um abaulamento associado  a paralisia de prega vocal, nos fazendo pensar como primeira hipótese uma doença maligna. A TC foi solicitada para avaliar uma possível extensão desse abaulamento, com características de expansão intra  e extra laríngea, do Ventrículo de Morgani  e preenchida por conteúdo de densidade de partes moles.

A abordagem terapêutica deve ser a drenagem do material para avaliação do antibiograma, antibióticoterapia e corticoterapia com posterior cirurgia definitiva. Apesar da cirurgia ter sido indicada, o paciente não concordou com a realização da mesma, optando pela atibióticoterapia como tratamento, evoluindo bem.

CONCLUSÃO: É fundamental a combinação do exame de laringoscopia indireta e exame tomográfico para diagnóstico diferencial dos abaulamentos glóticos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-333

TÍTULO: LARINGOPLASTIA COM BALÃO EM CRIANÇAS COM ESTENOSE SUBGLÓTICA: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO

AUTOR(ES): CLÁUDIA SCHWEIGER , DENISE MANICA, MARIANA MAGNUS SMITH, GABRIEL KUHL, PAULO JOSÉ CAUDURO MAROSTICA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: O manejo da estenose subglótica (ESG)  em crianças continua sendo um desafio para os otorrinolaringologistas, e várias técnicas cirúrgicas abertas e endoscópicas já foram relatadas. A laringoplastia com balão (LPB) consiste num procedimento endoscópico descrito inicialmente em 1984, para tratamento de estenoses da via aérea alta, apresentando várias vantagens em relação a outras técnicas cirúrgicas e com resultados promissores. OBJETIVO: Apresentar a experiência do Serviço de Otorrinolaringologia com a realização de LPB em pacientes pediátricos com ESG. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram incluídos no estudo pacientes pediátricos com diagnóstico de ESG pós-extubação em evolução (ainda com tecido de granulação). Realizou-se laringoscopia direta sob anestesia geral e dilatação do segmento estenótico com cateter de angioplastia. Os pacientes foram acompanhados e nova laringoscopia direta foi realizada uma semana após o procedimento inicial. RESULTADOS: Foram incluídas no estudo 6 crianças no período de  junho de 2009 a julho de 2010. Destas, 3 apresentavam ESG Grau 3, 2 apresentavam ESG Grau 2 e uma, ESG Grau 1. Na laringoscopia direta de revisão, 7 dias após a dilatação, apenas uma apresentava ESG residual assintomática (Grau 1), sendo que as outras cinco apresentavam via aérea normal e estavam assintomáticas. CONCLUSÃO: A LPB parece ser um tratamento efetivo para ESG em evolução. São necessários mais estudos para analisarmos o papel específico deste procedimento.

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TRABALHO CLÍNICO

P-334

TÍTULO: LARINGOTRAQUEOPLASTIA E RESSECÇÃO CRICOTRAQUEAL EM ÚNICO ESTÁGIO PARA TRATAMENTO DE ESTENOSE SUBGLÓTICA E TRAQUEAL EM CRIANÇAS: EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO

AUTOR(ES): DENISE MANICA , CLÁUDIA SCHWEIGER, CAMILA DEGEN MEOTTI, LARISSA VALENCY ENÉAS, MARIANA MAGNUS SMITH, GABRIEL KUHL

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: Nas últimas três décadas, a reconstrução da via aérea tornou-se o tratamento de escolha para estenose subglótica (ESG) na criança, realizada em único ou em múltiplos estágios. Parece haver indícios na literatura de que a cirurgia em um só tempo é mais efetiva do que a realizada em dois tempos.

OBJETIVO: Avaliar o índice de sucesso da LTP e RCT em único estágio nos pacientes tratados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo através da revisão dos prontuários de pacientes submetidos à reconstrução laringotraqueal no período de junho de 2005 a novembro de 2009. 

RESULTADOS: Incluídos 24 pacientes, com idades entre 2 meses e 17 anos. As causas da estenose foram intubação endotraqueal em 22 pacientes (91,6%) e estenose congênita em 2 pacientes (8,3%). Dos pacientes que tiveram como causa a intubação endotraqueal, a média de dias de intubação foi de 11,7. No diagnóstico pré-operatório, a estenose encontrada foi a seguinte: ESG grau 4 em 1 paciente (4%),  ESG grau 3 em 16 (66,6%), ESG grau 2 em 4 (16,6%), ESG grau 3 associada com glótica em 1 (4%), ESG grau 3 associada com traqueal em 1 (4%). Foram realizadas 26 LTP (21 primárias e 5 reintervenções) e 3 RCT. O índice de decanulação foi de 66% nos pacientes submetidos à RCT e de 85,7% nos pacientes submetidos à LTP, sendo o índice total de decanulação de 83,3%. Todos os pacientes apresentaram febre persistente no pós-operatório que cessou após a extubação. A causa da febre foi elucidada somente em 3 casos: 2 pacientes com pneumonia e 1 com choque séptico.

DISCUSSÃO: No presente estudo, descrevemos os resultados cirúrgicos do nosso serviço, onde foram utilizadas as técnicas de LTP e RCT em único estágio. Relatos de alguns centros têm mostrado séries de LTP em único estágio com taxas de decanulação variando de 84% a 96%. Nos casos de RCT, as taxas de decanulação variam de 91% a 95%. Em nossa série, o índice de decanulação geral foi de 83,3%. Quando analisados separadamente, os pacientes submetidos à RCT apresentaram taxa de decanulação de 66%. Provavelmente essa taxa mais baixa do que a relatada na literatura deva-se ao pequeno número de pacientes submetidos a RCT na nossa série. Quando analisada apenas a LTP, a taxa de decanulação foi de 85,7%, compatível com a relatada por outros autores. Quanto a febre, Schraff et AL mostraram que 59% dos casos de LTP em único estágio apresentaram febre no pós-operatório, que foi significativa (com culturais positivos) em apenas um terço. Na nossa série, 100% dos pacientes apresentaram febre. A necessidade de investigação e tratamento da febre nesse pós-operatório ainda não foi estabelecida.

CONCLUSÃO: Apresentamos nossa série de 24 crianças com estenose laringotraqueal submetidas à reconstrução da via aérea em um estágio. Nosso índice de decanulação total foi de 83,3%. Necessitamos mais estudos para determinar as causas das falhas terapêuticas e para aperfeiçoamento do manejo pós-operatório dessas crianças.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-335

TÍTULO: LARINGOTRAQUEOPLASTIA EM NEONATO PREMATURO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DENISE MANICA , CLÁUDIA SCHWEIGER, DANIELA BRUNELLI E SILVA, MARIANA MAGNUS SMITH, GABRIEL KUHL

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: A estenose subglótica (ESG) pós-intubação em crianças passou a ser descrita mais frequentemente a partir dos anos 70, quando os avanços em unidade de terapia intensiva neonatal permitiram a sobrevida cada vez maior de recém-nascidos submetidos a intubação endotraqueal (IET). Existem várias opções terapêuticas para a ESG, mas o seu manejo em neonatos ainda é controverso.

RELATO DO CASO: Paciente com idade gestacional de 29 semanas e peso de nascimento de 1035g necessitou de IET durante 3 dias por disfunção respiratória após o nascimento. Com 22 dias de vida, foi novamente intubada por 10 dias devido a apnéias. Após 8 dias da extubação, foi solicitada avaliação otorrinolaringológica por apresentar sinais de obstrução de via aérea alta. Foi então realizada laringoscopia direta (LD), com identificação de ESG grau 2 (Myer-Cotton). Foi optado por laringotraqueoplastia (LTP). Na cirurgia, com 1 mês e 16 dias de vida e peso de 1670g, foi interposto enxerto de cartilagem costal em parede posterior e anterior de laringe, na área estenosada. Permaneceu intubada e no sétimo dia pós-operatório, foi realizada LD. Observou-se pequeno granuloma anterior não obstrutivo, enxertos interpostos in situ e boa luz glótica e subglótica. Foi então extubada com boa evolução. Foram realizadas LD de revisão com 1 e 3 meses de pós-operatório, com boa luz subglótica.

DISCUSSÃO: O manejo da ESG em neonatos é ainda bastante controverso, sendo poucos os relatos na literatura sobre cirurgia realizada em recém-nascidos e lactentes. Agrawal et al relatam a realização de LTP em 37 crianças de 3 a 66 meses de vida. Os autores não relatam o peso médio das crianças. Descrevem sucesso cirúrgico de cerca de 89%. Leung & Berkowitz descrevem que realizam apenas traqueostomia ou realização de split cricóideo anterior em crianças menores de 2 anos. Para essses autores, a LTP fica reservada para crianças acima desta idade. Jacobs et al nos mostram uma série de 133 crianças, com idade média de 66±5 meses, sendo 13 crianças menores de um ano. Não falam sobre o peso das mesmas. Relatam uma taxa de decanulação de 96%.  Garabedian et al relatam 17 crianças com ESG submetidas a ressecção cricotraqueal, pesando menos de 10 Kg. Nenhum pesava menos de 5 Kg. Relatam taxa de sucesso de 94%. Assim, de acordo com a nossa revisão bibliográfica, este é o primeiro caso descrito na literatura de realização de LTP em neonato prematuro, pesando menos de 2 Kg e com menos de 2 meses de idade. Nossa decisão de LTP baseou-se principalmente nos riscos que estariam associados à realização e manutenção da traqueostomia nesse paciente. 

CONCLUSÃO: A decisão de realizar traqueostomia ou LTP em neonatos com ESG deve ser tomada por equipe multidisciplinar, levando-se em conta as condições clínicas da criança, os riscos cirúrgicos, a chance de sucesso da cirurgia e as dificuldades no manejo da traqueostomia pelos cuidadores em casa, sendo a idade e o peso da criança fatores secundários na escolha terapêutica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-336

TÍTULO: LEIOMISSARCOMA SINCRÔNICO DE FARINGE, GASTRICO E INTESTINO GROSSO

AUTOR(ES): THIAGO DOLINSKI SANTA ROSA OLIVEIRA , ALONÇO DA CUNHA VIANA JUNIOR, CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA, WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA, REGIS MARCELO FIDELIS, DANIELA LEITÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS/RJ

DISCUSSÃO: O diagnóstico anátomo-patológico de leimiossarcoma é difícil pelas técnicas de microscopia e coloração habituais, sendo necessária a utilização de exame imunohistoquímico e, às vezes, microscopia eletrônica. O diagnóstico diferencial deve ser feito com fibrossarcomas, tumores fusocelulares, schwanoma maligno e carcinoma fusocelular. A metástase é principalmente hematológica, sendo fígado, peritôneo e pulmão os locais mais freqüentes. O dignóstico precoce com ressecção tumoral é o melhor tratamneto, visto que a quimioterapia e radioterapia têm mostrado apenas em beneficio limitado.

CONCLUSÃO: O diagnóstico em estágios iniciais permite, na maioria das vezes, ressecção da massa tumoral. Por isso é importante uma avaliação minuciosa pelo otorrinolaringologista de todo paciente com história de hemoptise, incluindo uma boa oroscopia, endoscopia laríngea e nasal. Cabe salientar que o endoscopista deve estar atento a lesões em faringe e laringe durante a realização da EDA.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-337

TÍTULO: LEISHMANIOSE LARÍNGEA

AUTOR(ES): BRUNO TEIXEIRA DE MORAES , FRANCISCO DE SOUZA AMORIM FILHO, REINALDO KAZUO YAZAKI, PAULO PERAZZO, PAULO SARACENI NETO, JOSÉ ELSON SANTIAGO DE MELO JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A leishmaniose é classificada em três apresentações clínicas: visceral, cutânea e cutâneo-mucosa. Esta última geralmente é secundária à disseminação hematogênica após meses ou anos de infecção cutânea e pode manifestar-se com lesões infiltrativas, ulceradas ou vegetantes em nariz, faringe, laringe e boca, associadas ou não à enfartamento ganglionar. O acometimento laríngeo faz parte do diagnóstico diferencial de lesões nesta topografia como laringites crônicas inespecíficas, granulomatoses e mesmo tumores das vias aerodigestivas superiores que apresentam evolução atípica. Por vezes, encontra-se dificuldade no diagnóstico correto da leishmaniose, com descrição de casos na literatura que foram conduzidos de forma inadequada.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de leishmaniose laríngea abordando sua dificuldade diagnóstica, complicações e terapêutica aplicada.

RELATO DE CASO: Paciente com quadro de dor de garganta, disfagia, odinofagia, disfonia e perda ponderal, sem melhora com medicação sintomática. À telelaringoscopia, apresentava lesão infiltrativa nodular em supraglote. Foi submetido à traqueostomia por obstrução de via aérea e biópsia da lesão com estudo imunohistoquímico para definição diagnóstica de leishmaniose laríngea. O paciente foi encaminhado à infectologia que iniciou tratamento com antimoniato de N-metilglucamina, com resposta satisfatória à terapêutica.

CONCLUSÃO: Diante de quadros clínicos com suspeição de doenças granulomatosas, é fundamental seguir protocolo de avaliação laboratorial associado à estudo histológico da lesão, para conseguir uma definição etiológica precisa sem prolongar o tempo de diagnóstico.  O tratamento medicamentoso para leishmaniose mucosa, preconizado pela OMS, mostrou-se adequado no caso de afecção laríngea, com melhora completa dos sintomas.

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TESE

P-338

TÍTULO: LEISHMANIOSE MUCOSA: LOCALIZAÇÃO DAS LESÕES

AUTOR(ES): JOÃO LUIZ CIOGLIA PEREIRA DINIZ , DENISE UTSCH GONÇALVES, MANOEL OTÁVIO DA ROCHA COSTA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DA UFMG

TEMA: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo e o comprometimento das mucosas é geralmente mais grave, podendo deixar sequelas e provocar óbito. OBJETIVO: Avaliar quais os locais de comprometimento preferencial da leishmaniose mucosa, correlacionando-os com o tempo médio desde o início dos sintomas até o diagnóstico e com outros aspectos clínicos da doença. METODOLOGIA: Foram avaliados 21 pacientes no período de abril de 2008 a abril de 2009 por meio de entrevista clínica, endoscopia nasal, biópsia das lesões mucosas. RESULTADOS: O tempo de início dos sintomas até a definição do diagnóstico variou de cinco meses a 20 anos, com duração média de seis anos. O comprometimento nasal exclusivo ocorreu em 10 (47%) casos, comprometimento concomitante do nariz e orofaringe em 10 (47%) e de orofaringe em um (4,8%) caso. Na fossa nasal, o local de comprometimento predominante foi apenas a cobertura mucosa (37%), seguida de perfuração do septo (30,3%) e conchas nasais (17%). Comprometimento orofaringeano predominante ocorreu no palato (72,8%). Não houve correlação entre local de comprometimento e tempo de início de sintoma (p=0,14). CONCLUSÃO: Dos 21 pacientes examinados, 20 (94%) apresentavam lesões nasais isoladamente ou associadas a lesões orofaríngeas. A proporção entre os pacientes com comprometimento exclusivamente nasal e aqueles com comprometimento concomitante nasal e orofaríngeo foi idêntica. Não houve correlação entre o tempo de inicio da sintomatologia e a local de comprometimento da mucosa. Uma vez que as lesões mucosas iniciais geralmente são assintomáticas, recomenda-se sempre examinar as mucosas dos pacientes com leishmaniose cutânea.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-339

TÍTULO: LESÂO CONGÊNITA DA FACE ? PERSISTÊNCIA DO DIVERTÍCULO NASAL EMBRIOLÓGICO (ANOMALIA DO NEUROPORO ANTERIOR)

AUTOR(ES): CLÁUDIA SCHWEIGER , ANDRÉ TOMAZI BRIDI, GABRIEL KUHL

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

RELATO DE CASO: H.O.L, 2 anos, masculino, branco, natural e procedente do interior do Rio Grande do Sul, vem à consulta através de encaminhamento da equipe da Oftalmologia com queixa de abaulamento em dorso nasal. Aos 3 meses, o paciente apresentou episódio de abaulamento em dorso nasal com resolução espontânea após um mês. Aos 6 meses apresentou saída de líquido claro em orifício puntiforme do dorso nasal, também com resolução espontânea. Após, apresentou novos episódios de abaulamento no dorso nasal, a maioria com resolução espontânea e outro com a necessidade de utilizição de antibiótico endovenoso pela equipe da Pediatria. Permaneceu sem investigação complementar até os 2 anos de idade, quando foi encaminhado à Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Ao exame, a criança, apresentava abaulamento em dorso nasal, associado a 2 pequenos orifícios puntiformes, sem drenagem de secreção no momento. Solicitada avaliação complementar com TC e RNM de crânio e face. À RNM, identificou-se trajeto fistuloso contendo material com intensidade de líquor entre a fossa anterior do crânio e o ápice do dorso nasal, estendendo-se do forame cego até a superfície dérmica. O forame cego encontrava-se mais proeminente do que o habitual, medindo cerca de 6 mm. Os achados foram compatíveis com persistência do divertículo nasal embriológico (anomalia do neuroporo anterior) com consequente fístula liquórica. O caso foi analisado em conjunto com a equipe de Neurocirurgia do Hospital de Clinicas e optou-se pela correção do defeito embriológico e consequente fechamento da fístula liquórica com retalho de gálea, através de um acesso do tipo bicoronal. DISCUSSÃO: As lesões congênitas do nariz são raras e apresentam uma incidência entre 1:20.000 e 1:40.000 nascimentos. Os principais diagnósticos incluem cisto dermóide nasal, glioma, encefalocele e fístula liquórica. O neuroporo anterior é o ponto mais distal de migração de células da crista neural. A falta de células da crista neural e o fechamento relativamente tardio do do tubo neural predispõem à formação destas patologias. O dignóstico é realizado através da história clínica e exame físico, sendo confirmado com exames de imagem. O principal exame de imagem utilizado neste casos é a ressonancia nuclerar magnética. O tratamento definitivo é através de cirurgia, sendo controversa a melhor idade para a correção do defeito assim como o melhor acesso cirúrgico, que incluem abordagem intranasal, acesso nasal externo (rinotomia lateral) e abordagem neurocirúrgica. CONCLUSÃO: As lesões congênitas nasais, apesar de raras, devem ser lembradas e investigadas com exames de imagem em pacientes com história clínica e exame físico sugestivos destas alterações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-340

TÍTULO: LESÃO ORAL GRANULOMATOSA CAUSADA POR CRIPTOCOCOSE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FLAVIO RAMOS BAPTISTA DA SILVA , MÁRCIA CIBELE HAAG, ANNA CRISTINA SILVESTRI, FERNANDA DE FRANÇA SCOVINO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA AERONÁUTICA DO CINDACTA II ? CURITIBA / PR.

INTRODUÇÃO: A Criptococose é uma doença infecciosa originada por fungo sendo o mais comum o agente etiológico Criptococcus neoformans.  Infecta o homem através do oportunismo e apresenta alta morbimortalidade. A transmissão direta entre animais e o homem não foi comprovada, mas ocorre geralmente pela inalação dos esporos. A apresentação do quadro clínico está ligada à imunidade do hospedeiro.

OBJETIVO: Descrever um caso de lesão oral granulomatosa causada por criptococo em uma paciente imunocompetente, com revisão de literatura.

METODOLOGIA: Paciente do sexo feminino, 68 anos, apresentou-se com queixa de lesão de mucosa oral em palato há cerca de 2 meses, associada a desconforto tátil local. Tabagista de longa data (20 cig./dia) e hábitos diários de alimentar pombos e cultivar plantas. Ao exame físico, observou-se edema granulomatoso com bordos e superfícies irregulares limitada a região dos palatos mole e duro, cujo diâmetro maior variava em torno de 2 cm. A biópsia demonstrou inflamação crônica do tipo granulomatosa com células gigantes multinucleadas associada à infecção fúngica compatível com criptococcose. Foi submetida à investigação clínica adicional simplificada para localização sistêmica de criptococos a qual foi negativa. Realizado tratamento com fluconazol por 9 semanas com redução total da lesão. Permaneceu em acompanhamento ambulatorial periódico, recendo alta após 6 meses sem alterações clínicas.

RESULTADOS: A transmissão da criptococose ocorre geralmente pela inalação dos esporos levando a infecção primária do sistema respiratório, mais frequentemente na cavidade nasal do que nos pulmões. Pode disseminar-se por via hematogênica ou linfática estando intimamente relacionada à imunidade do hospedeiro. O diagnóstico se apóia na história clínica, características radiográficas, histológicas e exclusão de outras doenças. Baseia-se na identificação do agente por citologia, cultura ou histopatológico. Em relação ao tratamento a Anfotericina B e o Fluconazol são consideradas drogas de escolha, sendo necessário o acompanhamento clínico no intuito de detectar recidivas precocemente.

CONCLUSÃO: A criptococose é uma doença rara potencialmente fatal principalmente para os imunocomprometidos. Apesar de ser uma situação incomum para os imunocompetentes deve ser cogitada em pacientes com exposição aos fatores de risco. Ressalta-se a importância do diagnóstico precoce e investigação de manifestações sistêmicas. Complementam-se com ações focadas na prevenção e controle dos portadores, especialmente as aves sinantrópicas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-341

TÍTULO: LESÃO PRÉ-MALIGNA DE PREGAS VOCAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À MICROCIRURGIA DE LARINGE

AUTOR(ES): DANIEL VASCONCELOS D AVILA , REGINALDO DE OLIVEIRA SILVA FILHO, LUIZA SAMPAIO BARRETO, CRIS VANESSA GASQUES, ANTONIO ROBERTO FERREIRA SETTON, JEFERSON SAMPAIO D AVILA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE E ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA

INTRODUÇÃO: o conceito primário no manejo dos pacientes com lesão pré-maligna de pregas vocais é baseado no potencial para conversão maligna dessa lesão. O reconhecimento precoce e caracterização da lesão pré-maligna são essenciais para a adequada prevenção do carcinoma glótico. Na literatura, há poucos estudos que descrevem aspectos epidemiológicos dos pacientes com lesão pré-maligna. Sabe-se que a avaliação intraoperatória das pregas vocais permite uma análise mais elucidativa dessas lesões do que na avaliação ambulatorial. A dissociação entre a impressão diagnóstica do pré-operatório e do intraoperatório dos pacientes que são submetidos à microcirurgia de laringe é um fato que vem sendo notado na prática clínica, principalmente, em relação às lesões benignas de pregas vocais. Ainda não há na literatura tal comparação em relação às lesões pré-malignas. OBJETIVO: avaliar a impressão diagnóstica intraoperatória de lesões pré-malignas em pacientes submetidos à microcirurgia de laringe para identificar a sua prevalência e comparar com a avaliação intraoperatória. MATERIAL E MÉTODO: estudo retrospectivo, não-randomizado, descritivo, através da revisão de fichas cirúrgicas de pacientes submetidos ao procedimento de microcirurgia de laringe por um único cirurgião. Contemplou 558 pacientes que, por demanda espontânea, foram avaliados em um serviço especializado em Laringologia e Voz, e submetidos ao procedimento de microcirurgia de laringe, no período de 1990 a 2009. Critério de inclusão: impressão diagnóstica intraoperatória com os registros de leucoplasia, hiperqueratose, eritroplasia, leucoeritroplasia, displasia e/ou laringite crônica. Foram coletados impressão diagnóstica pré-operatória, impressão diagnóstica intraoperatória, gênero e idade. RESULTADOS E CONCLUSÕES: os pacientes com impressão diagnóstica de lesão pré-maligna representaram 10,57% (58) dos 558 pacientes submetidos à microcirurgia de laringe. 21 pacientes (35,59%) não apresentaram a impressão diagnóstica de lesão pré-maligna no pré-operatório. Houve 55,73% mais lesões pré-malignas na impressão diagnóstica intraoperatória do que na impressão diagnóstica pré-operatória. As lesões pré-malignas foram mais prevalentes em pacientes do gênero masculino (69,49%), na faixa etária entre 41 e 50 anos (32,20%). Foram encontrados registros de displasia, leucoplasia, laringite crônica e hiperqueratose. A impressão diagnóstica de lesão pré-maligna mais prevalente foi displasia (65,26%), seguida de leucoplasia com 18,95%.

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TRABALHO CLÍNICO

P-342

TÍTULO: LESÕES ASSOCIADAS À LESÃO PRÉ-MALIGNA DE PREGAS VOCAIS

AUTOR(ES): DANIEL VASCONCELOS D AVILA , REGINALDO DE OLIVEIRA SILVA FILHO, LUIZA SAMPAIO BARRETO, CRIS VANESSA GASQUES, ANTONIO ROBERTO FERREIRA SETTON, JEFERSON SAMPAIO D AVILA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE E ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA

INTRODUÇÃO: a avaliação intraoperatória das pregas vocais tem evoluído e a introdução de novos métodos endoscópicos vem proporcionando uma análise mais elucidativa das lesões. A avaliação intraoperatória, através da microslaringoscopia de suspensão (MLS), pode não ser suficiente para avaliar lesões pré-malignas e sua exata extensão. A endoscopia rígida e contato (REMS e CEMS) são métodos que permitem uma melhor avaliação das pregas vocais. Na literatura, não há trabalhos que compare MLS com MLS, REMS e CEMS associados. OBJETIVO: Avaliar a presença de lesões associadas à lesão pré-maligna de prega vocal em pacientes submetidos à MLS (Grupo I) e em pacientes submetidos à MLS, à REMS e à CEMS (Grupo II). MATERIAL E MÉTODO: estudo retrospectivo, não-randomizado, descritivo, através da revisão de fichas cirúrgicas de pacientes submetidos ao procedimento de microcirurgia de laringe por um único cirurgião. Contemplou 558 pacientes avaliados, por demanda, em um serviço especializado em Laringologia e Voz, e submetidos ao procedimento de microcirurgia de laringe, no período de 1990 a 2009. Critério de inclusão: impressão diagnóstica intraoperatória com os registros de leucoplasia, hiperqueratose, eritroplasia, leucoeritroplasia, displasia e/ou laringite crônica. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo I - pacientes que foram submetidos, apenas, ao método de MLS; Grupo II: pacientes que foram submetidos ao método de MLS e, de forma conjugada, aos métodos de REMS e CEMS. resultados E CONCLUSÕES: nos 59 pacientes que apresentaram impressão diagnóstica de lesões pré-malignas, em 26 pacientes (44%), além da impressão diagnóstica de lesão pré-maligna, no intraoperatório, havia também impressão diagnóstica de outras lesões associadas. Nos 39 pacientes que foram avaliados com o método conjugado de MLS, REMS e CEMS (Grupo II), havia 22 pacientes (85,37%) que apresentaram lesões associada à lesão pré-maligna. Por outro lado, no Grupo I, dos 20 pacientes foram avaliados apenas com MLS, somente 4 pacientes (14,63%) apresentaram essa associação. Ou seja, houve 5,5 vezes mais pacientes com lesão associada à lesão pré-maligna no grupo que foi submetido ao método conjugado (MLS, REMS e CEMS) do que os que foram submetidos ao método tradicional (MLS, apenas). A lesão associada à lesão pré-maligna mais prevalente foi o cisto de pregas vocais (34,15%), seguida de pólipo (24,39%) e de edema de Reinke (14,63%). 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-343

TÍTULO: LESÕES TÍMICAS: UM DIGNÓSTICO INCOMUM DE MASSAS CERVICAIS CONGÊNITAS

AUTOR(ES): ANA PAULA DE AQUINO FERREIRA MONTEIRO , EDUARDO MACHADO ROSSI MONTEIRO, CAROLINE VALVERDE DINIZ BOECHAT, AURÉLIA SILVA E ALBUQUERQUE, GLÁUCIA MARIA SEVERIANO, AMÉLIO FERREIRA MAIA, MAURO BECKER MARTINS VIEIRA

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DO HOSPITAL FELÍCIO ROCHO

INTRODUÇÃO: Lesões tímicas ectópicas são uma causa incomum de massas cervicais na infância, com menos de 100 casos reportados na literatura. E apesar de pouco frequentes devem fazer parte do diagnóstico diferencial de massas cervicais congênitas. Relatamos a seguir o caso de 2 pacientes com diagnóstico de timo ectópico cervical, atendidos no Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Felício Rocho, no ano de 2010.

MATERIAIS E MÉTODOS: Relato de caso de 2 pacientes caracterizando aspectos epidemiológicos, exames complementares, achados cirúrgicos e evolução pós-operatória.

RESULTADOS: G.R.A, sexo feminino, 11 anos, com relato de aparecimento súbito de massa cervical em região júgulo-carotídea direita sugestiva de lesão cística a PAAF. Submetida a exérese da lesão em 22/06/2010. O exame anátomo-patológico da peça cirúrgica evidenciou cisto tímico benigno.

N.S.B., sexo feminino, 13 anos, com história de tumoração cervical júgulo-carotídea à direita e aumento de tamanho da tireóide, com cerca de 2 meses de evolução. Submetida a tireoidectomia total, timectomia e esvaziamento cervical à direita em 03/02/2010, sob anestesia geral. O exame anátomo-patológico mostrou tireóide com aspecto multinodular e folículos de padrão hiperplásico; tumoração capsulada (42g) caracterizada como timo de arquitetura preservada; e tumoração (12g), caracterizada como timo, clinicamente ectópico (júgulo-carotídeo).

DISCUSSÃO: As etiologias mais comuns das massas cervicais congênitas são o cisto branquial e o cisto tireoglosso, mas embora infrequentes, as lesões tímicas devem ser incluídas no diagnóstico diferencial das massas cervicais em crianças. A idade exata que a remoção do timo tem impacto imunológico é desconhecida, sendo assim, se uma lesão tímica ectópica é suspeitada, a presença de timo mediastinal deve ser confirmada previamente para prevenir o risco de imunocompetência. A PAAF, apesar de usada amplamente na população pediátrica, ainda não teve seu valor bem documentado nas lesões tímicas ectópicas. O tratamento de escolha é a exérese cirúrgica, inclusive para confirmação diagnóstica, não tendo sido demonstrada recorrência após adequada ressecção cirúrgica.  

CONCLUSÃO: As lesões tímicas ectópicas, apesar de infrequentes, devem fazer parte do dignóstico diferencial das massas cervicais, principalmente na população pediátrica, visto que a avaliação pré-operatória adequada poderia prevenir o risco de imunocompetência e doenças autoimunes.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-344

TÍTULO: LESÕES ULCERADAS EM MUCOSAS NASAL, ORAL E OCULAR EM PACIENTE PORTADOR DE SÍNDROME DE SJOGREN

AUTOR(ES): HENRIQUE PEDRO MAGOGA FILHO , VALDEVINO ALVES DE MELO JÚNIOR, NÉDIO ATOLINI JÚNIOR, ADEN LUIGI CASTRO TESTI, NOELLE KISTEMARCKER DO NASCIMENTO BUENO, RENATO CARDOSO GUIMARÃES, GODOFREDO CAMPOS BORGES

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Sjögren (SS) é considerada uma doença auto-imune caracterizada pela inflamação crônica que envolve as glândulas exócrinas, particularmente as glândulas salivares e lacrimais, com desenvolvimento subseqüente de ceratoconjuntivite e xerostomia. Embora indivíduos de todas as idades possam ser afetados, a doença tem maior incidência em mulheres entre a quarta e quinta décadas de vida.

OBJETIVOS : Descrever o caso de um paciente masculino, 82 anos, com queixa principal de lesões ulceradas rasas em mucosa nasal, oral e conjuntivas, com diagnóstico posterior de Síndrome de Sjögren.

DISCUSSÃO: A Síndrome de Sjögren pode existir como doença primária e isolada das glândulas exócrinas (SS primária) ou estar associada a outras doenças auto-imunes como artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica progressiva, esclerodermia, dentre outras (SS secundária).

O caso apresentado trata-se da forma primária da síndrome, com manifestações glandulares, como xerostomia, xeroftalmia, epistaxe e rouquidão, e manifestações extra-glandulares, como bronquite crônica e vasculite em membros inferiores. Apresenta ainda manifestações atípicas, como hiperemia e lesões ulceradas rasas recobertas por exsudato branco disseminadas em cavidades nasais, nasofaringe e hipofaringe, com formação de sinéquias em ambas fossas nasais. Foi realizado biópsia de mucosa jugal direita, com resultado de sialodenite crônica periductal com atrofia acinar, correspondente ao encontrado na Síndrome de Sjögren.

Este caso trata-se de um paciente do sexo masculino, porém, segundo bibliografia recente, na Síndrome de Sjögren Primária as mulheres são afetadas nove vezes mais freqüentemente do que os homens.

CONCLUSÃO: O presente relato mostra um caso confirmado por anatomo-patológico de Síndrome de Sjögren cujas queixas principais eram lesões mucosas ulceradas, consideradas atípicas pela maioria dos estudos recentes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-345

TÍTULO: LEVANTAMENTO ANÁTOMO-PATOLÓGICO DE 835 TONSILECTOMIAS PALATINAS E/OU FARÍNGEAS.

AUTOR(ES): ISABELE FAVORETTO CAÑAS PECCINI , ANA CLÁUDIA GHIRALDI ALVES, PEDRO ROBSON BOLDORINI, FÁBIO TADEU DE MOURA LORENZETTI, ANA PAULA FIUZA FUNICELLO DUALIBI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE SOROCABA

INTRODUÇÃO: a tonsilectomia palatina, associada ou não à tonsilectomia faríngea, continua a ser um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados mundialmente, incidindo principalmente sobre a população pediátrica, é de consenso geral a análise anátomo-patológica rotineira de tecidos removidos do corpo humano, embora otorrinolaringologistas não costumem solicitá-los; OBJETIVO: relatar o perfil dos pacientes e das principais alterações anátomo-patológicas encontradas em 835 tonsilectomias palatinas e/ou faríngeas do ambulatório geral de Otorrinolaringologia; MATERIAL E MÉTODO: análise de dados contidos em prontuários dos pacientes submetidos a tonsilectomia palatina e/ou faríngea durante o período de Dezembro de 2006 a Novembro de 2007; TIPO DE ESTUDO: retrospectivo observacional; RESULTADOS: foram revisados 835 prontuários de pacientes submetidos a tonsilectomia palatina e/ou faríngea. Destes, 413 (49.4%) eram do sexo feminino e 422 (50.6%) do sexo masculino.  A idade dos pacientes variou de 1 a 61 anos, com uma idade média de 10.2 anos. A principal indicação cirúrgica foi hipertrofia de tonsilas (61%), 52.1% das tonsilas eram grau III e 44.1% resultaram em tonsilite crônica no anátomo-patológico; CONCLUSÃO: o exame anatomopatológico de rotina das tonsilectomias, apresente uma relação custo/benefício negativa. No entanto, por problemas de ordem legal e ética, fica o médico sujeito à solicitação desse exame.

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TRABALHO CLÍNICO

P-346

TÍTULO: LIGA ACADÊMICA DE OTORRINOLARINGOLOGIA - UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO

AUTOR(ES): FELIPPE FELIX , CARLA FREIRE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO

Uma Liga Acadêmica é um espaço de protagonismo juvenil em que alunos de graduação atuam em parceria com docentes no desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão em determinada área do conhecimento. O trabalho tem por objetivo apresentar as atividades da Liga Acadêmica de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LAOTO-UFRJ) e avaliar seu crescimento desde sua fundação.

MÉTODOS

Reuniões semanais discutindo diferentes temas da Otorrinolaringologia com especialistas e participação nas atividades do dia-a-dia do Serviço de Otorrinolaringologia da UFRJ. Participação de alunos da Medicina, Fonoaudiologia, Odontologia da UFRJ e outras universidades.

RESULTADOS

Desde Fevereiro de 2003, o Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) promove uma integração com os alunos de graduação pautada principalmente no ensino e na pesquisa. Inicialmente, havia a participação um grupo de 5 alunos do curso de Medicina e 3 alunos do curso de Fonoaudiologia.

Com o crescente interesse dos acadêmicos por essas atividades, foi fundada oficialmente a LAOTO-UFRJ no início de 2009, inicialmente com 32 inscritos, 28 da Medicina e 4 da Fonoaudiologia. É a única Liga dessa especialidade na cidade do Rio de Janeiro, sendo também um projeto de extensão da UFRJ desde o início de 2010. A LAOTO-UFRJ realiza suas atividades baseando-se no tripé: ensino, pesquisa e extensão. Hoje a Liga conta com 53 inscritos, 42 da Medicina e 11 da Fonoaudiologia, tendo inclusive a participação de alunos de outras universidades. Pesquisa: A LAOTO-UFRJ oferece a seus membros a oportunidade de desenvolver projetos de pesquisa em parceria com os residentes e médicos do serviço. Extensão: Os membros da liga têm a oportunidade de acompanhar as atividades mensais do Grupo de Apoio ao Portador de Zumbido, projeto desenvolvido pelo Serviço de Otorrinolaringologia

do HUCFF. A LAOTO-UFRJ também desenvolve atividades de promoção da saúde relacionadas a temas fundamentais no âmbito da otorrinolaringologia, como zumbido e surdez.

CONCLUSÕES

O crescente interesse e participação dos alunos na LAOTO demonstra a importância desse tipo de atividades na área Acadêmica para o aprendizado, produção e divulgação do conhecimento obtido no meio universitário. A Liga portanto, contribui para a formação técnica e cidadã do estudante e à produção/difusão de novos conhecimentos e metodologias. Um aluno que participa do movimento de Liga torna-se um profissional diferenciado na medida em que há participação pró-ativa do aluno no movimento, não apenas passiva como no ensino convencional, e em atividades de extensão, que permitem maior contato com a comunidade não-acadêmica durante sua formação.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-347

TÍTULO: LIGADURA BILATERAL DE CARÓTIDA EXTERNA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO , GEÍSA PEREIRA RUFINO, THAÍS DE CARVALHO PONTES, MARIANA GALVÃO GURGEL, MURILO BRASILEIRO RAMOS GALVÃO, CÁSSIO LINS GIL FARIAS, KLÉCIUS LEITE FERNANDES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

INTRODUÇÃO: Ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno, raro, de crescimento lento e que raramente causa metástases. Representa 1% dos tumores e cistos orais. Acomete principalmente a região da mandíbula e maxila e sua taxa de ocorrência é aproximadamente igual para homens e mulheres, entre 30 a 50 anos de idade.

Pode apresentar-se como uma tumefação assintomática ou, caso não seja tratado, uma lesão de grandes proporções, com perfuração das corticais ósseas, deslocamento e reabsorção dental, causando desfiguração da face e prejuízo funcional da região. O tratamento varia desde curetagem, até em vasta ressecção do tumor e reconstrução imediata da face apesar deste ser um tumor que tende a recorrer com frequência, o que torna necessário acompanhamento pós-operatório com exames de imagem.

RELATO DO CASO: SRC, feminino, 49 anos, feodérmica, natural e procedente de João Pessoa.

Paciente com tumoração na região da mandíbula há 12 anos, de crescimento progressivo e extensão para tecidos moles da boca, que tinha resultado de biópsia indicando ameloblastoma. Procurou o serviço de urgência hospitalar com sangramento profuso, alcoolismo ou tabagismo. Ao exame físico, apresentava assimetria facial direita, tumoração acometendo toda hemimandíbula com extensão para a orofaringe e tecidos moles: mucosa jugal, músculo bucinador, masseter e pescoço. A lesão apresentava-se friável, com quantidade moderada de sangue na cavidade oral.

O sangramento mostrou-se refratário aos métodos conservadores - compressa de gelo, eletrocauterização, hemotransfusão - havendo perda de cerca de 2 litros de sangue. Como medida salvadora, a paciente foi submetida a uma ligadura bilateral de carótida externa para debelar o sangramento. A técnica foi realizada após traqueostomia cervical sob anestesia local. Foi colocada canula Portex, insuflado cuff, protegido a via aérea e realizada anestesia geral pela traqueostomia. Após a ligadura bilateral de carótida externa, feita por via transcervical, houve parada imediata do sangramento. Como houve queda acentuada do hematócrito e hemoglobina, a paciente recebeu 8 bolsas de sangue.

DISCUSSÃO: A ligadura de carótida externa é frequentemente empregada para interromper o suprimento sanguíneo de grandes tumores hipervasculares e para sangramento em epistaxe grave e trauma, impondo-se de maneira indiscutível quando as hemorragias se repetem com gravidade. Este procedimento é realizado de forma segura, não aumenta morbidade ou determina sequelas no pós operatório, pois não há consequências isquêmicas a tecidos da cabeça e pescoço. Muito mais acessível que as artérias carótidas interna e primitiva, a carótida externa nos oferece pontos de reparos mais precisos, como sejam entre a lingual e tireoidéa superior. Na grande maioria dos casos, a sua ligadura tem sido suficiente para a debelação de hemorragias graves e sucessivas. Durante a cirurgia, o sangramento pode ser intenso devido à marcada vascularização, podendo ser amenizado com a diminuição leve e monitorizada da pressão arterial.

CONCLUSÃO: A descrição deste caso é relevante, uma vez que a ligadura bilateral de arteria carótida externa é um método bastante eficaz e que salva vidas, reconhecido cientificamente por diversos autores. Além de garantir hemostasia imediata, é considerado um método seguro e sem sequelas durante o pós operatório, sobressaindo-se diante de outros métodos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-348

TÍTULO: LINFANGIOMA CÍSTICO

AUTOR(ES): RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO , PAULO TINOCO, DANIELA SILVA PAIS, FERNANDA CARDILO LIMA, JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO

Linfangioma cístico é uma das lesões benignas mais comuns da infância.O sítio mais frequente é o cervical posterior.O diagnóstico é clínico e radiológico.

A cirurgia tem como problemas a dificuldade técnica em dissecar a lesão, o alto índice de lesões vasculo-nervosas, a elevada recidiva, as deformidades e infecção. O uso de agentes esclerosantes tem sido adotado e representa uma alternativa favorável de tratamento.

APRESENTAÇÃO DO CASO

VAO,feminino, 1 ano e meio, negra, de Campos dos Goytacazes-RJ, foi encaminhada ao Hospital São José do Avaí, com massa cervical à esquerda. Mãe relata que a criança nasceu com essa lesão e que cresceu gradativamente. A paciente apresentava dispnéia e dificuldade para movimentar o pescoço.

O ultrassom foi compatível com linfangioma e a Tomografia avaliou a extensão da lesão.

Foi indicada infiltração intralesional de Bleomicina, guiada por ultrassom com redução da massa e melhora dos sintomas.

O resultado foi expressivo e não necessitou de traqueostomia.

DISCUSSÃO

O Linfangioma  é uma anomalia do sistema linfático. É classificado em: capilar, cavernoso e cístico. Incide em ambos os sexos(1:1).

O tratamento inclui observação, escleroterapia e a cirurgia. A cirurgia é a maior chance de controle da doença, a incidência de complicações torna sua indicação difícil.  Atualmente pode ser feito infiltração de Bleomicina, nitrato de prata a 0,5% e OK-432. Uma das complicações da Bleomicina é a pneumonite, que pode evoluir para fibrose pulmonar, mais comum acima dos 70 anos e com dose total acima de 400UI.

No caso relatado o tratamento foi com infiltração de Bleomicina, devido à característica macrocística da lesão.

 

CONCLUSÃO

Apesar do linfangioma  ser  benigno, pode provocar graves deformidades e comprometer as vias aérea e digestiva.

A regressão espontânea é rara e, a cirurgia apresenta diversas complicações. Estes fatores favorecem o tratamento com Bleomicina, que apresenta menos complicações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-349

TÍTULO: LINFOEPITELIOMA EM SEIO MAXILAR

AUTOR(ES): DOUGLAS HENRIQUE SANTIAGO DE OLIVEIRA , JÚLIA GUEDES CARDOSO BISNETA, NADJA NILMA MARQUES SERRANO, RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO, JOÃO PESSOA - PB.

INTRODUÇÃO: Os linfoepiteliomas definem-se por uma proliferação de células malignas epiteliais indiferenciadas junto com um infiltrado de linfócitos maduros. São comumente vistos na nasofaringe, mas também são descritos nas fossas nasais, seio maxilar, base da língua, área parafaríngea, amígdalas e timo. Podem estar associados ao vírus Epstein Barr. Os carcinomas indiferenciados dos seios paranasais são tumores raros e agressivos, com freqüentes metástases linfáticas e não linfáticas quando do diagnóstico.

OBJETIVO: Relatar e discutir um caso de linfoepitelioma em seio maxilar.

METODOLOGIA: Relato de um caso a partir da avaliação clínica e revisão de prontuário do setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CCP) de um hospital de referência em tratamento oncológico no estado da Paraíba.

RESULTADOS: Paciente, 14 anos, feminino, solteira, estudante, branca. Natural de Barra de Santa Rosa, PB, procedente de João Pessoa, PB. Encaminhada ao serviço de CCP com queixas de tumoração em região infra-orbitária esquerda de crescimento progressivo há três meses. Ao exame físico apresentou lesão tumoral infra-orbitária esquerda. Ausência de linfadenomegalia cervical. Trazendo consigo Tomografia Computadorizada (TC) da região orbitária evidenciando a lesão. Foram solicitados TC de abdome e tórax e avaliação pré-operatória, todos dentro da normalidade. Realizou-se biópsia incisional da lesão, cujo anatomopatológico evidenciou infiltrado linfomatoso, com padrão imunoistoquímico evidenciando linfoepitelioma. Iniciou-se seis ciclos de quimioterapia (QT) com cisplatina, e posteriormente QT e radioterapia para lesão residual. Realizou-se Ressonância Nuclear Magnética que evidenciou lesão em região nasopalpebral esquerda e seio maxilar. Submeteu-se a novo ciclo de QT e maxilectomia parcial esquerda, com reconstrução.

CONCLUSÃO: O linfoepitelioma em seio paranasal deve ser considerado no diagnóstico diferencial dos tumores pouco diferenciados dessa região. Os achados clínicos, microscópicos e imunoestoquímicos são úteis no diagnóstico. Por se tratar de uma neoplasia rara e com poucas séries de casos publicados, a abordagem terapêutica não é consensual.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-350

TÍTULO: LINFOMA DE AMÍGDALA

AUTOR(ES): RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO , PAULO TINOCO, DANIELA SILVA PAIS, JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, MICHELLE FERREIRA SCHEIDEGGER MAIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO

O linfoma difuso de grandes células B é a forma mais comum dos linfomas não Hodgkin e acomete principalmente adultos, mas também se manifesta em crianças.

O linfoma difuso de grandes células B pode ocorrer fora dos linfonodos, sendo denominados extranodais. Dentro das localizações extranodais  o anel de

Waldeyer é o local mais comum segundo a  maioria dos autores.

O linfoma difuso de grandes células B geralmente estão presentes em indivíduos do gênero masculino, idade adulta, com presença de tumefação firme e difusa no local da lesão.

A melhor opção de análise diagnóstica é o exame imuno-histoquímico, que distingue as lesões benignas das malignas.

O tratamento é realizado com quimioterapia.

RELATO DE CASO

OJP, 77 anos, masculino, branco, residente em Itaperuna-RJ, procurou o ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí com tumoração cervical bilateral com surgimento de aproximadamente 30 dias que evoluiu com crescimento e dor.

Relatava também sudorese e perda de peso. Negava febre. Paciente etilista social e ex tabagista com duração de 40 anos.

Ao exame físico o paciente apresentava volumosa massa cervical bilateral de consistência endurecida, fixa e de limites imprecisos e linfadenomegalia axilar bilateral.

À endoscopia nasal, não foi visualizada nenhuma alteração bilateral.

À oroscopia houve diferença de tamanho entre as amígdalas. Amígdala direita apresentava consistência endurecida.

O paciente foi submetido à biópsia de amígdala direita e de linfonodo cervical à direita. O material foi enviado para análise anatomopatológica que evidenciou Linfoma Difuso de grandes células B.

O paciente foi encaminhado ao serviço de Oncologia para realização de quimioterapia.

DISCUSSÃO

O acometimento na cavidade oral ocorre com maior frequência no anel de Waldeyer, tonsilas e palato.

Os sinais e sintomas apresentados pelos linfomas na cavidade oral são de curta duração e com progressão rápida da lesão. As lesões bucais estão relacionadas a doenças já disseminadas e raramente têm sua primeira manifestação na cavidade oral3, como ocorreu no caso relatado.

Atualmente, o melhor diagnóstico é o exame imuno-histoquímico da lesão, que distingue as condições benignas das malignas, oferecendo uma rigorosa subclassificação dos tipos de linfoma.

O tratamento é realizado com esquema quimioterápico CHOP (Ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona), e por vezes associado ao rituximab .

CONCLUSÃO

A relação dos LNH com a área cérvico-facial é evidente e deve ser levada em conta por parte dos otorrinolaringologistas em todo momento. A adenopatia é o sintoma mais frequente que esta doença manifesta e, dentro do Anel de Waldeyer, a amígdala é o local predominante.

Os linfomas são lesões malignas agressivas, entretanto, quando identificadas precocemente, apresentam um alto potencial de cura através de quimioterapia associada ou não à radioterapia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-351

TÍTULO: LINFOMA DE BURKITT ? IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

AUTOR(ES): ANA LUIZA BITTENCOURT TEIXEIRA , LUCIANA VELASCO RUFATO, THIAGO FERREIRA BORGES, CAMILA PAZIAN FELICIANO, VALESCA RICCIOPPO, GABRIELLA SANTOS DAHER, MARCELO MIGUEL HUEB

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO

INTRODUÇÃO: Os linfomas não-Hodgkin representam o terceiro tipo de câncer mais comum na infância. O linfoma de Burkitt é o subtipo de linfoma não-Hodkin mais frequente nesta faixa etária e tem predominância pelo gênero masculino. Este tipo de tumor é altamente agressivo e exibe o maior índice de proliferação celular entre as neoplasias humanas, geralmente evoluindo com extrema rapidez e gravidade. O tratamento geralmente consiste em quimioterapia e deve ser iniciado o mais brevemente possível.

OBJETIVO: Relatar um caso de Linfoma de Burkitt enfatizando as características clínicas, radiográficas e histopatológicas exibidas por essa lesão, auxiliando no diagnóstico e tratamento precoces desta doença.

RELATO DO CASO: Criança de 4 anos e 6 meses, sexo masculino, previamente assintomática, apresentou-se inicialmente com história de astenia, coriza hialina, tosse seca, cefaléia frontal com 2 semanas de evolução. Institui-se terapia medicamentosa por diagnóstico de sinusopatia feito por facultativo, tendo evoluído com piora da cefaléia, tontura, dificuldade de deambulação, disfagia, midríase bilateral, ptose palpebral à esquerda, diminuição da acuidade visual bilateral e paralisia facial periférica à esquerda. Ao momento do exame em nosso serviço encontrava-se em mau estado geral, com severa obstrução nasal, edema de mucosa e secreção mucopurulenta bilateral, porém sem sinais meníngeos. Apresentou adenopatia inflamatória difusa. À CT e à RNM evidenciou-se massa com densidade de partes moles, limites imprecisos, envolvendo seios paranasais, seio cavernoso bilateralmente, se estendendo para fossa média direita, deslocando o lobo temporal ipsilateral. A lesão determinou também obliteração do forame orbitário inferior, envolvendo o corpo do esfenóide, clivus e músculo pterigóide, associado a erosões do osso temporal adjacente. Foi realizada biópsia sob visão endoscópica e anestesia geral, através de incisão à esquerda em abaulamento septal posterior bilateral, expondo ampla lesão. Foi observada preservação do septo ósseo e invasão parcial do periósteo. Ao exame histopatológico evidenciou-se neoplasia com padrão em ?céu estrelado? sugestivo de linfoma não-Hodgkin de pequenas células, sendo o diagnóstico de linfoma de Burkitt confirmado através do exame imunohistoquímico. Institui-se poliquimioterapia com evolução favorável até o presente momento.

CONCLUSÃO: O linfoma de Burkitt deve ser considerado em casos de lesões faciais que apresentem crescimento rápido e sintomatologia precoce e grave, com aspecto imagenológico de limites imprecisos e com destruição óssea adjacente. O diagnóstico definitivo é obtido através do exame histopatológico sendo a terapia precoce de fundamental importância para a possível cura desta doença.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-352

TÍTULO: LINFOMA DE BURKITT EM PARÓTIDA

AUTOR(ES): CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO , DANIELLE RAMOS VIDEIRA, CARLOS ALBERTO MAURÍCIO JÚNIOR, ANA CAROLINA DE SOUZA MOREIRA, FERNANDO DE FREITAS VILELA, GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO: A síndrome linfocítica infitrativa difusa (DILS) é uma manifestação da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) caracterizada por infiltração visceral difusa CD8, aumento bilateral da parótida e

linfonodomegalia cervical. Cerca de 40 por cento dos pacientes HIV-positivos têm sintomas relacionados a  cabeça

e pescoço. A história da paciente com abaulamento da glândula parótida há dois meses de duração e linfonodomegalia generalizada associada apontou para um presumível diagnóstico de HIV associada a DILS.

RELATO DE CASO: Paciente feminina, 34 anos, solteira, deu entrada na emergência de Otorrinolaringologia do Hospital de Base do Distrito Federal com história de há 02 meses tumoração em região parotídea direita de crescimento progressivo e indolor. Antecedentes pessoais vida sexual ativa com mais de 10 parceiros/ ano sem uso de preservativo. Ao exame otorrinolaringológico: cavidade oral aparentemente normal, fluxo salivar claro pelo ducto de Stenson após ordenha de glândula parótida. Presença de tumoração em região parotídea direita de 6 cm de diâmetro, indolor, sem sinais flogísticos associados. Ao exame geral foi encontrado linfonodomegalias cervicais, inguinais e axilares. Ecografia de parótida: volumosa massa na toppografia de parótida direita e região cervical. Tomografia computadorizada cervical: lesão expansiva com epicentro em espaço parotídeo direito com limites mal definidos e realce heterogêneo.

Adenomegalias cervicais. Foi realizado PAAF de parótida sugetivo de tecido linfóide. Sorologia para HIV reagente confirmada por western blott.

A paciente foi encaminhada para tratamento quimioterápico porém evolui a óbito antes de iniciar tratamento.

RESULTADOS: biópsia de linfonodo cervical com doença linfoproliferativa em região cervical e achados morfológicos e imunohistoquímicos compatíveis com linfoma de Burkitt.

DISCUSSÃO: O abaulamento da parótida origina-se pela hiperplasia de linfócitos intraglandular de linfócitos. A história crônica de abaulamento parotídeo indolor associada a linfonomegalia generalizada aventou o diagnóstico

de síndrome da linfocitose infiltrativa difusa. O prognóstico dos pacientes com HIV e DILS parece ser melhor do que dos pacientes infectados com HIV sem a síndrome. Entretanto, linfoma de células B de glândula salivar é uma complicação comum da DILS. A doença é rapidamente fatal, com morte geralmente ocorrendo de quatro a seis meses após o diagnóstico, se não for tratada. O prognóstico do paciente está diretamente relacionado ao tempo decorrido desde o primeiro sinal clínico até o início do tratamento.

CONCLUSÃO:

A síndrome da linfocitose infiltrativa difusa é uma manifestação da AIDS que pode se apresentar como tumoração da glândula parótida. Deve-se observar a transformação de DILS em Linfoma de células B como manifestação inicial de um paciente com infecção pelo HIV. O linfoma de Burkitt pode ser o primeiro indicativo de infecções por HIV.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-353

TÍTULO: LINFOMA DE CÉLULAS T NASAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): HÉLDER IKUO SHIBASAKI , FELIPE DE GARCIA MAURO, MARCELA SUMAN, ADRIANO GUIRADO DIAS, ANA GABRIELA GONÇALVES TORISAN, JOÃO ARMANDO PADOVANI JÚNIOR, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - DEPTO DE ORL-CCP

INTRODUÇÃO: Linfomas do trato nasossinusal são neoplasias raras que causam lesões destrutivas importantes em terço médio da face.  Apresentamos um caso de linfoma não-Hodgkin (LNH) de células T acometendo região nasal.

APRESENTAÇÃO DO CASO: MCF, mulher, 85 anos, com queixa de obstrução nasal à esquerda há 5 meses, hiposmia e abaulamento em região de asa nasal esquerda, além de episódios intermitentes de febre. Refere uso prévio de corticóide nasal e ampicilina, sem melhora do quadro. Exame físico: abaulamento em região de asa nasal esquerda e ponta nasal, com hiperemia e enduração local. Nasofibroscopia: abaulamento de parede nasal lateral esquerda com rechaçamento de septo nasal para direita. Aventou-se a hipótese de vestibulite nasal. Foi iniciada antibioticoterapia com ceftriaxona e clindamicina. Após 12 dias de tratamento sem melhora do quadro e já com área de sofrimento de pele no local, optou-se por biópsia e análise imuno-histopatológica da lesão evidenciando-se LNH de células T, difuso, de alto grau, infiltrando mucosa e parede nasal. Iniciado, então, quimioterapia, com regressão importante da lesão.

DISCUSSÃO: Dentre os fenótipos celulares dos LNH há o predomínio da linhagem T em asiáticos e em ameríndios, enquanto no ocidente, a maior parte pertence à linhagem B. Os tumores de linhagem B apresentam poucos sinais flogísticos raramente evoluindo com ulceração, tendo geralmente localização subepitelial. Já os linfomas de células T e NK, que apresentam comportamento clínico e histológico semelhantes, cursam com vasculite, angiocentrismo e presença de grande quantidade de células inflamatórias, em detrimento de poucas células tumorais linfóides, o que dificulta o diagnóstico histopatológico. Há uma preferência dos tumores de linhagem de células T pela fossa nasal e os de células B por seios paranasais. A faixa etária mais acometida por linfomas é a dos 50 anos ou, no caso do tumor NK, um pouco mais jovens, com nossa paciente indicando, com 85 anos, uma variabilidade etária maior. Os sintomas mais comuns são obstrução nasal, rinorréia, edema de face e erosão de palato, podendo, no entanto, apresentar variações, como no caso apresentado, em que se observou também hiposmia.

CONCLUSÃO: Linfomas não-Hodgkin, são responsáveis por destruição importante do nariz e terço médio da face e, apesar de sua baixa incidência, devem sempre estar entre os diagnósticos diferenciais de lesões nasais, sendo o exame histopatológico de extrema importância, favorecendo um diagnóstico mais precoce e possibilitando uma abordagem terapêutica em estágios mais iniciais da doença.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-354

TÍTULO: LINFOMA EM PALATO MOLE: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): HELOISA NARDI KOERNER , MARCOS MOCELLIN, LUIS FRANCISCO DUDA, ANNA CRISTINA SILVESTRI, MÁRCIA CIBELE HAAG,

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR

INTRODUÇÃO: Dos tumores da cabeça e pescoço, os linfomas representam 5%, predominando os não-Hodgkin. As linhagens de células B e T/NK possuem diferentes comportamento biológico, sítios de ação e apresentação clínica, sendo o diagnóstico histopatológico de extrema importância. O espectro de manifestações desses tumores é bastante amplo, podendo haver acometimento nodal e extranodal. Várias regiões podem ser comprometidas, como órbitas, anel de Waldeyer, fossa nasal e seios paranasais, entre outras. Tumores em fase inicial causam sintomas que simulam rinossinusites crônica. Há uma reconhecida ligação entre os pacientes com LNH de células T/NK e infecção pelo Eptein-Barr vírus. Possui tendência em remodelar as estruturas ósseas, podendo causar erosão. Portanto, o estágio da lesão na época do diagnóstico é fundamental na definição da sua evolução.

OBJETIVO: Descrever um caso de Linfoma NK/T em palato mole, com revisão da literatura.

RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 41 anos, encaminhada para avaliação de lesão ulcerativa em palato mole, com 5 meses de evolução.Queixas de odinofagia, disfagia e emagrecimento progressivo. Encaminhada ao serviço em tratamento com esquema RIP há uma semana. Ao exame apresentava-se com adenopatia dolorosa em cervical posterior esquerda, lesão úlcero-exsudativa em todo o palato mole e ausência de úvula. Erosão parcial de amígdala direita e exsudato purulento em parede posterior de orofaringe.  A nasofibroscopia mostrou ausência de lesões em fossas nasais, exsudato em paredes anterior e posterior de cavum com extensão para orofaringe e tubas auditivas. TC de seios da face apresentou massa com efeito expansivo na mucosa do espaço parafaríngeo à esquerda e extensão para palato mole.  A biópsia revelou achados de tecido glandular mucossecretor com septação fibrinóide. Processo linfoproliferativo atípico, extensamente ulcerado, imunohistoquímica indicou linfoma T periférico. Possibilidade de linfoma extranodal de células T/NK. Houve Interrupção do esquema RIP por hepatite medicamentosa. Sendo submetida a tratamento quimioterápico com esquema CHOP e está no aguardo dos resultados de exames complementares.

CONCLUSÃO: As características clínicas e localização peculiares deste linfoma têm grande relevância na conclusão do diagnóstico final. Devendo considerar este diagnóstico em todos os casos de linfoma agressivo extranodal. Portanto, a chave para o diagnóstico é a biópsia, demonstração de marcadores celulares NK/T e a identificação do vírus Epstein-Barr. A tomografia permanece indispensável à adequada avaliação das lesões, bem como no planejamento cirúrgico ou do tratamento por radioterapia isolada nos casos de doença localizada, porém o tratamento padrão ouro é a poliquimioterapia. A cirurgia normalmente é usada para o estabelecimento do diagnóstico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-355

TÍTULO: LINFOMA NÃO HODGKIN DE CÉLULAS B DO SEIO ETMOIDAL

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: Os linfomas são tumores malignos não epiteliais mais comuns na região da cabeça e pescoço. Dividem-se em: Linfoma Hodgkin e Não Hodgkin. Os linfomas do trato nasossinusal são neoplasias raras, de etiologia desconhecida, com clínica inespecífica, tendo início insidioso e progressivo, podendo levar a um diagnóstico tardio com prognóstico reservado. O tratamento baseia-se em ressecção cirúrgica, quimioterapia sistêmica e radioterapia localizada.

OBJETIVO: Apresentar um caso de um homem adulto, com diagnóstico de linfoma não Hodgkin de seio etmoidal, submetido à cirurgia endoscópica nasal, além de fazer uma breve revisão na literatura sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente masculino, 77 anos, branco, Auxiliar de Serviços Gerais, natural de Itaperuna/RJ, que procurou nosso serviço queixando-se de tontura, sensação de desmaio, mal estar e alguns episódios de vômitos há 30 dias, sem sintomatologia nasossinusal. Não relatou comorbidades e o exame físico mostrou-se sem alterações. Admitido para investigação, foi realizado Tomografia Computadorizada (TC) de Crânio que evidenciou massa de partes moles nas células etmoidais posteriores esquerda, de 19x20x30mm, com erosão no teto ósseo e lâmina crivosa.

RESULTADOS: O paciente foi submetido à cirurgia endoscópica nasal objetivando-se colher material para exame histopatológico. Porém, ao fazer-se a etmoidectomia, o tumor apresentava-se fácil para ressecção, sendo retirado. A análise histopatológica demostrou Doença Linfoproliferativa. Com a finalidade de subtipar o tumor solicitamos a imunohistoquímica, que revelou tratar-se de um Linfoma não Hodgkin, Fenótipo B com áreas de necrose, CD 20 positivo. O paciente foi encaminhado ao Serviço de Oncologia, sendo submetido a 05 ciclos de COP- Ciclofosfamida, Oncovin e Prednisona, e radioterapia conformacional. Apresentou boa resposta ao tratamento instituído, encontrando-se hígido em nove meses de evolução. A TC seis meses após cirurgia, não evidenciou recidiva. Posteriormente, o paciente iniciou um quadro de dispnéia súbita e feito o diagnóstico de pneumonia intersticial grave por toxicidade à Ciclofosfamida. Foi internado, iniciado antibioticoterapia venosa, porém apresentou piora do quadro clínico, evoluindo para óbito.

CONCLUSÃO: Os Linfomas são os tumores malignos não epiteliais mais comuns do nariz, devendo fazer parte do diagnóstico diferencial de massa tumoral dos seios paranasais. A propedêutica adequada e a busca para o diagnóstico definitivo são essenciais para o tratamento precoce e melhor prognóstico. O paciente submetido a tratamento quimioterápico, comumente apresenta quadro de imunossupressão e, com isso, um maior risco de desenvolver patologias infecciosas graves, como ocorreu no referido caso relatado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-356

TÍTULO: LINFOMA NÃO-HODGKIN EM TONSILA PALATINA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FLÁVIA ARAUJO BARROSO PEREIRA , MARIA ISABEL DOS SANTOS BEILER, MATEUS PEREIRA BOM BRAGA, FERNANDO GIORDANO DE BARROS, ANA CRISTINA DA COSTA MARTINS, JAIR DE CARVALHO E CASTRO

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: Linfomas representam 5 a 10% dos tumores malignos da orofaringe. Cerca de 30 a 35% dos linfomas são do tipo difuso de grandes células B, sendo este o subtipo mais freqüente. Dois por cento dos linfomas não-Hodgkin ocorrem na cavidade oral e tem como localização habitual a gengiva, língua, palato e tonsilas palatinas. A tonsila palatina está acometida em 80% dos linfomas não-Hodgkin que envolvem o anel linfático de Waldeyer. Neste relato de caso, o paciente de 49 anos, procurou o serviço de Otorrinolaringologia da SCMRJ por apresentar abaulamento em orofaringe e adenomegalia cervical à esquerda associado à dispnéia em decúbito, odinofagia, disfagia e perda ponderal com evolução de nove meses. Realizada biópsia e imunohistoquímica, confirmou-se a hipótese diagnóstica de linfoma de grandes células B, tendo sido encaminhado ao serviço de oncologia para tratamento adequado.

OBJETIVO: Relatar um caso de linfoma difuso de grandes células B em tonsila palatina em paciente acompanhado no serviço de Otorrinolaringologia da II Enfermaria da SCMRJ, com revisão da literatura.

MÉTODO: Avaliação otorrinolaringológica, exame de imagem como tomografia computadorizada, biópsia incisional da lesão e imunohistoquímica do material colhido.

CONCLUSÃO: O acometimento da orofaringe pelo linfoma não-Hodgkin é incomum, no entanto, deve sempre ser lembrado nos casos de assimetria tonsilar. O diagnóstico precoce é de extrema importância para o tratamento correto e sobrevida do paciente. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-357

TÍTULO: LINFOMA NÃO-HODGKIN NASOSSINUSAL

AUTOR(ES): HENRIQUE QUEIROZ CORREA GARCHET , VANESSA RIBEIRO ORLANDO, BRUNO DE CASTRO, TIAGO FRAGA VIEIRA, FERNANDA FILGUEIRAS MACIEL, ANTÔNIO LEONARDO PINTO COELHO, NICODEMOS JOSÉ ALVES DE SOUSA

INSTITUIÇÃO: CLINICA DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE

INTRODUÇÃO: Linfomas do trato nasossinusal ou granulomas letais de linha média, são neoplasias incomuns, responsáveis por grandes lesões destrutivas em região nasal e terço médio da face. Linfomas Não Hodgking (LNH) correspondem a 1,5% de todos os tumores detectados no organismo. Cerca de 20-30% destes são extra-nodais e, apenas 0,44% deles está localizado em trato nasossinusal. Nesta topografia apresenta-se, geralmente, como obstrução nasal e principal diagnóstico diferencial são as granulomatoses nasais.

O diagnóstico, pela inespecificidade dos sintomas, é, com freqüência, tardio. Já o prognóstico, é reservado e ainda não há consenso sobre a melhor forma de tratamento.

OBJETIVO: relato de caso típico de LNH  nasosinusal

METODOLOGIA: Revisão de prontuário clinico e artigos científicos

RELATO DE CASO: VCS, sexo masculino, atendido em Pronto Socorro com epistaxe ativa à esquerda e história de sinusite, cefaléias muito intensas e epistaxes recorrentes há 3 anos. Ao exame, foi notada massa friável e secreção em fossa nasal esquerda. Procedida, então, TC de seios da face que mostrou velamento de fossa nasal esquerda e todos os seios bilateralmente, além de calcificação em seio maxilar esquerdo.

Encaminhado à Santa Casa, foi submetido a cirurgia endoscópica nasal com éxerese da lesão e exame Anátomo-patológico que sugeriu a  possibilidade de linfoma de aspecto angiocêntrico. Nova biópsia com estudo Imunohistoquímico revelou Linfoma T CD3+ de alto grau. Iniciados radio e quimioterapia.

V.C.S. evoluiu com redução da acuidade visual e auditiva, fraqueza progressiva em membros inferiores, paraparesia e paralisia facial contralateral, além de  redução da sensibilidade em mmii e abdome e  perda de controle esfincteriano (anal + vesical). Apresentava citologia liquórica negativa, TC de coluna lombar sem alterações e RNM DE COLUNA TORÁCICA E LOMBOSSACRA com exuberante espessamento e impregnação das raízes da cauda eqüina e leptomeninges da coluna torácica baixa, sugestivo de infiltração neoplásica.

Efetuados ciclos de quimioterapia intratecal e Radioterapia local no SNC (cauda eqüina e neuroeixo), entretanto houve degeneração do estado geral com anemia, plaquetopenia, insuficiência hepática e óbito após 8 meses do diagnóstico.

CONCLUSÃO: O linfoma nasossinusal é uma neoplasia rara e agressiva, que pode se apresentar, inicialmente como sinais e sintomas de rinossinusite aguda. Deve-se suspeitar deste diagnóstico diante de um caso que apresenta sintomas atípicos como cefaléia excruciante e epistaxe recorrente. Avaliação por métodos de imagem e biópsia são fundamentais e não devem tardar, uma vez que o atraso no diagnóstico é, certamente, um fator determinante para má evolução nesses casos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-358

TÍTULO: LINFOMA NASAL

AUTOR(ES): JOSEMAR DOS SANTOS SOARES , PEDRO PAULO VIVACQUA DA CUNHA CINTRA, FERNANDO CERVANTES SANTOS, CAROLINA DE FARIAS AIRES LEAL, RODRIGO KOHLER, RODRIGO PRESTES DOS REIS, HENRIQUE WAMBIER

INSTITUIÇÃO: OTOCLIM

INTRODUÇÃO: os linfomas constituem um grupo heterogêneo de doenças neoplásicas raras que se originam de células do sistema imunológico, a grande maioria tem origem nas células B e uma minoria, em células T. São divididos em linfomas de Hodgkin (LH) e linfomas não-Hodgkin (LNH), que correspondem respectivamente a 20% e 80% dos casos. Os LH correspondem a 1% de todas as neoplasias humanas e os LNH à 4%. Predominam em homens (2-3,5H:1M). Geralmente adultos em torno de 50 anos. Os principais sinais e sintomas do linfoma incluem a presença de massas tumorais comprometendo estruturas nodais (60 a 75% dos casos) ou extra-nodais (25 a 40% dos casos), além de fadiga, prurido cutâneo e sintomas B: febre, emagrecimento > 10% do peso em seis meses e sudorese noturna.

Nos linfomas nasais os sintomas iniciais mais frequentes são obstrução, secreção e epistaxe. Estas manifestações iniciais são muitas vezes indistinguíveis de sinusopatias inflamatórias ou infecciosas. Tem como diagnósticos diferencias doenças infecciosas, granulomatosas, autoimunes e neoplásicas, como sífilis, leishmaniose, tuberculose, infecções fúngicas, granulomatose de Wegner, carcinoma e linfoma.           Dois fatores são importantes para o prognóstico: o estágio da doença e a extensão paranasal. Os linfomas nasais tipo histológico T têm pior prognóstico que os B. Os exames de imagem (RNM, TC) determinam a extensão e estadiamento. O diagnóstico se baseia na biópsia do linfonodo ou da massa tumoral extranodal, com classificação da doença de acordo com critérios morfológicos e imunohistoquímicos.O tratamento é feito com radioterapia para estádio I, sendo mais utilizada a quimioterapia combinada ou não a radioterapia. Mais recentemente tem se utilizado anticorpos monoclonais (MoAb) alentuzumab combinado com quimioterapia ou radioterapia.

OBJETIVO: o objetivo deste relato de caso é expor o quadro de uma paciente de 52a, com queixa de cefaléia frontal, hiposmia, sensação de peso em região E da face há 6 meses, com piora há 3 meses, sem relato de rinorréia ou epistaxe. Ao exame físico, rinoscopia com evidência de massa hiperemiada em fossa nasal E, logo após região de vestíbulo, sem sangramento evidente, de consistência mole. A nasofibrolaringofaringoscopia, fossa nasal E obstruída por massa de cor avermelhada, sem permitir progressão do aparelho. Na tomografia computadorizada dos seios da face, preenchimento da cavidade nasal E com material de partes moles, sem atingir rinofaringe. Seio maxilar velado, com material de partes moles alterando a parede medial, projetando a região de infundíbulo, também rechaçando o septo, sem aspecto de destruição óssea.

METODOLOGIA: relato de caso

 

RESULTADOS: O resultado imunohistoquímico da peça cirúrgica evidenciou positividade para marcadores de linhagem linfocitária B, respectivamente, PAX-5 marcando núcleos e CD20 marcando membrana. Com diferenciação de célula B ativada e índice de proliferação, Ki-67, estimado em 70%.

CONCLUSÃO: os autores reforçam o fato de sintomas comuns de sinusite repetição como obstrução nasal, cefaléia, epistaxe, sem êxito com tratamento clínico, poderem mascarar doenças graves. Devemos ficar atentos para outros possíveis diagnósticos diferenciais.

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TRABALHO CLÍNICO

P-359

TÍTULO: LINFONODO SENTINELA NO CÂNCER DE LARINGE: UMA NOVA PERSPECTIVA

AUTOR(ES): CARLOS TAKAHIRO CHONE , GUILHERME MACHADO DE CARVALHO, ELBA ETCHEHEBERE, CELSO DARIO RAMOS, ALBINA MESSIAS DE ALMEIDA MILANI ALTEMANI, LEANDRO L. FREITAS, AGRÍCIO NUBIATO CRESPO

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO, ANATOMIA PATOLÓGICA, MEDICINA NUCLEAR/UNICAMP

INTRODUÇÃO: A conduta de um pescoço clinica e radiologicamente negativo em pacientes com carcinoma epidermóide da cabeça e pescoço (CECP) ainda é controversa. Entretanto a maioria dos pacientes são submetidos a esvaziamento cervical eletivo quando há um risco maior que 20% de metástases ocultas. Como em vários outros tumores sólidos, a biópsia do linfonodo sentinela (LNS) tem sido utilizada como um método potencial para a detecção metástase linfática em CECP. Tem sido demonstrado que o estado do linfonodo sentinela prediz o eswtadiamento cervical de forma correta. Vários estudos de validação revelaram taxas de detecção do linfonodo sentinela em CECP acima de 95% com valor preditivo negativo de linfonodo sentinela de 95%.

OBJETIVO: Avaliar acurácia e valor preditivo negativo da pesquisa de LNS em carcinoma epidermóide de laringe e comparar a taxa de recorrência cervical entre pacientes submetidos a LNS e esvaziamento cervical eletivo(END) e aqueles submetidos a LNS apenas.

METODOLOGIA: Estudo clínico, prospectivo, de pacientes com câncer de laringe elegíveis a esvaziamento cervical eletivo.

RESULTADOS: Dezesseis pacientes, sendo 10 na glote e 6 na supraglote, com idade média de 61 anos (50-80 anos) foram avaliados. O grupo 1 teve 5 pacientes e 11 pacientes tem o grupo 2. Grupo 1, com cinco pacientes, foi submetido a LNS e esvaziamento cervical eletivo com um seguimento médio de 15 meses (10-24). Linfonodos sentinelas foram identificados em todos os pacientes e todos foram negativos para metástases, com valor preditivo negativo de 100% e acurácia de 100%. O Grupo 2, com onze pacientes, foi submetido a LNS sem esvaziamento cervical eletivo com um seguimento médio de 21 meses (4-36). Linfonodo sentinela foi positivo para metástases em dois pacientes (18%). Sete pacientes (64%) necessitaram de radioterapia pós-operatória por fatores histopatológicos adversos: margem positiva, invasão vascular, invasão perineural ou disseminação extra-capsular. Cinco destes sete, também receberam quimioterapia pós-operatória por margens comprometidas. Na última avaliação nenhum dos pacientes de ambos os grupos tiveram recorrência no pescoço e um paciente apresentou recidiva local.

CONCLUSÃO: LNS em câncer de laringe apresenta valor preditivo negativo de 100%, acurácia de 100% e taxa de recidiva de 0%. É importante notar que nenhum estudo randomizado de tamanho amostral suficiente existe na literatura, mas os estudos preliminares mostram uma nova perspectiva no câncer de cabeça e pescoço.  

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-360

TÍTULO: LIPOBLASTOMA CERVICAL

AUTOR(ES): RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO , ISELENA CLAUDINO BERNARDES, LORENA SOUSA OLIVEIRA, DANILO RODRIGUES CAVALCANTE LEITE, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO ? HNL / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY(HULW)

INTRODUÇÃO: Lipoblastomas são raros  tumores benignos de tecido adiposo embrionário que podem surgir em todos as regiões anatômicas1.  Ocorre principalmente em lactentes e crianças jovens, manifestando-se como uma massa de crescimento rápido e que geralmente acomete as extremidades(70%)2. Os casos envolvendo cabeça e pescoço são raros3. Os sinais e sintomas que podem ocorrer por compressão de estruturas cervicais incluem: comprometimento respiratório, síndrome de Horner e hemiparesias4. A excisão cirúrgica é curativa, porém observam-se taxas de reincidência entre 14 e 24%5.

OBJETIVO: Relatar um caso decorrente de lipoblastoma na região cervical, diagnosticado no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HNL e tratado no HULW.

METODOLOGIA: Análise da abordagem clínica e cirúrgica que propiciaram o diagnóstico e tratamento de uma criança com lipoblastoma na região cervical.

RESULTADOS: Paciente E.G.S., sexo feminino, 12 anos de idade, deu entrada no HNL, apresentado nódulos, em região cervical direita, sem limites precisos, fixo e indolor, sendo observado há 2 meses e 1/2. Referiu nesse período alteração da fonação, dispnéia, principalmente, ao dormir, perda de peso(5kg) e dificuldade de deglutir. Negou dor ao deglutir, febre e cefaléia. Apresentou ao exame físico linfadenomegalia à direita e tumoração cervical direita de consistência elástica, indolor, sem sinais flogísticos e pulsátil. O laudo de ultrassonografia da região cervical com Doppler mostrava massa sólida heterogênea sem vascularização ao estudo Doppler, ocupando os níveis II e III à direita. A radiografia do tórax em PA apresentava aspecto normal. Foi internada para excisão e biópsia, tendo como RESULTADO anatomopatológico linfonodos cervicais sem evidências de comprometimento neoplásico. A tomografia cervical evidenciou processo expansivo com densidade heterogênea de gordura que apresenta contornos parcialmente definidos que mede aproximadamente 7,0 x 3,0 cm, estando localizado na base do crânio com extensão para o pescoço à direita. Esta formação expansiva comprime e estreita a coluna aérea da laringe e transição laringo-traqueal, além de desviar para esquerda. Tendo em vista que o SUS não autoriza procedimento benigno para o HNL, a paciente foi encaminhada para o HULW para exérese cirúrgica da tumoração com linfadenectomia radical cervical. Na cirurgia foi feita ressecção de lesão tumoral extensa a partir de incisão cervical em níveis II e III e deslocamento de retalhos. A conclusão do anatomopatológico foi de lipoblastoma com  linfonodos sem evidências de comprometimento neoplásico e margens cirúrgicas livres. A paciente continua sendo acompanhada sem queixas clínicas, com pescoço negativo e ultrassonografia com gânglios linfáticos cervicais bilaterais com aspecto ecográfico não patológico.

CONCLUSÃO: As técnicas de imagem não são adequadas para o diagnóstico. Portanto, a análise histológica ainda é obrigatória para se concluir o mesmo4.

Uma parte considerável de lipoblastomas no pescoço são combinados com dificuldades respiratórias (31%)6. Este tumor apresenta um desafio clínico e

deve ser considerado em crianças que se apresentam com uma massa cervical5. Devido ao seu comportamento benigno, a excisão cirúrgica é curativa.

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TRABALHO CLÍNICO

P-361

TÍTULO: LIPOMA DE LARINGE: RELATO DE DOIS CASOS E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): DANILO ANUNCIATTO SGUILLAR , ALEXANDRE MINORU ENOKI, GIULIANNO MOLINA DE MELO, JULISE LANDIM GAJO, ROGÉRIO RAMOS CAIADO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

Lipoma é um tumor mesenquimal benigno de crescimento lento, geralmente único, com incidência maior em homens (4:1) na sexta década de vida. Lipomas de Laringe são raros e ocorrem geralmente em região supraglótica preferencialmente em epiglote e pregas ariepiglóticas. A importância dos lipomas deve-se à possibilidade de causarem obstrução das vias aéreas, principalmente durante a indução da anestesia geral.

RELATO DE CASOS

Caso 1: Paciente do sexo feminino, 92 anos, com queixa de disfagia leve para sólidos e sensação de globus há 3 meses com piora do quadro há 1 mês, procurou serviço de Gastroenterologia onde foi solicitada endoscopia digestiva alta. O exame evidenciou lesão de aspecto cístico, medindo aproximadamente 3 cm no maior diâmetro, com pedículo localizado em prega ariepiglótica esquerda. Realizada ressecção da massa por microcirurgia de laringe, enviada peça para anátomo-patológico que confirmou dianóstico de lipoma.

Caso 2: Paciente do sexo feminino, 62 anos, com queixa de disfonia progressiva há 02 anos. Realizada vídeo- laringoscopia com endoscópio rígido, que evidenciou lesão entre os terços médio-anterior da prega vocal direita. O exame anátomo-patológico da lesão ressecada evidenciou presença de adipócitos maduros, compatível com o diagnóstico de lipoma.

DISCUSSÃO

O primeiro caso de lipoma de laringe foi descrito por Holt et. al em 1854. Desde então, existem pouco mais de 100 casos descritos na literatura.

O diagnóstico é realizado com endoscopia laríngea, exames de imagem como Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética são úteis para avaliar a extensão do tumor e a biópsia ou ressecção da lesão com análise histológica levam ao diagnóstico definitivo. O tratamento de escolha é cirúrgico com ressecção completa da massa por laringoscopia direta, como no caso apresentado, ou por abordagem externa (faringotomia lateral, laringofissura, faringotomia sub-hióide) na dependência de lesões maiores, ou na impossibilidade de acesso por laringoscopia direta.

CONCLUSÃO

Lipoma de laringe é uma lesão benigna e rara que ganha importância pelo risco potencial de obstruir a via aérea e por ser um importante diagnóstico diferencial das lesões laríngeas, principalmente as malignas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-362

TÍTULO: LIPOMA DE PALATO MOLE

AUTOR(ES): MARCOS ANTÔNIO FERNANDES,RENATO TELLES DE SOUZA,LUIZ CARLOS NADAF DE LIMA, RAFAEL SIQUEIRA DE CARVALHO, RENATA FARIAS DE SANTANA, LUIZ CARLOS WAWRICK FONSECA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS

O Lipoma de Palato Mole, é um tumor benigno raro,que acomete principalmente pessoas entre 40-60 anos,com ligeira predileçao pelo sexo masculino, sendo incomum o acometimento abaixo dos 12 anos de idade. Geralmente é assintomático, de crescimento lento e etiologia desconhecida. O presente trabalho relata uma criança de 10 anos de idade, que se apresentou com uma tumoração em palato mole, que teve como diagnóstico histopatológico de Lipoma e foi submetido a tratamento cirúrgico para remoção da lesão. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-363

TÍTULO: LIPOMA DO PALATO MOLE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RENATO DE QUEIROZ RAMOS , ROGÉRIO DA COSTA TIVERON, JÚLIO CLÁUDIO DE SOUSA, CAMILA PAZIAN FELICIANO, THIAGO FERREIRA BORGES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INTRODUÇÃO: O lipoma é um neoplasma benigno de adipócitos maduros, que pode ocorrer em qualquer região do corpo, porém incomum na região orofaríngea. Embora represente a neoplasia mesenquimal mais comum, a maioria dos casos acomete o tronco e a região proximal das extremidades. Na boca, os sítios envolvidos incluem a mucosa jugal, a língua e o assoalho bucal, além do vestíbulo, lábio e área retromolar. A prevalência do lipoma no palato é rara. A patogênese dos lipomas ainda é incerta. Quanto ao tratamento, a maioria dos autores são unânimes em afirmar ser a excisão local conservadora a técnica de eleição. A recidiva dos lipomas intra-orais é extremamente rara.

OBJETIVO: Relatar um caso de lipoma do palato mole numa paciente adulta, que se queixava de dispnéia e disfagia, ressaltando a sua prevalência incomum nesse sítio, bem como as características clínicas e histológicas que definem a doença.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 27 anos, branca, procurou o Serviço de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro devido à queixa de abaulamento no palato há, aproximadamente, três anos, associado a dispnéia discreta e disfagia a líquidos e sólidos. Durante a orofaringoscopia constatou-se abaulamento submucoso em palato mole, predominante do lado esquerdo, mole, de limites nítidos, indolor à palpação e mucosa de revestimento de aspecto normal. A ressonância nuclear magnética da face demonstrou lesão expansiva de características benignas, limites bem definidos, localizada junto às paredes posterior e lateral esquerda da orofaringe, com extensão à nasofaringe e sinal de tecido adiposo. A paciente foi submetida à excisão cirúrgica da lesão, sob anestesia geral. Macroscopicamente, observou-se lesão de aspecto ovóide, de 7 X 5 X 3 centímetros, com a superfície externa amarelada e bocelada, aparentemente revestida por delgada cápsula de tecido conjuntivo. O exame microscópico da massa tumoral confirmou a suspeita clínica de lipoma do palato mole.

CONCLUSÃO: O lipoma está classificado no grupo das neoplasias benignas, representando o tumor de origem mesenquimal mais comum. Embora a etiopatogenia desta lesão ainda seja incerta, alguns autores mencionam a importância do trauma e dos processos infecciosos neste aspecto. A sua localização no palato é rara. Os lipomas geralmente são assintomáticos, a menos que atinjam grandes proporções e/ou exerçam compressão sobre estruturas neurais. O tratamento de eleição dos mesmos é a excisão cirúrgica, e os índices de recidiva normalmente são raros.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-364

TÍTULO: LIPOMA INTRA-ORBITÁRIO: ABORDAGEM ENDOSCÓPICA NASAL

AUTOR(ES): JOÃO FLÁVIO NOGUEIRA JÚNIOR , CAROLINA VERAS AGUIAR, MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS, MOISÉS XIMENES FEIJÃO, JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ, ARTHUR CHAVES GOMES BASTOS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO

Os lipomas são as neoplasias benignas mais comuns dos tecidos moles, no entanto os lipomas de órbita são extremamente raros acometendo menos de 1% de todos os tumores desta região. Nas lesões orbitárias sintomáticas, abordagens externas, como as craniotomias supra-orbitárias, sâo atualmente consideradas como o ?padrão-ouro? para o tratamento cirúrgico e descompressão locais. Entretanto, com o recente avanço nas técnicas e intrumentos endoscópicos, cada vez mais, acessos minimamente invasivos têm sido praticados.

OBJETIVOS

Descrever um caso clínico de lipoma intra-orbitário intra-conal e seu manejo através de cirurgia endoscópica transnasal.

RELATO DE CASO

FAP, masculino, 51 anos de idade, natural e procedente da cidade de Sobral-CE, foi encaminhado ao serviço de Oftalmologia da instituição com queixas de prurido ocular, abaulamento do globo ocular e perda progressiva da visão em olho esquerdo há cerca de 03 meses.       O exame físico confirmava proptose, infiltração e fixação do globo ocular à esquerda, além de ptose palpebral ipsilateral. TC com sinais sugestivos de lesão intra-conal com proptose e hipertrofia de musculatura intra-orbitária à esquerda. RNM com presença de lesão difusa em região-intra-orbitária esquerda; nervo óptico distendido e com calibre maior.

Após avaliação pré-operatória completa, o paciente foi submetido à cirurgia endoscópica transnasal. Foram realizados abertura do seio maxilar e esfeno-etmoidectomia completas à esquerda. Após exposição completa da peri-órbita, foi realizada ampla abertura para realização de biópsia e tentativa de remoção completa da lesão. A musculatura intra-orbitária foi identificada e rebatida. Um material com consistência gordurosa, entretanto com coloração enegrecida foi identificado e removido cautelosamente, expondo o nervo óptico e a vasculatura intra-orbitária. Ao final do procedimento, leve cauterização bipolar foi realizada na gordura intra-orbitária presente. Não houve complicações intra ou pós-operatórias, entratanto não houve recuperação visual completa no olho esquerdo. O material foi enviado para estudo anátomo-patológico que revelou tratar-se de lipoma orbitário.

DISCUSSÃO

Embora as abordagens externas favoreçam a exposição direta da lesão, geralmente estão associadas a morbidades significativas. Por essa razão, e pela possível facilidade de acesso à lesão, foi optado, neste caso, pela via endoscópica transnasal, técnica minimamente invasiva quando comparada à craniotomia supra-orbitária.

CONCLUSÃO

A biópsia e ressecção endoscópicas transnasais de lesões intra- orbitárias é possível e pode oferecer algumas vatagens quando comparadas às abordagens tradicionais. Entretanto é fundamental o uso de instrumentos e equipamentos especializados.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-365

TÍTULO: MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DE ORELHAS MÉDIA E INTERNA ASSOCIADAS À MICROSSOMIA HEMIFACIAL

AUTOR(ES): DANIELLE DA SILVA PEDREIRA , HUMBERTO AMARAL SANTOS, GUILHERME AUGUSTO BRAGATTO, ALINE CRISOSTOMO FERNANDES, GUSTAVO NOLETO DE REZENDE, FILIPE TRENTO BURIGO, MARCELO MENDES TEPEDINO

INSTITUIÇÃO: PRÓ-OTORRINO

INTRODUÇÃO:

As malformações da orelha ocorrem em cerca de 150 : 100.000 nascidos vivos. Geralmente afetam a orelha externa, canal auditivo e orelha média sendo raro acometer orelha interna. Em cerca de 50% são idiopáticas e o restante associadas a síndromes hereditárias ou exposição a teratógenos.

A microssomia hemifacial é uma anomalia craniofacial frequente, caracterizada pela má formação do pavilhão auricular, envolvimento do osso temporal, incluindo a falta da fossa mandibular e ausência de estruturas articulares dos côndilos e processos coronóides.

RELATO DE CASO:

TT, 11 anos, feminina, portadora de microssomia hemifacial à direita, procurou nosso serviço para avaliação auditiva.  Negava infecções no período gestacional, complicações durante o parto e exposição a teratógenos. Trouxe tomografia de mandíbula revelando hipoplasia de arco zigomático e da mandíbula, retificação da cavidade glenóide e atrofia da musculatura mastigadora ipsilateral. Realizada audiometria que mostrou disacusia mista em à direita e disacusia condutiva à esquerda. BERA mostrou aumento da latência das ondas e interpicos bilaterais. TC de mastóides mostrou pouca pneumatização com velamento parcial à esquerda, caixas timpânicas de pequenas dimensões, imagem linear densa em topografia de estribo à direta, assimetria de CAI, redução do calibre do canal do nervo facial bilateralmente, principalmente da porção labiríntica.  Indicado protetização auditiva com reavaliações semestrais e acompanhamento psicológico.

DISCUSSÃO:

As malformações de orelha externa e media geralmente estão associadas, uma vez que possuem a mesma origem embriológica. No entanto, as malformações de orelha interna coexistem com as da orelha externa em 15% a 20% dos casos, o que pode ser justificado pelo fato da orelha interna desenvolver-se separadamente em período gestacional anterior ao desenvolvimento das demais orelhas.

A microssomia hemifacial é a forma mais freqüente de assimetria facial, afetando aproximadamente 1 : 5000 nascidos vivos, sendo uma síndrome do primeiro arco branquial. Envolvendo o ramo temporomandibular, articulação mandibular, músculos da mastigação e da orelha. A perda auditiva pode resultar do subdesenvolvimento dos componentes ósseos do sistema auditivo, diminuição ou ausência de conduto auditivo externo. Ocasionalmente, pode coexistir defeitos no segundo arco envolvendo o nervo facial e os músculos faciais.

Devemos realizar exames de imagem como radiografia panorâmica, oclusal, cefalométrica lateral; tomografia de face com reconstrução tridemensional e de mastóides para estabelecer a extensão da deformidade anatômica e o grau de comprometimento funcional associada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Nos casos de alterações craniofaciais devemos atentar para possíveis alterações do sistema auditivo; pois as orelhas médias, externas e a mandíbula apresentam a mesma origem embriológica.  A abordagem diagnostica e terapêutica deve ser por uma equipe multidisciplinar.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-366

TÍTULO: MANEJO CIRURGICO DA COMPLICAÇÃO DO TRAUMA NASAL: DO ABSCESSO SEPTAL AO NARIZ EM SELA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MARIA JULIA ABRÃO ISSA , CEZAR BERGER, FÁBIO MANIGLIA, CAIO SOARES, MARCOS MOCELLIN

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR / HOSPITAL IPO

INTRODUÇÃO: O nariz é uma estrutura vulnerável ao trauma, podendo este acarretar diversas consequências. Uma delas, o abscesso septal, é uma afecção decorrente de um hematoma septal não tratado adequadamente. O abscesso septal deve ser manuseado com atenção visto que pode resultar em deformidades estéticas desagradáveis, como o nariz em sela.

RELATO DECASO: Relatamos o caso de um paciente de 28 anos, do sexo masculino, que procurou o serviço de ORL, por queixa de obstrução nasal, após 3 semanas de trauma nasal direto. Diagnóstico de abscesso septal, foi submetido a tratamento cirúrgico (drenagem). Evolui com nariz em sela (>5mm). Após 8 meses, foi submetido a rinoplastia reparadora estrutural, com cartilagem costal, o seguimento P.O. de 6 meses foi de grande satisfação para o cirurgião e o paciente. DICUSSÃO: A  rinoplastia estrutural reparadora pode ser realizada através de técnica fechada ou aberta. Neste caso, optamos pelo acesso através da incisão septocolumelar e inter-cartilaginosa, confeccionando bolsões para a colocação dos enxertos através da técnica de Sheehan sem necessidade de grandes fixações. Descrevemos e ilustramos o caso, como também os passos cirúrgicos, citando  a  literatura atual.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-367

TÍTULO: MANIFESTAÇÃO ATÍPICA DE ANGIOFIBROMA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FÁBIO CAPUANO DOMINGOS , RICARDO ARTHUR HUBNER, CAMILA IZAAC ALFREDO, ATÍLIO MAXIMINO FERNANDES, DALISIO DE SANTI NETO, FERNANDO DRIMEL MOLINA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE ORL E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DA FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO: MRS, feminina, 53 anos, atendida no Ambulatório da Otorrino e CCP do Hospital de Base de SJRP com queixa de obstrução nasal a esquerda  e epistaxe. Ao exame de Nasolaringofibroscopia apresentava massa de coloração avermelhada que obstruía cavidade nasal esquerda e impossibilitava passagem do nasofibroscopio . A TC de seios da face evidenciou lesão expansiva, com epicentro cavidade nasal esquerda e extensão para os seios maxilar, etmoidal e esfenoidal, rinofaringe, fossa piterigóide e fossa infra-temporal do lado esquerdo. Foi realizado ressecção de lesão  com recidiva tumoral após controle tomográfico pós-operatório. O diagnostico de angiofibroma nasofaringeo foi confirmado por imunohistoquimica.

OBJETIVO: Relatar um caso clinico ambulatorial com manifestações atipicas de Angiofibroma e fazer revisão da literatura

METODOLOGIA: Foi utilizado revisão de prontuário da paciente, bem como resultados de exames de imagem, anatomopatologico e imunohistoquimico; e rediscussão interdisciplinar do caso com revisão bibliográfica.

CONCLUSÃO: O angiofibroma caracteriza-se como tumor benigno localmente invasivo. Acomete principalmente adultos jovens do sexo masculino. Histologicamente consiste de uma proliferação vascular em meio a um estroma fibroso com vasos de paredes delgadas de diversos calibres, e por vezes a parede muscular pode estar ausente. Imunohistologicamente verifica-se positividade para a Vimentina nas paredes vasculares e nas células estromais, enquanto a Actina de Músculo Liso somente é observada nas paredes vasculares. A reatividade para os receptores de andrógenos e de estrógeno / progesterona é variável nas células estromais e endoteliais, e no nosso caso resultaram negativos. Existem poucos casos de angiofibroma em pacientes do sexo feminino relatados, e sua ocorrência é considerada tão rara que  recomenda -se a revisão da histologia e estudo cromossômico, pensando na possibilidade de uma alteração do cromossomo sexual que cursa com fenótipo feminino e cariótipo 46XY. Neste trabalho foi descrito um caso clínico de acometimento atípico para faixa etária e gênero.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-368

TÍTULO: MANIFESTAÇÃO ORAL DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

AUTOR(ES): MATEUS PEREIRA BOM BRAGA , ANA CRISTINA MARTINS, CLÁUDIA ROSALINA, MARIANA SALGUEIRO, JAIR DE CARVALHO E CASTRO, ANA RUAS, MARCELO RODZANDISK LIRA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO RIO DE JANEIRO

A leishmaniose é uma antropozoonose considerada um grande problema de saúde publica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco com registro aproximado de dois milhões de novos casos ao ano.

É uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários. Apresenta-se na forma cutânea e na forma mucosa.

Estima-se que 3 a 5% dos casos de LTA desenvolvam lesão mucosa. Apresentam-se como lesões destrutivas localizadas nas mucosas das vias aéreas superiores. A lesão mucosa ocorre por disseminação hematogênica ou linfática. Lesões cutâneas múltiplas, lesões extensas e com mais de um ano de evolução, localizadas acima da cintura, são o grupo com maior risco de desenvolver a forma mucosa.

Nas lesões crônicas e avançadas pode haver mutilações com perda parcial ou total do nariz, lábios, pálpebras, causando deformidades e conseqüente estigma social.

RELATO DE CASO

Feminino, 50 anos, residente em Campo Grande-RJ, com queixa de disfonia e disfagia há seis meses, encaminhada à FIOCRUZ. Ao exame clínico foi visualizada lesão granulosa se estendendo de palato mole à palato duro. Presença de perfuração septal com infiltração de bordos e crostas e infiltração granulosa em cavum. À videolaringoscopia evidenciou infiltração granulosa de região supra glótica e lesão difusa em pregas vocais.

Realizada biópsia de lesão oral com pesquisa para bactérias, fungos, histopatológico, cultivo  in vitro  e PCR.

Realizada sorologias, Colhido escarro para pesquisa de micobactérias, teste intradérmico, hemograma e bioquímica. Todas as sorologias foram negativas, porém o laudo histopatológico evidenciou a presença de formas amastigotas compatíveis com LTA e cultura e PCR positivos.

A paciente iniciou tratamento. Após um mês de tratamento já foi possível observar redução significativa da lesão oral e melhora importante da infiltração da mucosa nasal e laríngea.

DISCUSSÃO

O diagnóstico diferencial deve ser feito com a paracoccidiodomicose, hanseníase virchowiana, rinoscleroma, sarcoidose, sífilis terciária, granuloma de linha média e neoplasias. Na maioria dos casos, ocorre o comprometimento da mucosa nasal e septo, estendendo-se para nasofaringe, faringe, laringe e cavidade oral. Existe o risco de deformidades permanentes e o diagnóstico precoce é condição essencial para que a terapêutica seja eficaz e sejam evitadas as seqüelas deformantes.  

CONCLUSÃO

O conhecimento sobre alterações bucais causadas pela LTA é de extrema importância para profissionais da área da saúde. Através de sua compreensão será possível realização de diagnóstico precoce prevenindo deformidades e estigmas sociais.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-369

TÍTULO: MANIFESTAÇÃO ORAL DA LUES SECUNDARIA

AUTOR(ES): RAFAEL MARTIN BENAVIDES , PEDRO ROBSON BOLDORINI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE SOROCABA - BOS

INTRODUÇÃO

Sífilis é uma doença infecciosa causada por uma espiroqueta chamada Treponema pallidum que evolui lentamente em três estágios, caracterizada por lesões da pele e mucosas. Pode ser transmitida por contato sexual, configurando-se assim como uma doença sexualmente transmissivel (DST), e mais raramente por contaminação materno fetal.

A sífilis também é conhecida como lues (palavra latina que significa praga), e é dividida em três estagios: sifilis primária, secundaria e terciaria.

A sífilis primária (cancro sifilítico) manifesta-se após um período de incubação variável de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contato. Até este período inicial o indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado "cancro duro?, que demarca o local de inoculação do Treponema sp.

A sífilis secundária é a seqüência lógica da sífilis primária não tratada e é caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8 semanas) após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é uma mácula eritematosa e aparece simetricamente no tronco e membros, e, ao contrário de outras doenças que cursam com rush cutâneo, as lesões atingem também as regiões palmar e plantar.

A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial mas pode levar dez anos para se manifestar, e já foram relatados casos onde esta fase aconteceu cinqüenta anos depois de infecção inicial.

Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem comprometer as visceras, inclusive o esqueleto.

RELATO DE CASO

Paciente R.Z, masculino, 31 anos, chega ao ps do hospital de otorrinolaringologia de sorocaba-BOS referindo quadro de odinofagia ha 30 dias, não associado a febre, e sem outros sintomas otorrinolaringológicos.

Ao exame clinico otorrinolaringológico apresentava placas bem definidas e de cor semelhante a um véu opalino, como pinceladas de nitrato de prata, segundo REZENDE BARBOSA, em região de pálato mole, tonsilas palatina, úvula e faringe posterior. Foi submetido a videonasofaringolaringoscopia flexível não se evidenciando continuidade de lesão em rinofaringe e hipofaringe.

Questionado sobre quadros patológicos prévios o paciente relatou que ha aproximadamente 1 ano apresentou ferida na região peniana e corrimento uretral (sic), que cessou com uso de azitromicina e ciprofloxacina. Relatou também que ha aproximadamente 4 meses apresentou lesões máculo papulares , pruriginosas e de coloração rósea em região de tronco, com resolução espontânea em 30 dias.

Foram solicitados exames laboratoriais: hemograma, VHS, sorologias para hiv, hepatite, herpes, e sífilis.

O resultado obtido foi positivo para sífilis, fechando o diagnostico do paciente como Sífilis secundária.

O paciente foi submetido a tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI intramuscular uma vez por semana por 3 semanas com resolução completa do quadro clínico.

 

DISCUSSÃO

Manifestações orais da lues são de dificil diagnóstico para o otorrinolaringologista, uma vez que as lesões são inespecíficas. Acrescenta-se a isso, a pouca familiaridade com que o médico assistente tem em relação às lesões mucosas sifilíticas uma vez que o uso corrente de antibióticos para outros quadros infecciosos elimina uma possível infecção treponemica evitando, portanto, a ocorrencia de lesões mucosas da sífilis secundária. Devemos ainda lembrar que essas lesões muitas vezes são de resolução espontânea.

O presente caso mostra como uma anamnese detalhada direciona o médico assistente na hipótese diagnóstica e na solicitação de exames complementares que confirmem essa etiologia.

No referido caso, a anamnese e a presença das lesões levaram a hipótese de sífilis no seu estagio secundário, dai a importância de um questionamento detalhado ao paciente para a suspeição diagnóstica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-370

TÍTULO: MANIFESTAÇÕES FARINGO-LARÍNGEAS DA SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE

AUTOR(ES): BRUNO TEIXEIRA DE MORAES , NOEMI GRIGOLETTO DE BIASE, MARIANA DANTAS AUMOND LEBL, MARINA PADOVANI, MIRIAM MORAES, GUSTAVO POLACOW KORN, JOSÉ ELSON SANTIAGO DE MELO JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A Síndrome pós-poliomielite (SPP) caracteriza-se por um novo episódio de atrofia ou fraqueza muscular em indivíduos acometidos por poliomielite prévia. Os sintomas iniciam-se após um período prolongado de estabilidade clínica que varia de 20 a 40 anos depois do quadro inicial da poliomielite. Dentre os mecanismos fisiopatológicos, o mais provável é que a síndrome represente um processo de desgaste e exaustão metabólica neuronal devido a um processo contínuo de desnervação-reinervação que se inicia após o quadro agudo inicial.

 

OBJETIVO: Revisar as características clínicas e fisiopatológicas da SPP, assim como apresentar a abordagem em casos com manifestações faringo-laríngeas.

 

REVISÃO DE LITERATURA: A patogênese da SPP permanece desconhecida; o mais provável é que a síndrome apresente um processo contínuo de desgaste e exaustão neuronal em que a desnervação-reinervação requer aumento da demanda metabólica nas ramificações, perda gradual de fibras axonais e consequente atrofia muscular. Os achados clínicos de pacientes com SPP afetando a musculatura laríngea incluem fraqueza de adução ou abdução uni ou bilateral e fadiga associada com uso contínuo da voz. O sintoma mais comum é a disfagia.

 

RELATO DO CASO: Apresentamos o caso clínico de um paciente masculino com 48 anos de idade, com queixas principais disfonia e disfagia e história prévia de poliomielite. O paciente foi submetido à investigação diagnóstica, na qual encontram-se descritos os achados psicoacústicos da voz, laringoscópicos, eletromiográficos e da videoendoscopia da deglutição compatíveis com SPP. O tratamento consistiu em fonoterapia num total de 11 sessões semanais e orientações gerais para deglutição com melhora satisfatória dos sintomas.

 

COMENTÁRIOS FINAIS: As manifestações faringo-laríngeas da SPP são passíveis de tratamento, obtendo-se resultados satisfatórios com melhora na qualidade de vida dos pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-371

TÍTULO: MANIFESTAÇÕES OTORRINOLARINGOLÓGICAS NA DENGUE CLÁSSICA E HEMORRÁGICA

AUTOR(ES): FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR , MAURICIO AQUINO PAGANOTTI, FELIPPE ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR, DIANA ARANTES SAD RAMALHO

INSTITUIÇÃO: URS NOVO HORIZONTE=SERRA-ES (SUS)

Dengue é uma doença febril aguda, causada por um arbovírus, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Apresenta manifestações clássicas como febre, mialgia, epistaxe, odinofagia, vertigem e zumbido. Constitui um sério problema de saúde pública.

O objetivo do nosso estudo foi avaliar pacientes com dengue, que apresentam sintomatologia otorrinolaringológica como manifestação inicial. 

Foi realizado um estudo prospectivo, incluindo 13 pacientes com dengue, com sorologia comprovada, que manifestaram queixas otorrinolaringológicas na URS NOVO HORIZONTE NA PREF.MUNICIPAL DE SERRA-ES no período de março de 2008. Como epidemias devem persistir em outros anos em paises em desenvolvimento e tropicais como o nosso , a suspeita clínica do dengue é importante,e devemos ficar alertas para o diagnostico sempre,lembrando que manifestações na área de otorrinolaringologia sao correntes.

Palavras-chave: dengue, otorrino,febre.

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TRABALHO CLÍNICO

P-372

TÍTULO: MASTOIDITE E PARALISIA FACIAL COMO MANIFESTAÇÕES INICIAIS DE GRANULOMATOSE DE WEGENER

AUTOR(ES): ANDRÉ SOUZA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO , NORMA DE OLIVEIRA PENIDO, ANDRÉ SOUZA DE ALBUQUERQUE MARANHÃO, VITOR GUO CHEN, BRUNO ALMEIDA ANTUNES ROSSINI, JOSÉ RICARDO GURGEL TESTA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO PAULO- ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

INTRODUÇÃO: As manifestações otológicas ocasionalmente são as primeiras e únicas a aparecerem, estando presentes em 20% a 61% dos casos de Granulomatose de Wegener (GW), sendo a otite média serosa a apresentação mais comum. Diversos autores citam as manifestações otológicas no curso da GW, entretanto eles não especificam em que momento da doença elas apareceram, isto é, se como manifestação inicial ou subseqüente a outros achados.

OBJETIVO: Promover uma atualização sobre as possíveis manifestações clínicas iniciais e isoladas de lesões otológicas na GW. Descrever 3 casos confirmados de GW que apresentaram inicialmente mastoidite e evoluiram com

paralisia facial periférica. Discutir evolução clínica e audiométrica destes pacientes bem como avaliar o tempo decorrido até o diagnóstico.

METODOLOGIA: Estudo coorte retrospectivo de 3 pacientes diagnosticados com GW que apresentaram inicialmente manifestações otológicas. Os resultados dos exames laboratoriais, audiométricos e de imagem foram analisados assim como a evolução clínica dos pacientes.

RESULTADOS: Caso1: otalgia intensa e otorréia em orelha esquerda há 20 dias, evolui com PFP esquerda quando procurou atendimento em nosso serviço. Duas semanas após iniciado o tratamento não havia mais otorréia e observou-se regressão quase completa da PFP. Na consulta seguinte a paciente queixava-se de diminuição da audição também na orelha direita, trouxe a RNM que evidenciou hipercaptação de contraste na cóclea e nervo facial a esquerda, velamento de mastóide bilateral e linfonodo retrofaríngeo a esquerda.Durante a internação a paciente fez picos febris, com hemoculturas negativas e liquor  normal não infeccioso e  VHS (140) elevado, foi solicitada avaliação da Infectologia e Reumatologia sendo suspeitado de doença granulomatosa e solicitado ANCA-C que apresentou titulação de 1/160, confirmando o diagnóstico de GW decorridos 3 meses após o início dos sintomas.

Caso2: há 1 mês com queixa de otalgia, hipoacusia, otorréia à esquerda e paralisia facial periférica a esquerda. Foi firmado o diagnóstico de otomastoidite aguda complicada com paralisia facial periférica. Devido à evolução desfavorável foi solicitada avaliação da Reumatologia que solicitou ANCA-C  que estava positivo com titulação de 1/20. O diagnóstico foi firmado decorridos 74 dias do início dos sintomas. Paciente teve recuperação completa da paralisia facial e recuperação parcial dos limiares auditivos.

Caso3: otalgia intensa e otorréia purulenta contínua à direita com inicio há 45 dias. A tomografia de ossos temporais e  a ressonância magnética de crânio mostravam velamento completo da mastóide e orelha média direita associada a otomastoidite. Diante da não resposta à terapia clínica, foi indicado a timpanomastoidectomia e colocação tubo de ventilação à direita. No sétimo dia de pós-operatório, a paciente evoluiu com PFP. Solicitou-se o ANCA-C que mostrou-se positivo até título de 1/160, confirmando o diagnóstico de GW após 2 meses do início do quadro clínico

CONCLUSÃO: Complicações de otites médias agudas (mastoidite e paralisia facial periférica) refratárias as terapêuticas antiinfecciosas habituais impõem a investigação de doenças granulomatosas e a GW deverá ser pesquisada para que possamos fazer o diagnóstico em uma fase mais precoce possível e mudarmos o prognóstico destes pacientes

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-373

TÍTULO: MAXILECTOMIA PARCIAL E OBTURADOR PALATINO

AUTOR(ES): EUSTÁQUIO NUNES NEVES , VALÉRIA DE PAULA BARTELS, RENATA ANTUNES DE CARVALHO, AMANDA CRISTINA FERREIRA, DANIEL PAINS NOGUEIRA, FERNANDO CASTRO DE PAULA

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINO BH

INTRODUÇÃO: Os tumores da cavidade nasal e dos seios paranasais perfazem em média 10% de todos os tumores da cabeça e pescoço. Na sua grande maioria (80%) são de origem epitelial e mais de 75% dos tumores primários da cavidade nasal e dos seios paranasais são malignos. O carcinoma espinocelular é o mais freqüente dentre os tumores malignos dessa região. As neoplasias epiteliais benignas são papilomas escamosos, papilomas invertidos, adenomas e outras lesões raras. Alguns tumores malignos da maxila podem ser removidos com maxilectomia parcial. Esses tumores também reconhecidos como de infra-estrutura, ou seja, tumores que envolvem a gengiva superior, assoalho do seio maxilar ou palato duro adaptam-se adequadamente a este procedimento.

OBJETIVO: Relato de caso de paciente portador de carcinoma espinocelular de rebordo alveolar superior posterior submetido à maxilectomia subtotal associada ao uso do obturador palatino.

METODOLOGIA: Descrição básica da técnica de maxilectomia subtotal com incisão facial externa de Weber-Ferguson e explanação detalhada da confecção e uso do obturador palatino em paciente desdentado total.

RESULTADOS: Obtenção de resultado estético e funcional bastante satisfatório assim como remoção da peça operatória com margens livres de neoplasia.

CONCLUSÃO: Como princípio básico de qualquer cirurgia oncológica, devemos sempre ter uma ampla exposição do campo operatório, situação essa obtida através da incisão de Weber-Ferguson. Ao mesmo tempo, quando programamos uma maxilectomia, seja ela parcial ou total, nunca poderemos nos esquecer do fator reabilitador. No caso em questão, utilizamos de artifícios técnico-cirúrgicos para propiciar ao paciente um melhor conforto no seu pós-operatório através da confecção e fixação do obturador palatino. Deve haver integração total entre a equipe cirúrgica e o odontólogo para fornecer ao paciente uma adequada recuperação tanto estética quanto funcional

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-374

TÍTULO: MEDIASTINITE COMO COMPLICAÇÃO DE CORPO ESTRANHO CERVICAL

AUTOR(ES): SILVIA MARA TASSO , SALETE MAURICIA MARIOSA RODRIGUES, JEFFERSON DALL'ORTO MUNIZ, RUBENS RIBEIRO DA COSTA JÚNIOR, DENISE CARDOSO TOLEDO, MOISÉS FRANKLIN ALVES, DIOGO VASCONCELOS SILVA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS SAMUEL LIBÂNIO (POUSO ALEGRE-MG)

INTRODUÇÃO: Corpos estranhos (CEs) aspirados para as vias aéreas ou que se prendem durante a deglutição na via digestiva não são raros. Acredita-se que ocorrem na frequência de 0,5/100.000 habitantes, cerca de 1000 casos/ano no Brasil. Os que são deglutidos acabam sendo eliminados, junto com as fezes, porém, os corpos estranhos maiores ou pontiagudos podem se fixar na faringe ou no esôfago, gerando sintomas que exige a sua retirada. Alguns casos, depois de se fixarem na via digestiva, geram perfurações, abscessos ou até mesmo lesões de grandes vasos, caracterizando um deslocamento dos CEs pelos tecidos vizinhos. Complicações relacionadas à ingestão de CEs, como o abscesso retrofaríngeo, são de baixa prevalência, mas potencialmente grave. Consideram-se como complicações o desenvolvimento de abscesso cervical, perfuração esofágica e a necessidade de abordagem cirúrgica.

OBJETIVO: O presente relato des­creve um caso de CE em um paciente do sexo masculino que evoluiu com abscesso cervical, mediastinite e ruptura de artéria carótida direita.

RELATO DE CASO: AMT, 70 anos, masculino,foi avaliado pelo serviço de otorrinolaringologia  com queixa de odinofagia após ter engasgado com espinha de peixe. À oroscopia não visualizava se corpo estranho.  À videonasofaringolaringofibroscopia (VNFL) e endoscopia digestiva alta não foram visualizadas presença de CE. Foi orientado a retornar em caso de não melhora dos sintomas e prescrito analgésico. Retornou 03 dias após, mantendo dor e início de dispnéia de decúbito. Realizada nova VNFL que apresentou abaulamento importante em parede posterior de faringe e diminuição da mobilidade de pregas vocais. Solicitada TC de pescoço e visualizada imagem sugestiva de corpo estranho em região cervical baixa, ao nível de C7, comprimindo ou alçando veia jugular externa D. Foi internado e iniciado antibioticoterapia, realizada traqueostomia e incisão em parede retrofaríngea com aspiração de secreção piosanguinolenta. Após 05 dias, apresentou piora de quadro evoluindo com insuficiência respiratória sendo encaminhado para a UTI. Começou a apresentar febre. Realizada TC de tórax onde foi observado CE em partes moles da região cervical D e mediastinite. Solicitada avaliação da cirurgia torácica que realizou intervenção cirúrgica para drenagem de abscesso em mediastino e região cervical, com retirada de CE (espinha de peixe) através de incisão em borda medial do esternocleidomastoideo. Manteve se hemodinamicamente estável, mas após 03 dias apresentou sangramento importante pela cicatriz cirúrgica devido à ruptura da artéria carótida D; realizou se sua rafia. Evoluiu bem, recebendo alta hospitalar após 21 dias de internação, com prescrição de antibioticoterapia e medicações habituais, acompanhamento ambulatorial e retorno se anormalidades.

CONCLUSÃO: Corpos estranhos colocam em risco a vida de seus portadores; por isso, em casos de histórias arrastadas de ingestão de CE, estudo por imagens deve ser complementado com exame endoscópico. Deve-se estar atento para diagnósticos pré-estabelecidos e buscar dados que levem à elucidação do quadro.

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TRABALHO CLÍNICO

P-375

TÍTULO: MEDIDAS ACÚSTICAS NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE FONOMICROCIRUGIA DA LARINGE

AUTOR(ES): HILTON MARCOS ALVES RICZ , NATHÁLIA DOS REIS, LÍLIAN AGUIAR-RICZ, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, DANIEL SALGADO KUPPER, FRANCISCO VERÍSSIMO DE MELLO-FILHO, RUI CELSO MARTINS MAMEDE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: as lesões benignas da laringe são comuns e acometem as pregas vocais produzindo na maioria das vezes, sintomatologia caracterizada por disfonia. A causa primária para o aparecimento da lesão benigna é o mau uso ou abuso vocal, porém outros fatores secundários podem estar associados. Estas lesões alteram a microestrutura das pregas vocais e as opções de tratamento são a fonoterapia e/ou a fonomicrocirurgia. As medidas acústicas têm sido relevantes na mensuração de vozes patológicas, no acompanhamento da fonoterapia e da fonomicrocirurgia e na compreensão da eficiência destes tratamentos.

OBJETIVO: o objetivo desse estudo foi descrever e comparar as medidas acústicas no pré e pós-operatório imediato de fonomicrocirurgia de lesões benignas da laringe.

METODOLOGIA: participaram do estudo 14 homens e 16 mulheres do grupo controle e 14 homens e 16 mulheres do grupo com lesões benignas (quatro mulheres e 10 homens com pólipo de prega vocal; quatro mulheres e quatro homens com cisto e oito mulheres com edema de Reinke), todos com idade entre 30 e 50 anos. Realizou-se análise acústica da voz no pré e no primeiro dia de pós operatório, utilizando-se o módulo MDVP (Multi-Dimensional Voice Program) do programa Multi-Speech Model 5105 da Kay ElemetricsTM, avaliando-se os seguintes parâmetros: Média da Freqüência Fundamental (f0), Extensão da Freqüência Fundamental Fonatória (PFR), Quociente de Perturbação do Pitch (PPQ), Coeficiente de Variação da Freqüência Fundamental (vF0), Quociente de Perturbação da Amplitude (APQ), Proporção Harmônico-Ruído (NHR), Índice de Turbulência Vocal (VTI), Índice de Fonação Suave (SPI), Grau de Quebras de Sonoridade (DVB), Grau de Componentes Sub-harmônicos (DSH) e Grau de Silêncio (DUV).

RESULTADOS: no grupo das mulheres com lesões benignas, mulheres com edema de Reinke e cisto de prega vocal as medidas de f0 melhoraram e nas mulheres com pólipo melhoraram as medidas de APQ, NHR e VTI. No grupo de homens com lesões benignas e homens com pólipo de prega vocal todas as medidas acústicas tenderam a melhorar no pós-operatório imediato.

CONCLUSÃO: no pós-operatório observou-se que as medidas tendem a melhorar ou até mesmo retornar a normalidade. Nesse estudo, também foi possível concluir que a análise acústica é um importante instrumento para avaliar os resultados da fonomicrocirurgia mesmo no pós-operatório imediato, possibilitando compreender os efeitos do procedimento cirúrgico para a voz.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-376

TÍTULO: QUISTE HIDATIDICO ORBITARIO EN PAIS NO ENDEMICO. REPORTE DE UN CASO RARO.

AUTOR(ES): ESTEBAN ESPÍNOLA , JORGE ARIAS, JOSÉ QUIROZ, VALENTINA ARIAS, LETICIA ALARCÓN, TA JU LIU, ESTEBAN ESPÍNOLA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICAS. UNA

La localización orbitaria del quiste hidatídico inusual, aun en países endémicos, manifestándose en el 1% de los casos. El agente etiológico es el Equinococus granulosus en su estadio larvatico. La descripción de una casuística tendrá como objetivo puntualizar referencias de esta patología. Presentamos una adulta sexo femenino de 46 años de procedencia rural con protrusión creciente del ojo derecho, asociado a disminución progresiva de la agudeza visual de 10 meses de evolución. Al examen físico del ojo afecto se constata motilidad ocular abolida, reflejo pupilar aferente relativo. Radiológicamente se mostraba una imagen quística de 24-30mm de diámetro en la porción interna del cono orbitario, encontrándose el músculo recto interno parcialmente ausente. Además laboratorialmente demuestra anemia leve y eosinófilia. Se realiza extirpación del quiste mediante acceso de Lynch, hallándose quiste bilobulado de contenido liquido blanquecino grumoso que sale accidentalmente, así como tambien solución de continuidad en la pared interna de la orbita con salida LCR por la misma. Se cierra la fístula con espongostan. Se demuestra histopatologicamente quiste hidatidico, con scolex dentro del contenido. En el post operatorio no presenta complicaciones, preconizando uso de ceftriaxona ante el hallazgo y albenzadol como coadyuvante del tratamiento. La proptosis disminuye considerablemente en el postop, siendo aun el prognostico visual reservado. Ante una proptosis irreductible no pulsátil unilateral se debe considerar al quiste hidatídico orbital como diagnostico diferencial, y su tratamiento es exclusivamente quirúrgico con coadyuvante antiparasitario.

Palabras Claves: Quiste, Hidatidico, orbital

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TRABALHO CLÍNICO

P-377

TÍTULO: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS PREDITORAS DA GRAVIDADE DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO.

AUTOR(ES): JOSE ANTONIO PINTO , LUCIANA BALLESTER DE MELLO GODOY, VALÉRIA WANDERLEY PINTO BRANDÃO MARQUIS, CAROLINA DE FARIAS AIRES LEAL, MARINA SPADARI ARTICO, THIAGO BRANCO SÔNEGO

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma doença crônica caracterizada por episódios parciais ou completos de colapso da via aérea superior, resultando em dessaturação de oxigênio e microdespertares, com sintomas que variam desde o ronco até a sonolência excessiva diurna. Em adição a estes sintomas, que afetam negativamente a qualidade de vida, a SAOS causa aumento da morbimortalidade cardiovascular e cerebrovascular. A polissonografia é considerada o exame padrão ouro para o diagnóstico da SAOS, apesar de suas limitações, apresenta custo elevado e difícil acessibilidade. Dessa forma, torna-se necessário desenvolver um método mais simples e menos dispendioso como alternativa de ?screening? para SAOS.

OBJETIVO: Determinar a relação entre as medidas antropométricas e a gravidade da SAOS.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo retrospectivo de revisão de prontuários de pacientes de um hospital privado do município de São Paulo.

Os sujeitos serão selecionados a partir do levantamento dos prontuários dos pacientes com distúrbio do sono. Serão excluídos pacientes com dados incompletos em seus prontuários,aqueles que apresentarem IAH < 5 e menores de 18 anos de idade.

As informações coletadas para pesquisa serão idade, peso, altura, medidas antropométricas como circunferência cervical (CC), circunferência abdominal (CA) e circunferência pélvica (CP) e índice de mallampati, além de dados da polissonografia dos pacientes.

Os prontuários a serem pesquisados serão referentes aos pacientes atendidos no período entre janeiro de 2008 e março de 2010.

RESULTADOS: O total de pacientes atendidos com queixa de distúrbios do sono em nosso serviço, no período do estudo, foi 202. Desses, 120 foram excluídos. A amostra final ficou composta de 82 pacientes. A idade variou de 25 á 71 anos com média de 43,76 anos.

Verificarmos a relação entre as variáveis idade e medidas antropométricas com as variáveis associadas ao grau de gravidade da SAOS. Observou-se que o grau de gravidade do IAH tem correlação com o aumento de peso e IMC e com maior CC, CA e CP, sendo a relação mais significativa entre IAH e as variáveis escalares CC (r +0,411) e CA (r +0,393). Dentre estas, através do coeficiente de correlação, evidenciou-se que a mais significativa foi CC (r +0,411).

CONCLUSÃO: A associação de obesidade com a SAOS é atualmente claramente conhecida. Há controvérsias quanto aos parâmetros preditivos mais significativos. Em nosso estudo em 82 pacientes verificamos que o IAH tem correlação com o aumento de IMC, CC, CA, CP e Índice de Mallampati modificado. Desses, o parâmetro mais significativo para estimar gravidade da SAOS foi circunferência cervical (CC).

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-378

TÍTULO: MELANOMA EM FOSSA NASAL

AUTOR(ES): LILIANE SATOMI IKARI , WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI, FELIPE ALMEIDA MENDES, ANA CAROLINA PARSEKIAN ARENAS, HEDNALDO JOSÉ BASTOS, JOSÉ FRANCISCO DE SALES CHAGAS, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: Os melanomas de mucosa são tumores raros de etiologia desconhecida e de comportamento agressivo. Os sítios mais freqüentes são o septo nasal e a parede lateral da fossa nasal. Os sintomas mais comuns são obstrução nasal e epistaxe. Apresentam-se como tumores polipóides e friáveis, solitário ou multicêntrico. Apresenta crescimento rápido e pode haver invasão de seio paranasal ao diagnóstico.

OBJETIVO: Relatar um caso de melanoma de fossa nasal.

RELATO DE CASO: VOC, 51 anos, comparece ao ambulatório de otorrinolaringologia em dezembro de 2009, com queixa de sangramentos nasais de repetição. Refere sangramento de pequena monta pela fossa nasal esquerda e descarga posterior sanguinolenta. Possui como antecedente pessoal história de melanoma cutâneo em região de deltóide esquerdo diagnosticado em 2001, tendo sido tratado em outro serviço e com alta, sem recidivas há 5 anos. À nasofibroscopia rígida foi constatada massa de aspecto polipóide acastanhada em fossa nasal esquerda. Para dar seguimento ao caso, foram solicitados TC de seios da face e RNM de crânio com ênfase em seios da face. Paciente foi encaminhado ao serviço de dermatologia para descartar focos da doença cutânea e para os serviço de oftalmologia para descartar foco primário em retina.

DISCUSSÃO: Melanomas mucosos são mais freqüentes entre os 40 e 60 anos, havendo uma ligeira preponderância no sexo masculino. Os sintomas mais comuns são obstrução nasal, epistaxe e dor facial. Contudo há relatos de proptose, diplopia, dor facial e assimetria facial, principalmente quando há acometimento de seios paranasais. Em nosso caso, o paciente apresentava apenas obstrução nasal unilateral a esquerda acompanhada de epistaxe. Os melanomas mucosos de fossa nasal apresentam um mau prognóstico. Têm sobrevida de 5 anos de 20 a 30%, e mesmo para pacientes que estão clinicamente livres da patologia, não significa estarem curados. Estes devem ser acompanhados pelo resto de suas vidas, pois apresentam alta taxa de recorrência tumoral, estimada entre 40 e 60%, mesmo após muitos anos do diagnóstico inicial.

CONCLUSÃO: Os melanomas mucosos de fossa nasal são neoplasias raras de mau prognóstico. A melhora da sobrevida implica em diagnóstico o mais precoce e exérese cirúrgica inicial mais ampla possível. As maiores causas de falha no tratamento são as recidivas locais e a relativa freqüência de metástases a distância. A cirurgia é considerada como a melhor conduta e associada à radioterapia coadjuvante. Deve-se sempre levar em conta uma terapêutica que vise a redução do volume tumoral, melhorando a qualidade de vida, sem levar, no entanto, a sua real cura na maioria dos casos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-379

TÍTULO: MELANOMA MALIGNO DE MUCOSA NASAL: RELATO DE CASO E REVISÃO NA LITERATURA

AUTOR(ES): ALONÇO DA CUNHA VIANA JUNIOR , CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA, WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA, DÉBORAH ABRAHÃO, THIAGO DOLINSKI SANTA ROSA OLIVEIRA, REGIS MARCELO FIDELIS, DANIELA LEITÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

INTRODUÇÃO: O melanoma maligno de mucosa nasal é uma entidade rara, de etiologia incerta, com comportamento agressivo e potencialmente letal, muito se tem estudado na tentativa de realizar o tratamento mais adequado em busca da cura.

OBJETIVO: Relatar um caso de melanoma maligno primário de mucosa nasal e realizar uma revisão da literatura ressaltando os aspectos clínicos e biológicos relevantes desse tumor.

RELATO DO CASO: MRM, sexo feminino, 91 anos, negra, referindo episódios de epistaxes anteriores recorrentes há cerca de 6 anos, tendo realizado atendimento otorrinolaringológico onde foi sugerido biopsia nasal. Há cerca de 1 ano e 3 meses evoluiu com aumento da recorrência das epistaxes e obstrução nasal progressiva. Ao exame apresentava a mucosa nasal hipocorada e com lesão enegrecida de aproximadamente 1 cm de diâmetro localizada em septo nasal, na área II de Cottle, à esquerda, friável ao toque. À nasofibroscopia confirmava a lesão septal e evidenciava uma área enegrecida acometendo todo o corneto médio e a cabeça do corneto inferior esquerdos. Tomografia computadoriza da face demonstrou velamento das células etmoidais à esquerda.  Realizou-se uma biópsia incisional da lesão cujo laudo anátomo-patológico foi melanoma maligno. O caso foi apresentado à Comissão de Oncologia do Hospital Naval Marcílio Dias, e devido à paciente apresentar mieloma múltiplo descompensado com necessidade de medicação trombogênica, foi contra indicada tratamento cirúrgico. No momento, se mantém em acompanhamento ambulatorial com episódios recorrentes de epistaxe.

DISCUSSÃO: O melanoma acomete mais freqüentemente a pele, sendo as mucosas acometidas em apenas 5% dos casos. Geralmente atinge indivíduos acima dos sessenta anos de idade, não estando associado a sexo. Os melanomas mucosos primários do nariz e seios paranasais apresentam 1% de todos os melanomas. O acometimento mucoso nasossinusal primário é unilateral e as localizações mais freqüentes ocorrem no septo nasal, corneto médio e inferior. Quanto às localizações sinusais, estas são mais freqüentes no maxilar e etmoidal, sendo o frontal e o esfenoidal mais raramente acometidos. A epistaxe e obstrução nasal são os sintomas mais freqüentes, mas de aparecimento tardio, dificultando diagnóstico precoce, o que piora o prognóstico.

Há possibilidade de metástases ganglionares, pulmão, fígado, cérebro, pele, órbita e outros, mas a freqüência é variável de estudo para estudo. São tumores altamente recidivantes, tanto localmente quanto à distância. A TC e a ressonância nuclear magnética complementam-se na avaliação e estadiamento do tumor. O diagnóstico definitivo é realizado por meio do estudo histopatológico e imunohistoquímico. O tratamento combinado da terapia cirúrgica ampla e a radioterapia oferecem o melhor prognóstico.

CONCLUSÃO:  A valorização dos sintomas do paciente e o diagnóstico precoce são fundamentais para o prognóstico da doença.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-380

TÍTULO: MENINGIOMA COM EXTENSÃO PARA OUVIDO MÉDIO SIMULANDO GLOMUS TIMPÂNICO: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): THIAGO PONTES EUGÊNIO , ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA, WILIAN MADUELL DE MATTOS, ANA CAROLINA JULIANO CELLI VON HULSEN TOSTA, FRANCIANE REGINA VARGAS, ANDY DE OLIVEIRA VICENTE

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: Meningiomas são tumores originados de ninhos de células meningoteliais normalmente disseminadas nas leptomeninges, tela coróide e plexo coróide dos ventrículos. A extensa área de revestimento dural nas fossas média e posterior, em íntima relação com as superfícies superiores e mediais do osso temporal, justifica a grande variedade de meningiomas que acometem essa região.

Paraganglioma, que foi o diagnóstico diferencial principal à otoscopia, são tumores originados de células não-cromafins , que são originárias da crista neural primitiva, compondo o sistema neuroendócrino extra-adrenal. Descrevemos o caso de uma paciente com meningioma intracraniano com extensão para ouvido médio que ao exame clínico inicial foi aventada a hipótese de glomus timpânico.

RELATO DE CASO: Mulher.52 anos. procurou nosso serviço com queixas de hipoacusia e tinnitus a direita há 10 anos, sem otalgia, cefaléia, tonturas ou outros sintomas. Exame neurológico sem alterações. À otoscopia, foi observada massa violácea e pulsátil em quadrantes superiores à direita e exame normal à esquerda. Audiometria tonal mostrou perda mista severa à direita e perda neurossensorial à esquerda. Audiometria vocal com LRF de 70db à direita e 30 dB à esquerda. TC de ossos temporais revelou conteudo em ouvido médio com atenuação  de partes moles, alem de hiperostose do osso temporal adjacente a lesão.  RM de ouvidos mostrou lesão expansiva com alta intensidade de sinal em T2 em fossa média com extensão para ouvido médio.

DISCUSSÃO: Meningiomas correspondem a 18% das neoplasias intracranianas primárias; 20% dos meningiomas intracranianos apresentam extensão extra craniana principalmente para a órbita. Meningiomas envolvendo a orelha média são muito raros. Estes podem ser primários ou secundários por extensão de meningioma intracraniano.

Glomus timpânico é a neoplasia mais comum da orelha média. Eles surgem a partir dos corpos glômicos, que são quimiorreceptores não-funcionantes no osso temporal derivados de células da crista neural primitiva. Os sintomas mais comuns são hipoacusia e tinnitus pulsátil, e o principal sinal é uma massa pulsátil violácea retrotimpânica à otoscopia.

Neste caso, havia a suspeita inicial de glomus timpânico pelo aspecto otoscópico e pelas queixas de zumbidos pulsátil. Após avaliação das imagens de TC e RM, chegou-se ao diagnóstico de meningioma intracraniano com comprometimento da orelha média direita pelo tumor.

CONCLUSÃO: Meningioma com extensão para orelha média parece ser uma entidade rara, já que existem poucos relatos na literatura de tal condição. Enfocamos a importância da suspeição desse diagnóstico diferencial nas patologias que acometem tal região.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-381

TÍTULO: MENINGIOMA PETROCLIVAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ANA CRISTINA LANFRANCHI ASPRINO , IVAN SENIS CARDOSO MACEDO, ANA ADELINA GIANTOMASSI DELLA TORRE, MAURÍCIO MARTINS BALDISSIN, EDMIR AMÉRICO LOURENÇO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ

Paciente MVRG, 46 anos, gênero feminino, casada, vendedora, natural do Rio Grande do Sul, procedência Jundiaí-SP. QPD: Hipoacusia na orelha esquerda há dois anos, início em dezembro/07. HPMA: Início de hipoacusia à esquerda há dois anos, acompanhada de vertigem esporádica, de pequena duração e zumbido agudo, evoluindo com progressão da perda auditiva, vertigem e zumbidos contínuos e cefaléia, procurando nosso Serviço. Na primeira consulta em nossa Instituição, abril/09, apresentava à otoscopia apenas discreto aumento de vascularização do cabo do martelo na orelha esquerda, sem sinais de líquido na orelha média e à direita sem alterações. Manobra de Valsalva negativa OE e positiva OD. Restante do exame físico otorrinolaringológico normal. Tomografia computadorizada (TC) de ossos temporais sem contraste: à esquerda com conteúdo em orelha média e células mastoideas com densidade de partes moles, cadeia ossicular e esporão de Chaussé preservados, conduto auditivo interno sem alterações; à direita sem alterações. Audiometria: hipoacusia neurossensorial leve à direita e mista moderada a severa à esquerda. Optado por timpanotomia exploradora da orelha esquerda, realizada em 17/06/09: acesso endaural com remoção de timpanosclerose, de tecido de aparência fibrótico não denso, como traves envolvendo a cadeia ossicular e aderências da membrana timpânica ao promontório, contudo apresentando cadeia ossicular íntegra e móvel após debridamento simples desses tecidos. Foi colocado tubo de ventilação tipo Paparella no QAI. Audiometria pós-operatória com piora da perda auditiva mista em orelha esquerda.  Foi então solicitada TC e Ressonância Magnética (RM) cerebral com contraste, realizada em agosto/09, que evidenciou lesão expansiva petroclival esquerda, com extensão para tuba auditiva, meato acústico interno e mastóide ipsilateral. Optado por biópsia neurocirúrgica, que confirmou o diagnóstico de meningioma petroclival de extensão para tuba auditiva e mastóide, e a paciente foi encaminhada para radiocirurgia neurológica com Gamma Knife. RM de crânio pós radiocirurgia junho/10 demonstrando discreta diminuição do tumor. Nova RM de cabeça será realizada para controle em seis meses. Conclusão: Meningiomas temporais são de difícil diagnóstico devido sua raridade e a maioria só é diagnosticada quando esse tumor causa sintomas neurológicos ou otológicos de acordo com a topografia do mesmo. Achados otológicos apresentam diagnóstico diferencial com colesteatoma, glomus e schwannoma. Metástase de outros tumores para a orelha média é muito raro. O tratamento do meningioma de osso temporal inclui o controle da progressão e recorrência da doença, minimizando sua morbidade. O Otorrinolaringologista deve estar atento ao diagnóstico diferencial deste tipo de doença pela dificuldade do diagnóstico precoce.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-382

TÍTULO: MENINGOENCEFALOCELE EM CAVIDADE NASAL DE RECÉM-NASCIDO

AUTOR(ES): JOSEMAR DOS SANTOS SOARES , JOSÉ ANTÔNIO PINTO, PEDRO PAULO VIVACQUA DA CUNHA CINTRA, CAROLINA DE FARIAS AIRES LEAL, MARINA SPADARI ARTICO, FÁBIO CARACHO BATISTA, RODRIGO REIS PRESTES

INSTITUIÇÃO: NOSP - NÚCLEO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DE SP

INTRODUÇÃO: encefalocele basal é uma rara entidade patológica que ocorre em 1:35.000 nascimentos. Constitui 1 a 10% de todas as encefaloceles. Caracteriza-se pela herniação do tecido neural através de um defeito nas estruturas ósseas da base do crânio. A encefalocele basal é classificada em transetmoidal, esfenoetmoidal, esfenoorbital, esfenomaxilar e transesfenoidal. A meningocoencefalocele intranasal ocorrer secundário à herniação das meninges através de um defeito no piso da fossa craniana anterior. Na ruptura da aracnóide e dura-máter, ocorre escape do líquido cefaloraquidiano. Isso se deve a um gradiente de pressão maior que a resistência do tecido. Nos casos de fístula liquórica, a correção cirúrgica com acesso frontal, através da craniotomia foi iniciado por Dandy em 1926. Posteriormente, abordagens extracraniana e transnasal na década de 1950. Este evoluiu para a técnica endoscópica de hoje que oferece maiores benefícios por meio da visualização, sem remanescente da cicatriz, menor morbidade e nenhum efeito adverso sobre a o sentido do olfato. A literatura mostra que o sucesso taxa com essa abordagem é de 86 a 97%. A TC e a RNM são necessárias para confirmar o diagnóstico de meningoencefalocele, para definir a presença de elementos neurais e vasculares na herniação e revelar os defeitos nas estruturas ósseas.

TRATAMENTO: realizamos uma cirurgia corretiva de meningoencefalocele congênita via degloving nasal realizada pela otorrinolaringologia, com reconstrução da fenda craniana e aplicação de cola de fibrina realizada pela neurocirurgia.

OBJETIVO: relatar um caso de recém-nascido de 30 dias, internado na UTI pediátrica, apresentando quadros de insuficiência respiratória alta por obstrução nasal D e E, sendo esta pela presença de massa avermelhada, com eventuais epistaxes, mas sem evidência de eliminação liquórica. Oroscopia de aspecto normal. A tomografia computadorizada de crânio e seios da face constatou imagem alargada na cavidade nasal E, estendendo-se até a rinofaringe, com atenuação para partes moles, contornos bem definidos, dimensionado em 4,5x1cm, sugerindo alargamento do forame cecum, podendo ter como diagnóstico diferencial neoplasia, pólipo nasal ou encefalocele frontal. Após uma criteriosa avaliação pré operatória, o tratamento de escolha foi a cirurgia por degloving nasal.

METODOLOGIA: relato de caso

RESULTADOS: a decisão de realização cirúrgica para remoção da meningocele fronto-etmoidal por meio de degloving nasal proporcionou um acesso tranqüilo, exposição adequada para a ação do neurocirurgião. Ressecou-se o seu pedículo no forame cecum alargado, fechando com vycril 4.0 e aplicando com cola de fibrina no local, ancorando a região com tampão nasal (cotonóide) por 72h, obtendo-se êxito cirúrgico nos 7 dias pós-operatório e nos 3 meses subsequentes.

CONCLUSÃO: apresentamos uma reconstrução bem sucedida de uma meningoencefalocele congênita, identificada por meio de lesão em massa na fossa nasal, causando repercusão respiratória, melhor diagnosticada após realização de tomografia computadorizada e RNM de crânio e seios da face. A meningoencefalocele presente na rinofaringe é sujeita a complicações por presença de infecções constantes de vias aéreas superiores. A decisão da correção por degloving nasal, como no caso apresentado, demonstrou segura e efetiva.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-383

TÍTULO: MENINGOENCEFALOCELE ESPONTANEA DE OSSO TEMPORAL

AUTOR(ES): RAQUEL COELHO DE ASSIS , MARIANA DE CARVALHO LEAL GOUVEIA, RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO, ÉRICA SAMPAIO BARBOSA, CARLOS HENRIQUE DE PAIVA CHAVES, VICTOR GRANJEIRO DE MELO, DANILO NEGREIROS FREITAS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES

Meningoencefalocele de osso temporal deve-se principalmente a trauma, cirurgias, malignidades ou mais raramente defeito congênito. A detecção de tal patologia é difícil, pois os sintomas são típicos de uma otite media serosa. O grande potencial de contaminação do liquor por essa via é a principal complicação dessa patologia. Exames de imagem podem sugerir o diagnóstico e mostrar a falha óssea. A cirurgia para fechamento da fistula é bem estabelecida e deve ser realizada para evitar complicações e estabelecer um melhor funcionamento da audição.

Neste trabalho descrevemos o caso de DHFA, 47 a, telefonista, natural de Recife queixando-se de plenitude aural em ouvido esquerdo há seis meses. Encaminhada ao Ambulatório de Otorrinolaringologia do hospital Agamenon Magalhães já com a seguinte audiometria e impedanciometria . Tem história de cirurgia provia em ouvido direito por colesteatoma há 10 anos.   Negava história de trauma e otorreia. Otoscopia: presença de efusão em orelha media esquerda.

Nasofibroscopia: Ostios tubarios livres

 Indicada colocação de tubo de ventilação, relizado sem intercorrências. Após o ato cirúrgico notou-se a saída insistente de liquido claro pelo ouvido esquerdo. Realizado dosagem de glicemia no liquido com resultado 61MG%, levantando a possibilidade de fistula liquorica. Realizado Tomografia Computadorizada que evidenciou à esquerda preenchimento completo da cavidade timpânica por componentes de partes moles, que preenchiam também o antro e todas as células pneumatizadas da mastóide, com deiscência de tegmen, confirmando o diagnóstico de fístula liquórica. À direita estatus pós cirúrgico no osso temporal direito com cavidade da mastóide se encontrando bem aerada nesta data.

Indicado mastoidectomia para correção de falha óssea. Durante procedimentofoi visualizado encefalocele em cavidade mastoidea, que foi amputada. A falha óssea foi fechada com fascia temporal e cola biológica. A paciente após 4 meses da cirurgia apresenta-se com zumbido pulsátil, sem outras queixas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-384

TÍTULO: METÁSTASES PARA A HIPÓFISE

AUTOR(ES): TIAGO VASCONCELOS SOUZA , DIEGO RODRIGO HERMANN, FÁBIO PIRES SANTOS, GABRIELA ROBASKEWICZ PASCOTO, CASSIANA BURTET ABREU, JOÃO STAVALE, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

INTRODUÇÃO: Tumores metastáticos para a glândula pituitária são uma complicação incomum das metástases sistêmicas de neoplasias primárias com outros focos de origem, geralmente vistos em pacientes idosos com doença maligna difusa. Apenas 1% de todas as cirurgias da glândula pituitária são realizadas para tratar tumores metastáticos. Apesar de raros, devem ser sempre considerados uma vez que podem ser a primeira manifestação de um tumor primário oculto.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é relatar e discutir casos de metástase pituitária atendidos na instituição (XXX) e correlacionar o diagnóstico diferencial para este problema.

METODOLOGIA: Descrever e discutir a apresentação clínica, diagnóstico, tratamento e resultado em quatro pacientes com neoplasias primárias de pulmão, próstata, cólon e rim que apresentaram metástase pituitária ao longo da evolução clínica da doença.

RESULTADOS: O diagnóstico diferencial entre metástases na região hipotálamo hipofisária e adenoma pituitário pode ser difícil, porém as manifestações clínicas e achados de neuroimagem podem ajudar no diagnóstico diferencial. Normalmente,o prognóstico desses pacientes é pobre.

CONCLUSÃO: As metástases hipofisárias são raras, mas devem ser consideradas no diagnóstico diferencial para pacientes idosos, pacientes com história de malignidade, e em pacientes com sintomas de Diabetes Insípidos ou oftalmoplegia. Embora o prognóstico seja pobre por causa da doença sistêmica não controlada, pode haver um papel importante na ressecção do tumor em um seleto grupo de pacientes, a fim de se aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

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TRABALHO CLÍNICO

P-385

TÍTULO: METÁSTASES PITUITÁRIAS

AUTOR(ES): TIAGO VASCONCELOS SOUZA , DIEGO RODRIGO HERMANN, CASSIANA BURTET ABREU, FÁBIO PIRES SANTOS, JOÃO STAVALE, GABRIELA ROBASKEWICZ PASCOTO, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

INTRODUÇÃO: Tumores metastáticos para a glândula pituitária são uma complicação incomum das metástases sistêmicas de neoplasias primárias com outros focos de origem, geralmente vistos em pacientes idosos com doença maligna difusa. Apenas 1% de todas as cirurgias da glândula pituitária são realizadas para tratar tumores metastáticos. Apesar de raros, devem ser sempre considerados uma vez que podem ser a primeira manifestação de um tumor primário oculto.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é relatar e discutir casos de metástase pituitária atendidos na instituição (XXX) e correlacionar o diagnóstico diferencial para este problema.

METODOLOGIA: Descrever e discutir a apresentação clínica, diagnóstico, tratamento e resultado em quatro pacientes com neoplasias primárias de pulmão, próstata, cólon e rim que apresentaram metástase pituitária ao longo da evolução clínica da doença.

RESULTADOS: O diagnóstico diferencial entre metástases na região hipotálamo hipofisária e adenoma pituitário pode ser difícil, porém as manifestações clínicas e achados de neuroimagem podem ajudar no diagnóstico diferencial. Normalmente,o prognóstico desses pacientes é pobre.

CONCLUSÃO: As metástases hipofisárias são raras, mas devem ser consideradas no diagnóstico diferencial para pacientes idosos, pacientes com história de malignidade, e em pacientes com sintomas de Diabetes Insípidos ou oftalmoplegia. Embora o prognóstico seja pobre por causa da doença sistêmica não controlada, pode haver um papel importante na ressecção do tumor em um seleto grupo de pacientes, a fim de se aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-386

TÍTULO: MIÍASE EM LACTENTE DE 6 MESES DE IDADE

AUTOR(ES): MARIANA MIGUEL FRAGA , ANDERSON PATRÍCIO MELO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

INTRODUÇÃO: Miíases são afecções causadas pela presença de larvas de moscas em órgãos e tecidos dos vertebrados, onde se nutrem e desenvolvem como parasitos. A classificação mais utilizada pelos médicos é a clínica que distingue as miíases em cutâneas, cavitárias e intestinais. É uma dermatose comum nos países tropicais e mais freqüente no meio rural. Acomete as regiões expostas do corpo em indivíduos com hábitos precários de higiene, baixo nível de instrução, com distúrbios psiquiátricos, etilistas, ou imunodeprimidos. Outros fatores predisponentes são as dermatites, abandono familiar e a imobilidade. São afecções de baixa gravidade e curta duração, geralmente resolvidas sem auxílio médico que raramente evoluem com desfecho fatal.

APRESENTAÇÃO DO CASO: G.F.C., feminino, branca, 6 meses, residente da zona urbana, admitida no Hospital Universitário Clemente de Faria acompanhada da mãe que referia, há 2 semanas, ?feridas na cabeça?. Há 1 semana com edema, dor e calor em pálpebra e pavilhão auricular (PA) esquerdos. Ao exame criança em regular estado geral, irritada, com dor à manipulação do PA esquerdo. Encontrava-se febril, com presença de impetigo em couro cabeludo, face, pescoço e região retro-auricular; edema e eritema palpebral à esquerda importantes. Não havia lesão na pálpebra porém com miíase em conjuntiva do olho esquerdo (OE). O PA estava levemente edemaciado, principalmente lóbulo da orelha (LO), com eritema, calor e dor local. Visualizou-se 2 úlceras em região posterior do LO com grande quantidade de miíase. Rinoscopia anterior: hipertrofia de cornetos inferiores e coriza. Hipóteses diagnósticas levantadas: miíase cutânea em LO, oftalmomiíase, impetigo e infecção de vias aérea superiores (IVAS). Em bloco cirúrgico foram removidas 1 larva do OE e cerca de 20 do LO. Acionamos o serviço social pela evidência de maus tratos e prescrevemos cefalexina via oral. Na avaliação 24h após, houve remissão completa do eritema e edema palpebral; persistência do edema, drenagem de secreção e miíase em LO. Após 24h de curativo oclusivo, foi removido mais uma larva. Solicitamos avaliação da oftalmologia que constatou hiperemia de carúncula lacrimal sem evidência de larvas. Prescrito tobramicina colírio por 5 dias. Recebeu alta hospitalar com melhora do impetigo, sem evidência de miíase. Vinte e três dias após a alta retornou ao nosso ambulatório com cicatrização completa das úlceras em LO, sem sinais de IVAS ou impetigo.

DISCUSSÃO: Miíase é de ocorrência incomum em menores de 1 ano. É mais comum em adultos, idosos, sexo masculino, com baixo nível social. O envolvimento ocular representa 5% dos casos de miíase e é denominado oftalmomiíase. Vários fatores contribuíram para o surgimento da miíase neste caso: o impetigo que reflete a falta de higiene e a baixa condição socioeconômica; o prurido, causando feridas levando à ovoposição das moscas; e a tenra idade, associada à imobilidade. O tratamento consiste na remoção das larvas e na prevenção da infecção bacteriana secundária. Alguns trabalhos comprovam que a ivermectina na dose de 300 µg/kg via oral erradica as larvas de miíase cavitárias sem causar toxicidade. Neste caso haveria impedimento ao uso da ivermectina oral. A remoção mecânica das larvas foi suficiente para o tratamento da miíase ocular e cutânea. O tratamento complementar com a cefalosporina deu-se para controle do impetigo e da infecção bacteriana secundária. A conjuntivite teve resolução completa após a remoção da larva e não evoluiu com seqüelas. Sendo assim, demonstramos a raridade desta patologia em menores de 1 ano, alertando que sua ocorrência é resultado de maus tratos, e lembramos que o médico é um dos profissionais incumbidos pela legislação para atuar frente esses casos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-387

TÍTULO: MIÍASE NASAL E DE SEIOS PARANASAIS

AUTOR(ES): FERNANDA CRISTINA RODRIGUES MACHADO , IAN SELONKE, NATHALIA MARTINI MONTI WOLFF, LINO LADISLAU OSTROSKI, LARISSA GUEDES PEREIRA RISPOLI, GILSON RODRIGUES VALLE, NEILOR F. B. MENDES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO

Miíase humana é uma patologia relativamente comum, representando um número significativo dos atendimentos ambulatoriais em otorrinolaringologia.

RELATO DO CASO

JRF, 67 anos, sexo masculino, branco, lavrador, procedente de Matinhos ? PR. Admitido no pronto ? socorro  com queixa de sangramento nasal bilateral associado a algia frontal e malar intensa com início há 3 dias. À rinoscopia anterior, presença de grande quantidade de larvas em ambas as fossas nasais impedindo a visualização de conchas nasais, odor fétido e sangramento ativo em moderada quantidade.

DISCUSSÃO

Apresentamos um caso de miíase cavitária de evolução dramática, com necessidade de tratamento clínico e cirúrgico que, após diversos internamentos e intervenções cirúrgicas, apresentou um desfecho favorável.

A miíase humana é uma condição causada pela presença de larvas de moscas (dípteros) em tecidos do corpo humano, que se nutrem e crescem como parasitas alimentando-se de tecidos vivos ou necróticos (5,6) .

O tratamento é mecânico com a catação das larvas uma a uma, podendo ser associado ao uso de ivermectina na tentativa de levar as larvas à morte (4,5,7,8).

CONCLUSÃO

A miíase humana é uma patologia de caráter benigno. Mas, por acometer principalmente população com nível sócio-econômico-cultural menos favorecido, pode tomar proporções drásticas, podendo até mesmo levar ao óbito. A equipe de saúde deve estar preparada para o pronto tratamento da doença e suas eventuais complicações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-388

TÍTULO: MIOEPITELIOMA DE GLÂNDULA SALIVAR MENOR EM PALATO DURO CAUSANDO DISFONIA E DISFAGIA

AUTOR(ES): MÁRIO ORLANDO DOSSI , MARCELO ORLANDO PARIS CAVASSANI, HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, ELIONES DANTAS PINTO DO AMARAL, MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS-HFA BRASILIA-DF

OBJETIVO:

Descrever o caso de uma paciente com Mioepitelioma de glândula salivar menor localizado no palato duro com queixas de disfonia e disfagia que melhorou após o tratamento cirúrgico.

METODOLOGIA:

Paciente M. O. B., feminino, 38 anos, procurou assistência otorrinolaringológica com relato de tumoração no palato duro de crescimento lento e progressivo há aproximadamente 6 meses.A paciente queixava-se de dificuldade para deglutir alimentos sólidos e também para pronunciar determinadas palavras, negava qualquer tipo de dor ou sangramento.A paciente não apresentava história familiar nem pregressa para qualquer tipo de neoplasia e negava história de tabagismo e etilismo. No exame físico era observado na oroscopia lesão arredondada no palato duro, macia de consistência fibroelástica de aproximadamente 3 cm de diâmetro, na lesão visualizava-se uma ulceração mucosa, sem sangramento ou saída de secreção purulenta. Foi realizada biópsia da lesão e o laudo histopatológico foi compatível com mioepitelioma (adenoma mioepitelial) e sugeriu complementação com imunoistoquímica.Foi realizado um estudo tomográfico contrastado que revelou imagem hipodensa em palato mole medindo 2,8cm X 2,3 cm compatível com lesão neoplasica. Foi realizada cirurgia para exérese da lesão e o novo laudo histopatológico confirmou o diagnóstico e revelou que as margens cirúrgicas estavam livres. O perfil imuno-histoquímico da lesão demonstrou ser compatível com o diagnóstico do mioepitelioma.

RESULTADOS:

Após a ressecção cirúrgica completa da lesão a paciente apresentou remissão completa dos sintomas.

CONCLUSÃO:

O mioepitelioma de localização no palato duro pode provocar sintomas de massa como: disfagia e disfonia, o diagnóstico é dado pelo exame anatomopatológico e estudo imuno-histoquímico e o tratamento cirúrgico na maioria das vezes é curativo, no caso apresentado a paciente evoluiu bem, com remissão completa das queixas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-389

TÍTULO: LEMIERRE ASOCIATED TO GRISEL SYNDROME IN A PEDIATRIC PATIENT

AUTOR(ES): ESTEBAN ESPÍNOLA , ARIAS JORGE, QUIROZ JOSÉ, PEREZ ENRIQUE, MEDINA ANDRÉS, ALARCÓN LETICIA, LIU TA

INSTITUIÇÃO: CLINIC HOSPITAL U.N.A. ASUNCION PARAGUAY

Lemierre´s Syndrome, a rare and forgotten entity described by Lemierre in 1936 in his 20 cases of thrombophlebitis of the internal jugular vein, anaerobic infections usually caused by head and neck. In partnership with Grisel´s syndrome, an entity described by French otolaryngologist who was named in 1930, represents a rare but clinically well-defined non-traumatic atlantoaxial dislocation secondary to infection nasopharynx, and postoperative otolaryngologist. The association of both syndromes incorporates our case report, which aims to describe aspects of both syndromes in our patient. School male patient aged 12, previously exhibited at another institution by otalgia, bilateral purulent otorrhea, headache, fever, presumably treated as acute otitis media and bacterial meningitis. No injury reported. On physical examination in our state of consciousness is found preserved bilateral mastoid tumor predominantly left-sided left eardrum perforations, neck stiffness, inflammatory lymph nodes in high yugulocarotidea region of approx. 1 cm. Auxiliary Studies show increased number of neutrophils at the expense white, cerebrospinal fluid within limits. Tomographically described sinus veiled support frames rhinosinusal, prevertebral abscess about 2 to 6 cm in diameter at the level of the first to the third cervical vertebrae, atlantoaxial dislocation with cervicofacial right lateralization, which was subsequently shown that joint injury in MRI. The patient remained hospitalized starting Ceftazidime / Oxacillin, including further schemes ciprofloxacin, vancomycin and metronidazole to septic developments including the combination of Ciprofloxacin after / Clindamycin. Cervicotomy is performed for abscess drainage, being during surgery of thrombophlebitis of the internal jugular vein and adenoflemones in yugulocarotideos upper and middle regions. It includes the use of enoxaparin to find. No neurological complication. Polyculture returned negative at all times. Cervical collar is established for maintaining atlantoaxial dislocation, expectations neurosurgery. Patient remains hospitalized with antibiotics for more than 1 month in room with diagnostic pediatric Lemierre´s Syndrome, Syndrome Grisel, otomastoiditis, pansinusitis, sepsis syndrome. Numbers of white blood cells and on the thermal curve were decreased during evolution. Periodic inspections integral between Otolaryngology, Pediatrics and Neurosurgery is set for the discharge. In the pre-antibiotic era Lemierre´s syndrome was high mortality and neurological sequelae rate accentuated later to penicillin that was in decline and the biggest benefit being the use of anticoagulants. Leaving surgery for specific cases. The immobilization, medical treatment, traction and physiotherapy are advocated for Grisel´s syndrome, with surgical reduction and fixation for late cases. The association of both entities has not been reported lately. Regarding the situation seems important to emphasize care specialists in these important institutions and forgotten.

Keywords: Lemierre, Grisel, Syndrome

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TRABALHO CLÍNICO

P-390

TÍTULO: MIRINGOPLASTIA: O QUÊ PODE INFLUENCIAR NO RESULTADO?

AUTOR(ES): PRISCILA LEMOS LEITE NOVAES , ROBERTA BAK, MARIANA MICHELIN LETTI, FELIPPE FELIX, SHIRO TOMITA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO - UFRJ

INTRODUÇÃO: A otite media crônica é um problema comum com o qual o otorrinolaringologista se depara no dia-a-dia, mas os resultados de seu tratamento cirúrgico, ainda são controversos, e ainda não há um consenso de qual a melhor técnica a ser utilizada em cada paciente.

OBJETIVO: Avaliar os fatores que poderiam influenciar no sucesso das miringoplastias realizadas em nosso serviço.

METODOLOGIA: Foram avaliados, retrospectivamente, o prontuário de 50 orelhas que foram submetidas à miringoplastia, entre novembro de 2008 e janeiro de 2010, por otite media crônica não-colesteatomatosa, em um hospital universitário. Cada caso foi avaliado quanto à: Gênero; idade; número de cirurgias otológicas prévias; em qual período do ano foi realizada a cirurgia; qual a via de acesso utilizada; por quanto tempo prévio à cirurgia esta orelha não apresentava otorréia; qual o tipo de enxerto utilizado; se havia timpanoesclerose adjacente à perfuração; se o paciente era tabagista; se a endoscopia nasal estava alterada; se o paciente havia sido submetido à cirurgia nasal previamente à miringoplastia e se a orelha contra-lateral estava alterada. Foi considerado que houve sucesso cirúrgico quando houve fechamento completo da perfuração timpânica.

RESULTADOS: Quando o paciente tinha entre 10 e 20 anos, o sucesso cirúrgico foi estatiticamente pior (p<0,05). Quando a cirurgia foi realizada no último quadrimestre (meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro), a taxa de sucesso foi maior (61,5% vs 42,9% nos outros quadrimestres). Nenhum outro parâmetro mostrou influenciar no sucesso cirúrgico. Como todas as cirurgias foram realizadas com a técnica de ?underlay?, este parâmetro não pode ser avaliado.

CONCLUSÃO: Pudemos concluir que as cirurgias realizadas em pacientes entre 10 e 20 anos tiveram piores resultados, bem como, as cirurgias realizadas no ultimo quadrimestre apresentaram melhores resultados. Nenhum dos outros parâmetros mostraram influenciar no successo cirúrgico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-391

TÍTULO: MIXOSSARCOMA DE SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): WILIAN MADUELL DE MATTOS , FERNANDO CESAR MAIA SOBRINHO, GISELI REBECHI, MARCOS NAGI ZAHR, CLÁUDIO TREVISAN JUNIOR

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: O mixossarcoma (MS) é um tumor derivado de fibroblastos, e é categorizado  como uma variante mixóide do histiocitoma maligno. Seu crescimento se dá geralmente no subcutâneo de extremidades na idade adulta. É menos comum no tronco, cabeça e pescoço, retroperitônio e pelve. Não há características clínicas específicas de MS, geralmente apresenta-se pelo seu efeito de massa.

OBJETIVO: Nós reportamos um caso raro na literatura de um paciente jovem com massa em face de crescimento lento que foi diagnosticado como mixossarcoma ao exame histopatológico após ressecção completa da tumoração.

RELATO DE CASO: Jovem masculino caucasiano de 25 anos procurou o serviço de otorrinolaringologia com queixa de aumento de volume em hemiface direita de crescimento lento em três meses, acompanhado de dor local, amolecimento de segundo e terceiro dente molar superior e epistaxe recorrente ipsilateral.

Ao exame apresentava abaulamento da região maxilar direita de consistência endurecida, dolorosa à palpação, sem linfonodomegalias. Exame otorrinolaringológico sem alterações. Bioquímica, hemograma, perfil metabólico e radiografia de tórax estavam inalterados. À tomografia apresentou lesão com densidade de partes moles  com deiscência óssea em assoalho de órbita e parede lateral do seio maxilar

O paciente foi submetido à cirurgia para ressecção da tumoração por sinusotomia via aberta (degloving). A peça ressecada tinha aspecto vinhoso acastanhado com margem livre na congelação positivo para malignidade., sendo então submetido a exame imunohistoquimico que evidenciou mixofibrossarcoma grau I histológico e infiltrativo.

DISCUSSÃO: O MS geralmente ocorre em membros superiores e afeta igualmente ambos os sexos. É incomum na região de cabeça e pescoço e cresce lentamente, mas há relatos de rápido crescimento em recorrências e lesões metastáticas. É categorizado em quatro estádios baseado no grau de celularidade. O tumor de baixo grau de celularidade tem baixa propensão à malignidade com probabilidade de metastização em torno de 20%, porém, com taxas de 50% de recorrência.

O diagnóstico diferencial abrange uma variedade de tumores fibrosos e condições inflamatórias como sarcoma mixóide, fasceíte nodular, fibromatose entre outros.

O tratamento do MS é feito com ressecção completa da lesão com margens livres e a radioterapia adjuvante em casos com margem comprometida ou lesões volumosas, com eficácia controversa na literatura. A quimioterapia é considerada em casos com metástases.2

O MS é agressivo e raro na região de seios da face devendo ser considerado como diagnóstico diferencial de massa em seios da face.  A sua alta propensão para recorrência local e metástase reforça a conduta de seguimento atento em longo prazo.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-392

TÍTULO: MODELO EXPERIMENTAL EM RINOSSINUSITE CRÔNICA E AVALIAÇÃO DE SOLUÇÃO TÓPICA

AUTOR(ES): RAPHAELLA DE OLIVEIRA MIGLIAVACCA , DENISE MANICA, SUZIE HYEONA KANG, KIZZY COREZOLA, FABÍOLA MEYER, LÚCIA MARIA KLIEMANN, OTÁVIO BEJZMAN PILTCHER

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE E UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INTRODUÇÃO: A rinossinusite é considerado um problema de saúde pública e necessita de modelos experimentais adequados para sua melhor compreensão. Dentre os modelos existentes destacam-se principalmente os que utilizam coelhos. A grande maioria, porém, possui seguimento curto e poucos estudos avaliam o processo inflamatório por mais de doze semanas, período que tem consenso na definição da rinossinusite crônica. Evidências clínicas e experimentais mostram que a manutenção da patência da passagem de ar ao seio envolvido somado a função mucociliar normal e suprimento sanguíneo são essenciais para o equilíbrio do complexo sinusal. Assim, modelos sinogênicos se concentram na quebra desse equilíbrio para indução de doença sinusal.

OBJETIVO: Criar um modelo experimental para o desenvolvimento de um processo nasossinusal inflamatório crônico sem bactérias com o intuito de induzir alterações histológicas nos seios maxilares através da obstrução do óstio de drenagem dos mesmos.  Secundariamente, avaliar os efeitos da solução de ácido acético na mucosa respiratória nasossinusal.

METODOLOGIA: Nove coelhos da raça New Zeland, após tratamento profilático com antibióticos, tiveram seus óstios bloqueados bilateralmente com gutta-percha derretida e moldada. No dia sequinte ao procedimento, foi realizada diariamente, duas vezes ao dia, uma injeção de solução de ácido acético a 0,008% no lado direito da osteotomia (Grupo 1). O lado contralateral foi usado como controle (Grupo 2). Três coelhos foram submetidos a eutanásia no 15o dia após o procedimento que visava induzir rinossinusite, sucessivamente outros três coelhos no 45o dia e, finalmente, os últimos três animais foram sacrificados após 90 dias.

RESULTADOS: No estudo macroscópico post-mortem, seis dos nove óstios do lado direito e cinco dos nove óstios esquerdos não estavam adequadamente ocluídos. Parâmetros inflamatórios foram avaliados na análise histopatológica, como, por exemplo, descontinuidade epitelial, quantidade de neutrófilos e eosinófilos, diminuição de células caliciformes e redução de glândulas mucosas. Apenas a quantidade de neutrófilos apresentou diferença significativa na comparação entre o grupo 1 e o grupo 2 (p=0.015).

CONCLUSÃO: Considerando a análise macroscópica post-mortem, podemos considerar que o óstio do seio maxilar não foi mantido ocluído cronicamente de uma forma homogênea entre os coelhos. Ainda há a necessidade de embasamento em literatura para o desenvolvimento de um modelo experimental de longo seguimento para estudar rinossinusite crônica. Soluções de ácido acético devem ser testadas em outros modelos a fim de verificar seu possível uso terapêutico nas vias aéreas superiores, uma vez que o mesmo já é utilizado por suas propriedades anti-inflamatórias em afecções como otite externa ou vulvovaginite.

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TRABALHO CLÍNICO

P-393

TÍTULO: MONITORIZAÇÃOAMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL EM CRIANÇAS COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS OBSTRUTIVOS, PRÉ E APÓS ADENOTONSILECTOMIA.

AUTOR(ES): VICTOR JOSÉ BARBOSA SANTOS , VICTOR JOSÉ BARBOSA SANTOS, GRAZIELA DE OLIVEIRA SEMENZATI, TATIANA MARIA GONÇALVES, DIEGO SHERLON PIZZAMIGLIO, LUIS CUADRADO MARTIN, SILKE ANNA THEREZA WEBER

INSTITUIÇÃO: UNESP- FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU

INTRODUÇÃO

Distúrbios respiratórios obstrutivos é um termo usado para um espectro de patologias relacionadas ao sono que envolve aumento da resistência ou mesmo alteração do fluxo aéreo através da via aérea superior. Apresenta prevalência aumentada na população pediátrica, com estimativa de que 3-12% das crianças apresentem ronco durante o sono. Na literatura, não há estudos sistêmicos que associam a presença de obstrução de VAS por hipertrofia das tonsilas, com efeitos na pressão arterial sistêmica, diurna e noturna em crianças.

MÉTODOS

Foram incluídas no estudo, 26 crianças com manifestações clínicas de distúrbio respiratório obstrutivo durante o sono, e sinais de obstrução de via aérea superior por hipertrofia das tonsilas faríngea e palatinas. Todas as crianças foram encaminhadas para a realização de polissonografia de noite inteira em laboratório do sono e foram submetidas à monitorização ambulatorial de 24 horas da pressão arterial sistêmica antes e aproximadamente 6 meses após adenotonsilectomia. Foram separadas em grupo SAOS e Ronco Primário.

RESULTADOS

Das 26 crianças envolvidas no estudo clínico, todas realizaram polissonografia de noite inteira. O IAH variava de 0 a 23,2 eventos por hora. A média de eventos respiratórios por hora (AIH) no grupo RP foi de 0,87± 0,76, enquanto no grupo SAOS foi de 10± 5,97. Entre as crianças do grupo SAOS,  a média do menor valor de saturação de oxigênio(nadir) foi de 83,5%, enquanto as crianças do grupo RP apresentavam média de 93%. Dentre as 26 crianças estudadas dez não apresentaram a queda fisiológica noturna da pressão arterial, sendo consideradas ?não-dippers?.

No grupo RP apenas duas crianças,enquanto no grupo SAOS oito crianças, foram consideradas não-dippers. Do total de crianças estudadas, 18 completaram o estudo realizando monitorização de 24 horas da pressão arterial em aproximadamente 6 meses após o procedimento de adenotonsilectomia.Das 10 crianças que foram consideradas não-dippers antes do procedimento cirúrgico, sete completaram o estudo pós operatório e, destas, seis crianças voltaram a apresentar o descenso fisiológico noturno da pressão arterial e uma continuou sendo considerada não dipper. No grupo SAOS, 12 crianças de um total de 14 completaram o estudo, realizando o MAPA no período pós-operatório. Três crianças não apresentaram a queda dos níveis tensionais durante o sono, sendo que destas apenas uma não apresentara no período pré-operatório.

DISCUSSÃO

Os valores mínimos e máximos da pressão arterial  sistólica e diastólica foram mais elevados nas crianças do grupo SAOS em comparação com o grupo ronco primário, tanto no período diurno quanto durante o sono.

Após a correção do distúrbio obstrutivo respiratório, através de adenotonsilectomia em todas as crianças, no nosso estudo houve um aumento do número de crianças que apresentavam descenso noturno da pressão arterial durante o sono, tanto no grupo SAOS, quanto no grupo RP, sendo que apenas 25% das crianças do grupo SAOS foram consideradas não-dippers no estudo pós operatório, enquanto no estudo pré operatório essa taxa foi de 57%.

 A falta de um consenso diagnóstico polissonográfico e de uma classificação da sua gravidade em crianças dificulta apontar um fator de risco para um desenvolvimento para doença cardíaca, embora haja correlação com o índice de apnéia/hipopnéia e alterações pressóricas em crianças.

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TRABALHO CLÍNICO

P-394

TÍTULO: MORTALIDADE POR CÂNCER DE LARINGE NO ESTADO DA PARAÍBA NOS ANOS DE 1996 A 2007

AUTOR(ES): ISELENA CLAUDINO BERNARDES , LORENA SOUSA OLIVEIRA, MÔNICA DANIELLY DE OLIVEIRA CASTELO BRANCO, JAMACIR FERREIRA MOREIRA, FRANCISCO CRISTIANO SOARES MACENA, AUGUSTO CÉSAR DOS SANTOS BARBOSA GONDIM

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: O câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos da cabeça e pescoço e 2% de todas as neoplasias. Os principais fatores de risco são representados por tabagismo e consumo crônico de bebidas alcoólicas. Há predominância no sexo masculino e o prognóstico da doença é influenciado por fatores como tipo histológico, estadiamento e localização da lesão tumoral. Segundo estimativas do INCA, em 2004 a mortalidade por câncer de laringe no Nordeste foi de 0,22/100.000 habitantes no sexo feminino e 1,35/100.000 habitantes no sexo masculino.

 OBJETIVO: Analisar transversalmente o universo de óbitos por câncer de laringe, em pacientes internados para tratamento no estado da Paraíba a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) e descrever a mortalidade por essa neoplasia no estado, no período de 1996 a 2007.

METODOLOGIA: A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva e de recursos do software Microsoft Excel versão 2007.

RESULTADOS: No período analisado, que corresponde aos anos de 1996 até 2007, observou-se um total de 307 mortes por câncer de laringe, com taxa bruta de mortalidade de 0,42/100.000 habitantes, em 1996, e de 1,48/100.000 habitantes, em 2007, o que evidencia uma variação percentual de 249%. O maior índice ocorreu em 2005, com registro de 57 mortes, representando 1,59/100.000 habitantes, enquanto que o menor índice foi em 2000 com 11 mortes, significando 0,31/100.000 habitantes. A relação óbito e gênero evidencia 265 mortes no sexo masculino, representando 85% do número total de mortes por câncer de laringe, e 42 mortes no feminino, correspondendo aos 15% restantes. A mortalidade no sexo masculino variou de 00,75/100.000 habitantes, em 1996, a 2,58/100.000 habitantes, em 2007, com maior índice de 2,92/100.000 habitantes, no ano de 2005. A mortalidade no sexo feminino variou de 0,11/100.000 habitantes, em 1996, a 0,42/100.000 habitantes, em 2007, com maior índice correspondente a esse ano.

CONCLUSÃO: Observa-se um crescimento considerável das taxas de mortalidade por câncer de laringe no estado da Paraíba apesar desta se apresentar inferior ao que é estimada pelo INCA para o Nordeste. Duas questões devem ser mencionadas para justificar esse fato: primeiro, há subnotificação dos óbitos, que é um problema para o norteamento das estratégias de saúde; e segundo, ainda se vive o reflexo a longo prazo do consumo de cigarro e álcool das décadas de 70 e 80. Portanto, meios que efetivem a notificação de morte por essa enfermidade são necessário devido a sua relevante importância para implementação de políticas que favoreçam o declínio desses índices, tais como efetivas e estratégicas ações no combate contra seus principais fatores de risco, tabagismo e etilismo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-395

TÍTULO: MUCOCELE DE CONCHA MÉDIA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): OTÁVIO BÓRIO DODE , RENATO TADAO ISHIE, TARCISIO LINHARES FILHO, BERNARDO CAMPOS FARIA, ANDRÉ GUSTAVO RAMOS MARQUES, TAÍS FIGUEIREDO ARAÚJO, ELDER YOSHIMITSU GOTO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SANTA MARCELINA

INTRODUÇÃO:

Mucoceles são lesões benignas, císticas, expansivas, que resultam do acúmulo de secreção mucosa dentro de uma cavidade bloqueada.   A sua origem está relacionada a uma condição primária como traumas, tumores, infecções ou anomalias congênitas . Apesar de benigna, do seu caráter expansivo poderá lentamente ocasionar erosão dos limites ósseas dos seios paranasais por compressão e consequente reabsorção óssea, levando ao comprometimento de estruturas adjacentes, simulando neoplasias malígnas.

A maior parte dos pacientes estão na 3º e 4º década de vida, podendo também afetar crianças

As mucoceles de concha média são raras, uma vez que foram descritos apenas 6 casos até o presente momento .

APRESENTAÇÃO DO CASO CLÌNICO:

IVS, 62 anos, branca, natural da Irecê/BA, procedente de São Paulo. Paciente com história de obstrução nasal bilateral e rinorréia purulenta há 5 anos, sem cirurgias nasais prévias.

Na nasofibrolaringoscopia não foi possível progredir com aparelho, devido a obliteração da fossa nasal direita por massa. A esquerda apresentava pólipos em região de meato médio.

Na TC foi observado pansinusite, cavidade nasal esquerda preenchida por material com densidade de partes moles e imagem sugetiva de mucocele de concha média da fossa nasal direita.

Paciente foi submetida a cirurgia endoscópica nasal, sendo realizado sinusectomia maxilar e etmoidal e polipectomi à esquerda e, exérese da mucocele à direita.

DISCUSSÃO:

Mucoceles são formações benignas císticas compostas por epitélio secretor de muco (epitélio pseudoestratificado ou respiratório). Mesmo sendo lesões benignas geralmente expandem-se, abaulando as paredes ósseas do seio acometido por uma pressão local e reabsorção óssea.  Seu crescimento é lento e ocorre por vários anos.

As mais comumente encontradas são as mucoceles frontoetmoidais, seguidas pelas etmoidais, esfenoidais e de concha média. Estas últimas são extremamente raras. Sua etiologia é variada e inclui cirurgias nasais prévias, ressecção de pólipos e/ou tumores nasais e trauma nasal

No exame físico se observa uma massa que ocupa toda fossa nasal, expande-se para linha média e afasta o septo da concha inferior . A queixa principal é a obstrução nasal progressiva, além de cefaléia e rinorréia . O local potencialmente adequado para desenvolver a muocele é a porção anterior da concha média devido a sua pneumatizaçao. A concha bem pneumatizada (bulhosa) pode ter o ostio bloqueado e desenvolver mucocele.

O diagnostico  é apoiado na TC e da RM. Na TC as mucoceles geralmente preenchem os seios paranasais com presença de erosão óssea, mas sem infiltração local. A RM pode ser tanto homo quanto heterogenias, bem como apresentar hipo ou hipersinal em T1 com contraste. A RM tem grande utilidade na avaliação de invasão orbitária ou intracraniana e na diferenciação de rinossinusite fúngica e neoplasia.

Pela possibilidade da visão direta das estruturas, maior precisão cirúrgica e preservação da anatomia, a cirurgia funcional endoscópica tem sido o método terapêutico mais apropriado para a resolução dessa patologia.

CONCLUSÃO:

Mucoceles de concha média são processos inflamatórios raros, sendo que para seu diagnóstico são utilizados tomografia computadorizada e endoscopia nasal. A cirurgia endoscópica funcional é um método de escolha para o tratamento dessa patologia, com altos índices de cura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-396

TÍTULO: MUCOCELE DE MAXILAR: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): JOYCE DE OLIVEIRA LIMA , MURILLO FREIRE LOBATO, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, ÉDER AUGUSTO MAGAALHÃES NASCIMENTO, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, LORENA GONÇALVES RODRIGUES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: Mucoceles são lesões benignas, císticas, revestidas por epitélio pseudo-estratificado, com conteúdo mucóide, que apresentam crescimento lento com características expansivas e de reabsorção óssea, podendo eventualmente comprometer órbita e cavidade intracraniana. Possuem incidência equivalente entre homens e mulheres e maior prevalência entre a terceira e quarta décadas de vida, sendo uma condição rara em crianças. Acomete mais freqüentemente o seio frontal (60-65%), seguido do seio etmoidal (20-30%), maxilar (10%) e esfenoidal (1%). Podem ser primárias quando a causa é inflamatória, sem mecanismos definidos, e secundária quando existe bloqueio na drenagem de secreções do seio paranasal acometido. Tais eventos podem ser traumas craniofaciais, corpos estranhos e cirurgias nasossinusais. O quadro clínico é variável e depende da localização e comprometimento de estruturas vizinhas. A confirmação diagnóstica inclui tomografia computadorizada, embora em algumas ocasiões a ressonância magnética esteja indicada. O tratamento é sempre cirúrgico e a abordagem endoscópica paranasal é o acesso cirúrgico de primeira escolha, por ser menos invasivo que o acesso externo e apresentar menor morbidade.

OBJETIVO: Relatar um caso de mucocele do seio maxilar, diagnosticado no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, no ano de 2010.

RELATO DE CASO: Paciente C.R.S., 38 anos, compareceu a atendimento medico otorrinolaringológico queixando-se de abaulamento em região periorbitária esquerda há dois anos, evoluindo há 6 meses com epífora, drenagem de secreção purulenta de olho ipsilateral, obstrução nasal, dor facial e cefaléia. Relata duas intervenções cirúrgicas com cirurgião dentista, uma há dezoito meses ( Caldwell-Luc) e outra com acesso externo há seis meses, em outro serviço. Exame físico sinais flogísticos em região periorbitária esquerda.  Tomografia computadorizada dos seios da face sugeriu: Descontinuidade da parede  anterior e lateral do seio maxilar esquerdo, presença de material com densidade de partes moles de aspecto heterogêneo no mesmo seio e lesão de ducto nasolacrimal esquerdo.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: As mucoceles são lesões benignas de caráter expansivo e podem ser secundárias a cirurgias craniofaciais, trauma e corpos estranhos, podendo levar a complicações orbitárias e intracranianos e por esta razão, devem ser diagnosticadas e tratadas precocemente. A sinusotomia com drenagem da lesão via endoscópica mostrou ser um procedimento seguro e eficiente na abordagem terapêutica da mucocele do seio maxilar.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-397

TÍTULO: MUCOCELE DE SEIO FRONTAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FILIPE TRENTO BURIGO , JOSÉ RAFAEL DE CASTRO JUNIOR, MARCELO LODI DE ARAUJO, HUMBERTO AMARAL SANTOS, TAIS MORANGI XAVIER ESPANHOL, RAPHAEL ANNICCHINO, RAFAELLA GUGLIELMI SPILLERE

INSTITUIÇÃO: OTODIAGNOSE

Introdução

Mucocele caracteriza-se como uma lesão cística, benigna e expansiva,de revestimento epitelial ,com conteúdo mucóide dentro de uma cavidade fechada.

Pode provocar complicações locais, orbitárias ou até intracranianas.

São sintomas usualmente relatados: cefaléia, rinorréia, obstrução nasal, deformidade facial. Pode aparecer posteriormente a um trauma, cirurgia ou lesão expansiva

O diagnóstico é complementado pela tomografia computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética.( RNM).

O tratamento é essencialmente cirúrgico

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de mucocele frontoetmoidal com extensão orbitária tratado com retalho osteoclástico.

Relato do caso

 A.M.R, feminina, 50 anos, negra, relata cefaléia frontal e proptose à esquerda, após 60 dias de pós operatório de cirurgia endoscópica nasossinusal. Internada para medicação venosa (amoxacilina-clavulanato 14 dias), com melhora parcial.Um mês após vem ao nosso serviço apresentando amaurose à esquerda e cefaléia. Ao exame, presença de exoftalmia a esquerda não dolorosa. 

TC de seios paranasais revela imagem arredondada com conteúdo de partes moles em seio frontal esquerdo e sinais de remodelação óssea sugerindo mucocele frontoetmoidal e sinais de etmoidectomia e turbinectomia bilateral prévia.

Indicado cirurgia, optou-se por retalho osteoclástico, pela perda de parâmetros anatômicos por via endonasal. Realizado marsupialização da mucocele, retirada de septo intersinusal, abertura de óstio frontal com colocação de dreno de Kher. Antibioticoterapia pós operatória com posterior retirada de dreno.

Paciente apresentando boa evolução, porém persistindo com amaurose.

Discussão

O seio frontal é o sítio mais frequente de lesão, seguido do seio etmoidal , seio maxilar  e seio esfenoidal.

Caso ocorra uma mucopiocele, há probabilidade de haver uma complicação (orbitária ou intracraniana) como ocorreu no caso da paciente que evoluiu para amaurose.

Diagnóstico diferencial : meningocele, rabdomiossarcoma, hemangioma, neuroblastoma, schwannoma, condroma, condromixoma, adenoma hipofisário, cisto retrobulbar,carcinoma adenóide cístico, plasmocitoma e tumores odontogênicos.

Confirmação diagnóstica se faz através de exame histopatológico.

O tratamento das mucoceles é cirúrgico.Pode-se abordar por via externa ou endoscópica, sendo de extrema importância sua marsupialização.

A abordagem externa é realizada através da frontoetmoidectomia (procedimento de Lynch) ou pelos retalhos osteoclásticos.

Atualmente  opta-se pela cirurgia endoscópica nasosinusal por se tratar de um procedimento menos invasivo com excelente visibilidade e baixa morbidade. Dependendo da experiência do cirurgião e das complicações presentes, o procedimento endoscópico pode não ser possível.

Conclusão

As mucoceles por se tratarem de lesões benignas expansivas podem acarretar alterações a nível orbitário e intracraniano. A via externa clássica  apresenta maior morbidade e complicações, muitas vezes é a única opção do cirurgião em casos complexos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-398

TÍTULO: MUCOCELE FRONTAL COM PNEUMOSINUS DILATANS PÓS TCE

AUTOR(ES): PRISCILLA ABDALA DE SOUSA , MURILLO BUFAIÇAL MARRA, ANA TEREZA DE AZEREDO BRITO, VICTOR LABRES DA SILVA CASTRO, MARINA NEVES REBOUÇAS, WILDER ALVES, EDSON JÚNIOR DE MELO FERNANDES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

INTRODUÇÃO: Pneumosinus dilatans é uma expansão de conteúdo aéreo e das cavidades paranasais, já mucoceles são pseudocistos mucosecretores revestidos por epitélio respiratório pseudoestratificado que preenchem uma cavidade paranasal. OBJETIVO: Relatar caso de paciente que após TCE apresentou mucocele frontal com drenagem prévia do mesmo e pneumosinus dilatans. CASO CLÍNICO: Paciente do sexo M, pardo, 47 anos, queixa de abaulamento em região frontal iniciado há 9 anos com aumento progressivo associado à cefaléia frontal pulsátil que piorava com quadro de congestão nasal. Apresentava antecedente de TCE há 9 anos. A TC evidenciou múltiplas fraturas comprometendo órbita na parede anterior do seio frontal esquerdo, com insinuação do conteúdo gasoso anteriormente, abaulando a pele e tecido celular subcutâneo sobrejacentes. Paciente foi submetido à sinusectomia frontal externa e endoscópica. DISCUSSÃO: No caso apresentado as prováveis etiologias do pneumosinus do paciente seriam a formação de uma válvula unilateral devido ao TCE ou pós mucocele drenada previamente também ocasionada pelo TCE. Não podendo descartar a participação de ambos. A abordagem cirúrgica externa e endoscópica foi a opção de escolha garantindo o sucesso  do tratamento. CONCLUSÃO: O pneumosinus dilatans é uma doença de etiologia variada que no presente caso cursa com mucocele, que apesar de ser classificada como lesão benigna pode ocasionar sérias complicações a nível orbitário e intracraniano. O caso alerta para a exigência de um tratamento específico e direcionado para atender às particularidades de cada paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-399

TÍTULO: MUCOCELE FRONTAL GIGANTE

AUTOR(ES): MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA , ELIONES DANTAS PINTO DO AMARAL, HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, MÁRIO ORLANDO DOSSI, OSWALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS DE BRASÍLIA

É descrito um caso de mucocele frontal gigante de origem traumática. A manifestação clínica foi de cefaléia frontal insidiosa, diplopia, proptose unilateral, obstrução nasal e hiposmia. A tomografia de crânio e seios paranasais que mostrou lesão expansiva infiltrativa originando-se nos seios frontais com extensão bilateral para as órbitas e aspecto compatível com mucocele.  O paciente foi submetido à descompressão cirúrgica do seio frontal pela técnica de Lothrop modificada. Teve fístula liquórica incidental durante o procedimento cirúrgico que foi corrigida no ato. Evoluiu no pós-operatório sem sangramento ou rinoliquorréia, com melhora da cefaléia e da diplopia e redução da proptose.  Recebeu antibioticoterapia endovenosa com Ceftriaxona  e Clindamicina, recebendo alta com antibiótico oral e intra-muscular.

 

Palavras chave: Mucocele frontal, seio frontal, cirurgia endoscópica nasossinusal, técnica de Lothrop modificada.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-400

TÍTULO: MUCOCELE FRONTROETMOIDAL E CRANIANA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): EDUARDO JOSÉ ARCOVERDE DE SOUZA , ANTÔNIO ANTUNES MELO, RAFAEL TAVARES DA HORA, TANDRA CECILIA LOPES PEREIRA DE SOUZA, NICOLE CARDOSO DE MELO MOREIRA, RENATA SALAZAR CERQUEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLINICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

INTRODUÇÃO: As mucoceles são cistos de conteúdo mucoso e que acometem os seios paranasais. Apresentam caráter expansivo, crescimento lento e podem eventualmente comprometer estruturas nobres adjacentes, como a órbita e a cavidade intracraniana. A grande maioria ocorre no seio frontal (60%). As mucoceles desenvolvem-se após obstrução dos óstios de drenagem dos seios paranasais expandindo-se e erodindo as estruturas ósseas adjacentes. A etiologia inclui os processos inflamatórios, neoplásicos, pós-operatório e pós-traumático.

OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo o relato de caso de um paciente com mucocele frontoetmoidal à direita com extensão orbitária e intracraniana.

METODOLOGIA: Paciente de 11 anos, sexo masculino, admitido com queixas de proptose ocular direita associada à agitação e alteração comportamental. Encaminhado ao Serviço de Otorrinolaringologia do HC - UFPE, por apresentar Tomografia Computadorizada de órbita com tumoração orbitária à direita e dos seios fontal e células etmoidais com invasão intracraniana. O paciente apresentava-se sem queixas nasossinusais e com exame Otorrinolaringológico normal, mas com proptose ocular direita e hiperemia periorbitária. Com a realização da Ressonância magnética do crânio e seios paranasais foi observada a presença de formação expansiva multisseptada, lobulada, infiltrativa nas células etmoidais à direita se extendendo para seio esfenoidal e órbita e insinuando-se para o lobo frontal com efeito compressivo.

RESULTADOS: O diagnóstico pré-operatório, apesar de apontar para uma eventual mucocele, não foi estabelecido de forma inequívoca por apresentar aspecto radiológico que não era compatível com as lesões sinusais. Também não havia lesão observada na endoscopia nasal que confirmasse esse diagnóstico. Dessa forma, como também havia sinais sugestivos de ser um pseudotumor orbitário ou, eventualmente, tumor cerebral optou-se em conjunto com a Neurocirurgia pela abordagem cirúrgica com acesso trans-craniano. Ao realizar o procedimento neurocirúrgico foi observado coleção de secreção de aspecto escuro no seio frontal direito comunicando-se com a extensão intracraniana do mesmo. A partir desse momento, foi realizado acesso nasal endoscópico por sinusectomia frontoetmoidal direita com correção da fistula liquórica, decorrente do acesso neurocirúrgico conjunto. O paciente evoluiu bem no pós-operatório.

CONCLUSÃO: Após abordagem cirúrgica o paciente evoluiu bem sem recidiva com melhoras dos sinais e sintomas oculares e sem queixas. O tratamento cirúrgico é a melhor opção terapêutica, porém na presença de algumas variações anatômicas pode não ser tecnicamente possível realizar uma ampla abordagem apenas por acesso endoscópico. O seguimento permanente dos pacientes é imprescindível a fim de que possíveis recidivas sejam diagnosticadas precocemente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-401

TÍTULO: MUCOCELE GIGANTE DE ÚNICA CÉLULA DO AGGER NASI ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): PIERRE FONSECA DA COSTA , MARCO CESAR JORGE DOS SANTOS, MARCOS MOCELLIN, FRANCISCO LUIZ BUSATO GROCOSKE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL IPO

INTRODUCÃO

As mucoceles das cavidades paranasais são tumores benignos, preenchidos por secreção mucinosa. Compromete regiões adjacentes, com manifestações nasais, oculares ou cerebrais. O tratamento cirúrgico é mandatório, sendo atualmente a cirurgia endoscópica nasossinusal (CENS) a mais utilizada. Relataremos um caso de mucocele gigante de célula única do agger nasi confirmado após cuidadosa dissecção cirúrgica. 

RELATO DO CASO

JPP, 25 anos, branco, queixou-se de obstrução nasal à direita e hiposmia há 1 ano, de caráter progressivo. A endoscopia nasal revelou lesão de aspecto expansivo, coloração rósea e superfície lisa, ocupando grande parte da fossa nasal direita. A tomografia computadorizada (TC) dos seios da face mostrou extensa tumoração arredondada, com conteúdo de partes moles, ocupando fossa nasal e obliterando meato médio direito, com deslocamento contralateral do septo nasal, sugestiva de mucocele. O paciente foi então submetido à CENS, sob anestesia local e sedação, para marsupialização e drenagem do muco espesso no interior da lesão que, após cuidadosa dissecção cirúrgica, revelou grande cavidade envolvendo exclusivamente única célula do agger nasi. A evolução pós operatória foi excelente e o paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial, com 6 meses de pós operatório, assintomático.

DISCUSSÃO

Descrita no século 19, a mucocele pode originar-se de qualquer um dos seios da face. Ocorre principalmente durante a terceira e quarta décadas de vida, sem predileção entre os sexos. É classificada em primária, sem fatores predisponentes definidos e secundária, com história prévia de trauma craniofacial, cirurgia nasossinusal ou da arcada dentária superior. Acredita-se que o mecanismo fisiopatológico responsável pelo desenvolvimento da mucocele seja o bloqueio da drenagem do muco por doença inflamatória, traumas, tumores ou seqüestro da mucosa pós cirurgias. Os seios da face mais acometidos são os frontais e o complexo frontoetmoidal. Juntos, eles correspondem a 60-70% dos casos.  Seu caráter expansivo lentamente ocasiona erosão dos limites ósseos dos seios paranasais por compressão e conseqüente reabsorção óssea. As manifestações clínicas variam conforme a região envolvida, podendo causar dor facial, cefaléia, obstrução nasal, diplopia, diminuição da acuidade visual, deslocamento do globo ocular, entre outros. Os exames de eleição na sua avaliação são a TC e a ressonância magnética (RM). A TC é usada para avaliar a dimensão da mucocele e sua localização, bem como a erosão óssea que ocasiona. Demonstra, geralmente, uma massa cística encapsulada e bem delimitada, que pode invadir estruturas adjacentes. A RM fornece melhor informação sobre o comprometimento de órbita e cavidade craniana. O tratamento da mucocele é eminentemente cirúrgico. Pode ser feito com abordagem externa, abordagem endoscópica ou a combinação de ambos. A tendência atual é realizar uma abordagem funcional, através da CENS, que oferece uma abordagem conservadora, minimamente invasiva, preservando a arquitetura do seio, bem como os locais de drenagem naturais. Um seguimento pós-operatório com endoscopia nasal é fundamental para o controle da doença.

CONCLUSÃO

A mucocele é uma doença expansiva e de crescimento, cujo tratamento é obrigatoriamente cirúrgico. A CENS é o método de escolha por ser pouco invasiva, efetiva, e com a vantagem de ser realizada sob anestesia local, reduzindo drasticamente a morbidade.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-402

TÍTULO: MUCOCELE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): JOÃO RIBEIRO DE MOURA, FABIANO SANTANA MOURA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFG

INTRODUÇÃO: A Mucocele é a lesão mais comum das glândulas salivares e resulta do bloqueio ou da ruptura do duto glandular salivar, com escoamento da saliva para dentro do estroma do tecido conjuntivo circunjacente. São encontradas mais frequentemente no lábio inferior e são o resultado de trauma. Como tal, eles são vistos tipicamente em crianças maiores e adultos jovens bem como na população geriátrica (como resultado de quedas). Há, também, a mucocele que acomete os seios paranasais, contém mucoespesso em seu interior, possui crescimento lento e caráter expansivo. Sua etiologia ainda não foi totalmente definida mas acredita-se que seja ocasionada pela obstrução do óstio de drenagem do seio paranasal comprometido devido a processos crônicos de rinossinusite, polipose nasossinusal, trauma crânio-facial, cirurgia prévia, tumores benignos ou neoplasias malignas.

OBJETIVO: Relatar um caso de mucocele em uma paciente sem fatores de risco (trauma) e em topografia não muito comum (assoalho nasal).

METODOLOGIA: Relatamos um caso de uma paciente com quadro de obstrução nasal e achado de imagem cística em região nasal esquerda em RNM. A paciente foi submetida à cirurgia e o anatomopatológico concluiu tratar-se de um cistadenoma mucinoso.

DISCUSSÃO: Clinicamente, as mucoceles apresentam-se como tumefações flutuantes no lábio inferior e tem uma tonalidade translúcida azulada. Os pacientes podem relatar um histórico de tamanho flutuante da lesão, particularmente em associação às refeições.  Histologicamente, as mucoceles mostram um espaço em forma de cisto que é revestido por tecido de granulação inflamatório ou por tecido conjuntivo fibroso. Os espaços císticos são preenchidos com mucina, bem como por células inflamatórias, particularmente os macrófagos. É necessária a excisão completa do cisto com o lóbulo glandular salivar de origem. A TC é o exame de escolha. O tratamento deve ser sempre cirúrgico.

CONCLUSÃO: A mucocele é uma lesão benigna de caráter expansivo, pode trazer complicações e o tratamento cirúrgico é a melhor opção.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-403

TÍTULO: MUCORMICOSE RINO-ÓRBITO-CEREBRAL ASSOCIADA A TROMBOSE DO SEIO CAVERNOSO: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): JÉSSICA GUIMARÃES GOMES SILVA , ALEXANDRA TORRES CORDEIRO LOPES DE SOUZA, MARÍLIA VELOSO SARAIVA, CAROLINA FONSECA JARLETTI, IGOR SALARINI LUCENA, RENATA MADDALENA MONTEIRO, ANTÔNIO JOSÉ DE CARVALHO NETO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO

INTRODUÇÃO: A mucormicose é a infecção fúngica mais letal em humanos e manifesta-se como sinusite de forma rápida, progressiva e invasiva. As sinusites fúngicas são divididas em dois grandes grupos, a saber: (1) forma invasiva, que se divide em aguda e crônica; (2) forma não invasiva, que se divide em bola fúngica (micetoma) e a sinusite fúngica alérgica. A presença ou ausência de invasão vascular, na análise histológica dos tecidos envolvidos, é a base para a diferenciação entre as formas invasiva e não invasiva. A rinosinusite fúngica invasiva aguda é incomum, potencialmente letal, sendo infecção oportunista observada, primariamente, em diabéticos e indivíduos imunodeprimidos.

OBJETIVOS: Tem-se como objetivo relatar um caso de mucormicose rino-órbito-cerebral, com trombose de seio cavernoso, em paciente diabético transplantado renal atendido no serviço de Otorrinolaringologia e Nefrologia no Hospital Federal de Bonsucesso e correlacioná-lo com a literatura científica.

METODOLOGIA: Relato de caso atendido no Hospital Federal de Bonsucesso e revisão de literatura sobre o assunto.

RELATO DE CASO: Os autores apresentam o caso de um paciente do sexo masculino, 42 anos, diabético, transplantado renal há seis meses, em uso de imunossupressores, que iniciou quadro clínico com características de sinusite fúngica invasiva aguda, com febre alta, vômitos, diarréia, dor e parestesia em hemiface direita, edema bipalpebral e comprometimento ocular evoluindo com amaurose à direita. A investigação radiológica ? TC de seios paranasais sem contraste com velamento de seios maxilar, esfenoidal e etmoidal direitos e bilateral dos seios frontais. Foi Iniciada Anfotericina B intravenosa e realizada cirurgia endoscópica de urgência para retirada de tecidos desvitalizados e drenagem dos seios envolvidos, bem como, coleta de material para exame histopatológico que confirmou mucormicose ao encontrar hifas espessas não septadas em meio a debris necróticos. TC com contraste demonstrou obliteração do seio cavernoso direito por tecido com densidade de partes moles, compatível com trombose. Paciente evoluiu para óbito, 48horas após abordagem endoscópica, apesar de adequada terapêutica instituída.

CONCLUSÃO: Este caso corrobora com a alta letalidade da doença fúngica invasiva aguda, devendo a mucormicose, sempre, ser considerada diagnóstico diferencial de qualquer comprometimento rinosinusal agudo e rapidamente progressivo em imunodeprimido. Por ser doença grave e fatal, a sobrevida do paciente depende, essencialmente, de conduta multidisciplinar, com o controle da doença de base, diagnóstico precoce da invasão fúngica e, conseqüente, início imediato de antifúngicos sistêmicos, drenagens sinusal e orbitária adequadas e excisão cirúrgica dos tecidos necróticos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-404

TÍTULO: MÚLTIPLOS CISTOS SUPRAGLÓTICOS DE LARINGE

AUTOR(ES): WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA , CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA, THIAGO DOLINSKI SANTA ROSA OLIVEIRA, REGIS MARCELO FIDELIS, JULIANO NUNES PEREIRA, ALONÇO DA CUNHA VIANA, DANIELA LEITÃO,

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

INTRODUÇÃO: A laringe pode ser acometida por lesões benignas distintas, por alterações estruturais e neoplasias. Alguns autores mostram uma incidência de cisto laríngeo em torno de 24% entre pacientes com alguma alteração laríngea. O sexo feminino, assim como nas outras lesões laríngeas benignas, é o mais acometido.

OBJETIVO: Relatar um caso incomum de múltiplos cistos de laringe.

RELATO DE CASO: P.O.R., sexo feminino, 30 anos, apresentando sensação de corpo estranho na garganta, disfagia e disfonia iniciada há 1 ano. Videolaringoscopia evidenciou múltiplas lesões de aspecto cístico localizadas em paredes laterais de hipofaringe, em valéculas, face lingual e laríngea da epiglote e em bandas ventrículares. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico para excisão completa por via endoscópica das lesões evoluindo com melhora clínica e, no momento, em acompanhamento ambulatorial.

DISCUSSÃO: Os cistos de laringe são lesões podem ser relacionadas a sintomas de obstrução respiratória importante, disfagia, disfonia e sensação de corpo estranho na garganta. Muitos pacientes são assintomáticos e seu diagnóstico é um achado nos exames de rotina, não estando indicado tratamento específico. Para os pacientes sintomáticos, as opções de tratamento são aspiração, marsupialização com a ablação a laser e excisão completa por via endoscópica ou externa. Os estudos relacionados mostram uma baixa taxa de recidiva após tratamento cirúrgico, principalmente quando utilizado o laser de CO2.

CONCLUSÃO: Pacientes com sintomas clínicos devem ser investigados, devendo o especialista incluir esta entidade patológica no seu diagnóstico diferencial para um tratamento precoce com melhora da qualidade de vida.

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TRABALHO CLÍNICO

P-405

TÍTULO: MUTIRÃO DE ADENOAMIGDALECTOMIA

AUTOR(ES): VICTOR LABRES DA SILVA CASTRO, VALERIANA DE CASTRO GUIMARÃES, PAULO HUMBERTO SIQUEIRA, MARIA ALVES BARBOSA

INSTITUIÇÃO: HC/UFG

INTRODUÇÃO: O aumento das tonsilas comum na infância pode causar problemas graves e comprometer o desenvolvimento infantil. OBJETIVO: Descrever os resultados obtidos durante o 1ª mutirão de cirurgias de amígdalas e adenóide realizado em um hospital público universitário. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, descritivo. Durante o evento foram operados 30 pacientes hígidos, com resultados de exames normais no período de 01 a 05 de dezembro de 2008.   Os pacientes foram selecionados e contactados por telefone, mediante lista de espera existente no serviço de otorrinolaringologia do hospital. Diariamente foram realizadas seis cirurgias sem interrupção das atividades cotidianas desenvolvidas pelo serviço. RESULTADOS: Do total de cirurgiados, 25 pacientes foram submetidos a adenoamigdalectomia, 3 à amigdalectomia e 2 à adenoidectomia. CONCLUSÃO: Este tipo de iniciativa produz um grande impacto, pois atinge uma grande massa da população carente, que necessita de uma intervenção cujos custos financeiros não lhes permitem o acesso. Esta atividade foi um benefício para muitos, tão esperado.

Palavras-chave: Tonsila faríngea, adenoidectomia, tonsila palatina, tonsilectomia

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-406

TÍTULO: NEOPLASIA DE LOBO PROFUNDO DA GLÂNDULA PARÓTIDA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ANDRÉ CAVALCANTE SARAIVA , ROCHA, A. M., RIBEIRO, S., GOBETH, R. T., SANTOS, S. E. J., OLIVEIRA, V. S.

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE / UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

INTRODUÇÃO: A glândula parótida representa o principal sitio de ocorrência de tumores de glândulas salivares. Cerca de 64-80% de todos os tumores epiteliais primários de glândula salivar acometem a parótida sendo a maioria localizada em lobo superficial.

OBJETIVOS: Relatar um caso de neoplasia de lobo profundo de glândula parótida diagnosticado no Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial da Fundação Hospital Adriano Jorge- Manaus/AM.

METODOLOGIA: Revisão bibliográfica e informações do caso estudado.

RESULTADOS: Relatamos o caso de uma paciente, 43 anos, natural e procedente de Manaus-Am que apresentava uma história de evolução de quinze anos de tumoração em região compatível com topografia de glândula parótida esquerda. Procurou nosso serviço referindo crescimento da lesão, sem outras queixas. Em exame de punção aspirativa por agulha fina, sugeriu-se adenoma pleomórfico. A paciente foi submetida à parotidectomia onde foi detectado neoplasia de lobo profundo de glândula parótida sem comprometimento de nervo facial.

CONCLUSÃO: A maioria dos estudos de revisão de séries de tumores de glândulas parótida relata predominância em lobo superficial tanto para os benignos quanto para os malignos, sendo a principal queixa o aumento de volume da região. Relatamos um caso pouco frequente de neoplasia de lobo profundo de glândula parótida cujo tratamento de escolha é a  parotidectomia total com preservação do nervo facial para os tumores benignos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-407

TÍTULO: NEURALGIA DO GLOSSOFARINGEO-RELATO DE CASO POSTER

AUTOR(ES): ANDREA PATRICIA CUNHA GUERRA, VIVIANE SAMPAIO BOAVENTURA DE OLIVEIRA, LUCIANA DOS REIS MASCARENHAS, JULIANA ROCHA VELOSO

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICORDIA DA BAHIA-HOSPITAL SANTA IZABEL

INTRODUÇÃO: A neuralgia do glossofaríngeo é uma condição clínica rara, inicialmente descrita por Weisenberg (1910) em um paciente com tumor no ângulo pontocerebelar. Alguns autores afirmam que a desordem é mais freqüente em homens, outros não encontraram diferença estatisticamente significativa entre os sexos. Apresenta predomínio da idade acima de 50 anos. O início da doença é abrupta. A dor é caracterizada por paroxismos de dor intensa, unilateral, iniciada por estimulação de zonas de gatilho no nível da região posterior da língua, palato mole, garganta e nas regiões lateral e posterior da faringe, irradiando para o ouvido ipsilateral, desencadeada por deglutição, tosse, bocejo ou mastigação e, normalmente, dura de segundos a minutos.

Embora a maior parte dos casos de neuralgia do glossofaríngeo ocorra como condição isolada (idiopática), pode ser secundária a tumores do ângulo pontocerebelar, a compressão vascular intracraniana, a tumores de laringe e de nasofaringe com invasão local, abscesso parafaringeano, trauma, esclerose múltipla, doença de Paget ou tumor de base craniana, calcificação do ligamento estilóide, punção direta carotidiana e extração dentária.

A necessidade de abordagem invasiva deve ser individualizada na dependência da definição etiológica, do não-controle farmacológico com anti convulsivantes e da recorrência clínica.

RELATO DE CASO: Homem de 78 anos, pardo, com história de paroxísmos de dor muito intensa, em pontada no nível de amígdala direita, há mais de 20 anos sem irradiações e outros sintomas associados. Esses eventos ocorriam várias vezes ao dia, precipitados pela deglutição e pelo toque mais leve em área particular da amígdala direita, sendo que após a cessação da dor, ocorria um tempo de latência superior a uma hora para que novas crises álgicas fossem desencadeadas. Foi submetido à avaliação otorrinolaringológica por meio de exame clínico, laringoscopia indireta, tomografia computadorizada de pescoço, ressonância nuclear magnética de base de crânio e dopller de artérias carótidas que se mostraram normais. Extensa avaliação clínico-laboratorial não permitiu definir a etiologia da neuralgia do glossofaríngeo.  Realizou teste terapêutico baseado na suspeita clínica com carbamazepina, em dose de 400mg/ dia, com melhora progressiva do quadro álgico. Após três dias de tratamento o paciente apresentou melhora total da dor.

DISCUSSÃO: O diagnóstico de neuralgia de glossofaríngeo requer um alto grau de suspeição por parte do médico, pois a história clínica e o exame físico raramente são conclusivos. A confirmação diagnóstica é dada geralmente pela melhora clínica após teste terapêutico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-408

TÍTULO: NEURINOMA DO FACIAL ? RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): RAÍSSA VARGAS FELICI , LUIS FRANCISCO OLIVEIRA, MARCELO FERNANDO BELLA, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, JANE MARIA PAULINO

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA.

INTRODUÇÃO: Neurinomas basicamente são neoplasias benignas derivadas das células de Schwann. Tumores primários do nervo facial são relativamente raros e apresentam grande diversidade de sintomas, dependendo do local que é acometido. A incidência é semelhante entre os sexos masculino e feminino, assim como o lado acometido é irrelevante. Em relação à idade, o tumor é mais freqüente nas 2 e 3 décadas.

O comprometimento do nervo facial pode ser infiltrativo e destrutivo, mas geralmente ele sofre compressão que resulta em trombose, isquemia e conseqüentemente disfunção. A paralisia facial que resulta da lesão neoplásica geralmente se instala de forma gradual e progressiva, embora algumas vezes possa ser abrupta, ou recorrente.

Tratamento cirúrgico é a terapia de eleição. A neoplasia deve ser retirada em bloco com o segmento do nervo facial que lhe deu origem. O nervo facial é restaurado com autoenxerto.

RELATO DO CASO: CSM, sexo feminino, negra, 65 anos de idade, há 1 mês começou a apresentar otalgia à direita acompanhada de abaulamento retroauricular e paralisia facial à direta. Relata apresentar hipoacusia bilateral de longa data. Ao exame físico demonstrava paralisia facial periférica total à direita, a otoscopia se apresentou normal bilateralmente e no momento da consulta não havia mais abaulamento retoauricular referido pela paciente.

A audiometria tonal revelou perda auditiva condutiva leve à direita com gap de 15dB em 3 e 4 kHz e perda mista moderada à esquerda. A tomografia mostrou alargamento do gânglio geniculado direito, confirmado com a Ressonância Magnética. A paciente está em reabilitação com a Fisioterapia.

DISCUSSÃO: O nervo facial origina-se no assoalho do IV ventrículo, emerge no ângulo pontocerebelar, entra no meato acústico interno ântero-superiormente e curva-se anteriormente para formar o gânglio geniculado, de onde parte para seus segmentos timpânico e mastóideo, tornando-se extracranial pelo forame estilomastóideo. Em qualquer ponto deste trajeto pode se originar o tumor, sendo mais comum o gânglio geniculado. Quando se trata de neurinoma do facial, o sintoma mais frequente é a paralisia facial. Fato paradoxal nesta patologia é a desproporção entre o tamanho do tumor e a instalação da paralisia facial. Outro sintoma que pode estar presente é a perda auditiva, que pode ser condutiva ou neurossensorial, dependendo de seu sítio de instalação e trajeto de expansão.

A perda condutiva e mista no caso apresentado sugere otosclerose por exclusão de outras etiologias. A investigação dos neurinomas em geral ficou bem mais eficiente com o advento da tomografia computadorizada e da ressonância nuclear magnética, permitindo diagnósticos mais precoces de tumores pequenos. Algumas vezes, o cirurgião ao encontrar massa timpânica na otoscopia vale-se da biópsia para o diagnóstico, porém a otoscopia se encontrou normal, impedindo tal procedimento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-409

TÍTULO: NEUROFIBROMA LARÍNGEO

AUTOR(ES): FLAVIO MASSAO MIZOGUCHI , ADRIANO DAMASCENO LIMA, LICIA SAYURI TANAKA, GLAUBER TERCIO DE ALMEIDA, CLAUDIA EMI HASHIMOTO, ANDRE ARMANI, RICARDO BORGES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

INTRODUÇÃO: Neurofibromatose laríngea é uma desordem de origem genética autossômica  dominante que acomete cerca de 1:3000 crianças.Pode se manifestar sob forma periférica ou central. Na forma periférica, os sinais clínicos podem ser resumidos em: pigmentação cutânea, fibromas de pele e fibromas de nervo (neurofibroma). As manchas cutâneas estão presentes desde o nascimento ou na primeira infância. Os neurofibromas são tumores múltiplos, assintomáticos e que comprometem principalmente o tronco, porém pode localizar-se no trato gastrointestinal, vasos sanguíneos, coração, laringe e cavidade oral.

APRESENTAÇÃO DO CASO: APMP, 19 ano de idade, feminino. Alega dificuldade para engolir e falta de ar ao falar,deglutir e a atividade física intensa há 10 anos. Nega atrapalhar atividade diária. Nega dispnéia noturna.Piora com episódios de IVAS. Nega fatores de melhora. Refere dificuldade para falar , esforço vocal diária com  fadiga vocal e episódios de  afonia. Nega abuso vocal. Oroscopia evidenciando tonsila palatina grau II. Sem alterações cervicais. Telelaringoscopia  evidenciou: epiglote sem lesão, mas com desvio para direita, valécula sem alterações, cisto com aspecto liso e tenso em aritenóide esquerda ocluindo a luz da laringe, prega vocal não visualizado devido cisto. Foi realizado exérese de lesão com larigoscopia de suspensão. Retirado grande quantidade de lesão de aspecto amarelado, fibrótico e aplicado mitomicina C em região friável. Enviado material para análise anatomopatológico e foi laudado como neurofibroma. Somente após  diagnóstico anatomopatológico foram constatado manchas café-com-leite em tórax e coxa.

DISCUSSÃO: Neurofibroma é uma proliferação benigna das células de schwann,  perineurais e fibroblastos. Quando neurofibroma acorre na laringe, eles podem ser solitários e não sindrômicos ou, mais comumente, associado com neurofibromatosis tipo 1 ou 2. Neurofibroma de laringe é extremamente raro. Em 1929 foi descrito o primeiro caso e, em 1987, Fukuda et cols fizeram revisão de literatura e encontraram 57 casos  de neurofibroma no mundo. Os locais mais comuns de acometimento são pregas ariepiglóticas e aritenóides. Freqüentemente tem crescimento lento e podem permanecer assintomáticos por anos. Geralmente são diagnosticados ainda na infância devido estridor, dispnéia e disfagia.. Exames complementares como nasofibroscopia, tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética devem ser solicitadas.No caso em discussão, houve dificuldade diagnóstica pois paciente era adulta, sem queixas de manchas na pele (apesar de apresentar) e sem história familiar de tumor. Com isso, primeira hipótese foi de cisto. Tratamento definitivo é cirúrgico, porém, não há guideline até o momento.

CONCLUSÃO: Neurofibromatose laríngea é uma doença extremamente rara. Geralmente suas manifestações aparecem ainda na infância, porém, podem surgir tardiamente devido crescimento lento. Investigação para descartar associação com NF1 ou NF2 devem ser providenciadas. Tratamento é cirúrgico, mas não há guideline sobre tipo de cirurgia. Deve-se levar em conta o tamanho, localização  tumoral e idade do paciente. Acompanhamento é mandatória devido possibilidade de malignização.

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TESE

P-410

TÍTULO: NOVAS TÉCNICAS DE DISSECÇÃO DE OSSO TEMPORAL

AUTOR(ES): ANA MARIA ALMEIDA DE SOUSA , DANIEL MOCHIDA OKADA, FABIO AKIRA SUZUKI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ? HSPE/SP

INTRODUÇÃO: A utilização de cadáveres para aprendizado data de 500 a.C., e caminhou paralelamente à história da medicina.  Proibida por questões religiosas e éticas durante a Idade Média, foi após o Renascimento que a anatomia humana e os métodos de dissecção foram consolidados, tornando-se fundamentais no ensino de ciências da saúde e para a formação e o aprimoramento de cirurgiões. A legislação brasileira vigente, através da Lei no. 8.501 de 30 de novembro de 1992, determina limitação legislativa e a dificuldade de obtenção de cadáveres. Por outro lado, ressaltamos o desenvolvimento de novas ferramentas de ensino como a criação de simuladores e treinamento em ambientes virtuais.

OBJETIVO: Descrever e comparar os simuladores disponíveis para o aprendizado de cirurgia otológica.

METODOLOGIA: Revisão de literatura

RESULTADOS: O estudo anatômico tridimensional e os simuladores (reais e virtuais) são vistos como uma solução frente a iminente dificuldade na obtenção de peças de osso temporal de cadáveres. Os simuladores virtuais tem como vantagem a possibilidade de programação pré-operatória, além de possibilitar que o usuário possa realizar avaliações seqüenciadas de evolução do aprendizado. No entanto, foi visto que este tipo de simulador tem altíssimo custo e não permite uso dos instrumentos habituais utilizados em cirurgias reais, embora alguns permitam que o usuário tenha o mesmo estímulo sensitivo semelhante. Já os simuladores reais permitem uma realidade háptica, mas não são totalmente idênticos ao osso temporal, além de necessitarem de laboratório equipado para sua utilização.

CONCLUSÃO: A dissecção em simulador otológico não substitui o treinamento em ossos temporais de cadáveres, porém, dada a dificuldade crescente na obtenção destes, o desenvolvimento de novas ferramentas de ensino deve ser encorajado para o contínuo aprimoramento de cirurgiões.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-411

TÍTULO: O EDEMA DE REINKE COMO CAUSA DE SÍNDROME DE APNÉIA/HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA , LUCIANA MIWA NITA WATANABE, MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS ? BRASÍLIA

OBJETIVO:

Descrever o caso de uma paciente com Edema de Reinke acentuado e polissonografia compatível com SAHOS moderada que cursou com melhora do distúrbio do sono após a microcirurgia de laringe.

METODOLOGIA:

Paciente C. M. V., feminino, 55 anos, procurou assistência otorrinolaringológica com relato de disfonia persistente e progressiva há aproximadamente 5 anos. Tabagista há mais de 30 anos, referiu, também, roncos e sonolência diurna. Exame videolaringoscópico evidenciou lesão de aspecto gelatinoso e flácido em ambas pregas vocais, coloração e volume acentuado, compatível com Edema de Reinke. Paciente foi orientada a respeito da patologia e da necessidade da interrupção definitiva do tabagismo para resolução do processo, mesmo com a cirurgia. Paciente submetida à polissonografia com Índice de Massa Corporal(IMC) de 28Kg/m2, a qual evidenciou distribuição normal dos estágios do sono, Índice de Apnéia-Hipopnéia(IAH) de 15,4/hora. Paciente parou de fumar, sendo submetida à microcirurgia de laringe para correção do Edema de Reinke.

RESULTADOS:

Após 40 dias de cirurgia, realizou-se polissonografia, estando a paciente com IMC de 30Kg/m2, sendo o IAH reduzido a 7,1/hora, mantendo distribuição normal dos estágios do sono.

CONCLUSÃO:

A exérese do Edema de Reinke acentuado da paciente foi a única mudança perceptível sofrida pela paciente entre as polissonografias, podendo-se atribuir à lesão laríngea importante papel obstrutivo na via aérea da paciente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-412

TÍTULO: O IMPACTO DA OBESIDADE NA OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA SUPERIOR EM PACIENTES RONCADORES.

AUTOR(ES): MARCO ANTÔNIO THOMAS CALIMAN , DENILSON STORCK FOMIN, HENRIQUE HIROSHI MIYAZAWA, RAQUEL AVERSANI RADIN, PAULO RICARDO OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE SANTO AMARO-UNISA.

INTRODUÇÃO: A prevalência de sobrepeso e obesidade vem crescendo significativamente nos últimos anos em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Indivíduos obesos apresentam risco maior de desenvolver diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, dislipidemia, e outras doenças crônicas como a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) e ronco. O acúmulo de gordura local e alterações no tônus muscular são fatores importantes na fisiopatologia do ronco e da SAOS, por causar modificações de tamanho e formato da via aérea superior (VAS). O estreitamento anatômico em região de orofaringe, e/ou de hipofaringe, determina o aumento da resistência ao fluxo de ar, criando condições locais para a produção do ronco.

OBJETIVO: Avaliar a possível correlação entre o índice de massa corporal e o grau de obstrução de via aérea superior em pacientes roncadores.

METODOLOGIA: 58 pacientes, idade entre 25 e 62 anos, com história clínica de ronco noturno foram classificados de acordo com seu índice de massa corporal (IMC) em: normal (IMC < 25), sobrepeso (IMC > 25 e < 30), obeso (IMC > 30 e < 40) e obesidade mórbida (IMC > 40). Esses pacientes foram submetidos a exame físico com avaliação do índice de Mallampati modificado, sendo classificados em classe I, II, III ou IV. Foram, também, submetidos à nasofibrolaringoscopia flexível e realização de manobra de Muller em regiões de orofaringe e hipofaringe com a determinação do nível de estreitamento de ambas as áreas em grau I (obstrução mínima), grau II (redução de 50 a 75% da luz da via aérea) e grau III (redução de 75 a 100% da luz).

RESULTADOS: dos 58 pacientes avaliados, 13 foram classificados com IMC normal, 19 com sobrepeso, 25 obesos e 01 paciente com obesidade mórbida. Dentre os pacientes com sobrepeso, 31,6% foram classificados com Mallampati III e 47,4% com Mallapati IV. 47,4% Muller grau II e 42,1% Muller grau III em orofaringe. A respeito dos pacientes obesos, 28% com Mallampati III e 52% com Mallampati IV. 24% com Muller grau II e 60% com grau III em orofaringe. Dos pacientes com IMC normal, 23,1% apresentaram Mallampati I e 30,8% Mallampati II, 31% com Muller grau I, 23% Muller grau II e 46% grau III em orofaringe. Os três grupos anteriores apresentaram valores semelhantes para o teste de Muller de hipofaringe. O paciente com obesidade mórbida apresentou Mallampati IV, e Muller grau III em orofaringe e grau II em hipofaringe.

CONCLUSÃO: Diante dos dados apresentados, podemos pressupor que pacientes obesos e com sobrepeso apresentam uma maior predisposição ao estreitamento de VAS (representado pelos valores de Mallampati e manobra de Muller), com conseqüente maior risco para o desenvolvimento de ronco e SAOS. Entretanto, pacientes com IMC normal também apresentaram níveis importantes de obstrução de VAS, o que torna importante a realização de uma investigação completa, para diagnóstico e tratamento adequados.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-413

TÍTULO: O PAPEL DO OTORRINOLARINGOLOGISTA NO DIAGNÓSTICO DO SCHWANNOMA VESTIBULAR NA SUA FASE OTOLÓGICA.

AUTOR(ES): LUIZ CARLOS ALVES DE SOUSA , MARCELO RIBEIRO DE TOLEDO PIZA, THAILISE GIROTO FERREIRA DA SILVA, FERNANDA MARRA MARTINEZ, PEDRO RANGEL PEREZ, JAYSON PEIXOTO MACHADO, LUISA CASTANHEIRA DE TOLEDO PIZA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, ASSOCIAÇÃO PAPARELLA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: O schwannoma vestibular (SV) corresponde a 8% dos tumores intracranianos e o mais comum do ângulo pontocerebelar, tendo como sintoma principal a perda auditiva unilateral, freqüentemente associada a zumbido, conseqüência da compressão do nervo coclear e de perturbações da vascularização da cóclea. O diagnóstico precoce do SV é fundamental para seu prognóstico. O PEATE constitui-se de ferramenta de grande sensibilidade para detecção precoce desses tumores. A RM é considerada padrão-ouro para o seu diagnóstico. Cabe ao otorrinolaringologista a detecção do tumor em sua fase otológica.

OBJETIVO: Evidenciar a importância do diagnóstico do SV na sua fase otológica, tanto pela maior chance de ressecabilidade, quanto pela menor morbi-mortalidade da cirurgia.

METODOLOGIA:  Relato de casos:

CASO 1: Paciente sexo feminino, 42 anos,  com queixa de tonturas rotatórias, hipoacusia e tinnitus em OE há 1 ano. Audiometria tonal liminar mostrou perda sensorioneural e ausência de reflexo estapediano em OE. PEATE com atraso da latência da onda V em OE. RM evidenciou formação ovalada no interior do conduto auditivo interno esquerdo de 9x4 mm, sugestivo de SV.

CASO 2: Paciente sexo feminino, 62 anos, com história de hipoacusia lentamente progressiva há vários anos associado a tonturas esporádicas e fugazes. Nos últimos anos vem apresentando cefaléia e mais recentemente parestesia de hemiface esquerda. Neurologista solicitou exame de RM evidenciou SV de grandes dimensões.

RESULTADOS: O otorrinolaringologista tem a oportunidade de receber em seu consultório pacientes portadores de sintomas auditivos unilaterais e vestibulares frustros, que deverão submeter-se a uma bateria de exames audiológicos e vestibulares com o intuito de se identificar pacientes suspeitos de serem portadores de  comprometimento retrococlear das vias cocleovestibulares, que serão encaminhados para realização de RM.

CONCLUSÃO: É de responsabilidade do ORL a identificação do SV em fase precoce da sua evolução em função da presença de sintomas cocleovestibulares e dos métodos diagnósticos audiológicos á sua disposição.

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TRABALHO CLÍNICO

P-414

TÍTULO: O PERFIL DA DEMANDA DE URGÊNCIA OTORRINOLARINGOLÓGICAS DE UM HOSPITAL PÚBLICO ? GOIÂNIA ? GO

AUTOR(ES): MARINA NEVES REBOUÇAS , PAULO HUMBERTO SIQUEIRA, VALERIANA DE CASTRO GUIMARÃES, EDSON JÚNIOR DE MELO FERNANDES

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS

Introdução: As guerras foram acontecimentos que favoreceram os avanços na medicina de urgência. os primeiros serviços de emergência médica surgiram nos anos 60 e são caracterizados por sua eficiência, agilidade e qualidade na assistência médica prestação. Objetivo: Descrever o perfil da demanda atendida pela otorrinolaringologia em um pronto socorro, na cidade de Goiânia. Métodos: Estudo descritivo, realizado no pronto socorro de otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Goiás.resultados Do total de atendimentos realizados pelas diversas especialidades, 4.959 (5,38%), pacientesforam atendidos pelo médico otorrinolaringologista. A maioria dos pacientes residem em Goiânia, as demais nas cidades circunvizinhas e outros estados. Entre os indivíduos estudados 56% procuraram à urgência otorrinolaringológica por comprometimentos otológicos, como: corpo estranho de ouvido, rolha de cerume, otite externa, otite média aguda. Considerações finais: Os dados demonstram a importância do otorrinolaringologista em um pronto socorro, podendo esses resultados contribuir  no sentido de fornecer subsídios a futuras análises sobre a temática.

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TRABALHO CLÍNICO

P-415

TÍTULO: O USO DE CAFEINA REALMENTE INFLUENCIA A REPERCUSSÃO DO ZUMBIDO?

AUTOR(ES): LETÍCIA PETERSEN SCHMIDT ROSITO , KONRADO MASSING DEUTSCH, VANESSA DE BRITO BELLINE, IULEK GORCZEVSKI, BRUNA FORNARI VANNI, ANGELA DE LA TORRE, CELSO DALL IGNA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO

O uso de cafeína tem sido implicado na gênese de zumbido. A recomendação atual de muitos especialistas no seu tratamento tem sido a de evitar ou suspender o uso de café preto, sem nenhuma evidência científica para isso.

OBJETIVO

O objetivo deste estudo é verificar se o uso de café preto influencia o grau de incômodo e a repercussão do zumbido na qualidade de vida nos pacientes que tem esse sintoma.

METODOLOGIA

Foram incluídos no estudo pacientes em que a queixa principal era zumbido e a sua etiologia  presbiacusia ou perda auditiva induzida por ruído. Questionou-se a respeito da ingestão de café preto e a quantidade de xícaras por dia. Para avaliação da repercussão do zumbido utilizou-se da escala analógico visual e do inventário de repercussão na qualidade de vida  (THI).Os dados foram analisados através do pacote estatístico SPSS utilizando-se o teste t para amostras independentes, teste de chi quadrado e coeficente de correlação de Spearman, considerando-se estatisticamente significativos valores de P menores ou iguais a 0,05.

RESULTADOS

Foram incluídos no estudo 136 pacientes. A média de idade foi de 63,8 anos e 57,5 % eram do gênero feminino. Do total da amostra, 52% ingeriam café preto regularmente, com uma média de 2,5 xícaras por dia. Os dois grupos não diferiram em relação ao gênero e a idade. Quando analisamos o consumo de café preto, não houve diferença estatisticamente significativa tanto na escala analógico visual quanto escore do THI entre os grupos. Não houve correlação significativa entre a quantidade de café consumida e o escore do THI  ou entre o escore na escala análógico visual.

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que a ingestão diária de café preto não influencia o grau de incômodo e a qualidade de vida dos pacientes com zumbido crônico. Não há no momento evidência científica suficiente que sustente a recomendação da suspensão do seu consumo neste grupo de pacientes.

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TESE

P-416

TÍTULO: O USO DO DATASUS - DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE(SUS) - COMO INSTRUMENTO NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS OTOLÓGICAS

AUTOR(ES): HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA , MÁRIO ORLANDO DOSSI, ANDRÉ LUÍS LOPES SAMPAIO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO

As doenças do ouvido são enfermidades que representam um grupo relevante de morbidade. A otite média, por exemplo, é uma das doenças mais prevalentes, constituindo-se, ainda hoje, em um problema de saúde pública de caráter mundial. Uma política pública eficaz no sentido de se proporcionar uma melhora no trato das doenças otológicas só é possível partindo-se do conhecimento epidemiológico deste grupo de patologia.

OBJETIVO:

Verificar se o DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(SUS), como instrumento oficial medidor de doenças otológicas, exprime a realidade destas patologias a ponto de poder ser usado na elaboração de políticas públicas para as mesmas.

MATERIAL E MÉTODOS:

Os Estados foram colocados em ordem decrescente em relação ao respectivo valor de IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. Foi calculado o percentual da população de cada Estado em relação à população total do país, bem como o percentual de internações hospitalares por doenças otológicas para cada Estado em relação ao número total das mesmas, baseado no DATASUS. Correlacionaram-se os dados sobre morbidade de cada unidade federativa com seu respectivo valor de IDH.

RESULTADOS:

O estado de São Paulo, terceiro maior IDH, foi responsável por 38,04% das internações hospitalares de causa otológica, apesar de sua população representar 21,64% da população nacional. O estado de Alagoas, detentor do menor IDH, foi responsável por apenas 0,30% internações hospitalares de causa otológica, sendo que sua população representa 1,65% da população nacional.

CONCLUSÃO:

Segundo os dados referentes à morbidade hospitalar (internações) devido a doenças do ouvido e da apófise mastóide disponíveis no DATASUS, o mesmo não exprime a realidade, não sendo instrumento  fidedigno para elaboração de políticas públicas otológicas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-417

TÍTULO: OBSTRUÇÃO NASAL EM PACIENTES COM APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): RAQUEL DE MOURA BRITO MENDEZ , THIAGO DE OLIVEIRA BARROS, RAQUEL DE MOURA BRITO MENDEZ, ROSANA RANDOLPHO CAIAFFA, MARCO ANTONIO DE MELO TAVARES DE LIMA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é um distúrbio respiratório relacionado ao sono, caracterizada como episódios freqüentes de obstrução total (apnéia) ou parcial (hipopnéia) das vias aéreas superiores durante o sono, na presença de movimentos respiratórios.

A obstrução nasal é freqüente na população geral e muito associada ao desconforto e restrição durante atividades diurnas. Também é queixa comum de má qualidade do sono, porém pouco se sabe a respeito do impacto da obstrução na nasal nos pacientes com SAOS.

OBJETIVO: Avaliar se há correlação entre o sintoma de obstrução nasal, escala de sonolência de Epworth (ESE), índice de apnéia e hipopnéia (IAH), SED, dessaturação da oxi-hemoglobina, eficiência, latência para o sono e sono dessincronizado (REM) em pacientes com SAOS.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, observacional, contemporâneo, no qual foram analisados retrospectivamente os resultados de polissonografia (PSG) basal de noite inteira e as informações contidas em questionários para avaliação do sono, sonolência excessiva diurna e sintomas otorrinolaringológicos em 80 pacientes, entre março e julho de 2010.

Selecionou-se resultados de PSG e dos questionários de pacientes entre 18 e 55 anos de idade, independentemente do sexo, com queixas de ronco e apnéia do sono.

Os sujeitos foram divididos em função da queixa de obstrução nasal (variável independente) em Grupo 1 (sem obstrução nasal) e Grupo 2 (com obstrução), comparando-se médias e significância estatística para algumas variáveis de desfecho (ESE, IAH, eficiência e latência do sono).

RESULTADOS: Foram analisados 80 indivíduos com idade média de 47.63 anos, sendo 33 homens e 47 mulheres, com IMC médio de 30 kg/m2. Observou-se aumento significativo de 35.71% (p=0,028) nos eventos respiratórios de pacientes com AIH grave e obstrução nasal, comparado àqueles sem obstrução nasal.  Pacientes com obstrução nasal exibiram índice de hipopnéas 49.42% (p=0,026) e latência para o sono REM 43.14% (p=0,020) maior que os pacientes sem queixas de obstrução nasal.

CONCLUSÃO: Não houve correlação entre a sonolência excessiva diurna, avaliada pela escala de Epworth, e o sintoma de obstrução nasal.

Nos casos de IAH grave com obstrução nasal, houve aumento significativo dos eventos respiratórios por hora de sono, sugerindo, talvez, que a obstrução nasal seja um fator de agravamento do quadro neste grupo de pacientes.

Os eventos respiratórios do tipo hipopnéia foram mais expressivos nos pacientes com obstrução nasal.

Os pacientes com sintomatologia de obstrução nasal também exibiram uma latência para o sono paradoxal alargada em relação ao grupo sem queixas de obstrução nasal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-418

TÍTULO: OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA ALTA AGUDA SECUNDÁRIA A SCHWANNOMA TRAQUEAL

AUTOR(ES): PEDRO SIMAS MORAES SARMENTO , JOSÉ HIGINO SANTOS CARTAXO, MIGUEL LEAL ANDRADE NETO, LOREN DE BRITTO NUNES, EPIFÂNIO JOSÉ PEREIRA FILHO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL PORTUGUÊS DA BAHIA

INTRODUÇÃO: Neste texto é apresentado um caso de insuficiência respiratória secundária a obstrução traqueal por tumoração, em um paciente jovem avaliado em caráter de urgência. Os tumores primários traqueais são neoplasias raras que possuem manifestações clínicas inespecíficas, dificultando o diagnóstico precoce. O tempo médio de diagnóstico é de 10 a 15 meses do início dos sintomas, podendo ocorrer obstrução importante da luz traqueal. As neoplasias malignas da traquéia são cerca de 180 vezes menos frequentes que as de pulmão, sendo representadas, na maior parte das vezes, por dois principais tipos histológicos: carcinoma de células escamosas e carcinoma adenóide cístico. Os tumores benignos da traquéia são muito menos frequentes e abrangem um grupo heterogêneo.

OBJETIVO: Relatar um quadro de obstrução respiratória alta secundária a uma tumoração rara.

METODOLOGIA: Realizada revisão de literatura em artigos indexados ao medline, no período de 1997 a 2010 com os seguintes descritores: neoplasia, schwannoma, traquéia. Descrição de um caso clínico atendido em caráter de urgência

Relato do Caso: Um paciente do sexo masculino de 30 anos de idade, transplantado renal, compareceu ao serviço de emergência com quadro de insuficiência respiratória com estridor. Ao exame, observa-se desconforto respiratório importante, sendo que o paciente permanecia em hiperextensão cervical para melhora respiratória. Rx de tórax sem alterações. Possuía relato de acompanhamento com otorrinolaringologista por queixa de tosse recorrente e estava em tratamento para refluxo. Plantonista solicitou avaliação da equipe de otorrinolaringologia e realização de nasofibrolaringoscopia flexível que não demonstrou alterações em glote ou supraglote. Durante entubação com auxílio do broncoscópio foi identificada tumoração em lúmen traqueal. A tomografia computadorizada demonstrou imagem hipoecogênica alongada de contornos lisos e regulares, medindo cerca de 2,1 x 1,6 x 1,0cm. A equipe de cirurgia torácica realizou ressecção da lesão com broncoscópio. O resultado da peça anatômica foi compatível com schwannoma e aspergilose invandido a neoplasia. Após o procedimento o paciente teve boa evolução.

CONCLUSÃO: O schwannoma é uma neoplasia benigna extremamente rara e até 2005 35 casos tinham sido relatados na literatura. Devido ao seu crescimento lento e sintomas inespecíficos, como tosse persistente, broncoespasmo e estridor, não é incomum que no momento do diagnóstico 50 a 75% da luz traqueal esteja obstruída pelo tumor. O diagnóstico é feito por laringotraqueobroncoscopia e tomografia, e confirmado por histopatologia. O tratamento poder ser realizado por ressecção endoscópica ou cirúrgica. Caso a ressecção endoscópica seja utilizada é necessário um acompanhamento a longo prazo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-419

TÍTULO: OBSTRUÇÃO RESPIRATORIA EM RECÉM NASCIDO POR TERATOMA INTRAORAL

AUTOR(ES): CLÁUDIA SCHWEIGER , MARIANA MAGNUS SMITH, DENISE MANICA, CÁTIA SALEH, GABRIEL KUHL, JORGE KAPPEL, LARISSA ENÉAS

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: Teratomas são tumores constituídos de células parenquimatosas, representativas de mais de uma camada germinativa. Desenvolvem-se a partir de células totipotentes, que se diferenciam ao longo das linhagens germinativas, resultando em tecidos como pele, músculo, tecido adiposo, tecido nervoso, epitélio intestinal ou mesmo estruturas dentárias. São comuns na região sacrococcígea e nas gônadas e raros na região cervical (3% a 5% dos casos).

RELATO DO CASO: Paciente nascida a termo em Uruguaiana de parto vaginal, sem intercorrências. Logo após o nascimento, apresentou disfunção respiratória por obstrução alta. Passagem de sonda nasal sem dificuldades bilateralmente. Realizada oroscopia onde se evidenciava massa em orofaringe obstrutiva. Paciente mantida em decúbito ventral, com oxigênio por óculos nasal e encaminhada a Porto Alegre. Na chegada, realizada fibroendoscopia que evidenciou massa em topografia de parede posterior de orofaringe, pediculada. RN intubado e submetido a RNM, que  demonstrava massa volumosa, com conteúdo de diversas densidades, sem comunicação com SNC. Realizada ressecção completa da lesão através de abordagem intraoral. Paciente extubado imediatamente após a cirurgia, evoluiu sem intercorrências. O anatomopatológico confirmou diagnóstico de teratoma.  O seguimento atual é de 3 anos, sem recidivas. 

DISCUSSÃO: Os teratomas cervicais apresentam uma incidência estimada entre 1:20.000 e 40.000 nascidos vivos. Esses tumores podem desencadear diversos sintomas referentes à compressão de estruturas adjacentes ao tumor, principalmente sintomas respiratórios agudos devido à compressão da via aérea. Atualmente, o diagnóstico de teratoma, especialmente quando volumoso, como no caso descrito, pode ser firmado ainda no período pré-natal no momento da ecografia morfológica. Em sendo o diagnóstico realizado antes do nascimento, é preconizado trabalho conjunto da equipe de via aérea pediátrica no momento do parto, para diminuir a possibilidade de obstrução respiratória grave, sem condições de intubação. Entre as opções de intervenção imediata, não eletiva, destacam-se o tratamento extraútero intra-parto (EXIT procedure) e a operação com suporte placentário (OOPS procedure). Se a intubação endotraqueal do feto não for possível, pode ser realizada a traqueostomia e, após garantia da via aérea, o planejamento da ressecção cirúrgica, que é o tratamento de escolha.

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TRABALHO CLÍNICO

P-420

TÍTULO: OCULOMOTRICIDADE EM INDIVÍDUOS COM E SEM INCLINAÇÃO LATERALIZADA DA CABEÇA

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA, BLACY CELLA GULFIER

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

INTRODUÇÃO: O estudo da oculomotricidade é importante no que se refere à postura e ao equilíbrio do indivíduo, uma vez que o equilíbrio  é mantido pela interação de três sistemas: visual,vestibular e proprioceptivo.OBJETIVOS: Verificar a correlação entre a alteração postural, inclinação lateral de cabeça e os resultados da oculomotricidade e comparar esses resultados de indivíduos com e sem inclinação lateral da cabeça. MÉTODOS  Este estudo foi composto por 80 sujeitos com faixa etária entre 20 e 60 anos, divididos em 2 grupos: 1 grupo com inclinação lateral da cabeça a direita e a esquerda (30 sujeitos) e 2 grupo sem inclinação lateral da cabeça (controle, 50 sujeitos). Para avaliação postural, colocou-se marcações adesivas na testa, queixo, região fronto/lateral cefálica e ombros utilizando o simetógrafo.Para avaliar a oculomotricidade utilizou-se Equipamento Vec Win Digital da Neurograff Eletromedicina, utilizando as seguintes avaliações, sacádicos fixos e randômicos , rastreio pendular a estimulação optocinética.RESULTADOS: Em relação a oculomotricidade não foi encontrado diferenças estatísticas intra grupos com inclinações laterais da cabeça a direita e/ou esquerda.Entretanto,comparando os grupos sem inclinação com os grupos com inclinação, foi encontrado diferenças estatísticas significantes da sequência principal dos movimentos sacádicos fixos e randômicos nos valores das latências e das velocidades , mas sem alterações das acurácias. Nas avaliações do rastreio pendular o parâmetro que apresentou uma maior sensibildade foi  valores de ganho analisados com freqüências de 0.10 Hz. CONCLUSÃO: Diante dos resultados, observou uma correlação entre as alterações posturais, inclinação lateral da cabeça obtidos na oculomotricidade .Também foi observado diferênças nos valores da avaliação da velocidade angular da componente lenta e ganho em valores quantitativos no teste optocinético. Sujeitos com alteração postural, inclinação lateral da cabeça possui maior latência para o início da perseguição do objeto e menor velocidade na perseguição do objeto na avaliação dos movimentos sacádicos fixos e randomicos,menor ganho do rastreio pendular 0.10 Hz.

Key-words : oculomotricidade , inclinação lateral da cabeça, sácades oculares, perseguição ocular

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-421

TÍTULO: ODONTOMA E USO DE COLÁGENO COM HIDROXIAPATITA ABSORVÍVEL. RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): NELSON SOLCIA FILHO , CAMILA LIMI YAGI CARDOSO

INSTITUIÇÃO: PARTICULAR

Os autores descrevem o tratamento cirúrgico de um odontoma maxilar em uma criança de seis anos de idade. Realizado incisão horizontal, entre canino e primeiro molar decíduos de aproximadamente 3,5 cm , em mucosa labial interna e aprofundada até músculos que se inserem nesta região. Descolamento do retalho crânio-caudal até a gengiva inserida porém sem romper as gengivas marginais e papilas interdentais. Exérese do tumor e inserido uma membrana de colágeno e hidroxiapatita reabsorvíveis, como material de preenchimento e  indutor ósseo. Cobertura total da cavidade foi conseguida pela sutura do retalho. As características clínicas, histológicas e radiológicas são descritas no relato. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-422

TÍTULO: OFTALMOPLEGIA PÓS OPERATÓRIA EM PACIENTE SUBMETIDO A SEPTOPLASTIA

AUTOR(ES): DANIEL SANTOS ARANTES SOARES , CAROLINE VALVERDE DINIZ BOECHAT, AURÉLIA SILVA E ALBUQUERQUE, ANA PAULA DE AQUINO FERREIRA MONTEIRO, GLÁUCIA MARIA VASCONCELOS SEVERIANO, MAURO BECKER MARTINS VIEIRA, MARIANA OLIVEIRA MAIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FELÍCIO ROCHO

INTRODUÇÃO: Descreveremos aqui um raro caso de oftalmoplegia em pós-operatório de septoplastia causada por apoplexia hipofisária em paciente com tumor de hipófise.

RELATO DE CASO: Paciente VJI, 55 anos, sexo masculino, procurou o ambulatório do HFR com queixa de obstrução nasal crônica, prurido nasal e espirros. Após diagnóstico de desvio septal, foi submetido  a septoplastia e turbinectomia bilateral em 04/05/10, evoluindo com ptose palpebral esquerda, oftalmoplegia e midríase fixa ipsilateral, ainda na sala de recuperação pós-anestésica. RNM de encéfalo evidenciou: lesão expansiva sólida selar e supra-selar invadindo os seios cavernosos e ocupando quase a totalidade do seio esfenoidal.Em 11/05/10, seis dias após a cirurgia inicial, o paciente foi submetido  a ressecção de tumor de hipófise.O anátomo-patológico levantou a possibilidade de cisto de bolsa de Rathke. Presença de numerosos fragmentos de neoplasia epitelial com aspecto de adenoma, extensamente necrótico (apoplexia pituitária), HD:  Macroadenoma de hipófise? O paciente recebeu alta com ptose, oftalmoplegia e midríase e foi encaminhado para controle com neurocirurgia, endocrinologia e fisioterapia. Após 20 sessões de fisioterapia, iniciou melhora da ptose palpebral, oftalmoplegia e movimentos oculares

DISCUSSÃO: O quadro de apoplexia hipofisária (necrose aguda da glândula) geralmente se segue a um sangramento de tumor hipofisário,  evoluindo com infarto do tumor. O paciente pode desenvolver oftalmoplegia por compressão dos pares cranianos, midríase paralítica e perda do reflexo corneopalpebral. A área de necrose encontrada no anatomopatológico da peça cirúrgica do nosso paciente nos leva a acreditar nesta afecção. A síndrome do seio cavernoso tem como principais causas aneurismas da artéria carótida, fístulas carotídeo-cavernosas, tumores e síndrome de Tolosa-Hunt.

CONCLUSÃO: Atualmente a literatura preconiza e enfatiza que não há nescessidade de solicitarmos exames laboratoriais em pré-operatório de pacientes com menos de 40 anos, sem comorbidades. O diagnóstico de desvio septal pode ser feito por anamnese e exame físico otorrinolaringológico. A videoendoscopia nasossinusal é ainda uma ferramenta mais acessível atualmente nos consultórios otorrinolaringológicos, facilitando a avaliação. A TC acrescenta dados da anatomia septal e estruturas adjacentes e evidencia tumores silenciosos do crânio, mas até que ponto é necessário ou dispensável, haja vista seu alto custo?

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-423

TÍTULO: OPÇÃO DE TRATAMENTO CIRÚRGICO EM PORTADOR DE SÍNDROME DE PARRY-ROMBERG

AUTOR(ES): FELIPE BARBOSA LIMA , RAFAELA MAGALHÃES VILLAS BÔAS, FLÁVIUS VINÍCIUS CABRAL SOARES, DÉBORA JUAÇABA CAVALCANTE, FELIPE DAMASCENO FONTENELLE LEITE CAMPOS, YURI DE MORAES FACÓ, LIA BARROSO SIMONETTI GOMES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO: Atrofia Hemifacial Progressiva, também conhecida como Síndrome de Parry-Romberg (SPR), é uma rara desordem caracterizada por atrofia facial unilateral que afeta pele, subcutâneo, tecido adiposo, músculo e raramente estruturas ósteo-cartilaginosas adjacentes. O tratamento ofertado pela cirurgia plástica à síndrome geralmente visa melhorar o aspecto estético. A escolha da técnica depende das condições do paciente, expectativa e da gravidade da lesão.

OBJETIVO: O presente trabalho objetiva relatar um caso de Atrofia Hemifacial Progressiva, discutindo os aspectos terapêuticos e apresentando uma alternativa para correção estética desta rara desordem patológica.

METODOLOGIA: Foi realizada revisão do prontuário da paciente.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 38 anos, admitida no Serviço de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina do Hospital Universitário Walter Cantídio em agosto de 2008 com relato de aos 15 anos ter iniciado quadro súbito de fortes dores em braço e perna direita com posterior  aparecimento de máculas hipocrômicas, seguida de ?afundamento? progressivo em hemiface direita. Refere ainda artralgia têmporo-mandibular à direita, além de câimbras em mão ipsilateral, principalmente em 3º quirodáctilo. Ao exame físico observou-se atrofia importante de hemiface direita com sensibilidade, força e mobilidade preservadas, discreta atrofia da musculatura de mão e antebraço ipsilateral e reflexos radial, patelar e triciptal assimétricos com hiporreflexia à direita. Ressonância nuclear magnética mostrou alteração do sinal no trato córtico-espinhal, provável relação com doença desmielinizante ou doença axonal. Diante dos achados semiológicos e exames complementares aventou o diagnóstico de Síndrome de Romberg, também chamado Atrofia Hemifacial Progressiva. A paciente foi tratada com transplante autólogo de gordura (lipoenxertia tipo Coleman) com coleta do abdômen. procedimento realizado em dois tempos cirúrgicos.

DISCUSSÃO:  Atrofia unilateral da face, como a descrita no caso acima, é um sintoma clínico que ocorre em diferentes doenças. O diagnóstico pode ser difícil, particularmente no começo da afecção. A atrofia hemifacial progressiva, também conhecida como Síndrome de Parry-Romberg, é caracterizada por atrofia progressiva, geralmente unilateral, de tecidos faciais. O tratamento estético só é indicado como tratamento exclusivo quando a doença pára de evoluir. Essa foi a razão porque nossa paciente foi submetida a intervenção cirúrgica. Injeções de gordura autóloga são adequadas para correção da lipoatrofia facial, uma vez que provocam mínimo trauma intra-operatório, poucas queixas pós-operatórias e possibilidade de repetição da técnica em pacientes já operados conforme necessidade, além de pouco risco de eventos adversos e sequelas tardias.

CONCLUSÃO:  A técnica de lipoenxertia constituiu-se uma ótima opção para o tratamento do presente caso, uma vez que apresentou boa eficiência e alta satisfação estética, mensurada pelo julgamento da própria paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-424

TÍTULO: OSTEOCONDROMA DA ORELHA EXTERNA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): JOYCE DE OLIVEIRA LIMA , WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, JOSÉ CLÁUDIO DE BARROS CORDEIRO, HENDERSON DE ALMEIDA CAVALCANTE, RENATO VALENTIM BRASIL, ÉDER AUGUSTO MAGALHÃES NASCIMENTO, RENATO VALÉRIO RODRIGUES CAL

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: O Osteocondroma é um tumor ósseo benigno e corresponde a 8,5% de todas as neoplasias ósseas e 40% das neoplasias ósseas benignas. Essas lesões resultam de um crescimento ósseo desordenado, produzindo projeções ósseas recobertas de cartilagem dos contornos ósseos endocondrais. Os Osteocondromas podem surgir em todos os ossos, principalmente nos ossos longos da extremidade. Ocasionalmente, afetam a pélvis, a clavícula, os arcos costais e a vértebra, sendo raros os casos descritos na literatura de acometimento da orelha externa. Quando múltiplos, representam uma doença autossômica dominante hereditária e apresentam uma freqüência de degeneração maligna em mais de 10% dos casos. Estes tumores são geralmente assintomáticos e podem ser diagnosticados durante exames radiológicos, incidentalmente. As complicações ocorrem em 4% dos casos, com comprometimento neurológico, vascular e degeneração maligna. O diagnóstico é realizado por exame de imagem, raio-x ou tomografia computadorizada, confirmado por exame anatomopatológico. O tratamento nem sempre é cirúrgico já que na maioria dos casos o tumor é assintomático.

OBJETIVO: Relatar um caso de Osteocondroma da orelha externa, diagnosticado em hospital universitário, no ano de 2010.

RELATO DE CASO: Paciente A.F.P., masculino, 23 anos, casado, natural e procedente de Barcarena-Pará, operador de máquinas. Refere que há 3 anos iniciou quadro de otalgia recorrente, com disacusia progressiva, intercalada com episódios de otorréia em orelha direita. Notou há cerca de 1 ano lesão endurecida na região do conduto auditivo externo, que apresentou aumento progressivo de tamanho e, há 6 meses obstruiu completamente o mesmo. Antecedentes pessoais: Nega comorbidades. Ao exame físico, observou-se lesão endurecida obstruindo o conduto auditivo externo com otorréia e edema da região. Realizado tomografia computadorizada que demonstrava lesão mista osteocartilaginosa, pediculada na região posterior e inferior do conduto auditivo externo. Audiometria: Perda auditiva condutiva de grau moderado na orelha direita e normal na orelha esquerda. Realizado ressecção da lesão, com colocação de enxerto livre de pele na região. Exame histopatológico: Osteocondroma de orelha externa. Atualmente assintomático e sem sinais de recorrência da lesão.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: O Osteocondroma é uma neoplasia óssea de caráter benigno, que pode surgir em todos os ossos, principalmente nos ossos longos das extremidades. É raro na orelha externa, com poucos casos relatados na literatura. No entanto deve ser sempre investigado quando há lesão endurecida obstruindo a orelha externa, procurando sempre realizar o diagnóstico diferencial com o condrossarcoma.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-425

TÍTULO: OSTEOMA DE BIGORNA

AUTOR(ES): DANIELLE DA SILVA PEDREIRA , HUMBERTO AMARAL SANTOS, ALINE CRISOSTOMO FERNANDES, GUSTAVO NOLETO DE REZENDE, FILIPE TRENTO BURIGO, MARCELO MENDES TEPEDINO JUNIOR, MARCELO MENDES TEPEDINO

INSTITUIÇÃO: PRO-OTORRINO

INTRODUÇÃO

Osteoma é um tumor benigno de crescimento lento, geralmente assintomático.

Apresenta-se histologicamente de formas distintas: osteoma compacto, esponjoso e misto. A etiologia ainda é controversa e tem sido relatada sua associação com trauma, infecção, influência hormonal, influência genética, alterações metabólicas e radiações ionizantes. É mais comum em pacientes jovens do sexo masculino. O diagnóstico, comumente, é feito de forma acidental.

RELATO DE CASO

Paciente, 29 anos, masculino, com relato de hipoacusia progressiva à esquerda há 12 anos. Aos 18 anos havia procurado atendimento otorrinolaringológico com diagnostico inicial de otosclerose, baseado na audiometria, que evidenciou disacusia condutiva de leve a moderada, sendo considerada a hipótese de estapedotomia. Solicitada TC de mastóides que evidenciou em orelha esquerda formação nodular alongada, calcificada, de limites bem definidos e contornos regulares aderida à parede medial do ático e a parede do canal semicircular lateral, interposta ao martelo e ao estribo, não identificando a bigorna.

A estapedotomia foi desconsiderada e optou-se por tratamento conservador com audiometrias e TC de controle.

Em junho de 2009, veio encaminhado ao nosso serviço para continuar o acompanhamento, sendo solicitadas novas audiometria e TC. Ao exame apresentava otoscopia normal, Rinne negativo e Weber lateralizado para esquerda. Audiograma com disacusia mista de leve a severa e TC com lesão expansiva envolvendo o ramo longo da bigorna esquerda sugerindo osteoma misto ou displasia fibrosa.

Optado pelo tratamento cirúrgico com timpanotomia exploradora. Durante o ato cirúrgico foi retirada a lesão e colocada uma prótese parcial na cadeia ossicular.

No pós-operatório, o paciente relatava melhora da audição. Após 2 e 6 meses da cirurgia foram realizadas audiometrias de controle que evidenciaram disacusia mista de leve a moderada em orelha esquerda.

DISCUSSÃO

Osteoma é um tumor osteoblástico mesenquimal benigno, de crescimento lento composto por tecido ósseo maduro bem diferenciado, com uma predominância da estrutura laminar.

O sexo masculino é mais freqüentemente acometido, sendo geralmente diagnosticado entre a 2ª e 5ª décadas da vida, em concordância com o caso apresentado.

Osteoma envolvendo a cadeia ossicular é raro e geralmente assintomático, mas pode apresentar dor e perda auditiva.

Os achados radiológicos são sugestivos de osteoma, mas não se pode esquecer dos diagnósticos diferenciais como: otoespongiose fenestral, granuloma eosinofílico, displasia fibrosa monostótica, tumor de células gigantes, mieloma múltiplo solitário, osteossarcoma e osteoma osteóide.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por apresentar as características de uma lesão de crescimento progressivo foi optado pelo tratamento cirúrgico, retirando a lesão e melhorando a audição do paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-426

TÍTULO: OSTEOMA DE CORNETO INFERIOR

AUTOR(ES): LEANDRO CASTRO VELASCO , THIAGO CHIANCA FERREIRA, LISANDRA MEGUMI ARIMA, ANTÔNIO AUGUSTO LOPES SAMPAIO, CARLOS EDUARDO FERNANDES MELO, ANTONINI DE OLIVEIRA E SOUSA, RUI ORTEGA FILHO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR MUNICIPAL DE SAO PAULO

INTRODUÇÃO: Os osteomas são tumores benignos comuns dos seios paranasais, sendo o seio frontal o mais acometido, entretanto são raros na cavidade nasal. São tumores de crescimento lento, geralmente assintomáticos, muitas vezes o diagnóstico é incidental através de um exame de imagem. Com a evolução da doença, aparecem obstrução nasal, cefaléia, abaulamento e complicações quando ocorre uma extensão para placa cribiforme, órbita ou obstrução de óstio de seio paranasal levando a sinusites ou formação de mucocele.

OBJETIVO: Relatar um caso raro de osteoma de corneto médio.

RELATO DE CASO: M.R.S.D., 61 anos, feminina, com queixa de obstrução nasal à direita há dois meses associado a dor facial e coriza. Antecedentes pessoais: nega cirurgias e traumas nasais anteriores.  Exame otorrinolaringológico: rinoscopia ? hipertrofia de corneto médio à direita.  Realizado tomografia computadorizada que evidenciou hipertrofia de corneto médio à direita com aspecto ósseo, sem extensão superior para placa cribiforme, órbita ou cavidade paranasal. Paciente foi submetida à cirurgia endoscópica com retirada de todo a lesão. O resultado ame anátomo patológico demonstrou múltiplos fragmentos irregulares de tecido ósseo medindo em conjunto 4,5x4,0x2,5 centímetros, sem indícios de malignidade.  

CONCLUSÃO: Obstrução nasal e cefaléia podem ser os únicos sintomas em casos de osteoma. Uma história arrastada associada a uma alteração em exame de imagem são as principais características da doença. O tratamento cirúrgico para pacientes sintomáticos é resolutivo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-427

TÍTULO: OSTEOMA DE MEATO ACÚSTICO EXTERNO

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: Osteoma de meato acústico externo (MAE) é uma neoplasia rara, benigna, de crescimento lento e que pode causar obstrução do conduto, tendo como principais sintomas hipoacusia condutiva e otite externa de repetição.

OBJETIVO: Apresentar um caso de osteoma de meato acústico externo em um paciente adulto, do sexo feminino, sendo submetido à intervenção cirúrgica para resolução do quadro, além de fazer uma breve revisão na literatura sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente do sexo feminino, 36 anos, guarda civil, apresentou-se ao serviço de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí (HSJA) em Itaperuna/RJ com queixa de zumbido, hipoacusia progressiva e otalgia direita. O paciente relatava atendimento prévio em outro serviço, onde levantou-se a hipótese de cerume. Não apresentava comorbidade à anamnese. À otoscopia, fora visualizada uma tumoração em conduto auditivo externo direito, dura ao toque com estilete, ocupando todo o meato acústico externo (MAE). Seu audiograma revelou uma perda auditiva condutiva à direita. A Tomografia Computadorizada de mastóides revelou a presença de uma lesão óssea única ocluindo o MAE à direita.

RESULTADOS: Devido a alteração auditiva o tratamento de escolha para o paciente foi cirúrgico, sob anestesia geral, via transmeatal. Realizou-se a aspiração da secreção e lamelas da descamação epitelial e, procedeu-se a exérese do osteoma com descolamento parcial da pele do MAE direito. Por último, foi feito curativo com pomada e gelfoam. No controle pós operatório, não se observou recidivas. Nova audiometria demostrou fechamento do gap do lado direito. O exame anatomopatológico da lesão confirmou o diagnóstico, revelando osso denso e revestido por epitélio escamoso. 

CONCLUSÃO: O osteoma de meato acústico externo é um tumor ósseo raro de etiologia indefinida. Embora possua característica benigna, o seu crescimento progressivo pode causar obstrução do MAE e gerar sintomatologia. O diagnóstico deve englobar anamnese, exame clínico otorrinolaringológico e exames de imagem. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, para os casos resistentes a terapêutica clínica ou com prejuízo da audição.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-428

TÍTULO: OSTEOMIELITE CRÔNICA SUPURATIVA EM MANDÍBULA - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DENISE BRAGA RIBAS , PAULO EDUARDO PRZYSIEZNY, ANTONIO CELSO NASSIF FILHO, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, EMERSON FRANCESCHI, GILSON RODRIGUES VALLE, ELIZA MENDES DE ARAUJO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA - FILIAL DO PARANÁ

A osteomielite é uma doença pouco comum, considerada de difícil diagnóstico e tratamento. Trata-se de uma inflamação óssea medular e cortical, normalmente causada por invasão da flora bacteriana local, podendo se estender para o periósteo e tecidos moles. Os pacientes com maior risco de apresentar osteomielite oral são os imunocomprometidos, usuários de álcool ou tabaco, higiene oral precária, diabéticos descompensados, usuários de altas doses de corticóides, em terapia imunossupressora ou radioterapia de mandíbula e portadores de doenças auto-imunes. Porém a principal causa da osteomielite crônica de mandibula é odontogênica. O diagnóstico da osteomielite é feito através da anamnese, exame físico, radiografia, ecogarafia, tomografia e cintilografia óssea com 99mTc-MDP.

O tratamento envolve antibioticoterapia associada a procedimentos cirúrgicos, com sequestrectomia ou decorticação do osso afetado 1, 5. Outras alternativas terapêuticas englobam o uso de oxigenoterapia hiperbárica, bifosfonados e anti-inflamatórios esteróides e não-esteróides.

Relatamos um caso de um paciente masculino, 51 anos que procurou o serviço de otorrinolaringologia do Hospital da Cruz Vermelha ? Filial do Paraná, com queixa de drenagem de secreção purulenta através da boca e região sub-mandibular bilateral.com há 18 meses, após tratamento dentário.Na admissão hospitalar, o paciente se encontrava em regular estado geral, hipertenso, afebril. No exame intra-oral apresentava edema mandibular bilateral com grande quantidade de secreção purulenta bilateralmente, sobretudo na região de corpo mandibular direita e ausência de quase todos os dentes inferiores, apresentando somente na arcada inferior o terceiro molar direito e o canino esquerdo. Verificaram-se fístulas bilaterais extra-orais com drenagem de secreção purulenta na região de pré-molares inferiores. Iniciou-se tratamento clínico com clindamicina, ceftriaxona e hidrocortisona por 9 dias (tempo total de seu internamento) programando-se cirurgia higiênica oral no sexto dia de hospitalização. Paciente recebeu alta após o nono dia de tratamento com resolutividade total do caso após um ano de acompanhamento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-429

TÍTULO: OSTEOMIELITE DO SEIO MAXILAR: OPÇÕES DE TRATAMENTO

AUTOR(ES): LAÍZA ARAÚJO MOHANA PINHEIRO , GUILHERME CARVALHO ALMEIDA, MARIANA DUTRA DE CÁSSIA FERREIRA, LUTIANE SCARAMUSSA, CARLOS CHONE, EULÁLIA SAKANO

INSTITUIÇÃO: UNICAMP

Relato de Caso: Paciente feminina, 30 anos,  com queixa de  dor, inchaço em face D e febre com evolução de quinze dias.  Relatava ser portadora da doença de Still, em remissão há cinco anos. Ao exame físico, apresentava  perfuração septal ampla e desvio do septo ósseo para a fossa nasal direita, com edema em meatos médios, sem secreção. A  CT de seios  da face evidenciava  apenas velamento parcial do  seio maxilar acometido.  Com a suspeita diagnóstica de complicação de sinusite aguda, foi  iniciada ceftriaxone e oxacilinaendovenosa   e realizada punção do seio maxilar D para cultura da secreção, cujo resultado foi  negativo. Optou-se por antrostomia maxilar média direita, sendo que o resultado histopatológico da  mucosa sinusal evidenciou processo inflamatório  crônico inespecífico, sem sinais de vasculite. Após um mês de antibioticoterapia endovenosa, a paciente apresentou melhora clínica  e teve alta com seguimento ambulatorial. Cerca de 60 dias após, novamente com  edema em face D e febre com calafrios, retornou ao serviço de urgência, sendo reintroduzido o mesmo esquema de antibioticoterapia e solicitada uma cintilografia da face com Tc99, que mostrou aumento de captação na topografia do seio maxilar direito, compatível com o diagnóstico de osteomielite. Foi submetida a sinusectomia maxilar por via externa, com ressecção da mucosa hiperplásica e do osso acometido, com remissão dos  sintomas por cinco meses. Nova crise de  dor local e reaparecimento da febre, com a cintilografia da face com Gálio evidenciando osteomielite em atividade.  Nos três meses que se seguiram, foram necessárias três internações para antibioticoterapia endovenosa e debridamento cirúrgico com  crescimento de Enterobacter aerogenes sensível a meropenem, ceftazidime e gentamicina. O esquema antibiótico foi então alterado para ceftazidime e metronidazol, com nova estabilização da doença.           A  paciente  manteve-se em seguimento ambulatorial com ciprofloxacino e corticosteróide oral e controles com cintilografia com Gálio e Tc99, hemograma e provas inflamátórias para o acompanhamento da doença. Após seis meses, nova agudização e debridamento com a cultura da secreção local evidenciando Streptococus viridans. Optou-se por dar início à oxigenoterapia hiperbárica. Após 30 sessões, houve melhora importante das provas inflamatórias e da captação à cintilografia, permanecendo a paciente sem sintomas por cerca de um ano. Após esse período, nova exacerbação com  edema periorbitário, febre, dor e  emagrecimento. Indicada então maxilectomia parcial direita, realizada com extensão até margens saudáveis. No pós ?operatório, foi  mantido levofloxacino por seis semanas com proposta de reinício da oxigenoterapia hiperbárica. A paciente vem se mantendo assintomática e com bom controle das provas inflamatórias. Comentários: A osteomielite de seio maxilar é um quadro raro,  em que o diagnóstico e o tratamento adequados são fundamentais para se evitar danos irreversíveis ao paciente. A cintilografia é um bom indicador da função óssea (tecnécio) podendo identificar atividade do processo (gálio), sendo importante na monitorização da resposta ao tratamento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-430

TÍTULO: OSTEOMIELITE MANDIBULAR -RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA , ANA CAROLINA CARDOSO DE REZENDE, FRANCIANE REGINA VARGAS, BRUNO FERNANDO COSTA DA SILVA, MATEUS CLAUDINO CANNARELLA, CLÁUDIO TREVISAN JUNIOR

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: A osteomielite maxilar e mandibular é uma complicação originaria de sinusopatia ou infecão dentária, podendo evoluir com meningite, trombose do seio cavernoso, celulite e dacriocistite.

É uma infecção do espaço medular ósseo, que pode ser causada por traumas, disseminação hematogênica, como resultante de sinusites crônicas, ou por contiguidade de tecidos moles.

O objetivo deste trabalho é revisar a literatura de osteomielite maxilar e mandibular e relatar um caso de osteomielite focal localizada no osso mandibular associada a má preservação dentária .

 

RELATO DE CASO: R.C.M.S, 48 anos, natural e procedente de São Paulo, refere extração dentária à direita há 28 dias, evoluindo com edema, algia,  febre não aferida por três dias.

Dentes em mau estado de conservação; Drenagem espontânea de secreção purulenta em molares inferiores à direita; Edema gengival; Pescoço com discreto edema.

Na Tomografia Computadorizada (TC) mandibular observou-se formação osteolítica envolvendo hemiarco direito em região de molares.

A paciente foi internada para tratamento clínico com resposta satisfatória, não sendo necessário tratamento cirúrgico.

 

DISCUSSÃO: As infecções odontogênicas representam o foco mais comum em adultos (22,7%) da osteomielite mandibular, sendo o espaço submandibular o mais acometido. Cerca de 20% dos casos não apresenta foco inicial definido.

Embora a antibioticoterapia tenha reduzido a prevalência e melhorado o prognóstico das infecções, ainda há uma incidência considerável, com potencial morbidade e mortalidade, quando o diagnóstico é tardio ou quando a terapia é inadequada.

A radiografia panorâmica (RX) mandibular tem sido usada como screening no diagnóstico de infecções do espaço submandibular. Estudos mostram que o RX mandibular apresenta uma sensibilidade de 83%, contra 100% da TC para o diagnóstico. A TC é o estudo radiológico de escolha na avaliação de pacientes com hipótese de infecção submandibular. Esta possui uma sensibilidade e especificidade de 95 e 53%. Embora revelasse uma alta taxa de falsos positivos, foi imprescindível na decisão cirúrgica em 25%.

Na maioria dos casos apenas o tratamento clínico é insuficiente (10 à 15% dos casos são solucionados com tratamento clínico), sendo geralmente necessária a drenagem cirúrgica.

 

CONCLUSÃO:A osteomielite maxilar e mandíbular é atualmente uma afecção incomum que deve ser abordada de forma criteriosa.

O diagnóstico precoce desta complicação, que inclui exame clínico e de imagem, é primordial, reduzindo a morbimortalidade do paciente. O uso de antibióticoterapia de amplo espectro não deve ser adiado. A associação com drenagem cirúrgica do abscesso deve ser instituída com urgência nos casos onde o paciente não apresenta melhora clínica e radiológica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-431

TÍTULO: OTITE EXTERNA MALIGNA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MARIANA MIGUEL FRAGA , ANDERSON PATRÍCIO MELO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

INTRODUÇÃO: O nome otite externa maligna (OEM) foi sugerido em 1968 por Chandler que descreveu um tipo severo de infecção no conduto auditivo externo (CAE) que se estende ao osso temporal e base de crânio. Trata-se de otite externa (OE) agressiva e potencialmente fatal de curso imprevisível. A etiologia mais freqüente é a Pseudomonas aeruginosa. Sua ocorrência é mais comum em indivíduos imunossuprimidos e no sexo masculino. Se não diagnosticada e tratada pode evoluir para abscesso parotídeo, paralisias de pares cranianos, trombose do seio sigmóide e morte. Otalgia severa, cefaléia, dor em região de articulação têmporo-mandibular, edema e otorréia são os sintomas mais comuns. O diagnóstico é feito pela história e exame clínicos e isolamento da P. aeruginosa. Os exames radiológicos de escolha são a tomografia computadorizada (TC) e o cintilografia com Galium 67 (Ga-67) e Tenecium 99 (Tc-99). O único exame laboratorial consistente na OEM é o VHS. Biópsia do tecido inflamatório deve ser realizada sempre que possível a fim de afastar a presença de carcinoma que é o diagnóstico diferencial mais comum. O uso de cefalosporinas de terceira geração e fluorquinolonas resultou na queda da mortalidade para 2-3%.

DESCRIÇÃO DO CASO: E.S.L. 86 anos, com otalgia esquerda, claudicação mandibular, otorréia e hipoacusia há 30 dias. Fez uso de antibiotico oral que não mostrou-se efetivo após 7 dias. À otoscopia apresentava edema, hiperemia e descamação da mucosa do CAE, otorréia e dor à manipulação. Sob diagnóstico de OE, foi medicado com Ibuprofeno via oral (VO) e Ciprofloxacino + Hidrocortisona em gotas otológicas. Após 7 dias persistiam os sintomas, solicitamos TC que demostrou lesão hiperdensa obliterando CAE, cavidade timpânica, antro e células aéreas da mastóide à esquerda com erosão da parede inferior do CAE. Glicemia e VHS: normais. Hemograma com granulações tóxicas finas em 10% dos neutrófilos. Cultura de secreção dos ouvidos: P. aeruginosa. Frente ao diagnóstico de OEM, optou-se por interrupção das medicações, internação e início de Ceftazidima endovenosa. Em 24h apresentou alívio da otalgia e no 7º dia recebeu alta hospitalar com remissão completa dos sintomas, exceto da otorréia que persistia em pequena quantidade. Ao exame físico, perfuração timpânica em quadrante posterior e pólipo em parede superior do CAE. Após a alta, iniciou-se Ciprofloxacino VO, e gotas otológicas (Gentamicina+ Betametasona) com retornos periódicos para limpeza da secreção e acompanhamento da evolução clínica. Após 7 semanas as medicações foram suspensas, paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial com evolução clínica favorável até o presente momento

DISCUSSÃO: O caso em questão é consistente com a literatura quanto à faixa etária e sexo. Apesar de não apresentar Diabetes Mellitus, a evolução clínica, os achados por imagem associados ao isolamento da P. aeruginosa na secreção do ouvido, fecham diagnóstico de OEM . A TC costuma ser suficiente em demonstrar a extensão da doença para partes moles e ósseas. A ciprofloxacina VO ou ceftazidima e cefeperazona EV, são as drogas de escolha. A duração do tratamento é variável, sendo necessários longos períodos de uso. Devido ao aumento da suspeita clínica têm sido possível diagnóstico e tratamento precoces, reduzindo-se as complicações e morbimortalidade. A cura da doença é um ponto delicado: a infecção pode apresentar recorrência até 12 meses após o término do antibiótico e sugere acompanhamento por esse período antes de considerar a cura. Sendo assim, salientamos a importância de nunca menosprezando o tratamento de otites externas e sempre suspeitar de OEM nos casos que evoluírem de forma inesperada ao tratamento habitual, frente à possibilidade de ocorrência de seqüelas e complicações graves dessa manifestação.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-432

TÍTULO: OTITE EXTERNA NECROTIZANTE BENIGNA

AUTOR(ES): CATIA DE SOUZA SALEH , BRUNO NETTO, MAURÍCIO NOSCHANG DA SILVA, LETÍCIA PETERSEN SCHMIDT ROSITO, SADY SELAIMEN DA COSTA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: A otite externa necrotizante benigna, ou osteíte necrotizante, é uma doença rara, de etiologia desconhecida, que ocorre em indivíduos sadios, não diabéticos. Caracteriza-se pela formação de seqüestro avascular do osso timpânico, sendo importante diferenciá-la da otite externa maligna, da radionecrose do osso temporal e do carcinoma de ouvido externo, pois tais patologias diferem no seu tratamento.

CASO CLÍNICO: I.S.S., 55 anos, feminina, branca, com história de otorréia intermitente à direita há 2 anos, associada à perda auditiva e zumbido eventual, sem otalgia. Há um ano, iniciou com episódios de aumento de volume em região pré-auricular direita, associados à dor durante a mastigação e, há 3 meses, notou aparecimento de lesão em região zigomática direita com drenagem de secreção purulenta. Negou história de trauma, diabetes mellitus ou radioterapia. Ao exame otorrinolaringológico, apresentava otorréia fétida e tecido de granulação em conduto auditivo externo (CAE) de ouvido direito, impedindo a visualização da membrana timpânica. Na região zigomatica direita, observava-se fistula com drenagem de secreção purulenta. Não se evidenciou paralisia facial, hiperemia ou abaulamento retroauricular. A audiometria foi compatível com perda audtiva mista à direita. A tomografia de ouvidos mostrou lesão osteolítica envolvendo côndilo mandibular e cavidade da ATM, arco zigomático, conduto auditivo externo e escama do temporal à direita. A cintilografia óssea com 99mTc-MDP revelou atividade osteoblástica aumentada em temporal direito. Aos exames laboratoriais, apresentava VSG de 26mm e Proteína C Reativa de 3,2mg/L. A cultura da secreção demonstrou crescimento de Proteus mirabilis. Assim procedeu-se a ressecção da fistula cutânea e do tecido de granulação de CAE, sendo possível visualizar a membrana timpânica íntegra. O anatomopatológico evidenciou inflamação crônica. A paciente permaneceu internada para antibioticoterapia com cefepime por seis semanas. Evoluiu com melhora do quadro clínico.

DISCUSSÃO: A osteíte necrotizante foi inicialmente descrita por Goufas em 1954. Usualmente, manifesta-se por otorréia crônica não dolorosa, com ulceração do assoalho do meato acústico externo, circundada por áreas de necrose óssea. Em geral, não apresenta febre ou paralisia facial. Sua etiologia é desconhecida, estando provavelmente relacionada a traumas repetidos do meato acústico externo ou a anormalidades vasculares dessa região. Não há consenso na literatura acerca do tratamento mais adequado. Remoção cirúrgica do osso necrosado e terapia clinica prolongada são opções de tratamento descritas.

CONCLUSÃO: É importante o conhecimento dessa doença e suas características clínicas, já que pode ser confundida com outras afecções mais comuns, como a otite externa necrotizante maligna, a osteoradionecrose, a neoplasia maligna do meato acústico externo e o colesteatoma.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-433

TÍTULO: OTITE EXTERNA NECROTIZANTE E SEU ACOMPANHAMENTO COM CINTILOGRAFIA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LEANDRO DE BORBOREMA GARCIA , JOSÉ RICARDO GURGEL TESTA, OSMAR BERQUO NETO, LILIAN CAROLINE SCAPOL MONTEIRO, NILSON ANDRÉ MAEDA, BRENO SIMÕES RIBEIRO DA SILVA, LUIZ VICENTE RIZZO CASTANHEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL PAULISTA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: Otite externa necrotizante (OEN), conhecida no passado como otite externa maligna, é uma infecção potencialmente letal que começa usualmente no meato auditivo externo (MAE)(1) e pode progredir para a região parotídea, mastóide, orelha média e base do crânio(2), sendo seu curso clínico raramente previsível(3).

RELATO DE CASO: A.M.S, 56 anos, masculino, natural e residente em São Paulo-SP apresentou quandro otalgia intensa à direita há três meses, hipoacusia e otorréia purulenta. Apresenta Diabetes mellitus (DM) tipo II há dez anos (utiliza Insulina Regular). Otoscopia da orelha direita com edema de MAE, otorréia purulenta e tecido de granulação, não sendo visibilizada membrana timpânica à direita. Realizou antibioticoterapia  com Ciprofloxacina IV. A TC mostrou espessamento de partes moles em MAE, associado à erosão óssea cortical da mastóide, com espessamento da membrana timpânica e mastoidopatia inflamatória de algumas células da mastóide do lado direito. A biópsia de MAE descartou um processo neoplásico. A Cintilografia com Tecnécio-99 evidenciou processo inflamatório leve associado a comprometimento ósseo no crânio.  Recebeu alta hospitalar com tratamento ambulatorial de Ciprofloxacino 500mg V.O por sessenta dias e gota otológica de ciprofloxacino.  Evoluiu satisfatoriamente, com normalização dos valores do VHS, melhora da sintomatologia, além de normalização da Cintilografia com Gálio-67 (ausência de captação).

DISCUSSÃO: Foi realizado TC de ossos temporais e Cintilografia Óssea, exames que ajudaram na elucidação diagnóstica e avaliação da extensão da doença. Segundo Sreepada e Kwartler(2003), a TC é usada inicialmente para avaliar progressão e severidade do envolvimento de tecido mole extratemporal e osteomielite de base de crânio. De acordo com Antunes et al (2004), pode-se  lançar mão atualmente de cintigrafias com Tecnécio e Gálio.  Recomenda-se estudo inicial dos pacientes com Tecnécio e Gálio e após estudos seqüências com Gálio para monitorizar a respostas à terapia, recomendação esta que foi realizada neste paciente, com Cintilografia com Tecnécio-99 positiva, realizada no início do tratamento, e Cintilografia com Gálio-67 negativa após 02 meses de tratamento. O tratamento realizado pelo paciente corrobora com o tratamento preconizado por Sreepada e Kwartler(2003), no qual afirmam que a ciprofloxacina é a droga ideal para o tratamento a longo prazo.

COMENTÁRIOS FINAIS: Devio a Otite Externa Necrotizante ser uma infecção progressiva, necrótica, que se não tratada ou tratada incorretamente, pode resultar em osteomielite da base do crânio, formação de abscesso, meningite e morte, é importante seu estudo e conhecimento para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-434

TÍTULO: OTITE MÉDIA TUBERCULOSA

AUTOR(ES): NATHALIA MARTINI MONTI WOLFF , PAULO ANTONIO MONTEIRO CAMARGO, LARISSA GUEDES PEREIRA RISPOLI, NEILOR BUENO MENDES, LINO LADISLAU OSTROSKI, GILSON RODRIGUES VALLE, FERNANDA CRISTINA RODRIGUES MACHADO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO:A tuberculose é uma doença bacteriana causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Aproximadamente 85% dos casos relatados de tuberculose são de origem pulmonar, restando apenas 15% para causas extra-pulmonares. Ainda pouco comum a otite média tuberculosa vem aumentando a sua incidência devido ao aumento de doenças imunossupressoras.

CASO CLÍNICO: JBF, 65 anos, branco, agricultor, natural e residente de Sengés, Paraná.  Queixa de hipoacusia persistente e gradual associada a otorréia à esquerda há 3 anos.  Negava história prévia de otites.Na otoscopia a esquerda com massa esbranquiçada de aspecto gelatinoso, ausência de membrana timpânica e não visualizados os ossículos .Na audiometria tonal revelou disacusia mista moderada a severa, com componente condutivo importante esquerda e a direita disacusia neurossensorial com queda a partir de 3KHz.A tomografia computadorizada dos ossos temporais revelou a esquerda uma mastóide diplóica com velamento das células, desmineralização óssea, alteração da cadeia ossicular.         No raio X de tórax  havia lesão em ápice pulmonar direito, do tipo cavitação.Realizada aspiração da secreção do ouvido médio com pesquisa de BAAR positiva +++/4, pelo método de Ziehl Neelsen. O paciente fez o tratamento para tuberculose com esquema RIP (Rifampicina, Isoniazida e Pirazinamida) durante 6 meses. Teve remissão total do quadro.

DISCUSSÃO:  A via de disseminação da tuberculose para a orelha média é discutida há muitos anos, a teoria mais aceita é que a porta de entrada seja via tuba auditiva. Alguns autores caracterizam a OMT como indolor e insidiosa. No início da doença há uma membrana timpânica espessada e mais tardiamente perfuração. A maioria dos casos se apresenta com otorréia indolor, geralmente de longa duração. Paralisia facial periférica é descrita em 15 a 40% dos casos, em sua maioria em crianças. Também são descritos adenopatia pré-auricular e fístula cervical. História pessoal ou familiar de TB é um bom indicador da doenç etécnicas de biologia molecular como PCR podem ser alternativas a cultura para o diagnóstico rápido e definitivo de formas extrapulmonares.

CONCLUSÃO: A OMT permanece como um diagnóstico difícil para os otorrinolaringologistas mas frente a um quadro de otorréia refratária ao tratamento e hipoacusia importante devemos sempre considerar a tuberculose como um diagnóstico diferencial.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-435

TÍTULO: OTOPROTEÇÃO CONTRA A OTOTOXICIDADE DA AMICACINA : DURAÇÃO

AUTOR(ES): MATHEUS DE SOUZA CAMPOS , ODAIR APARECIDO ADELINO JÚNIOR, MIGUEL ANGELO HYPPÓLITO, JOSÉ ANTONIO APPARECIDO DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: HCFMRP-USP

INTRODUÇÃO

Os aminoglicosídeos apresentam potencial ototóxico. É provado que a administração prévia prolongada de doses não lesivas de Amicacina (20 mg/kg/dia) antes da aplicação de dose ototóxica (400 mg/kg/dia) do mesmo antibiótico, protege o órgão de Corti contra a ototoxicidade do fármaco quando o sacrifício dos animais é realizado imediatamente posterior ao término do período de aplicação da droga.  

OBJETIVOS

Investigar se a proteção das células ciliadas contra a ototoxicidade da amicacina se mantém com o tempo.

MATERIAL & METÓDOS

Divisão de 21 cobaias em 3 grupos: grupo A (controle) ?  água destilada, via intramuscular, durante todo o período de aplicação de amicacina nos outros animais, com sacrifício separado acompanhando consecutivamente o sacrifício dos animais dos outros grupos. Grupos B e C ? todos com mesmo esquema de aplicação de  Amicacina: 30 dias de dose protetora (20 mg/kg/dia) e após, 12 dias de dose lesiva(400mg/kg/dia), mudando apenas a data de sacrifício após término das aplicações: Grupo B (30 dias) e grupo C (60 dias). Utilização de microscopia eletrônica de varredura para verificar as lesões estruturais do órgão de Corti. Avaliação da função auditiva dos animais pela aplicação das Otoemissões Acústicas.

RESULTADOS

Para o grupo A (controle): 1 - A avaliação histológica mostrou manutenção da arquitetura do órgão de Corti, com células ciliadas intactas. 2 ? Não houve alteração da função auditiva em nenhum momento. Grupos B e C: 1 ? histologicamente a saúde das cócleas está comprometida e o órgão de Corti perde a sua sustentação, com destruição quase total das células ciliadas. 2 ? Funcionalmente, houve importante declínio auditivo após aplicação da dose lesiva.

CONCLUSÃO

A proteção obtida com sacrifício imediatamente após o término das aplicações da dose lesiva não se manteve quando o sacrifício é postergado para 30 ou 60 dias após o fim das aplicações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-436

TÍTULO: OTOSCLEROSE INFANTIL: APRESENTAÇÃO RARA E DIFÍCIL DIAGNÓSTICO

AUTOR(ES): ADRIANO JOSÉ FLÁVIO , JAYSON PEIXOTO MACHADO, THAILISE GIROTO FERREIRA DA SILVA, FERNANDA MARRA MARTINEZ, PEDRO RANGEL PEREZ, CASSIO MEINBERG GERAIGE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, ASSOCIAÇÃO PAPARELLA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO:

Otosclerose é uma osteodistrofia do osso temporal caracterizada por reabsorção e neoformação óssea desordenada. A apresentação clínica mais comum é disacusia condutiva e/ou mista e tinnitus que manifestam-se mais comumente na 3? e 4? década de vida. Porém, alguns casos podem apresentar-se com perda auditiva sensorioneural, plenitude auricular e vertigem. Tem baixa incidência clínica (0,5 a 2%) e difícil diagnóstico, principalmente na infância. Audiometria, imitanciometria e tomografia computadorizada (TC) são exames úteis para o diagnóstico. O tratamento clínico pode ser tentado (medicamentos antienzimáticos ou anti-remodeladores ósseos) cirúrgico (estapedotomia ou estapedectomia) ou ainda aparelhos de amplificação sonora individual(AASI).

OBJETIVO:

Relatar um caso de otosclerose infantil, e alertar para seu diagnóstico devido sua raridade.

METODOLOGIA:  Relato de caso

Paciente sexo masculino,10 anos e 8 meses, hipoacusia bilateral progressiva há 1 ano associado a zumbidos. História familiar três tios (paternos) com otosclerose. A+I: disacusia condutiva moderada em graves, diminuição da complacência da membrana timpânica e ausência de reflexo estapediano bilateralmente. TC de ossos temporais mostrou focos otoscleróticos anterior em janela oval direita e esquerda, espessamento da platina do estribo e foco pericoclear sem envolvimento endosteal da cóclea bilateralmente.

RESULTADOS:

A anamnese e os exames complementares sugerem diagnóstico de otosclerose. Intituído tratamento com fluoreto de sódio 10 mg/dia e exposto aos pais a opção cirúrgica (estapedotomia) ou uso de aparelho auditivo. Optou-se pelo uso de aparelho auditivo, com acompanhameno semestral.

CONCLUSÃO:

A otosclerose infantil embora rara deve ser lembrada frente ao diagnóstico de perda auditiva condutiva, principalmente  quando há história familiar de otosclerose. O atraso no diagnóstico acarreta retardo da aquisição da linguagem  dificultando a inserção social com repercussões tanto na infância como na vida adulta.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-437

TÍTULO: OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE NECROSE EXTENSA PÓS-ABSCESSO CERVICAL

AUTOR(ES): MARIA CRISTINA LANCIA CURY , HUGO LEONARDO DE LIMA BORGES, MONICA MARCIA MADEIRO LEITE, ANTONIO CARLOS DA SILVA RODRIGUES, HERNANDES NAKAMURA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS - BRASÍLIA - DF

INTRODUÇÃO: O Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) é um método terapêutico que se aplica a várias diferentes situações clínicas, as quais envolvem necrose tecidual, infecções, feridas complexas e acidentes de mergulho, entre outras. Trata-se de método com comprovação científica, reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina, o qual regulamenta suas indicações através da Portaria CFM 1457/1995. Os autores apresentam um caso de necrose cervical extensa secundária a abscesso, o qual teve sua evolução otimizada com a introdução da OHB.

RELATO DE CASO: Paciente JRPS, 54 anos, masculino, eletricitário, desenvolveu quadro de parotidite bacteriana, o qual evoluiu para um abscesso com necrose do tecido glandular. Como fator de risco, era portador de diabetes mellitus de difícil controle. O abscesso dissecou em direção caudal, atingindo a região cervical e o mediastino superior, com infecção generalizada e sepse. Foi submetido à drenagem cirúrgica do abscesso, tendo sido necessárias quatro intervenções, em virtude das múltiplas recidivas. Após os sucessivos procedimentos cirúrgicos, foi encaminhado ao Serviço de Medicina Hiperbárica do HFA para avaliação. À admissão, apresentava-se em regular estado geral, com uma extensa área de exposição na face anterior do pescoço, sem sinais de necrose. Respirava por meio de traqueostomia e recebia antibióticos por via parenteral. Após 20 sessões de OHB, apresentava boa evolução clínica, com controle do quadro infeccioso e granulação satisfatória da área exposta, quando, então, foi submetido a enxerto livre de pele para cobertura da ferida. Voltou às sessões de OHB após o enxerto, a fim de otimizar as chances de pega. Recebeu alta do serviço após 40 sessões, com total recuperação do quadro.

DISCUSSÃO: A oxigenoterapia hiperbárica, método terapêutico ainda pouco difundido em nosso país, é importante adjuvante em diferentes situações clínicas. A hiperóxia tecidual tem ação sinérgica com antibióticos, otimiza a função de polimorfonucleares, atua sobre mediadores inflamatórios e estimula angioneogênese e função de fibroblastos, sendo fundamental para a cicatrização de lesões complexas. Também atua sobre os osteoblastos, estimulando a recuperação óssea, fundamental em fraturas complexas e osteomielites crônicas. A ação do ambiente hiperbárico leva à diminuição de volume dos gases, razão pela qual esse método se aplica a infecções produtoras de gases, tais como as gangrenas, bem como às embolias gasosas e à doença descompressiva dos mergulhadores. No caso em questão, a ação da OHB foi fundamental para o controle do quadro infeccioso, bem como para a granulação da área exposta e integração satisfatória do enxerto, num paciente de alto risco para complicações.

CONCLUSÃO: A OHB é procedimento indicado em situações que envolvem necrose tecidual e lesões complexas, como adjuvante às condutas clínicas e cirúrgicas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-438

TÍTULO: PAPILOMA INVERTIDO DE OSSO TEMPORAL - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MATHEUS DE SOUZA CAMPOS , ODAIR APARECIDO ADELINO JÚNIOR, MIGUEL ANGELO HYPPÓLITO, EDUARDO TANAKA MASSUDA, ALINE PIRES BARBOSA, DENISE BARREIRO COSTA, MARCO AURÉLIO TOMIYOSHI ASATO

INSTITUIÇÃO: HCFMRP-USP

INTRODUÇÃO

Papilomas invertidos são neoplasias benignas de origem epitelial, com agressividade local. Em geral, as lesões nasais surgem a partir da parede nasal lateral podendo acometer também os seios paranasais.

O acometimento do osso temporal por papiloma invertido é extremamente raro, tendo sido descritos apenas 15 casos na literatura.

 

RELATO DE CASO

Homem de 60 anos com queixa de otalgia à direita e hipoacusia ipsilateral, história prévia de cinco cirurgias para exérese de papiloma invertido nasosinusal. Exame físico apresentou abaulamento de paredes de conduto auditivo externo (CAE) direito com secreção, não sendo visualizada membrana timpânica. Região retroauricular com edema leve, sem flogose. Iniciado antibiótico sistêmico e tópico para otite externa aguda.

Retornou em 24 horas com melhora da otalgia e do edema retroauricular, sendo visualizada membrana timpânica à otoscopia.

Após sete dias reiniciou edema retroauricular, agora associado à cefaléia, vertigem e confusão mental. A otoscopia mostrou CAE direito edemaciado, friável e com secreção.

Paciente internado para antibioticoterapia endovenosa e realização de exames de imagem sob suspeita de mastoidite aguda.

Tomografia computadorizada de ouvidos mostrou material com densidade de partes moles associado à lise óssea envolvendo mastóide direita com realce pós contraste, múltiplas áreas de solução de continuidade com fossas temporal e posterior além de erosão de tégmen timpânico e do canal de falópio.

Não foi possível realizar exame de RNM em virtude de paciente apresentar claustrofobia.

Realizada mastoidectomia radical à direita com achado intraoperatório de lesão de aspecto papilomatoso, caráter agressivo e abundante secreção em mastóide. O exame anatomopatológico confirmou papiloma invertido.

 

DISCUSSÃO

Existem algumas teorias quanto à causa do acometimento temporal pelo papiloma invertido tais como extensão direta da cavidade nasal através da tuba auditiva, origem primária multicêntrica do papiloma e migração ectópica da membrana Schneideriana.

A literatura disponível indica diferenças epidemiológicas e patológicas entre papilomas de osso temporal e os de acometimento nasal.

Dentre os fatores que indicam tais diferenças temos a taxa de ocorrência entre homens e mulheres: nasosinusal ocorre predominantemente em homens (4:1) o temporal acomete mais mulheres (2:1). Vale citar o caso descrito de papiloma temporal com crescimento acelerado durante gravidez da paciente, que levantou a hipótese de que receptores de progesterona pudessem estar envolvidos na patogênese.

Os índices de recorrência dos tumores nasosinusais varia entre 10 ? 13% até 67%, para papilomas temporais a taxa fica próxima de 54%.

A transformação maligna em carcinoma escamoso é mais alta entre os papilomas de mastóide (40%) do que entre os nasosinusais (1 ? 13%).

A associação com HPV fica em 76% nos nasosinusais e apenas 12% nos temporais.

Os esforços de pesquisa buscam responder se o papiloma invertido de osso temporal é o mesmo distúrbio ou uma outra entidade patológica, diferente daquela que acomete o nariz e os seios paranasais.

Foram avaliadas por método imunohistoquímico a expressão de p53, p27, Mib-1 e receptores de estrógeno e progesterona. Os resultados obtidos foram negativos para todos os marcadores e receptores.

 

CONCLUSÃO

Ainda buscamos uma compreensão dos mecanismos patogênicos do papiloma invertido temporal, não sendo possível afirmar que esta seja uma entidade diferente do papiloma invertido nasosinusal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-439

TÍTULO: PAPILOMA INVERTIDO DE SEIO MAXILAR

AUTOR(ES): MARIANA GOMES DA COSTA DE MARCA , IRAMAIA PIFANO SILVA, YORIS DENIS PENALOZA BAZOBERRY, RODRIGO RAMOS CAIADO, FABIANA CAMBRAIA CORREA, DIEGO SILVA WANDERLEY, RICARDO TOLEDO PIZA

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PROFESSOR JOSÉ KÓS

INTRODUÇÃO: O papiloma invertido é uma neoplasia benigna rara, que se origina na parede lateral nasal, podendo acometer secundariamente os seios maxilares, etmoidais, frontais e esfenoidais, sendo mais comum no sexo masculino e na quinta década de vida. O acometimento primário de seios da face é raro, sendo mais comum em seio maxilar ou etmóide. As manifestações clínicas são inespecíficas, como obstrução nasal unilateral, rinorréia, epistaxe, hiposmia, cefaléia e rinossinusites de repetição. Apesar de benigno, o papiloma invertido caracteriza-se pelo crescimento agressivo, grande potencial de invasão, multicentrismo, índices elevados de recidiva e malignização. . Alguns estudos sugerem que a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV) esteja envolvida com o desenvolvimento do papiloma invertido.

OBJETIVOS: Apresentar um caso de papiloma invertido, sua investigação e tratamento.

MATERIAIS E MÉTODOS: Paciente MJFF, 41 anos, sexo feminino com sintomas obstrutivos nasais há aproximadamente 2 anos, associado a hiposmia e rinorréia mucopurulenta. Ao exame otorrinolaringológico, observou-se hipertrofia moderada de cornetos inferiores e mucosa hipocrômica, com presença de secreção mucopurulenta em fossa nasal direita. Restante do exame físico sem alterações. A endoscopia nasal apresentou hipertrofia das conchas inferiores e secreção amarelada em meato médio à direita. A tomografia computadorizada de seios paranasais revelou espessamento irregular do revestimento mucoperiostal das paredes do seio maxilar direito, associado à formação arredondada de aspecto polipóide em seu interior, estendendo-se ao infundíbulo ipsilateral com obliteração parcial desse, sem sinais de acometimento dos demais seios ou alterações ósseas. A paciente foi então encaminhada a procedimento cirúrgico, com realização de sinusectomia maxilar direita (Caldwell Luc), com remoção de toda lesão do seio maxilar direito, deixando margem de segurança.

RESULTADOS: Após a remoção de lesão papilomatosa preenchendo seio maxilar o material foi enviado para exame histopatológico e imunoistoquímico, com laudo de papiloma invertido sem atipias celulares. A paciente encontra-se agora em acompanhamento para controle de recidivas.

CONCLUSÃO: O papiloma invertido, também denominado papiloma de Schneider, de Ewing, de células transicionais, epitelial, câncer viloso, tumor benigno de células transicionais e papilomatose, é um tumor benigno sinusal que apresenta etiologia indefinida. Tem caráter destrutivo local e recidivante, acometendo geralmente seios maxilares e células etmoidais e apresenta sintomas nasais inespecíficos. Degeneração maligna é rara, apesar do potencial de destruição. A abordagem cirúrgica depende da localização e tamanho do tumor, e o diagnóstico é realizado através do exame histopatológico. Parece estar relacionado com presença do HPV tipo 16, porém sua etiologia ainda permanece desconhecida.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-440

TÍTULO: PAPILOMA INVERTIDO ESFENOIDAL

AUTOR(ES): ANA CAROLINA GONÇALVES RIBEIRO , JOÃO CARLOS KFURI ARAÚJO, MARIANA RODRIGUES DE SOUZA GOMES, AURELIANO CARNEIRO BARREIROS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SOCOR - BELO HORIZONTE/MG

INTRODUÇÃO: O papiloma invertido é um tumor benigno raro que corresponde a 0,5 a 7% dos tumores nasais. Acomete principalmente indivíduos do sexo masculino (2 a 5:1), da raça branca, entre a quinta e sexta décadas de vida. O acometimento primário dos seios paranasais é muito raro, ocorrendo apenas em 5% dos casos. Dentre os seios acometidos, o mais raro é o seio esfenoidal.

OBJETIVO: Descrever um caso raro de papiloma invertido primário de seio esfenoidal.

METODOLOGIA: Trata-se de paciente AMC, 54 anos, natural de Lavras/MG que chegou ao consultório com quadro de obstrução nasal unilateral esquerda, dor facial ipsilateral e sinusites de repetição de longa data. Sem epistaxe ou alterações visuais. Ao exame físico foi evidenciada massa de aparência polipóide em fossa nasal esquerda. A Endoscopia nasossinusal evidenciou a mesma lesão, não oriunda do meato médio, porém sem visualização da origem aparente. A Tomografia Computadorizada de Seios Paranasais mostrou massa extensa ocupando o seio esfenoidal esquerdo, recesso esfenoetmoidal, coana e fossa nasal esquerda anterior ao óstio de drenagem do seio maxilar esquerdo. A Ressonância definiu que a lesão era circunscrita à fossa nasal e ao seio esfenoidal, sem extensão intracraniana ou orbitária. Foi realizada cirurgia endoscópica nasossinusal com ressecção de tumoração que avançava para a lâmina cribiforme, bem como de toda a mucosa doente que incluía a de todo o seio esfenoidal. Foi feito anátomo-patológico que demonstrou tratar-se de papiloma invertido, sem sinais de malignização. O paciente mantém seguimento pós-operatório há quase 1 ano sem sinais de recidiva ou sintomas.

RESULTADOS: O papiloma invertido origina-se mais frequentemente no meato médio. Porém, pode envolver por extensão os seios paranasais adjacentes ou mesmo originar-se neles. Hyams apresenta as seguintes incidências de origem: maxilar(64%), etmoidal(25%), frontal(8%) e esfenoidal(4%). Vários autores relatam o seio esfenoidal como o de menor freqüência de acometimento, com poucos relatos de acometimento exclusivo deste seio. A sintomatologia mais comum é obstrução nasal unilateral seguida de rinorréia e epistaxe. A obstrução é mais comum nos casos de origem no meato médio. Em comprometimento exclusivo esfenoidal, como no caso em questão, os sintomas mais comuns são cefaléia e distúrbios visuais. O tratamento é sempre cirúrgico. Pode-se utilizar técnica aberta ou via endoscópica. A escolha entre uma ou outra depende da extensão e localização da lesão, bem como da experiência do cirurgião. O seguimento deverá ser rigoroso e por, pelo menos, 6 anos.

CONCLUSÃO: Papiloma invertido é uma patologia pouco comum e que pode se apresentar de maneira pouco usual como no seio esfenoidal. Apesar de ser um tumor benigno, tem um comportamento muito agressivo e alto potencial de recidiva. Devido à sua apresentação clínica variada, este diagnóstico deve ser sempre lembrado nos casos de pólipos nasais unilaterais, independente de sua localização.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-441

TÍTULO: PAPILOMA INVERTIDO ISOLADO EM SEIO ESFENÓIDE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ALEXANDRA KOLONTAI DE SOUSA OLIVEIRA , RENATA CHADE AIDAR, RENATA BOTELHO FROTA, LÍLIA PEREIRA ABREU

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: O papiloma invertido é uma neoplasia benigna rara que, na maioria das vezes, se origina na parede lateral da cavidade nasal, mais precisamente na região do meato médio. Representa de 0,5 a 4% de todos os tumores da fossa nasal. A lesão exibe o padrão de crescimento endofítico característico, com inversão da superfície do epitélio para dentro do estroma e, apesar de benigno, é localmente invasivo e tem tendência à recorrência e à transformação maligna. Rinite alérgica, infecção viral, inflamação crônica, e fatores ambientais já foram sugeridos como possíveis causas do papiloma invertido, mas a etiologia ainda é indefinida. Afeta tipicamente homens, na proporção de 4:1, entre os 40 e 70 anos, sendo raro na infância e adolescência. Em ordem decrescente de apresentação, os seios paranasais afetados são: maxilar, etmoidal, frontal e esfenoidal.  Em apenas 5% dos pacientes há acometimento sinusal exclusivo, em geral ocorrendo nos seios maxilar e etmoidal. O acometimento exclusivo do seio esfenoidal é raro tendo pouco mais de dez casos descritos e seus sintomas são inespecíficos. OBJETIVO: Relatar um caso de papiloma invertido isolado em seio esfenoidal. RELATO DE CASO: RSG, 53anos, sexo masculino procurou ambulatório de otorrinolaringologia em março de 2010, com queixa de obstrução nasal, coriza hialina, hiposmia e exteriorização intermitente de massa em fossa nasal esquerda com início há 2anos. Relatou ainda episódios de epistaxe de pequena monta. O exame endoscópico nasal demonstrava lesão de aspecto granulomatoso em recesso esfenoetmoidal à esquerda, que obliterava fossa nasal até área V. A ressonância nuclear magnética evidenciou espessamento mucoso/acúmulo de secreção em seio esfenoidal e células etmoidais à esquerda, além de formação heterogênea com alto sinal em T2 localizado junto a porção mais posterior da fossa nasal esquerda, estendendo-se superiormente ao seio esfenoidal, sem determinar obliteração de nasofaringe.Proposto tratamento cirúrgico através de ressecção endoscópica, realizada em abril de 2010. No intra-operatório observada lesão polipóide em recesso esfenoetmoidal à esquerda, sendo ressecada sua porção intranasal. Visualizado óstio esfenoidal alargado com presença de duas lesões em seio esfenoidal: a primeira,superior, de aspecto granulomatoso e a segunda, inferior, cística. Ressecadas as duas lesões, porém a inserção da granulomatosa não foi retirada para evitar excesso de manipulação. Enviado material para análise histopatológica que evidenciou papiloma invertido. O paciente encontra-se sob acompanhamento ambulatorial, sendo evidenciada lesão residual em seio esfenoidal esquerdo à nasofibroscopia.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Papiloma invertido isolado de seio esfenoidal é uma entidade rara porém deve ser considerada no diagnóstico diferencial de massas nessa localização. O diagnóstico é feito por anatomopatológico sendo essencial também exames de imagem.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-442

TÍTULO: PAPILOMA INVERTIDO NASOSSINUSAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: O papiloma invertido é um tumor nasal benigno raro, cuja patogênese permanece desconhecida. Apresenta grande potencial de invasão local, podendo apresentar transformação maligna e tender à recorrências.

OBJETIVO: Apresentar um quadro clássico de papiloma invertido em um paciente adulto, do sexo masculino, além de fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso de um paciente do sexo masculino, 36 anos, branco, casado, montador de andaime, natural e procedente de Itaperuna-RJ,que procurou o serviço de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí (HSJA), em Itaperuna-RJ, com quadro de cefaléia e obstrução nasal progressiva à esquerda há 6 meses, sem fatores de melhora ou piora. Negava rinorréia anterior ou posterior, tosse, hiposmia, cacosmia, espirros, prurido ou epistaxe. Negava etilismo, tabagismo e comorbidades. Rinoscopia anterior evidenciou a presença de uma massa ocupando toda fossa nasal esquerda. Para melhor elucidação do quadro solicitamos uma Tomografia Computadorizada (TC) dos seios da face.

RESULTADOS: A TC evidenciou uma imagem, com densidade de partes moles, ocupando toda fossa nasal esquerda e envolvendo, por extensão, o labirinto etmoidal, o seio maxilar e o seio frontal, poupando a órbita e o seio esfenoidal (Figuras 1 e 2). O paciente permaneceu hospitalizado e foi submetido à cirurgia endoscópica nasal, com endoscópio rígido de zero grau, com exérese da lesão associado a antrostomia do seio maxilar esquerdo, ostiostomia dos seios etmoidal e frontal esquerdo (Figuras 3 e 4). O exame anatomopatológico evidenciou papiloma invertido, sem sinais de malignização. Feito acompanhamento pós-operatório regularmente através de endoscopia nasal, apresentando boa resposta ao tratamento proposto, com recuperação completa do quadro e sem sinais de recidiva.

CONCLUSÃO: Papiloma invertido é uma patologia rara e devido aos sintomas inespecíficos, deve-se fazer diagnóstico diferencial com processos infecciosos crônicos nasossinusais. O tratamento cirúrgico deve ser minucioso, com a realização de um estudo radiológico prévio e bem detalhado dos limites do tumor, de forma que possa ser realizada a melhor técnica de abordagem e assim, retira-lo por completo e diminuir os riscos de sua recidiva. Apesar de seu comportamento benigno, pode apresentar transformação maligna e tender a recorrência. O PI necessita de acompanhamento pós-cirúrgico, visando detectar recidivas precocemente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-443

TÍTULO: PAPILOMA INVERTIDO: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE 13 CASOS

AUTOR(ES): MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS , MOISÉS XIMENES FEIJÃO, CAROLINA VERAS AGUIAR, JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, ÉRIKA FERREIRA GOMES, JOSÉ GUMERCINDO VASCONCELOS ROLIM, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: O papiloma invertido é uma neoplasia benigna de origem ectodérmica, caracterizado pelo crescimento do epitélio da parede nasal lateral em direção ao estroma. Corresponde de 0,5 a 4% de todos os tumores nasossinusais e tem como principal sintoma a obstrução nasal unilateral. O seu tratamento é eminentemente cirúrgico OBJETIVOS: Descrever a epidemiologia de pacientes submetidos à ressecção de papiloma invertido em serviço de otorrinolaringologia de hospital terciário. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo por análise de prontuários dos casos tratados cirurgicamente em hospital terciário durante um período de dezesseis anos (1995-2010). RESULTADOS: Dos treze pacientes operados 61,5% eram do sexo feminino e 38,5% do sexo masculino. O tempo de evolução da doença variou de seis a duzentos e quarenta meses. O principal lado afetado foi o direito observação esta feita em 56% dos casos. O principal sintoma referido foi obstrução nasal, sendo outros menos importantes também referidos: rinorréia, epistaxe e dor facial. O tipo de abordagem cirúrgica utilizada foi em ordem decrescente de freqüência: combinada (69%), endoscópica (23%) e aberta (8%). DISCUSSÃO: O principal problema relacionado ao tratamento cirúrgico do papiloma invertido é a recorrência da doença, sendo esta relacionada à ressecção incompleta. O método considerado padrão outro anteriormente era a rinotomia lateral, sendo que com o desenvolvimento da técnica cirúrgica endoscópica endonasal (produz menos complicações pós-operatórias) e a curva crescente de aprendizagem dos cirurgiões, esta se tornou a abordagem preferencial em uso exclusivo ou combinado, como demonstrado nesse estudo (Em 92% dos pacientes utilizou-se a técnica endoscópica exclusiva ou combinada). CONCLUSÃO: Atualmente o tratamento endoscópico endonasal figura como método de suma importância no tratamento cirúrgico do papiloma invertido, substituindo ou complementando de maneira adequada a maior parte dos casos que eram abordados apenas por técnica aberta.

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TRABALHO CLÍNICO

P-444

TÍTULO: PAPILOMA NASAL ? TÉCNICA CIRÚRGICA

AUTOR(ES): CAMILLA BEZERRA DA CRUZ MAIA , JULIA ALVES DE AZEVEDO, JONATAH RICCIO, HELEN RITO, LUCIA JOFFILY, VANIA PAES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: Polipose nasal é uma doença inflamatória crônica da mucosa nasal e seios paranasais com formação de pólipos benignos, múltiplos, bilaterais. Os pólipos são geralmente moles, brilhantes, móveis, com coloração levemente acinzentada ou rosada,com superfície lisa, indolor à palpação e de aspecto translúcido. A PN incide em 1 a 4% da população geral. Dentre os diagnósticos diferenciais há o papiloma invertido (PI) é um tumor nasal benigno raro. Há pouco relato na literatura a respeito da sua origem, sabe-se das características clínicas do tumor e da necessidade de tratamento cirúrgico após diagnosticá-lo. Os pacientes com PI devem ser bem acompanhados no pós operatório devido a alta recorrência tumoral e a possibilidade de evolução para Carcinoma de Células Escamosas (CCE).

OBJETIVO: Relatar a frequência do PI em nosso Serviço e a menor recidiva pela técnica cirúrgica de exérese descrita abaixo

METODOLOGIA: Durante o período de junho de 2008 a junho de 2009 no serviço de Otorrinolaringologia do Hospital dos Servidores do Estado RJ, foram operados 56 pacientes com polipose nasal dentre estes 5 tiveram como diagnóstico Papiloma Invertido. Inicialmente, fez-se biópsia da lesão em ambiente ambulatorial que depois eram confirmadas no transoperatório. Os pacientes com diagnóstico de PI foram acompanhados durante um ano no ambulatório de otorrinolaringologia e suas queixas iniciais eram,  principalmente, obstrução nasal unilateral e história de epistaxe. Ao exame endoscópico nasal observávamos massa arredondada de aspecto polipóide na maior parte das vezes rosada e não responsiva a corticosteróides nasais. O padrão da Tomografia Computadorizada de Seios da Face caracterizava-se por massa contínua do meato médio unilateral extendendo-se para antro maxilar e o óstio do seio maxilar. Durante o procedimento cirúrgico endoscópico nasal priorizamos a exérese do tumor diretamente no local de sua inserção (ressecção óssea), que na sua grande maioria encontrava-se na topografia da bula etmoidal. Em todos os pacientes foi feito acompanhamento endoscópico e radiológico periódico.

RESULTADOS: O Papiloma Invertido (PI) corresponde a 0.5 a 4% de todos os tumores nasais[1], porém a incidência de papiloma no nosso Serviço foi de 8,9% . Esse tumor se origina quando a membrana scheneideriana da cavidade nasal ou do seio paranasal transforma-se em membrana hiperplásica e se inverte para o interior do estroma. Alguns estudos da literatura descrevem recorrência do tumor em 30 a 70% dos casos e associação com carcinoma de células escamosas em 5 a 15% das vezes[2], mas, durante um ano de acompanhamento clínico e rediológico no ambulatório de otorrinolaringologia, não houve recidiva com a nossa abordagem cirúrgica. Embora o curso clínico do PI seja conhecido, ainda há grande incerteza quanto a exata etiologia desse tumor e muitos estudos moleculares demonstraram a possível etiologia viral (Papiloma Vírus Humano ? HPV) para o surgimento do PI.[3,4]  Papiloma invertido pode ser removido por via endoscópica em casos selecionados. A decisão deve ser feita individualmente de acordo com as características do tumor, e as variáveis que afetam a decisão são alterações anatômicas, cirurgias prévias, estágio alto na Classificação de Krouse e associação com tumor maligno. Em nosso serviço nos preocupamos em realizar a cirurgia endoscópica em todos os pacientes evitando grandes mutilações da área adjacente ao tumor com intuito de se evitar a recidiva ou progressão para malignidade.

CONCLUSÃO: A cirurgia endoscópica é reservada principalmente para tumores não avançados sem sinais de malignidade e a exérese do PI deve ser realizada com cautela afim de se preservar a mucosa nasal adjacente e o bloco tumoral deve ser removido no tecido ósseo de sua inserção nasosinusal.

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TRABALHO CLÍNICO

P-445

TÍTULO: PAPILOMA NASAL INVERTIDO: ANÁLISE RETROSPECTIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO PERÍODO DE 2005 A 2010.

AUTOR(ES): LARISSA FABBRI, ATÍLIO MAXIMINO FERNANDES

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO: O Papiloma Nasal Invertido é uma neoplasia benigna de crescimento epitelial, e corresponde de 0,5 a 4% de todos os tumores nasais. Tem padrão de crescimento endofílico e tem grande potencial invasivo local, podendo levar a destruição óssea e alargamento do complexo óstiomeatal. Há muitos casos de recidiva local e significativas taxas de malignização para carcinoma de células escamosas, sendo o tratamento cirúrgico o de escolha. Os fatores associados ao Papiloma Nasal Invertido são: rinossinusite crônica, exposição a toxinas, processos alérgicos, inflamação crônica e  alguns vírus. Em geral os sintomas prevalentes são obstrução nasal unilateral, epistaxe, rinorréia e cefaléia.

OBJETIVO: O presente estudo visa demonstrar o panorama do Papiloma Invertido dentro das doenças obstrutivas nasossinusais, além da prevalência de sintomas, epidemiologia e principais exames utilizados em seu diagnóstico.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo dos pacientes de um hospital universitário que apresentavam papiloma nasal invertido no período de 2005 a 2010. Para a seleção de tais pacientes, primeiramente foi feita uma triagem de todos os pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos na cavidade nasal e tiveram material da lesão coletado e enviado para biópsia. O critério de inclusão no estudo foi o diagnóstico de Papiloma Invertido no exame anatomopatológico. Foram analisados parâmetros como sexo, idade, fatores de risco, sinais e sintomas da doença, rinoscopia, nasofibroscopia, tomografia computadorizada dos seios da face e resultado da biópsia para todos os pacientes.

RESULTADOS: A média de idade foi 54 anos, variando entre 37 e 62 anos. A proporção de masculinos para femininos foi de 1,33:1. A queixa mais freqüente entre os pacientes era a de obstrução nasal unilateral (85,7%), seguida de rinorréia (42,9%), na maior parte amarelada e epistaxe à manipulação nasal. A duração dos sintomas variou de 8 meses a 5 anos, tendo uma média de 2 anos. A prevalência do tabagismo foi de 42,9% dos pacientes eram tabagistas. Apenas 1 dos 7 pacientes tinha história prévia de etilismo. A maioria (71,4%) das lesões foram descritas na Nasofibroscopia como lesões de aspecto polipóide. Na Tomografia Computadorizada, todos os pacientes apresentaram a descrição da lesão como tendo densidade de partes moles. O seio maxilar foi o mais acometido.

CONCLUSÃO: A nasofibroscopia é de fundamental importância para a suspeita diagnóstica, porém o exame que define o diagnóstico de Papiloma Invertido é o anatomopatologico. O médico deve saber reconhecer os sintomas para que seja realizado um diagnóstico e tratamento precoce, diminuindo assim os riscos de malignização e recidiva da doença.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-446

TÍTULO: PAPILOMATOSE UNILATERAL CONGENITA DE CAVIDADE ORAL

AUTOR(ES): MARIANA DUTRA DE CÁSSIA FERREIRA , ALEXANDRE SCALLI MATHIAS DUARTE, KARINA CAVALCANTI BEZERRA, ANA CRISTINA DAL RIO, MARIA ELVIRA CORREA, ALBINA MESSIAS DE ALMEIDA MILANI ALTEMANI, ESTER MARIA DANIELLI NICOLA

INSTITUIÇÃO: HC UNICAMP

Introdução

A papilomatose oral (PO) se refere a lesões verrucosas e hiperplásicas, cujo diagnóstico se difere em papiloma escamoso, verruga vulgaris e condiloma acumitatum, determinado a partir de estudos anátomos patológicos. São alterações epiteliais e do tecido conjuntivo benignas e podem acometer toda a cavidade oral, estando restrito a mucosa.  A descrição de papilomatose unilateral congênita de cavidade oral (PUCCO) na literatura é muito restrita. Difere-se das lesões clássicas por estar presente ao nascimento e por apresentar  inespecificidade no exame microscópico.

Apresentação

Mulher 51 anos, apresentou ao nascimento lesão  em columela nasal, que se estendia para lábio, palato duro, palato mole e orofaringe esquerda, com preservação perfeita da linha média. Lesão de aspecto verrucoso, indolor e assintomática, com aumento progressivo lento em região de palatos, sulco e rebordo gengival superior esquerdo (relatado pela mãe). Aos 16 anos apresentou tumor misto de glândula parótida esquerda, submetida a parotidectomia, com recidivas tratadas cirurgicamente, tendo como seqüela  uma paralisia facial periférica (PFP). Mãe refere que a paciente foi submetida a radioterapia após os procedimentos cirúrgicos (tratamentos realizados em outro serviço, sem dados comprobatórios).

Avaliada no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Unicamp aos 27 anos devido às lesões em palato. Feita biopsia de tecido gengival e palato: epitélio plano estratificado corneificado com intensa hiperplasia e leve infiltrado inflamatório crônico difuso. Optado por observação clinica.

Após 20 anos, foi encaminhada ao ambulatório de ORL para avaliação da PFP e das lesões orais, mantidas inalteradas segundo a paciente. O exame de nasofibroscopia mostrou hipertrofia de tonsilas linguais, cuja biopsia apresentou hiperplasia linfóide lingual. Realizadas diversas biópsias das lesões em hemipalato esquerdo nos últimos quatro anos (avaliadas pelo mesmo patologista), cujos resultados mostravam hiperplasia escamosa de mucosa. Ultimo exame feito em maio 2010, abrangendo a lesão, área de transição, mucosa normal e rebordo gengival esquerdo, resultou também em hiperplasia escamosa de epitélio estratificado, sem neoplasias e cândida, HPV negativo e excluída causas traumáticas por prótese. As lesões mantêm o mesmo padrão verrucoso, indolor, respeitando a linha média. No momento mantida conduta expectante.

Discussão

A avaliação da (PO) deve considerar o estudo microscópico e a história clínica (inicio, áreas acometidas, evolução e comorbidades).  Excluídos os diagnósticos clássicos da PO após estudo anatômico e encontrada papilomas orais unilaterais, poderíamos considerar o diagnostico de hiperplasia focal. Porém tal patologia é descrita como múltiplas pápulas hiperplásicas restritas à mucosa, unilateral, presente em crianças, não congênitas, com regressão espontânea.  No caso descrito as lesões foram notadas ao nascimento, com relato de acometimento cutâneo (columela), sem regressão espontânea, com uma localização excepcional (precisão em linha média), discriminando-se dos diagnósticos anteriormente descritos. 

Comentário

A PUCCO, ainda que rara, pode ser considerada um diagnóstico diferencial das PO.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-447

TÍTULO: PAPILOMATOSIS LARINGEA RECURRENTE CON TRANSFORMACION A CARCINOMA PULMONAR

AUTOR(ES): MARIA LETICIA ALARCON, JORGE ARIAS, CARLOS ARCE, ANIBAL FILARTIGA, ROMY GOMEZ, JOSÉ QUIROZ

INSTITUIÇÃO: CATEDRA DE OTORRINOLARONGOLOGIA, HOSPITAL DE CLINICAS, ASUNCION, PARAGUAY

INTRODUÇÃO:  A Papilomatosis laringea recorrente é causado pelo vírus do  papiloma humano (VPH) com afinidade grande por órgãos tubulares no contato com o exterior. Nos papilomas laringeos os HPV dos subgrupos 6 e 11 som predominate. Aproximadamente 75% das crianças afetadas são promogenitas , sido nascidas pelo parto vaginal prolongado e com mães adolescentas, o triada clínico que é reconhecido como um fator do risco da doença.  Uma porcentagem pequena (2%) pode ser malignizar, transformando-se carcinoma escamosas, principalmente nos casos com disseminação de recidivas broncopulmonar e freqüentes.

OBJETIVO: Para demonstrar apresentação,   métodos diagnosticos e o tratamento.

Caso clínico: Paciente do sexo feminino, de 16 anos, nacida pelo parto vaginal, conhecida desde os 2 anos y 9 meses de vida quando foi feita a traqueotomía do urgencia e microcirugía  laringea para a exéresis das lesioins,  desse ese  momento recebeu 85 intervenções em nosso serviço. Consulta  por cuadro de 48 hs de evolução  de dificuldade respiratoria progressiva, o sensacao febril, tose  com expectoración e dor tipo puntada  tipo puntada esquerdo. Ingresa febril,  polipneica, com claro estridor inspiratorio, fistula  traqueocutánea averta , lesoins  papilomatosas na epiglotis, comisura posterior, ambas cordas  vogais subglottis, a nivel pulmonar: hipoventilasaon na base pulmonar direita, murmullo avolido   na base esquerda, .  Rx e TC do Torax: múltiples areas de condensación  segmento II, III directo, segmento VI bilateral.   É feito por cirurgiões  torácicos: Toracotomía posteraolateral esquerdo,  lobectomía inferior, otorrinos: microcirugía laringea para a exéresis das lesoins  AP:  Pulmão: carcinoma  escamoso (grau III).laringe:  infecção por HPV. Subseqüente à cirurgia começa a quimioterapia , com a resposta boa, a 8vo. a posição operando-se do mês foi feita exame parte cirùrgica em duas ocasiões de mais para o exéresis dos ferimentos laryngeal.

DISCUSSÃO: O diagnóstico antes dos 3 anos sugere um prognosis mais agresivo. A disseminação extralaringeal alcança a 30% nas crianças, a realização da traqueostomía facilita a disseminação, as regiões afetadas mais, pela ordem da freqüência é, orofaringe, o trachea, os bronchi.

Palavras claves: Papilomaosis recidivante, vírus do Papiloma, Cancer.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-448

TÍTULO: PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM PAVILHÃO AURICULAR

AUTOR(ES): CAMILA JEBER GARCIA , SIMONE NOBRE CARNEIRO, RUBIANA FERREIRA SOUSA, ERNANI PIRES VERSIANI, ALYSON PATRÍCIO DE MELO, RODRIGO MARTINS RAGOGNETE, CHENG T-PING

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE MINAS GERAIS

INTRODUÇÃO: A paracoccidioidomicose (PCM), também conhecida como Blastomicose Sul-Americana, é uma doença sistêmica granulomatosa, causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, encontrado nas regiões tropicais e subtropicais da América Latina. A maioria dos casos de PCM ocorre em indivíduos do gênero masculino, fumantes e etilistas crônicos, cujas condições de higiene, nutricionais e socioeconômicas são precárias. A PCM pode apresentar-se como doença pulmonar, cutânea, ganglionar e neurológica. Este relato de caso será sobre a PCM no pavilhão auricular.

RELATO DE CASO: V.H.B, 60 anos, masculino, trabalhador rural, morador de Itabira, Minas Gerais, foi atendido com queixa de prurido no pavilhão auditivo externo esquerdo, há 4 meses, quando relata ter se acidentado com óleo. Ao exame, foi evidenciado edema importante e lesões papulo-eritematosas no pavilhão auditivo esquerdo, cerume impactado e sem secreções. Foi prescrito cefalexina e cuidados locais. Após 10 dias, paciente retornou sem melhora clinica. Foi solicitada a biópsia da lesão e diagnosticado Blastomicose Sul-Americana.  Foi iniciado tratamento com itraconazol 200mg/dia por 30 dias e houve remissão das lesões. O paciente permanece assintomático na fase de manutenção do tratamento.  

DISCUSSÃO: No caso apresentado deve-se pensar em alguns diagnósticos diferenciais como sífilis, psoríase, linfomas, lúpus, sarcoidose, cromomicose, esporotricose e histoplasmose. Para o diagnóstico definitivo recomenda-se a biópsia, que mostra um granuloma supurativo com células gigantes e blastóporos (estruturas como cistos). O tratamento da PCM consiste em fase de ataque e manutenção. O tratamento de ataque corresponde ao controle imediato dos sinais e sintomas da doença e a redução da carga parasitária. A terapêutica de manutenção é realizada por tempo prolongado, até que se obtenham critérios de cura, e busca reduzir o risco de recorrência da doença.

COMENTÁRIOS FINAIS: A paracoccidioidomicose é uma doença que, como relatado neste caso, pode acometer o tecido cutâneo. Portanto, é necessário acompanhar a evolução das lesões em pavilhão auditivo e solicitar biópsia para fazer o diagnóstico correto para iniciar o tratamento adequado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-449

TÍTULO: PARACOCCIDIOIDOMICOSE LARÍNGEA: RELATO DE TRÊS CASOS

AUTOR(ES): MARINA NEVES REBOUÇAS , VICTOR LABRES DA SILVA CASTRO, EDSON JÚNIOR DE MELO FERNANDES

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE GOIÁS

INTRODUÇÃO: A paracoccidioidomicose (PCM) é a micose sistêmica mais freqüente da América latina, causada por um fungo dimórfico, o Paracoccidioides brasilienses.OBJETIVO: Relatar três casos de PCM de acometimento exclusivamente laríngeo cuja queixa inicial foi de disfonia, levando a biópsia e diagnóstico dessa doença granulomatosas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O relato busca chamar atenção pela ainda presente prevalência alta de doenças granulomatosas laríngeas, sendo importante diagnóstico diferencial de neoplasias laríngeas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-450

TÍTULO: PARACOCCIDIOIDOMICOSE LARÍNGEA: RELATO DE UM CASO CLÍNICO

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CRISTIANO ROBERTO NAKAGAWA, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, GUILHERME SACHET, GABRIEL GONÇALVES DIAS, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: Na América Latina, a paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica endêmica, comum em moradores de zona rural do sexo masculino, entre a quarta e quinta décadas de vida. Muitas vezes o paciente adquire a infecção nas primeiras duas décadas de vida e torna-se sintomático apenas anos depois, quando já reside em centros urbanos. É causada pelo fungo termo-dimórfico Paracoccidioides brasiliensis (Pb) e pode acometer múltiplos órgãos, entre eles a laringe. A PCM, ao contrário de outras micoses sistêmicas, não é usualmente relacionada a imunossupressão.

Relato de Caso: A.F., 55 anos, residente de zona rural, comparece em março de 2010 referindo há 2 meses disfonia, disfagia, odinofagia, odinofonia, tosse, otalgia à esquerda, dispnéia e emagrecimento de 4 kg. Nega queixas rinológicas. Nega comorbidades ou história familiar de neoplasia. Ex-tabagista de 4 cigarros palha/dia por 43 anos. Nega etilismo. À oroscopia: arcada inferior em mau estado de conservação; palpação cervical: linfonodo de 1,5cm em zona II à direita, móvel, fibroelástico e não aderido a planos profundos. Realizada videolaringoscopia (VDL) evidenciando lesões supra-glóticas ulceradas e esbranquiçadas coletadas para anátomo-patológico (AP). Raio-X de tórax com opacidade pulmonar hilar bilateral e superior direita e retração hilar bilateral compatível com processo específico. O AP diagnosticou paracococcidiodomicose. Foi iniciado itraconazol 200mg/dia. Após 2 meses de tratamento, VDL com orofaringe, hipofaringe e laringe sem lesões e pregas vocais (PV) móveis, com discreto edema de mucosa com áreas cicatriciais.

DISCUSSÃO: As lesões mais frequentes da PCM estão no pulmão e mucosa oral. Lesões mucosas ocorrem comumente em lábios, gengiva, língua, mucosa jugal, palato, úvula, pilares amigdalianos, assoalho da boca, nariz e laringe. Quando há comprometimento laríngeo, acomete principalmente as PV, sendo disfonia a queixa principal. O diagnóstico de PCM de laringe pode ser difícil, principalmente por falta de suspeição clínica. O paciente pode ter sintomas laríngeos, febre, emagrecimento e hemoptise ocasional por meses antes do diagóstico. O diagnóstico definitivo dá-se por biópsia e cultura em meio Saboraud. A reação de PCR surge como promissora ferramenta. A PCM possui vários diagnósticos diferenciais e é frequentemente confundida com neoplasias, tuberculose, lúpus, sarcoidose, sífilis, granulomatose de Wegener, entre outras.  O tratamento dura em média 2 anos e deve ser suspenso quando a doença estiver inativa. Atualmente baseia-se em sulfonamidas, anfotericina B e derivados imidazólicos.

CONCLUSÃO: Apesar de a paracoccidioidomicose ser uma doença rara, é importante que seja lembrada como diagnóstico diferencial em pacientes com história arrastada de disfonia. À suspeita clínica, a biópsia deve ser indicada para diagnóstico definitivo, e uma vez confirmado, o tratamento deve extenuante até sua inativação completa.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-451

TÍTULO: PARACOCCIDIOIDOMICOSE ORAL

AUTOR(ES): WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI , LILIANE SATOMI IKARI, PEDRO FINOTTI JÚNIOR, FERNANDO SASAKI, KÁTIA CRISTINA COSTA, MÁRIO EDWIN GRETERS, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: Diferentes lesões na cavidade oral podem mimetizar os mais diversos diagnósticos, desde os traumáticos, doenças infecciosas, imunitárias além do carcinoma epidermóide. A diversidade de apresentação clínica destas doenças dificulta seu diagnóstico pela semelhança macroscópica, podendo muitas vezes haver associação de diferentes doenças, tornando fundamental cada dado de história e exame físico. Eles irão direcionar para a escolha de exames complementares específicos no sentido de agilizar a conduta e promover o tratamento de maneira mais objetiva podendo oferecer ao paciente melhor prognóstico.

CASO CLÍNICO: D.G., 49 anos, natural e procedente de Americana SP, casado, motorista

HPMA: lesão na língua há 8 meses com aumento progressivo de tamanho até ulceração, sem sangramento, sem história de trauma e com dor à deglutição. Em tratamento para tuberculose (Tb) pulmonar há 2 meses sem melhora da lesão oral. Uma biópsia da lesão feita em outro serviço há 3 meses apresentou ao exame anátomo-patológico (AP) hiperplasia epitelial com processo inflamatório crônico associado. Trouxe também sorologia para HIV negativa e uma radiografia de tórax com padrão ?vidro fosco?.

Antecedentes Pessoais: Tabagista e ex-etilista. Tratamento para Tb há 3 meses com Rifampicina e Isoniazida.

Exame Físico: otoscopia e rinoscopia sem lesões. Nasofibrolaringoscopia flexível: sem lesões em nasofaringe, hipofaringe e laringe. Oroscopia: lesão ulcerada única com bordas elevadas e irregulares, mal delimitadas, com centro branco-acinzentado e borda rósea, dolorosa à palpação, levemente endurecida, na região mediana de dorso lingual. Pescoço livre.

Conduta: Nova biópsia em nosso serviço cujo AP foi de paracoccidiodomicose à coloração HE.

Foi encaminhado para a equipe de Moléstias Infecciosas (MI), que manteve Rifampicina e Isoniazida e introduziu Bactrim de 8 em 8 horas.

Após 1 mês, evolui com melhora dos sintomas orais bem como do aspecto da lesão na língua.

DISCUSSÃO: As manifestações orais da tuberculose ainda são raras, tendo a prevalência de 1,5% em indivíduos com Tb pulmonar . A língua é o sítio mais comum da Tb oral, tendo diferentes apresentações. No caso em questão o paciente foi encaminhado ao nosso serviço com diagnóstico de Tb pulmonar e com resultado de exame histopatológico de biópsia lingual descrevendo hiperplasia epitelial com processo inflamatório crônico associado.

A apresentação clínica mais freqüente da infecção oral por micobacterium tuberculosis e outras micobactérias é a úlcera, única ou múltipla, assintomática ou dolorosa, sendo descrita como uma lesão superficial, endurecida, de bordas irregulares, margens pouco definidas ou bem circunscrita, características semelhantes às deste relato. Mas, estava em tratamento há 3 meses com Rifampicina e Isoniazida e negou melhora dos sintomas orais. Outras hipóteses como neoplasias malignas e granulomatoses não podiam ser descartadas. Optou-se por nova biópsia da lesão, cujo AP revelou paracoccidiodomicose.

TC de tórax: imagem em vidro fosco e espessamento pleural. O acometimento pulmonar pode ser semelhante na paracoccidioidomicose e na Tb. A terapia consiste na administração drogas como as sulfas, cetoconazol e fluconazol por longos períodos.

CONCLUSÃO: Este relato mostra a variedade de diagnósticos frente a uma lesão ulcerada em dorso de língua e a importância do conhecimento de seus diagnósticos diferenciais para a indicação do tratamento correto.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-452

TÍTULO: PARACOCCIDIOIDOMICOSE: ACOMETIMENTO OROFACIAL - RELATO DE UM CASO.

AUTOR(ES): RAFAEL CARVALHO PEREIRA , LORENA GONÇALVES RODRIGUES, JOYCE DE OLIVEIRA LIMA, ÉDER AUGUSTO MAGAALHÃES NASCIMENTO, RENATO VALENTIM BRASIL, MÁRJORIE SOUZA BANHOS CAREPA, FRANCISCO XAVIER PALHETA NETO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: A Paracoccidioidomicose é uma micose profunda sistêmica causada por fungo dimorfo de aspecto microscópico similar a roda de leme de navio, o Paracoccidioides brasiliensis. O período de incubação pode variar de 15 dias a 40 anos.  O patógeno apresenta predileção por trabalhadores rurais do sexo masculino, entre a quarta e a quinta décadas de vida. Há duas prováveis vias de contaminação: inalatória e tegumentar. Clinicamente, apresenta a forma juvenil (3 a 5%), sendo de curso rápido e apresentando marcante envolvimento do sistema retículo-endotelial; e a forma adulta ou crônica, mais localizada, acometendo freqüentemente pulmões e vias respiratórias. Observam-se lesões cutâneo-mucosas, de linfonodos regionais e tendência a disseminação linfática e/ou hematogênica. As lesões cutâneo-mucosas caracterizam-se por ulcerações com fundo granuloso e avermelhado, acompanhado por ponteado hemorrágico característico, denominado estomatite moriforme. Mucosas nasais e orais são quase sempre acometidas e as lesões laríngeas podem levar a destruição da epiglote. As lesões pulmonares predominam em terço médio e base, com nódulos, infiltração e fibrose. O diagnóstico pode ser realizado através do isolamento do fungo, provas sorológicas e histopatológicas. A radiografia simples do tórax é também de grande valor. Derivados sulfamídicos, Anfotericina B e derivados imidazólicos são citados com bons resultados terapêuticos.

OBJETIVO: Relatar um caso de paracoccidioidomicose, diagnosticado no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, no ano de 2010.

RELATO DE CASO: JCC, 54 anos, sexo masculino, natural e procedente de Paragominas/PA, lavrador/zona rural, apresentou-se ao serviço queixando-se de lesões ulceradas dolorosas em cavidade oral e lesões cutâneas em lábio superior, há um ano e cinco meses, que evoluíram para a região nasal e zigomática, associadas à hipoestesia nas áreas afetadas. Perda ponderal de 10 kg desde início das lesões. Tabagista e etilista leve. Recebeu tratamento médico em sua cidade de origem com glucantime por 50 dias, por hipótese diagnóstica de leishmaniose cutâneo-mucosa, sem melhora do quadro. Ao exame da cavidade oral, notam-se lesões ulceradas de aspecto pontilhado micro-hemorrágico, com aspecto moriforme em mucosa jugal. Foi internado e realizadas as sorologias de leishmaniose e paracoccidioidomicose pelo Instituto Evandro Chagas/PA. Radiografia de tórax sem alterações sugestivas de patologia pulmonar. Recebe resultado positivo da sorologia para P. brasilienses, sendo instituído tratamento com sulfametoxazol-trimetropim e estabelecido acompanhamento clínico e periódico no referido serviço.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: É de suma importância a adequada anamnese e exame físico dos pacientes, realizadas pelos diversos profissionais de saúde, sobretudo médicos e dentistas, visando obter informações quanto à procedência dos doentes, por vezes oriundos de regiões endêmicas, bem como perceber a existência de lesões localizadas e sistêmicas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-453

TÍTULO: PARAGANGLIOMA JUGULAR: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RENATA FARIAS DE SANTANA , RENATO TELLES DE SOUZA, LUIZ CARLOS NADAF DE LIMA, RAFAEL SIQUEIRA DE CARVALHO, MARCOS ANTÔNIO FERNANDES, LUIZ EDUARDO WAWRICK FONSECA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS

INTRODUÇÃO: Paragangliomas são aglomerados de células neuroendócrinas dispersos por todo o organismo. Os tumores que surgem nos paragânglios extra-supra-renais são descritos como paragangliomas e desenvolvem-se em duas localizações gerais: paragânglios paravertebrais, que possuem conexões simpáticas e são cromafins positivo - metade elabora catecolaminas; paragânglios relacionados com os grandes vasos da cabeça e pescoço, constituindo a cadeia aórtico-pulmonar, incluindo corpos carotídeos e aórticos, gânglios julgulotimpânicos e nodoso do nervo vago e agregados localizados em torno da cavidade oral, nariz, nasofaringe, laringe e órbita, são inervados pelo sistema parassimpático, não são cromafins e raramente liberam catecolaminas.

OBJETIVO: Relatar o caso de paciente portadora de paraganglioma jugular, o qual destaca-se por constituir neoplasia incomum de osso temporal e apresentar grande extensão.

METODOLOGIA: Foram realizados anamnese, exame físico e ressonância nuclear magnética de crânio da paciente.

RESULTADOS: Paciente do sexo feminino, 69 anos, branca, previamente hígida, apresentou-se ao ambulatório de Otorrinolaringologia, queixando-se de massa retroauricular à direita, em continuidade com parede posterior de conduto auditivo externo e sangramento. Refere que, aos 20 anos de idade, notou aparecimento de tumoração violácea em conduto auditivo externo direito, acompanhada de vertigem. Aos 38 anos, procurou atendimento hospitalar e foi submetida a intervenção neurocirúrgica, sendo diagnosticado tumor glômico jugular direito. No pós-operatório, evoluiu com paralisia em hemiface ipsilateral. Após 14 anos, houve recidiva da lesão, com exteriorização do tumor em região retroauricular, em continuidade com a parede posterior de conduto auditivo externo. Negava qualquer sintoma sistêmico. Ao exame físico, observou-se tumoração violácea obliterando conduto auditivo externo, com extensão retroauricular, medindo cerca de 1 x 1 cm, no conduto auditivo externo, e 2 x 1,5 cm, na região retroauricular, consistência fibroelástica, indolor à palpação, móvel, não pulsátil e sem alteração de seu volume com manobra de Valsalva. Ressonância nuclear magnética de crânio evidenciou formação expansiva heterogênea na projeção do osso temporal direito.

CONCLUSÃO: Diante desses sintomas, faz-se obrigatória avaliação audiométrica, radiológica, lembrando-se que as biópsias incisonais e as paracenteses estão completamente contra-indicadas, devido ao alto índice de complicações proveniente do sangramento provocado. A cirurgia deve ser realizada em todos os pacientes com margem cirúrgica adequada, sempre com a confirmação do exame anatomopatológico. Radioterapia paliativa pode ser indicada na impossibilidade de exérese da lesão.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-454

TÍTULO: PARAGANGLIOMA LARÍNGEO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): CAMILA DEGEN MEOTTI, CATIA DE SOUZA SALEH, MARCOS SOARES, DENISE MANICA, GABRIEL KUHL

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: Os paragangliomas são neoplasias que surgem a partir do tecido paragangliônico do SNA. São tumores neuroendócrinos, oriundos de células da crista neural, e capazes de produzir hormônios sistema APUD (amine precursor uptake descarboxylase). Os paragangliomas laríngeos são tumores raros que compreendem 2,77% dos paragangliomas da cabeça e pescoço.

CASO CLÍNICO: Paciente feminina, 32 anos, branca, vendedora, natural e procedente de Viamão / RS. Submetida, em 2002, à exérese de tumor glômico cervical (carotídeo) à direita, apresentando disfonia pós operatória (paralisia de prega vocal direita em abdução). Em 2003, realizada tireoplastia tipo I de Issiki para medialização da prega vocal. Ficou assintomática por 6 anos, quando iniciou com disfonia, dispnéia e sangramentos orais eventuais. Negava dor cervical ou emagrecimento. À laringoscopia indireta, em 2009, foi visualizada PVD em posição mediana (tireoplastia prévia) e presença de abaulamento submucoso acima da PVD com tecido de granulação nesta localização. Devido à suspeita de lesão por reação ao bloco de silicone inserido na tireoplastia, a paciente foi levada à laringoscopia direta para remoção da granulação, bem como remoção do corpo estranho via cervical. O anatomo-patológico da granulação demonstrou paraganglioma laríngeo. Foi solicitada TC de região cervical para avaliar extensão da lesão e planejamento terapêutico. Realizada hemilaringectomia direita para remoção da lesão. O anatomo-patológico confirmou paraganglioma.

DISCUSSÃO: Paragangliomas são tumores incomuns, de crescimento lento e geralmente benignos. Com exceção das extremidades, paragangliomas podem ocorrem em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentemente encontrados na cabeça e pescoço. As áreas mais comuns são a bifurcação carotídea e a área jugulo-timpânica. A laringe é um local menos comum. A maioria destes tumores se originam na região supraglótica e 2% são malignos. Tipicamente, paragangliomas laríngeos são bem delimitados e vascularizados. Exame físico geralmente revela massa lisa, vermelha ou azul, lobulada, submucosa nas falsas pregas vocais. Frente ao padrão vascular. Atualmente são descritos 80 casos de paraganglioma laríngeo na literatura. Sanders et al. descreveu o primeiro caso de paraganglioma com acometimento simultâneo de região supraglótica esquerda e corpo carotídeo esquerdo. Rubin et al. descreveu um caso com paraganglioma laríngeo e múltiplos paragangliomas de cabeça e pescoço. Em nosso caso, demonstramos aparecimento de paraganglioma em região supraglótica direita 8 anos após exérese de paraganglioma carotídeo direito, o que demonstra acometimento multifocal, porém não simultâneo. O manejo do paraganglioma laríngeo é comumente cirúrgico e frequentemente requer laringectomia total. Em casos selecionados, laringectomia parcial é uma opção aceitável, particularmente devido a baixa probabilidade de metástases regionais e à distância. A radioterapia e quimioterapia não têm papel na terapêutica .

CONCLUSÃO: Demonstramos o terceiro caso de paraganglioma laríngeo com acometimento multicêntrico. A suspeição de paraganglioma frente a um tumor vascularizado em laringe e o seu diagnóstico precoce são importantes, pois há possibilidade de tratamento mais conservador para preservação laríngea.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-455

TÍTULO: PARALISIA CONGÊNITA UNILATERAL DO RAMO MARGINAL DO NERVO FACIAL

AUTOR(ES): VALDEVINO ALVES DE MELO JÚNIOR , NÉDIO ATOLINI JÚNIOR, HENRIQUE PEDRO MAGOGA FILHO, ADEN LUIGI CASTRO TESTI, NOELLE KISTEMARCKER DO NASCIMENTO BUENO, RENATO CARDOSO GUIMARÃES, JOSÉ JARJURA JORGE JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A paralisia congênita do ramo marginal do nervo facial é caracterizada por uma insuficiência unilateral do músculo depressor do lábio inferior. Foi descrita por Kobayashi em 1974 e pode estar associada à anomalias cardíacas e neurológicas.

OBJETIVO:  Descrever o caso de um paciente masculino, que chegou no nosso serviço com 04 meses de idade, e apresentava desde o nascimento queda do ângulo inferior da boca para direita ao chorar, escape de leite ao mamar e apêndice pré auricular à esquerda. Não apresentava outras alterações da motricidade facial.

Foi realizado Potencial auditivo de tronco encefálico com estímulo ?clicks?, ecocardiograma e ultrassonografia de abdomem que não evidenciaram nenhuma alteração.

A mãe recebeu orientações em relação à amamentação e alimentação da criança que apresenta peso, estatura e desenvolvimento neuropsicomotor normais.

DISCUSSÃO: Esta patologia tem como característica a queda do ângulo inferior da boca do lado não paralisado, que fica mais evidente quando a criança chora. Esta alteração ocorre devido à interação e sinergismo da musculatura orofacial. Não se sabe porque mas o lado esquerdo é o mais afetado.

CONCLUSÃO: O presente relato mostra o caso de um paciente com paralisia do ramo marginal do nervo facial esquerdo não associado a outras anomalias

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-456

TÍTULO: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA BILATERAL E HIV

AUTOR(ES): FERNANDA DA SILVA SANTOS , GISELE ANDREIA YAMASHITA, MELISSA FERREIRA VIANNA, PAULO ROBERTO LAZARINI

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

A paralisia facial periférica (PFP) bilateral é um evento raro, correspondendo a cerca de 0,3 a 2% dos casos de paralisia facial.  Pacientes com sorologia positiva para HIV frequentemente apresentam manifestações otológicas e neurológicas, sendo que a paralisia facial pode ocorrer em qualquer fase da doença, podendo ser a primeira manifestação.

OBJETIVOS

Descrever um caso de paciente que desenvolveu paralisia facial periférica bilateral com sorologia positiva para HIV recente e realizar uma revisão de literatura sobre PFP bilateral.

RELATO DE CASO

CGI, 44 anos, sexo masculino, natural de Santos, procedente de São Paulo, solteiro, pintor.

Paciente previamente hígido deu entrada com paralisia de hemiface direita há 12 horas acompanhada de lacrimejamento aumentado em olho direito, sem queixas auditivas ou fatores desencadeantes. Ao exame, apresentava a paralisia em hemiface direita House-Brackmann IV. Após 2 semanas paciente evoluiu com paralisia de hemiface esquerda, acompanhada de lacrimejamento excessivo bilateral. Ao exame, apresentava paralisia facial bilateral House-Brackmann V em ambos os lados.

Realizada investigação diagnóstica com exames laboratoriais e de imagem normais, exceto pela sorologia para HIV, que foi positiva

DISCUSSÃO

A paralisia facial periférica pode surgir em indivíduos infectados pelo HIV em qualquer estágio, porém principalmente na soroconversão e em pacientes assintomáticos. A PFP pode inclusive preceder o aparecimento da doença. Como descrito na literatura, em nosso estudo a PFP unilateral de início ocorreu como paralisia de Bell, evoluindo em seguida para bilateral.

CONCLUSÃO

A paralisia facial bilateral é muito rara e o HIV está entre seus diagnósticos diferenciais, sendo importante na condução do caso solicitar a sorologia para HIV a todos os pacientes com PFP bilateral para investigação diagnóstica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-457

TÍTULO: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: INCIDÊNCIA DE ATENDIMENTOS EM UM HOSPITAL DE OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): BRENO SIMÕES RIBEIRO DA SILVA , LEANDRO DE BORBOREMA GARCIA, NILSON ANDRÉ MAEDA, LILIAN CAROLINE SCAPOL RIBEIRO, LUIZ VICENTE RIZZO CASTANHEIRA, MARCELA GONÇALVES CAMERA, LEILA DOS REIS ORTIZ

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL PAULISTA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO

A face revela o íntimo da nossa expressão e é parte essencial da comunicação humana. Paralisia facial periférica (PFP), resultante de afecção do o sétimo nervo, é a mais comum das patologias dos pares cranianos.

O diagnóstico da paralisia facial tem quatro objetivos principais: diferenciar paralisia facial periférica de paralisia central; estabelecer uma etiologia; estabelecer o topodiagnóstico e saber o grau de lesão do nervo. O topodiagnóstico é realizado através de três testes como o teste do lacrimejamento ou teste de Schirmer, reflexo estapediano e gustometria. Existem também os exames elétricos que são o teste de excitabilidade mínima (teste de Hilger), teste de excitabilidade máxima (eletroneurografia) e eletromiografia. Além desses podemos também dispor de exames por imagem Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética), muito bom para casos traumáticos e de acometimentos por tumores.

O objetivo do trabalho é traçar a incidência das várias etiologias e o perfil dos pacientes atendidos com paralisia facial periférica no pronto socorro do Serviço de Otorrinolaringologia no Hospital Paulista de Otorrinolaringologia no ano de 2007.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram analisados de maneira retrospectiva os prontuários dos pacientes com paralisia facial periférica atendidos no pronto socorro de otorrinolaringologia no período de 2007.

Os dados foram retirados de protocolo próprio do serviço onde ficam registrados: sinais e sintomas, tempo de evolução da doença, sexo, idade, lado acometido e etiologia.

RESULTADOS

No período de 2007 foram atendidos 36  pacientes, com média de idade de 39 anos aproximadamente,onde variou de 2 anos a 78 anos, sendo 58% do sexo masculino e 42% do sexo feminino, sendo o lado direito acometido 55,5% das vezes e o lado esquerdo representando 44,5% dos casos,dos quais apresentaram a distribuição das frequências, quanto à etiologia.

DISCURSSÃO

A paralisia de Bell, antigamente chamada como idiopática, continua sendo como a principal causa de paralisia facial periférica. Com a inflamação, edema e compressão do nervo, ocorre uma paralisação de suas funções motora, secretória e de sensibilidade, dependendo da localização da lesão. Felizmente sua recuperação ocorre na grande maioria dos casos, variando na literatura de 92% a 96%.

Já outra etiologia viral responsável pela PFP, decorrente do Herpes Zoster Oticus, também conhecida como Síndrome de Ramsay Hunt é uma manifestação do vírus varicela zoster, dormente, mas reativado no gânglio extramedular (gânglio geniculado) provavelmente durante uma queda de imunidade do paciente. Tem também como fatores agravantes a idade, o diabetes e a hipertensão. Ao contrário da paralisia de Bell, o prognóstico de recuperação é muito pobre, deixando sequelas permanentes .

Nosso estudo apresentou dados semelhantes com a literatura, com 5,5% (2 casos) com diagnóstico de Síndrome de Ramsay-Hunt, ocupando o quarto lugar de frequência.

Em relação a outras causas infecciosas vamos encontrar a otite media aguda, a otite media crônica colesteatomatosa e a otite externa maligna aparecendo como etiologias pouco frequentes. Observamos neste estudo que do total de 5 casos, distribuídos como 3 casos (8,3 %) de OMCC, 2 casos (5,5 %) de OMA e 1 caso (2,7 %) de otite externa maligna.

CONCLUSÃO

Nosso trabalho apresentou achados semelhantes à maior parte da literatura. A idade média dos acometidos foi 39 anos com prevalência de 58% no sexo masculino, incidência maior de acometimento da hemiface à direita com 55,5% e com predominância de casos de paralisia de Bell com 55,5% dos casos seguido pelas causas traumática perfazendo 22,2% dos pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-458

TÍTULO: PAROTIDITE DE REPETIÇÃO NA INFÂNCIA: ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA DOENÇA

AUTOR(ES): CRISTINA PENÓN GONÇALVES , GISELE ANDREIA YAMASHITA, RICARDO LANDINI LUTAIF DOLCI, ANA CRISTINA KFOURI CAMARGO, BIANCA MARIA LIQUIDATO, RITA DE CÁSSIA SOLER, IVO BUSSOLOTI FILHO

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

A Parotidite de Repetição na Infância (PRI) é uma inflamação da(s) glândula(s) parótida(s) associada a sialectasia não obstrutiva. Caracteriza-se por episódios de tumefação parotídea uni ou bilateral de duração variável, com períodos de remissão.

Apesar da baixa prevalência, é uma das afecções das glândulas salivares maiores mais comum em crianças, perdendo somente para a parotidite viral.

O quadro clínico caracteriza-se, basicamente, por aumento gradual ou súbito da região parotídea, com recidivas. Além disso, muitos pacientes apresentam dor, mal-estar, hiperemia local e febre.

Apresenta etiologia bastante controvertida e poucos conhecimentos sobre seu tratamento, sendo este paliativo.

O diagnóstico clínico é soberano, mas a cintilografia, a ressonância magnética, a sialografia, a ultrassonografia e a sialoendoscopia auxiliam no diagnóstico.

O diagnóstico diferencial deve ser feito com tumores das glândulas parótidas, HIV, doença da arranhadura do gato, fibrose cística, linfoma, Síndrome de Sjögren na infância, neoplasias e outros processos inflamatórios.

O objetivo deste trabalho é avaliar a evolução tardia dos pacientes com PRI atendidos no ambulatório de Estomatologia de nosso serviço, visto que não existem estudos sobre o assunto na literatura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-459

TÍTULO: PENFIGÓIDE DE MEMBRANAS MUCOSAS: ACOMETIMENTO LARÍNGEO E BRONQUIAL - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LÍGIA OLIVEIRA GONÇALVES, CÁTIA RODRIGUES DOMINGOS, ISAMARA SIMAS DE OLIVEIRA, LETÍCIA PAIVA FRANCO, LEANDRO FARIAS EVANGELISTA, ROBERTO EUSTÁQUIO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLINICAS/UFMG

INTRODUÇÃO: O Penfigóide de Membranas Mucosas constitui uma doença vesicobolhosa crônica, de evolução limitada, geralmente circunscrita a mucosas, de involução cicatricial o que implica grave morbidade. Acomete  adultos e idosos, predominando no sexo feminino, sem predileção racial. Raramente acomete vias respiratórias baixas. O presente trabalho relata rara manifestação da doença em jovem de 22 anos com acometimento laríngeo grave, bronquial e oral.

RELATO DE CASO: V.P.R., 22 anos, leucoderma, feminino, estudante, procedente de BH, compareceu ao Hospital das Clínicas ? UFMG encaminhada com urgência para investigação de dispnéia grave e estridor laríngeo. Relatou dispnéia de evolução progressiva e lesões em cavidade oral (ventre lingual) há cerca de 1 mês. Negou outros sintomas ou uso de medicação. Ao exame: oximetria de pulso evidenciou queda de saturação para 77% em alguns momentos, em oroscopia notou-se lesões ulceradas em ventre anterior de língua, de bordas irregulares e fundo limpo. Realizada fibronasolaringoscopia evidenciando espessamento de mucosa epiglótica, edema e fibrose tecidual e estenose laríngea de aproximadamente 70% do lúmen. Foi realizada traqueostomia na ocasião e solicitados exames laboratoriais, fibroscopia e realizada biópsia de lesão oral. Diante da suspeita de penfigóide de membranas mucosas  optou-se por tratamento corticoterápico. A fibroscopia demonstrou estenose em áreas de traquéia e brônquios. A biópsia de mucosa oral  evidenciou bolha subeptelial rota e infiltrado inflamatório linfo-plasmocitário na porção superficial do córion, alterações compatíveis com penfigóide de membranas mucosas.

DISCUSSÃO: O Penfigóide de Membranas Mucosas é uma doença auto-imune  em que auto-anticorpos, IgG e IgA contra a membrana basal do epitélio de mucosas são produzidos numa resposta inflamatória sistêmica. A clínica se caracteriza por bolhas em membranas mucosas, efêmeras que se localizam: 90% na mucosa oral, 66% conjuntival, 60% nasofarigeanas, 21% laríngea e 19% em genitália. As lesões formam cicatrizes, sinéquias e estenoses, daí o nome cicatricial, hoje em desuso. Lesões cutâneas não são frequentes. O diagnóstico baseia-se na clínica de surto de bolhas em mucosas com êxito cicatricial em adultos e idosos, associado a histologia e imunofluorescência direta. A histopatologia demonstra bolha subepitelial com infiltrado histiolinfocitário. A clivagem pode se dar acima, abaixo ou no meio da lâmina própria e a  imunofluorescência direta revela padrão linear nas áreas doentes e sadias, com predomínio de IgG. A doença evolui com erupção crônica e limitada sem êxito letal a menos que cause estenose esofágica ou traqueal e suas complicações como pneumonia.

CONCLUSÃO: O caso relatado apresenta algumas características incomuns como faixa etária jovem, acometimento laríngeo e de vias aéreas inferiores. Esta ultima característica apresenta raros relatos na literatura. E ainda, pouca resposta ao tratamento imunossupressor

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-460

TÍTULO: PENFIGÓIDE DE MEMBRANAS MUCOSAS-ACOMETIMENTO ORAL E NASAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): CÁTIA RODRIGUES DOMINGOS, ISAMARA SIMAS OLIVEIRA, LETÍCIA PAIVA FRANCO, LÍGIA OLIVEIRA GONÇALVES, LEANDRO FARIAS EVANGELISTA, ROBERTO EUSTÁQUIO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS- UFMG

Penfigóide de Membranas Mucosas constitui um dos espectros do grupo das doenças vesicobolhosas crônicas, de evolução limitada, de involução cicatricial o que implica grave morbidade. Acomete  adultos e idosos, predominando no sexo feminino ( 2:1 ) e sem predileção racial.

A etiopatogenia consiste em  auto-anticorpos, IgG e IgA  principalmente, contra a membrana basal do epitélio de mucosas. Clínicamente se apresenta como  bolhas em membranas mucosas que são efêmeras e se localizam: 90% na mucosa oral, 66% conjuntival, 60% nasofarigeanas, 21% laríngea e 19% em genitália.

O paciente em relato apresentou lesões onde as mesmas são mais comumente encontradas: cavidade oral, nasal e conjuntivas; sem exito letal mas de dificil controle com o tratamento imunossupresssor. Foram importantes para o diagnóstico a correlação de queixas (oro-nasal e ocular) e a abordagem multidisciplinar.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-461

TÍTULO: PERDA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL NA DOENÇA DE PAGET

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MILTON PAMPONET, SANDRO TORRES, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: A doença de Paget é uma doença óssea focal caracterizada por uma alta taxa de remodelação óssea. Considerada como a segunda doença osteometabólica mais comum, atrás apenas da osteoporose. É difícil estimar sua incidência uma vez que, na maioria dos casos, ela é assintomática. É rara em pacientes com idade inferior a 40 anos e aumenta progressivamente conforme o paciente envelhece.(3) Embora a sua verdadeira etiologia seja desconhecida, sabe-se que há influência de fatores genéticos e de fatores virais que desempenham papel importante na fisiopatologia.(3) Na sua fisiopatologia, há um aumento na formação e na reabsorção óssea levando a um osso em mosaico de padrão lamelar com fi brose adjacente (4,7). A perda auditiva na doença de Paget é relativamente comum em pacientes com acometimento do osso temporal. Na maioria das vezes é irreversível, mas se estabiliza com o tratamento medicamentoso (10). Implantes cocleares já foram feitos em experiências ainda limitadas. Diversas hipóteses foram aventadas para explicar a perda auditiva da doença de Paget: reação inflamatória, acometimento dos ossículos, shunts vasculares e invasão do labirinto. Recentemente, foi demonstrada alta freqüência de perda auditiva com excelente correlação ao instrumento padrão de avaliação desta, levando os autores a recomendar o screening em todos os pacientes com doença de Paget(14).OBJETIVO: Relatar caso de paciente com perda neurossensorial pela Doença de Paget. RELATO DE CASO: Paciente de 62 anos, sexo feminino, procedente de Feira de Santana ? BA com queixas de hipoacusia bilateral associado a zumbido há aproximadamente 2 anos. A otoscopia revelou um conduto auditivo externo sem alterações anatômicas e uma membrana timpânica de aspecto normal. O restante do exame otorrinolaringológico mostrou-se dentro da normalidade. Após realização de Raio X de Crânio, evidenciou-se espessamento difuso na cortical de calota craniana, além de radiopacidade nodulares dispersas aleatoriamente e áreas radiotranslúcidas de permeio, sendo diagnosticado Doença de Paget. O exame audiométrico solicitado mostrou perda auditiva neurossensorial de grau moderado em ouvido direito e de grau profundo em orelha esquerda. A paciente encontra-se em acompanhamento com reumatologista além de fazer parte do programa de protetização sonora. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes com doença de Paget é assintomática. Sendo o diagnóstico habitualmente realizado através de achados em exames complementares como radiologia simples ou elevação de fosfastase alcalina sérica (FAS), solicitadas por outros motivos.(6) Os pacientes com doença de Paget procuram diversos especialistas como ortopedistas, reumatologistas e otorrinolaringologistas para solucionar sintomas relacionados à doença e a suas complicações como dor óssea, fraturas e surdez. Diante do exposto, observamos a necessidade da realização de exames para verificação de acuidade auditiva, especialmente naquele paciente mais típico como o idoso com queixas de dor óssea e com FAS aumentada em que se excluíram causas comuns de elevação dessa enzima.

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TRABALHO CLÍNICO

P-462

TÍTULO: PERDA AUDITIVA SENSORIONEURAL NA OTITE MÉDIA CRÔNICA SUPURATIVA

AUTOR(ES): ÉDER AUGUSTO MAGAALHÃES NASCIMENTO , LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, LOUISE SAUMA DE OLIVEIRA, BRUNO DE PAULA LIMA, ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA, WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, ANA PAULA SIROTHEAU CÔRREA RODRIGUES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: A otite media crônica (OMC) constitui-se num problema de saúde pública. A perda auditiva condutiva é a principal característica audiométrica desta patologia. Entretanto, a OMC pode estar associada à lesão da orelha interna, cujas manifestações fundamentais são a tontura e a perda auditiva sensorioneural. Tal déficit sensorial não pode ser minimizado por intervenção cirúrgica, consistindo em efeito permanente, atenuado somente com protetização auditiva.

OBJETIVO: Avaliar a associação da perda auditiva sensorioneural (PASN) com a otite media crônica supurativa em função da presença do colesteatoma e do tempo de doença otológica.

METODOLOGIA: Realizou-se um estudo retrospectivo baseado na revisão de prontuários de 90 pacientes submetidos a timpanomastoidectomia aberta ou fechada devido otite média crônica supurativa (OMCS) no período de agosto de 2006 a dezembro de 2009. O critério de inclusão consistiu na presença unilateral de otorréia crônica com orelha contralateral normal sob a ótica otoscópica e audiológica, a qual foi utilizada como controle deste estudo. Avaliaram-se os limiares audiométricos de condução óssea dos pacientes, correlacionando-os com a presença de colesteatoma e tempo de doença otológica.

RESULTADOS: Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram considerados 44 pacientes para análise. A perda sensorioneural foi verificada em 13 (29,54%) dos 44 pacientes. O tempo médio de doença otológica foi de 12,57 anos. O limiar médio de condução óssea das orelhas normais (grupo controle) foi de 15,06 dB na media tritonal e de 15,45 dB na frequência de 4kHZ. O limiar médio de condução óssea das orelhas com OMCS foi de 21,3 dB na média tritonal e de 26,02 dB na frequência de 4 KHZ. A diferença entre tais limiares foi significante estatisticamente. ). Não foi constatada diferença estatisticamente significativa entre os limiares audiométricos de condução óssea e entre as prevalências de PASN nos grupos de OMCS com e sem colesteatoma. Não foi identificada correlação entre o tempo de doença otológica e aumento dos limiares audiométricos de via óssea, não havendo também associação com surgimento de PASN.

CONCLUSÃO: A otite média crônica supurativa com ou sem colesteatoma pode evoluir com perda auditiva sensorioneural como foi observado em 29,5% dos casos, o que pode ser inferido também pela diferença estatisticamente significante entre os limiares de condução óssea das orelhas normais (controle) e das orelhas com OMCS. A presença de colesteatoma e o maior tempo de doença otológica não se correlacionaram com a ocorrência e/ou agravamento da PASN.

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TRABALHO CLÍNICO

P-463

TÍTULO: PERFIL AUDIOLÓGICO DE MULHERES COM A SINDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA, MILDRED DOS ANJOS DACANAL

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

Introdução: Indivíduos com a síndrome dos ovários policísticos possuem o risco de   hiperinsulinemia e resistência à insulina e estas condições podem levar a distúrbios do metabolismo da orelha interna. A estria vascular é a central metabólica da orelha interna e depende de oxigênio, glicose e outras substâncias para gerar esse potencial.Objetivos: Comparar o perfil audiológico de mulheres com a síndrome dos ovários policísticos com o perfil audiológico de um grupo controle Métodos: Fizeram parte do estudo 24 mulheres, separadas em dois grupos por 12 mulheres com idade entre 18 e 35 anos. O grupo com a síndrome dos ovários policísticos (GSOP) e o grupo controle (GC). Após anamnese foram realizados os seguintes exames: audiometria tonal limiar; índice de reconhecimento de fala e a imitanciometria. Os critérios de exclusão para ambos os grupos foram uso de qualquer  medicamento para tratar a resistência à insulina, o uso de anticoncepcional, hipertensão arterial severa, diabetes (tipo I e II), perda auditiva condutiva e perda auditiva sensório/neural decorrente de causa já estabelecida Resultados: As queixas de zumbido tontura e cefaléia tiveram diferença estatisticamente significantes entre os grupos. Os limiares auditivos do grupo GSOP estavam elevados em  relação ao GC. Houve uma diferença significante dos limiares da orelha esquerda nas frequências de 250 e 6.000 hz, e na orelha direita de 250, 500 e 6.000hz. Não observou diferênças nos indíces de reconhecimento de fala nos grupos analisados.Conclusão: Mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos (GSOP)apresentaram mais queixas auditivas e vestibulares do que mulheres sem a síndrome (GC). Os limiares auditivos encontram-se mais elevados principalmente nas freqüências de 250 e 6.000 Hz nas pacientes do GSOP e a inteligibilidade de fala parece não ser afetada por esse distúrbio metabólico.

Key-words: resistência a insulina , distúrbios metabólicos , ouvido interno.  

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TRABALHO CLÍNICO

P-464

TÍTULO: PERFIL AUDIOMÉTRICO DE PILOTOS MILITARES

AUTOR(ES): ADRIANA GEÓRGIA DAVIM BASTOS , JOSÉ MENDES GRILLO NETO

INSTITUIÇÃO: CENTRO DE MEDICINA AEROESPACIAL (CEMAL)

INTRODUÇÃO: A exposição ao ruído nas aeronaves é considerada um dos maiores fatores de risco causadores de perda auditiva permanente entre aeronavegantes militares. . O ruído no cockpit das aeronaves civis e militares varia de 95 a 105 dBA e exposições prolongadas podem levar a perda da audição.

OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi analisar o perfil auditivo de pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB).

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo descritivo de 173 casos de perda auditiva entre os pilotos. Foram selecionados todos os casos com  registros de limiares auditivos superiores a 25dB. Em revisão dos prontuários foram colhidos e analisados dados relacionados à idade, tempo de serviço, horas de vôo, orelha acometida  e grau de perda auditiva. Posteriormente elaborou-se um banco de dados no programa Microsoft Excel 2007. Aplicou-se análise estatística comparativa através do teste de qui-quadrado.

RESULTADOS: : Entre 2094 inspeções de saúde em pilotos militares realizadas no CEMAL, num período de 4 anos, 8,2% dos casos tinham perda auditiva. 60,7% dos casos tinham de tempo de serviço 26 anos ou mais e 45,7% tinham mais de 4000 horas de vôo. 64,5% eram portadores de perda auditiva leve, 34,3% moderada e apenas 1,7% severa. Em 59,9 % dos casos ocorreu comprometimento auditivo bilateral. Em ambas as orelhas, observou-se um comprometimento auditivo médio atingindo apenas as freqüências de 3, 4 e 6KHZ

CONCLUSÃO: O perfil auditivo encontrado entre os pilotos demonstrou um comprometimento auditivo leve nas altas freqüências, podendo sugerir como fator causal à perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional.

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TRABALHO CLÍNICO

P-465

TÍTULO: PERFIL CLÍNICO E LABORATORIAL DE PACIENTES COM RINITE ALÉRGICA SUBMETIDOS AO ?PRINT-TEST?

AUTOR(ES): AMANDA LUCAS DA COSTA, IZABELA ÁVILA, MARCEL DORNELLES, MARIA ÂNGELA MOREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: Rinite alérgica é definida como um processo inflamatório da mucosa que acomete a cavidade nasal,induzido por alérgenos.É uma reação de hipersensibilidade  mediada por  anticorpos da classe IgE  a alérgenos específicos que ocorre em indivíduos predispostos geneticamente e que foram previamente sensibilizados .O teste cutâneo ?print test? que avalia a a hipersensibilidade imediata continua sendo o padrão ouro  para demonstrar a resposta da pele mediada por IgE e representa a maior ferramenta diagnóstica laboratorial  de alergia. (Fig.1)CASUÍSTICA E MÉTODOS: Analisamos um grupo de pacientes com rinite alérgica submetidos ao print test utilizando alérgenos da FDA Allergenic e à dosagem de IgE. Os pacientes foram testados para o dermatophagoides farinae, pteronyssinus e poeira, considerando-se positiva a formação de uma pápula de, no mínimo 3 mm de diâmetro, graduando-se a intensidade por cruzes. A reação à histamina corresponde a 3 cruzes, podendo a reação atingir 5 cruzes. Consideramos reação forte  (3 a 5 cruzes). Além disso, respondiam a um questionário sobre  sintomas clínicos : sintomas nasais , cutâneos  e oculares. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de  pacientes com rinite alérgica submetidos ao print test e observar as características clínicas e laboratoriais dessa amostra .RESULTADOS: Tabela 1 e 2 . Avaliamos 137 pacientes com rinite com uma média de idade de 15 anos ,destes 90,5% apresentavam sintomas nasais,58% apresentaram sintomas cutâneos, 2% apresentaram sintomas oculares. 11,6% apresentava história familiar de rinite , a média de eosinófilo foi 605 e a média de IgE foi 1,346.Na avaliação do Print-Test apenas 21% não foi reagente a nenhum alérgenos e não diferiram em prevalência  de forma significativa p>0,005

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TRABALHO CLÍNICO

P-466

TÍTULO: PERFIL CLÍNICO- EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS NO ESTADO DE ALAGOAS COM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NA FORMA MUCOSA DURANTE OS ANOS DE 2002 A 2009

AUTOR(ES): IGOR GOMES PADILHA , BRUNO GOMES PADILHA, REURYANNE NASCIMENTO DA SILVA, FERNANDO DE ARAÚJO PEDROSA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA- UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INTRODUÇÃO: A forma mucosa da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é um problema de Saúde Pública que acomete principalmente as cavidades nasal, oral e mais raramente faringe, laringe e orelha, provocando desfiguração dessas mucosas. Em 2003, a região nordeste foi a segunda região mais notificada (8.005 casos) do país, constituindo-se de um problema de Saúde Pública regional e nacional.

OBJETIVO: Descrever o perfil clínico- epidemiológico dos pacientes diagnosticados com Leishmaniose Tegumentar Americana  no estado de Alagoas na forma mucosa durante os anos de 2002 a 2009.

METODOLOGIA: O presente estudo delineia-se como descritivo observacional transversal de casos notificados de Leishmaniose Tegumentar Americana na forma mucosa do ano de 2002 a 2009. Estes dados foram obtidos a partir dos registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM), na Secretária Estadual de Saúde de Alagoas. O perfil dos pacientes será discutido quanto às variáveis sexo, idade, local (cidade de notificação) e existência local de investigação.

RESULTADOS: Dos 44 casos de Leishmaniose tegumentar Americana na forma mucosa notificados entre 2002 e 2009, observou-se maior notificação na cidade de Maceió (16 casos), 36,36% seguida dos municípios de Colônia Leopoldina (7 casos), 15,91% e União dos Palmares (4 casos), 9,1%. Foram notificados casos em mais 13 municípios alagoanos com incidência variando de 2,27% a 4,55%. 59,09% dos pacientes eram do sexo masculino. 15,91% dos pacientes diagnosticados tinham entre 31 a 40 anos de idade, sendo a maior faixa etária de notificação. Foi referido no instrumento de acompanhamento de 15 pacientes (34, 09%) a existência de investigação local em lixos orgânicos, além disso foi referida investigação em canaviais (14 pacientes ? 31,82%), matas circunvizinhas(13 pacientes ? 29,55%) e  Bananais (10 pacientes ? 22,73%), 8 pacientes não tinham preenchidos estes campos do instrumento de notificação.

CONCLUSÃO: Observa-se que há um maior predomínio de ocorrência na região da zona da mata alagoana, além de predominar em pacientes do sexo masculino, em adultos na 4ª década de vida. Quanto ao caráter de investigação epidemiológica, observa-se incipiência na investigação bem como na notificação, que embora compulsória ainda apresenta fichas de notificação não preenchidas em sua totalidade.

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TRABALHO CLÍNICO

P-467

TÍTULO: PERFIL DA PERDA AUDITIVA EM UM SERVIÇO DE SAÚDE AUDITIVA DO SUL MARANHÃO E REGIÃO TOCANTINA

AUTOR(ES): ROSIMAR COSTA PENIDO , MYRIAN DE LIMA ISAAC, ROBERTO COSTA DO NASCIMENTO, TALITA TAVRES CREMA DE LIMA, PEDRO PEREIRA DE CARVALHO SÁ JUNIOR, ROBERTA MENESES SOUSA, MARCELLA COELHO BRITO NUNES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃ0 (UFMA); FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO(FMRP/USP)

INTRODUÇÃO: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), dez por cento (10%) da população mundial sofre de problemas auditivos. A diminuição da acuidade auditiva em seus diversos níveis de gravidade pode surgir em qualquer faixa etária. Também de acordo com a OMS, estima-se que no Brasil existam cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva, sendo 350 mil completamente surdos.  O Maranhão possui uma população com baixo poder aquisitivo e com índices de escolaridade pífios e com um grande agravante: a vasta extensão territorial. Em Imperatriz, as mesmas características descritas acima também se fazem presentes, e com maior agravamento devido à situação geográfica pois a cidade de Imperatriz é localizada 650 Km distante das grandes capitais estaduais da região como São Luis-MA, Belém-PA, Terezina-PI e Palmas-TO. A grande quantidade de pacientes que buscam o Serviço de Saúde Auditiva de Imperatriz, para a obtenção de aparelhos auditivos, vem de diferentes situações econômicas, sociais, culturais e familiares; há uma diversidade de doenças com sintomatologia variada o que gera um conjunto rico de informações para serem analisadas. Isto melhora o conhecimento do perfil populacional atendido e protetizado, gerando informações importantes que podem ser repassadas ao Programa de Saúde Auditiva de modo a melhorar o atendimento a essa população e a ajudar na normatização das portarias que regulamentam a política de saúde auditiva.

OBJETIVO: Traçar um perfil audiológico da população atendida e protetizada em um serviço de saúde auditiva da região Tocantina e Sul do Maranhão.

METODOLOGIA: Foi realizada uma análise retrospectiva, de novembro de 2007 a maio de 2010, dos prontuários de 2652 pacientes, atendidos e protetizados no serviço de saúde auditiva da região Tocantina e Sul do Maranhão, com idade variando de 1 a 102 anos. Foram analisados os quesitos gênero, faixa etária, classificação da perda auditiva quanto ao tipo, grau e lateralidade.

RESULTADOS: No período analisado foram atendidos 10216 pacientes e 2652 foram protetizados. Entre os pacientes protetizados 52,3% eram do gênero masculino, e 47,7% do gênero feminino; em relação à  idade, 9,5%  tinham entre 0 a 20 anos, 17,0% entre 21 a 40; 18,3% entre 41 a 60 anos e 55,2% acima de 61 anos. Dos pacientes avaliados 85,5% apresentaram perda auditiva neurosensorial, 1,2% perda auditiva condutiva e 13,3% perda auditiva mista; dos pacientes protetizados 56,7%, apresentaram perda moderada, 17,2% perda severa e 26,1% perda profunda. Do total 83,8% receberam adaptação da prótese auditiva binaural contra 16,2% unilateral.

CONCLUSÃO: A perda auditiva neurossensorial de grau moderado foi a mais comum entre os pacientes avaliados no serviço. Houve predomínio de pacientes protetizados idosos. A perda auditiva neurosensorial bilateral foi a mais comum entre os pacientes protetizados.

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TRABALHO CLÍNICO

P-468

TÍTULO: PERFIL DA SAÚDE VOCAL DE PRATICANTES DE CANTO

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CRISTIANO ROBERTO NAKAGAWA, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE, GABRIEL GONÇALVES DIAS, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, FABIO LUIZ OLESKO, EDUARDO CALDEIRA NICHELE

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: Praticantes de canto, muitas vezes, fazem uso da voz sem cuidados para manutenção da saúde vocal ou orientação específica (otorrinolaringológica, fonoaudiológica, professores de canto). Muitos cantam diferentes estilos, tornando a voz mais propícia a alterações. Tabagismo, álcool, rinite alérgica e doença do refluxo gastroesofágico podem ser prejudiciais, ao passo que técnicas de aquecimento vocal e aumento da ingesta hídrica, podem proteger a saúde vocal.

OBJETIVO: Nosso trabalho objetiva avaliar o perfil do aluno praticante de canto, no que diz respeito a cuidados com a voz, tempo de prática, hábitos e condições prejudiciais e relacioná-los a queixas que recaem sobre a saúde vocal dos mesmos.

MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal tipo inquérito, com aplicação de questionário respondido por alunos de um professor particular de canto livre de Curitiba-PR. Incluiu-se 25 alunos com participação voluntária. Foram classificados conforme tempo de prática de canto, horas semanais dedicadas, sintomatologia relacionada à voz, cuidados para manutenção, e condições ou hábitos específicos que podem interferir na saúde vocal. Dispostos em três grupos: A (< 1 ano de prática), B (>1 - <3 anos) e C (= 3 anos).

RESULTADOS: Entre os 25 alunos, 20% (n=5) fazem uso profissional da voz. A média de idade foi de 22 anos; a média de horas semanais de prática de canto alcançou 350 minutos e o tempo médio foi de 2,64 anos de prática. Quatorze alunos (56%) relataram queixas relacionadas a saúde vocal, principalmente o pigarro (n=12/48%) e dificuldade em alcançar o ?pitch? ideal (n=7/28%). Dois alunos do grupo A apresentaram queixas (28%), com 54% no grupo B (n=11) e 85% no grupo C (n=6). Oitenta e quatro porcento dos alunos tomavam algum cuidado com a voz, em especial ingerir água (84%) e aquecimento vocal antes da prática  (52%).

DISCUSSÃO: Sabe-se que a voz é um componente de grande importância nas relações entre os homens e percebemos que conforme o tempo de uso da voz cantada aumenta, cresce a prevalência das queixas acerca da voz. No presente estudo a mais comum foi o pigarro (48%) sendo que para Andrata e Silva (2008 apud MOTA, 2010), foi a dificuldade em atingir notas agudas (83%). Evitar gelados (65%) e aquecer a voz (53%) foram as medidas protetoras mais comuns encontradas por Zampiere, semelhante ao presente estudo, com ingestão hídrica (84%) e aquecimento (53%).

CONCLUSÃO: A estimulação de bons hábitos de manutenção da voz deve ser realizada entre cantores, a fim de se evitar queixas disfônicas e surgimento de lesões laríngeas que prejudiquem o desempenho vocal durante a prática do canto e no dia-a-dia de cada um.

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TRABALHO CLÍNICO

P-469

TÍTULO: PERFIL DAS CONSULTAS PEDIÁTRICAS EM AMBULATÓRIO ESPECÍFICO DE FONIATRIA

AUTOR(ES): MARIANA LOPES FÁVERO , ALFREDO TABITH JÚNIOR, FERNANDO LEITE DE CARVALHO E SILVA, TERESA CRISTINA MENDES HIGINO, ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES, FERNANDO POCCINI

INSTITUIÇÃO: DERDIC/PUCSP

INTRODUÇÃO: Nem sempre nós, otorrinolaringologistas, estamos preparados para lidar com a queixa de atraso de linguagem e após a exclusão de surdez como causa desse atraso, não nos resta muitos recursos para continuar o diagnóstico.Para esses casos, onde se faz necessário o diagnóstico diferencial do problema visando o encaminhamento adequado, há a necessidade de uma avaliação foniátrica específica realizada por uma equipe interdisciplinar.

OBJETIVO:  Analisar o perfil das consultas foniátricas infantis realizadas pela equipe de médicos foniatras da nossa instituição visando uniformização do diagnóstico. 

METODOLOGIA: Projeto aprovado pela Comissão de Ética (57/10).Foi realizado um estudo retrospectivo por meio de análise de prontuários de 68 pacientes 48 (70,58%) pacientes do sexo masculino e 20 (29,42%) do sexo feminino, com idade média de 6,7± 3,25 anos, que passaram em consulta  foniátrica nossa instituição no período de agosto 2007 a março 2009.  Os dados obtidos foram analisados com ênfase no diagnóstico final propriamente dito e nas características epidemiológicas da amostra (risco gestacional e neonatal, antecedentes familiares para distúrbio de linguagem e encaminhamentos).

RESULTADOS: 14 diferentes diagnósticos foram levantados, sendo os mais freqüentes: Distúrbio Específico de Linguagem (16,18%), Transtorno Invasivo de Desenvolvimento (13,24%) e Paralisias Cerebrais (20,59%). 50% da casuística apresentaram história familiar para distúrbio de linguagem, 41,18% tinham antecedentes gestacionais e perinatais relevantes. Em relação aos encaminhamentos 51,47%% foram encaminhados para consulta neurológica e 79,41% para terapias fonoaudiológicas e/ou psicológicas e/ou fisioterápicas e/ou terapia ocupacional.

CONCLUSÃO: A partir da análise dos prontuários das consultas foniátricas realizadas no período estipulado podemos concluir que, por sermos referência em atendimento foniátrico, tivemos maior concentração de casos graves de distúrbio de linguagem, com altos índices de histórico familiar e de antecedentes gestacionais e perinatais relevantes associados. Em função do número de encaminhamentos que realizamos, necessitamos de uma rede bem estruturada de atendimento terapêutico.

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TRABALHO CLÍNICO

P-470

TÍTULO: PERFIL DEMOGRÁFICO E ANÁLISE LARINGOSCÓPICA DE INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE SJÖGREN EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL

AUTOR(ES): MARCO ANTÔNIO DOS ANJOS CORVO , CLAUDIA ALESSANDRA ECKLEY, BIANCA MARIA LIQUIDATO, GUSTAVO LEÃO CASTILHO, CIBELLE NUNES DE ARRUDA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A síndrome de Sjögren (SS) é uma doença auto-imune das glândulas exócrinas, que cursa com xerostomia na maioria dos indivíduos. Tendo a saliva participação essencial na homeostase do sistema digestório, sabe-se que variações no volume e na composição salivar podem modificar sua função protetora para o esôfago, para a cavidade orofaríngea e para a laringe. A literatura registra maior prevalência da DRGE em populações com SS, porém são raras as considerações acerca da presença de refluxo laringofaringeo neste subgrupo.

OBJETIVO: Avaliar as repercussões laríngeas da xerostomia em indivíduos com SS.

METODOLOGIA: Foram avaliados 21 indivíduos consecutivos com SS dentre os pacientes em acompanhamento no serviço de otorrinolaringologia de um hospital universitário terciário. O diagnóstico da SS foi firmado a partir dos critérios atualmente aceitos pela comunidade internacional e, após obtenção de dados demográficos, todos foram submetidos à nasofibrolaringoscopia e/ou laringoscopia rígida para análise minuciosa da faringe e laringe. Os critérios de exclusão do estudo foram quaisquer condições que excluíssem o diagnóstico de SS, como presença de hepatite C, sarcoidose, radioterapia de cabeça e pescoço ou linfoma.

RESULTADOS: Todos os sujeitos de pesquisa eram do gênero feminino, sendo a média de idade de 63 anos (variando de 52 até 78 e mediana de 62 anos). A média do tempo de diagnóstico dos sujeitos da pesquisa foi de 6 anos e 6 meses, variando de casos recém diagnosticados (4 meses) até 9 anos de acompanhamento. Todos apresentaram mobilidade e sensibilidade de pregas vocais preservadas. Os sinais laringoscópicos mais comumente observados foram edema de pregas vocais (21), hipertrofia de comissura posterior / paquidermia de moderada a grave intensidade (18), obliteração total de ventrículo (11) e eritema de aritenóides (11). Além disso, observados acúmulo de muco espessado e pseudosulco vocal em 3 casos, e 2 casos com granuloma de prega vocal, configurando uma série de sinais endolaríngeos sugestivos de refluxo laringofaringeo. O Reflux Finding Score (RFS) médio foi de 11,5, variando de 8 até 18. Em dois indivíduos foram observados nódulos de pregas vocais, não havendo registro dos nódulos de bambu na casuística analisada. Estas lesões seriam nódulos com caracteres macroscópicos especiais que os tornariam diferentes dos nódulos clássicos por torná-los semelhantes a gomos de um bambu, e segundo a literatura seriam mais freqüentemente encontrados em populações com doenças reumatológicas.

CONCLUSÃO: Concluiu-se que o perfil demográfico dos pacientes em acompanhamento ambulatorial no serviço em questão foi de mulheres, na sexta década de vida, com tempo médio de diagnóstico em torno de seis anos, e que apresentavam sinais laríngeos sugestivos de laringofaringite crônica por refluxo.

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TRABALHO CLÍNICO

P-471

TÍTULO: PERFIL DO PACIENTE COM ACHADOS LARINGOSCÓPICOS DE REFLUXO LARINGO-FARÍNGEO EM LARINGOSCOPIA

AUTOR(ES): WILIAN MADUELL DE MATTOS, CAMILA KEMEN CANDALAFT, FRANCIANE REGINA VARGAS, EDUARDO GARCIA, THIAGO PONTES EUGÊNIO, EDUARDO SPIRANDELLI

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: O Refluxo Laringo-Faríngeo (RLF) consiste no trânsito do conteúdo gástrico para estruturas laríngeas e faríngeas, causando muitas das queixas relatadas no cotidiano otorrinolaringológico.Dentre elas : disfonia, rouquidão, ?globus? faríngeo, pigarro, tosse seca, disfagia, odinofagia, sialorréia, engasgos, ardência e desconforto persistente em garganta.

OBJETIVO: Traçar o perfil do paciente com achados laringoscópicos sugestivos de RLF, caracterizando e correlacionando os principais sintomas, hábitos alimentares, resultados em laringoscopia, e grupos populacionais mais susceptíveis.

METODOLOGIA: Análise prospectiva de 35 pacientes com idade igual ou maior do que 18 anos, ambos os sexos e exame laringoscópico sugestivo de RLF com ou sem sintomas. Submetidos então a questionário detalhado quanto a sexo, idade, profissão, hábitos alimentares, presença de sintomas dispépticos, laríngeos e faríngeos ou outros sintomas otorrinolaringológicos.

RESULTADOS: Edema/eritema interaritenóide esteve presente em todos os exames. 94,29% dos pacientes relataram queixas prévias, o tempo de início mais prevalente foi há mais de 5 anos com 34,29%. Os sintomas lar[ingeos mais relatados foram: pigarro, gotejamento pós-nasal, ?globus faringeo?, disfonia, tosse incômoda, problemas respiratórios/ engasgos, dispepsia, tosse após deitar ou comer e disfagia.A maioria (71,43%) nega doenças gástricas associadas.Com relação à rotina de dieta, 51,43% realizam 3 refeições diárias, 25,71% duas, 8,57% mais de quatro e 2,86% apenas uma. A maioria (82,86%) as realiza em sua residência e considera o tempo adequado para alimentação (74,29%). Quanto ao tabagismo 77,14% negam seu uso. Das patologias de laringe associadas evidenciadas em laringoscopia, a mais encontrada foi a presença de pseudo-sulco (11,43%), seguida por nódulos em pregas vocais (8,57%), fenda glótica (2,86%), hipertrofia de tonsilas palatinas (2,86%), faringite crônica (2,86%), cisto mucoso (2,86%) e vasculodisgenesia (2,86%).

CONCLUSÃO: O perfil dos pacientes estudados é do sexo feminino, com idade aproximada de 51 anos. Em laringoscopia todos apresentam edema ou eritema interaritenóide, com grande maioria de sintomas laríngeos prévios e há mais de 5 anos. Não relacionados à doença gástrica conhecida. Quanto à rotina de dieta, não foram observadas supressões significativas, todos os indivíduos realizam todas as refeições diárias e em suas residências. Os sintomas laríngeos apresentados, em ordem decrescente, foram: pigarro, gotejamento pós-nasal, ?globus faringeo?, disfonia, tosse incômoda, problemas respiratórios/ engasgos, dispepsia, tosse após deitar ou comer e disfagia. As principais patologias laríngeas encontradas em associação com o RLF foram pseudo-sulco e nódulos vocais.

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TRABALHO CLÍNICO

P-472

TÍTULO: PERFIL DO PACIENTE COM APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM UM LABAROTÓRIO DE SONO

AUTOR(ES): RAQUEL DE MOURA BRITO MENDEZ , THIAGO DE OLIVEIRA BARROS, ROSANA RANDOLPHO CAIAFFA, MARCO ANTONIO DE MELO TAVARES DE LIMA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é uma doença de prevalência crescente e com impacto importante na qualidade de vida da população. Ela pode ser classificada de acordo com o índice de apnéia-hipopnéia como leve (5 a 14 episódios por hora), moderada (15 a 29) ou grave (a partir de 30). Inúmeros fatores estão associados à maior predisposição para o desenvolvimento de SAOS, enquanto outros tem seu desenvolvimento associado a SAOS.

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de obesidade, aumento da circunferência cervical, presença de HAS, diabetes e queixa de disfunção erétil em pacientes com SAOS.

METODOLOGIA: Foram avaliados 64 pacientes (de ambos os sexos, com idade entre 20 e 66 anos) com indicação de realização de polissonografia, sendo relacionado o índice de apnéia e hipopnéia com dados obtidos através de um questionário preenchido pelo próprio paciente previamente ao exame (que incluía questões sobre qualidade de vida e comorbidades) e da avaliação de índices corporais.

RESULTADOS: Na nossa amostra, a idade avançada apresentou maior correlação com a SAOS leve e grave apenas em mulheres, não apresentado correlação em homens. O IMC elevado se mostrou um valor estatisticamente significante para o desenvolvimento de SAOS, moderada a grave em homens e grave em mulheres. Outro parâmetro biométrico, a circunferência cervical aumentada (acima de 38 cm em mulheres e 43 cm em homens), indicou maior probabilidade da presença de SAOS ao exame, principalmente em homens. A presença de hipertensão arterial foi uma comorbidade significativamente mais prevalente em homens com SAOS documentada. Assim como a menopausa se correlacionou com a presença de SAOS em mulheres. Entretanto, a presença de diabetes mellitus, assim como a disfunção erétil não se correlacionou com a presença de SAOS. A amostragem de pacientes do sexo feminino com diagnóstico de SAOS moderada não foi suficiente para a realização de análises estatísticas.

CONCLUSÃO: Nesta amostra, se confirmou que o sobrepeso e a obesidade são fatores associados a SAOS, assim como o depósito de gordura em região cervical. A idade avançada mostrou correlação apenas em mulheres, talvez pela maior associação com a menopausa, enquanto, em homens, não houve correlação com a idade. A única comorbidade avaliada que se relacionou com a maior probabilidade foi a hipertensão arterial. Neste estudo, mostrou-se a importância da avaliação de fatores pessoais (idade e menopausa), biométricos (IMC e circunferência cervical) e a presença de hipertensão arterial como fatores preditivos positivos para presença de SAOS. Além disso, a prevenção e o tratamento destes fatores, quando possível, representam uma importante estratégia na abordagem dos pacientes com SAOS.

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TRABALHO CLÍNICO

P-473

TÍTULO: PERFIL DOS 500 PACIENTES DO AMBULATORIO DE ZUMBIDO DO HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE

AUTOR(ES): LETÍCIA PETERSEN SCHMIDT ROSITO , KONRADO MASSING DEUTSCH, VANESSA DE BRITO BELLINE, IULEK GORCZEVSKI, MAURO ANTONIO FERNANDES JUNIOR, BRUNA FORNARI VANNI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO

O zumbido é um sintoma muito prevalente, afetando cerca de 15% da população geral. A partir da década de 90 ele passou a ser amplamente estudado e o surgimento de ambulatórios especializados no tratamento desse sintoma passou a ser estimulado. Estes centros têm como objetivos o estudo desse sintoma e das doenças que o causam e o atendimento global ao pacientes que sofrem com este mal.

OBJETIVO

Descrever o perfil dos pacientes atendidos no Ambulatório de Zumbido do Hospital de Clínicas de Porto Alegre desde 2003.

METODOLOGIA

Foi incluído no estudo todo paciente com queixa principal de zumbido, independentemente da etiologia. Na primeira consulta ele era submetido a anamnese dirigida, exame físico completo e, a partir de então, exames complementares como avaliação laboratorial e audiológica, bem como exames de imagem quando necessários, eram solicitados. O paciente seguia acompanhamento no ambulatório onde recebe tratamento e orientações.

RESULTADOS

Foram incluídos 500 pacientes. A média de idade foi de 58,6 anos, 90% eram da raça branca, 61% do gênero feminino. O tempo médio de zumbido foi de 5,7 anos. O zumbido era localizado em ambas orelhas em  49,8 % dos pacientes, em 23% na orelha direita, em 19,6% na orelha esquerda e em 7,6% na cabeça. O grau de incômodo do zumbido na primeira consulta teve média de 7,37 A média do escore de repercussão do zumbido na qualidade de vida foi de 67. As preocupações mais freqüentes foram a de ficar surdo (25%), do zumbido piorar (20%) ou de ser uma doença grave (12%) Dos pacientes avaliados, 53% referiram que o zumbido interferia no sono, 50,2% na concentração, 56,7% na vida emocional e 31,6% na social. A etiologia mais prevalente foi presbiacusia (16,7%) seguida por PAIR (12,3%).

CONCLUSÃO

Nossos resultados demonstram o perfil da população com zumbido incômodo atendida no nosso ambulatório: mulheres brancas de meia-idade, com zumbido geralmente bilateral, com preocupação principal de piorar, com dificuldade para dormir e com interferência do sintoma  na  sua vida emocional. A etiologia mais prevalente foi a presbiacusia o que reflete uma prevalência aumentada desse sintoma em idosos.

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P-474

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE DOENÇAS OBSTRUTIVAS DO SONO SEGUNDO O TRATAMENTO INDICADO

AUTOR(ES): CAMILA ATALLAH PONTES DA SILVA , RENATO PRESCINOTTO, FERNANDA LOUISE MARTINHO, PAULA RIBEIRO LOPES, MILENA DE ALMEIDA TORRES, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono ( SAOS) apresenta fisiopatologia multifatorial e é considerada, atualmente, problema de saúde pública, uma vez que se não tratada, aumenta o risco de Hipertensão Arterial Sistêmica, complicações cardiovasculares e morte prematura.

OBJETIVO: comparar o perfil dos pacientes atendidos em ambulatório específico de distúrbios respiratórios do sono segundo o tipo de tratamento indicado.

METODOLOGIA: estudo retrospectivo com 131 pacientes atendidos no ambulatório de distúrbios respiratórios do sono, no período de Agosto de 2003 a Julho de 2008.A indicação da terapia realizada levou em consideração dados de anamnese, perfil antropométrico, alterações anatômicas de via aérea superior, alterações esqueléticas faciais e dados de polissonografia.Os grupos foram divididos em tratamento clínico e tratamento cirúrgico.

RESULTADOS: Do total de pacientes estudados, 71,75% obtiveram indicação de tratamento clínico e 28,24% de tratamento cirúrgico. Nos dois grupos houve predomínio do sexo masculino e de faixa etária entre quarta e quinta décadas de vida.No grupo submetido a tratamento clínico houve predomínio de pacientes com SAOS moderada e grave. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os dois grupos em relação as variáveis estudadas: sexo, idade, índice de apnéia/hipopnéia, índice de massa corpórea, hipertrofia amigdaliana, alteração de orofaringe, alteração obstrutiva nasal e índice de Mallampati modificado.

CONCLUSÃO: Apesar de não termos encontrado diferença estatística nos grupos estudados, o perfil apresentado por esses pacientes em relação ao tipo de tratamento indicado é semelhante aos já descritos na literatura.

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TRABALHO CLÍNICO

P-475

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - MACEIÓ.

AUTOR(ES): THEREZITA MARIA PEIXOTO PATURY GALVÃO CASTRO , ISABELA LOPES DE SOUSA, ISABELA KARINE RODRIGUES GAIA, LUCIANO PADILHA ALVES, KATIANNE WANDERLEY ROCHA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

O conhecimento do perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em especialidades num hospital universitário é importante para adequação das práticas de saúde, de ensino e para o direcionamento das ações que podem facilitar seu uso pela população. O Objetivo é estabelecer o perfil dos pacientes que procuram o Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas.  Estudo transversal, em que  121 pacientes responderam a um  questionário. Os resultados mostraram 61% do sexo feminino. As queixas de doenças da faringe e da laringe foram as mais prevalentes (47%), seguidas das queixas do aparelho auditivo (38%) e finalmente das queixas nasais (33%) e 92,6% dos pacientes relataram satisfação com o serviço prestado no hospital. Concluímos que é importante estar familiarizado com os dados epidemiológicos para propiciar maior eficácia no atendimento e tratamento destes pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-476

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE SAÚDE AUDITIVA DO HC/ FMB/UNESP DESDE O ANO DE 2005.

AUTOR(ES): DANIELLE TAVARES OLIVEIRA , DANIELA POLO CAMARGO DA SILVA, ÉRICO VINÍCIUS CAMPOS MOREIRA DA SILVA, JAIR CORTEZ MONTOVANI

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU

INTRODUÇÃO: A audição é a base para o desenvolvimento da fala e da linguagem. A deficiência auditiva quando não tratada pode causar impactos negativos no desenvolvimento da linguagem oral, na aprendizagem e em atividades sociais. Há tipos variados de deficiência auditiva. Para cada um, existe um tratamento médico distinto, que pode implicar condutas clínicas, medicamentosas e ou cirúrgicas. Porém, na maioria dos casos, faz-se necessária a utilização de aparelhos de amplificação sonora. Entretanto, os altos custos dos aparelhos de amplificação sonora individual (AASI) no Brasil sempre dificultaram o acesso de uma grande parcela da população a estes dispositivos. Todavia, em setembro de 2004 foi instituída, no Brasil, a Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva, com a intenção de promover uma ampla cobertura nacional no atendimento aos portadores de deficiência auditiva, tendo em vista a garantia da universalidade, equidade e integralidade.

OBJETIVO: Realizar estudo retrospectivo e descrever as características dos pacientes atendidos por um Serviço de Saúde Auditiva de um Hospital Universitário.

METODOLOGIA: Foram analisados os prontuários dos pacientes atendidos pelo Serviço de Saúde Auditiva do Hospital das Clínicas de Botucatu no período de janeiro de 2005 a junho de 2010 e coletados os seguintes dados: número de pacientes atendidos, sexo, idade, tipo/grau da perda auditiva e tipo/número de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI) adaptados. Quanto à idade, os pacientes foram divididos em 5 grupos: 1) até 3 anos; 2) de 4 a 12 anos; 3) 13 a 21 anos; 4) de 22 a 60 anos e 5) acima de 60 anos.

RESULTADOS: Nesse período foram atendidos 3077 indivíduos, sendo 50,3% do sexo masculino (n =1547) e 49,7% do feminino (n =1530). Quanto à idade, os grupos apresentaram-se da seguinte maneira: G(1), n=22; G(2), n=84; G(3), n=57; G(4), n= 863 e G(5), n=2051. 36 indivíduos apresentaram perda unilateral e 3041 bilateral. Quanto ao tipo de perda: 85% (n=5226 orelhas) era neurossensorial, 14,3% (n=883 orelhas) mista e 0,1% (n= 7) condutiva. Quanto ao grau de perda: 17,9% leve (n=1100), 54% moderado (n=3321), 19,1% grave (n=1175) e 8,4% profundo (n=520). Foram adaptados 4859 AASIs, sendo: 6,2% do modelo CIC (n=300); 28% ITC (n=1356); 3,6% ITE (n=179) e 62,2% retroauricular (n=3024).

CONCLUSÃO: Foram atendidos 3077 pacientes, ambos os sexos, com predomínio dos seguintes achados: faixa etária superior a 60 anos, disacusia neurossensorial bilateral, de grau moderado e adaptação de AASI retroauriculares.

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TRABALHO CLÍNICO

P-477

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES COM QUEIXAS DE DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS RELACIONADOS AO SONO ENCAMINHADOS A UM AMBULATÓRIO DE RONCO E APNÉIA DO SONO

AUTOR(ES): MARCELA SUMAN , RAFAEL PANIZZA LEUTZ, EMERSON THOMAZI, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO - FAMERP - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é um distúrbio respiratório relacionado ao sono altamente prevalente, afetando cerca de 4% dos homens e 2% das mulheres adultas. A obesidade é comum, além de outras doenças associadas, como hipertensão arterial e coronariopatias. Objetivos: relatar o perfil de pacientes encaminhados a um Ambulatório de Apnéia do Sono para investigação de queixas de distúrbios respiratórios relacionados ao sono. MATERIAL E MÉTODOS: Foram revisados 195 prontuários de pacientes atendidos no Ambulatório de Ronco e Apnéia, entre os anos de 2002 a 2009. Os seguintes dados foram coletados: idade, gênero, índice de massa corpórea (IMC), índice de apnéia/hipopnéia (IAH), intensidade do ronco, Escala de Epworth, Classificação de Friedman, doenças associadas, alterações radiológicas, etilismo e tabagismo. Forma do Estudo: Estudo de casos retrospectivo em corte transversal. RESULTADOS: Dos 195 pacientes, 133 (68%) são do gênero masculino e 62 (32%) do gênero feminino. Dentre os pacientes com SAHOS, 76% são homens, com idade média de 48 anos, obesos e IAH de grau grave e os pacientes com ronco primário são mulheres em mais da metade dos casos (53%), idade média de 45 anos e com sobrepeso. A diferença entre os gêneros, idade, IMC e IAH foi, respectivamente, significante p=0,0002, p=0,224, p=0,0112 e p<0,0001. Não houve diferença estatística entre a ocorrência de doenças associadas (p=0,6088), alterações radiológicas (0,2735), etilismo (0,1330) ou tabagismo (0,9931) entre os pacientes SAHOS e ronco primário. Também não houve diferença significante entre a análise das médias da intensidade do ronco (p=0,0797) e da Classificação de Friedman (p=0,5976) entre ambos os grupos de pacientes. Pacientes com SAHOS apresentaram as médias da escala de Epworth significantemente mais altas que os pacientes com ronco primário (P=0,0001). CONCLUSÕES: A maioria dos pacientes com SAHOS são homens em idade média, obesos e com apnéia grave e dentre aqueles com ronco primário a maior parte é mulher em idade média e com sobrepeso. Doenças associadas e alterações radiológicas ocorrem em pacientes com SAHOS e ronco primário, assim como roncos e alterações anatômicas pela Classificação de Friedman. Etilismo e tabagismo não podem ser associados a pacientes com SAHOS. Pacientes com SAHOS apresentam níveis mais altos da Escala de Epworth.

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TRABALHO CLÍNICO

P-478

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES INTERNADOS COM ACOMETIMENTO LARINGEO POR PARACOCCIDIOIDOMICOSE EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

AUTOR(ES): JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO , WILSON BENINI GUÉRCIO, CAMILA ANDRADE DA ROCHA, LUIS AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO, AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO

INSTITUIÇÃO: HU UFJF

INTRODUÇÃO:A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose profunda sistêmica causada por um fungo dimorfo conhecido por causar doença primária no homem, de aspecto microscópico similar à roda de leme de navio, o Paracoccidioides brasiliensis (Pb). Seu período de incubação pode variar de 15 dias a 40 anos. MATERIAL:Foram analisados 12 prontuários de internação hospitalar correspondentes aos casos notificados como paracoccidioidomicose desde 1996 até 2010 .Todos os pacientes tiveram diagnostico firmado por estudo anatomo-patológico.A análise dos prontuários foi feita pontuando-se categorias como: idade do diagnostico, sexo, profissão, tabagismo, droga utilizada no tratamento, tempo de tratamento, e recidiva em laringe por negligência ao tratamento.RESULTADOS:Dos 12 prontuários estudados, todos eram do sexo masculino,e a idade dos pacientes, variou de 22 a 67 anos. Dos pacientes avaliados  6 (50%) eram tabagistas, 5 (41%) são trabalhadores rurais e 7(59%) urbanos.O diagnostico inicial, 1(8,3%) foi em laringe,  6(50%) pulmão, 2(16%) lábio, 1 (8,3%) linfonodo cervical, 1(8,3%) cutânea, 1 não especificado; 4(33%) apresentaram recidiva em laringe, todos após negligenciar o tratamento.O tratamento inicial, 8(66%) utilizaram sulfametoxazol+trimetoprim,  2(16%) itraconazol e 2 não foi especificado no prontuário. O tempo de tratamento antes da recidiva variou  de 2  à 5 meses, quanto ao tempo decorrido entre o diagnostico inicial e a recidiva, variou de 6 meses a 4 anos, sendo um não especificado.Com relação ao local laríngeo de recidiva foram encontrados 2 (50%) em banda ventricular direita, 1 (25%) em aritenoide direita e 1 (25%) em dorso de epiglote.DISCUSSÃO: A infecção, geralmente, é adquirida nas duas primeiras décadas de vida, com pico de incidência entre 10 e 20 anos de idade. O tabagismo constitui um importante fator de risco para o desenvolvimento da forma crônica da doença e as manifestações clínicas são comuns em adultos entre 30 e 50 anos de idade, incidindo mais em homens do que em mulheres. A contaminação se dá por via inalatória, com a penetração do fungo nos pulmões, podendo seguir-se disseminação linfo-hematogênica. Com a propagação da doença, os órgãos mais freqüentemente acometidos são as membranas mucosas, os gânglios linfáticos, a pele e as adrenais. Não há contaminação de pessoa para pessoa.  As manifestações clínicas e patológicas possuem uma ampla variedade, pois dependem de fatores microbianos e sua relação com a resposta imune do hospedeiro. CONCLUSÃO: A laringe é sítio freqüente da manifestação otorrinolaringológica da paraciccidioidomicose. Mesmo não sendo a hipótese diagnóstica inicial a biópsia laríngea deve ser realizada sempre que possível devido à semelhança das lesões com outros tipos de doenças como  neoplasias e tuberculose.

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TRABALHO CLÍNICO

P-479

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES PROTETIZADOS NO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA

AUTOR(ES): JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO , AGENOR ALVES DE SOUZA JÚNIOR, CAMILA ANDRADE DA ROCHA, LUIS AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO, AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO, RAIMUNDO CÉLIO DA ROCHA

INSTITUIÇÃO: HU UFJF

INTRODUÇÃO: Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde, cerca de 25 milhões de indivíduos ou 4,7% da população mundial apresenta deficiência auditiva.Em torno de 90% das pessoas com idade superior a 80 anos apresentam perda auditiva. Como um resultado do previsto envelhecimento da população, o número de candidatos à protetização auditiva sofrerá um grande incremento nos próximos anos (Wiscosin Self Help for Hard of Hearing People Association, 2002). MÉTODO: Levantamento e análise de 107 fichas de avaliação de pacientes que foram protetizados pelo Programa de Saúde Auditiva do Sistema Único de Saúde (SUS) da Área Geográfica e Cidades que compõem a região atendida pelo município de Juiz de Fora. As fichas foram escolhidas de forma aleatória no universo dos pacientes que foram protetizados nos meses de maio a julho de 2009.A análise das fichas foi feita pontuando categorias como: sexo, idade, grau da perda auditiva, tecnologia da prótese doada, uso regular ou não da prótese, quantitativo de horas/dia no qual faz uso do aparelho. O tipo de prótese  pode ser digital ou analógica. RESULTADOS: Dos 107 pacientes cujas fichas foram pesquisadas, 61 (57,01%) são do sexo feminino e 46 (42,99%) são do sexo masculino. Com relação a idade, infância-adolescência (de 0 a 19 anos) 13 (12,15%) pacientes; jovens e adultos (de 20 a 59 anos) 33 (30,84%) pacientes; terceira idade, para pessoas com mais de 60 anos, 61 ( 57,01%) pacientes. Quanto ao grau da perda registrada o resultado foi: nível leve 1 (0,01%) paciente; nível moderado 50 pacientes (46,73%); nível severo 32 pacientes (29,91%) e no nível profundo 24 (22,43%) pacientes. Quanto a tecnologia de confecção da prótese 51 (47,66%) analógicas e 56 (52,34%) digitais. Quanto ao uso ou não das próteses, 106 (99,06%) pacientes disseram que fazem uso das próteses regularmente, e, apenas 1 (0,94%) disseram não fazer uso regular da mesma. Quanto ao tempo de uso diário das próteses pelo paciente, foi encontrado que 9 (8,41%) pacientes usam menos de 8h/dia; 41 (38,32%) pacientes fazem uso da prótese entre 8h a 12h/dia;  6 (5,61%) fazem uso da mesma entre 13h e 18h/dia e 50 (46,73%) fazem uso da mesma por mais de 18h/dia. DISCUSSÃO: A prevalência maior do sexo feminino encontrada está em concordância com a observação prática da maior longevidade do sexo feminino, que tem hábitos de vida mais saudável, geralmente fumam e consomem bebidas alcoólicas em menor proporção que o sexo masculino. A avaliação audiológica da deficiência auditiva na pessoa idosa deve envolver não só exames objetivos  e subjetivos que visam definir os limiares audiológicos do indivíduo, mas também ter um caráter global, avaliando a qualidade do processamento central da  informação periférica auditiva.CONCLUSÃO: Para minimizar as reações psicossociais decorrentes da deficiência auditiva no idoso, faz-se necessária a inclusão do mesmo em programas de reabilitação auditiva.

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TRABALHO CLÍNICO

P-480

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA ENDOSCÓPICA NASAL PORTADORES DE POLIPOSE NASOSSINUSAL ? JANEIRO/2009 A MAIO/2010

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , LILIAN BORTOLON, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, GUILHERME SACHET, GABRIEL GONÇALVES DIAS

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

Introdução

A polipose nasossinusal acomete de 1% a 4% da população em geral, sendo mais freqüente em pacientes do sexo masculino e em maiores de 50 anos, mostrando-se rara em crianças e adolescentes1.

O pólipo nasal pode ser único, bem delimitado ou acometer todos os seios da face, sendo caracterizado como polipose nasossinusal ou polipose difusa, sendo esta a mais freqüente indicação para intervenção cirúrgica endoscópica nasal, depois da rinossinusite crônica2.

Materiais e Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo transversal com coleta de dados dos prontuários médicos dos pacientes submetidos a cirurgia endoscópica nasal .

Resultados

Dos 71 pacientes operados por FESS no período devido a rinossinusite crônica refratária a tratamento clínico, 29,5% (n=21) apresentavam polipose nasal vista no exame físico e/ou durante o procedimento cirúrgico (Gráfico 1).

O sexo feminino foi discretamente predominante, com 52,3% dos casos (n=11), tendo o sexo masculino 47,6% (n=10), (Gráfico 2).

A idade média dos pacientes foi de 44,1 anos, tendo o mais jovem 19 anos e o mais idoso 68 anos. Ressaltamos que o hospital em questão não atende à população pediátrica, somente a partir dos 14 anos (Gráfico 3).

Os sintomas pré-operatórios relatados foram em ordem descrescente: obstrução nasal ? 85,7% (n=18); rinorréia ? 61,9% (n=13); hiposmia ? 33,3% (n=7); dor facial ou cefaléia ? 28,5% (n= 6). Somente um paciente queixou-se de tumoração visível nasal, representando 4,7% dos casos. O mesmo resultado foi relatado a respeito de roncos e gota posterior. Os pacientes relataram um ou mais sintomas destes durante a anamnese (Gráfico 4).

A taxa de recidiva da polipose nasal, diagnosticada nas consultas pós-operatórias através das queixas dos pacientes confirmadas ao exame físico e/ou endoscopia nasal foi de 42,8% (n=9), (Gráfico 5).

Discussão

A polipose nasal é uma doença comum na população, com prevalência de cerca de 4%. A idade média, em torno dos 40 anos, encontrada em nossa amostra foi similar à de alguns estudos como de Settipane e Larsen (7, 8).

Em nossa amostra, encontramos ligeiro predomínio do sexo feminino, o que discorda com vários estudos que apontam prevalência aumentada nos homens em relação às mulheres (5). Isto pode ser explicado parcialmente por causa da amostra reduzida do presente estudo.

Os sintomas principais encontrados também foram condizentes com outros trabalhos publicados, sendo a obstrução nasal o principal sintoma (6).

Conclusão

A técnica cirúrgica endoscópica atualmente é vista como padrão ouro na rinossinusite crônica clinicamente refratária assim como na polipose nasossinusal. Em 1985, Kennedy descreveu essa técnica popularizando o termo "cirurgia endoscópica funcional". Desde então, houve vários avanços da técnica e indicação cirúrgica.

A indicação principal da FESS é na rinossinusite crônica e em pacientes com polipose nasal com qualidade de vida prejudicada devido aos sintomas obstrutivos principalmente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-481

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS À MASTOIDECTOMIA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA , WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, JOYCE DE OLIVEIRA LIMA, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, JOSÉ CLÁUDIO DE BARROS CORDEIRO, SILVANA NOBRE DE ASSIS MAZIVIEIRO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA (HUBFS) ? UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)

INTRODUÇÃO: A otite média crônica é uma doença freqüente na prática otorrinolaringológica. Apesar da maior compreensão sobre a doença e redução da incidência dos processos infecciosos devido à antibioticoterapia, o tratamento cirúrgico da otite média crônica ainda é uma atividade cotidiana em nosso país, especialmente nos serviços públicos de saúde.

OBJETIVO: Estudar o perfil dos pacientes submetidos à mastoidectomia por otite média crônica atendidos em um serviço público de referência em Otorrinolaringologia, ressaltando o tempo de espera para a cirurgia.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo e descritivo a partir do levantamento de prontuários de 87 pacientes submetidos à cirurgia de mastoidectomia entre os anos de 2006 e 2009, em um serviço público de referência em Otorrinolaringologia na cidade de Belém, estado do Pará. Os dados dos prontuários foram anotados em fichas protocolo com os seguintes tópicos: número do registro, idade, sexo, procedência (capital e região metropolitana, outro município, outro estado), tempo de evolução da doença até a data do procedimento cirúrgico (menor que 1 ano, entre 1 e 5 anos, maior que 5 anos) e lado da orelha acometido (direita, esquerda,  bilateral). Posteriormente, os dados foram analisados.

RESULTADOS: A maioria dos pacientes do estudo foi do sexo masculino (57,5%), na faixa etária de 31 a 40 anos (25,3%) seguida pela faixa de 11 a 20 anos (24,1%). Com relação à orelha afetada pela doença, 36,8% corresponderam a orelha direita e 33,3% a orelha esquerda, mas foi importante a porcentagem de doença bilateral (29,9%). Entre os indivíduos submetidos à mastoidectomia no período analisado, a maior parcela era proveniente da capital do estado e região metropolitana (74,4%), entretanto, foi longo o período de evolução da doença antes da realização do procedimento cirúrgico, geralmente mais de 5 anos (74,4%) e uma minoria com menos de 1 ano de evolução (5,7%). Isso pode ser devido à dificuldade de acesso ao atendimento médico especializado.

CONCLUSÃO: Entre os pacientes submetidos à mastoidectomia no período estudado, a maioria foi de indivíduos do sexo masculino e na faixa etária de 31 a 40 anos. Foi observada tendência a bilateralidade da doença, sendo a grande parcela da população proveniente da capital e região metropolitana. O tempo de evolução da doença até o procedimento cirúrgico foi longo, o que pode estar relacionado à dificuldade de acesso ao atendimento médico especializado.

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TRABALHO CLÍNICO

P-482

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRÚRGICO DA RINOSSINUSITE CRÔNICA

AUTOR(ES): WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA , JOYCE DE OLIVEIRA LIMA, MÁRJORIE SOUZA BANHOS CAREPA, RENATO VALENTIM BRASIL, ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA, ÉDER AUGUSTO MAGALHÃES NASCIMENTO, ÉRIKA LUIZ BADARANE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ-HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: As Rinossinusites representam processos inflamatórios das mucosas de revestimento da cavidade nasal e dos seios paranasais, em resposta a agentes químico, físico ou biológico, seja bacteriano, fúngico ou viral. Apresenta fisiopatogenia multifatorial, evolvendo mecanismos de defesa do hospedeiro e o agente agressor. São classificadas de acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia e o I Consenso Brasileiro sobre Rinossinusite em: aguda, subaguda, crônica, recorrente e complicada. O diagnóstico é clínico e pode ser auxiliado por exames bacteriológicos, endoscópico e por imagem. O tratamento das rinossinusites inicialmente é com uso de antimicrobianos, na dose e tempo adequado, porém em algumas situações faz-se necessário o tratamento cirúrgico.

OBJETIVO: O objetivo é de traçar o perfil dos pacientes com rinossinusite crônica ou recorrente submetidos ao tratamento cirúrgico num Hospital Universitário, da região norte e comparar os resultados com os de outros centros do país.

METODOLOGIA: Foram selecionados 92 pacientes com diagnóstico de rinossinusites crônica ou recorrente, sem melhora com o tratamento clínico, os quais foram submetidos a tratamento cirúrgico, ou por meio de cirurgia endoscópica funcional ou cirurgia de Caldwell-Luc, num período de 2 anos, no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza.

RESULTADOS: Do total de 92 pacientes, 82 (89,13%) foram operados por meio de cirurgia endoscópica funcional, enquanto 10 (10,86%) submetidos à cirurgia de Caldwell-Luc, a média de idade foi 39,42 anos, sendo 52 (56,52%) pacientes do sexo masculino e 40 (43,47%) do feminino. As comorbidades estavam presentes em 12 (13,04%) dos pacientes. Na endoscopia nasossinusal a presença de lesões polipóides eram encontrados na maioria dos pacientes (64,13%) e, tanto no quadro unilateral quanto no bilateral, a maioria encontrava-se em grau III (54,28%). Lesões granulomatosas estavam presentes em 9 (9,78%) dos pacientes e a presença isolada de secreção mucopurulenta ou sanguinolenta no meato nasal médio em 10 (10,08%). A presença de alterações anatômicas foi visualizada em 37 (40,21%). Na maioria dos pacientes a tomografia demonstrava acometimento nos seios paranasais anteriores. O resultado do histopatológico demonstrou a presença de pólipo inflamatório em sua maioria, 59 (64,13%) pacientes, porém em 8 (8,69%) pacientes o diagnóstico era de papiloma invertido e em 4 (4,34%) havia neoplasia maligna. O tempo de acompanhamento pós-operatório foi variável, em 38 (41,3%) pacientes foi maior que 1 ano, enquanto 37 (40,21%) foram observados por um período menor que 6 meses e, em 17 (18,47%) foi de 6 meses a 1 ano. Observaram-se complicações pós-operatória em 10 (10,08%) casos e recorrência em 12.

CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes apresentava lesões polipóides na avaliação endoscópica e, em sua maioria os pólipos se entendiam até a cabeça do corneto nasal inferior.  Preferiu-se a técnica de cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais para tratamento cirúrgico, com boa resposta e, baixo índice de complicações e recorrência da lesão.

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TRABALHO CLÍNICO

P-483

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS AO IMPLANTE COCLEAR NO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA NO ANO DE 2008 A 2010

AUTOR(ES): RAQUEL FERRAZ C NOGUEIRA , FRANCISCO MÁRIO DE BIASE NETO, ANNA KARINNE CABRAL VALLENTIM DE OLIVEIRA, ÉLCIO DUARTE DE LIMA, FLÁVIA RAFAELA BATISTA GOMES, DAMIÃO FABRÍCIO MANGUEIRA DE SOUZA

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA (IMIP)

INTRODUÇÃO: O serviço de otorrinolaringologia do IMIP presta atendimento clínico e cirúrgico em todos os níveis de atuação, desde o atendimento básico até procedimentos de média e alta complexidade dentro da especialidade. Na área de otologia, são realizadas consultas, exames complementares e cirurgias.

Hoje, praticamente todos os tipos de deficiência auditiva podem ter resolução no IMIP, desde a triagem auditiva neonatal, concessão de aparelhos auditivos até os implantes cocleares, com credenciamento pelo Ministério da Saúde e Comitê Nacional de Implantes Cocleares e Outras Próteses Implantáveis ou Semi-implantáveis.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é demonstrar o perfil dos pacientes implantados no serviço de Otorrinolaringologia do IMIP, os quais são submetidos a exames padronizados após parecer médico, e são avaliados por uma equipe multidisciplinar.

METODOLOGIA: Estudo transversal, retrospectivo, realizado no IMIP, com coleta de dados nos prontuários multidisciplinares de cada paciente submetido ao Implante Coclear (IC), com posterior análise das seguintes variáveis: idade, sexo e etiologia da surdez.

RESULTADOS: Observou-se uma prevalência maior do sexo feminino entre os pacientes implantados (18 casos ? 54,5% do sexo feminino e 15 casos ? 45,5% do sexo masculino). Em relação à idade da surdez, encontrou-se uma prevalência de 21 casos com surdez pré-lingual e 12 com surdez pós-lingual. Quanto à etiologia da surdez, houve predominância da etiologia idiopática, seguida da etiologia infecciosa, ratificando outros trabalhos da literatura mundial. A meningite foi a causa infecciosa mais prevalente. Outras etiologias encontradas foram: traumática, má formação de orelha interna, e um com causa indeterminada, já que representa um prematuro extremo, com hipóxia neonatal, longo período de internamento em unidade de terapia intensiva e uso de antibioticoterapia.

CONCLUSÃO: Em concordância com outros trabalhos brasileiros e mundiais, a maioria dos pacientes com perda auditiva neurossensorial bilateral que são implantados no IMIP são crianças, com perda auditiva pré-lingual, cuja etiologia é dita como idiopática.

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TRABALHO CLÍNICO

P-484

TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO AMBULATÓRIO DE HIDROPISIA ENDOLINFÁTICA

AUTOR(ES): LUCIA JOFFILY , ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES, CÍCERO ALVES FERNANDES JUNIOR, HELLEN YUMI YAMAGUTI, ANDRÉ FERNANDO SHIBUKAWA, RICARDO RODRIGUES CAVALCANTE, MÁRIO SÉRGIO LEI MUNHOZ

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Ménière caracterizada por zumbido acompanhado de diminuição da audição e ataques intermitentes de vertigem, deve apresentar alguma patologia de base que justifique o fenômeno de hidropisia endolinfática tido hoje como principal explicação fisiopatológica dessa síndrome.

OBJETIVO: Analisar dados epidemiológicos e clínicos de 30 pacientes do ambulatório de Hidropisia Endolinfática dessa instituição.

MATERIAL E MÉTODOS: Esse é um estudo restrospectivo realizado através da análise de 30 prontuários do ambulatório de Hidropisia Endolinfática. Os pacientes selecionados para esse ambulatório específico apresentavam queixas de vertigem e disacusia bilateral ou vertigem e disacusia unilateral de difícil manejo.

RESULTADOS: A percentagem de acometidos no sexo feminino foi de 73,3% e no sexo masculino foi de 26,6%. Na divisão de faixas etárias obtivemos 3,33% dos pacientes entre 20 e 30 anos, 10% entre 30 a 40 anos, 23,3% entre 40 a 50 anos, 33,3% entre 50 a 60 anos, 26,6% entre 60 a 70 anos, 3,3% entre 70 a 80 anos. Em relação aos sintomas associados observamos que 33,3% apresentavam HAS, 13,3% DM, 36,6% dislipidemia, 16,6% tireopatias, 6,6% doença autoimune, 26,6% migrânea, 6,6% hipotenção postural, 20% resistência a insulina, 13,3% VPPB, 3,3% trauma craniano prévio, 43,3% depressão, 16,6% ansiedade. Em relação aos sintomas observou-se que 46,6% apresentavam zumbido unilateral, 43,3% zumbido bilateral, 33,3% hipoacusia unilateral, 53,3% hipoacusia bilateral e 60% plenitude aural. Por último avaliamos a freqüência dos sintomas onde encontramos que 23% apresentavam sintomas diariamente, 20% semanalmente, 23% mensalmente e 34% semestralmente.

CONCLUSÃO: Foi observado um aumento na prevalência de distúrbios psiquiátricos, principalmente depressão em comparação com as outras comorbidades analisadas. Foi evidenciado que a porcentagem de migrânea nos pacientes da nossa amostra é maior que a porcentagem de migrânea na população nacional. Estudos que utilizem um número maior de amostra devem ser realizados afim de fortalecer os achados desse estudo.

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TRABALHO CLÍNICO

P-485

TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM OUVIDO CRÔNICO NO AMBULATÓRIO DE OTOLOGIA DO SERVIÇO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM OTORRINOLARINGOLOGIA DE FEIRA DE SANTANA - BA

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MILTON PAMPONET, SANDRO TORRES, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: A Otite média crônica (OMC) é um processo de natureza inflamatória crônica da orelha média e mastóide associado ou não a uma perfuração da membrana timpânica e a otorréia, podendo levar a uma perda auditiva do tipo condutiva ou mista que pode variar de leve a profunda. A OMC está, geralmente, associada a quadros inflamatórios mais insidiosos, persistentes e destrutivos, podendo lesar inclusive a cadeia ossicular do ouvido médio. Tais características lhe conferem maior agressividade, traduzido clinicamente por uma série de complicações e/ou seqüelas anatômicas e funcionais. A OMC é uma condição nosológica comum, afetando aproximadamente 0,5-30% da população em geral. Uma estimativa conservadora faz menção em que, no mundo, mais de 20 milhões de pessoas sofram com OMC.(1) Clinicamente a OMC é separada em dois grandes grupos: OMC simples e a Supurativa não colesteatomatosa (OMCNC) e OMC colesteatomatosa (OMCC), cujo tratamento normalmente e cirúrgico.METODOLOGIA: Foi realizado um estudo do tipo prospectivo com pacientes portadores de otite média crônica colesteatomatosa e não colesteatomatosa submetidos a procedimento cirúrgico em um serviço de residência médica de otorrinolaringologia de Feira de Santana ? BA durante o período entre 2008 e 2009. RESULTADOS: Foram avaliados 116 pacientes, onde foram avaliados sexo, idade, tipo de patologia e tipo de cirurgia, onde observou-se prevalência do sexo feminino, media de faixa etária de 31 anos, um maior numero de otite media não colesteatomatosa (63%) e timpanomastoidectomia (59%).DISCUSSÃO: A Otite media crônica apresenta uma entidade de alta prevalência e distribuição mundial .Representa uma das grandes áreas de interesse da otorrinolaringologia moderna, tendo em vista a ampla variedade de pesquisas sobre a mesma publicada na literatura. Entretanto ainda precisamos dar um enfoque maior a epidemiologia da mesma, visto que devido a sua importância e considerado questão de saúde publica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-486

TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA NO AMBULATÓRIO DE OTORRINOLARINGOLOGIA NO HOSPITAL OTORRINOS DE FEIRA DE SANTANA ? BA

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MILTON PAMPONET, ANAILDES DE FREITAS QUEIROZ CINTRA, TATYANE NEVES PEDREIRA, LEONARDO ROLLA, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: A vertigem paroxística posicional benigna (VPPB) é uma das mais freqüentes afecções do sistema vestibular periférico. É a causa mais comum de vertigem de origem periférica, predominante na faixa etária entre 50 e 55 anos nos casos idiopáticos, rara na infância e prevalente no gênero feminino. MÉTODOS: Foram analisados no período entre 2009 e 2010, 56 pacientes com sintomas característicos de VPPB que foram atendidos no ambulatório de otorrinolaringologia do Hospital Otorrinos de Feira de Santana-Bahia. Os pacientes foram submetidos à videonistagmoscopia através do Vídeo Frenzel Digital.  Critérios de inclusão: presença de vertigem provocada e/ou piorada por mudança posicional, sobretudo decúbito dorsal, aceitação do paciente em participar do estudo e ausência de outra patologia identificada que pudesse simular os mesmos sintomas. Critérios de exclusão: presença de patologia identificada que simulasse os sintomas de VPPB, não autorização do paciente em participar do estudo e incapacidade do mesmo realizar as manobras. Os pacientes foram submetidos à videonistagmoscopia através do Vídeo Frenzel Digital. RESULTADOS: 69,6% dos pacientes pertencem ao sexo feminino e 30,4% ao sexo masculino. Dos 56 pacientes que apresentaram quadro clínico sugestivo de VPPB, 46,4% apresentou confirmação do diagnóstico à manobra de Dix Hallpike. O sinal que apresentou maior especificidade foi o Nistagmo, apresentado em 100% dos casos seguido por vertigem ao fletir o pescoço. A maior sensibilidade foi representada pela vertigem ao deitar, representando 96% dos casos. A maioria dos pacientes (63%) teve remissão dos seus sintomas com apenas 1 manobra de reposicionamento.DISCUSSÃO: Dentre os 56 pacientes estudados, a idade variou entre 14 e 87 anos, com média de 51 anos e mediana de 50 anos (desvio padrão de 17 anos). Mais que 90% dos pacientes apresentavam idade superior a 30 anos, sendo o pico de incidência na faixa etária entre 40 e 50 anos. Todos os pacientes com o quadro de VPPB comprovado foram submetidos à Manobra de Reposição, em 63% dos casos tais pacientes necessitaram apenas de 1 manobra para reposicionamento. CONCLUSÃO: A VPPB tem maior incidência em pacientes da faixa etária entre 40 e 50 anos, com maior freqüência no sexo feminino.  A presença de nistagmo à prova de Dix-Hallpike é o sinal que mais confirma a patologia, e a apresentação de sintoma como vertigem ao deitar é o achado mais sensível na investigação para diagnóstico da VPPB. A manobra de reposição se mostrou efetiva na maioria dos casos, sendo realizada apenas uma vez. A maioria dos pacientes submetidos à manobra de reposição teve remissão total dos sintomas com apenas uma manobra.

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TRABALHO CLÍNICO

P-487

TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE RONCO E APNÉIA DO SONO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

AUTOR(ES): WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI , LILIANE SATOMI IKARI, FELIPE ALMEIDA MENDES, ANA CAROLINA PARSEKIAN ARENAS, BRUNO BERNARDO DUARTE, RENATO TALLI, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: POTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: SAOS é uma doença muito prevalente na população, com grande potencial de complicações, notadamente subdiagnosticada na população geral. Vários estudos definem um perfil epidemiológico destes pacientes, porém com grandes variações nos dados da literatura.

OBJETIVO: Determinar e analisar o perfil epidemiológico dos pacientes do ambulatório de Ronco e Apnéia do Sono.

MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal e individualizado abrangendo 33 pacientes encaminhados do ambulatório geral de otorrinolaringologia ao ambulatório específico de Ronco e apnéia do sono de um hospital universitário no período compreendido entre abril de 2007 a junho de 2010.

RESULTADOS: Após análise criteriosa dos protocolos verificou-se os seguintes resultados predomínio do sexo masculino (70%); Principais queixas: ronco: 90%; sensação de garganta seca: 69%; sonolência excessiva diurna 69%; despertares noturnos: 66%; sensação de afogamento; obstrução de afogamento: 51%; cefaléia matinal: 42%; irritabilidade: 30%. Estrutura do sono: a eficiência do sono (média) foi de 82,41%, sendo a média de sono delta de 13,74% e de sono REM 13,17%. Conduta: 39% foram indicados CPAP; 18% foram indicados aparelho intraoral; 15% foram submetidos a tratamento cirúrgico; 6%  receberam orientações quanto a higiene do sono e terapia posicional; 6% foram submetidos a injeção roncoplastica; 3% foi solicitada nova PSG .

CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico dos pacientes estudados é, em sua maioria, do sexo masculina, obesa, portadores de SAOS moderada e severa, com queixa de ronco e sonolência excessiva; e que foram submetidos a tratamento clínico. A baixa porcentagem de pacientes submetidos a uvulopalatofaringoplastia deve-se a diminuta quantidade de paciente com grau I na classificação de Friedmann.

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TRABALHO CLÍNICO

P-488

TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PORTADORES DE PAPILOMATOSE RESPIRATÓRIA RECORRENTE

AUTOR(ES): FLÁVIA RAFAELA BATISTA GOMES , FABIANA ARAÚJO SPERANDIO, MANUELA DOWSLEY ARCOVERDE, FRANCISCO TIAGO BARROSO CHAGAS, DAMIÃO FABRÍCIO MANGUEIRA DE SOUZA, RAQUEL FERRAZ CORNÉLIO NOGUEIRA, ÉLCIO DUARTE DE LIMA

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA

INTRODUÇÃO: A Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR) é uma patologia viral causada pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), principalmente os tipos 6 e 11, e que se caracteriza pelo desenvolvimento de lesões exofíticas na via aérea, que podem levar à obstrução. Apesar de se tratar de uma patologia benigna, a PRR tem alta morbidade por acometer via aérea, pela alta taxa de recorrência e pelo risco de conversão maligna.  A PRR é a neoplasia benigna de laringe mais comum em crianças, e a segunda causa mais freqüente de disfonia nesta mesma população. Duas formas distintas de PRR geralmente são reconhecidas: uma juvenil ou forma agressiva (até os 14 anos), e uma adulta ou forma menos agressiva. A transmissão da PRR ainda não está completamente elucidada, mas acredita-se que na forma juvenil ocorra, ou por via ascendente na gestação, ou por contato direto no parto vaginal. Na forma adulta, acrescentar-se-ia o contato sexual. O quadro clínico depende da extensão da doença, compreendendo principalmente disfonia, dispnéia e/ou estridor. A avaliação diagnóstica e o acompanhamento pós-operatório são feitos através da videolaringoscopia flexível. O tratamento é remover cirurgicamente as lesões sintomáticas através de ressecção a laser de CO2, dissecção a frio ou uso de microdebridador. O curso da doença é variável com alguns pacientes apresentando remissão espontânea e outros sofrendo inúmeros procedimentos cirúrgicos ao longo dos anos.

OBJETIVO:Este estudo foi realizado com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de PRR acompanhados no ambulatório de otorrinolaringologia, de janeiro de 2008 a junho de 2010. Ao determinar o perfil epidemiológico de tais pacientes, obtivemos uma melhor dimensão da doença em nossa região, do seu comportamento, e assim, poderemos tentar desenvolver medidas preventivas e diagnósticas.

METODOLOGIA: Foi realizado estudo tipo retrospectivo, transversal, em que foi feito um levantamento dos pacientes que eram acompanhados no ambulatório de otorrinolaringologia desde janeiro de 2008 a junho de 2010. Tais pacientes foram convocados a comparecer ao serviço para serem entrevistados e submetidos a um questionário. Tais entrevistas foram realizadas nos meses de maio e junho de 2010. Os dados obtidos foram analisados de forma descritiva.

RESULTADOS: A faixa etária dos pacientes ao diagnóstico variou entre 9 meses e 8 anos para PRR Juvenil (Média 3.58 anos), e entre 19 e 51 anos para a PRR do Adulto (Média 29.4 anos). Em relação ao gênero, observamos na PRR Juvenil 64% do sexo feminino e 36%, masculino; quanto à forma adulta, 100% foram masculino. A via de parto mais comum em ambas as formas foi a vaginal( 91% na juvenil e 80% na adulta), e apenas um paciente da forma juvenil foi pré-termo, todos os outros, tanto da juvenil como da adulta, foram de termo. A presença de condiloma materno no parto foi referida em 82% dos pacientes com a forma juvenil e 100% dos com a forma adulta, exceto por dois dos adultos não souberam informar tal dado. Quanto ao sintoma inicial apresentado pelos pacientes, na forma juvenil encontramos: 67% disfonia, 25% dispnéia e 8% estridor; na adulta, 100% disfonia. A média de número de cirurgias a que os pacientes foram submetidos para exérese de lesões sintomáticas foi de 15.18 procedimentos na forma Juvenil, e 3.6 na Adulta.

CONCLUSÃO: Os dados obtidos em nossa pesquisa foram compatíveis com a literatura. O manejo da PRR continua um desafio para a medicina. É uma patologia de alta morbidade que merece mais estudos, principalmente de formas de prevenção, como desenvolvimento de vacinas e avaliação das vias de parto; e tratamento, drogas antivirais e técnicas menos traumatizantes, para oferecer uma melhor qualidade de vida para os pacientes e suas famílias.

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TRABALHO CLÍNICO

P-489

TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS A MICROCIRURGIA DE LARINGE NO SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.

AUTOR(ES): LARISSA MAGALHÃES NAVARRO , HENDERSON DE ALMEIDA CAVALCANTE, GISELE VIEIRA HENNEMANN KOURY, JOYCE DE OLIVEIRA LIMA, FRANCISCO XAVIER PALHETA NETO, WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, LORENA GONÇALVES RODRIGUES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA-UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: A laringe é um órgão extremamente complexo, responsável por diversas e importantes atividades fisiológicas. As pregas vocais são as estruturas que maior trauma sofrem ao longo da vida do indivíduo e vários fatores herdados ou adquiridos podem alterar este equilíbrio, levando a lesões das mesmas. As enfermidades que acometem a laringe apresentam características particulares, por promoverem modificações funcionais e estruturais, algumas destas não serão resolvidas com o tratamento medicamentoso, ou terapia fonoaudiológica, podendo assim, ser submetidas a tratamento cirúrgico, na dependência ainda de outros fatores, como: patologia de base, evolução clínica, condição física do paciente e comprometimento funcional. Considerando os escassos trabalhos baseados em dados clínico-epidemiológicos das patologias cirúrgicas da laringe encontrados na literatura, é que se propôs analisar variáveis clínicas, epidemiológicas e propedêuticas, a fim de contribuir para a compreensão das histórias naturais e de apresentação destas alterações.

OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à microcirurgia de laringe no serviço de otorrinolaringologia de um hospital universitário.

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de 99 pacientes que foram submetidos a microcirurgia de laringe em um serviço de otorrinolaringologia, durante período de 3 anos. Estes foram estratificados quanto ao sexo, idade, procedência, queixa principal, tempo de evolução da doença, provável diagnostico a videolaringoscopia pré-operatória, presença de comorbidades e hábitos. 

RESULTADOS: Do total de 99 pacientes avaliados, 56 eram do sexo masculino e 43 do feminino, com predomínio da faixa etária entre 41 a 50 anos. Relacionado à procedência, 62 eram provenientes da capital e 37 do interior do estado.  Disfonia foi referida por 92 pacientes. O tempo de evolução da doença foi menor que um ano em 44 pacientes. As comorbidades estavam presentes em 18. Observou-se que 15 pacientes eram etilista, 37 tabagista e 57 negaram habitos. À videolaringoscopia pré-operatória, 31 possuiam imagem sugestiva de pólipo vocal, 22 de papiloma, 10 de cisto de prega vocal e 16 com lesões que sugeriam neoplasia.

CONCLUSÃO: O perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a microcirurgia de laringe no serviço de otorrinolaringologia de um hospital universitário durante os 3 anos pesquisados (maio de 2007 a maio 2010) corresponde a homens, com faixa etária entre 41 e 50 anos, procedentes da capital do estado, com queixa principal de disfonia,  tempo de evolução da doença menor que um ano, ausência de comorbidades e sem hábitos de risco.

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TRABALHO CLÍNICO

P-490

TÍTULO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES USUÁRIOS DE APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL (AASI) DA REGIÃO DE LIMEIRA-SP.

AUTOR(ES): RAÍSSA VARGAS FELICI , LUIS FRANCISCO OLIVEIRA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCIA DALL AGNOL

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA.

INTRODUÇÃO: Deficiência auditiva é considerada hoje um problema de saúde pública. A perda auditiva quanto a sua intensidade pode ser classificada em: leve, moderada, moderadamente severa, severa e profunda. Quanto às causas, classificam-se como: disacusias genéticas; disacusias do pré-natal e perinatal; disacusias hereditárias.

MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal que utilizou dados de 177 pacientes em programa para adaptação de AASI, residentes na região de Limeira-SP, (janeiro/abril de 2010). Os dados foram obtidos a partir de questionário sobre faixa etária, raça, sexo e presença de doenças crônicas e infecciosas. Foi feita a análise das audiometrias realizadas nos pacientes da amostra pesquisada, destacando o tipo (condutiva, neurossensorial, mista) e o grau (normal, leve, moderada, moderadamente severa, severa, profunda, anacusia).

RESULTADOS: 86 (48,6%) correspondiam ao gênero feminino e 91 (51,4%) do gênero masculino. 151 (85,3%) são da raça branca e 13 (7,3%) da raça negra. Foram agrupados em faixa etária, obtendo como resultado 6 (3,4%) entre 0-19, 49 (27,7%) entre 20-59, 67 (37,9%) entre 60-75 e 55 (31,1%) >75 anos. A avaliação quanto ao tipo de deficiência auditiva resultou em 290 (81,9%) com perda neurossensorial, 4 (1,1%) perda condutiva e 54 (15,3%) com perda mista. Quanto ao grau de perda os resultados foram em ordem decrescente: moderada, severa e anacusia. No questionário sobre doenças crônicas a hipertensão se destacou, estando presente em 40,7% dos pacientes e o sarampo apresentou um índice de 11,3% isoladamente e 33% quando associado a caxumba dentre as doenças infecciosas.

DISCUSSÃO: Não houve diferença entre os gêneros e a maioria dos pacientes apresentou mais de 60 anos de idade. Quanto ao tipo de deficiência auditiva, a perda neurossensorial apresentou uma predominância relevante. Estes achados nos remetem à consideração do crescimento da população idosa no Brasil. Estima-se que a proporção de indivíduos na faixa etária de 60 anos ou mais que era de 5% em 1960 passará para 14% em 2025. Pode-se prever, portanto, um aumento de deficiência auditiva nas próximas décadas. A perda moderada foi a mais encontrada. Houve correlação da hipertensão com a hipoacusia, assim como na literatura que aponta relações entre deficiência auditiva e alterações cardiovasculares.

CONCLUSÕES: A deficiência auditiva pode desencadear isolamento social, dificuldades de comunicação, afetando a saúde mental e a qualidade de vida do indivíduo acometido. Para minimizar tais transtornos, foi sugerido o uso do aparelho de amplificação sonora individual, a fim de proteger esses idosos contra o declínio cognitivo e o sofrimento psíquico. Investimento na prevenção da deficiência auditiva através, principalmente, de imunizações e métodos diagnósticos precoces, como a triagem neonatal universal, é de grande importância para a saúde pública.

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TRABALHO CLÍNICO

P-491

TÍTULO: PERFIL OTORRINOLARINGOLÓGICO EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE CURITIBA

AUTOR(ES): JULIANA BENTHIEN CAVICHIOLO , BETTINA CARVALHO, SAULO DE CARVALHO, ELISE ZIMMERMANN, LAURO JOÃO LOBO ALCÂNTARA, MARCOS MOCELLIN

INSTITUIÇÃO: HC-UFPR

RESUMO

As cirurgias otorrinolaringológicas são muito comuns dentro das cirurgias pediátricas e os otorrinolaringologistas contam com uma vasta gama de procedimentos cirúrgicos, sendo a adenoamigdalectomia a cirurgia mais realizada, seguida pelas cirurgias otológicas. A complicação mais freqüente das adenoamigdalectomias é o sangramento. Apesar de ser a complicação mais temida, apenas uma pequena parcela de pacientes necessita de intervenção cirúrgica para parar o sangramento.

OBJETIVO

Avaliar o perfil cirúrgico otorrinolaringológico em hospital pediátrico de Curitiba.

MATERIAL E MÉTODO

 Realizou-se um levantamento do número e tipo de cirurgias otorrinolaringológicas realizadas no ano de 2009 no Hospital Infantil Pequeno Príncipe.

RESULTADO

 Do total de 2020 procedimentos realizados no centro cirúrgico no ano de 2009, 9,26% (187)  foram exames e 90,74% (1833) cirurgias, sendo 65,14% (1316) realizadas pelo SUS, 32,47% (656) por convênio e 2,39% (48) particulares. A distribuição quanto ao sexo foi 1106 meninos e 914 meninas. A adenoidectomia com ou sem amigdalectomia correspondeu a 62,5% (1146) das cirurgias. Destas, apenas 0,96% (11) foram submetidas a revisão em centro cirúrgico. Em 2º lugar aparecem as cirurgias otológicas, sendo a timpanotomia, com ou sem tubo de ventilação, a mais prevalente.

CONCLUSÃO

Os otorrinolaringologistas têm a possibilidade de realizar diversos tipos de procedimento cirúrgico, intervindo em cavidade oral, aparelho auditivo, fonatório, respiratório, além de cirurgias cérvico-faciais.

 A cirurgia otorrinolaringológica mais realizada na faixa etária pediátrica no hospital Pequeno Príncipe é a adenoamigdalectomia, com taxa de revisão similar a encontrada na literatura. Meninos são mais submetidos a procedimentos do que meninas. A maior parte das cirurgias otorrinolaringológicas realizadas nesse hospital no ano de 2009 foram realizadas pelo SUS.

Isso mostra a importância da cirurgia de adenoamigdalectomia na pratica diária do otorrinopediatra, sendo que o peso desse problema entre os usuários do SUS é grande.

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TRABALHO CLÍNICO

P-492

TÍTULO: PERTURBAÇÕES PSICOLÓGICAS NA DOENÇA DE MENIÈRE: ESTUDO NUMA POPULAÇÃO PORTUGUESA DURANTE 2 ANOS

AUTOR(ES): FERNANDO MORENO VAZ GARCIA, ANTONIO RAMOS SOFIA DUARTE

INSTITUIÇÃO: EQUI CLINICA DA VERTIGEM E DESEQUILIBRIO (LISBOA) E NEUROCIÊNCIAS MÉDICAS (LISBOA)

INTRODUÇÃO: A Doença de Menière (DM) acompanha-se frequentemente de perturbações psicológicas. Numa crise de vertigem aparecem habitualmente manifestações de pânico e com a sua repetição o doente pode apresentar sinais de ansiedade e/ou depressão e agorafobia, mesmo durante os intervalos-livres.

Na DM verifica-se a interação contínua de muitos factores (psicológicos, físicos e ambientais): os sintomas da doença agravam o estado emocional, que por sua vez dificulta a perceção desses sintomas. 

OBJETIVO: para averiguar a importância das manifestações psicológicas na DM realizámos um Estudo prospetivo e observacional numa amostra da população portuguesa com um follow-up de 2 anos.

METODOLOGIA: avaliados 26 doentes com DM definida, com um período de inclusão entre Setembro 2006 e Julho 2007, média de idades 56,42 anos; SD: 7,52, sendo 55% do sexo masculino. No final registaram-se 7 drop-outs

Todos os 3 meses os doentes foram submetidos a avaliação audiométrica e a exame otoneurológico ?de cabeceira?; preencheram um diário, segundo a escala EEV (European Evaluation of Vertigo), para ?quantificar? a vertigem; de 6 em 6 meses o psicólogo administrou-lhes as seguintes escalas: SCL-90 (Symptoms CheckList), BDI (Beck depression Inventory), SSI (Estado-traço de ansiedade, de Spielberger) e o EPI (Eysenck Personality Inventory); todos os doentes deram Consentimento informado.

RESULTADOS: Ansiedade, Ansiedade Fóbica, Depressão e traço de Neuroticismo foram as  dimensões psicológicas mais sensíveis, com valores aumentados em alguns doentes. Estes achados sugerem um aumento ou manutenção de queixas psicológicas do tipo ansiedade-depressão. Podem ter coexistido outras perturbações clínicas que piorassem a qualidade de vida (QdV) do doente. Não foram encontradas alterações psicológicas de nível clínico, quer do ponto de vista psicopatológico quer psiquiátrico.

Como limitações do estudo, o facto do follow-up de 2 anos, numa amostra, no final limitada a 19 doentes, ser muito influenciado pela evolução da doença; além disso, os tratamentos instituídos, que visam em primeiro lugar o controlo da vertigem, são capazes de reduzir a intensidade ou frequência das crises ou mesmo erradicá-las, se bem que tal possa ser temporário.

CONCLUSÕES: o estudo demonstra que deve ser prestado especial cuidado à avaliação das componentes ansiosas e depressivas associadas à DM, pois podem ser fatores de promoção ou manutenção (mais direta ou indireta) das crises e ter impacto complexo na adesão do doente ao tratamento.

Assim, além da redução dos sintomas, alguns doentes de DM precisam de apoio psicológico/psiquiátrico. Para melhorar a QdV do doente, é também recomendável diminuir o stress diário e adoptar estratégias para combatê-lo (coping).

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-493

TÍTULO: PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA EM CARCINOMA PAPILÍFERO DE TIREÓIDE

AUTOR(ES): FERNANDO CANOLA ALLIEGRO , CARLOS TAKAHIRO CHONE, RAQUEL N. CABREIRA, LIGIA MONTALE, ELBA ETCHEHEBERE, DANIEL MIRANDA, AGRÍCIO NUBIATO CRESPO

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA, CABEÇA E PESCOÇO; HC UNICAMP

INTRODUÇÃO: O câncer de tireóide encontra-se entre os mais prevalentes com cerca de 35000 casos novos por ano. Seu tratamento padrão tem alta sobrevida livre de doença. Recidivas podem ocorrer, quando há acometimento dos linfonodos cervicais. Carcinoma papilífero bem diferenciado de tireóide(CPBDT) tem alta taxa de metástases linfáticas, de até 82%. Foi observada recidiva regional de até 75% na presença de metástase linfática comprovada Esvaziamento cervical é uma técnica cirúrgica para avaliar a extensão linfática e, recidiva regional será provavelmente reduzida com sua utilização rotineira, mas tem morbidade significante. Assim é importante a melhor seleção de pacientes que se beneficiariam do esvaziamento cervical. Mesmo ultra-sonografia de alta resolução tem baixa capacidade de predição de metátase linfonodal no CPBDT.  Metástase linfática subclínica pode ser avaliada por biópsia de linfonodo sentinela (LNS) que é o primeiro linfonodo que drena para uma cadeia linfática regional de um tumor primário. A técnica de LNS pode evitar esvaziamento cervical desnecessário quando o LNS é negativo com estadiamento mais adequado. Há apenas 15 estudos publicados em literatura mundial com pequena série de pacientes com a técnica de LNS em câncer de tireóide e apenas quatro com utilização de linfocintilografia e gamma probe portátil, com aumento considerável da taxa de linfonodos identificados.

OBJETIVO: Avaliar o uso de pesquisa de LNS em CPBDT com linfocintilografia e gamma probe após injeção de radiofármaco 99mTc fitato guiado por ultrassom.

METODOLOGIA: Pacientes com CPBDT diagnosticados por punção aspirativa com agulha fina com exame de ultrassonografia de alta resolução, sem linfonodos aumentados ou com características metastáticas, foram submetidos à injeção de 1 ml do radiofámaco 99mTc Fitato no nódulo tireoideano e linfocintilografia estática na gama câmara com identificação dos LNS, marcados na pele. A seguir foram submetidos a tireoidectomia total com pesquisa intraoperatória de LNS com gama-probe portátil. Após sua identificação, estes são enviados em frascos com identificação de seu local de origem. Subseqüentemente, foi realizado esvaziamento cervical do compartimento anterior e/ou das cadeias laterais de II a V. A análise histopatológica dos LNS foi processada com cortes seriados com 150 uM de intervalo e corados com Hematoxilina e Eosina, sendo também realizada reação de imunohistoquímica para tireoglobulina.

RESULTADOS: Foram incluídos cinco pacientes com CPBDT. Foi observado na linfocintilografia estática de quatro a sete LNS. Em dois pacientes houve drenagem anômala um para nível III contralateral e outro para nível IIB ipsilateral. Com o gamma probe, foram identificados sete a onze LNSs com 100% de taxa de identificação. Dois pacientes apresentaram LNSs com metástases de carcinoma papilífero (40%). Um deles no nível III contralateral. Não houve presença de metástases linfáticas alem dos LNS, nem captação linfonodal com cintilografia com 131I. Outros três pacientes apresentaram LNSs e peças cirúrgicas de esvaziamento cervical, negativos. Sensibilidade, especificidade, valor preditivo negativo da pesquisa de LNS para detecção de metástase de CPBDT foi de 100%, respectivamente.

CONCLUSÃO: A pesquisa de LNS é aplicável no CPBDT. A pesquisa de LNS permite identificar drenagem cervical incomum. Há melhora no estadiamento histopatológico com baixa morbidade.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-494

TÍTULO: PLASMOCITOMA DE CAVIDADE NASAL

AUTOR(ES): DIOGO GONÇALVES BARDINI , DENIS MASSAMITSU ABE, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, LUIZ CARLOS SAVA, NATHALIA MISSIAS SANTOS, LUIZ EDUARDO NERCOLINI

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: Plasmocitoma é uma proliferação neoplásica, benigna ou maligna, de células monoclonais da linhagem dos plasmócitos. Pode apresentar-se na forma de múltiplas lesões ou na sua forma isolada com envolvimento ósseo ou extramedular. O plasmocitoma extramedular é um tumor raro que corresponde a 1% dos tumores malignos de cabeça e pescoço, sendo as vias aéreas superiores seu local de maior incidência.

OBJETIVO: Relatar um caso de plasmocitoma de cavidade nasal e seu tratamento.

MÉTODOS: Paciente , masculino, 56 anos, com queixa de obstrução nasal e epistaxe de repetição há 7 meses. Na rinoscopia observou-se massa violácea ocupando a fossa nasal esquerda. A tomografia de face demonstrou uma lesão em cavidade nasal com moderada captação de contraste , sem alterar a fossa pterigopalatina. Seguiu-se com uma dissecção centrípeta da lesão pela via endoscópica endonasal sem nenhuma intercorrência. O exame anatomopatológico com imuno-histoquímica diagnosticou  plasmocitoma de cavidade nasal. Recebeu alta após screening oncológico negativo.

CONCLUSÃO: O caso acima ilustra o que encontramos na literatura atual, a qual refere que os plasmocitomas da forma extramedular raramente se disseminam e, especialmente aqueles que acometem vias aéreas superiores, representam uma doença limitada e que podem ser curadas apenas com a ressecção local. Apesar do bom prognóstico nos casos como este, não se pode descartar o envolvimento de outros órgãos sem que seja feita uma investigação minuciosa.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-495

TÍTULO: PLASMOCITOMA DE SEIO MAXILAR DIREITO - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO , MÁRCIO NAKANISHI, LUCAS MOURA VIANA, SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE, RAFAELA AQUINO FERNANDES LOPES

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO: Plasmocitoma extramedular é uma doença rara, caracterizada histopatologicamente por infiltrado de células plasmáticas de maturidades diversas e produtoras de imunoglobulina monoclonal fora da medula óssea. Sua incidência aumenta com a idade, sendo mais comum no homem e acometendo com maior freqüência o trato aerodigestivo superior. Apresenta-se clinicamente com epistaxe, rinorréia e obstrução nasal. O diagnóstico baseia-se no encontro de tumor monoclonal de plasmócitos extramedular excluindo-se mieloma múltiplo.

OBJETIVO: Relatar caso de plasmocitoma extramedular em paciente masculino, de 65 anos, acometendo seio maxilar direito.

METODOLOGIA: Relato do caso e revisão sistemática da literatura.

RESULTADOS: Paciente de 65 anos procurou nosso ambulatório com queixa de obstrução nasal e epistaxe unilaterais, além de perda ponderal importante. Videoendoscopia nasal mostrou abaulamento da parede lateral da fossa nasal direita. Tomografia computadorizada evidenciou lesão com densidade de partes moles ocupando todo seio maxilar direito, com erosão de sua parede medial. Realizada biópsia incisional de lesão encontrada em fossa nasal direita, cuja imuno-histoqúimica foi compatível com plasmocitoma / mieloma múltiplo. Exames complementares excluíram doença sistêmica. Decidiu-se por radioterapia como opção terapêutica, com boa resposta ao tratamento.

CONCLUSÃO: As neoplasias nasossinusais correspondem a cerca de 03% dos tumores de cabeça e pescoço. Deste total, 75% correspondem a carcinomas espinocelulares. Os plasmocitomas são neoplasias raras, responsáveis por 0,4% dos tumores de cabeça e pescoço. São mais comuns em homens a partir da 5ª  década de vida. Obstrução nasal e epistaxe unilaterais são as manifestações mais freqëntes. Lesão tipicamente radiossensível. Os pacientes podem evoluir futuramente com a forma sistêmica da doença ? mieloma múltiplo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-496

TÍTULO: PLASMOCITOMA ÓSSEO EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MÁRCIO FREITAS, WASHINGTON ALMEIDA, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: O Plasmocitoma é um tipo de tumor maligno originado da proliferação irreversível e autônoma de plasmócitos, com variáveis graus de maturação, histologicamente idêntico ao Mieloma Múltiplo. O plasmocitoma ósseo solitário é um tipo raro deste tumor. Afeta principalmente ossos longos e esqueleto axial, sendo raro sua localização a nível de cabeça e pescoço. Quando ocorre nesta localização as áreas pré-molar e molar da mandíbula são as mais freqüentemente afetadas. Tem predileção pelo sexo masculino e a idade média do diagnóstico é de 55 anos. Os tumores de  plasmócitos são indistinguíveis histologicamente e se diferenciam  numa combinação de provas histológicas específicas e na presença de afecção sistêmica. O motivo que alguns pacientes desenvolvem mieloma múltiplo e outros plasmocitomas  parece estar relacionado às diferenças nas moléculas de adesão celular ou nos perfis de expressão dos receptores das células malignas. O plasmocitoma solitário ósseo é caracterizado pela presença de um plasmocitoma na ausência de múltiplas lesões osteolíticas ou outros achados compatíveis com mieloma múltiplo.  Apesar disso, cerca de 50% dos pacientes com plasmocitoma solitário ósseo vão desenvolver mieloma múltiplo num período de 10 anos. Os pacientes se apresentam com dor óssea ou fraturas patológicas. A radioterapia local é o tratamento de escolha para o plasmocitoma solitário ósseo, mesmo que o mesmo tenha sido, aparentemente, removido para fins diagnósticos. Os fatores prognósticos mais importantes no plasmocitoma são idade e comprometimento do esqueleto axial. Pacientes com menos de 60 anos e com tumores menores que 5 cm apresentam maior taxa de sobrevida. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino 48 anos, procedente de  Feira de Santana-BA, procurou serviço médico com apresentando quadro de edema em região hemimandibular à direita. Negava quadro álgico, sangramento ou saída de secreção. À oroscopia apresentava aumento de volume  entre 2º pré-molar e o 2º molar inferior  à direita (ausência do 1º molar inferior) com discreta dor à palpação local. Realizado exame radiográfico com visualização da lesão. Procedeu-se então com realização de biópsia excisional sob anestesia local e sedação. Retirado também 2º molar e 2º pré-molar inferiores, envolvidos clinicamente na lesão. Solicitado então anatomopatológico que evidenciou Neoplasia de plasmócitos. DISCUSSÃO: Plasmocitomas solitários ósseos são tumores raros. No plasmocitoma solitário não se encontram evidências clínicas e radiológicas de outras afecções esqueléticas, o mielograma e a biópsia de medula óssea são normais e as análises laboratoriais de rotina não costumam apresentar alterações significativas. Cerca de 50% dos casos de plasmocitomas solitários ósseos evoluem para mieloma múltiplo. O seu tratamento de escolha é a radioterapia, ressecção cirúrgica ou ambas em combinação.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-497

TÍTULO: PNEUMOSINUS DILATANS DE SEIO MAXILAR: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , RAÍSSA LUCIGET MENDES CÉSAR LEÃO, ROGÉRIO COSTA SOUSA, MARCELL DE MELO NAVES, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, JOSÉ ANTÔNIO PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO:

Em 1898, o aumento cístico benigno preenchido por ar dos seios paranasais foi descrito pela primeira vez por Meyes e colaboradores como sendo Pneumosinus dilatans. Pneumosinus dilatans é uma condição rara caracterizada por dilatação anormal, focal ou generalizada, dos seios paranasais de conteúdo aéreo. 1

Há  uma extensão do próprio seio, uma dilatação fora da normalidade anatômica, com estrutura óssea intacta. 2

O seio frontal é o mais comumente afetado, seguido pelo etmoidal, esfenoidal e maxilar. 3 A apresentação clínica depende do seio afetado, variando de assintomática a manifestações graves. Quando o seio maxilar é afetado, pode haver uma deformidade facial assintomática, lentamente progressiva, ou com queixa de dor e pressão no rosto, deslocamento do olho, proptose, espirros, obstrução nasal, sinusite, obstrução da tuba auditiva, perda de acuidade auditiva ou otalgia.

O presente trabalho descreve o caso de uma jovem acometida por um pneumosinus dilatans de seio maxilar, seu diagnóstico e o tratamento.

RELATO DE CASO:

Apresentamos um caso, sexo feminino, 16 anos de idade, procurou o serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Janeiro de 2010, com queixa de obstrução nasal e abaulamento em hemiface direita, sintoma que evoluiu lento e progressivamente no decorrer de 1 ano.

Ao exame, observou-se abaulamento moderado em hemiface direita e rinoscopia normal. Na tomografia computadorizada, foi visualizado aumento do volume do seio maxilar direito, sem comprometimento ósseo, compatível com as características do Pneumosinus dilatans de seio maxilar.

CONCLUSÕES:

Após revisão da literatura os raros casos relatados de Pneumosinus dilatans de seio maxilar ocorreram em indivíduos com idade entre 16 e 45 anos. O diagnóstico é feito pela história clínica, exame físico, estudo radiológico e exclusão de diagnósticos diferenciais.

A restauração do equilíbrio da pressão intrasinusal do seio maxilar direito e a melhora da patência da fossa nasal foram alcançadas, sob anestesia geral, através de cirurgia endoscópica. A assimetria facial foi corrigida através de incisão sublabial com resultados satisfatórios.

O pneumosinus dilatans de seio  maxilar é extremamente raro, cuja etioloagia e tratamento continuam controversos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-498

TÍTULO: PNEUMOSINUS DILATANS DOS SEIOS FRONTAL E MAXILAR: RELATO DE DOIS CASOS

AUTOR(ES): FÁBIO PIRES SANTOS, CASSIANA BURTET ABREU, TIAGO VASCONCELOS SOUZA, DIEGO RODRIGO HERMANN, IULO SÉRGIO BARAÚNA, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

INTRODUÇÃO: Pneumosinus dilatans é uma patologia rara, caracterizada por uma dilatação anormal dos seios paranasais. Diversas etiologias tem sido propostas para esta condição, no entanto, sua causa permanece desconhecida. OBJETIVO: relatar dois casos de pneumosinus dilatans dos seios frontal e maxilar e discutir sua etiologia, características clínicas e radiológicas e tratamento. RELATO DOS CASOS: Caso 1: paciente de 21 anos, masculino, com queixa de abaulamento progressivo da região fronto-glabelar há 3 anos. Tomografia computadorizada de seios paranasais evidenciou um seio frontal direito anormalmente dilatado além de um bloqueio das suas vias de drenagem. O paciente foi inicialmente submetido a cirurgia endoscópica dos seios paranasais com a finalidade de tratar a obstrução evidente do seio frontal. Em um segundo momento, foi submetido à correção da deformidade estética. Caso 2: paciente masculino, 14 anos, com história de obstrução nasal e abaulamento em região maxilar direita, resultando em deformidade facial. Tomografia computadorizada revelou expansão anormal dos seios maxilares, sem evidência de erosão óssea. O paciente optou por não submeter-se a procedimento cirúrgico naquele momento. CONCLUSÃO: A cirurgia endoscópica dos seios paranasais combinada com a cirurgia reconstrutiva facial são opções seguras e efetivas no tratamento de Pneumosinus dilatans e suas consequências estéticas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-499

TÍTULO: PNEUMOSINUS DILATANS ESFENOIDAL EVOLUINDO COM ALTERAÇÃO VISUAL

AUTOR(ES): FERNANDO DE FREITAS VILELA , GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE, CARLOS ALBERTO MAURÍCIO JÚNIOR, CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO, DANIELE LENZI PIMENTEL, MARIA DO CARMO PINHEIRO, MÁRCIO NAKANISHII

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO: Pneumosinus dilatans é definido como alargamento dos seios paranasais com conteúdo aéreo e mucosa normal de etiologia incerta. Já foi proposto que tenha componente congênito, inflamatório, mecanismo valvular obstrutivo do óstio, e até produção de gás por metabolismo bacteriano. Os seios frontais são os mais freqüentemente acometidos.  Pode ser assintomático, ou apresentar sintomas a depender do seio afetado e da compressão de estruturas adjacentes. O acometimento esfenoidal, apesar de raro, é de grande importância devido à relação anatômica com o nervo óptico, podendo levar a sintomas visuais devido à compressão. O diagnóstico diferencial inclui mucocele, acromegalia, pneumatocele, displasia fibrosa e síndrome de Sturge-Weber. A propedêutica pode incluir exames de imagem, avaliação endocrinológica e até medida da pressão do seio acometido. O tratamento geralmente é a descompressão cirúrgica, garantindo uma drenagem adequada do seio. Pneumosinus dilatans, sem associação com outras doenças e causando alteração visual, é raro e tem poucos casos relatados na literatura.

OBJETIVO: Relatar um caso de Pneumosinus dilatans de seio esfenoidal com sintomas visuais.

RELATO DE CASO: F.B.S., sexo feminino, 26 anos, casada, natural de Gama, com antecedência de asma na infância e rinite alérgica, em uso crônico de vasoconstrictor nasal e anticoncepcional oral, foi atendida com relato de turvamento visual agudo à esquerda em abril de 2009. Foi avaliada por oftalmologista que identificou a presença de estrias angióides bilaterais com derrame de retina em olho esquerdo, tendo recebido na ocasião aplicação de bevacizumabe e no mês seguinte de ranibizumab. Foi submetida à vitrectomia em junho do mesmo ano. Relata que em outubro seguinte apresentou turvamento visual agudo também no olho contralateral, sem dor, vermelhidão ou lacrimejamento; Novamente submeteu-se à avaliação oftalmológica que, mediante rebaixamento de acuidade visual em olho direito sem alterações oculares significativas, solicitou ressonância nuclear magnética, evidenciando hiperinsuflação de seio esfenoidal e levantada a hipótese de Pneumosinus dilatans. Realizada então avaliação otorrinolaringológica. Também nessa ocasião foi diagnosticada hipertensão arterial sistêmica e prescrito atenolol para uso contínuo. Submetida a sinusectomia esfenoidal endoscópica nasal bilateral em 26/11/09, via transnasal. Fez uso de fluticasona nasal e clindamicina oral no pós-operatório. Percebeu grande melhora da acuidade visual já no dia seguinte à cirurgia, constatado por avaliação oftalmológica no 11º D.P.O. e em exames posteriores.

CONCLUSÃO: Pneumosinus Dilatans de seio esfenoidal pode cursar com acometimento de acuidade visual, sendo necessário afastar sua presença nos casos suspeitos e promover tratamento cirurgico imeditato quando indicado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-500

TÍTULO: POLICONDRITE RECIDIVANTE : MANIFESTAÇÕES OTORRINOLARINGOLOGICAS

AUTOR(ES): ALESSANDRO DAQUINO, NORIMAR HERNANDES DIAS, EDUARDO CARVALHO DE ANDRADE, ANTONIO FERNANDO DE LIMA E SILVA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ESTADUAL BAURU-DR ARNALDO PRADO CURVÊLLO

INTRODUÇÃO: A policondrite recidivante(PR) é doença inflamatoria rara  da cartilagem elastica e hialina caracterizada por episodios recorrentes envolvendo pavilhão auricular ,nariz,trato respiratorio e articulações. Relatamos caso clinico de  PR no qual houve periodo de 6 meses para diagnostico acarretando sequelas estéticas e  auditivas permanentes.

OBJETIVO: Enfatizar a existência da entidade acometendo  as vias aereas superiores  em adultos, ressaltando sua raridade ,diagnostico tardio e sua  importância nos diagnósticos diferenciais  das patologias Otorrinolaringologicos

METODOLOGIA: Quadro clinico há 6 meses de  vermelhidão ocular ,edema bipalpebral  queda da acuidade visual bilateral , evoluiu com processo inflamatório nos 2 pavilhões auriculares atraumatico ,hipoacusia progressiva e perda do equilíbrio .Ao exame:

 - discreto espessamento do septo nasal cartilaginoso

- deformidade de pavilhão auricular bilateral inflamatorio 

 - dor na manipulação de cartilagens laríngeas

 - descamação no conduto auditivo extreno cartilaginoso bilateral doloroso  

OTONEUROLÓGICO:

Teste de equilíbrio - Romberg queda para Esquerda com latência, base alargada

Coordenação - Index Naso normal, eudiadococinesia

Pares cranianos - exceto VIII, sem alterações

Ausência de nistagmos espontâneo com olhos abertos,Presença de nistagmo semiespontâneo para esquerda

Audometria tonal liminar com disacusia neurossensorial moderada-severa em curva descendente simetrica bilateralmente com logoaudiometria de padrao coclear

Eletrooculografia revelou arreflexia bilateral a prova calorica

Marcadores da autoimunidade  não reagentes

Baseado nos sinais e sintomas apresentados foi a feita hipotese diagnostica de Policondrite recidivante (paciente com 4  criterios de Mc Adam bem documentados)

Iniciado tratamento clinico com corticoterapia sistemica em pulsoterapia com metilprednisolona e imunossupressão com ciclofosfamida .

Paciente presentou-se com melhora clinica imediata após 1-2 dias do tratamento com melhora das poliartralgias,melhora do equilibrio estatico,melhora dos niveis de consciencia,da acuidade visual e da condrite auricualr,porem mantendo surdez estavel. 

RESULTADOS: A policondrite recidivante(PR) é uma doença inflamatória das cartilagens hialinas e elásticas envolvendo as pinas,nariz,trato respiratório e articulações.O diagnóstico clínico da PR foi primeiramente definido por MC Adam et al.,o qual padronizou critérios diagnosticos.Ocurso clinico da PR é variavel ,desde sintomas leves ate doeça progressiva fulminante com elevada mortalidade.Osintoma mais frequente na apresentação são as condrites auriculares(26-91%),seguida pela condrite nasal(16-33%) e pela condrite do trato respiratorio (13-48%) .Podem ocorrer acometimentos sistemicos nao-cartilaginosos ,.Perda auditiva,condutiva ou neurossensorial,podem ocorrer em 46% dos pacientes ,além de disfunçao vestibular (6%)A fisiopatogenia e etiologia exata da PR permanece m incógnitas.Contudo,estudos sugerem a  etilogia autoimune.O principal recurso terapeutico consiste na corticoterapia sistemica. Casos severos podem ser tratados com uso concomitante de imunossupressores como a azatioprina ou a ciclofosfamida.

CONCLUSÃO: A policondrite recidivante(PR) é doença inflamatoria rara  envolvendo múltiplas cartilagens das vias aéreas superiores,suas manifestações clínicas conduzem frequentemente seus portadores ao otorrinolaringologista em primeiro lugar  ,que deve estar capacitado ao seu diagnóstico,embora  o diagnóstico da PR  ainda ocorra apenas  geralmente apos varios meses do inicio da apresentaçao dos sintomas..

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-501

TÍTULO: POLICONDRITE RECIDIVANTE E OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): GUILHERME MACHADO DE CARVALHO , MARIANA DUTRA DE CÁSSIA FERREIRA, LUTIANE SCARAMUSSA, LAÍZA ARAÚJO MOHANA PINHEIRO, JULIANA ALVES DE SOUZA CAIXETA, ZORAIDA SACHETTO, REINALDO JORDÃO GUSMÃO

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA, CABEÇA E PESCOÇO E DISCIPLINA DE REUMATOLOGIA - UNICAMP

Resumo: Trata-se de um relato de caso de patologia reumática rara, com manifestações graves com ênfase na área de Otorrinolaringologia. Tem como objetivo alertar clínicos e otorrinolaringologistas sobre a evolução da doença, seguimento e complicações. Paciente jovem, feminina, desenvolveu policondrite recidivante na adolescênica, com manifestações laríngeas que culminaram com traqueotomia definitiva.

 

Apresentação do caso

Paciente do sexo feminino, com história de nódulos avermelhados e doloridos pelo corpo e  edema em articulações interfalangeanas proximais das mãos   de resolução espontânea e piora com uso de corticoesteróides, desde a adolescência.  Apresentava ainda episódios de febre, sem quadro infeccioso  associado. Aos  25 anos iniciou dispnéia leve aos pequenos esforços.

Não apresentava antecedentes relevantes pessoais ou familiares e história de tabagismo prévio (2 anos/maço durante a adolescência).

Procurou auxílio médico e na investigação inicial a laringoscopia evidenciou estenose subglótica intensa, sem causa definida.

Apresentava FAN positivo (1/180 do tipo pontilhado grosso), FR negativo, P-ANCA e C-ANCA não reagentes, proteína C reativa (1,13mg/dL) e valor de hemossedimentação elevados (41mm/H).

Pelo quadro progressivo de dispnéia, já com 28 anos, foi então submetida  a intervenção  cirúrgica para tentativa de correção da estenose. Foram três tentativas de remoção da estenose e colocação de molde laringotraqueal para que  ocorresse uma  cicatrização satisfatória (este deixado por tempos progressivamente maiores). Em todas as tentativas ocorreram recidivas precoce da estenose após retirada do molde laringotraqueal. Na última tentativa, em 2008,  a estenose se refez em menos de uma semana. Nesta ocasião o molde previamente descrito foi usado por 3 meses. O exame de laringoscopia  evidenciou ausência de luz entre a supra glote e a traquéia, sendo então obrigatório a realização de traqueotomia para manutenção da via aérea da paciente.

Por volta de 2 anos depois  iniciou   episódios de dor e edema em ponta nasal e pavilhões auriculares, facilitando assim o diagnóstico da policondrite recidivante.

A biópsia de material (retirado nos procedimentos prévios), identificado como mucosa traqueal, obteve laudo de processo inflamatório crônico, rico em plasmócitos e focalmente com granulócitos com extensa fibrose e sinais de destruição da cartilagem hialina  traqueal. O quadro histológico  é sugestivo de policondrite crônica recidivante. O laudo definitivo somente deve ser feito em conjunto com dados clínicos e laboratoriais. Depósitos de inúmeros complexos e de complemento na cartilagem seriam comprobatórios.

A paciente é encaminhada ao nosso serviço, agora com 34 anos, para seguimento.

Ao exame  de nasolaringofibroscopia flexível atual foi observada mucosa  pálida em fossas nasais, hipertrofia moderada dos cornetos inferiores, rinofaringe e orofaringe sem alterações. Na laringe observou-se hiperconstricção de bandas ventriculares e muros ariepiglóticos, hiperemia e edema supra glótico e dificuldade  de visualização de outras estruturas.

A ressonância nuclear magnética evidenciou intensa captação em região de cartilagens laringo traqueais e estreitamento da luz dessa região.

Atualmente a paciente encontra-se traqueotomizada, em seguimento com medicações imunossupressoras (corticosteróides e azatioprina) e sem  sinais de atividade da doença.

Palavras chaves : Policondrite recidivante, traqueotomia, manifestações otorrinolaringológicas, estenose subglótica

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-502

TÍTULO: POLICONDRITE RECIDIVANTE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ISAMARA SIMAS DE OLIVEIRA , CÁTIA RODRIGUES DOMINGOS, LÍGIA OLIVEIRA GONÇALVES, LEANDRO FARIAS EVANGELISTA, ROBERTO EUSTÁQUIO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLINICAS/UFMG

A policondrite recidivante é um transtorno sistêmico auto-imune incomum. Apresenta incidência de 3,5/1.000.000. A faixa etária acometida varia de 20 a 60 anos. Apresenta-se com episódios recorrentes de inflamação dos tecidos cartilaginosos. O diagnóstico é eminentemente clinico. O inicio clássico é de dor súbita e eritema envolvendo a cartilagem do ouvido externo, laringe/traquéia ou nariz. RELATO DE CASO: I.S.C., 61anos, masculino, pedreiro. Compareceu ao ambulatório de ORL-HC/UFMG queixando ?problema no ouvido?. Paciente relatava hipoacusia bilateral e sensação de ouvido tampado há cerca de 5 anos. Inicio havia ocorrido com súbita dor, edema e eritema em ambas as orelhas, apresentando piora progressiva do quadro. Relatava acompanhamento com oftalmo devido a olho vermelho e dor ocular bilateral. Queixava artralgia em cotovelos, pulsos e tornozelos, recorrente, mas intensa à noite, sem relação com a atividade. Negava dispnéia ou disfagia. Ao exame físico apresentava septo nasal e pavilhão auditivo infiltrados com calcificação de cartilagem. Exames laboratoriais sem alterações. Foi solicitada audiometria e TC de ouvidos que mostraram perda auditiva mista a esquerda e estenose de conduto auditivo principalmente a E. DISCUSSÃO: A policondrite recidivante pode apresentar-se de formas clinicas distintas. A sobrevida em 5 anos de 74%. O óbito ocorre, geralmente, por comprometimento respiratório ou cardíaco. Os critérios diagnósticos (MacAdam e cols,1976) são: condrite auricular bilateral, poliartrite inflamatória soronegativa não erosiva, condrite nasal, inflamação ocular, condrite do trato respiratório, disfunção vestibular e/ou coclear, confirmação por biópsia da cartilagem. São necessários três ou mais dos achados clínicos para o diagnóstico. Nenhuma terapia mostrou modificar a história natural da doença. Pode-se usar AINEs, colchicina, dapsona em baixas doses para controle de sintomas leves. Nos casos graves podem ser usados corticóides em altas doses, metotrexato e ciclofosfamida. Quando há envolvimento laringotraqueal é indicado acompanhamento com laringoscopia e TC seriados. A traqueostomia é necessária para tratar sintomas de estenose subglótica. Não é recomendada reconstrução cirúrgica do septo nasal colapsado grande chance de recidiva após cirurgia. CONCLUSÃO: No caso apresentado trata-se de um paciente que preenche critérios clínicos para policondrite recidivante. Apresenta uma manifestação de curso benigno sem evidência clínica de acometimento visceral e de fácil manejo. Como a doença encontra-se estável não é necessário uso de medicação e pelo risco de recidiva e/ou reativação do processo inflamatório, optamos por observação clinica e controle das manifestações laríngeas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-503

TÍTULO: PÓLIPO ANTROCOANAL BILATERAL EM UM ADULTO

AUTOR(ES): DAVID WEBER SAMPAIO SOUSA , SEBASTIÃO DIÓGENES PINHEIRO, VIVIANE CARVALHO DA SILVA, JOÃO PAULO CATUNDA BASTOS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO - UFC

INTRODUÇÃO: Pólipos antrocoanais (PACs) são lesões benignas polipóides solitárias que se originam da mucosa do seio maxilar, atravessam seu óstio e se estendem ao longo do assoalho da cavidade nasal até coana e nasofaringe. São mais frequentes no sexo masculino e acometem principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens, surgindo antes dos 40 anos na maioria dos casos. PACs são quase sempre unilaterais, com raros casos bilaterais relatados na literatura mundial. Neste artigo, relata-se um caso de pólipo antrocoanal bilateral (PACB) em um adulto.

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 37 anos, apresentou-se com queixas de obstrução nasal bilateral progressiva havia quatro anos. Referia melhora parcial da obstrução com

descongestionantes tópicos, suspensos na consulta inaugural. A nasofibroscopia evidenciou lesões de aspecto polipóide solitárias bilaterais emergindo dos seios maxilares através de óstios acessórios alargados. A tomografia computadorizada dos seios paranasais revelou seios maxilares amplamente preenchidos por material com densidade de partes moles que se estendia para cavidades nasais e coanas. Realizou-se exérese das lesões por meio de antrostomia maxilar à Caldwell-Luc combinada com técnica endoscópica nasal. O diagnóstico histopatológico de ambas as lesões foi pólipo inflamatório. O paciente evoluiu sem intercorrências. Não houve recidiva até seis meses após o procedimento.

DISCUSSÃO: PACs representam aproximadamente 4-6% de todos os pólipos nasais na população geral e 28-33% na faixa etária pediátrica. PACB é bastante raro, com apenas sete casos relatados na literatura científica de língua inglesa até abril de 2010, dois deles em adultos. A etiologia dos PACs permanece incerta. Rinossinusite crônica, fibrose cística e alergia são os fatores etiológicos mais comumente implicados. Berg et al. (1988) sugeriram que PACs se desenvolvem a partir de cistos intramurais da mucosa do seio maxilar. Esta hipótese não é capaz de explicar o fato de ser tão raro o surgimento de PACB, apesar de tais cistos se expressarem bilateralmente com frequência. O sintoma mais frequente dos PACs é obstrução nasal uni ou bilateral. A tomografia computadorizada e a nasofibroscopia são considerados os exames padrão-ouro para o diagnóstico de PACs. O tratamento é eminentemente cirúrgico.

COMENTÁRIOS FINAIS: PACB é uma lesão muito rara, e os pouquíssimos casos relatados até o momento não chegaram a uma explicação plausível para tal fenômeno. A literatura também carece de mais estudos para definição da via de acesso de escolha para abordagem desta patologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-504

TÍTULO: PÓLIPO ANTROCOANAL: RELATO DE 01 CASO EM PRÉ-ESCOLAR

AUTOR(ES): CARLOS ALBERTO MAURÍCIO JÚNIOR , CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO, GUSTAVO BACHEGA PINHEIRO, ROBSON BARBOZA CESAR, FERNANDO DE FREITAS VILELA, DANIELE LENZI PIMENTEL, GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO: O pólipo antrocoanal ou pólipo de Killian é uma lesão polipóide solitária benigna, que acomete principalmente crianças e adultos jovens. O primeiro relato de polipose antrocoanal (PAC) foi feito por Killian em 1906, que desde então determinou o epônimo desta doença. Estudos demonstram que o pólipo de Killian representa entre 4-6% de todos os pólipos nasais da população em geral, contudo, na população pediátrica, esta porcentagem atinge 33%. A etiologia desta doença permanece obscura. Vários estudos apontam para fatores que podem ter influência no desenvolvimento, como a doença antral inflamatória crônica e obstrução crônica dos óstios de drenagem. A prevalência de alergia em pacientes com PAC é fato controverso.

RELATO DO CASO: Paciente D.A.F., sexo feminino, 5 anos, deu entrada no serviço de otorrinolaringologia do Hospital de Base do Distrito Federal com sua mãe relatando quadro de dificuldade respiratória há cerca de 3 anos associado a roncos noturnos. Apresentava obstrução nasal bilateral, pior à esquerda, com evolução progressiva. Negava queixas alérgicas. Apresentava rinorréia purulenta esporádica, sempre tratada por pediatras em Pronto Socorro com antibióticos e corticosteróide tópico nasal com melhora parcial do quadro. A paciente realizou Tomografia de seios da face que evidenciou velamento de seio maxilar esquerdo. A nasofibroscopia foi evidenciado lesão polipóide na fossa nasal esquerda presente no meato médio, com lesão aparentemente proveniente do seio maxilar. Apresentava, também, hipertrofia de tecido adenoideano no cavum, obstruindo 90% dos óstios tubários. Realizada cirurgia endoscópica nasal com retirada do pólipo que acometia todo o seio maxilar, adenoidectomia por curetagem e enviado material para biópsia que apresentou anatomopatológico compatível com pólipo antrocoanal. Paciente apresentou grande melhora do quadro respiratório, evoluindo sem queixas após 3 meses de acompanhamento, tendo usado corticosteróide tópico nasal durante 2 meses após cirurgia.

DISCUSSÃO: Apesar de não ser uma afecção rara, o pólipo de Killian teve pouca divulgação nos últimos anos, com poucos casos descritos na literatura especializada. Trata-se de uma doença benigna unilateral que se origina ao nível do assoalho do seio maxilar, próximo às raízes dentárias e migra para a cavidade nasal, cavum e até orofaringe. A verdadeira incidência desta doença na população é desconhecida. Estudos demonstram uma maior incidência em adolescentes e adultos jovens e acometendo predominantemente o sexo masculino na proporção 2:1. A etiologia de PAC permanece obscura. Alguns autores acreditam que o pólipo se desenvolva como uma complicação de uma doença inflamatória crônica, particularmente a sinusite crônica. Os principais sintomas  são obstrução nasal, rinorréia e cefaléia. O diagnóstico dessa patologia deve ser realizado através do quadro clínico associado a evidências da tomografia e exame endoscópico nasal, não sendo necessário a realização de biópsia prévia. Esse caso evidencia uma queixa muito comum na otorrino pediatria, por vezes menosprezada e uma doença de alta prevalência em relação à faixa adulta. Esse caso demonstra a necessidade de uma boa investigação diagnóstica em crianças com obstrução nasal unilateral.  O tratamento cirúrgico é unanimidade entre os autores. A cirurgia endoscópica endonasal vem sendo utilizada com sucesso.

CONCLUSÃO: O pólipo antrocoanal tem predomínio nos adolescentes, mas deve ser pensado em crianças pré-escolares. O diagnóstico precoce propicia uma abordagem cirúrgica endoscópica com ótimos resultados e baixa recidiva.

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TRABALHO CLÍNICO

P-505

TÍTULO: PÓLIPO DE KILLIAN: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE 73 CASOS

AUTOR(ES): MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS , CAROLINA VERAS AGUIAR, JOÃO FLÁVIO NOGUEIRA JÚNIOR, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ, JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, MOISÉS XIMENES FEIJÃO, MAGNO ERIC BARBOSA PEIXOTO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: Os pólipos antrocoanais (PAC) se originam no seio maxilar, extendem-se à fossa nasal através do óstio do seio maxilar ou mais comumente do óstio acessório, chegando até a coana. Os PAC não erodem as estruturas ósseas adjacentes e nem invadem tecidos moles; foram inicialmente descritos por Killian em 1906, sendo posteriormente descritas várias técnicas para sua terapêutica.

OBJETIVOS:Descrever a epidemiologia de pacientes submetidos a procedimento cirúrgico de ressecção de pólipo antrocoanal em serviço de otorrinolaringologia de hospital terciário.

Comparar a taxa de recidiva dos PAC tratados com técnica combinada( sublabial associada à endoscópica) com a dos pacientes operados por técnica endoscópica exclusivamente.

METODOLOGIA: Estudo retrospectivo por análise de prontuários dos casos tratados cirurgicamente em hospital terciário durante um período de dezesseis anos (1995 a 2010), após submissão e aprovação em comitê de ética em pesquisa.

Os resultados foram analisados e comparados estatisticamente utilizando-se teste do chi-quadrado com correção de Yates. O resultado seria considerado estatísticamente significante com valor de p<0,05.

RESULTADOS: Dos setenta e três pacientes operados observamos que 47,95% eram do sexo masculino e 52,05% do feminino, com média de idade de 24,94 anos. O tempo de evolução da doença antes do diagnóstico variou de três a cento e vinte meses com média de 32,38 meses.

A lateralidade dos PAC observada foi de 43,83% à esquerda e 56,17% à direita. Os sintomas referidos com queixa principal pelos pacientes foram: obstrução nasal, dor facial, disfagia, rinorréia e corpo estranho oral .Foram relatados ainda outros sintomas: crises esternutatórias, epistaxe, cefaléia, cacosmia, dispnéia, ronco, deformidade nasal, tosse, otalgia e disfonia.

O acesso utilizado em 48 pacientes (65,75%) foi endoscópico exclusivo e em 25 pacientes (34,25%) o acesso combinado. Quanto às recidivas, observamos 8, 3% de recidiva no acesso endoscópico e 8% no acesso combinado.

Comparando-se os resultados de recidiva e as técnicas utilizadas, não houve significância estatística (p=0,9608).

CONCLUSÃO: Apesar da cirurgia endoscópica nasossinusal ser uma técnica útil na abordagem dos PAC (recorrência de 8,3%), a cirurgia combinada (recorrência de 8%) ainda é bastante realizada, sendo ainda controverso qual o melhor acesso cirúrgico baseado na literatura corrente. Em nosso serviço, optamos pelo acesso endoscópico exclusivo preferencialmente, visto que esta técnica minimiza as complicações pós-operatórias, sem alterar a taxa de recidiva de forma significativa.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-506

TÍTULO: POLIPOSE NASOSSINUSAL E SÍNDROME DE CHURG-STRAUSS

AUTOR(ES): CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA , WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA, THIAGO DOLINSKI SANTA ROSA OLIVEIRA, REGIS MARCELO FIDELIS, JULIANO NUNES PEREIRA, ALONÇO DA CUNHA VIANA JUNIOR, DANIELA LEITÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

INTRODUÇÃO: A síndrome de Churg- Strauss (SCS) é uma vasculite sistêmica incomum, de etiologia desconhecida,caracterizada pela tríade de asma brônquica,vasculite sistêmica e eosinofilia. A incidência na população geral  está entre 1.3 e 6.8 casos por  milhões de pessoas.Pacientes acometidos por essa síndrome,com freqüência, apresentam como sintomas iniciais manifestações como rinites, otites e sinusites com ou sem polipose,daí a importância do otorrinolaringologista no diagnóstico precoce.

OBJETIVO: Relatar caso de polipose nasossinusal associada à Síndrome de Churg-Stauss.

RELATO DE CASO: C.L.P.B, masculino, 32 anos,com quadro de obstrução nasal,hiposmia e rinorréia há meses além de episódios de hemoptóicos.Refere asma iniciada havia 4 anos, em uso regular de corticóide inalatório.Oroscopia e otoscopia sem alterações. Rinoscopia:presença de lesão polipóide em fossas nasais confirmada por nasofibroscopia.Devido quadro de hemoptóicos,asma de início tardio foi solicitada radiografia de tórax que evidenciou nódulos pulmonares,cuja complementação com TC de tórax mostrou dilatações aneurismáticas difusas.Eosinofilia (18%),p-ANCA + e histopatológico de tecido pulmonar evidenciando vasculite necrosante com eosinófilos extravasculares confirmaram diagnóstico de SCS. O paciente teve acompanhamento com a reumatologia, tendo iniciado tratamento com prednisolona e pulsos de ciclofosfamida. Evoluiu com melhora clínica,inclusive da polipose nasal,estando em acompanhamento há 2 anos.

DISCUSSÃO: A síndrome de Churg-Strauss é uma doença auto-imune de etiologia indeterminada.Seu diagnóstico é difícil,não somente pela raridade,mas também pela sobreposição clínica e anatomopatológica que pode haver entre diferentes vasculites.O diagnóstico é estabelecido clinicamente.A presença de asma, rinite ou sinusite associada a eosinofilia(>10%) periférica e sintomas sugerindo vasculite suportam o diagnóstico, entretanto biópsia de tecido também deve ser obtida.O paciente em questão preenchia esses critérios e ainda tinha p-ANCA positivo,o que ocorre em 50-70% dos casos.A polipose nasal  pode representar a fase inicial da síndrome,embora os pacientes tenham freqüentemente doença pulmonar simultânea.Olsen et al. Mostrou que  polipose estava presente em 50% dos pacientes com SCS.O tratamento inclui corticosteróides sistêmicos e drogas citotóxicas. FESS pode ser utilizada, mas não isoladamente devido à elevada recidiva da polipose.

CONCLUSÃO:O diagnóstico da SCS se faz pelos achados clínicos,radiológicos, sorológicos e histológicos, não existindo testes que confirmem ou excluam o diagnóstico de certeza.Devido as manifestações clínicas associadas,o otorrinolaringologista tem papel crucial no diagnóstico precoce da doença.

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TRABALHO CLÍNICO

P-507

TÍTULO: PONTE DE MUCOSA DAS PREGAS VOCAIS: DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO E NO TRATAMENTO

AUTOR(ES): TATIANA MARIA GONÇALVES, REGINA HELENA GARCIA MARTINS, ELAINE LARA MENDES TAVARES, ALEXANDRE TODOROVICK FABRO, NORIMAR HERNANDES DIAS, THALITA AZEVEDO FRACALOSSI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP/DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

Introdução

Pontes de mucosa são raras e de etiologia incerta, podendo ser congênitas (sendo inseridas entre as lesões estruturais mínimas) ou adquiridas (complicações iatrogênicas). O diagnóstico muitas vezes é confirmado com a videolaringoestroboscopia ou no intra-operatório. O grau de disfonia depende da posição e da espessura da ponte. A sua associação com outra lesão laríngea congênita é freqüente e o tratamento é controverso. Casuística e Métodos ? Realizou-se análise retrospectiva dos pacientes com diagnóstico cirúrgico e endoscópico de ponte de mucosa, e das avaliações vocais perceptivo-auditiva (escala GRBASI) e acústicas antes e após a cirurgia. Os dados foram apresentados de forma descritiva. resultados ? Identificaram-se 14 pacientes (10 M e 4 H), 12 adultos e duas crianças. Profissões com sobrecarga vocal (professor - n-3; cantor - n-1; pastor - n-1; vendedor -n-1 e secretário -n-1) foi referida por 50% dos pacientes. Sintomas desde a infância foram referidos por 12 pacientes. Em sete casos, havia associação das pontes com outras lesões laríngeas como sulco (n-5), cisto (n-3), e microwebs (n-1), e em dois havia mais de uma lesão. Em 12 casos o tratamento foi cirúrgico havendo melhora parcial das qualidades vocais em todos eles.A fonoterapia isolada não determinou melhora da disfonia. O grau de rouquidão foi maior nas lesões associadas. Conclusão - Apresentamos os resultados do tratamento cirúrgico e fonoaudiológico de 14 casos de pontes de mucosa e julgamos que a descrição possa auxiliar laringologistas na tomada de decisões.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-508

TÍTULO: POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO DO TRONCO ENCEFÁLICO NA DETECÇÃO DO NEURINOMA DO ACÚSTICO

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MILTON PAMPONET, PAULO SÉRGIO LINS PERAZZO, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: Neurinomas do acústico (NA) são os tumores mais freqüentes do ângulo ponto-cerebelar. Geralmente tem crescimento lento, em média 1 a 5 mm por ano, e se originam na bainha do nervo vestibular perto da junção mielinoglial, próximo ao poro acústico interno. São tumores bem circunscritos e encapsulados por epineuro. (8) Quanto ao tamanho, os NA são classificados como pequenos, médios e grandes. O NA pequeno (diâmetro < 1 cm) localiza-se tipicamente confinado no meato acústico interno (MAI). Conforme o NA alcança o tamanho médio (entre 1 e 3 cm de diâmetro), estende-se para fora do MAI em direção ao tronco encefálico. Os grandes tumores são aqueles que possuem, no mínimo, 3 cm de diâmetro.(6) A audiometria tonal é o teste mais utilizado na abordagem diagnóstica, demonstrando uma perda neurossensorial assimétrica em quase 70% dos casos. O Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico (PEATE), método objetivo e não-invasivo permite a análise neurofisiológica das vias auditivas, desde a orelha interna até o tronco encefálico alto.(3)  Em geral, a sensibilidade do PEATE é de 90% e especificidade de 70 a 90%. Alguns autores citam o PEATE como um método não confiável e insuficiente na detecção de pequenos tumores, baseando-se no fato de que sua sensibilidade varia de acordo com o tamanho do tumor, ou seja, quanto menor o tumor, menos sensível é o exame. (6) A Tomografia Computadorizada tem sua importância, mas apresenta limitações em tumores intracanaliculares menores de 1 cm. (1, 4) A RNM é o exame de maior impacto e corresponde, hoje, ao padrão-ouro no diagnóstico de NA.(2, 5,7) OBJETIVO: Relatar caso de Neurinoma do Acústico Intracanalicular diagnosticado através de RNM apresentando PEATE dentro da normalidade. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 67 anos, procedente de Feira de Santana-BA, procurou o serviço com queixa de hipoacusia em ouvido esquerdo associado a zumbido ipsilateral. Na avaliação ORL, paciente não apresentava alterações à otoscopia. À audiometria tonal, apresentava perda auditiva isolada em 8000 Hz em ambos ouvidos, índice de reconhecimento de fala (IRF) de 100% em 55dB em ambos ouvidos. Solicitado PEATE, que demonstrou presença de ondas I, III e V, com valores de latências absolutas, intervalos interpicos e diferencial interaural dentro da normalidade. A RNM realizada em 26/09/08 mostrou pequena imagem nodular sólida, caracterizada por sinal intermediário em T1 e T2, localizada no interior do conduto auditivo interno, distando cerca de 2,0 mm do seu fundo e 7,0 mm do poro acústico, medindo 4,0 mm no seu maior eixo, apresentando intenso realce após administração intravenosa do meio de contraste paramagnético. No momento paciente encontra-se em acompanhamento neste serviço, e não apresenta modificação dos parâmetros observados. CONCLUSÃO: A utilização do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) no diagnóstico do Neurinoma do Acústico (NA) foi estabelecida há anos atrás, porém, a existência de alguns falsos negativos e o desenvolvimento da ressonância magnética para o mesmo propósito induzem a uma revisão dos valores deste método. Embora, o PEATE apresente uma alta sensibilidade diagnóstica para NA, esta diminui significativamente em casos de tumores pequenos. Acreditamos que diante da suspeita de NA é indispensável à prática deste exame em virtude de sua acessibilidade, embora o resultado normal não exclua a necessidade de realização da RNM.

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TESE

P-509

TÍTULO: POTENCIAL EVOCADO MIOGÊNICO VESTIBULAR EM PACIENTES COM HIPOFUNÇÃO VESTIBULAR CRÔNICA UNILATERAL

AUTOR(ES): ANA PAULA SERRA, ROBERTA RIBEIRO DE ALMEIDA, FERNANDO FREITAS GANANÇA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A rotina da avaliação vestibular tem sido um desafio para a otoneurologia moderna. Os métodos mais usados na prática clínica para a avaliação das disfunções do sistema vestibular são a vectonistagmografia e a videonistagmografia. Atualmente, a pesquisa do potencial evocado miogênico vestibular (VEMP) vem sendo empregada em vários centros como complemento da investigação otoneurológica, possibilitando a avaliação das estruturas envolvidas no reflexo sáculo-cólico. Assim, como os diferentes testes vestibulares avaliam seguimentos distintos das vias vestibulares, a associação de testes pode tornar a abordagem diagnóstica do paciente vestibulopata mais completa.

OBJETIVO: Analisar os registros do VEMP em pacientes com tontura crônica e hipofunção vestibular unilateral.

MÉTODO: Foram avaliados os registros do VEMP de 66 indivíduos, sendo 33 com hipofunção vestibular crônica unilateral, detectada por meio da prova calórica e história clínica, e 33 controles sem queixas auditivas e vestibulares, pareados por gênero e idade. O equipamento utilizado foi o sistema de eletrodiagnóstico Bio-logical Auditory Evocked Potencials Navigator Pro. O estímulo sonoro utilizado foi do tipo tone bursts, rarefeito, com frequencia de 1.000 Hz, intensidade de 100 dBNA, rise/plateau/fall de 2 milessegundos, filtro passa banda de 10 a 1500 Hz e taxa de apresentação de 4,3 estímulos/segundo. Foram analisadas as latências absolutas de p13 e n23, as diferenças interaurais de p13 e n23, as amplitudes de p13-n23, o índice de assimetria das amplitudes (IA) e o limiar de resposta. Para a interpretação qualitativa dos resultados do VEMP foram calculados valores de referência determinados pelo grupo controle (média ± 2 desvios-padrão). Foram realizadas análises descritivas e inferencionais, utilizando-se o teste t e os testes de Shapiro-Wilks e de Mann-Whitney, p<0,05.

RESULTADOS: Os pacientes com hipofunção vestibular crônica unilateral apresentaram VEMP alterado em 21 (63,63%) casos. Em 5 casos, a alteração no VEMP foi bilateral. Vinte pacientes (60,60%) demonstraram IA elevado, 18 (54,54%) ausência de resposta unilateral, 6 (18,18%) prolongamento de p13, 1 (3,03%) prolongamento de n23, 1 (3,03%) ausência de resposta bilateral e nenhum caso apresentou limiar rebaixado. Os pacientes que apresentaram prolongamento de p13, também demonstraram ausência de resposta na orelha contralateral.

CONCLUSÃO: Os pacientes com hipofunção vestibular crônica unilateral apresentaram pelo menos algum tipo de alteração no VEMP em 63,63% dos casos. O lado alterado no VEMP foi coincidente com o lado da hipofunção vestibular em 54,54% dos casos. O VEMP apresentou-se alterado do lado contralateral à hipofunção vestibular em 24,24% dos casos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-510

TÍTULO: PREVALÊNCIA DA NEUROPATIA AUDITIVA EM UM SERVIÇO DE SAUDE AUDITIVA DA REGIÃO TOCANTINA E SUL DO MARANHÃO.

AUTOR(ES): ROSIMAR COSTA PENIDO , MYRIAN DE LIMA ISAAC, ROBERTO COSTA DO NASCIMENTO, JENIFFER ADRIANA MATOS TEODORO, ARIANA CABRAL RODRIGUES, MARIANA GONÇALVES LEAL DE OLIVEIRA, DANIELA DE CARVALHO LIMA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO (UFMA); FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO (FMRP/USP)

INTRODUÇÃO: Na Neuropatia Auditiva (NA) pode haver um acometimento do nervo auditivo levando a uma dissincronia na condução nervosa. O diagnóstico  é realizado  a partir de análise clínica, exames audiológicos e eletrofisiológicos. Clinicamente, há função coclear preservada que é observada pela presença das Emissões Otoacústicas (EOA), em contraste com alteração da função neural, identificada pela ausência ou alteração severa das ondas na pesquisa do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE). O paciente pode apresentar perda auditiva, alteração na discriminação vocal e alterações vocais. Os sintomas mais freqüentes relatados são ouvir baixo ou não compreender o que lhe é dito; pode apresentar zumbido e/ou vertigens. Aparentemente há uma alteração no processamento neural do estímulo auditivo, afetando a habilidade da detecção de sons e da compreensão da fala. Os pacientes portadores de Neuropatia Auditiva referem que apresentam pouco ou nenhum benefício para sua audição, com a utilização de Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI).

OBJETIVO: Identificar a prevalência de Neuropatia Auditiva entre pacientes diagnosticados como portadores de perda auditiva neurosensorial em um serviço de Saúde Auditiva autorizado pelo Ministério da Saúde e correlacionar aos dados clínicos, audiológicos e eletrofisiológicos.

METODOLOGIA: Foi realizada uma análise qualitativa e quantitativa retrospectiva dos prontuários de 2292 pacientes atendidos no serviço de saúde auditiva da cidade de Imperatriz de novembro de 2007 a maio de 2010, com diagnóstico de perda auditiva neurosensorial confirmada pelos exames clínicos, audiológicos e eletrofisiológicos.  Realizou-se a análise dos prontuários para a verificação da prevalência de pacientes com Neuropatia Auditiva. Todos os pacientes foram testados quanto ao benefício da adaptação de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) inclusive os com Neuropatia Auditiva.

RESULTADO Entre os 2292 pacientes que tiveram diagnóstico de perda auditiva neurosensorial, 27 apresentaram Neuropatia Auditiva. Dentre estes 27 pacientes: 37% eram do gênero masculino e 63% do gênero feminino; 14,8% tinham entre 0 a 20 anos, 33,4% entre 21 a 40; 44,4 % entre 41 a 60 anos e 7,4% tinham acima de 61 anos; em relação ao grau da perda auditiva, 29,6% apresentaram perda leve, 55,5% perda moderada, 7,4% perda severa e 7,5% perda profunda. Entre os pacientes com NA 3, (11,1%) apresentaram ganho funcional no teste com o AASI e foram adaptados, contra 24 (88,9%) que não apresentaram ganho funcional.

CONCLUSÃO: A Neuropatia Auditiva tende hoje a ser diagnosticada com maior freqüência, e indivíduos que apresentem indícios clínicos e exames de função coclear e neural contraditórios devem ser avaliados pela bateria completa de exames audiológicos, clínicos e eletrofisiológicos. Dos 2292 pacientes avaliados, que apresentaram perda auditiva neurosensorial, 1,18% foram diagnosticados com Neuropatia Auditiva.

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TRABALHO CLÍNICO

P-511

TÍTULO: PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM PACIENTES RONCADORES SUBMETIDOS A POLISSONOGRAFIA ASSOCIADO COM A PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS CONCOMITANTES

AUTOR(ES): FERNANDO ARRUDA RAMOS , RENATO RICCI KAUFFMANN, PAULA FORTUCI RESENDE BOTELHO, MIRIAN KUHNEN, MATEUS CRUZ FONTANELA, MONIQUE FARDO

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CATARINENSE DO SONO, UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução completa ou parcial recorrente das vias aéreas superiores durante o sono por um período igual ou maior que 10 segundos, resultando em períodos de apnéia, dessaturação de oxihemoglobina e despertares freqüentes com conseqüente sonolência diurna. a freqüência de SAHOS na população geral de meia idade é de 4% nos homens e de 2% nas mulheres e a maior preocupação atualmente são as co-morbidades associadas, como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e hipertensão. A obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de SAHOS, aproximadamente 70% dos paciente com SAHOS são obesos.Estudos recentes sugerem que 40% dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica apresentam síndrome da apnéia obstrutiva do sono (3). E já há dados suficientes para considerar a síndrome da apnéia obstrutiva do sono como um fator causal no aparecimento da hipertensão arterial sistêmica.

OBJETIVO: Estimar a prevalência de síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) e fatores associados em pacientes roncadores submetidos à polissonografia no serviço do Instituto Catarinense do Sono no período de out/2009 a mai/2010.

MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal conduzido em uma amostra de 51 indivíduos residentes em uma cidade de médio porte do sul do Brasil. Realizaram-se entrevistas com questionário estruturado, aplicados por acadêmicos de medicina, e foram coletadas informações sobre aspectos demográficos (sexo e idade), condições auto-referidas de saúde (HAS, diabetes, cardiopatias), tabagismo, funções cognitivas e exames físicos para o cálculo do índice de massa corporal. Aplicaram-se as escalas a Escala de Stanford, Escala de sonolência diurna e a Escala de Sonolência de Epworth. Confirmou-se o diagnóstico de SAOHS pelos resultados do exame polissonográfico realizados em um aparelho Enza®. Na análise univariada calculou-se o teste do qui-quadrado para as variáveis independentes em relação a variável dependente, para verificar associação considerando um p<0,05 no SPSS.

RESULTADOS: A prevalência global de SAOHS foi de 86,3,1%.  Em relação ao ganho de peso, 72,5% referiram ganho de peso no último ano com média de 7,5 kg (desvio padrão ± 7,06). A maioria das variáveis independentes estudadas apresentaram uma prevalência alta (superior a 80%) conforme relato da literatura. A variável associada à prevalência de apnéia na análise univariada foi o ronco. 

CONCLUSÃO: a prevalência de apnéia e de fatores asssociados foi alta. Outros estudos necessitam ser feitos para esclarecer a associação causal da síndrome da apnéia obstrutiva do sono com fatores associados.

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TRABALHO CLÍNICO

P-512

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ACHADOS VIDEOLARINGOSCÓPICOS EM PACIENTES PORTADORES DE DISTÚRBIOS VOCAIS E DEGLUTITÓRIOS ATENDIDOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

AUTOR(ES): LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO , MIGUEL EDUARDO MACEDO GUIMARÃES, APARECIDA REGINA BRUM, LUIZ AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, LUCIANA DE PAULA VIANA, JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO, AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

INTRODUÇÃO: O tema dos distúrbios vocais na pesquisa tem adquirido cada vez mais importância, pelo que a voz representa no bom desempenho do trabalho de profissionais da voz e na expressão de significados e. Os distúrbios da deglutição também se investem de importância, devido à mudança dos hábitos de vida da população brasileira

OBJETIVOS: observar a prevalência das queixas associadas à indicação das videolaringoscopias e dos achados relacionados às mesmas, em indivíduos adultos e estudar os fatores associados a estes distúrbios.

METODOLOGIA: estudo epidemiológico descritivo retrospectivo transversal observacional, através da análise de prontuários de pacientes maiores de 18 anos submetidos a telelaringoscopia direta com fibra rígida de 70°, entre agosto de 2008 e 2009, por  formulário preenchido pelo pesquisador, com dados do paciente, queixa principal e achados do exame. Os dados foram trabalhados nos programas Microsoft Office Excel e SPSS 13.0.

RESULTADOS: Dos 324 pacientes participantes da pesquisa, 66,4% são do sexo feminino o que, em comparação à proporção da população brasileira por sexo (50,88%), possui diferença significativa (p< 0,001); 74,1% declararam tabagismo (diferença significativa entre a prevalência de tabagismo no Brasil - 18,8% - p<0,001) e 78,5%, etilismo. A faixa etária mais encontrada (64,9%) foi maiores de 45 anos, sendo a média de idade dos pacientes de 50,4 (IC 95%: 48,77-52,02). Dentre as indicações dos exames, 67,8% foram por disfonia, 24,3% por pigarro, 4,1% por globus faríngeus, 5,0% por disfagia, 7,9% por odinofagia, 3,5% para controle pós-operatório de lesões de laringe; 0,6% pós Acidente Vascular Encefálico; 0,6% pós-traqueostomia; 3,4% de exames admissionais, 2,7% para controle de tratamento clínico de lesões da laringe; 1,2% pós-radioterapia, 1,5% por adenopatia ou nódulo cervical. Outras indicações de menor prevalência foram emagrecimento, otalgia, halitose, tosse crônica e hemoptoico. Para a realização do exame, 93,2% não necessitaram de lidocaína spray a 10%. Os principais achados foram: hipertrofia de pregas vestibulares (9,6%); cistos de retenção (1,5%); alterações em aritenoides (5,2%); paresia de pregas vocais (PPVV) (1,5%); paralisia de PPVV (2,8%); Refluxo Laringofaríngeo (69,8%), sendo 35,2% com paquidermia interaritenoidea, 65,7% com edema retrocricoideo e 2,7% com edema ou hiperemia de aritenoides. A presença de refluxo esteve associada ao sexo feminino (p=0,012).

Outros achados foram: fechamento glótico incompleto (41,6%); nódulos (4,3%); edema de Reinke (2,8%), pólipo vocal (1,2%); alterações estruturais mínimas (6,5%), sendo cisto encontrado em 2,5% dos pacientes; sulco em 1,2% e vasculodisgenesia em 2,8% dos mesmos. Foi encontrada leucoplasia (4,3%); papilomatose laríngea (0,6%); e lesão de aspecto infiltrante de pregas vocais (0,6%).

CONCLUSÕES: A prevalência de pacientes do sexo feminino que procuram atendimento para diagnóstico endoscópico é significativamente maior que os do sexo masculino. A prevalência de tabagismo entre os pacientes que possuem indicação clínica para a realização do exame é expressivamente maior que na população em geral. O sexo feminino se mostrou fator de risco para diversas alterações, como refluxo laringofaríngeo, nódulos vocais, edema de Reinke, alterações estruturais mínimas. A queixa mais prevalente foi disfonia (67,8%), seguida por pigarro (24,3%) e os diagnósticos mais freqüentes são refluxo laringofaríngeo (69,8%) e fenda vocal (41,6%).

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TRABALHO CLÍNICO

P-513

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES LARÍNGEAS

AUTOR(ES): MARCUS ALEXANDRE SODRÉ , DANIELLE SIMÕES CAMPOS DE MELO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL EDSON RAMALHO

A Videolaringoscopia é considerada excelente exame para avaliar o funcionamento da laringe sendo avaliada a prevalência das alterações encontradas em ambulatório de laringologia.

Palavras chave: videolaringoscopia,alterações, laringologia.

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TRABALHO CLÍNICO

P-514

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES LARÍNGEAS EM PACIENTES PORTADORES DE ESOFAGITE EROSIVA

AUTOR(ES): MARINA SERRATO COELHO FAGUNDES , RICARDO GUZELA, EVALDO MACEDO, ODERY RAMOS JR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR

INTRODUÇÃO: A associação entre Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e alterações laríngeas vem sendo muito debatida nos últimos anos. Estudos recentes sugerem associação entre sintomas laríngeos, sintomas faríngeos e refluxo extra-esofágico, como sendo apresentação atípica da Doença do Refluxo Gastroesofágico. Métodos: estudo transversal de prevalência. Os pacientes com achados de esofagite a endoscopia foram classificados de acordo com LosAngeles e submetidos a um questionário seguido de laringoscopia. O teste do qui-quadrado foi utilizado para análise estatística (p<0,05). RESULTADOS: Os pacientes com sintomas típicos de refluxo gastroesofágico corresponderam a 96,6%. Dezoito possuíam alterações compatíveis com classe A(60%), 7 com classe B (7%) e 5 com classes C + D (16,6%). A presença de alterações laringoscópicas foi mais prevalente nas esofagites mais severas (classes C e D de Los Angeles) quando comparada aos graus mais leves (classes A e B), diferença estatisticamente significativa (p<0,05). CONCLUSÃO: As alterações laríngeas são achados frequentes nos pacientes com esofagite, sendo mais prevalentes quanto maior o grau da lesão esofágica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-515

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES NAS ENDOSCOPIAS NASAIS EM AMBULATÓRIO DE OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): MARCUS ALEXANDRE SODRÉ , DANIELLE SIMÕES CAMPOS DE MELO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL EDSON RAMALHO

RESUMO

Os autores avaliam as alterações encontradas nas endoscopias nasais e identificam sua prevalência identificando as mais comuns patologias identificadas por este exame.

Palavras chave: alterações,endoscopies nasais

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TRABALHO CLÍNICO

P-516

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE CIRURGIAS OTORRINOLARINGOLÓGICAS REALIZADAS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE REFERÊNCIA EM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE DA REGIÃO SUL DO BRASIL

AUTOR(ES): FERNANDO ARRUDA RAMOS, MICHELE TRIERWEILER, PEDRO AUGUSTO ZAIATS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

INTRODUÇÃO: A cirurgia otorrinolaringológica ainda possui incidência relevante, apesar de sua significativa diminuição após o advento da antibioticoterapia. As indicações cirúrgicas para as doenças otorrinolaringológicas pediátricas mais predominantes referem-se à adenoidectomia e/ou amigdalectomia e, associadas com outros procedimentos, possuem alta prevalência em hospital pediátrico.

OBJETIVO: Avaliar os dados referentes às cirurgias realizadas em hospital infantil de referência, num município de médio porte, na região sul do Brasil, durante um período de cinco anos e meio e analisar a prevalência das cirurgias otorrinolaringológicas realizadas neste período, diante das outras especialidades cirúrgicas, caracterizando-as.

METODOLOGIA: O estudo configurou-se como pesquisa epidemiológica observacional transversal, realizada por meio da análise documental, utilizando os livros registro de cirurgias, localizados no centro cirúrgico do hospital escolhido. O referido hospital é voltado para pacientes do SUS, conveniados e particulares, com pronto atendimento por 24 horas. Possui 113 leitos instalados, sendo 65 na capacidade operacional, atende urgência e emergência e o bloco cirúrgico é composto por três salas, funcionantes desde 2003. O corpo clínico é composto por médicos pediatras de diversas especialidades clínicas bem como das cirúrgicas ? cirurgião pediátrico, otorrinolaringologista, ortopedista, neurocirurgião e anestesistas. Os dados foram coletados no próprio centro cirúrgico e o período de análise compreendeu desde o mês de janeiro de 2005 até o mês de junho de 2010, totalizando um número de 4268 cirurgias. Foram analisados os dados referentes à incidência de cirurgias realizadas no hospital no período escolhido, classificando-as qualitativa e quantitativamente, por especialidades, focando a prevalência das cirurgias otorrinolaringológicas.

RESULTADOS: Das 4268 cirurgias analisadas durante o período referido, 26% foram realizadas pela otorrinolaringologia, 56% pela cirurgia pediátrica, 16% pela ortopedia e 2% por outras especialidades. As cirurgias otorrinolaringológicas mais frequentes consistiram nas adenoamigdalectomias, seguidas por adenoidectomias e amigdalectomias. Houve decréscimo na realização das turbinectomias ou turbinoplastias com o passar dos anos. Notou-se também uma variação na realização das cirurgias otorrinolaringológicas entre os anos pesquisados que atingiu desde 8% até 43% do total de cirurgias realizadas.

CONCLUSÃO: A cirurgia otorrinolaringológica constitui-se como especialidade importante no atendimento à criança nos hospitais pediátricos, visto que a demanda por esta especialidade continua elevada e os procedimentos como adenoamigdalectomia, por exemplo, ainda estão entre os mais realizados na atualidade. A pesquisa demonstrou a alta prevalência das cirurgias otorrinolaringológicas em hospital pediátrico e, a partir dos dados encontrados, novos estudos poderão ser realizados.

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TESE

P-517

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS VOCAIS EM ESCOLARES DE 4 A 12 ANOS BASEADA NA ANÁLISE DA IMPRESSÃO SUBJETIVA DOS PAIS COM RELAÇÃO À VOZ DE SEU FILHO.

AUTOR(ES): REGINA HELENA GARCIA MARTINS , ELAINE LARA MENDES TAVARES, MARCELA FERREIRA SANTANA, LÍDIA RAQUEL DE CARVALHO, ROBERTO BADRA DE LÁBIO, TATIANA MARIA GONÇALVES

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA , FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

Introdução - distúrbios vocais na infância variam entre 6 a 23%, dependendo do método metodológico utilizado nas análises. A utilização das informações fornecidas pelos pais sobre as qualidades vocais de seus filhos, embora seja método subjetivo, pode fornecer informações valiosas, desde que os questionários aplicados sejam elaborados de forma , clara, em linguagem popular e de fácil compreensão. Objetivos: Determinar a prevalência dos distúrbios vocais em crianças baseada na impressão subjetiva dos pais. Casuística e métodos: Pais de 2.000 escolares, na faixa etária de 4 a 12 anos preencheram questionário contendo informações sobre sua impressão em relação às características vocais de seus filhos. A população estudada foi dividida em 3 subgrupos: G1 (de 4 a 6 anos), G2 (de 7 a 9 anos), G3 (de 10 a 12 anos). Resultados: Foram incluídas 990 meninas (49,5%) e 1010 meninos (50,5%). Alterações esporádicas e inconstantes nas qualidades vocais foram reportadas pelos pais de 240 crianças (12%, F-105, M-135) e permanentes ou freqüentes por 139 (6,95%, F-64, M-75). O abuso vocal foi referido por 152 pais. Conclusões: alterações vocais esporádicas não devem ser computadas nos resultados epidemiológicos, pois são freqüentes em crianças durante atividades lúdicas ou estados gripais. Assim, considerando-se apenas os casos de rouquidão freqüente ou permanente, os resultados deste estudo apontaram índices de disfonias de 6,9%, com discreto predomínio entre os meninos. Nestes casos a disfonia se mantém por prováveis distúrbios funcionais ou à presença de lesões laríngeas. Para o diagnóstico etiológico definitivo, são necessárias avaliações complementares fonoaudiológicas e videolaringoscópicas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-518

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA APNÉIA DO SONO EM BRASILEIROS DESCENDENTES DE JAPONESES

AUTOR(ES): VERA LUCIA RIBEIRO FUESS , INGRID DE ALMEIDA BOTACIN, BIANCA DIAS, BEATRIZ FERREIRA, SHEILA CRISTINA HIRAMA, EVELYN MATSUDO, EDUARDO KINOSHITA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é considerada um problema de saúde pública devido à sua alta prevalência e morbidade associada. Obesidade, sexo masculino, circunferência cervical aumentada, aumento da idade e características crânio-faciais são fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento de SAOS. Muitos estudos sugerem que a etnia também possa ser importante fator de risco na SAOS. Diversos estudos comparando SAOS em caucasianos e asiáticos revelam que asiáticos têm maior gravidade da doença quando pareados por idade, gênero e Índice de Massa Corpórea (IMC). Esta diferença na gravidade da SAOS entre diferentes etnias ainda não está esclarecida.

OBJETIVO: O IMC é reconhecido como uma importante variável independente para desenvolvimento de SAOS. Como o IMC em asiáticos em geral é mais baixo que o IMC de outras etnias é possível que, na ausência de obesidade pelos padrões caucasianos, a SAOS seja menos suspeita em pacientes asiáticos, causando uma falha diagnóstica nesta doença grave. Geralmente os asiáticos são avaliados como um grupo único e as comparações com caucasianos são principalmente entre portadores de SAOS. Decidimos estudar a prevalência de sintomas e fatores de risco para SAOS em japoneses e seus descendentes de um município brasileiro.

METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal de sinais e sintomas clínicos relacionados à SAOS em 196 japoneses e descendentes, do sexo masculino, entre 25 e 79 anos, escolhidos aleatoriamente. Investigou-se por questionário patologias clínicas, medicamentos de uso habitual, consumo de álcool, tabagismo, informações demográficas e antropométricas, presença de roncos e sintomas respiratórios associados, além de número de horas de sono por dia e presença de cochilos diurnos. A sonolência diurna foi investigada pela Escala de Sonolência de Epworth. Foi aferida a pressão arterial e medida a circunferência cervical.  

RESULTADOS: 10,2% dos 196 investigados declararam-se japoneses, 59,7% filhos e 30,1% netos de japoneses. Encontrou-se idade média de 50,5 ± 12,4 anos, IMC de 25,2 ± 3,3 kg/m2 e circunferência cervical de 39,4 ± 2,5 cm. Foram considerados roncadores habituais 77 indivíduos (39,3%). 54 indivíduos (27,5%) apresentaram escore à Escala de Sonolência de Epworth (ESE) equivalente a sonolência diurna excessiva (acima de 10). Apresentaram apnéias testemunhadas 29 indivíduos (14,8%). Foram considerados suspeitos de apresentarem SAOS os 8 entrevistados que apresentaram associação de ronco habitual, apnéias testemunhadas e SDE (4,1%). Encontrou-se 69 indivíduos hipertensos (35,2% do total).

CONCLUSÃO: Este estudo com 196 japoneses e descendentes de um município brasileiro observou prevalência de risco para SAOS de 4,1% concordando com valores de incidência de SAOS em diversos estudos mundiais independentemente da etnia. Foi considerado portador deste distúrbio os indivíduos que apresentavam a associação de ronco habitual, sonolência excessiva diurna e pausas respiratórias presenciadas. A população estudada apresentou alta prevalência de hipertensão arterial sistêmica (35,2%). Devido à pequena amostra de indivíduos considerados como sugestivos de apresentar SAOS (8 casos), não foi possível estabelecer relação desta afecção com aumento do IMC, da idade, alcoolismo ou com a presença de hipertensão arterial sistêmica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-519

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE HIPOTIREOIDISMO EM PACIENTES COM QUEIXAS DE DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS RELACIONADOS AO SONO DO AMBULATÓRIO DE RONCO E APNÉIA DE UM HOSPITAL ESCOLA

AUTOR(ES): MARCELA SUMAN , JOSÉ EDUARDO ANTUNES PINHEIRO, FÁBIO CAPUANO DOMINGOS, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABÇA E PESCOÇO - FAMERP - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é um distúrbio respiratório relacionado ao sono altamente prevalente, afetando cerca de 4% dos adultos do gênero masculino e 2% do feminino.A associação entre hipotireoidismo e SAHOS tem sido continuamente investigada e infortunadamente, SAHOS e hipotireoidismo podem ser facilmente confundidos, pois os sintomas de ambas as afecções são similares. Perda de energia, sonolência, fadiga, estado depressivo, diminuição da libido, roncos e dificuldade de concentração são os problemas primários. Estudos epidemiológicos constataram que a SAHOS pode ocorrer em 25-100% dos pacientes com hipotireoidismo, mas que a prevalência dessa hipofunção tireoideana entre pacientes com SAHOS é baixa (1-3%).  OBJETIVO: determinar a prevalência de hipotireoidismo em pacientes com queixas de distúrbios respiratórios relacionados a sono já na primeira consulta. PACIENTES E MÉTODOS: Este é um estudo retrospectivo, de corte transversal, para o qual foram utilizados os dados obtidos por revisão de prontuário de 200 pacientes de ambos os gêneros que foram encaminhados ao Ambulatório de Ronco e Apnéia do Sono, entre os anos de 2002 e 2009. Foram coletados os seguintes dados: idade à época da realização da polissonografia, nível sérico do T4 Livre e do TSH, índice de massa corpórea (IMC) e o índice de apnéia/hipopnéia (IAH). De acordo com o IAH obtido, os pacientes selecionados foram divididos em dois grupos: Grupo SAHOS (IAH = 5) e Grupo  com ronco primário (IAH < 5). RESULTADOS: Cento e trinta pacientes (65%) foram incluídos no Grupo com SAHOS e 70 (35%) foram incluídos no Grupo com Ronco Primário. No Grupo SAHOS, 93 (71,5%) são do gênero masculino e 37 (28,5%) do feminino. A idade variou de 24 a 73 anos, o IMC de 22 a 67 Kg/m2, o IAH de 5,4 a 112 eventos/hora e os níveis séricos do T4L e do TSH variaram, respectivamente, de 0,48 a 12,1 ng/dl e 0,35 a 40 mcU/ml. No Grupo com ronco primário, 30 (42,8%) são do gênero masculino e 40 (57,2%) do feminino. A idade variou de 27 a 67 anos, o IMC de 20 a 44,5 Kg/m2, o IAH de 0 a 4,8 eventos/hora e os níveis séricos do T4L e do TSH variaram, respectivamente, de 0,45 a 1,90  ng/dl e 0,35 a 25,9 mcU/ml. Foi observada diferença estatisticamente significante entre as médias dos níveis séricos do T4L do Grupo SAHOS em relação ao Grupo de ronco primário (p=0,0336), o que não ocorreu em relação ao TSH. CONCLUSÃO: A prevalência de hipotireoidismo nos pacientes, encaminhados para avaliação de queixas relacionadas aos distúrbios relacionados ao sono, foi maior que a determinada na população geral. Pacientes com sinais e sintomas sugestivos de hipotireoidismo ou de distúrbios respiratórios relacionados ao sono podem se beneficiar da dosagem hormonal tireoideana.

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TRABALHO CLÍNICO

P-520

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS OBSTRUTIVOS NASAIS EM PACIENTES COM SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO

AUTOR(ES): MARCELO SCAPUCCIN , CRISTIANE SAYURI DE JESUS, FELIPE HIDEO IKEDA, SANDRA DÓRIA XAVIER, JOSÉ EDUARDO LUTAIF DOLCI

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE SAO PAULO

INTRODUÇÃO: A obstrução nasal é freqüentemente relacionada com os distúrbios respiratórios do sono, levando a resistência importante do fluxo aéreo, apnéia, hipopnéia e roncos, comprometendo consideravelmente a qualidade de vida do paciente. Por estes motivos, a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) e a obstrução de vias aéreas superiores são pautas constantes de discussões.

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de queixas nasais em pacientes com SAOS.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados 134 pacientes, entre 18 e 79 anos, em um estudo retrospectivo desde 16\06\2004 com os pacientes do ambulatório do Ronco e Apneia do Sono que apresentaram alterações na polissonografia.

RESULTADOS: No estudo a idade média apresentada entre os avaliados foi de 50,5 anos com índice de massa corpórea média de 29, sendo que 65 (88%) dos eram do sexo masculino e 46 (35%) do sexo feminino. Entre os 133 avaliados, 21 apresentavam SAOS leve, 35 SAOS moderado e 77 SAOS grave. Quarenta e três pacientes (56%) com SAOS grave, 20 pacientes (57%) com SAOS moderada e 11 pacientes (52%) com SAOS leve apresentaram obstrução nasal. 

DISCUSSÃO: O presente estudo reafirmou a convicção de que as alterações nasais influenciam diretamente nos distúrbios do sono.  Porém, há necessidade de maior número de evidências ciêntíficas para a confirmação da relação fisiopatológica entre as queixas e alterações anatômicas nasais e a gênese, ou até mesmo o agravamento da SAOS.

CONCLUSÃO: A obstrução nasal, como foi evidenciado neste estudo, é um dos fatores que correlacionados aos distúrbios respiratórios do sono, assim como a obesidade. Portanto, pode-se inferir que a melhora do fluxo nasal, assim como a perda de peso, poderiam colaborar com a melhor qualidade do sono dos pacientes. 

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TRABALHO CLÍNICO

P-521

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE STREPTOCOCCUS PYOGENES EM OROFARINGE DE CRIANÇAS EM UMA ESCOLA DA REDE PRIVADA DE MACEIÓ

AUTOR(ES): THEREZITA MARIA PEIXOTO PATURY GALVÃO CASTRO , MIRELLA MEDEIROS MONTEIRO, VANESSA LEÃO DE MEDEIROS, DENISE WANDERLEI SILVA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

O Streptococcus ß-hemolítico do grupo A de Lancefield (SBHGA) ou Streptococcus pyogenes é a principal causa de faringotonsilite bacteriana, com alta prevalência de portadores assintomáticos entre crianças em idade escolar. OBJETIVO: Avaliar a prevalência do SBHGA na orofaringe de crianças assintomáticas e relacionar os resultados positivos com a faixa etária, sexo e episódios prévios de faringotonsilite. Método: Estudo prospectivo com 65 crianças, com idade entre 5 a 15 anos, provenientes de uma escola privada da cidade de Maceió-AL, entre os meses de agosto de 2008 a junho de 2009. O isolamento das bactérias da secreção da orofaringe foi realizado em meio ágar-sangue de carneiro a 5%, as colônias foram selecionas através das características da beta-hemólise, sendo submetidas aos testes de gram e catalase e os isolados de Streptococcus pyogenes foram identificados através do antibiograma com SMX/TMP e Bacitracina. RESULTADOS: A prevalência de SBHGA em crianças assintomáticas foi de 7,7% (5 alunos) semelhante a prevalência de SBH do grupo não A (SBHGNA) que foi de 6,15% (4 alunos). Dos pacientes portadores de SBHGA, 60% apresentou episódios de faringotonsilites prévia enquanto apenas 26,78% dos não portadores já haviam apresentado algum episódio anterior. CONCLUSÃO: Diante desses dados podemos sugerir que o aglomerado em sala de aula é fator de risco para o estado de portador assintomático do SBHGA e que os escolares portadores assintomáticos têm mais chance de desenvolver episódios de faringoamigdalite aguda.

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TRABALHO CLÍNICO

P-522

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE ZUMBIDO EM PACIENTES COM OTITE MÉDIA CRÔNICA

AUTOR(ES): MARIANA MICHELIN LETTI , THAIS ARAUJO GOMES, DIOGO MEDEIROS, PATRICIA LINHARES CIMINELLI, FELIPPE FELIX, SHIRO TOMITA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO:  Aproximadamente 90% dos pacientes com zumbido apresentam algum tipo de doença otológica, com perda auditiva identificada ao exame audiométrico. A hipoacusia, independente da etiologia, é a causa mais comum de zumbido. Dentre as doenças que podem cursar com zumbido estão os processos inflamatórios agudos ou crônicos da orelha média, como a otite média com efusão, otite média crônica simples e crônica colesteatomatosa.

OBJETIVO: Avaliar a presença de zumbido no pré operatório de pacientes portadores de otite média crônica simples (OMCS) e otite média crônica colesteatomatosa (OMCC) atendidos  no serviço de otorrinolaringologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho- RJ ( HUCFF) Foram avaliados ainda o sexo e a idade desses pacientes.

MATERIAL E MÉTODO: Foram revisados os prontuários dos pacientes com OMCS e OMCC que deram entrada no serviço de otorrinolaringologia do HUCCFF no ano de 2009 e avaliados quanto à presença ou não de zumbido no pré operatório. Realizada análise da incidência de zumbido em  OMCS e OMCC, bem como a média da idade e sexo desses pacientes.

RESULTADOS: Após a revisão foi constatada  freqüência de 30,46%   de zumbido em pacientes com OMCS e freqüência de  43,24%  em pacientes com OMCC. A idade média foi de 38,9 anos em OMCS e 34,5 anos em OMCC, sendo 69,2% dos pacientes do sexo feminino e 30,7% do sexo masculino para a patologia OMCS e 48,64% do sexo feminino e 51,35% do sexo masculino para OMCC.

DISCUSSÃO e CONCLUSÃO: São escassos os dados existentes na literatura quanto à freqüência de zumbido em patologias inflamatórias crônicas da orelha média, dificultando a comparação dos nossos resultados com a literatura. A literatura mostra que aproximadamente 67% dos pacientes com perda auditiva apresenta zumbido, freqüência maior que a encontrada em nosso estudo com inflamações crônicas de orelha média, possivelmente o zumbido realmente não é tão freqüente nos portadores de otite média crônica. Estudos estão sendo realizados em nosso serviço para avaliar a repercussão das cirurgias para as patologias de orelha média na diminuição ou até resolução do zumbido.

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TRABALHO CLÍNICO

P-523

TÍTULO: PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO DE OBSTRUÇÃO NASAL COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS RELACIONADOS AO SONO EM PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE RONCO E APNÉIA DE UM HOSPITAL-ESCOLA.

AUTOR(ES): MARCELA SUMAN , JOSÉ EDUARDO ANTUNES PINHEIRO, FÁBIO CAPUANO DOMINGOS, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO - FAMERP - SÃO JOSË DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO: A síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é um distúrbio respiratório relacionado ao sono altamente prevalente, afetando cerca de 4% dos homens e 2% das mulheres adultas. Existe relação entre obstrução nasal e roncos/SAHOS, o aumento da resistência nasal pode induzir alterações respiratórias durante o sono alterando a qualidade do mesmo. OBJETIVOS: verificar a prevalência de obstrução nasal em pacientes com queixas de distúrbios respiratórios relacionados ao sono encaminhados ao Ambulatório de Ronco e Apnéia de Sono e sua relação com os preditores da doença. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo de casos retrospectivo em corte transversal onde foram avaliados 195 pacientes entre os anos de 2002 a 2009. Os seguintes dados foram coletados: idade, gênero, índice de massa corpórea, índice de apnéia/hipopnéia durante o sono (IAH), intensidade do ronco, Escala de Epworth, Classificação de Friedman e exame fisico nasal. Os pacientes foram divididos em dois grupos: I- com SAHOS: IAH = 5 e II- com Ronco Primário: IAH < 5. RESULTADOS: Dos 195 pacientes, 133 (68%) são do gênero masculino e 62 (32%) do gênero feminino. Dentre os pacientes com SAHOS, 76% são homens, com idade média de 48 anos, obesos e IAH de grau grave e os pacientes com Ronco Primário são mulheres em mais da metade dos casos (53%), idade média de 45 anos e com sobrepeso. A diferença entre os gêneros, idade, IMC e IAH foi, respectivamente, significante p=0,0002, p=0,224, p=0,0112 e p<0,0001, entre ambos os grupos. Desvio de septo nasal e hipertrofia de conchas foram as alterações anatômicas nasais encontradas mais prevalentes para ambos os grupos ocorrendo, respectivamente, em 78% (111/142) e 28% (40/142) dos casos com SAHOS e 73% (39/53) e 45% (24/53) dos pacientes com Ronco Primário. Não houve diferença significante entre a análise das médias da intensidade do ronco e da Classificação de Friedman entre ambos os grupos de pacientes. Pacientes com SAHOS apresentaram as médias da escala de Epworth significantemente mais altas (p=0,0001) que os pacientes com Ronco Primário. A comparação entre os graus de IAH alterado com a presença de obstrução nasal, com a intensidade do ronco e com a escala de sonolência foi estatisticamente significante em relação ao IAH normal (p=0,0349). A comparação do número total de pacientes com SAHOS apresentando obstrução nasal, com a intensidade do ronco e com o grau de sonolência em relação ao total de pacientes com Ronco Primário foi também de significância estatística (p=0,008). CONCLUSÕES: Houve associação da presença de obstrução nasal com SAHOS. Houve associação do IAH com a obstrução nasal, com a intensidade do ronco e com maior sonolência. A obstrução nasal tem papel importante na patogênese da SAHOS devendo ser realizada sua abordagem diagnóstica quando da avaliação dos pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-524

TÍTULO: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES TOMOGRÁFICAS EM PACIENTES COM RINOSSINUSITE CRÔNICA SUBMETIDOS A CIRURGIA ENDOSCÓPICA NASOSSINUSAL

AUTOR(ES): EDUARDO GARCIA , RAFAEL DIAS DE ALMEIDA MENDES, TIAGO CAVALCANTI DE CARVALHO SANTOS, ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA, EDUARDO SPIRANDELLI

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: A RSC (rinossinusite crônica) pode ser definida como um grupo de doenças caracterizadas pela inflamação da mucosa do nariz e seios paranasais por, no mínimo, 12 semanas. Os principais sintomas relacionados são obstrução nasal, dor ou pressão facial, tosse, rinorréia purulenta, cefaléia e hiposmia. O desenvolvimento recente da cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais (FESS), promovida por Messerklinger e Stammberger, associado aos avanços técnicos nos exames de imagem, permitiu-nos estudar melhor as variações anatômicas das fossas nasais e do complexo ostiomeatal na gênese da doença inflamatória nasossinusal. Entre os exames de imagem, a Tomografia Computadorizada (TC) tem se consagrado como o exame de escolha no diagnóstico das afecções nasossinusais, sendo também fundamental no planejamento cirúrgico dos pacientes. Este exame também revela precisamente as estruturas nasais e possíveis variações anatômicas. Porém, é criticado pela sua baixa especificidade.

OBJETIVO: O objetivo desse estudo é (1) verificar a prevalência das principais alterações anatômicas tomográficas nasossinusais de pacientes com diagnóstico de RSC que foram submetidos a cirurgia  endoscópica dos seios paranasais, e (2) avaliar o real impacto da TC dos seios da face na decisão terapêutica desses pacientes.

METODOLOGIA: Foram avaliados 46 pacientes com diagnóstico de RSC, tratados cirurgicamente no período de janeiro a setembro do ano de 2009. Foi realizado um estudo clínico retrospectivo. Os principais aspectos tomográficos investigados foram: 1) prevalência e distribuição de espessamentos mucosos nos seios da face, bem como o seu velamento completo por material com atenuação para partes moles; 2) alterações anatômicas como: desvio septal moderado e severo, concha média bolhosa, concha média paradoxal, conchas inferiores hipertróficas, células etmoidais infra-orbitarias (células de Haller) e Agner-nasi hiperpneumatizado.

RESULTADOS: O estudo incluiu 46 pacientes. Destes, 33 (71,7%) eram do sexo masculino e 13 (28,3%) eram do sexo feminino. A idade mínima foi 14 anos e a máxima, 64 anos, com média ponderada de 43,4 anos. Dentre as alterações anatômicas presentes, o desvio septal moderado e severo foi o mais freqüente, estando presente em 15 pacientes (32,6%), seguido pela concha média bolhosa (uni ou bilateral) em 12 pacientes (26,1%). Houve acometimento do seio maxilar (uni ou bilateral) por espessamentos mucosos e/ou por material com atenuação para partes moles em 80,4 % dos pacientes, seguido pelos seios etmoidal (63%), esfenoidal (43,5%) e frontal (41,3%).

CONCLUSÃO: A tomografia computadorizada é um exame fundamental no estudo da anatomia dos seios da face e das suas possíveis variações anatômicas, sendo fundamental no planejamento da cirurgia endoscópica endonasal. Neste estudo, o desvio septal e a concha média bolhosa foram as alterações anatômicas nasossinusais mais prevalentes entre os pacientes com RSC. Os seios maxilar e etmoidal foram os que apresentaram mais alterações tomográficas sugestivas de sinusopatia. A rinossinusite crônica, porém, não é causada unicamente por processos obstrutivos, mas principalmente por distúrbios intrínsecos da mucosa nasossinusal que alteram o clearance mucociliar. Portanto, a participação das alterações anatômicas nasossinusais na gênese da RSC ainda não esta bem definida. Novos estudos são necessários para estabelecer tal relação.

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TRABALHO CLÍNICO

P-525

TÍTULO: PRODUÇÃO DE RUÍDO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

AUTOR(ES): MARCIA MARIA DE FREITAS DIAS , OSVALDO VINÍCIUS BIILL PRIMO, LAYLA MENDES FARIA, ANA ADELINA GIANTOMASSI DELLA TORRE, ANA CRISTINA LANFRANCHI ASPRINO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ

INTRODUÇÃO: Com os avanços em neonatologia decorrentes do desenvolvimento tecnológico e com o aumento da sobrevida de bebês de baixo peso e de pequena idade gestacional exigindo maiores períodos de hospitalização, cada vez mais se faz necessário dar-se atenção para os possíveis efeitos nocivos do ruído sobre estes bebês de saúde tão débil. São descritos efeitos fisiológicos e comportamentais deletérios no neonato exposto a ruído, bem como a potencialização dos efeitos lesivos das drogas ototóxicas. Para evitar esse risco, é importante conhecer quais fatores podem aumentar o nível de ruído em unidades de terapia intensiva.

OBJETIVO: Quantificar o ruído de impacto provocado dentro de uma incubadora, em situações variadas, a fim de conscientizar a equipe de saúde que lida com os neonatos.

METODOLOGIA: Colocou-se o decibelímetro da marca Minipa, modelo 1352C, numa incubadora, no local onde ficaria a cabeça do bebê, e em seguida procedeu-se à aferição de várias fontes de ruído normalmente geradas durante a manipulação da mesma, nos modos delicado e brusco, tais como: abrir e fechar a portinhola; abaixar, levantar, retirar e colocar a plataforma de base; abrir e fechar a gaveta do gabinete inferior; e empurrar a incubadora; além do ruído do alarme da incubadora e o do ato de tamborilar sobre ela. O ruído foi registrado em nível de pressão sonora (NPS) na sua máxima intensidade durante a manobra.

RESULTADOS: Foram encontrados níveis de ruído superiores a 45 decibéis, o nível máximo recomendado pela Academia Americana de Pediatria, em todas as situações. O valor mínimo registrado foi de 48 decibéis, ao fechar a portinhola, e o máximo foi de 82 decibéis, ao abaixar a plataforma de base. Verificou-se também que a manipulação realizada de forma delicada reduziu em até 40% o nível de ruído.

CONCLUSÃO: Medidas comuns, como fechar a portinhola da incubadora bruscamente, deixar o alarme da incubadora ligado e tamborilar sobre ela, aumentam o nível de ruído, conhecidamente prejudicial para a saúde do neonato. É importante conscientização e atenção da equipe de saúde que lida com essa clientela durante a realização dos procedimentos e a manipulação dos aparelhos, bem como dos visitantes da Unidade de Terapia Intensiva. Seria interessante também o desenvolvimento de aparelhos que produzam menos ruído.

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TRABALHO CLÍNICO

P-526

TÍTULO: PROGRAMA DE SAUDE AUDITIVA NO MUNICIPIO DE JUIZ DE FORA ? MINAS GERAIS

AUTOR(ES): APARECIDA REGINA BRUM , FERNANDO CESAR RODRIGUES DE SOUZA, RITA DE CASSIA VILELA SILVA PETERS, EVANDRO RAMOS RIBEIRO DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE ATENDIMENTO A SAUDE AUDITIVA DE JUIZ DE FORA -CLÍNICA DR. EVANDRO RIBEIRO DE OLIVEIRA .

INTRODUÇÃO: O Programa de Saúde Auditiva do Município de Juiz de Fora foi credenciado através da PORTARIA SAS/MS n° 518 de 25 de novembro de 2005. No período de 01 dezembro de 2005 até 31 de dezembro de 2009, atendeu 5.759 pacientes através do Sistema Único de Saúde. Comprovando a parceria de sucesso entre o sistema público e privado.  Sendo este serviço como a única referência (SASA ? Serviço de Assistência a Saúde Auditiva) na região de Zona da Mata Mineira (população de 1,5 milhões de habitantes). Este trabalho vem a expor a forma eficaz de como o serviço pode ser executado. Traz a experiência de 5 anos de atendimento orientando-se pelos princípios básicos do SUS: universalidade, equidade e integralidade.

OBJETIVO: Exemplificar através de gráficos estatísticos a evolução anual no atendimento dos pacientes com suspeita ou deficiências auditiva do Sistema Único de Saúde no SASA referenciado em Juiz de Fora. 

METODOLOGIA: Estudo de coorte transversal, comparativo e quantitativo através da captação dos dados colhidos dos prontuários preenchidos no serviço referenciado (nome, idade, sexo, raça, município, etiologia, acompanhamento e escolaridade). Os dados serão separados de acordo com o ano da inscrição no SASA dos pacientes atendidos, relativo ao primeiro dia de janeiro até o último dia de dezembro.

RESULTADOS: Mediante os números obtidos na estatística dos pacientes atendidos pelo programa de Saúde auditiva podemos constatar que: o fortalecimento das juntas reguladoras das micro-regiões e a política de descentralização do atendimento fonoaudiológica na região da zona da mata converteram no aumento de pacientes de outros municípios e o decréscimo no decorrer dos anos dos usuários encaminhados pelo município sede A estatística refere-se aos pacientes atendidos entre os anos de 2005 a 2009 (2005: Juiz de Fora 81,63% outros municípios 18,36%; 2006: Juiz de Fora 76% outros municípios 25,99%; 2007: Juiz de Fora 71,26% outros municípios 28,73%; 2008: Juiz de Fora 57,12% outros municípios 42,87%; 2009: Juiz de Fora 55,09% outros municípios 44,90%). Quanto ao sexo houve um equilíbrio na procura, havendo uma percentagem maior de 12% do sexo feminino em relação ao masculino. De acordo com a idade dos usuários podemos avaliar uma maior procura dos acima de 60 anos (1 mês até 03 anos: 1%; de 04 a 14 anos: 4%; de 15 a 59 anos: 35%; acima de 60 anos: 60%).  De 2005 a 2008 tivemos uma crescente procura de usuários com idade até 03 anos, porém em 2009 o atendimento de triagem auditiva neonatal do município de Juiz de Fora foi paralisado, acarretando um decréscimo no referido ano para crianças de até 03 anos (2005= 0%, 2006= 1,96%, 2007= 2,75%, 2008= 4,65%, 2009= 1,60%). Este fato refletiu sobre o Programa de Saúde Auditiva, comprovando que a política de triagem auditiva neonatal é de extrema importância para o desenvolvimento do programa de Saúde Auditiva na alta complexidade.

CONCLUSÃO: A realização do estudo estatístico do Programa de Saúde Auditiva no Município de Juiz de Fora, transforma em um instrumento de comprovação da eficácia das políticas de saúde empregada na região. O atendimento teve inicialmente a prover a cidade sede do Serviço. Fato gerado devido a grande demanda reprimida, da qual projeto similar já desenvolvido pelo próprio município. Porém a eficácia no préstimo junto à política de descentralização do atendimento fonoaudiológico, empregado pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, refletiu na ampliação do número de atendimentos de usuários de outros municípios. Todos os dados colhidos do Programa de Saúde Auditiva podem delinear o estudo epidemiológico da região da Zona da Mata Mineira.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-527

TÍTULO: PROJETANDO CÂNULA DE TRAQUEOSTOMIA EM SUPERCOMPUTADOR PARALELO USANDO MODELO TRIDIMENSIONAL BASEADO EM DADOS RADIOLÓGICOS DO PACIENTE

AUTOR(ES): LAURO OTACILIO CAMPOS DE SOUSA , ALESSANDRO MARINHO DE ALBUQUERQUE, JAMES DARY ALMEIDA BARBOSA, RICARDO ALEXSANDRO DE MEDEIROS VALENTIM, GUILHERME RAINER HAETINGER, MARCUS VINICIUS PASSOS, LARISSA ROBERTA CAMPOS DE SOUSA

INSTITUIÇÃO: UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO :

Pacientes apresentando obstrução permanente das vias aéreas na maioria das vezes necessitam de traqueostomia.   Usualmente, a cânula de traqueostomia é necessária para manter abertos os tecidos moles do pescoço e a fenestração traqueal.   Em pacientes hospitalizados, uma cânula traqueal (rígida ou plástica) composta de parte externa e interna é frequentemente usada.    

A utilização de recursos de Computação Gráfica (C.G.) aliada à reconstrução de um modelo tridimensional do paciente (a partir de dados radiológicos DICOM) permite projetar e fazer o design em C.G. de uma cânula traqueal perfeitamente adequada às medidas da traquéia destes pacientes.

OBJETIVOS:

Através do uso de recursos avançados de C.G., realizar a construção de um modelo tridimensional do paciente usando dados radiológicos (DICOM) e confecção de uma cânula virtual usando técnicas de modelagem poligonal.   Propomos um novo método para a criação de uma cânula traqueal projetada por computação gráfica a partir das medidas obtidas diretamente do modelo tridimensional virtual da traquéia do paciente.

MATERIAIS E MÉTODOS:

Utilizamos softwares profissionais de C.G. e dados radiológicos DICOM para construir um modelo tridimensional do paciente (Partes moles, óssea e cartilaginosa).  Através de recursos de C.G., desmembramos o modelo tridimensional inicial em três outros modelos: A) Modelo tridimensional de tecidos moles; B) Modelo tridimensional de tecidos cartilaginosos (traquéia e obstrução); C) Modelo tridimensional de parte óssea (que não será utilizado neste caso).                               

A partir do modelo tridimensional de tecidos cartilaginosos, fazemos as medições de diâmetros, comprimentos e envergadura.  De posse desses dados mensuráveis modelamos virtualmente a cânula traqueal incluindo suas partes externa, interna e o introdutor (guia) todos projetados em computador e finalizados com texturização criada tembém em computador para aparentar material metálico ou plástico e ter as respectivas propriedades físicas (refração, brilho, textura, etc...).

RESULTADOS:

Podemos observar os resultados obtidos através dos screenshots onde vemos as diferentes fases da criação da cânula traqueal feita sob medida para o paciente desde a criação do modelo tridimensional virtual do paciente a partir de dados radiológicos DICOM até a cânula tridimensional criada em C.G. propriamente dita.

CONCLUSÃO:

A utilização de broncoscopia virtual tridimensional para pacientes com anatomia incomum de vias aéreas pode ser de grande ajuda para a criação de uma cânula traqueal adequada às dimensões da traquéia do paciente.   Além disso, é um método não invasivo para definir a forma de uma cânula feita sob medida.   A broncoscopia virtual pode também auxiliar na localização desejada de uma fenestra quando uma cânula traqueal que permita a fala é considerada.

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TRABALHO EXPERIMENTAL

P-528

TÍTULO: PROJETANDO IMPLANTES COCLEARES EM SUPERCOMPUTADOR PARALELO ATRAVES DA UTILIZAÇÃO DE RECONSTRUÇÃO 3D DE ALTA RESOLUÇÃO DO OUVIDO INTERNO DO PACIENTE

AUTOR(ES): LAURO OTACILIO CAMPOS DE SOUSA , ALESSANDRO MARINHO DE ALBUQUERQUE, JAMES DARY ALMEIDA BARBOSA, RICARDO ALEXSANDRO DE MEDEIROS VALENTIM, GUILHERME RAINER HAETINGER, MARCUS VINICIUS PASSOS, LARISSA ROBERTA CAMPOS DE SOUSA

INSTITUIÇÃO: UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO:

O ouvido interno humano, por suas dimensões reduzidas e localização anatômica, é hoje um dos maiores desafios no campo da radiologia.

Os mais modernos aparelhos de imagem limitam a distância entre cada tomo

(slice) a, no máximo, 0,25 ou 0,3 mm permitindo gerar uma imagem de Reconstrução 3D de qualidade razoavelmente satisfatória porém deixando ainda muito a desejar.  A utilização da Computação Gráfica pode ajudar a obter ganhos de até 400% na resolução das reconstruções 3D geradas a partir de DICOM e também permite realizar testes virtuais de inserção do implante coclear na reconstrução 3D do ouvido interno humano bem como ajudar a projetar e desenvolver novos formatos de eletrodos que se ajustem melhor às

curvaturas e nuances da cóclea do paciente.

OBJETIVOS:

O objetivo deste trabalho é demonstrar o uso da reconstrução 3D (a partir dos dados DICOM obtidos de TC e RNM) e de recursos de Computação Gráfica (C.G.) aliados a algoritmos gráficos proprietários específicos (Protegidos por Patente) para obter ganho de resolução de até 400% na reconstrução 3D do ouvido interno humano e criar animações tridimensionais

médicas em alta resolução que demonstrem a colocação e posicionamento do

Implante Coclear tanto num modelo tridimensional de ouvido interno humano do

paciente quanto num modelo computacional gerado por técnicas de Computação Gráfica (pré-modelo).

MATERIAIS E MÉTODOS:

Para o modelo da cóclea humana real, os dados foram obtidos a partir do aparelho de tomografia computadorizada (no formato DICOM) e gravados em CD-ROM na máxima resolução oferecida pelo aparelho, ou seja, com distanciamento de 0,3 mm de um tomo para outro.

Em seguida são importados para um software específico de montagem (O software de montagem é um software integrado para processamento e edição de imagens 3D baseado em dados de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética (DICOM)).  O software de montagem exporta os dados em uma grande variedade de formatos e oferece funções extendidas de visualização e segmentação traduzindo dados de TC e RNM em Modelos 3D brutos para softwares de C.G.

CONCLUSÃO:

Aliar os recursos dos novos e poderosos softwares profissionais 3D de Computação Gráfica, os softwares montadores, o avançado hardware das estações gráficas dedicadas, o conhecimento médico específico e o conhecimento de linguagens de programação gráfica específicas nem sempre é uma tarefa fácil ou prazerosa mas, à vista dos resultados obtidos, temos um estímulo constante em avançar cada vez mais nas fronteiras desta área relativamente nova de pesquisa. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-529

TÍTULO: PSEUDOTUMOR INFLAMATÓRIO EM OSSO TEMPORAL: UMA RARA APRESENTAÇÃO

AUTOR(ES): ELIONES DANTAS PINTO DO AMARAL , HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, CAIO ATHAYDE NEVES, MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA, TATIANA CUNHA DE CARVALHO MATOS, OSWALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS

INTRODUÇÃO: O pseudotumor inflamatório (PTI) é uma patologia benigna que acomete principalmente pulmão e órbita, mas pode ser encontrada em qualquer parte do corpo. Sua apresentação mimetiza tanto clinicamente quanto radiologicamente um tumor maligno. O diagnóstico definitivo é afirmado pela histopatologia que evidencia miofibroblastos e células inflamatórias.

OBJETIVO: Apresentamos um relato de caso de um raro pseudotumor inflamatório de osso temporal que foi acompanhado no Serviço de Otorrinolaringologia de um Hospital Militar Terciário.

METODOLOGIA: Revisão bibliográfica de artigos médico indexados nos últimos 5 anos.

CONCLUSÃO: Relatamos um caso de pseudotumor inflamatório de osso temporal que inicialmente assemelhava-se bastante a uma neoplasia maligna, tanto na clínica quanto na imagenologia, o paciente foi submetido a uma timpanomastoidectomia radical e o estudo anatomopatológico demonstrou tratar-se de uma singular patologia. O paciente mantém-se após dois anos assintomático. O PTI é um raro tumor e é um diagnóstico que não deve ser ignorado em patologias que acometem a região de cabeça e pescoço. Um diagnóstico rápido, favorece a uma adequada condução, minimizando eventuais seqüelas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-530

TÍTULO: PSEUDOTUMOR ORBITÁRIO EM PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

AUTOR(ES): LUCAS MOURA VIANA , SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, PATRÍCIA ARAÚJO ANDRADE, PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO, LIZANDRA KELY DE SOUSA GUARITA, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, MÁRCIO NAKANISHI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO: O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória autoimune, multissistêmica. O acometimento ocular também se faz presente nessa doença. O pseudotumor orbitário é manifestação rara no lúpus eritematoso sistêmico. Até o momento, existem poucos relatos de caso de quadro semelhante.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 36 anos, parda, apresentando epífora, prurido ocular, proptose, súbita e progressiva, redução da acuidade visual e dor orbitária, todos à direita. Portadora de LES, diagnosticado em 2008, apresentando síndrome reumatóide, glomerulonefrite lúpica, FAN positivo (anti-Sm e anti-RNP), em tratamento com ciclofosfamida, já tratada anteriormente com prednisona e metotrexato. Tem história prévia de ser contactante de tuberculose e ter sido internada pela pneumologia em 2006 com suspeita de tuberculose pulmonar (condensação pulmonar, hemoptise, dor torácica, febre, PPD forte reator e amostra de escarros negativas) tratada empiricamente com esquema RIP. Evoluiu com queixa de obstrução nasal e epífora direita, sendo encaminhada ao serviço de otorrinolaringologia do HUB.  Ao exame apresentava assimetria facial com proptose importante à direita, e ausência de corneto inferior e atrofia de corneto médio à rinuscopia anterior direita. A TC mostrou espessamento dos músculos mediais do olho direito e displasia fibrosa do seio maxilar. Na RM, formação expansiva pálida intra-orbitária à direita de aspecto inespecífico e hipoplasia do seio maxilar com espessamento heterogêneo de sua parede. Foi submetida à ressecção parcial lesão para descompressão orbitária. A análise histopatológica da peça cirúrgica evidenciou denso infiltrado linfohistioplasmocitário com formação de granulomas com células gigantes, além de bacilos álcool-ácido resistentes. Em seguida iniciou terapia RIP pela suspeita de tuberculose ocular, associada com prednisona dose imunossupressora e pulsos de ciclofosfamida, apresentando melhora clínica do quadro ocular. No momento em tratamento com radioterapia devido ao tecido tumoral remanescente próximo ao nervo óptico.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: A paciente do presente relato apresenta um quadro multissistêmico, caracterizado por síndrome reumatóide, glomerulonefrite lúpica, FAN positivo e anticorpos anti-Sm e anti-RNP positivos, levando ao diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Além disso, apresentou dor torácica,hemoptise, febre, PPD forte reator e alterações radiológicas pulmonares, levando a uma suspeita de tuberculose. Apesar de não serem encontrados bacilos álcool-ácido resistentes na prova do escarro, foi optado por iniciar o esquema RIP para esta paciente.

O pseudotumor orbitário inflamatório ou inflamação orbital idiopática foi descrito pela primeira vez por Gleason, em 1903 e, posteriormente, nomeado por Birch-Hirschfeld em 1930, como doença inflamatória idiopática benigna que pode afetar qualquer estrutura da órbita. O acometimento ocular varia desde processo difuso a comprometimento focal de tecidos específicos da órbita, como glândula lacrimal, músculos extraoculares e gordura orbitária, sendo comuns sintomas como dor, proptose, sinais e sintomas inflamatórios locais. Acredita-se que seja secundária a doença autoimune, infecção ou trauma. Reconhecimento precoce dessa condição clínica é fundamental, uma vez que pode apresentar curso clinicamente maligno, com perda da visão e disfunção oculomotora. Condições clínicas associadas incluem infecção viral de via aérea superior, faringite estreptocócica, lúpus eritematoso sistêmico (LES), amiloidose, Granulomatose de Wegener, artrite psoriática, doença de Lyme, miocardite de células gigantes, doença de Crohn, doença de Behçet, doença de Still do adulto, artrite reumatóide, Churg-Strauss entre outras.

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TRABALHO CLÍNICO

P-531

TÍTULO: QUALIDADE DE SONO EM ESTUDANTES DE MEDICINA

AUTOR(ES): SILKE ANNA THEREZA WEBER , FELIPE KAZAN, BRUNO MARCOS ZEPONI FERNANDES DE MELLO, DIEGO SHERLON PIZZAMIGLIO, REGINA HELENA GARCIA MARTINS

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

INTRODUÇÃO: O sono cumpre o importante papel de restaurar as condições físicas e mentais do ser humano. Dentre os grupos que se enquadram neste nível de privação de sono estão os estudantes do curso de graduação em medicina, por possuírem alta carga horária acadêmica e, muitas vezes, recorrem à privação do sono para realização de várias atividades diárias, muitas delas fora do horário das atividades curriculares, somado à responsabilidade crescente ao longo do curso para os cuidados da saúde dos pacientes.

OBJETIVO: Avaliar a percepção subjetiva de qualidade de sono em estudantes do curso de medicina com o uso de questionários validados de qualidade de sono.

MÉTODOS: Foi selecionado o questionário de qualidade de sono de Pittsburg (PSQI), por se tratar de um instrumento de análise difundido mundialmente e validado para a avaliação de distúrbios do sono, indicando probabilidade de distúrbios do sono com escore > 5. Responderam o questionário qualquer aluno matriculado cursando entre o  primeiro ao sexto anos do curso de medicina.

RESULTADOS: Dentre os 540 alunos matriculados, 377 responderam ao questionário. Apenas 10,08% apresentaram PSQI < 5. A média de horas dormidas por noite variou entre 6:14 (5º ano) e 6:34 (2º ano); 35,01% demoram mais de 30 minutos para conseguir dormir. 39,26% classificaram a qualidade do sono como ruim ou muito ruim; 8,49% fazem uso de medicamentos para dormir ao menos uma vez por semana; 36,87% apresentam dificuldade em se manter acordado durante o dia ao menos uma vez por semana; 50,40% apresentam indisposição para atividades diárias ao menos uma vez por semana; 70,56% cochilam, sendo que destes, 47,74% não têm intenção de cochilar.

CONCLUSÃO Há um comprometimento importante na qualidade do sono em estudantes de medicina, durante todo o curso de graduação, com repercussões importantes na vida diária. Apesar da freqüente percepção da má qualidade do sono, não é interpretado como problema ou distúrbio, com possíveis repercussões nocivas à saúde. Há necessidade de melhorar as informações sobre a importância do sono. Os coordenadores de cursos de graduação devem estar mais atentos sobre possíveis sobrecargas e melhorar a qualidade de vida dos estudantes de medicina.

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TRABALHO CLÍNICO

P-532

TÍTULO: QUALIDADE DE VIDA EM VOZ EM PACIENTES SUBMETIDOS A LARINGECTOMIA TOTAL E REABILITAÇÃO VOCAL COM PRÓTESE FONATÓRIA: ESTUDO BRASILEIRO

AUTOR(ES): DANILO ANUNCIATTO SGUILLAR , GIULIANNO MOLINA DE MELO, CLIMÉRIO P. NASCIMENTO, ROGÉRIO RAMOS CAIADO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A WHO define saúde como o bem estar físico, mental e social do indivíduo, acrescentando a qualidade de vida (QV) devido a necessária percepção do indivíduo sobre sua condição no contexto cultural e social. No Brasil, a avaliação da QV em voz (QVV) é prejudicada por fatores de disfunção vocal e a Laringectomia Total (LT) ainda é um dos principais tratamentos. A percepção do paciente sobre sua nova voz e o impacto na QV não foi estudado em LT no Brasil e a literatura demonstra que o questionário sobre a QVV aplicado aos laringectomizados correlacionaram a reabilitação fonatória à uma excelente qualidade de vida em voz. OBJETIVO: Estudar a qualidade de vida em voz em pacientes submetidos a Laringectomia total e reabilitação com prótese fonatória no período retrospectivo de cinco anos. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo em cinco anos de todos pacientes submetidos á LT e reabilitação fonatória primária ou secundária no Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo pelo serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Critérios de exclusão: óbitos, perda de seguimento, retirada da prótese ou recidivas. Instrumentos: Protocolo de Qualidade de Vida em Voz - QVV- versão Brasileira (Gasparini, Behlau, 2005). Os escores foram calculados e o maior escore indica uma maior correlação entre voz e qualidade de vida. RESULTADOS: Realizadas 32 LT em 5 anos, com 4 óbitos por doença, 13 com perda de seguimento, 11 implantes de prótese primários, 4 implantes de prótese secundário e o total de 15 indivíduos objetos deste estudo. Encontramos média de escore de QVV para ambos os grupos, no domínio sócio-emocional (DSE) o valor de 54,6, no domínio de função física (DFF), 48,00 e total geral (EG) 51,00. Na análise do Grupo de Implante Primário de Prótese (GIP), os valores de QVV foram: 45,6; 48,8 e 42,7 respectivamente para EG, DSE e DFF e na análise do Grupo de Implante Secundário de Prótese (GIS), os valores de QVV foram respectivamente: 65,6; 70,3 e 62,5. Na comparação dos dados pelo teste t de student não houve significância estatística (p=0,350633055; p= 0,186238595 e p= 0,286606089 respectivamente). Na obtenção da avaliação Ótima e Boa (escores maiores que 70 e entre 70 e 40) e Ruim (escore menor que 39), comparando-se os grupos GIP e GIS, houve uma tendência estatística de diferença a favor do grupo GIP (p= 0,068903509). CONCLUSÕES: Encontramos em nossa análise uma tendência estatística a favor das avaliações ótima e boa da QVV no GIP de prótese fonatória quando comparado com o GIS, sugerindo que este procedimento deva ser feito de rotina. Um estudo multicêntrico, com número maior de pacientes pode confirmar esta tendência. A análise da QVV para os pacientes laringectomizados reabilitados com prótese fonatória deve ser realizada de rotina nos serviços de cirurgia de cabeça e pescoço para permitir troca e comparação dos dados e o aprimoramento no tratamento e reabilitação destes pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-533

TÍTULO: QUEIXAS DISFÁGICAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E NÃO INSTITUCIONALIZADOS

AUTOR(ES): TIAGO PAGANUCCI LODI, SULENE PIRANA, EVELIN TESSER, CAMILA SHINKAWA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

INTRODUÇÃO: A expectativa de vida mundial tem aumentado, com o crescimento da população idosa, definida como sendo os indivíduos com idade superior a 60 anos, nos países em desenvolvimento . Estima-se que 70% a 90% dos indivíduos desta faixa etária apresente algum distúrbio da deglutição. Deglutição é o fenômeno complexo responsável pelo transporte do alimento da boca ao estômago, envolvendo estruturas anatômicas neuro-musculares orais, faríngeas, laríngeas e esofágicas. A disfagia  pode levar a diversas repercussões no organismo: complicações pulmonares, desnutrição e desidratação.

OBJETIVO: O trabalho foi desenvolvido visando comparar a incidência de queixas disfágicas em idosos institucionalizados e não-institucionalizados e, neste último grupo, comparar os idosos economicamente inativos e os ativos.

METODOLOGIA:Foram aplicados questionários a 150 voluntários com mais de 60 anos, sendo que, 50 destes encontravam-se institucionalizados (grupo A), 50 não-institucionalizados e economicamente inativos (grupo B) e outros 50 indivíduos não institucionalizados e economicamente ativos (grupo C). Ambos os grupos apresentavam composições semelhantes sendo 60% do sexo feminino.Foram questionados a respeito dos seguintes aspectos: dificuldade para engolir, engasgos com diferentes consistências alimentares, engasgo com a própria saliva, odinofagia, variação de peso corporal, mudança na alimentação, alteração paladar, alteração olfato, incidência de pneumonias e alimentar-se sozinho.

RESULTADOS: Engasgo com alimentos sólidos foi referido por 14% dos entrevistados, para pastosos 4% e para líquidos 11%. Odinofagia apareceu em 5% dos questionários, mudança na alimentação 16%, alteração do paladar em 11%, alteração do olfato em 7% e pneumonia em 6%. Apresentaram diferença estatística a um nível de 10%: dificuldade para engolir, variação do peso corporal, engasgo com a própria saliva e alimentar-se sozinho.Dificuldade à deglutição foi apontada por 12% dos idosos, sendo semelhante nos grupos A (18%) e B (16%) e menos frequente no C (2%).Variação ponderal foi citada por 42% dos entrevistados, sendo o emagrecimento em 25%. O grupo A foi o que teve mais idosos que emagreceram (42%), seguido pelo B (28%) e no C (4%). No grupo B 22% referiram ter engordado, 12% no C e 9% no A. A incidência de queixa de engasgo com a própria saliva foi semelhante entre os grupos A (22%) e B (18%) e muito menor no C (2%).A necessidade de um cuidador para a alimentação esteve presente nos grupos A e B em 16% e foi nula no grupo C.

CONCLUSÕES: Ao analisar os dados colhidos constata-se que as queixas de dificuldades para engolir, engasgos com a própria saliva e necessidade de um cuidador durante a alimentação em idosos economicamente ativos são menos frequentes em relação aos outros dois grupos, que apresentaram incidências semelhantes.A queixa de perda ponderal foi mais freqüente entre os indivíduos institucionalizados, com redução entre os economicamente inativos e redução ainda maior entre os indivíduos economicamente ativos. Considerando a queixa de ganho ponderal o grupo que sobressaiu-se foi o dos economicamente inativos em relação aos demais.Podemos estabelecer uma relação direta entre as condições gerais de saúde e situação econômica dos idosos e a freqüência de queixas disfágicas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-534

TÍTULO: QUEIXAS VOCAIS EM PROFESSORES E NÃO-PROFESSORES: ESTUDO COMPARATIVO DO GRAU DE INCAPACIDADE VOCAL

AUTOR(ES): FELIPE BARBOSA MADEIRA , FLÁVIA ARAUJO BARROSO PEREIRA, BRUNA ARAUJO VELEZ, NICOLE YABRUDI BRIMANA

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES - FACULDADE DE MEDICINA

INTRODUÇÃO: As queixas relacionadas a voz, caracterizadas conjuntamente como disfonia, e sintomas faringolaríngeos associados ao uso da voz são comuns entre profissionais de voz, dentre estes os professores. Tais alterações podem trazer diferentes graus de incapacidade vocal, em diferentes situações de caráter funcional, emocional ou física. Este estudo tem como objetivo estudar comparativamente a prevalência das queixas vocais entre dois grupos, professores e não-profissionais da voz, analisando o grau de incapacidade vocal. MATERIAL E MÉTODO: Estudo epidemiológico transversal controlado, através da aplicação do questionário Voice Handicap Index (VHI) em 50 professores e 50 não-profissionais da voz. RESULTADOS: O grau de incapacidade vocal refletido pelas pontuações total e dos sub-itens do VHI se mostrou maior no grupo de professores de forma estatisticamente significativa (p<0,05). CONCLUSÃO: As queixas vocais mostram grande prevalência no grupo de professores e trazem grau maior de incapacidade vocal, de forma estatisticamente diferente do grupo não-profissional da voz, conforme evidenciado pelos dados obtidos pelo questionário VHI.

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TRABALHO CLÍNICO

P-535

TÍTULO: QUEIXAS VOCAIS EM PROFESSORES E NÃO-PROFESSORES: ESTUDO COMPARATIVO DOS FATORES ASSOCIADOS À DISFONIA

AUTOR(ES): FELIPE BARBOSA MADEIRA , FLÁVIA ARAUJO BARROSO PEREIRA

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO TÉCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES - FACULDADE DE MEDICINA

INTRODUÇÃO: As queixas relacionadas a voz, caracterizadas conjuntamente como disfonia, e sintomas faringolaríngeos associados ao uso da voz são comuns entre profissionais de voz, dentre estes os professores. Tais alterações podem trazer diferentes graus de incapacidade vocal. Objetiva-se neste trabalho estudar comparativamente a prevalência das queixas vocais entre dois grupos, professores e não-profissionais da voz, analisando a dinâmica do trabalho relacionada a maior prevalência destas queixas. MATERIAL E MÉTODO: Estudo epidemiológico transversal controlado. Aplicação do questionário do questionário de auto-avaliação da saúde vocal em 50 professores e 50 não-profissionais da voz. RESULTADOS: O grau de incapacidade vocal refletido pela prevalência de rouquidão, assim como as dificuldades e limitações impostas pelas alterações vocais, se mostrou maior no grupo de professores (p<0,05). CONCLUSÃO: As queixas vocais mostram grande prevalência no grupo de professores, estatisticamente diferente do grupo não-profissional da voz, traduzindo grau importante de incapacidade para o trabalho e encontrando suas causas em fatores relacionados a prática docente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-536

TÍTULO: RABDOMIOSSARCOMA DE ORELHA MÉDIA ? RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA , SAMUEL LOPES BENITES, THIAGO PONTES EUGÊNIO, WILIAN MADUELL DE MATTOS, MARIA CARMELA CUNDARI BOCCALINI, ANTÔNIO AUGUSTO LOPES SAMPAIO, ANDY DE OLIVEIRA VICENTE

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: O Rabdomiossarcoma (RMS) é uma neoplasia maligna de partes moles oriunda de células mesenquimais primitivas. É o sarcoma mais freqüentemente encontrado em crianças.

O RMS é classificado histológicamente em: botrióide, de células fusiformes, embrionário, alveolar indiferenciado e sem outras especificações. O tipo histológico mais freqüente é o embrionário.

Existem três grandes regiões anatômicas de acometimento primário pelo rabdomiossarcoma com importância para o prognóstico: orbital, parameníngeo e não parameníngeo. A localização parameníngea é mais freqüente e compreende fossa infratemporal, nasofaringe, orelha média, mastóide, seios paranasais, determinando uma maior dificuldade de ressecção.

A localização, tipo histológico, ressecabilidade, tamanho e vascularização determinam o prognóstico deste tumor.

O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um paciente com RMS e realizar uma revisão da literatura .

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, cinco anos, natural de Guarulhos, São Paulo, apresentando otorréia seguida de otorragia há 55 dias sem melhora com tratamento clínico e abaulamento antero, póstero, ínfero e supero auricular direito. Realizada TC e RM que demostravam grande erosão óssea e lesão expansiva em orelha média. Realizada biópsia com estudo imuno-histoquímico que evidenciou rabdomiossarcoma embrionário.

DISCUSSÃO: A literatura revisada sobre RMS descreve predominância no sexo masculino, com faixa etária de maior prevalência de 1 a 9 anos.

A localização parameningea é mais freqüente e tem pior prognóstico. Alguns autores obtiveram uma mortalidade de cem por cento dos pacientes.

Neste trabalho apresentamos um caso onde o sexo, faixa etária, localização anatômica e tipo histológico da patologia coincidem com os dados da literatura. Vale ressaltar que a localização parameníngea é a mais freqüente, porém os sarcomas de cabeça e pescoço são raros.

As manifestações clínicas deste tumor são similares as das otites médias e não existe segundo a literatura uma clara correlação entre os sintomas/sinais desta doença e o estágio e/ou prognóstico. Diferentemente das otites médias que tem seu diagnóstico clínico, este tumor de região parameníngea necessita de exames de imagem, o qual muitas vezes não é solicitado pelo otorrinolaringologista dificultando o diagnóstico precoce e tratamento eficaz da doença. O fato de uma aparente otite média não responder a terapia antimicrobiana correta deve chamar atenção para este diagnóstico diferencial.

CONCLUSÃO: O RMS é um tumor muito agressivo e de evolução clínica muito rápida, o que torna seu manejo muito difícil, principalmente quando o diagnóstico não é feito em tempo hábil.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-537

TÍTULO: RABDOMIOSSARCOMA EMBRIONÁRIO DE OUVIDO MÉDIO

AUTOR(ES): CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO , ANDRÉ LUÍS LOPES SAMPAIO, DANIELE LENZI PIMENTEL, CARLOS ALBERTO MAURÍCIO JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO: A causa mais comum de paralisia facial periférica é idiopática. A paralisia facial periférica é uma complicação incomum da otite media crônica supurativa .Tumores da orelha média são raros em crianças. As características clínicas incluem: otite media crônica, otorréia, linfadenopatia cervical, pólipos em conduto auditivo externo, perda auditiva e assimetria facial. O rabdomiossarcoma é o tumor maligno de partes moles mais comumna infância, com pico de incidência entre 2 a 5 anos de idade. A incidência de rabdomiossarcoma foi estimada em 0,44 por 100.000 em brancos. Cerca de 50% de dos rabdomiossarcomas em crianças ocorrem na região da cabeça e pescoço, no entanto, a orelha é raramente envolvida.

OBJETIVO: Relato de caso de uma criança com paralisia facial unilateral, pólipo em condito auditivo externo e otorréia. A biópsia da lesão revelou um rabdomiossarcoma embrionário de ouvido médio. 

RELATO DE CASO: M.V.R.T, feminino, 3 anos, branca, deu entrada na emergência de Otorrinolaringologia do Hospital de Base do Distrito Federal com história de otalgia de moderada intensidade em ouvido esquerdo há 03 meses associada a assimetria facial. Há 02 meses relata piora da otalgia associada a otorréia espessa e piora do estado geral. Nega febre. Fez uso de antibioticoterapia durante o período sem melhora dos sinais e sintomas. Ao exame, paciente chorosa queixando- se de dor de forte intensidae. Presença de paralisia facial periférica grau IV/V de House Brackmann. Otoscopia presença de massa de aspecto polipóide ocupando o conduto auditivo externo. Foi feito uma hipótese diagnóstica inicial de otite media crônica complicada e iniciado antibioticoterapia endovenosa. Realizado tomografia computadorizada de mastóides em que observou-se lesão expansiva irregular com epicentro na mastóide esquerda, medindo 61x41x50mm que causa destruição da mastóide e ápice petroso. A lesão tem estensão para fossa média esquerda, fossa posterior do crânio , seio cavernoso e base do crânio. Realizada biópsia da lesão polipóide que favorece o diagnóstico de Rabdomiossarcoma embrionário. Paciente foi encaminhada para Oncologia Pediátria e iniciado tratamento com quimioterapia com vincristina, actinomicina e ciclosfofamida e radioterapia.

RESULTADOS: Histopatológico da lesão revelou neoplasia de células pequenas e redondas com áreas fusiformes em que os achados morfológicos e imunohistoquímicos favorecem o diagnóstico de rabdomiossarcoma embrionário

CONCLUSÃO: Os tumores de orelha média devem ser considerados no diagnóstico diferencial de otite média que não responde a antibioticoterapia, especialmente quando associada paralisia facial ipsilateral persistente. Pólipos de orellha externa, otorréia, edema facial ou sintomas sistêmicos podem ser inicialmente ausentes apesar da presença desta malignidade agressiva. Um exame cuidadoso da orelha média é recomendado em crianças com paralisia facial.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-538

TÍTULO: RABDOMIOSSARCOMA EMBRIONÁRIO LARÍNGEO EM ADULTO JOVEM DO SEXO MASCULINO

AUTOR(ES): RENATA NAKAMURA MAZZARO MAGNOLER , RUBENS HUBER DA SILVA, CLAUDIA PEREIRA MANIGLIA, RENATA NAKAMURA MAZZARO MAGNOLER, DANUBIA DOMINGOS DE SOUZA, CASSIANO RICARDO DANTAS MORETI

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Introdução

Os tumores mesenquimatosos constituem menos de 1% de todas as neoplasias malignas do corpo humano e têm maior incidência na criança. Nesta faixa etária, o rabdomiossarcoma é o sarcoma mais comum, com um pico de incidência máxima aos cinco anos de idade, atingindo mais frequentemente o sexo masculino (2:1).

No adulto, as neoplasias mesenquimatosas têm baixa incidência, sendo que o rabdomiossarcoma é o mais raro de todas. É o terceiro sarcoma mais comum em adultos e o mais comum sarcoma dos tecidos moles em crianças. É um tumor maligno do músculo estriado, que raramente ocorre na laringe.

Objetivo

O objetivo do atual trabalho é apresentar um caso de rabdomiossarcoma manifestando-se em adulto jovem e discutir qual o seu melhor tratamento, se cirúrgico radical ou conservador complementado com radioterapia e quimioterapia.

Relato de caso

L.B , 16 anos, sexo masculino, residente em São José do Rio Preto, deu entrada no Serviço de Emergência apresentando quadro de insuficiência respiratória aguda, iniciada após ingestão de alimento sólido. Foi, então, realizada intubação orotraqueal de urgência e encaminhado à UTI.

Solicitada avaliação da Equipe de Otorrinolaringologia, foi realizada nasofibrolaringoscopia flexível no leito, com evidência de extensa massa tumoral de localização supra-glótica, em região de cartilagem aritenoide à direita, em contato com o tubo orotraqueal.

O paciente permaneceu intubado, sendo submetido à anestesia geral no mesmo dia e à laringoscopia de suspensão, com exérese da lesão supra-glótica localizada em parede lateral direita e posterior, não sendo avaliado a mobilidade das pregas vocais devido ao paciente estar em intubação orotraqueal desde nossa primeira avaliação. Foi retirada cerca de 70% da lesão devido aos limites mal delimitados da massa, sendo a mesma encaminhada para Serviço de Anatomia Patológica. A análise microscópica revelou neoplasia fusocelular não classificável; diagnóstico complementado com imunohistoquímica, que revelou rabdomiossarcoma embrionário.

Duas semanas após nova ressecção foi realizada, desta vez mais ampla, tentando preservar o máximo possível a fisiologia laríngea.

Paciente recebeu alta hospitalar, não tendo sido necessária a realização de traqueotomia. Um mês após, iniciou tratamento quimioterápico.Após um ano, o exame mantinha-se inalterado, sendo considerado doença em remissão.

Discussão

Rabdomiossarcoma laríngeo é uma doença muito rara. Horn e Enterline (1958) sugeriram uma classificação histológica em quatro subtipos.

Estes incluem pleomórfico, embrionário, alveolar e botrióide. Alveolar e botrióide podem ser subtipos de rabdomiossarcoma embrionário.

A sobrevida em cinco anos é de 30% em pacientes com metástase na apresentação e 80% naqueles onde a doença é localizada e ressecção completa é realizada.

No caso apresentado, discussão em conjunto com o Serviço de Oncologia nos fez optar por um tratamento cirúrgico menos agressivo, com ressecção ampla da lesão, mas preservando a anatomia da laringe. Foram, então, realizadas radioterapia e quimioterapia complementar, visando menor morbidade, já que se trata de um paciente com apenas 16 anos de idade.

O paciente ainda encontra-se em follow-up após um ano, agora assintomático, e com o exame video-laringoscópico mostrando lesão restrita a aritenóide direita, sem crescimento evidente.

Conclusão

O rabdomiossarcoma é um tumor comum em crianças, porém raro quando localizado na laringe, o tratamento cirúrgico ainda é controverso, visto que a morbidade é alta, não há um único consenso, visto que não há muitos casos bem documentados na literatura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-539

TÍTULO: RABDOMIOSSARCOMA NASOSSINUSAL

AUTOR(ES): CAMILA PAZIAN FELICIANO , THIAGO FERREIRA BORGES, ANA LUIZA BITTENCOURT TEIXEIRA, VALESCA RICCIOPPO, MARCELO MIGUEL HUEB

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INTRODUÇÃO: Os tumores malignos de nariz e seios paranasais são infrequentes, representando cerca de 3% dos cânceres em cabeça e pescoço e 0,8% de todos os cânceres humanos. Em geral, esses tumores têm uma apresentação clínica inespecífica, não raramente simulando processos inflamatórios. Os sarcomas, integrantes deste grupo de tumores, podem ter sua origem nas cavidades nasossinusais; paralelamente, aproximadamente 80% de todos os sarcomas de partes moles são rabdomiossarcomas. Aproximadamente 90% dos casos de rabdomiossarcoma são diagnosticados em indivíduos com menos de 25 anos, e dentro deste grupo, 60-70% são menores de 10 anos. A cabeça e o pescoço são os locais mais frequentes (35-40%) de origem, seguido do trato genito-urinário, extremidades, tronco e retroperitônio. Esta rara lesão é extremamente incomum em adultos; o seu diagnóstico é geralmente confirmado à imunohistoquímica.

OBJETIVO: Relatar um raro caso de rabdomiossarcoma em paciente adulta, acometendo o seio maxilar, com extensão naso-orbitária, enfatizando as características clínicas, radiográficas, histopatológicas e imunohistoquímicas exibidas por essa lesão, auxiliando no diagnóstico dessa doença.

RELATO DO CASO: L.A.S.S.,sexo feminino, 41 anos, leucoderma, procurou atendimento de Pronto Socorro devido a prurido e leve edema em pálpebra superior à direita. Tratada com medicação ocular tópica, progrediu em cerca de 30 dias com acentuada piora e extensão do edema, proptose, obstrução nasal e rinorréia ipsilaterais e paralisia desta hemiface. Negou antecedentes de IVAS ou quadro semelhante pessoal ou familiar. À tomografia computadorizada de seios paranasais  evidenciou-se lesão expansiva, forma ovalar (5,2cm X 4,3cm X 4,8cm), contornos lobulados, com epicentro em seio maxilar direito, com extensão para a fossa nasal ipsilateral e invasão do espaço extra conal inferomedial da órbita direita; observou-se ainda, lise das paredes do seio maxilar direito. Biópsia incisional por via nasal evidenciou neoplasia maligna indiferenciada de pequenas células. À imunohistoquímica foram identificados marcadores compatíveis com o diagnóstico de rabdomiossarcoma. A paciente encontra-se em tratamento quimioterápico e radioterápico.

CONCLUSÃO: Os sarcomas, apesar de serem comumente encontrados na região da cabeça e pescoço, são raros nas cavidades nasossinusais. Um diagnóstico precoce e preciso é de fundamental importância para um rápido estabelecimento da terapia e para um melhor prognóstico desta doença. Devido aos sintomas inespecíficos, deve ser feito diagnóstico diferencial entre estes tumores e quadros infecciosos crônicos nasossinusais. Desta forma, em casos de evolução atípica, a avaliação imagenológica e imunohistoquímica aliadas à suspeição clínica é de vital importância.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-540

TÍTULO: RÂNULA DISSECANTE EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MARIA ISABEL DOS SANTOS BEILER , FLÁVIA ARAUJO BARROSO PEREIRA, FERNANDO GIORDANO DE BARROS, JAIR DE CARVALHO E CASTRO, WALTER SEDLACEK MACHADO

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: Rânula é um tipo de mucocele encontrado no assoalho da boca, geralmente lateral a linha média. É um cisto que se origina pela retenção de muco no sistema de ductos de Bartholin e Rivius ou de extravasamento mucoso como resultado de rompimento ductal. Há um acúmulo de secreção salivar grossa e viscosa nos tecidos, produzindo um pseudocisto. A rânula na sua forma dissecante é um evento raro, com poucos casos descritos na literatura quando comparado a sua forma simples.

OBJETIVO: Relato de caso de paciente pediátrico apresentando rânula dissecante, que é considerada uma forma rara de apresentação. Descrever sua forma de apresentação, diagnóstico e manejo adequado.

MÉTODO: Análise de prontuário de paciente pediátrico com rânula dissecante, tratado com excisão transoral e marsupialização dos bordos.

CONCLUSÃO: A rânula dissecante (RD) é um evento raro. As manifestações e apresentação clínica são bem típicas. Exames complementares não são essenciais para o diagnóstico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-541

TÍTULO: REABSORÇÃO DE PÓLIPO DE PREGA VOCAL EM CANTOR PROFISSIONAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DENILSON STORCK FOMIN , SANDRA MARIA PELA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

INTRODUÇÃO: O pólipo de prega vocal é uma lesão benigna, hiperplásica, bem definida, fonotraumática. O tratamento mais comum é a microcirurgia de laringe associada à fonoterapia. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi descrever o caso de um profissional da voz que teve reabsorção completa da lesão no período aproximado de 2 meses, sem intervenção cirúrgica. MATERIAL E MÉTODO: JEFP, 59 anos, sexo masculino, cantor profissional há mais de 40 anos, procurou atendimento otorrinolaringológico com queixa de rouquidão constante e cansaço vocal com duração de 3 meses após período intenso de canto. Referiu ter passado anteriormente por eventuais episódios de rouquidão, com diagnóstico de fenda glótica, que melhoraram após atendimento foniátrico e aulas de canto. Faz aquecimento vocal não regularmente para o canto. Fazia uso abusivo da voz na prática vôlei e remo. No primeiro exame laringológico, observou-se pólipo pediculado de caráter hemorrágico com inserção na face vestibular da prega vocal esquerda, entre terço médio e anterior, com fechamento glótico completo, movimentação exacerbada das bandas ventriculares na direção da linha média, porém sem contato entre elas. Durante a emissão de sons graves, notava-se movimento da lesão em direção à borda livre da prega vocal, causando interferência no padrão vocal. Na emissão de sons agudos, permanecia na face vestibular mais afastado da linha média. Na avaliação comportamental vocal durante a fala, notou-se principalmente qualidade vocal rugosa e esforço fonatório. No canto observou-se esforço fonatório e ataques vocais bruscos, principalmente na emissão das freqüências agudas. Os achados acústicos foram encontrados dentro dos padrões de normalidade para sexo e idade. Com o objetivo de reduzir o esforço fonatório, foi submetido à fonoterapia pré-operatória por meio de treinamento vocal e medidas de higiene vocal. Além da realização de exercícios diários, foi orientado a reduzir a loudness e ataques vocais bruscos na conversação habitual, prática de vôlei e canto; dissociar a fala dos movimentos corporais na prática do remo. RESULTADOS: Durante o primeiro mês foi notada melhora significativa do esforço fonatório e redução do grau de rouquidão durante a fala e canto, com adesão parcial aos exercícios. No segundo exame laringológico realizado após dois meses do início do tratamento, foi observado um padrão vocal melhor sem evidências do pólipo, fechamento glótico completo, redução da movimentação das bandas ventriculares na direção da linha média. DISCUSSÃO: A teoria que considera o pólipo um lesão por fonotrauma fica evidente neste caso, no qual as mudanças de hábitos relacionados aos abusos vocais foram essenciais para a evolução satisfatória. CONCLUSÃO: A mudança do comportamento vocal por meio do treinamento e principalmente pela redução de hábitos vocais abusivos favoreceu a reabsorção completa do pólipo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-542

TÍTULO: REANIMAÇÃO FACIAL ATRAVÉS DE TRANSPOSIÇÃO DE MÚSCULO TEMPORAL

AUTOR(ES): TIAGO FRAGA VIEIRA , RENATO CASTRO ALVES DE SOUSA, NICODEMOS JOSÉ ALVES DE SOUSA, VANESSA RIBEIRO ORLANDO, FERNANDA FILGUEIRAS MACIEL, HENRIQUE QUEIROZ CORREA GARCHET, ANTÔNIO LEONARDO PINTO COELHO

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE

INTRODUÇÃO: A paralisia facial pode ser resultado de uma variedade de etiologias incluindo neurológicas, infecciosas, congênitas, traumáticas, sistêmicas e iatrogênicas que lesam o VII par craniano.  A causa mais comum é a paralisia de Bell, onde 80% dos pacientes se recuperam sem seqüelas. Quando a lesão do nervo é definitiva resulta em prejuízos funcionais, estéticos e graves transtornos psicossociais.

Na maioria dos casos em que a paralisia facial se torna crônica com mais de dois anos de duração, ocorre uma atrofia da musculatura facial sendo necessária a utilização de técnicas dinâmicas de reabilitação facial em que se utiliza a transposição de músculos com objetivo de melhorar a simetria e mímica facial.

OBJETIVO: Descrever o resultado da reabilitação cirúrgica de um paciente com lesão de nervo facial através da técnica de transposição de músculo temporal.

RELATO DE CASO: Paciente S.R.S., 27 anos, sexo masculino, apresentou-se com história de alteração da mímica facial após trauma com arma de fogo, com alojamento do projétil na orelha esquerda, há oito anos. Não soube informar os tipos de procedimentos cirúrgicos realizados na época, em outro serviço.   Ao exame foi visualizada fraqueza e assimetria desfigurante. Durante a inspeção notava-se apenas discreta movimentação do lado esquerdo, com assimetria no repouso e, durante os movimentos, a testa encontrava-se estática, o olho com fechamento incompleto e a boca com pequeno movimento, configurando paralisia grau V pela classificação de House-Brackmann. Foi optado, então, pela técnica da transposição do músculo temporal.

A cirurgia consiste na transposição do terço médio do músculo temporal até a comissura labial. Após incisão na região temporal, realiza-se dissecção até a fáscia temporal profunda, em seguida realiza-se um túnel até a comissura labial. O terço médio do músculo temporal é ressecado do periósteo do arco zigomático superiormente até a linha temporal. A parte distal do músculo temporal é seccionada em dois centímetros e suturas em forma de oito são realizadas em cada ponta que depois são trazidas junto com o músculo temporal passando pelo túnel para então serem suturadas no músculo orbicular da boca. Após dois meses de cirurgia o paciente apresenta-se sem queixas, com presença de contração leve e mobilidade do sulco nasogeniano.

DISCUSSÃO: Atualmente a técnica de transposição temporal é reservada quase que exclusivamente para o terço inferior da face. A transposição temporal gera um alargamento da hemiface na região zigomática do lado operado. Na maioria dos casos, após algum tempo de cirurgia ocorre a neo-inervação da musculatura facial através de uma espontânea regeneração nervosa tornando a mímica e os movimentos faciais mais organizados.

CONCLUSÃO: Em casos em que a paralisia é crônica, a cirurgia de transposição temporal possibilita uma melhora da simetria facial imediata pós-operatória tanto estaticamente quando dinamicamente. Outra vantagem é a possibilidade ter um ganho na harmonia e mímica facial devido a neo-inervação da musculatura facial. O caso relatado mostrou-se com resultados satisfatórios.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-543

TÍTULO: RECIDIVA DE CARCINOMA INDIFERENCIADO NASOSINUSAL

AUTOR(ES): FÁBIO RAUEN MARTINELLI , LUCIANA MIEKO YAMASHITA, GUILHERME CARVALHO ALMEIDA, NICOLE MAGARINOS, RODRIGO POZZI, ALEXANDRE COLOMBINI SILVA, ALEXANDRE FELIPPU NETO

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO FELIPPU

INTRODUÇÃO: O carcinoma nasosinusal indiferenciado é um tumor raro, extremamente maligno que inicialmente foi descrito por Frierson 1986. Este tumor é caracterizado por um crescimento rápido, com invasão locoregional e metástase à distância. A sintomatologia inicial do tumor está relacionado com o sítio primário e invasões locais da lesão. Os sintomas nasais são, inicialmente, obstrução nasal, coriza e epistaxe. Em casos mais avançados, erosão do palato, invasão de órbita e intracraniana, podem ocorrer. O diagnóstico é estabelecido por exames de imagem e histopatológico. A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética RNM desempenham papel fundamental no planejamento terapêutico.

Relato de Caso: A.R.R., feminino, 56 anos, iniciou em março de 2009 com quadro de coriza e obstrução nasal importante. Após tratamento com corticóide nasal e anti-histamínicos sem melhora foi solicitado exame de imagem.

A TC de seios da face realizada em junho de 2009 apresentou lesão tumoral em fossa nasal esquerda com expansão para fossa anterior de base de crânio. Realizada biópsia incisional com diagnóstico de carcinoma indiferenciado. Paciente encaminhada para tratamento oncológico, sendo realizado radioterapia esteriotáxica e quimioterapia. Após três meses de tratamento foi realizado foi realizado TC de controle apresentando, segundo o serviço de oncologia, melhora da doença tumoral.

Em maio de 2010, a paciente veio encaminhada ao nosso serviço apresentando novamente quadro de obstrução nasal. Solicitou-se novo exame de TC de seios da face apresentando recidiva da lesão tumoral em fossa nasal esquerda. Em junho de 2010, foi realizada cirurgia endoscópica nasal com ressecção total da lesão tumoral e congelação intra-operatória.

Após confirmação imunohistoquimica de carcinoma indiferenciado, o paciente iniciou radioterapia apresentando boa evolução e TC de controle sem lesão tumoral.

DISCUSSÃO: O carcinoma nasosinusal indiferenciado é um tumor raro e altamente agressivo, com poucos casos descritos na literatura. Clinicamente ele se apresenta com quadro de obstrução nasal, dor facial, podendo estar associado a quadros de epistaxe. Possui um crescimento rápido com lesão e destruição das estruturas adjacentes e expansão para alem dos limites anatômicos do trato nasosinusal. O diagnóstico diferencial do carcinoma indiferenciado nasosinusal é amplo e inclui carcinoma de células escamosas, carcinoma da nasofaringe, carcinoma neuroendócrino, neuroblastoma olfativo, melanoma e linfoma. Devido este grande numero de diagnósticos diferenciais para sua caracterização e necessária alem do exame microscópico a realização da imunocitoquímica para diagnostico definitivo. Por ser um tumor raro ainda não existe um protocolo definido para seu melhor tratamento. Sendo terapia multimodal, incluindo ressecção cirúrgica e terapia adjuvante, como radioterapia e quimioterapia, uma esperança em aumentar a sobrevida e a qualidade de vida destes pacientes.

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TRABALHO CLÍNICO

P-544

TÍTULO: RECORRÊNCIA DA POLIPOSE NASAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROSE CÍSTICA DURANTE SEGUIMENTO DE 5 ANOS

AUTOR(ES): SILKE ANNA THEREZA WEBER , RENATA MIZUSAKI IYOMASA, WELLINGTON NOVAIS MAFRA FLORENTINO, BRUNO MARCOS ZEPONI FERNANDES DE MELLO, GIESELA FLEISCHER FERRARI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

Introduction: Cystic fibrosis is frequently associated to nasal polyposis (NP).

Aims: To study the incidence and recurrence of NP in children and adolescents with cystic fibrosis, during a five-year period of follow-up.

Methods: Twenty-three cystic fibrosis patients were submitted to routinely nasal endoscopy at every six months, during the period from January 2005 to January 2010. Clinical symptoms, sweat chloride level and genotype were described. Presence and degree of NP were studied by endoscopy. Polyposis was treated with topical corticosteroid for six to 12 months, recurrence was described.

Results: At first endoscopy, NP was found in 39.1% of the patients (five bilateral, four unilateral) with no association to sweat chloride level, genotype, clinical signs of severity of CF or nasal symptoms. During the five years, 16 patients (69,5%) experienced at least one event of polyposis, the youngest patient diagnosed NP at age of 32 months. At last endoscopy, three patients had NP, all as recurrency. Recurrence occurred in 10 patients (62,5%), two patients had more than one recurrency. Four patients died during the period, 2 suffered endoscopic surgery, and one developed carcinoma of the nasopharynx.

Conclusion: The study showed a high incidence of NP, even in the absence of clinical nasal symptoms.  Recurrence rate is elevated, but clinical treatment still improves NP, surgery being necessary in a few cases. Routinely endoscopic examinations are highly recommended.

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TRABALHO CLÍNICO

P-545

TÍTULO: REDUÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES COM SAOS TRATADOS COM FARINGOPLASTIA LATERAL

AUTOR(ES): CAROLINA FERRAZ DE PAULA SOARES , LUCIANA MOREIRA ALMEIDA, CLAUDIA GUERRA DE SOUSA SILVA, LUCIANO RENATO CAVICHIO, MICHEL BURIHAN CAHALI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Uma das conseqüências mais importantes da síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é o aumento do risco cardiovascular e a maior incidência de hipertensão arterial. Entre os fatores associados à SAOS citam-se a história familiar, obesidade, aumento da circunferência cervical e roncos, fatores também associados a hipertensão arterial sistêmica (HAS).

As conseqüências agudas da apnéia  podem afetar a regulação da pressão arterial por mecanismos neurais e humorais. Os pacientes com SAOS tem atividade simpática aumentada, diminuição na sensibilidade dos barorreceptores, hiperresponsividade vascular e alteração no metabolismo do sal e água, que podem contribuir para a elevação da pressão arterial. Acredita-se que a ausência do descenso noturno seja um marcador de lesão em órgãos-alvo de pacientes hipertensos, e em pacientes normotensos sua ausência ainda é objeto de estudo.

O único tratamento da SAOS já estudado quanto a alteração dos níveis pressóricos foi o aparelho de pressão aérea positiva contínua ? CPAP (continous positive airway pressure) não havendo estudos com resultados de tratamentos cirúrgicos. Os resultados dos estudos com CPAP são controversos, alguns evidenciam piora, e outros redução das médias pressóricas. Em meta análise de 16 estudos, obteve-se redução de 2,46 mmHg de pressão sistólica média nas 24 horas e 1,83 de pressão diastólica média nas 24 horas. A Faringoplastia Lateral demonstrou benefícios clínicos e polissonográficos no tratamento da SAOS podendo ter bons resultados no controle de pressão arterial.

OBJETIVO: Comparar a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) de 24h em pacientes portadores de SAOS antes e 6 meses após serem submetidos à faringoplastia lateral.

METODOLOGIA: Avaliar através da MAPA as alterações da pressão arterial (pressão arterial média - PAM, média da pressão sistólica e diastólica nos períodos diurno e noturno e presença do descenso noturno) no pré-operatório e após seis meses de cirurgia de uma amostra de 16 casos consecutivos de pacientes voluntários submetidos a faringoplastia lateral. 

RESULTADOS: Houve redução da PAM nas 24h em 73,3% dos casos, variação média de -2,58 mmHg. Também houve reduções significativas das médias da pressão sistólica em 24 horas de 4,73 mmHg e da pressão diastólica em 24 horas de 2,40 mmHg.  Houve acentuação do descenso noturno, principalmente da pressão sistólica noturna, com redução de 5,80 mmHg. No pré-operatório 6 pacientes tinham alterações do descenso noturno, passando para apenas 3 pacientes que mantiveram alterações do descenso no pós-operatório. Encontrou-se uma redução média do IAH de 15,29 eventos por hora (p=0,017).  Também foi observada redução da escala de ronco e escala de Epworth. A redução do IMC foi de 1,23 kg/m2 (p=0,015).

CONCLUSÃO: Redução nos valores da pressão arterial bem como presença e acentuação do descenso noturno em pacientes portadores de SAOS submetidos à faringoplastia lateral.

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TRABALHO CLÍNICO

P-546

TÍTULO: REFINAMENTO DA PONTA NASAL NO NARIZ CAUCASIANO ATRAVÉS DA SUTURA INTERDOMAL

AUTOR(ES): ROGÉRIO PASINATO , MARCOS MOCELLIN, CEZAR BERGER

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR / HOSPITAL IPO

INTRODUÇÃO: O refinamento da ponta nasal pode ser realizado por diversas técnicas, atualmente o uso de suturas na ponta nasal com ressecção conservadora da cartilagem alar esta sendo mais preconizado.

OBJETIVO: Classificar o tipo de ponta nasal relacionando a sutura interdomal com outras manobras cirúrgicas para o refinamento da ponta no nariz caucasiano, demonstrando  de forma prática e simples os passos cirúrgicos.

MÉTODO:  Elaboração de  algoritmo cirúrgico da ponta nasal: 1. Sutura interdomal, 2. Sutura interdomal com enfraquecimento da cartilagem alar, 3. Sutura interdomal com remoção cefálica da cartilagem alar (técnica de Mc Indoe), baseado na avaliação da distância interdomal (ângulo de divergência domal e distância intercrura intermédias), na  largura do arco domal, na consistência da cartilagem e no tipo de pele. As manobras cirúrgicas foram realizadas através da incisão inter-cartilaginosa sob anestesia local e sedação.

CONCLUSÃO: Esta classificação é simples. Facilita a abordagem do tratamento cirúrgico da ponta nasal, sistematizando e padronizando a aplicabilidade da sutura interdomal para  um melhor refinamento da ponta no nariz caucasiano.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-547

TÍTULO: REFLEXO DE ARNOLD DURANTE PESQUISA DE PEATE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FERNANDO P. GASPAR SOBRINHO , TÂMARA S. JESUS, RAFAELLA FIGUEIREDO, NORMÉLIA QUINTO, HÉLIO ANDRADE LESSA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

A manipulação do meato acústico externo (MAE) pode causar reflexo de tosse via nervo vago (reflexo de Arnold) e interferir na realização de procedimentos otológicos e audiológicos. No presente relato de caso têm-se um exemplo típico de reflexo nervoso evocado por estímulo do MAE por fone de inserção usado para realização de pesquisa do potencial evocado auditivo do tronco encefálico (PEATE) e consequente tosse num paciente com antecedente de tabagismo e refluxo gastro-esofágico. Devido à tosse persistente, o exame (PEATE) foi suspenso em duas ocasiões consecutivas. Na terceira tentativa, o paciente estava casualmente em jejum e o exame foi realizado sem intercorrências. Em situações semelhantes ao caso em análise, podem ser úteis medidas anti-refluxo já consagradas, como refeição leve horas antes do exame e elevação do troco durante a realização do mesmo

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-548

TÍTULO: RELAÇÄO DE CAUSALIDADE ENTRE RINOSSINUSITE CRÖNICA E FÚNGICA

AUTOR(ES): FÁBIO SILVA ALVES , CARLOS EDUARDO MONTEIRO ZAPPELINI, LUANA GONÇALVES DE OLIVEIRA, LUCIANA CAMPOY GIRO BASILE, IVAN DE PICOLI DANTAS, JOS[E MARIA MORAES DE REZENDE

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE CAMPINAS

OBJETIVO:

O objetivo principal desse   relato de caso é demonstrar que o diagnóstico e terapêutica são melhores estabelecidos quando se faz a associação entre parâmetros  clínicos epidemiológicos, e radiológico para estabelecer  uma  relação causal entre rinossinusite crônica e fúngica.

RELATO DO CASO:

Paciente feminino, 62 anos, branca, foi admitida no ambulatório de Otorrinolaringologia da Santa Casa de Campinas devido obstrução nasal crônica e rinorréia anterior fétida. Refere tratamento clínico  inúmeras vezes com antibióticos, antihistamínicos e corticosteróides sem melhora..

Rinoscopia anterior: Septo  centrado, cornetos   hipertróficos (2+,4+) e hipocorados (2+,4+). Ausência de secreção em meato inferior e médio.

Oroscopia e otoscopia sem alterações.

Nasofibroscopia: Presença de lesão com aspecto  polipóide em meato  médio e região posterior de meato inferior além de secreção purulenta em  fossa nasal direita. Cavum e fossa nasal esquerda sem alterações

Presença de material de consistência de partes moles em região de meato médio e etmóide anterior de fossa nasal direita.  .

Após antibioticoterapia, corticoterapia e uso de inibidor de bomba de prótons por 14 dias a paciente foi submetida a cirurgia endoscópica nasossinusal tendo sido realizado etmoidectomia anterior, posterior e retirada de massa de aspecto heterogêneo de meato médio, recesso esfenoetmoidal . Material enviado para anátomopatológico.

Anatomo patológico: Massas de material amorfo eosinofílico a Hematoxilina e eosina e quando submetidos ao Grocott, corante para fungos, revelou-se fortemente positivo, sem apresentar formas conhecidas destes fungos.

INTRODUÇÃO:

Consideram-se portadores de rinossinusite crônica  pacientes com sinais e sintomas de inflamação dos seios paranasais e que persistam por mais de doze semanas associados a alterações documentadas por técnicas de imagem após pelo menos quatro semanas de tratamento clínico adequado (1)

Aproximadamente trezentas espécies de fungos já foram documentadas como causadores de doenças em humanos(2) e noventa por cento das infecções são atribuídas a poucas dezenas de espécies (3)

A incidência e a prevalência das infecções fúngicas estão em crescimento com diversificação dos organismos patogênicos em decorrência do aumento dos fatores de risco como Atopia na Rinossinusite fúngica alérgica, câncer e diabetes mel itus na mucormicose e uso de corticosteróides na candidíase. (4)

A verdadeira incidência da Rinossinusite fúngica, especialmente da Rinossinusite Fúngica  Alérgica entre os pacientes portadores de rinossinusites crônica permanece desconhecida.(5)

Presença de microcalcificações e imagem de densidade metálica no interior dos seios da face foram  consideradas como sugestivas da presença de fungos.(6,7)

Podemos constatar na literatura uma grande controvérsia sobre o real papel do fungo  na Rinossinusite Crônica e concordamos com grande parte dos autores (8,910,)  que consideram que a simples identificação do fungo não é suficiente para o diagnóstico devendo este ser realizado ( 8,9,10,11,)

 

DISCUSSÄO :

A apresentação clínica da Rinossinusite fúngica apresenta sinais e sintomas bastante parecidos com a Rinossinusite crônica. É possível considerar, desse modo, a causalidade entre rinossinusite fúngica e crônica.

A diferenciação imagenológica é bastante útil para estabelecer o diagnóstico das rinossinusites . 

 

CONCLUSÄO:

Baseado nas diversas modalidades clínicas da rinossinusite fúngica encontradas na literatura, o presente relato sugere a existência de uma certa causalidade entre rinossinusite crônica e rinossinusite fúngica. Esta relação causal é melhor estabelecida quando há associação e avaliação entre o exame clínico e o radiológico para  Rinossinusite.

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TRABALHO CLÍNICO

P-549

TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE A DURAÇÃO DO SONO E O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL NUMA DETERMINADA POPULAÇÃO SOROCABANA

AUTOR(ES): FÁBIO TADEU DE MOURA LORENZETTI , CRISTIANE GONÇALVES CORDEIRO, NELSON FABRÍCIO GOETTEN DE LIMA, ANA PAULA FIUZA FUNICELLO DUALIBI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE SOROCABA ? BOS

INTRODUÇÃO: Ao longo dos anos, a duração auto-reportada do sono diminuiu na sociedade moderna e vários estudos correlacionam o tempo reduzido de sono com o aumento do índice de massa corporal (IMC).

OBJETIVO: O presente estudo objetiva correlacionar a duração do sono com o IMC de uma população adulta e confrontar com os dados existentes na literatura.

METODOLOGIA: 557 pessoas freqüentadoras da Instituição, maiores de 18 anos de idade, foram entrevistadas e auto-reportaram as seguintes questões: idade, duração aproximada do sono, peso e altura. Posteriormente, os entrevistadores calcularam o IMC, categorizaram a amostra e realizaram análises estatísticas.

RESULTADOS: Das 250 pessoas (45%) com peso normal ou baixo, a duração média do sono foi de 7,3 horas. Para a população com sobrepeso, num total de 238 pessoas (42,5%), o sono médio foi de 7,1 horas. E finalmente, para os 69 obesos (12,4%), o sono durou cerca de 6,7 horas.

CONCLUSÃO: Notamos uma relação inversamente proporcional entre o índice de massa corporal e a duração do sono na população estudada. Tal achado corrobora com os dados existentes na literatura da relação entre redução do tempo de sono e peso excessivo (sobrepeso/obesidade). Porém, em nosso estudo não houve associação entre tempo aumentado de sono e excesso de peso. Há necessidade de estudos adicionais sobre o assunto.

Descritores: sono, IMC, obesidade.

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TRABALHO CLÍNICO

P-550

TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE O BAIXO PESO AO NASCER E TESTE DE EMISSÕES OTOACÚSTICAS POR PRODUTO DE DISTORÇÃO.

AUTOR(ES): ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA , MATHEUS VINICIUS DE AQUINO ROCHA, RAÍSSA VARGAS FELICI, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, MARCOS MARQUES RODRIGUES, LUIS FRANCISCO DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA-SP

INTRODUÇÃO:

A deficiência auditiva (DA), no Brasil, tem sido diagnosticada por volta de dois a três anos de idade. Até então a criança perde as informações auditivas e interrompe o processo de comunicação. Os critérios gerais de indicadores de risco para DA são: história familiar de DA hereditária, infecções intra-uterinas, anomalias crânio-faciais, hiperbilirrubinemia, drogas ototóxicas, meningite bacteriana, ventilação mecânica, achados associados com síndromes que incluem DA, permanência em incubadora por mais de 48h, pais consanguíneos, soro positividade para HIV dos pais, uso de álcool e/ou drogas pelos pais e índice de Apgar <7 e baixo peso ao nascer (<1500g).

A otoemissão acústica (OEA) é o registro da energia sonora gerada pelas células ciliadas da cóclea (orelha interna) em resposta a sons captados por um microfone colocado no conduto auditivo externo do recém-nascido. O Joint Committee on Infant Hearing recomenda que todos os bebês com perda auditiva sejam identificados antes dos três primeiros meses de idade e recebam intervenção até o sexto mês.

OBJETIVOS:

Observar a desempenho de recém-nascidos  com peso<1500g, no teste de emissões otoacústicas por produtos de distorção (EOAPD).

MÉTODOS:

Foram observados os resultados de 77 recém-nascidos que apresentaram peso<1500g ao nascimento no EOAPD, entre 03/2007 e 05/2010. O teste foi realizado com o modelo Ero Scan, fabricado por Maico nos EUA, apresentando como resultado passa ou falha. Análise feita no SPSS 15.0 para Windows.

RESULTADOS:

Analisamos 77 recém-nascidos entre oito e 883 dias de vida, com média de ±78 dias. Todos apresentando peso<1500g ao nascimento. Todos foram submetidos ao EOAPD, sendo 55,8% apresentando como resultado passa e 44,2% como falha. O teste de qui-quadrado foi aplicado para avaliar a correlação do baixo peso ao nascimento com a falha na otoemissões com p=0,525 ; estatisticamente não significante.

CONCLUSÕES:

O baixo peso ao nascer é um dos fatores de indicadores para DA. O fato de não ter sido aprovado no teste de triagem por EOAPD não significa que o bebê não seja ouvinte, mas leva a um diagnóstico e terapêutica mais precoce quanto a condição auditiva.

A preocupação com a audição não deve cessar ao nascimento, pois qualquer criança pode desenvolver perda auditiva progressiva, ou apresentar risco para alteração do processamento auditivo central.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-551

TÍTULO: RELAT DE CASO DE ABCESSO DE LINGUA

AUTOR(ES): DIEGO RODRIGO HERMANN , CASSIANA BURTET ABREU, GABRIELA ROBASKEWICZ PASCOTO, TIAGO VASCONCELOS SOUZA, FÁBIO PIRES SANTOS, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

INTRODUÇÃO: Abscesso de língua é uma condição considerada incomum, sem evidências de preferência por sexo, com predomínio de localização na porção anterior da língua e em pacientes com idade entre 30 e 50 anos. É uma entidade potencialmente grave, já que pode comprometer a via aérea e evoluir para sepsis. Sua etiologia é variável e dependente da localização da afecção.

RELATO DO CASO: Paciente feminina, 45 anos, foi admitida para consulta por dor e tumor na língua há quatro dias, acompanhados de dislalia, disfagia e desidratação. Ausência de dispnéia e febre. Negava qualquer trauma ou alteração na região oral que precedesse a lesão atual. Já havia feito uso de antiinflamatórios esteroidais e analgésicos sem melhora. O exame de nasofibroscopia revelou ausência de alterações em região posterior à tumoração. Os achados laboratoriais foram: hemoglobina 12,6 g/dL,  leucócitos 13,600 sem presença de bastonetes, PCR 32,1, amilase 62, glicemia jejum 90. A RNM apresentou imagem arredondada heterogênea no terço anterior da língua com contornos levemente bocelados, paredes espessadas, com bordas apresentando hipersinal em T1 e hiposinal em T2 e área central com hipossinal em T1 e hipersinal heterogêneo em T2, medindo 1,9 x 2,3 x 2,4 cm (LxAPxT), distando 0,4 cm da superfície mucosa, com realce anelar após administraçãodo agente paramagnético. A partir destes achados, bastante sugestivos de abscesso, procedeu-se à administração de antibióticos (Cefalosporina de terceira geração e Clindamicina) e à drenagem cirúrgica. A paciente permaneceu internada durante dois dias, tendo alta com melhora dos achados e sintomas. Retornou em uma semana assintomática.

DISCUSSÃO: Os abscessos linguais são entidades raras. Sua etiologia é distinta de acordo com a localização. Abscessos nos dois terços anteriores da língua mais frequentemente resultam de trauma dentário ou corpo estranho, enquanto abscessos no terço posterior da língua podem se originar de lesões na tonsila lingual, de cisto de ducto tireoglosso infectado ou de extensão da infecção dos dentes molares.

Abscessos da região anterior da língua apresentam mais sintomatologia, sendo de mais fácil suspeição clínica. Os sintomas típicos do abscesso de língua são edema, odinofagia, disfagia, protrusão lingual, dislalia. Febre, desidratação e alterações de marcadores inflamatórios biológicos são frequentemente encontrados. Enquanto abscessos da região posterior da língua manifestam-se mais frequentemente com dispnéia e, portanto, têm mais frequentemente necessidade de abordagem cirúrgica de urgência. Seu diagnostico é baseado na apresentação da clínica e dos achados de exames imaginológicos, Entre os exames mais usados citamos a Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética Nuclear. A Ressonância permite a visualização de mais detalhes dos tecidos moles, revelando claramente a anatomia da orofaringe, por isso permanece como exame de imagem de excelência para o diagnóstico de abscessos linguais.

O tratamento preconizado é o uso de antibióticos de amplo espectro associados a drenagem cirúrgica com proteção da via aérea, como evidenciado no presente relato de caso.

CONCLUSÃO: Com isso, os abscessos linguais são uma condiçâo rara, mas de elevada morbidade, que deve ter seu diagnóstico suspeitado pela clínica acaracterística e com auxílio de exame imaginológico para, então ser intituído seu tratamento padrão.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-552

TÍTULO: RELATO DE CASO - TUBERCULOSE LARÍNGEA

AUTOR(ES): GRAZZIA GUGLIELMINO CRUZ , RENATA OLIVEIRA ALMEIDA, GUILHERME SALOMON BATISTA DE DOMINICIS, VIVIAN ANGERAMI GONZALEZ, ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA, SARITA GERALDO ROSA

INSTITUIÇÃO: CEMA

INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma infecção causada pelo bacilo de Koch, que afeta principalmente o pulmão. Há predominância pelo sexo masculino (3:1) e associação com tabagismo e etilismo. Os sintomas são de uma laringite crônica, sendo o mais comum a disfonia,  A odinofagia ocorre principalmente nos casos em que há acometimento simultâneo da faringe ou áditus da laringe, pois são estruturas que participam diretamente da deglutição. 

RELATO DE CASO: D.A.C., 38 anos, masculino, casado, procurou serviço com queixa de disfonia progressiva há trinta dias. Optou-se pela realização de nasofibrolaringoscopia, com laringite crônica e supraglotitte. Realizado então, exame laringoestroboscópico, que evidenciou cordite bilateral com hiperemia difusa de região supra glótica, com onda mucosa diminuída bilateralmente. Orientado ao uso inalatório de corticoesteróides, omeprazol e repouso vocal. Retornou em trinta dias queixando-se de tosse produtiva e piora da disfonia. Foram então solicitados radiografia de tórax e hemograma, que apresentavam respectivamente, bronquietasia em ápice pulmonar direito e anemia. Realizada nova laringoestroboscopia que mostrou edema supra glótico, com secreção muco purulenta proveniente de subglote . Iniciado  antibioticoterapia e inalações com soro fisilógico e beclosol. Encaminhado ao pneumologista que solicitou TC de tórax, confirmando bronquiectasia e condensação em ápice pulmonar direito. Foi avaliado também pelo hematologista, que diagnosticou  deficiência de G6PD, sendo o tratamento imposto apenas orientação dietética. Paciente evolui, em dez dias, com dispnéia e piora do quadro de disfonia, sendo então internado para suporte clínico e investigação diagnóstica. Iniciado Rocefin e Flagyl de forma empírica; mantido omeprazol e corticoesteróide endovenoso. Foi realizada endoscopia digestiva alta, com gastrite enantematosa leve e aspecto granulomatoso supraglótico. Realizada biópsia desta região, com cultura para M. tuberculosis e fungos. Iniciou-se então investigação diagnóstica, com os seguinte RESULTADOS: PPD negativo, broncoscopia com lavado brônquico negativo e pesquisa de BK no escarro positivo apenas na terceira amostra. As culturas vieram negativas para tuberculose e fungos. Após confirmação da tuberculose, foi mantido em isolamento e  instituída terapêutica preconizada pelo Ministério da Saúde com esquema tríplice e notificação compulsória à Secretaria de Vigilância em Saúde. Recebeu alta após dez dias de internação hospitalar com melhora completa do quadro clínico e estendeu-se o tratamento com o esquema tríplice por 9 meses, sem intercorrências. Mantém acompanhamento com o pneumologista e laringologista, permanecendo apenas com medicamentos anti refluxo gastro- esofágico.

DISCUSSÃO: De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Tuberculose, padrões sugestivos de seqüelas, como os do paciente relatado, não excluem a doença. O carcinoma de laringe sempre deve participar da investigação, pois apresenta história clínica e fatores de riscos semelhantes. Em agosto de 2009, o Ministério da Saúde lançou nota técnica no tratamento da tuberculose no Brasil, com a introdução do etambutol como quarto fármaco na fase intensiva do tratamento, tendo como justificativa a constatação do aumento da resistência primária à isoniazida e rifampicina.

CONCLUSÃO: A abordagem multidisciplinar é imprescindível para adequada condução dos casos de tuberculose, já que a doença pode acometer diversos órgãos e manifestar-se de diversas formas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-553

TÍTULO: RELATO DE CASO DE SCHWANNOMA VESTIBULAR EM PACIENTE COM OTITE MÉDIA CRÔNICA

AUTOR(ES): MARILIA VILAS BOAS REIS , GIULLIANO ENRICO RUSCHI E LUCHI, MIKAELLY PEREIRA COSER, PEDRO HENRIQUE TRAVAGLIA LARGURA, RAPHAEL PAIVA FURTADO, WAGNER HAESE BARROS

INSTITUIÇÃO: ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA ? EMESCAM

INTRODUÇÃO: O Schwannoma Vestibular (SV) é um tumor benigno das células de schwann. Corresponde de 2 a 7% dos tumores intracranianos , responsável por cerca de 80% dos tumores do ângulo pontocerebelar (APC) . A incidência anual é de 10:1.000.000 de casos, porém devido ao grande número de casos assintomáticos, as taxas reais podem ser mais expressivas.

OBJETIVO: O objetivo deste relato foi o de alertar para a inclusão do schwannoma vestibular como diagnóstico diferencial dos pacientes que apresentam como queixa principalmente hipoacusia e tinnitus, lembrando sempre também dos sintomas mais raros: tontura, dor facial, cefaléia, disfunção de pares cranianos e outras disfunções neurológicas graves.

RELATO DE CASO: Paciente masculino, 38 anos, com histórico de Otite Média Crônica(OMC) bilateral e que havia sido submetido à mastoidectomia radical modificada com melhora do quadro. Cinco anos após a cirurgia, evoluiu com piora da hipoacusia e tinnitus em ouvido esquerdo. Apresentava otoscopia normal e audiometria tonal com disacusia condutiva bilateral. Foi submetido a uma TC com contraste evidenciando lesão expansiva multilobulada, que foi confirmada pela RM. O paciente foi encaminhado ao serviço de neurocirurgia, onde foi submetido a procedimento cirúrgico para exérese da lesão pela via de acesso retrossigmóidea. O histopatológico da peça evidenciou diagnóstico de schwannoma. Paciente evoluiu no pós-operatório com discreta seqüela motora e parestesia em membro superior esquerdo e referiu melhora dos limiares auditivos no pós-operatório.

DISCUSSÃO: Segundo a literatura o SV é mais comum em mulheres entre 50 e 60 anos de idade, dado este que não corrobora com o nosso caso que era um paciente do sexo masculino e apresentou diagnóstico aos 38 anos.As queixas que geralmente levam o paciente à primeira consulta são a hipoacusia e os tinidos, concordando com o nosso caso.

Segundo a série de Matthies et Samii o nervo coclear esta comprometido em 95% das vezes, concordando com o nosso relato que apresentava alterações clínicas como as acima citadas.

Nos estudos os métodos de eleição para o diagnostico do SV são a TC e a RNM, sendo que o segundo apresenta uma ligeira vantagem por ser mais sensível. Porém a TC é excelente para definir as relações do tumor com as estruturas ósseas do APC, auxiliando no planejamento cirúrgico. No nosso caso foi realizada inicialmente a TC devido à história de OMC e a persistência da queixa de hipoacusia que evidenciou uma lesão expansiva de 3,5 x 4,3 x 3,0 cm em região de APC comprimindo discretamente o tronco encefálico, tornando então desnecessária a realização do BERA e sendo posteriormente realizada uma RNM para melhor avaliação da lesão.

O tratamento de escolha foi a exérese tumoral devido a tratar-se de paciente jovem e tumor de grande volume que comprimia discretamente o tronco cerebelar.  A via de acesso optada foi via retrossigmóidea, que geralmente é a via de escolha dos neurocirurgiões principalmente quando se trata de tumores grandes, onde é realizada a craniotomia posterior ao seio sigmóide e incisão da dura-máter ao longo da margem posterior deste seio. Esta via possui como vantagem o fato de poder ser utilizada para qualquer volume tumoral, possibilita a preservação da audição e é a única via que permite a exploração do APC sem lesar estruturas do ouvido interno.

CONCLUSÃO: Concluímos, portanto a importância de se atentar para a inclusão do SV como diagnóstico diferencial dos pacientes que apresentam como queixa principalmente hipoacusia e tinnitu.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-554

TÍTULO: RELATO DE CASO DE TUBERCULOSE PRIMÁRIA LARÍNGEA E SUAS RELEVÂNCIAS

AUTOR(ES): REGIS MARCELO FIDELIS , DANIELA LEITÃO, WALLACE DO NASCIMENTO SOUZA, THIAGO DOLINSKI SANTA ROSA OLIVEIRA, CARLOS EDUARDO LUNA RIBEIRO LIRA, JULIANO NUNES PEREIRA, ALONÇO DA CUNHA VIANA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

INTRODUÇÃO: Anualmente é notificada no Brasil cerca de 100 mil casos de tuberculose (TB) sendo que, destes, 85 mil casos são novos. Os principais fatores que contribuem para a manutenção e agravamento do problema são a persistência da pobreza em nossa sociedade e a ocorrência da AIDS nos grandes centros. A forma mais comum de acometimento extra-pulmonar da TB em cabeça e pescoço é a linfadenopatia cervical. Entre as doenças granulomatosas da laringe, a tuberculose é a mais comum.

OBJETIVO: Relatar um caso de tuberculose laríngea e sua importância no diagnóstico diferencial de neoplasia de laringe.

RELATO DE CASO: LPG, 86 anos, feminina, branca, aposentada, apresentando disfonia progressiva há 6 meses. Negava odinofagia, disfagia, dispnéia, emagrecimento e febre. Referia tabagismo com fumo de rolo e cachimbo há cerca de 40 anos. Exame físico geral sem alterações. RX de tórax dentro dos critérios de normalidade. À videolaringoscopia evidenciou-se aritenóides edemaciadas e pregas vocais com discreta hiperemia com lesão granulomatosa acometendo o terço médio posterior da prega vocal esquerda estendendo á subglote com mobilidade acentuada das pregas vestibulares a fonação. Realizou-se biopsia de lesão com diagnóstico histopatológico de processo inflamatório crônico granulomatoso com áreas de necrose compatível com TB. A coloração pelo Ziehl não demonstrou a presença de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR). A coloração pelo PAS foi negativa para fungos. Foi iniciado tratamento anti-tuberculose com esquema tríplice, a base de rifampicina, isoniazida e pirazinamida durante 6 meses, apresentando melhora da disfonia após 3 semanas e desaparecimento da lesão laríngea após 3 meses de tratamento. Permanece em acompanhamento há um ano, sem indícios de recidiva da doença.

DISCUSSÃO: Desde a introdução de medicações para tratamento da TB, a incidência da forma laríngea diminuiu, tendo sido observada em 15 à 37% dos casos de TB pulmonar, mas como forma primária em apenas 19% dos casos de TB. Com a persistência da pobreza em nossa sociedade e a ocorrência da AIDS, a incidência da forma pulmonar tem aumentado ocasionando também um aumento da forma laríngea. O sintoma de apresentação principal da TB laríngea é a disfonia. O diagnóstico é confirmado com exame histopatológico caracterizado por processo inflamatório crônico granulomatoso, com presença de BAAR à coloração de Ziehl-Neelsen. O tratamento é primeiramente medicamentoso, ficando a intervenção cirúrgica para os casos de comprometimento das vias aéreas.

CONCLUSÃO A dificuldade no diagnóstico de TB laríngea faz com que o otorrinolaringologista opte sempre por realizar biópsia da lesão, lembrando da possibilidade de associação das doenças granulomatosas da laringe com o carcinoma epidermóide.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-555

TÍTULO: RELATO DE CASO DE ZIGOMICOSE RINOFACIAL EM RECIFE

AUTOR(ES): DAMIÃO FABRÍCIO MANGUEIRA DE SOUZA , EDVALDO DA SILVA SOUSA, FRANCISCO TIAGO BARROSO CHAGAS, ANNA KARINNE VALLETIM, MÁRCIA MARIA PESSOA DOS SANTOS, MANUELA DOWSLEY ARCOVERDE, DIOGO CORDEIRO DE QUEIROZ SOARES

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - IMIP

INTRODUÇÃO: Os Zigomicetos constituem uma classe dentro de um grande grupo de fungos conhecidos como ficomicetos. Nesta classe há duas ordens de microorganismos capazes de produzirem doenças em humanos: os Mucolares e os Entomophthorales. Os primeiros sendo ligados à infecção oportunista em paciente imunodeprimidos e os segundos, em pacientes saudáveis. O primeiro caso de Zigomicose de que se tem relato remonta a 1855, quando Kurchenmeister descreveu um caso de infecção pelo gênero Mucor. Já o primeiro caso de Entomophthoramicose foi descrito por Joe et al. em 1956. O primeiro caso de acometimento rino-facial foi relatado por Andrade e cols em 1967. Esses fungos são comumente encontrados no solo e nas folhas secas do chão, sendo a infecção decorrente da implantação de esporos inalados, juntamente com partículas do solo, sobre a mucosa nasal.

OBJETIVO: Relatar o caso de uma criança com entomoftoromicose rinofacial em um centro de assistência terciária no estado de Pernambuco, Brasil.

METODOLOGIA: Será realizado o relato do caso a partir de dados coletados no prontuário: evolução clínica, laboratorial, radiológica e histológica.

RESULTADOS: Criança, 12 anos, inicia acompanhamento em centro terceário por apresentar tumoração em parede lateral de fossa nasal esquerda com celulite facial, sem resposta à antibioticoterapia. Tomografia de seios da face sugere pólipo antro-coanal e ressonância nuclear magnética mostra massa expansiva de fossa nasal e tecido subcutâneo peri-nasal. Foram realizadas duas biópsias com resultado de processo inflamatório granulomatoso crônico inespecífico e a cultura negativa para fungo. Realizada exérese da tumoração e enviada para anatomopatológico, que demonstrou  intensa eosinofilia e fenômeno de Hoeppli-Splendore, em torno de estruturas de hifas fúngicas, sugestivo de entomoftoromicose. Iniciado tratamento com derivado imidazólico, com resolução quase completa da lesão em 15 dias, mantendo-se o tratamento por 1 ano, com o mesmo padrão de resposta.

CONCLUSÃO: No presente caso é relevante a  dificuldade diagnóstica devido à semelhança da apresentação clínica com os diagnósticos diferenciais de tumores nasais, a falta de especificidade dos exames complementares e a dificuldade de achados conclusivos nos exames histológicos. Vale ressaltar também a eficiência no tratamento com derivados imidazólicos, com segurança e efetividade.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-556

TÍTULO: RELATO DE CASO SOBRE ABORDAGEM CLÍNICA E CIRÚRGICA DE MIÍASE.

AUTOR(ES): RAÍSSA VARGAS FELICI , FAUSTO ANTÔNIO DE PAULA JUNIOR, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, JANE MARIA PAULINO, MARCOS MARQUES RODRIGUES

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA.

INTRODUÇÃO: A incidência de miíase é maior em países subdesenvolvidos e regiões de clima tropical. Normalmente, afeta pacientes doentes, idosos e deficientes mentais, mas pode ocorrer em pacientes tróficos e saudáveis. Há duas formas de miíases: a primária e a secundária. Na miíase primária, a larva da mosca invade o tecido sadio e nele se desenvolve. Na secundária, a mosca coloca seus ovos em ulcerações na pele ou mucosas e as larvas se desenvolvem nos produtos de necrose tecidual. Seu tratamento consiste na retirada manual das larvas, muitas vezes impossível em regiões cavitárias.

RELATO DE CASO: M.A.S., 38 anos, sexo masculino, negro, pedreiro, morador de Limeira, SP. Referiu dor e sangramento nasal bilateral há 14 dias com história prévia de sinusite crônica, sem tratamento adequado ou seguimento ambulatorial. Ao exame clínico foi encontrada a presença de grande quantidade de larvas em fossas nasais, sangramento difuso e perfuração septal. O tratamento inicial consistiu em internação hospitalar com retirada de larvas e administração de ivermectina tópica e oral. A tomografia evidenciou invasão larvária em seios da face, sem comprometimento ocular ou de parênquima cerebral. Após 48 horas o paciente evoluiu com dor ocular à esquerda, sendo abordado cirurgicamente. Durante o procedimento cirúrgico, apesar da medicação, encontramos larvas vivas com erosão de corneto médio bilateral, septo posterior e palato. Optamos pela realização de uma antrostomia maxilar, etmoidectomia e esfesnoidectomia bilateral onde encontramos também grande quantidade de larvas.

DISCUSSÃO: Este relato mostra o diagnóstico e o manejo de um caso de miíase nasal abordada por meio de tratamento clínico e cirúrgico em paciente jovem com doença nasal prévia (sinusite crônica). Enfatizamos as dificuldades encontradas em retiradar todas as larvas da cavidade nasal sem a exploração cirúrgica dos seios paranasais e também a possibilidade de resistência das larvas ao uso de ivermectina na dosagem utilizada 200µg/Kg. No paciente em questão a intervenção cirúrgica mostrou a presença de larvas ainda vivas.  

As espécies das moscas que causam miíase variam de acordo com as regiões geográficas. São citadas larvas do gênero Cochliomya macellaria, Chrysomia bezziana, Oestrus ovis, Cochliomyia hominivorax, entre outras. A principal delas são as larvas do gênero Cochliomyia hominivorax (mosca varejeira), que deposita de 20 a 400 ovos nas bordas de arranhões e feridas. A miíase ocorre com mais freqüência em pacientes com lesões necróticas cavitárias, como colesteatomas na orelha média, tumores ou doenças úlcero-granulomatosas nasais (leishmaniose, hanseníase etc.) tumores orais, assim como lesões da pele.

A doença é igualmente prevalente em ambos os sexos e geralmente é observada em pessoas acima dos 50 anos e baixa condição sócio-econômica. Os pacientes usualmente se apresentam com epistaxe, obstrução nasal, rinorréia, odor nasal fétido, dor facial e cefaléia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-557

TÍTULO: RELATO DE CASO: ANGIOLEIOMIOMA DE CAVIDADE NASAL

AUTOR(ES): EMERSON THOMAZI , MILENA MOREIRA ARRUDA, DANIELA YASBEK MONTEIRO, LUIZ GUILHERME C. ALMEIDA, RICARDO ARTHUR HUBNER, VANESSA MENEGATI ANASTÁCIO, ATÍLIO MAXIMINO FERNANDES

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DA FAMERP - SP

INTRODUÇÃO: O angioleiomioma de cavidade nasal é um tumor extremamente raro que perfaz menos de 1% de todos os angioleimiomas. É mais prevalente em mulheres entre quarta e sexta décadas, atingindo principalmente as conchas nasais inferiores.

RELATO DE CASO: Este relato apresenta o caso de um paciente de 49 anos do sexo feminino com diagnóstico de angioleiomioma em cavidade nasal.

DISCUSSÃO: Durante investigação, a TC não foi diagnóstica, o estudo citológico não foi conclusivo e, segundo a biópsia, tratava-se de um papiloma escamoso. Somente o anátomo-patológico pós-cirúrgico confirmou tratar-se de angioleiomioma.

CONCLUSÃO: O presente caso auxilia a sistematização de métodos diagnósticos mais precisos na investigação clínica e complementar do angioleiomioma da cavidade nasal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-558

TÍTULO: RELATO DE CASO: CARCINOMA ESPINOCELULAR DE ASSOALHO DE BOCA

AUTOR(ES): MÔNICA DE PAULA FARIAS , AMANDA DUARTE DE MORAES, DANIELA AIRES MOREIRA, MARCELA FERNANDA COUTO BEILLFUSS, VANESSA RAFAELA PAIVA, KLÉCIUS LEITE FERNANDES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

INTRODUÇÃO: O câncer de cavidade bucal pode ser considerado o mais comum da região de cabeça e pescoço, excluindo-se o de pele. Nos últimos anos sua incidência vem crescendo, com uma estimativa de 14.120 novos casos para 2010. A maior parte dos tumores malignos da cavidade bucal é constituída pelo carcinoma espinocelular (CEC), podendo se bem diferenciado, moderadamente diferenciado e pouco diferenciado. Esta neoplasia pode estar presente nas seguintes regiões: lábios, 2/3 anteriores da língua, assoalho de boca, mucosa jugal, gengiva e superior, área retromolar e palato duro. O assoalho da boca é a segunda localização mais comum dos CECs, representando 15 a 20% dos casos. São observados predominantemente em homens de mais idade, especialmente fumantes e alcoolistas.

OBJETIVO: Descrever e discutir um caso de CEC de assoalho de boca acompanhado pelo setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano.

MÉTODOLOGIA: Coleta de dados indireta, através de pesquisa em prontuário médico

RESULTADOS: M.R.F, 84anos, feminino, com tumoração cervical desde janeiro de 2009, pouco dolorosa, com presença de crescimento e hiperemia em agosto do mesmo ano e nódulo em região submandibular esquerda. Ao exame: lesão em assoalho de boca anterior hiperemiada de cerca de 1 cm, tumoração subcutânea de 11x5 cm em região submandibular direita, lesão em linfonodos homolaterais e contralaterais. TNM: T1N3M0, estadiamento clínico IV. Realizados PAAF, tomografia computadorizada (TC) e exames para avaliação cirúrgica. Realizada pelveglossectomia parcial direita mais esvaziamento cervical radical estendido à pele à direita, esvaziamento cervical radical esquerdo e reconstrução do defeito cervical com retalho fáscio cutâneo deltopeitoral. A região deltopeitoral cicatrizou por segunda intenção. Ao final da cirurgia a paciente foi traqueostomizada. A biópsia apresentou: região cervical: CEC moderadamente diferenciado, ulcerado, com espessura neoplásica de 2 cm, infiltrações perineurais e angiolinfáticas não detectadas, margens cirúrgicas livres; à direita: linfonodos sem evidência de comprometimento neoplásico; à esquerda: carcinoma espinocelular metastático em linfonodo, presença de extensão neoplásica extranodal e glândula salivar sem evidências de comprometimento neoplásico; e pelviglosso: carcinoma in situ ulcerado e margens cirúrgicas livres de neoplasia. A paciente foi encaminhada à radioterapia para complementar tratamento adjuvante.

CONCLUSÃO: A cirurgia é o tratamento preferencial deste tipo de tumor, e consiste na ressecção completa da lesão com margens de no mínimo 1 cm e esvaziamento cervical radical. O exame de detecção do câncer bucal deve ser parte integrante tanto do exame médico quanto do odontológico, pois a detecção precoce é fundamental. Infelizmente, a maioria dos cânceres orais só é diagnosticada após já ter ocorrido a disseminação para os linfonodos da região mandibular e do pescoço. Devido à detecção tardia, 25% dos cânceres bucais são fatais.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-559

TÍTULO: RELATO DE CASO: CISTO BRANQUIAL DE LOCALIZAÇÃO ATÍPICA

AUTOR(ES): LILIANE SATOMI IKARI , WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI, FELIPE ALMEIDA MENDES, CAROLINA SCHAFFER, LUIS ANTONIO BRANDI FILHO, JULIAA MARTINS ARAÚJO CARDOSO BERTONCELLO, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: Os cistos de fenda branquial apresentam-se de acordo com sua origem, podendo ser da 1ª à 4ª fenda. A fenda que fornece o maior número de casos clínicos é a 2ª.

Sua localização preferencial é na parte mais alta da região jugulocarotídea, abaixo do ângulo da mandíbula e em frente dos grandes vasos.

Os cistos podem ter comunicação com a base da loja amigdaliana e se estender desde a fossa supraclavicular até a base do crânio.

No entanto, não é isso o habitual; no geral os cistos se apóiam na bainha carotídea, sem infiltrá-la ou aderir a ela, e se espraiam anteriormente, diante da borda do músculo esternocleidomastóideo, na bifurcação da carótida.

 

OBJETIVO: Relatar um caso de cisto branquial em base de língua.

 

RELATO DO CASO: APS, feminino, 2 meses , com quadro de disfagia, dispnéia, apnéia do sono e perda ponderal com piora progressiva há cerca de 1 mês. Ao exame clínico apresentava lesão de aspecto cístico em região de base de língua a direita, com cerca de 4cm de diâmetro, sem sinais flogísticos ou drenagem ativa de secreções. À TC de pescoço revela: lesão de aspecto cístico com conteúdo hipodenso no interior, em base de língua exercendo leve protrusão da mesma e sem invasão de outras estruturas. Optado por ressecção cirúrgica. O anatomo patológico revelou epitélio escamoso colunar com agregação linfóide, compatível com cisto branquial. Paciente apresentou boa evolução no pós operatório, sem recidiva da doença até o momento.

 

DISCUSSÃO: Os cistos branquiais embora de origem congênita se manifestam clinicamente, de uma maneira geral, na 2ª e 3ª décadas de vida, sendo raro a sua manifestação na infância, como no caso estudado.Na faixa etária deste paciente, é mais comum a ocorrência de fístulas.

Apresentam-se com tamanhos variados, geralmente crescem lentamente, são indolores e se localizam ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastoideo, sobre a bainha carotídea, no terço inferior ao nível do ângulo mandibular e raramente dentro da cavidade oral.

A etiopatogenia do aparelho ou sistema branquial pode ser descrita pelo desenvolvimento incompleto do 2º arco superpondo-se aos inferiores constituindo, dessa maneira, o seio cervical ou seio pré-cervical de Hiss no fundo do qual ficam sepultados o 3º e 4º arcos com suas respectivas fendas. O fechamento incompleto do seio cervical ou a perfuração da membrana obturadora poderá ocasionar a formação de fístula ou cisto branquial.

A grande maioria dos casos de cistos branquiais é derivada do 2º arco. A maioria localiza-se no espaço submandibular. Contudo podem ocorrer da orofaringe (como no caso relatado) até a região supraclavicular. Clinicamente manifestam-se como massas cervicais de aspecto cístico e indolores, adjacentes a broda anteromedial do músculo esternocleidomastoideo.

À TC, é possível visualizar massa homogênea, de conteúdo líquido e de parede delgada, achados semelhantes a maioria dos cistos branquiais descritos na literatura.

O tratamento de escolha é o cirúrgico, com exérese do cisto. É importante destacar que a conduta cirúrgica neste caso foi imprescindível devido à acelerada perda ponderal.

 

CONCLUSÃO: Devido à localização do cisto branquial neste caso estudado (base de língua) e da faixa etária da paciente, concluímos que se trata de um caso raro e que possuí relevância científica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-560

TÍTULO: RELATO DE CASO: DIAGNÓSTICO DE AMILOIDOSE POR BIÓPSIA DE LÍNGUA

AUTOR(ES): ROBERTA SILVEIRA SANTOS LAURINDO , MARIANA MICHELIN LETTI, ANA CAROLINA XAVIER OTTOLINE, RAQUEL MOURA BRITO MENDEZ, LUZIA ABRÃO EL HADJI, SHIRO TOMITA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

A amiloidose foi descrita a primeira vez por Karl Rokitansky, em 1842, como o acúmulo patológico de material protéico intracelular e extracelular, depósitos esses caracterizados pela coloração vermelho-congo.

É uma doença rara descrita com incidência de 5 a 12 /1000 pessoas ano, afetando principalmente sexo masculino (2:1), faixa dos 50 anos. A amiloidose se classifica em primária, quando o depósito se associa a alguma forma de discrasia imunocitária (normalmente mieloma múltiplo) e amiloidose secundária, quando aparece como complicação de processos crônicos (Doença de Crohn, tuberculose). A amilodose primária é uma doença progressiva e de mal prognóstico. Amiloidose em cabeça e pescoço é visto em 12% a 90% dos casos, tipicamente com envolvimento de laringe e língua.

A.T, 65 anos, masculino, negro, residente do Rio de Janeiro, iniciou, há cerca de 4 anos, um quadro de lesões nodulares , endurecidas e infiltrativas no bordo da  língua, mucosa jugal e lábio inferior. Realizou biopsia das lesões que revelou hiperplasia epitelial e infiltrado inflamatório difuso.

Após 2 anos sem evolução aparente do quadro, associaram-se disfonia, disfagia alta apenas para sólidos e episódios constantes de engasgos e regurgitação de alimentos pelo nariz, além de surgimento de linfonodos cervicais, endurecidos, não dolorosos, sem sinais flogisticos e que nunca fistulizaram. Refere perda ponderal de 25kg em 2 anos.

Realizou Tomografia Computadorizada de pescoço, tórax e abdome que não evidenciaram lesões que justificassem o quadro.

Videofluoroscopia do esôfago mostrou estenose abaixo no esfincter esofagiano superior, com presença de uma megafaringe e broncoaspiração importante. Endoscopia Digestiva alta não evidenciou nenhuma alteração estrutural.

Exame otorrinolaringológico foi normal, exceto pela macroglossia com língua fixa, sendo feita a hipótese diagnóstica de Amiloidose e realizada biopsia das lesões da boca novamente. A coloração do vermelho Congo evidenciou em tais áreas material congofílico que, observado ao microscópio de luz polarizada, mostrou birrefringência verde-maca.

Corroborando com a hipótese de Amiloidose, o paciente apresenta aumento das glândulas submandibulares, espessamento de pele com nódulos subcutâneos, ombros com aspecto de ?ombreira?, disfagia por infiltração amilóide do esôfago, polineuropatia e proteinúria.

Após o resultado da biópsia confirmando amiloidose, foi realizada biópsia de reto e iniciada investigação para Mieloma Múltiplo. Aguardando resultados de biopsia de medula óssea, eletroforese e imunoeletroforese de proteínas séricas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-561

TÍTULO: RELATO DE CASO: LARINGOPIOCELE

AUTOR(ES): WILSON LUIZ VALIM ZERBINATTI , LILIANE SATOMI IKARI, FELIPE ALMEIDA MENDES, ANA CAROLINA PARSEKIAN ARENAS, LUCAS DE AZEREDO ZAMBON, FLÁVIO AKIRA SAKAE, SILVIO ANTÔNIO MONTEIRO MARONE

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

INTRODUÇÃO: Laringocele é uma lesão benigna preenchida por ar, resultante de uma dilatação ou herniação do  sáculo do ventrículo de Morgagni da laringe , localizada entre a cartilagem tireóide e a banda ventricular . Classificam-se em internas, externas e mistas. As internas localizam-se medialmente à cartilagem tireóidea, causando sintomas obstrutivos da via aérea e disfonia . As externas estendem-se através da membrana tireóidea causando o surgimento de massas cervicais.  As mistas ocupam as duas regiões podendo causar sintomatologia de ambas .

Laringopiocele é uma complicação da Laringocele, a qual encontra-se obstruída,   preenchida por conteúdo mucopurulento infectado . É  extremamente rara e associa-se a carcinoma escamoso e carcinoma supraglótico de laringe .

OBJETIVO: Relatar um caso de laringopiocele.

RELATO DO CASO: EJC, 56 anos, motorista com  queixa de  disfonia, febre associada a odinofagia,  há 2 dias com dor a palpação de região cervical anterior esquerda, hipertermia e edema local . Oroscopia: sem lesões. Antecedentes pessoais: procedimento dentário há 10 dias e tabagismo. Laringoscopia indireta: protusão de região supraglótica esquerda abaulando medialmente a banda ventricular  associada a paralisia de prega vocal ipsilateral. TC de pescoço: abaulamento em prega vocal  e  região de banda ventricular com aparente coleção purulenta em região supraglótica até infraglótica à esquerda.

DISCUSSÃO: Na etiologia e  patogênese da Laringocele há sinais de fatores tanto congênitos, quanto adquiridos que estimulam ou inciam esta desordem . Dentre estes fatores o mais importante é a presença da dilatação do sáculo. Outra explicação é o mecanismo pseudo válvula irá formar a laringocele. Laringoceles são encontradas mais comumente em homens numa relação de 5:1, na quinta ou sexta década de vida, como no caso relatado.

O ultrassom  é geralmente usado na abordagem inicial dos abaulamentos cervicais, com objetivo de diferenciar a natureza da lesão,  seu conteúdo e localização. A TC é um exame confiável e útil para diferenciação de patologias como  laringocele, laringopiocele, lipoma, condroma laríngeo, paraganglioma, higroma cístico, cisto branquial. A extensão, o tipo,  conteúdo, associação com carcinoma, grau de obstrução de via aérea e diagnósticos diferenciais entre esta e outras neoformações podem ser determinadas por este método diagnóstico.

Neste caso optamos por realizar laringoscopia indireta pela manifestação disfônica do paciente. Encontramos um abaulamento associado  a paralisia de prega vocal, nos fazendo pensar como primeira hipótese uma doença maligna. A TC foi solicitada para avaliar uma possível extensão desse abaulamento, com características de expansão intra  e extra laríngea, do Ventrículo de Morgani  e preenchida por conteúdo de densidade de partes moles.

A abordagem terapêutica deve ser a drenagem do material para avaliação do antibiograma, antibióticoterapia e corticoterapia com posterior cirurgia definitiva. Apesar da cirurgia ter sido indicada, o paciente não concordou com a realização da mesma, optando pela atibióticoterapia como tratamento, evoluindo bem.

CONCLUSÃO: É fundamental a combinação do exame de laringoscopia indireta e exame tomográfico para diagnóstico diferencial dos abaulamentos glóticos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-562

TÍTULO: RELATO DE CASO: NASOANGIOFIBROMA JUVENIL

AUTOR(ES): TIAGO BINOTI SIMAS, MARCOS PEREIRA LEITE LIMA, RAFAEL SABA ALBERTINO, MARCELO LODI DE ARAUJO, EDNA PATRÍCIA CHARRY RAMÍREZ, MARIA ELISA DA CUNHA RAMOS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO

Paciente E.S.,14 anos, masculino, deu entrada no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Antonio Pedro com epistaxe de grande volume, sendo, então, realizado tamponamento nasal posterior de emergência com sonda de Folley e antorior com gaze montada, internação hospitalar para controle hemodinâmico e investigação diagnóstica. Após 72 horas os tampões foram removidos, sem intercorrências, não apresentando sangramento ativo. Foi, então, realizado uma videoendoscopia nasal onde foi visualizado em meato médio, lesão de coloração rósea, com aspecto vegetante e sendo endurecido e friável.

Solicitamos tomografia computadorizada com contrate que apresentaram tumoração com densidade de partes moles em região posterior de fossa nasal direita, invadindo seio esfenoidal, com destruição óssea e com grande absorção de contraste, sendo classificado no estágio II de FISCH.

Encaminhamos o paciente para equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Geral de Bonsucesso onde foi realizada remoção cirúrgica da lesão com a técnica transfacial com incisão de rinotomia lateral médio-labial.

DISCUSSÃO

O nasoangiofibroma é um tumor vascular que, apesar de histologicamente benigno, é localmente invasivo e com alta incidência de persistência e recorrência. Corresponde a 0,5% dos tumores de cabeça e pescoço. Seu tratamento clássico é através de cirurgia, mas há casos em que pode-se indicar radioterapia ou hormonioterapia.

Há descrições de localizações atípicas deste tipo de tumor, como no saco lacrimal, região paranasal e limitado ao seio esfenóide. Entretanto, a localização mais comum é a limitada à rinofaringe e fossas nasais.

Seu estadiamento clínico é feito através da classificação de Radkowski, Fisch ou Chandler.

O tratamento cirúrgico do nasoangiofibroma pode ser feito via endoscópica ou via aberta, sendo esta última pelas vias transpalatina, transmaxilar (envolvendo as técnicas degloving médio-facial, Weber-Fergusson e rinotomia lateral), e técnicas crânio-faciais, quando há invasão extensa intra-neurocraniana. Atualmente convém realizar embolização tumoral seletiva previamente a todas as técnicas, para facilitar o acesso cirúrgico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-563

TÍTULO: RELATO DE CASO: OSTEOSSARCOMA DE NASOFARINGE EM UM PACIENTE PEDIATRICO

AUTOR(ES): BETTINA CARVALHO , ELISE ZIMMERMANN, FABIANO BLEGGI GAVAZZONI, IAN SELONKE, ARIANA BRAGA GOMES, LAURO JOÃO LOBO ALCÂNTARA, ANDREA MARÇAL SZPAK ZRAIK

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL INFANTIL PEQUENO PRÍNCIPE/ HC-UFPR

Osteossarcoma de cabeça e pescoço é um tumor maligno raro, e a sua localização em nasofaringe é excepcional. Reportamos um caso de osteossarcoma de nasofaringe em nosso departamento. um paciente masculino de 11 anos apresentando obstrução nasal e dificuldade de se alimentar ha um mês foi admitido e submetido a biopsia de tumor em cavidade nasal e nasofaringe sugestivo de osteossarcoma. Exames de imagem mostravam tumor em nasofaringe e cavidade nasal, infiltrando a maxila e se extendendo aos seios paranasais. Cintilografia foi negativa. Tratamento foi iniciado com quimioterapia, mas diante da piora do paciente foi realizada nova biopsia. Osteossarcoma em cabeça e pescoço na faixa pediátrica é uma doença rara e agressiva. Porém com bom prognóstico se houver diagnóstico e tratamento precoces e adequados.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-564

TÍTULO: RELATO DE CASO: PAPILOMATOSE EM ÚVULA

AUTOR(ES): TIAGO BINOTI SIMAS , MARCOS PEREIRA LEITE LIMA, EDNA PATRÍCIA CHARRY RAMÍREZ, MARIA ELISA DA CUNHA RAMOS, ANGELA MARIA CALCANHOTO, OSWALDO LUIZ MUZI DE SOUZA, JEANILÇO CARVALHO ARÊAS

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO

Paciente M.J.S., 32 anos, feminina, procurou o serviço de Otorrinolaringologia devido estar com massa em região de úvula, indolor, sem queixas na deglutição e sem sangramento por volta de dois anos que vinha aumentando seu diâmetro.

Ao exame em região oral observou-se lesão pediculiada em úvula rósea que se prolongava para região de hipofaringe medindo em torno de 5 cm.

Assim, realizamos biopsia da lesão que demonstrou hiperplasia epitelial e acantose e o estudo inumo-histoquímico demosntrou a presença do HPV no interior dessas células, cgegando assim, ao diagnóstico de papiloma escamoso.

DISCUSSÃO

O Papilomavírus humano (HPV) é um DNA-vírus que apresenta considerável tropismo pelo tecido epitelial e mucoso, tendo sido encontrado em lesões da cavidade oral e nasal, na conjuntiva, seios paranasais, laringe, mucosa traqueobrônquica, esôfago, uretra, trato anogenital e mucoso e pele¹.

Atualmente, a infecção genital pelo HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) viral mais freqüente na população sexualmente ativa em todo o mundo e este vírus é apontado como importante agente cancerígeno². Mais de 100 tipos de HPV foram identificados até o presente sendo desses, 24 tipos foram associados a lesões orais³. Estudos mostram que o HPV-DNA está presente em mais de 10% dos casos de carcinoma de células escamosas em cabeça e pescoço. Por meio da imuno-histoquímica e da reação em cadeia da polimerase são identificados alguns tipos de HPV e a presença do gene mutagênico p 53, nos casos de câncer de cabeça e pescoço².

O papiloma escamoso, que é um tumor benigno causado pelo HPV pode ocorrer em qualquer idade e geralmente afeta o palato mole. Clinicamente, se apresenta como lesão exofítica, de superfície rugosa, coloração rosada ou esbranquiçada e pode ser pediculada ou séssil. Os HPV 6 e 11 são os tipos mais envolvidos4.

O tratamento do HPV, qualquer que seja, adotado por vários autores, tem como objetivo a cura clínica, pois não há erradicação definitiva do vírus, ocorrendo ou não recidiva, o que depende do estado imune do portador . A vacinação é algo recentemente que vem sendo feito para imunização antes da primo-infecção, porém medidas educativas de doenças sexualmente transmissíveis devem ser estimuladas4.

CONCLUSÃO

Espera-se, com pesquisas futuras, que se possa encontrar mais esclarecimento sobre o HPV e sua infecção na mucosa oral, principalmente nas lesões subclínicas e no carcinoma oral e que a profilaxia com a vacinação para o HPV seja incluída no calendário vacinal. Medidas educativas para doenças sexualmente transmissíveis também devem ser estimuladas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-565

TÍTULO: RELATO DE CASO: RINOSSINUSITE FÚNGICA INVASIVA COM ACOMETIMENTO ORBITÁRIO

AUTOR(ES): MARCO AURÉLIO FORNAZIERI , LUISA NASCIMENTO MEDEIROS, VÂNIA GARCIA W SANTOS, DIEGO MALDONADO VEGA, FÁBIO REZENDE PINNA, RICHARD LOUIS VOEGELS, RICARDO GUIMARÃES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: A rinossinusite fúngica invasiva é um quadro com alta morbimortalidade, que acomete geralmente pacientes com imunossupressão ou diabetes mellitus. O quadro clínico é composto de obstrução nasal, cefaléia e rinorréia, porém pode ser inespecífico em algumas situações. Ao exame endoscópico nasal, pode-se observer comprometimento da mucosa com áreas de necrose e é importante atentar também para sinais de acometimento orbitário e intracraniano. O tratamento consiste em debridamento cirúrgico extenso das lesões necróticas e terapia farmacológica com Anfotericina B intravenosa. A anfotericina B na sua forma lipossomal tem se apresentado como uma boa alternativa em pacientes com função renal alterada e, mais recentemente, o uso de Posaconazol via oral constitui uma nova opção terapêutica.

RELATO DE CASO: N.V, 58 anos, sexo masculino, portador de diabetes e hipertensão, em pós operatório há dois meses de transplante renal em uso de imunossupressores, procurou o pronto Socorro do HCFMUSP com quadro de 4 dias de rinorréia e obstrução nasal. Apresentava também proptose à direita há um dia, além de abolição da mobilidade ocular extrínseca, diminuição de acuidade visual e parestesia em região supra-orbitária. Ao exame endoscópico apresentava extensa área de necrose em fossa nasal direita. Feita tomografia computadorizada (TC) de seios paranasais que evidenciou velamento de células etmoidais e de seios maxilares com discreta densificação pré-septal à direita, junto à topografia do saco lacrimal. Realizada sinusectomia endonasal e descompressão de lâmina papirácea à direita, com debridamento de mucosa necrótica, e introduzida Anfotericina B lipossomal intravenosa (creatinina sérica no início do tratamento: 0,88 mg/dL). Também foram reduzidas as doses de imunossupressores. Exame anatomopatológico revelou processo inflamatório intenso com necrose e hifas fúngicas, cultura de material positiva para Rhizopus SP. Após cinco dias houve piora do exame nasal, com novas áreas de necrose e piora da proptose, realizado novo debridamento cirúrgico com ampliação da abertura endonasal da lâmina papirácea e introduzido Posaconazol via oral. Durante todo o período de internação foram feitas endoscopias nasais com remoção de crostas e secreção, três a quatro vezes por semana, com melhora progressiva do aspecto da mucosa. Após um mês de internação houve manutenção do acometimento orbitário, evidenciado em ressonância nuclear magnética (RNM) por edema e intensidade heterogênea de estruturas intraconais, e quadro clínico mantido de paralisia da musculatura ocular extrínseca e ausência de percepção luminosa. Optado por nova abordagem cirúrgica via endonasal, com abertura da gordura periorbitária e acesso às estruturas intraconais, que estavam dentro dos limites da normalidade. O tempo total de internação foi de setenta dias, e o paciente recebeu alta com programação de continuar o tratamento antifúngico intravenoso e via oral em regime de hospital dia (creatinina sérica no momento da alta: 1,3 mg/dL), ainda por tempo indeterminado.

CONCLUSÃO: O controle da infecção fúngica invasiva nesse paciente pode ser atribuído ao debridamento focal das lesões associado ao tratamento antifúngico dirigido e ao controle radiológico seriado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-566

TÍTULO: RELATO DE CASO: SÍNDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA

AUTOR(ES): MARIA LAURA SOLFERINI SILVA , LEONARDO LOPES BALSALOBRE FILHO, FÁBIO PIRES SANTOS, GABRIELA ROBASKEWICZ PASCOTO, CASSIANA BURTET ABREU, ALDO CASSOL STAMM

INSTITUIÇÃO: COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS

A Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (VKH), também conhecida como Síndrome Uveomeningoencefálica, é uma rara doença multissistêmica inflamatória que atinge órgãos ou tecidos contendo melanócitos, incluindo olhos, sistema nervoso central, ouvido interno, pele e mucosas.

S.H.P., feminina, 50 anos, parda, procedente de São Paulo ? SP procura ambulatório de Otorrinolaringologia por tontura há 4 dias associada a náuseas. Negava queixas auditivas. Não apresentava nistagmo ao exame e testes de Romberg e Unterberger, assim como a manobra de Dix-Hallpike eram negativos. Revelou estar em acompanhamento oftalmológico por uveíte posterior auto-imune e ter diagnóstico de síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada com comprometimento ocular. Cerca de 2 semanas após evoluiu com zumbido à direita. A audiometria demonstrou disacusia neurossensorial em ?U? leve à direita e disacusia neurossensorial leve em 2 KHz à esquerda. A discriminação de palavras era boa e reflexos estapedianos eram normais. O exame otoneurológico revelou síndrome vestibular periférica deficitária à direita. Retornou cerca de 1 mês após com nova audiometria revelando anacusia à direita. Iniciado Prednisona em dose imunossupressora e solicitada ressonância nuclear magnética de ossos temporais, que demonstrou aumento da captação de contraste em nervo, cóclea e vestíbulo direitos. Em uma semana referiu melhora parcial da audição à direita e nova audiometria revelava detecção de voz em 90dB. Neste momento referiu piora da visão bilateralmente, onde em consulta oftalmológica foi detectado descolamento de retina bilateral.  A paciente permanece em acompanhamento médico otorrinolaringológico e oftalmológico e até o momento não apresentou novos sintomas.

A síndrome de VKH apresenta-se classicamente como panuveíte granulomatosa difusa, bilateral e crônica, associada com manifestações neurológicas, auditivas e tegumentares. Acomete geralmente indivíduos entre 20 e 50 anos de idade, com predomínio para pele pigmentada como asiáticos, indianos, latino-americanos. O sexo feminino é o mais afetado numa proporção de 2:1. Apesar da etiologia incerta, postula-se sobre um processo auto-imune mediado por linfócito T contra melanócitos. O diagnóstico da síndrome de VKH pode ser dado através de critério diagnósticos desenvolvidos pela Sociedade America de Uveíte em 1978 e atualizados em 1999. Seu tratamento é baseado em supressão do processo inflamatório no tecidos alvos e para isso doses imunossupressoras (1-2 mg/kg/dia) de corticoesteróides são utilizados.

Apesar da raridade da síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada, seu diagnóstico deve ser considerado em quadros clínicos de perda auditiva, zumbido, tonturas. A presença de alterações oftalmológicas, dermatológicas e neurológicas em conjunto com otorrinolaringológicas requer um acompanhamento médico interdisciplinar. A precocidade do diagnóstico e início da  terapia com corticoesteróides é essencial na tentativa de minimizar danos causados e preservar a função destes órgãos-alvo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-567

TÍTULO: RELATO DE CASO:SÍNDROME DE WOAKES

AUTOR(ES): MILENA MAGALHÃES DE SOUSA , PABLO PINILLOS MARAMBAIA, OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, AMAURY DE MACHADO GOMES, ANA CAROLINA OLIVEIRA MENDONÇA, PATRÍCIA BRANDÃO PANTOJA, MANUELLA SILVA MARTINS

INSTITUIÇÃO: INOOA

INTRODUÇÃO: A síndrome de Woakes foi descrita inicialmente em 1885 por Edward Woakes, sendo caracterizada por uma etmoidite deformante, com alargamento da pirâmide nasal devido à polipose nasal. Esta definição foi ampliada por kellerhals & de Uthemanni, acrescentando-se a aplasia do seio frontal, bronquiectasia e discrinia . Os pacientes dificilmente se livram dessa afecção, porque apesar do tratamento cirúrgico bem conduzido, sinusectomia com remoção completa da massa polipóide, deixa a cavidade nasal ampla e com predisposição à recidiva de novos pólipos. A Síndrome de Woakes é uma patologia rara que acomete mais adultos do que crianças com menos de 10 anos, exceto quando associado à fibrose cística.

OBJETIVO: Relato de um caso de uma paciente de 16 anos com síndrome de Woakes.

RELATO DO CASO: ACD, feminina, 16 anos, procurou atendimento com queixa de obstrução nasal bilateral há 3 anos, associada a rinorréia amarelada, hiposmia e cefaléia frontal. Negava outros sintomas. Ao exame físico observava-se alargamento da pirâmide nasal e à rinoscopia anterior lesões de aspecto polipóide projetando-se para vestíbulo nasal bilateralmente. A tomografia computadorizada evidenciava preenchimento de toda a cavidade nasal que estava alargada, bem como dos antros maxilares e labirintos etmoidais, preenchido por uma massa de densidade de partes moles sem sinais de destruição óssea. A paciente foi submetida a cirurgia endoscópica nasossinusal composta por: etmoidectomia total intranasal, antrostomia maxilar, septoplastia e turbinectomia inferior com a ressecção da massa polipóide. Houve uso de tamponamento nasal por 48hs , evoluindo de forma satisfatória no pós-operatório. O estudo anatomo-patológico evidenciou tratar-se de polipose nasal. Segue em acompanhamento ambulatorial com melhora dos sintomas e sem recidiva da lesão após 4 meses.

DISCUSSÃO: A síndrome de Woakes acomete indivíduos adultos cerca de duas vezes mais que crianças. Na infância, essa síndrome está relacionada com o surgimento de polipose nasal refratária aos tratamentos habituais. A etiopatogenia da doença ainda é desconhecida e alguns estudos encontraram relação com fatores genéticos, assim como origem infecciosa principalmente sifilítica. Entretanto, no caso relatado nenhuma causa etiológica foi encontrada. Embora a paciente não possuísse o quadro clínico completo descrito por kellerhals & de Uthemanni, a semelhança de sinais e sintomas com os casos descritos na literatura pode tratar-se de uma outra forma de apresentação clínica da síndrome.

CONCLUSÃO: A síndrome de Woakes é uma doença rara, que acomete mais adultos do que crianças. Existem poucos estudos na literatura que abordam a síndrome devendo portanto, novas pesquisas serem feitas para acrescentar mais informações sobre essa patologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-568

TÍTULO: RELATO DE LINFOMA DE BURKITT - RARA MANIFESTAÇÃO INTRA-ORAL : AUMENTO UNILATERAL DE AMIGDALA

AUTOR(ES): CAROLINE VALVERDE DINIZ BOECHAT , GLÁUCIA MARIA VASCONCELOS SEVERIANO, DANIEL SANTOS ARANTES SOARES, AURÉLIA SILVA E ALBUQUERQUE, EDUARDO MACHADO ROSSI MONTEIRO, ANA PAULA DE AQUINO FERREIRA MONTEIRO, MAURO BECKER MARTINS VIEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FELÍCIO ROCHO

INTRODUÇÃO:

O linfoma de Burkitt é um tipo de linfoma não-Hodgkin altamente agressivo, que exibe o maior índice de proliferação celular dentre as neoplasias humanas. Ocorre predominantemente nas primeiras décadas de vida, com predileção pelo gênero masculino e grande afinidade pelos ossos gnáticos, especialmente maxila. Na cavidade oral, este tumor pode progredir muito rapidamente e se apresentar como uma tumefação facial ou uma massa exofítica envolvendo os maxilares  e amígdalas.

OBJETIVO:

O presente trabalho tem por objetivo destacar a possibilidade de manifestação intra-oral do Linfoma de Burkitt, atentando os médicos otorrinolaringologistas à possibilidade diagnóstica em pacientes com aumento unilateral de amígdala, acompanhado ou não de linfonodomegalia cervical.

RELATO DE CASO:

 G.L.A.B,  4 anos, sexo masculino, que apresentou rápido crescimento unilateral de amígdala, acompanhado de linfonodomegalia cervical causando abaulamento cervical.

Inicialmente houve suspeita clínica de amigdalite, complicada com abscesso periamigdaleano. O atendimento inicial ocorreu em outro serviço. Não havendo melhora do quadro após dias de antibioticoterapia ,o paciente nos foi encaminhado para melhor investigação.

A suspeita clínica inicial foi de malignidade, devido ao crescimento rápido e agressivo da lesão, causando compressão das estruturas adjacentes.

Realizamos duas biópsias da lesão cervical, sendo que apenas na segunda amostra houve o dignóstico de linfoma de Burkitt através da imunohistoquímica.

O paciente foi encaminhado  à equipe de onco-hematologia deste hospital e iniciou tratamento quimioterápico com Cisplatina, ciclofosfamida e Toposídeo))))). No momento a criança está no segundo ciclo de tratamento, com melhora gradativa e significativa do quadro clínico.

DISCUSSÃO:

Destacamos a raridade da manifestação intra oral desta patologia, que na maioria das vezes apresenta-se como massa abdominal ou cervical. A manifestação intra-oral é rara, o que pode dificultar o diagnóstico. Cabe aos médicos otorrinolaringologistas atentar para a possibilidade deste diagnóstico diante de um caso semelhante.

CONCLUSÃO:

Apesar de ser uma patologia rara, devemos estar atentos a manisfestações atípicas do linfoma de Burkitt. É  sempre prudente  biopsiar massas cervicais ou orais refratárias ao tratamento clínico, e chamar atenção à sinais e sintomas sistêmicos que compõem o quadro clínico de um paciente com linfoma (febre, mal estar, perda de apetite, emagracimento, linfonodomegalia cervical. Sempre suspeitar de malignidade em massas de crescimento rápido.

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TRABALHO CLÍNICO

P-569

TÍTULO: REPERCUSSÕES TARDIAS NA DEGLUTIÇÃO E DOS ÓRGÃOS FONOARTICULATÓRIOS EM CRIANÇAS APÓS CIRURGIA DAS TONSILAS

AUTOR(ES): SILKE ANNA THEREZA WEBER , ANETE BRANCO, DANIELA DE SOUZA NEVES, THAIS HUEHARA, RENATO OLIVEIRA MARTINS, THALITA AZEVEDO FRACALOSSI

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

INTRODUÇÃO: Quadros de obstrução nasal são freqüentes na infância. Estima-se que o pico de incidência seja encontrado na idade pré-escolar pela hipertrofia das tonsilas faríngea e palatinas, resultado de uma via aérea mais estreita. A obstrução nasal é fator causal da respiração oral e de alterações dos órgãos fonoarticulatórios e das funções orais como a deglutição.

OBJETIVO:  avaliar o sistema sensório motor oral e a deglutição de crianças após cirurgia das tonsilas.

METODOLOGIA: 89 crianças com diagnóstico de distúrbios respiratórios do sono e obstrução nasal foram avaliadas após cirurgia das tonsilas.  Foram excluídas as com doenças neurológicas e as portadoras de síndromes genéticas. Os órgãos fonoarticulatórios foram avaliados pela observação e toque das estruturas orofaciais em repouso. A deglutição foi avaliada por meio da videofluoroscopia com a oferta de 5 ml de líquido e foram observadas as características das fases oral e faríngea.

RESULTADOS: 44 meninos e 45 meninas com idade de 7 a 19 anos e com idade cirúrgica de 5 anos apresentaram rinite (65%) e ronco noturno (35%). Na avaliação dos órgãos fonoarticulatórios foram encontradaos língua alargada, assimetria de bochechas e respiração predominantemente oral (85%). Na videofluoroscopia, não houve lentificação das fases oral e faríngea, não houve vedamento labial durante a deglutição em 51% das crianças e 59,9% usaram manobras de deglutição. Em 51% das crianças foi encontrado estase em valécula. Das 76 crianças com respiração oral, 41 não apresentam vedamento labial durante a deglutição e 40 apresentaram estase em valécula. Na observação das características craniofaciais, 49,4% das crianças apresentaram alterações na oclusão com palato em ogiva e desvio de septo, além disso, 47% fazem o uso de aparelho ortodôntico. Das 44 crianças que apresentaram alteração craniofacial, 25 não apresentaram vedamento labial durante a deglutição e 21 apresentaram estase da oferta na valécula.  Por fim, das 42 crianças que fazem uso de ortodontia, 21 não apresentam vedamento labial durante a deglutição e 23 apresentaram estase da oferta.

CONCLUSÃO: A persistência de desordens respiratórias obstrutivas e alterações nos órgãos fonoarticulatórios e na dinâmica da deglutição são frequentes após cirurgia das tonsilas.

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TRABALHO CLÍNICO

P-570

TÍTULO: REPRODUTIBILIDADE DA VIDEONASOLARINGOSCOPIA EM CRIANÇAS COM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE REFLUXO EXTRA-ESOFÁGICO

AUTOR(ES): NEIDE FATIMA CORDEIRO DINIZ OLIVEIRA , RENATA CRISTINA CORDEIRO DINIZ OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: OTOMED

INTRODUÇÃO: A doença do refluxo gastroesofágico com manifestações atípicas ou extra esofágicas é de difícil diagnóstico, visto que, a grande maioria dos pacientes que apresentam sintomas atípicos da DRGE não apresentam os sintomas típicos da afecção, tornando o seu diagnóstico, inicialmente ainda mais difícil. Nas duas últimas décadas, atenção especial vem sendo dada às manifestações faríngeas, laríngeas e pulmonares da afecção e a vídeonasolaringoscopia constitui importante método de avaliação do trato aero-digestivo superior.

OBJETIVO: avaliar a reprodutibilidade dos exames vídeo nasolaringoscópicos realizados em crianças com manifestações clínicas de refluxo extra-esofágico.

METODOLOGIA: estudo transversal envolvendo 44 crianças com idades entre um e 12 anos, apresentando tosse crônica, crises asmáticas, sinusites, otites e rouquidões de repetição, através da vídeonasolaringoscopia. Os exames foram gravados em vídeos e analisados posteriormente por dois outros examinadores independentes, sem correlação com a história clínica. A reprodutibilidade interobservadores foram testadas duas a duas e analisadas através da estatística Kappa.

RESULTADOS: as vídeonasolaringoscopias mostraram que todas as crianças tinham adenóides que ocupavam menos que 70% do cavum.  Vinte e nove (66%) tinham pregas interaritenoídeas edemaciadas, 32 (73%) edema de regiões retrocricoídeas e oito (18,2%) crianças nódulos em PPVV.  A estatística Kappa encontrou concordância máxima (100%) entre as avaliações dos três examinadores quanto aos volumes adenoideanos e á presença de nódulos em pregas vocais. Para os achados de edema retrocricoídeo e interaritenoídeo os valores médios de Kappa foram 0,79 (concordância boa) e de 0,84 (concordância excelente) respectivamente.

CONCLUSÃO: Nesse estudo, os valores de Kappa encontrados, variaram de bom a excelente, o que demonstra ser a vídeonasolaringoscopia um exame de boa a excelente reprodutibilidade, mesmo quando avaliado por profissionais com diferentes experiências clinicas. Portanto, é um ótimo método diagnóstico e de acompanhamento de pacientes com afecções de vias aero digestivas superiores.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-571

TÍTULO: RESOLUÇÃO ESPONTÂNEA DE PÓLIPO HEMORRÁGICO EM PREGA VOCAL

AUTOR(ES): DANILO NUNES GOSLING , ALEXANDRE COLOMBINI SILVA, WALTER SCHETTINI JR., ALEX BARALDO, ANNIE GOMES, GRAZZIA GUGLIELMINO CRUZ, ALEXANDRE FELIPPU NETO

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO FELIPPU

INTRODUÇÃO: Os pólipos das pregas vocais são lesões de massa, benignas, de coloração e tamanhos variáveis, podendo ser sésseis ou pediculados. Ocorrem em diferentes regiões das pregas vocais, sendo freqüentemente encontrados no terço médio e anterior. São geralmente unilaterais, podendo em 10% dos casos apresentarem formações bilaterais assimétricas. Os pólipos originam-se a partir de pequenos traumatismos, que podem ser fonatórios ou não, como por exemplo, na presença de refluxo gastroesofágico, aspiração de substâncias químicas agressivas ou ainda atividades respiratórias intensas, como o esforço utilizado para tocar instrumentos de sopro. O hábito de fumar e a ingestão de bebidas alcoólicas são importantes fatores agravantes. Nos pacientes com este tipo de lesão o sintoma predominante é a rouquidão soprosa de caráter variável. Alterações vocais qualitativas, como por exemplo, a aspereza sugere a possibilidade de uma alteração estrutural mínima em prega vocal contralateral.

Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 27 anos, operadora de telemarketing, com queixa de disfonia soprosa, de inicio súbito, após abuso vocal. Procurou nosso serviço para avaliação e conduta otorrinolaringológica. No exame videolaringoestroboscópico, evidenciou-se a presença de pólipo hemorrágico em prega vocal esquerda, de aproximadamente 3,5mm associado a edema, hiperemia e hemorragia submucosa em remissão em prega vocal ipsilateral. Não havia evidência de alteração estrutural mínima em prega vocal contra lateral. Refere etilismo social e tabagismo. Nega sinais e sintomas de refluxo laringofaríngeo e uso de medicações de rotina. Frente a estes achados, foi indicado fonoterapia, higiene vocal e suspensão do tabagismo visando auxiliar na regressão do edema do pólipo e das áreas subjacentes e de reduzir a área da intervenção cirúrgica. A paciente retorna após cinco meses, tempo superior ao solicitado para cuidados e fonoterapia, relatando melhora da qualidade vocal, não apresentando disfonia. Realizada nova avaliação videolaringoestroboscópica, não evidenciado a presença do pólipo em prega vocal direita e resolução dos processos inflamatórios adjacentes. Realizado seguimento ambulatorial da paciente e seguimento com fonoterapia, sem novas queixas vocais após este evento.

DISCUSSÃO: Os pólipos hemorrágicos são lesões benignas comumente removidas cirurgicamente. Embora esta modalidade ofereça na maioria dos casos resultados satisfatórios, existe um subconjunto de pólipos, que parece resolver-se com terapia conservadora. Frente a este conjunto, sugere-se um regime de terapia vocal pré-cirúrgico, de curta duração, com orientações quanto à higiene vocal, visando auxiliar na regressão do edema do pólipo e das áreas subjacentes, reduzindo-se a área da intervenção cirúrgica. Recidivas de pólipos são raras e, quando ocorrem, alterações estruturais mínimas ocultas devem ser investigadas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-572

TÍTULO: RESSECÇÃO ENDOSCÓPIA ENDONASAL DE CONDROSARCOMA DE SEPTO NASAL

AUTOR(ES): PABLO SOARES GOMES PEREIRA , CARLOS TAKAHIRO CHONE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP

INTRODUÇÃO: Condrossarcoma é um tumor ósseo maligno responsável por 10 a 20% dos tumores ósseos malignos primários no corpo humano. Sua ocorrência em cabeça e pescoço é rara, representando 3 a 12% das apresentações desta patologia. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de condrossarcoma de septo nasal que foi ressecado por cirurgia endoscópica endonasal.

CASO CLÍNICO: M.A.F., 56 anos, feminina, com historia de obstrução nasal direita com piora progressiva à direita há 2 anos. Ao exame apresentava à rinoscopia anterior uma massa de coloração pálida ocupando toda a porção posterior da fossa nasal direita. No exame nasofibroscópico, a massa obstruía completamente a coana direita e abaulava a porção posterior do septo nasal, obstruindo parcialmente a coana contralateral. Foram realizados exames de imagem e biópsia que revelaram tratar-se de um condrossarcoma de septo nasal. A paciente foi tratada com ressecção da lesão via endoscópica endonasal.

DISCUSSÃO: Os condrossarcomas de cabeça e pescoço são neoplasias raras, de crescimento lento e indolor, mas localmente agressivo, tendo uma grande propensão a recidivas.  O presente caso relata um condrossarcoma em uma localização pouco frequente, o septo nasal. Na literatura são descritos cerca de 50 casos de neoplasia nesta localização. Os tratamentos cirúrgicos clássicos são realizados pelos acessos: Weber-Ferguson, rinotomia lateral, sublabial- transnasal, Le Fort I e craniofacial anterior. Em nosso caso utilizamos o acesso endoscópico endonasal vem sendo descrito na literatura atual para casos selecionados de condrossarcomas nasossinusais. 

CONCLUSÃO: O acesso endoscópico endonasal pode ser utilizado com sucesso em casos selecionados de neoplasias nasossinusais.

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TRABALHO CLÍNICO

P-573

TÍTULO: RESULTADOS AUDIOLÓGICOS E COMPLICAÇÕES DE TRÊS IMPLANTES COCLEARES EM CÓCLEAS MALFORMADAS

AUTOR(ES): LUCAS RODRIGUES CARENZI , TASSIANA LAGO, CAROLINA BROTTO AZEVEDO, ALINE PIRES BARBOSA, HENRIQUE AUGUSTO CANTAREIRA SABINO, EDUARDO TANAKA MASSUDA, MIGUEL ANGELO HYPPÓLITO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP

INTRODUÇÃO: O implante coclear (IC) é considerado um método de reabilitação auditiva em perdas auditivas neurossensoriais profundas. Pacientes com malformações cocleares (MC) estão inclusos nesta gama de pacientes.

Este estudo apresenta 3 pacientes com MC que foram submetidos ao IC, e tem o objetivo de avaliar a resposta ao IC, bem como as possíveis complicações operatórias.

MATERIAL E MÉTODOS: estudo retrospectivo em que foram revisados os prontuários de três pacientes com MC que foram submetidos ao IC entre de 2006 a 2007. A idade variou entre 3 e 5 anos. Foram analisadas as repostas quanto a percepção sonora e também as complicações operatórias.

RESULTADOS: encontramos dois pacientes com malformação do tipo Mondini. O terceiro paciente apresentava ausência de espiras cocleares. A melhora da resposta à percepção sonora foi evidente nos dois primeiros pacientes, mas não no terceiro. A complicação mais encontrada no intra-operatório foi o "gusher", que ocorreu em todos os pacientes. A exposição de duramáter ocorreu em um paciente, sem fistula liquórica. Não houve lesão do nervo facial. No pós-operatório, os pacientes não apresentaram complicações neurológicas.

DISCUSSÃO: A deformidade descrita por Mondini está associada a perdas auditivas sensórioneural. Apresenta uma frequência de 45% a 55% dentre as MC e pode envolver uma ou ambas as orelhas, ocorrer sozinha ou associada a outros distúrbios.

A "cavidade comum" apresenta uma frequência de aproximadamente 16%. Nesta deformidade, o labirinto anterior e o posterior formam uma única cavidade ampla, sendo maior chance de fístula liquórica espontânea. Artigos de revisão sobre IC em pacientes com MC mostram que o procedimento é seguro, além de obter bons resultados. No entanto, a presença de malformações gera desafios. O "gusher", complicação frequente, deve ser tamponado prontamente com fáscia, veia ou outro tecido. Foi encontrado em 100% de nossos casos. A derivação lombossacra ou reabordagem dificilmente é necessária. A anatomia do nervo facial deve ser estudada exaustivamente, pois a chance de ocorrência de possíveis anormalidades em seu trajeto é alta. Além disso, em pacientes com cavidade única, há ainda a possibilidade de lesão do nervo facial dentro do canal auditivo interno pelo próprio implante, que pode se extender até o interior do canal. Em pacientes com MC, o malposicionamento do implante coclear é comum, podendo a tomografia computadorizada intra-operatória ser utilizada para visualização da correta posição dos eletrodos. O nosso tempo de follow up destes pacientes foi de 12 a 24 meses, havendo portanto, a necessidade de um seguimento maior desses casos para avaliação a longo prazo.

CONCLUSÃO: A MC severa foi associada a uma pior resposta à percepção sonora ao IC, aumentando também a taxa de complicações operatórias.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-574

TÍTULO: RETALHO TRIANGULAR EM CBC NASAL

AUTOR(ES): EUSTÁQUIO NUNES NEVES , VALÉRIA DE PAULA BARTELS, RENATA ANTUNES DE CARVALHO, AMANDA CRISTINA FERREIRA, DANIEL PAINS NOGUEIRA, FERNANDO CASTRO DE PAULA

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINO BH

INTRODUÇÃO: O carcinoma basocelular é o mais comum dentre todos os tipos de câncer e constitui-se em uma malignidade epitelial primária, localmente invasiva. Cerca de 80% são encontrados na região da cabeça e pescoço. Doença de adultos leucodermas, especialmente aqueles de pele mais clara. A faixa etária mais comum de comprometimento encontra-se acima dos 40 anos de idade, porém algumas lesões são detectadas precocemente na segunda década de vida. Geralmente esse câncer resulta da exposição crônica à radiação ultravioleta.

OBJETIVO: Apresentação de caso clínico de CBC nasal recidivado submetido a tratamento cirúrgico.

METODOLOGIA: Seleção de retalho triangular de vizinhança com pedículo subcutâneo na abordagem cirúrgica de CBC nasal.

RESULTADOS: Excelente resultado estético facial tanto da área doadora quanto leito receptor.

CONCLUSÃO: A programação e utilização dessa técnica de reconstrução cirúrgica são bastante favoráveis naqueles casos que requeiram maior quantidade de tecido de cobertura para fechamento adequado da área receptora, possibilitando concomitantemente oclusão imediata da área doadora. Devemos sempre levar em consideração outras vantagens, tais como, pele com a mesma textura e coloração, simplicidade na execução da técnica e resultado estético final bastante satisfatório.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-575

TÍTULO: RETIRADA DE CORPO ESTRANHO METÁLICO RETROFARÍNGEO

AUTOR(ES): NÉDIO ATOLINI JÚNIOR , MARCOS RIBEIRO DE MAGALHÂES, VALDEVINO ALVES DE MELO JÚNIOR, HENRIQUE PEDRO MAGOGA, ADEN LUIGI CASTRO TESTI, RENATO CARDOSO GUIMARÃES, NOELLE BUENO

INSTITUIÇÃO: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Na prática diária da otorrinolaringologia, é muito comum a retirada de corpo estranho da via aérea ou até  mesmo do ouvido. Estes episódios são mais frequentes em crianças e pacientes com alguns distúrbio psiquiátrico.

Relata-se o caso de um paciente atendido de urgência no setor de otorrinolaringologia apresentando imagem tomografica sugestiva de corpo estranho retrofarìngeo.

Relata-se o caso de B.S.M. , 43 anos, masculino , procedente de Registro ? SP, o qual foi atendido na Unidade  Básica de Saúde com quadro de otorréia bilateral crônica . Familiar relatara quadros frequentes nos quais o paciente havia colocado objetos nas fossas nasais e ouvidos. Na ocasião foi solicitado radiografia de face . A mesma, surpreedentemente  evidenciou corpo estranho metálico transversal na altura do maxilar. Foi encaminhado ao  setor de Otorrinolaringologia de refência  onde foi avaliado com tomografia  computadorizada e nasofibroscopia. Os exames sugeriam 2 corpos estranhos retrofaríngeos  com tamanho aproximado de 7 cm para o maior. Os mesmos cruzavam  a rinofaringe à avaliação endoscópica. Foi feita reconstrução tomográfica 3D.

Foi iniciada antibióticoterapia e agendada cirurgia eletiva para a retirada do material.

Na cirurgia, o procedimento endonasal não foi resolutivo , necessitando de duas incisões pré-auriculares bilateralmente com individualização do nervo facial e acesso retrofaríngeo. À direita necessitou de parotidectomia parcial.

Foram retirados 2 objetos , 1 prego e 1 lápis , de tamanho significativo.

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TRABALHO CLÍNICO

P-576

TÍTULO: REVISÃO DA LITERATURA E ESTUDO RETROSPECTIVO DE 670 PACIENTES COM RINITE ALÉRGICA ? PRINCIPAIS AGENTES

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, KARINA MARÇAL KANASHIRO, RENATA BECKER, GUSTAVO SELA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA - FILIAL DO PARANA

INTRODUÇÃO: A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição à alérgenos que, após sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por IgE, resultando em sintomas crônicos ou recorrentes. O diagnóstico é basicamente clínico, mas métodos como o teste RAST podem auxiliar no diagnóstico.

OBJETIVOS: Identificar qual o agente mais prevalente nos pacientes alérgicos que foram submetidos ao teste RAST entre gramíneas, ácaros, poeira doméstica, epitélio de gato e fungos atendidos e tratados. Identificar o agente com maior incidência de grau IV de severidade no teste RAST nos pacientes alérgicos que foram submetidos ao teste.

METODOLOGIA: Foram avaliados 670 prontuários de pacientes atendidos no HCV, na cidade de Curitiba. Pacientes que apresentavam queixas alérgicas e que tiveram agentes positivos (gramíneas, ácaros, poeira doméstica, epitélio de gato e fungos) para estes alérgenos testados no RAST.

RESULTADOS: O resultado mais frequente foi gramíneas com 41.49%, ácaros com 18.2%, poeira doméstica com 15.52%, epitélio de gato com 13.88% e fungos em 10.89% dos pacientes. Já na incidência de grau IV de severidade no teste de RAST para poeira doméstica, 75% tiveram esta classificação. Já a gramínea em 13% dos pacientes positivos com grau IV e grau III em 46%. O ácaro foi classificado com grau IV em 17% dos pacientes e grau III em 57%. O epitélio de gato foi classificado com grau IV em 13% e grau III em 39%. O fungo foi classificado com grau IV em 24.6% e grau III em 16.4% dos pacientes.

CONCLUSÃO: O resultado mais frequente foi gramíneas, com 41.49%. A maior incidência de grau IV foi para poeira doméstica, sendo que 75% dos pacientes com RAST positivo para poeira tiveram classificação grau IV para o alergeno.

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TRABALHO CLÍNICO

P-577

TÍTULO: REVISAO DA LITERATURA E ESTUDO RETROSPECTIVO DE 670 PACIENTES COM RINITE ALÉRGICA/IMUNOTERAPIA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, KARINA MARÇAL KANASHIRO, RENATA BECKER, STEPHANIE SAAB

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA - FILIAL DO PARANA

INTRODUÇÃO: A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição à alérgenos que, após sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por IgE, resultando em sintomas crônicos ou recorrentes. O diagnóstico é basicamente clínico, mas métodos como o teste RAST podem auxiliar no diagnóstico.

OBJETIVOS: Descrever os principais efeitos colaterais nos pacientes alérgicos tratados com a vacina e mostrar a evolução dos pacientes com um novo teste RAST após o uso da vacina.

METODOLOGIA: Foram analisados 670 prontuários de pacientes atendidos no HCV, em Curitiba PR. A média de idade foi de 25 anos, sendo 68,22% do sexo feminino e 31,77% do sexo masculino.

RESULTADOS: O p obtido após análise estatística foi significante, ou seja, menor que 0,001 para os pacientes que receberam a terceira de vacina. Entre os efeitos colaterais da vacina, cerca de 82% dos pacientes queixaram-se de prurido no local da aplicação, 11% tiveram tosse seca e não houve caso de choque anafilático.

CONCLUSÃO: A vacina se mostrou um produto eficaz e seguro no nosso estudo.

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TRABALHO CLÍNICO

P-578

TÍTULO: REVISÃO DA LITERATURA: SÍNDROME KARTAGENER

AUTOR(ES): RAFAEL SABA ALBERTINO , RAPHAELLA COSTA MOREIRA SIMEN, MARCOS PEREIRA LEITE LIMA, DANIEL TONON, PATRÍCIA MAURO MANO, TIAGO BINOTI SIMAS, EDNA PATRÍCIA CHARRY RAMÍREZ

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE ORL DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO (HUAP) ? UFF

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Kartagener é causada por uma doença autossômica recessiva rara, no qual se apresenta com uma tríade composta por bronquiectasia, pansinusite crônica e situs inversus, sendo esta uma condição congênita onde os órgãos do tórax  e abdomen estão transpostos. Essa patologia se caracteriza por uma discinesia ciliar, no qual faz com que os pacientes desenvolvam quadros infecciosos recidivantes no trato respiratório, tais como rinosinusites, otites, bronquiolites e pneumopatias.

OBJETIVO: O objetivo deste artigo é revisar os casos já relatados sobre a Síndrome de Kartagener, para verificar se coincidem com as características já descritas pela literatura mundial.

METODOLOGIA: Realizada uma busca no Pubmed, utilizando as palavras ?kartagener syndrome primary ciliary dyskinesia?, no qual apareceram 210 artigos com referência a este tema.

RESULTADOS: De acordo com a literatura, observamos que a grande maioria dos casos relatados possui as características relatadas em outros artigos. O prognóstico para essa patologia varia bastante, de acordo com o grau de acometimento e suas complicações.

CONCLUSÃO: Observamos que os casos relatados desta rara malformação congênita coincidem com a literatura mundial, apresentando o quadro de rinosinusopatia crônica, bronquiectasias e inversão na localização dos órgãos, e demonstrando que mesmo não sendo realizada a microscopia eletrônica para confirmação da síndrome podemos suspeitar dela. O acompanhamento multidisciplinar nesta síndrome é necessário devido o comprometimento do trato respiratório, como também das possíveis complicações em órgãos abdominais. Assim concluímos que mais estudos sobre esta síndrome devem ser realizados para que possamos conhecer cada vez mais desta patologia.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-579

TÍTULO: RINOLITÍASE ASSOCIADA A SINÉQUIA NASAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): EDUARDO GARCIA , TALEB ABD ALI ABOU HANZE, MÁRCIO MONTEIRO AQUINO, ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA, CÍCERO MATSUYAMA

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: A rinolitíase é uma doença rara caracterizada pela presença de formações calcárias na fossa nasal, depositadas progressivamente ao redor de um corpo estranho. Este pode ser de origem exógena (vegetais, materiais plásticos, metais, etc) ou endógena (crostas purulentas, coágulos, raízes dentária,etc).

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de rinolitíase associada a sinéquia nasal em um paciente adulto atendido no Ambulatório de Otorrinolaringolgia do Instituto CEMA no mês de outubro de 2009. O paciente foi submetido a Termo do Consentimento Livre e Esclarecido, estando ciente e de acordo com a realização deste estudo.

RELATO DE CASO: Paciente BORM, 25 anos, sexo masculino, natural e procedente de São Paulo, foi atendido no Ambulatório de Otorrinolaringologia do Instituto CEMA com quadro de obstrução nasal crônica bilateral pior a direita, intermitente, associada a episódios de rinorréia purulenta e fétida com piora importante dos sintomas nos últimos seis meses. A endoscopia nasal apresentava ausência da porção anterior de concha nasal inferior associada a presença de sinéquia entre parte inferior de septo nasal e parede lateral de narina direita. Visualizava-se, ainda, massa acinzentada de consistência pétrea e superfície irregular em meio a secreção purulenta e de odor fétido ocupando o meato inferior no terço médio de fossa nasal direita. Foi confirmada a hipótese diagnóstica de rinolitíase, sendo indicada a remoção em centro cirúrgico sob visão endoscópica.

DISCUSSÃO: A origem e fisiopatogenia da rinolitíase ainda é motivo de controvérsia.Pode ser de origem exógena (como grãos, pedaços de papel, plástico, etc) ou endógena (secreções, coágulos, fragmentos de dentes, etc). A hipótese mais aceita é a de que a presença de um corpo estranho na fossa nasal desencadearia uma reação inflamatória focal, levando a deposição progressiva de várias substâncias entre elas o carbonato e fosfato de cálcio. Nosso paciente, apresentava sintomas de obstrução nasal bilateral e rinorréia recorrentes que se tornaram contínuos e exuberantes apenas nos últimos 6 meses antes do diagnóstico. Entre as principais complicações da rinolitíase estão: fístulas oroantral e/ou oronasal, sinéquias, desvio e perfurações septais, destruição de parede lateral de nariz e outras estruturas adjacentes.

CONCLUSÃO: O diagnóstico da rinolitíase é muitas vezes tardio e associado a complicações, devendo ser considerado na presença de sintomas nasais persistentes, especialmente quando unilaterais. Este estudo reforça a importância de uma anamnese detalhada bem como o auxílio de exames de imagem e endoscópicos no diagnóstico da rinolitíase, uma doença pouco freqüente no cotidiano otorrinolaringológico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-580

TÍTULO: RINOLITÍASE: SUSPEIÇÃO CLÍNICA NO DIAGNÓSTICO INICIAL

AUTOR(ES): FERNANDO ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR , FELIPPE ANTÔNIO BARBOSA AGUIAR, MAURICIO AQUINO PAGANOTTI, DIANA ARANTES SAD RAMALHO

INSTITUIÇÃO: CRE-SERRA-ES (SUS)

Os autores relatam um caso de paciente adolecente,18 anos, com cefléia e rinossinusite crônica causada por rinolito.

A rinolitíase é uma concreção calcárea visível ao Raio X.Seu tratamento de escolha é o cirúrgico.

É preciso alto índice de suspeição para seu correto e preciso diagnóstico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-581

TÍTULO: RINOLITO COM ANTROLITÍASE DE SEIO MAXILAR DIREITO

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: Os rinolitos são massas calcáreas encontradas no interior das fossas nasais, sendo uma eventualidade rara e cuja sintomatologia é facilmente confundida com quadros infecciosos ou obstrutivos de vias aéreas superiores.

OBJETIVO: Apresentar um caso de rinolitíase com antrolitíase em seio maxilar direito em um paciente adulto, do sexo masculino, sem sintomatologia expressiva, além de fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente masculino, branco, aposentado, com 70 anos, encontrava-se internado no Hospital São José do Avaí (HSJA) em Itaperuna/RJ, na enfermaria de Cardiologia, aguardando a realização de cirurgia cardíaca. Durante a internação o paciente relatou obstrução nasal à direita e discreta cefaléia, sendo então solicitado uma radiografia simples dos seios da face que revelou um velamento total do seio maxilar direito com espessamento difuso de mucosas. Iniciou-se ClavulimR 875mg por 10 dias, porém como as queixas clínicas persistiam ao término do tratamento, solicitou-se a avaliação do serviço de Otorrinoloringologia do HSJA. Ao exame otorrinolaringológico, o paciente apresentava à rinoscopia anterior um desvio de septo para a direita com hipertrofia de corneto inferior esquerdo, além da ausência de massas ou corpos estranhos. A anamnese revelou sintomatologia de obstrução nasal e cefaléia há mais de dez anos, além de tratamentos prévios com antibiótico para suposta sinusite. Para melhor elucidação do quadro solicitamos uma Tomografia Computadorizada (TC) dos seios da face.

RESULTADOS: O paciente do caso clínico relatado apresentava apenas sintomatologia de obstrução nasal e cefaléia em hemiface direita, com ausência na história clínica de fatores sugerindo corpo estranho. A rinoscopia anterior foi normal, sendo solicitado a TC dos seios paranasais para elucidar o quadro. A TC revelou a presença de uma estrutura amorfa, com contornos irregulares e densidade calcária, localizada em fossa nasal direita, extendendo-se para o seio maxilar direito, além de um velamento total do seio maxilar direito e recessos frontais, sugerindo processo inflamatório crônico. O paciente foi submetido à cirurgia, via endoscopia nasal, sendo retirado a massa calcária e, através do exame anatomopatológico, confirmado a hipótese diagnóstica de rinolito. Paciente evoluiu bem, com melhora progressiva dos sintomas relatados.

CONCLUSÃO: A rinolitíase por ser uma entidade rara, pode apresentar-se como um achado acidental em alguns pacientes. Deve-se sempre suspeitar em casos de obstrução nasal de longa data, fetidez nasal rinorréia mucopurulenta e cefaléia crônica. Os exames complementares corroboram para elucidação do quadro e o tratamento de escolha é a remoção cirúrgica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-582

TÍTULO: RINOPLASTIA: PROTOCOLO PARA ABORDAGEM DA PONTA NASAL

AUTOR(ES): EMERSON THOMAZI , RAFAEL LEUTZ PANIZZA, MARCELA SUMAN, THIAGO BITTENCOUT OTTONI DE CARVALHO, VÂNIA BELINTANI PIATTO, FERNANDO DRIMEL MOLINA, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DA FAMERP - SP

INTRODUÇÃO: A complexidade das estruturas da ponta nasal e o impacto de manobras cirúrgicas sobre o seu suporte dificultam a previsão da forma final da mesma.Devido a isso, nenhuma técnica isolada é suficiente para corrigir as numerosas apresentações anatômicas adequadamente sendo o planejamento pré-operatório, a base da rinoplastia.Objetivos:apresentar resultados de rinoplastias, por meio da abordagem cirúrgica gradativa para definição da ponta nasal baseada nas características anatômicas, e avaliar o grau de satisfação dos pacientes após a realização do procedimento cirúrgico.MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, em corte transversal, no qual foram avaliados os prontuários de 391 pacientes de ambos os gêneros que realizaram rinoplastia no período de Janeiro de 2005 a Janeiro de 2010, pela equipe médica do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço de um Hospital-Escola.Foram registrados os dados:gênero, idade à época da cirurgia, características anatômicas nasal, tipo de abordagem cirúrgica e grau de satisfação dos pacientes após procedimento.Os pacientes foram divididos em sete grupos: 1-Definição satisfatória da ponta nasal; 2-Pontos de definição da ponta ligeiramente divergentes e pele fina; 3-Distância intercrural normal, leve bulbosidade e pele fina; 4-Ponta bulbosa, em caixote ou assimétrica, ângulo de divergência aumentado e/ou arco domal alargado e pele fina/normal; 5-idem 4, mas pele grossa; 6-Ponta amorfa, com pele grossa e tipo Fitzpatrick V ou VI(afro-descendentes); 7-Cartilagem alar maior fraca ou sobre-ressecada.RESULTADOS: Do total de 391 pacientes que foram submetidos a rinoplastia, 124(32%) são do gênero masculino e 267(68%) do gênero feminino.A faixa etária para o gênero masculino variou de 12 a 62 anos(média de 26,4 ± 8,8 anos) e para o feminino variou de 11 a 66 anos(média de 26,9 ± 8,4 anos) (p=0,4123).Em relação ao número de pacientes, o grupo 1 apresentou maior prevalência (31%) seguido pelos grupos 3 e 4(23% para cada), grupo 5(10%), grupo 6(6%), grupo 2(4%) e grupo 7(3%).Em todos os grupos, houve maior prevalência do gênero feminino (p=0,0036).O número de pacientes também foi avaliado de acordo com o gênero em cada grupo cirúrgico em relação à satisfação ou não do resultado da rinoplastia, sendo encontrada a taxa total de 96,2% de pacientes satisfeitos, com predomínio do gênero feminino (65,2%). Quinze pacientes(3,8%), também com prevalência do gênero feminino(3%), se mostraram insatisfeitos com o resultado do procedimento, necessitando revisão.Em relação aos Grupos, o Grupo 6 apresentou 100% de satisfação, seguido pelos Grupos 5(97,5%), 3(97%), 1(96%), 4(95,5%) e 2(94%).O Grupo 7 foi o que apresentou a menor taxa de satisfação (92,3%).CONCLUSÃO: O protocolo utilizado permitiu a associação da abordagem cirúrgica gradativa para definição da ponta nasal com as características anatômicas nasais, alta taxa de satisfação com o resultado cirúrgico e baixa taxa de revisão.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-583

TÍTULO: RINOSPORIDIOSE: APRESENTAÇÃO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

AUTOR(ES): CAROLINA SANTOS BOSAIPO , EDUARDO PEREIRA BOSAIPO, ADRIANA SANTOS DE BRITO SILVA, EULER NICOLAU SAUAIA FILHO, EVALDO DA SILVA BARBOSA JUNIOR

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO HOSPITAL MUNICIPAL TOMAZ MARTINS

INTRODUÇÃO: Rinosporidiose é uma doença inflamatória crônica, rara, lenta e benigna, causada pelo Rhinosporidium seeberi, transmitida por inalação de poeira com esterco de gado infectado ou inoculação de orifícios corporais pelo contato com água contaminada, que se apresenta como massa poliposa associada a sintomas inespecíficos de obstrução nasal unilateral. Considerada endêmica na Índia e Sri Lanka, muito rara no Brasil e outros continentes.

OBJETIVOS: Relatamos um caso clínico de rinosporidiose, bastante incomum na prática otorrinolaringológica, diagnóstico diferencial e tratamento.

MATERIAL E MÉTODO: Relato de caso clínico e revisão bibliográfica.

RELATO DE CASO: ASDA, com 2 anos e 11 meses de idade, masculino, faioderma, proveniente de zona rural de Santa Luzia - MA, com queixa de obstrução nasal em fossa nasal direita e epistaxis recorrente de pequena intensidade há aproximadamente 1 mês. O exame da fossa nasal direita mostrava tumoração de aspecto papilomatoso, friável, sangrante, pediculada, em assoalho nasal.

RESULTADOS: Submetida à microcirurgia nasal para exérese da lesão seguido de cauterização de sua implantação com eletrocautério, no Hospital Municipal Tomaz Martins, sendo diagnosticado, ao exame anátomo-patológico, rinosporidiose. Na última avaliação encontrava-se assintomático.

DISCUSSÃO: Doença rara, principalmente em sítio otorrinolaringológico, de caráter lento e benigno. Acomete mais homens (3:1), entra 10 e 30 anos, sem preferência de raça. O diagnóstico baseia-se no exame histopatológico, visto que, ao exame clínico, pode simular clínica de papilomas, pólipos e aspectos macroscópicos de outras entidades comuns na clínica otorrinolaringológica. No caso descrito simulava papilomatose nasal. O tratamento é cirúrgico, com bom prognóstico, apresentando recidiva em 10 por cento dos casos, geralmente relacionadas à exérese incompleta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Tumorações nasais são muito frequentes em otorrinolaringologia e, embora os aspectos macroscópicos sejam bastante sugestivos de certas patologias, é sempre muito importante uma anamnese completa, inclusive com pesquisa da procedência, sempre acompanhados do exame histopatológico para confirmação diagnóstica.

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TRABALHO CLÍNICO

P-584

TÍTULO: RINOSSEPTOPLASTIA ENDONASAL: UMA EXPERÊNCIA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

AUTOR(ES): CEZAR AUGUSTO SARRAFF BERGER , JOÃO MANIGLIA, MARCOS MOCELLIN, ROGÉRIO PASINATO, JOÃO LUIZ GARCIA DE FARIA, CAIO SOARES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL INSTITUTO PARANAENSE DE OTORRINOLATINGOLOGIA - IPO

INTRODUÇÃO: O acesso interno na rinosseptoplastia nasal é antigo. Pela razão da maior preferência atual da rinosseptoplastia externa pelos cirurgiões, poucos serviços no mundo realizam a rinosseptoplastia endonasal sem ?delivery? como primeira opção, limitando o ensino e o aprendizado desta técnica aos novos cirurgiões.   

OBJETIVO: Revisar e descrever a técnica de rinosseptoplastia fechada sem delivery  (Diamond-Converse) realizada em hospital especializado em cirurgia plástica e reconstrutora da face, suas morbidades e  causas de cirurgia revisional.

MÉTODO: Estudo retrospectivo, através de levantamento e cruzamento de dados informatizados, de 6272 casos de rinosseptoplastia fechada realizados pela técnica de Diamond-Converse (Joseph modificado) sob anestesia local e sedação, no período de 01/01/1999 a 01/10/2009 nesta instituição. Elaboração de questionário especifico aos cirurgiões (autores), referente as queixas apresentadas no pós-operatório pelos pacientes e os motivos das cirurgias revisionais quando realizadas.

RESULTADOS: Foram realizadas 6272 cirurgias, destas 5613 (89%) rinosseptoplastias primárias e  659 (11%)  rinosseptoplastias revisionais. 85%  dos pacientes relataram facilidade de retorno as atividades (média de 4-6 dias) após a cirurgia, a obstrução nasal (77%) foi a queixa mais freqüente até o sétimo dia de pós - operatório, 40% dos pacientes apresentaram-se sem queixas a partir do sétimo dia de pós - operatório. O percentual de cirurgias revisionais esta em concordância com a literatura mundial (11%), distribuídos da seguinte forma: dorso nasal 60% (giba residual, pollybeak ,irregularidades, assimetrias,), ponta nasal 30% (projeção, assimetrias, bulbosidade residual), outros motivos 10% (vestibuloplastia).

CONCLUSÃO: Em nossa experiência a técnica de rinosseptoplastia endonasal de Diamond-Converse para o nariz caucasiano apresenta resultados estéticos e funcionais satisfatórios, de baixa morbidade, previsíveis e de fácil ensinamento aos residentes e ?fellows? em cirurgia plástica facial.

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TRABALHO CLÍNICO

P-585

TÍTULO: RINOSSEPTOPLASTIA NA RESIDÊNCIA MÉDICA: IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA E NA FUNÇÃO NASAL

AUTOR(ES): JULIANA ANTONIOLLI DUARTE , LEONARDO BOMEDIANO, LUIZ CARLOS GREGÓRIO, SANTIAGO JUNIOR

INSTITUIÇÃO: UNIFESP/EPM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

INTRODUÇÃO: A cirurgia de rinosseptoplastia é realizada na maioria das vezes pela satisfação do paciente com a aparência mas cada vez mais a busca por melhora na qualidade de vida tem passado a ser  ponto central nesse cenário. Na tentativa de avaliar mais objetivamente esta satisfação e o real benefício da cirurgia, diversos questionários validados têm sido utilizados. O objetivo deste trabalho foi avaliar os benefícios da rinosseptoplastia realizada em um hospital escola, através da aplicação de questionários, em termos de melhora na qualidade de vida e função nasal. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal através da coleta de dados de prontuário e através de ligação telefônica. Foram incluídos no estudo todos os pacientes submetidos a rinosseptoplastias em um  hospital escola por médicos residentes do terceiro ano sob orientação no período de Janeiro de 2007 a Dezembro de 2009. Para avaliar o resultado da cirurgia foram utilizados dois questionários, o SNOT- 22 e o Glasgow Benefit Inventory (GBI), aplicados no pré-operatório e obtidos através de revisão de prontuário e no pós-operatório obtidos através de ligação telefônica. As médias dos escores pré e pós-operatórios foram comparadas através de análise estatística pelo teste t de student. RESULTADOS: Foram operados 105 pacientes no período de Janeiro 2007 a Dezembro de 2009, destes 48 (45,7%) foram do gênero masculino e 57 (54,3%) do gênero feminino. A média de idade foi de 28,5 anos, variando de 15 a 63anos. A coleta dos escores pré e pós-operatórios ainda encontra-se em andamento. CONCLUSÃO: Ainda em andamento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-586

TÍTULO: RINOSSEPTOPLASTIA REVISIONAL COM UTILIZAÇÃO DE ENXERTO DE CARTILAGEM COSTAL

AUTOR(ES): ANDRÉ FERNANDO SCHERER , ANDRÉ LUÍS SARTINI, ALEXANDRA KOLONTAI DE SOUSA OLIVEIRA, ÉRIKA PÉREZ IGLESIAS, LILIA PEREIRA ABREU, EDUARDO CÉSAR SCHERER, ANTONIO LUÍS DE LIMA CARVALHO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO - SP

INTRODUÇÃO: As seqüelas após rinoplastias primárias são freqüentemente resultantes de um excesso de ressecção do esqueleto nasal e enfraquecimento da arquitetura nasal. Se a arquitetura nasal é enfraquecida sem sua reestruturação, com o tempo, o nariz é suscetível a problemas conhecidos.

Depressões cartilaginosas devido a trauma, hematomas e infecções do septo nasal, com destruição da cartilagem também podem ocorrer.

Os defeitos podem ser corrigidos através da utilização de enxertos de cartilagem obtida de septo nasal, arco costal ou concha auricular. Apresentamos um caso de correção do esqueleto nasal por meio de enxertos de cartilagem costal.

 

RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 52 anos, chegou ao ambulatório com queixa de obstrução nasal bilateral e insatisfação estética. Como antecedentes tinha uma cirurgia de septoplastia aos 20 e uma rinoplastia aos 22 anos de idade. Ao exame físico apresentava nariz curto, laterorrinia, irregularidade de dorso, deformidade ?supratip?, insuficiência de válvula nasal com manobra de Cottle positiva e um desvio de septo residual.

A paciente foi submetida a cirurgia de rinosseptoplastia por abordagem aberta. O sítio doador da cartilagem foi a 6ª costela. Foram utilizados enxertos expansores estendidos bilateral, ?strut? de crura lateral de alar bilateral, ?strut? columelar, enxerto para ponta tipo ?peck? e outro ?onlay? para preencher pequena depressão no lado direito da ponta nasal. O pericôndrio costal foi utilizado para recobrir os enxertos da ponta.

Durante a sutura para fixação dos ?spreader grafts? bilaterais estendidos ocorreu fratura da porção caudal dos enxertos provavelmente devido ao fato de as cartilagens estarem parcialmente calcificadas e enrijecidas.  A cartilagem costal pode ser calcificada em idosos. Aparente calcificação já foi encontrada nesta paciente de 52 anos. Devido ao ocorrido não foi possível estender o nariz conforme o planejado.

A paciente permaneceu internada por 1 dia após a cirurgia, não apresentou pneumotórax e teve uma boa recuperação. O acompanhamento pós-operatório foi realizada após 1, 2 e 4 semanas,  2 e 6 meses.

Não houve necrose cutânea, exposição ou reabsorção aparente dos enxertos ou infecção. A paciente não apresentou desconforto, cicatriz hipertrófica ou quelóide no sítio torácico.

O resultado funcional foi excelente e o resultado estético foi ótimo por parte da paciente e bom na avaliação dos cirurgiões.

 

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Quando a quantidade de cartilagem disponível a partir do septo e concha auricular é insuficiente ou quando grande quantidade de cartilagem para enxerto é desejado, cartilagem costal  é uma boa opção. Isto é particularmente relevante quando o aumento do dorso é realizado e enxertos para a ponta nasal são necessários.

O uso de tecido costal tem duas desvantagens distintas: suscetibilidade a deformar e possivel morbidade no sitio doador.

Algumas técnicas de manejo podem minimizar a deformação: a remoção do pericôndrio externo e o uso de uma técnica de escultura simétrica.

Acesso aberto ao nariz foi utilizado por permitir uma melhor exposição das estruturas.

A cartilagem costal pode ser calcificada em idosos, tornando o tecido inadequado para escultura e sutura.

Finalmente, a cartilagem costal é uma excelente opção para a reconstrução do dorso e  da ponta nasal e proporciona bons resultados funcionais e estéticos, quando bem trabalhada.

A cartilagem costal pode ser uma ótima escolha nas revisões de rinosseptoplastias onde já não existe mais cartilagem septal para ser aproveitada, fornecendo uma quantidade razoável de material cartilaginoso para reconstrução das válvulas nasais e das deformidades cosméticas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-587

TÍTULO: RINOSSINUSITE FÚNGICA AGUDA INVASIVA E CRÔNICA INVASIVA: RELATO DE 2 CASOS REPRESENTATIVOS

AUTOR(ES): EMANUEL CAPISTRANO COSTA JUNIOR , EDWIN TAMASHIRO, TASSIANA LAGO, GUILHERME PIETRUCCI BUZATTO, MARCELO JUNQUEIRA LEITE, FABIANA CARDOSO PEREIRA VALERA, WILMA TEREZINHA ANSELMO-LIMA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: Apesar das controvérsias existentes na denominação das formas invasivas de rinossinusite fúngica (RSF), a classificação mais aceita é a proposta por DeShazo, baseada em achados histopatológicos. As RSF invasivas são subdivididas em 3 subgrupos: Aguda, Crônica e Granulomatosa. A seguir descreveremos um caso representativo de RSF Aguda Invasiva e outro de RSF Crônica Invasiva acompanhados no nosso serviço.

APRESENTAÇÃO DE CASO: Paciente de 61 anos, sexo feminino, com linfoma em quimioterapia, desenvolveu quadro sugestivo de rinossinusite aguda tratada com ceftriaxona. Após um mês manteve queixa de cefaléia e edema peri-orbitário à esquerda. Realizada tomografia computadorizada de face e nasofibroscopia que evidenciou áreas de necrose com extensão orbitária por provável acometimento fúngico. Feito debridamento cirúrgico agressivo e colhido material para anatomopatológico. Confirmada a invasão de mucosa por estruturas fúngicas, a paciente foi tratada com anfotericina B.

Paciente de 77 anos, feminina, diabética descompensada, com quadro de paralisia de pares cranianos (NC II ao VII) e proptose à direita. Em tomografia computadorizada e ressonância magnética de crânio evidenciaram-se acometimento de todos os seios paranasais à direita, trombose do seio cavernoso e síndrome do ápice orbitário. Na nasofibroscopia havia presença de massa degenerada com necrose em concha média direita por provável acometimento fúngico. Submetida a 2 debridamentos cirúrgicos com coleta de material para patologia e medicada com anfotericina lipossomal, evoluiu com AVC hemorrágico e óbito.

DISCUSSÃO: A RSF Aguda Invasiva acomete quase exclusivamente indivíduos imunodeprimidos, como os pacientes com neoplasias hematológicas e em quimioterapia. Os principais agentes etiológicos são os fungos Mucor e os do gênero Aspergillus. Apresenta-se na maioria das vezes com isquemia local e necrose com reação inflamatória escassa.

A RSF Crônica Invasiva é associada a pacientes com diabetes melitus descompensado e tratamento crônico com corticoesteróides. Causada mais comumente por fungos do gênero Aspergillus. Apresenta no anatomo-patológico denso a cúmulo de fungos em mucosa com reação inflamatória, células gigantes ocasionais e, em alguns casos o fenômeno de Spledore-Hoepelli.

A RSF Granulomatosa Invasiva tem predominância geográfica na Ásia, acomete preferencialmente pacientes imunocompetentes, quase que exclusivamente causada por Aspergillus flavus. Apresenta-se como massa que pode envolver nariz e seios paranasais, podendo causar proptose e muitas vezes mimetizar uma invasão maligna.

COMENTÁRIOS FINAIS: Uma acurada história clínica, acompanhada de avaliação endoscópica, tomográfica e especialmente anatomo-patológica vão conduzir a um tratamento precoce e mais específico. A compensação das comorbidades de base, o uso de antifúngicos sistêmicos e o debridamento cirúrgico individualizado são pilares chaves no tratamento desses pacientes.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-588

TÍTULO: RINOSSINUSITE FÚNGICA EM SEIO FRONTAL

AUTOR(ES): FERNANDA RESENDE E SILVA , RODRIGO SILVA OREM, ANA PAULA FIUZA FUNICELLO DUALIBI, FÁBIO TADEU DE MOURA LORENZETTI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE OTORRINOLARINGOLOGIA DE SOROCABA - BOS

Introdução:

Rinossinusite fúngica (RSF) é um processo inflamatório e infeccioso da mucosa de revestimento nasossinusal, com etiologia fúngica. Sua incidência e prevalência estão em crescimento com diversificação dos organismos patogênicos, sendo os mais comuns os da família Moniliaceae (Aspergillus sp) e Dematiaceae (fungos pigmentados).

Sua classificação é baseada na relação imunológica entre fungo/hospedeiro e no grau de invasão da mucosa. A forma invasiva pode ser aguda (fulminante) ou crônica (indolente) e as formas não-invasivas são diagnosticadas como bola de fungos, infestação saprófita ou rinossinusite fúngica alérgica.

A fisiopatogenia da RSF envolve uma resposta imune alterada do hospedeiro contra o fungo e uma aeração comprometida dos seios acometidos. Os mais atingidos são os maxilares, seguidos pelos esfenoidais, frontais e raramente os etmoidais. O objetivo deste estudo é apresentar um caso de sinusopatia frontal atípica, cujo seguimento mostrou tratar-se de rinossinusite fúngica.

Apresentação do Caso:

Paciente J.R.S., 77 anos, sexo feminino, natural e procedente de Sorocaba-SP, foi admitida no PS do nosso Serviço, com queixa de dor e edema peri-orbitário esquerdo (E) há 20 dias. Referia também cacosmia leve, obstrução nasal em báscula, rinorréia amarelada e lacrimejamento ocular (pior à E) neste período.

Há 1 ano apresentava leve cefaléia frontal, freqüente, que cedia com analgésico. Negava outras queixas nasossinusais. Paciente referia ser hipertensa controlada, sem outras comorbidades e sem nenhum vício.

Ao exame físico apresentava hiperemia em olho E, associado a lacrimejamento e ptose palpebral, sem alteração visual. Na rinoscopia, notou-se hipertrofia e hiperemia de conchas nasais inferiores e presença de secreção purulenta em fossa nasal E. A endoscopia nasal confirmou que a secreção drenava de meato médio E e recesso esfeno-etmoidal E, além de mostrar desvio septal leve à direita (D). O RX de seios paranasais (SPN), evidenciava  opacificação de seio frontal E. Foi iniciado tratamento com Amoxicilina (14 dias), corticóide tópico e lavagens nasais com soro fisiológico, com melhora parcial dos sintomas.

Solicitada tomografia de SPN, que evidenciou velamento de seios frontal, etmoidal e maxilar bilateralmente, com erosão do assoalho de seio frontal E e comprometimento supra-orbitário ipsilateral. A RNM detalhou uma imagem de contornos regulares em seio frontal E, medindo 2,0x1,2x1,5cm, em continuidade com outra imagem semelhante em região supra-orbitária E. As hipóteses diagnósticas foram de mucocele, rinussinusite fúngica ou neoplasia, sobretudo leiomioma e rabdomiossarcoma.

Devido à localização lateral da lesão, foi proposto tratamento cirúrgico por via combinada (Lynch modificado+endonasal). O procedimento ocorreu sem intercorrências e foi possível remoção de toda a lesão frontal, assim como a abordagem endoscópica dos outros SPN.

O exame anatomopatológico confirmou a presença de Aspergillus. Houve resolução dos sintomas referidos e o resultado estético cicatricial foi muito bom. A paciente está em seguimento ambulatorial em nosso Serviço.

Comentários Finais:

A história e o exame físico dificilmente são conclusivos para diagnóstico de RSF não invasiva. Os exames de imagem auxiliam na suspeita da patologia e no diagnóstico diferencial, porém a confirmação é dada pelo anatomopatológico e histopatologia positiva para fungos. O acesso cirúrgico combinado é uma ótima alternativa para abordagem lateral do seio frontal.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-589

TÍTULO: RINOSSINUSITE FÚNGICA ESFENOIDAL ISOLADA

AUTOR(ES): FABIO SCAPUCCIN , FLÁVIO SERAFINI, JOSÉ ROBERTO SCAPUCCIN, MARCELO SCAPUCCIN

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

INTRODUÇÃO: A rinossinusite fúngica (RSF) apesar de referida na literatura médica há mais de dois séculos, apenas há 30 anos vem recebendo a devida atenção com o aumento da suspeição diagnóstica através de exames de imagem e melhora das técnicas laboratoriais de detecção dos fungos. O conhecimento da flora fúngica, da sintomatologia referida, além dos exames subsidiários, alertará o examinador para o diagnóstico e tratamento adequado. O presente estudo visou demonstrar a importância na suspeição diagnóstica, apesar de sua inespecífica apresentação clínica. De acordo com pesquisas, a prevalência de RSF é 6,5% entre as rinossinusites crônicas.

OBJETIVO: Descrever caso raro de rinossinusite fúngica de seio esfenoidal direito diagnosticado com achados clínicos inespecíficos, radiológicos sugestivos, confirmada laboratorialmente, e tratado com sucesso.

MÉTODO: Foi realizado o estudo de um caso atendido por serviço de Otorrinolaringologia, realizado os devidos exames complementares (Nasofibroscopia, Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética de seios paranasais), Cirurgia videoendoscópica nasossinusal e exame microbiológico específico do material encontrado na cirurgia.

RELATO DE CASO: FMR, 24 anos, masculino, solteiro, natural e procedente de Pindamonhangaba, São Paulo. Há 7 anos esteve em nosso serviço, referindo cefaléia acentuada há cerca de 10 dias, além de rinorreia purulenta bilateral. Através de nasofibroscopia ficou caracterizado pansinusopatia, sendo na época medicado com tosilato de sultamicilina por 14 dias com melhora da sintomatologia. Cerca de 03 meses depois retornou novamente com cefaléia frontal bilateral e rinorreia purulenta. Não apresentava cacosmia. Solicitado Tomografia computadorizada de controle que mostrava além de cisto de retenção em seio maxilar direito assintomático, também apresentava velamento de células etmoidais à esquerda e de seio esfenoidal direito que se apresentava nitidamente hipodesenvolvido em relação ao lado esquerdo. Medicado nessa ocasião com Amoxicilina e ácido clavulânico além de prednisolona, com melhora. Não mais retornou para controle até há 08 meses, quando voltou a apresentar cefaléia e rinorreia purulenta direita, mal cheirosa além de obstrução nasal predominantemente desse lado. Referiu que raramente apresenta espirros, coriza ou congestão nasal. Foi solicitado TC de seios paranasais que revelou velamento isolado de seio esfenoidal direito, com imagem arredondada de transparência irregular. A ressonância nuclear magnética apresentava imagem de densidade metálica no seio esfenoidal sugestiva de presença de fungo, confirmado laboratorialmente pós-tratamento cirúrgico.

DISCUSSÃO: A rinossinusite fúngica esfenoidal isolada apresenta clínica inespecífica e refratária aos tratamentos habituais. Por sua inespecificidade clínica, seu diagnóstico requer suspeição em todo caso de rinossinusite recorrente que apesar da melhora da sintomatologia com tratamento habitual, persiste alteração radiológica. A etiologia fúngica pode estar presente desde o primeiro episódio como em imunodeprimidos ou aparecer em conseqüência de lesões repetidas da mucosa sinusal.

CONCLUSÃO: Rinossinusite Fúngica esfenoidal isolada é rara e muitas vezes difíceis de diagnosticar, com apresentação dos sintomas frequentemente vagos e não específicos. Quando não diagnosticada e tratada adequadamente, pode resultar em considerável grau de morbidade.

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TRABALHO CLÍNICO

P-590

TÍTULO: RINOSSINUSITE FÚNGICA INVASIVA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE CAMPINAS

AUTOR(ES): EDER BARBOSA MURANAKA , ALEXANDRE SCALLI MATHIAS DUARTE, ALEXANDRE CAIXETA GUIMARÃES, MARCELO HAMILTON SAMPAIO, ERICA ORTIZ, EULÁLIA SAKANO

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CABEÇA-PESCOÇO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL

INTRODUÇÃO: A Rinossinusite Fúngica Invasiva na sua apresentação aguda (RFIA) é uma infecção, que acomete principalmente indivíduos imunossuprimidos, com rápida e desastrosa evolução clínica e alto índice de mortalidade.  A condução diagnóstica e terapêutica adequada e rápida é primordial para a sobrevida.

OBJETIVO: Verificar o perfil clínico, epidemiológico e microbiológico dos pacientes com RFIA no Hospital de Clínicas ? UNICAMP e comparar os dados obtidos com os da literatura atual.

MÉTODO: Avaliação retrospectiva de dados obtidos dos prontuários de 19 pacientes (14 homens e 05 mulheres) com diagnóstico histopatológico de RFIA, entre janeiro de 1995 e junho de 2010. Os parâmetros avaliados foram: sinais e sintomas, doença sistêmica, espécie de fungo, sítio nasal acometido ao exame físico, nasofaringoscopia flexível, tomografia computadorizada de seios paranasais, terapêutica e sobrevida.

RESULTADOS: Todos os pacientes foram submetidos ao debridamento cirúrgico e ao tratamento com antifúngico sistêmico. Os fungos encontrados foram Aspergillus sp (68%) e Fusarium sp (32%). Dos 19 pacientes avaliados, todos apresentavam alguma patologia sistêmica imunossupressora, cujo período inicial pós transplante de células tronco hematopoiéticas parece ser a patologia mais associada a rinossinusites fúngicas invasivas. Os sintomas iniciais mais frequentes foram a rinorréia unilateral (84%), obstrução nasal (73%) e febre (47%). Os achados tomográficos mais constantes foram o espessamento mucoso (94%) e o velamento de um ou mais seios paranasais ispilaterais às queixas (94%). À nasofaringoscopia, o edema mucoso e a palidez intensa (100%) associados ou não a áreas sugestivas de necrose (73%) e a rinorréia (84%) foram os achados mais freqüentes. Os sítios mais acometidos foram concha média (68%) e etmóide anterior (36%). A taxa de mortalidade foi de 36%.

CONCLUSÃO: Devido à rápida evolução e alta mortalidade da RFIA, o pronto diagnóstico e tratamento são os fatores primordiais para a recuperação do paciente. As alterações tomográficas iniciais são na grande maioria inespecíficas e a avaliação minuciosa da cavidade nasal se faz necessária, assim como um alto grau de suspeição diagnóstica. Além do debridamento cirúrgico imediato, o uso de antifúngico sistêmico com ação fungicida  para Aspergillus sp  é necessário; e , na região de Campinas, uma especial atenção deve ser dada a possível presença de Fusarium sp.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-591

TÍTULO: RINOSSINUSITE FÚNGICA-RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THOMAS EDUARDO COLOMBO VITUSSI , TÁCITO ELIAS SGORLON, ANTONIO ISSA, GABRIEL DE CASTRO FIGUEIREDO, PEDRO IVO ANTONIAZZI PAULIN

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃO PRETO

INTRODUÇÃO: sinusite fúngica é dividida em invasiva e não invasiva,sendo as invasivas subdivididas em aguda e crônica e as não invasivas em bola fúngica, sinusite fúngica alérgica e saprófita. O micetoma ou bola fúngica é um tapete de hifas entrelaçadas sem invasão tecidual e/ou vascular. Caracteriza-se pelo comprometimento geralmente unilateral de um seio da face na maioria das vezes por Aspergillus, sendo o seio maxilar o mais freqüentemente acometido, sua sintomatologia mimetiza sinusite bacteriana, mas o paciente pode ser assintomático. A incidência é maior no sexo feminino e em idosos. 

CASO:  M.A.D., 75 anos, sexo feminino, encaminhada ao ambulatório de ORL da Santa Casa de Ribeirão Preto pelo serviço de neurocirurgia, com história de cefaléia hemicraniana a direita há 3 anos, durante avaliação com equipe de neurocirurgia a paciente foi submetida a Ressonância Nuclear Magnética de crânio, apresentando velamento de seio etmoidal posterior e esfenoidal a direita, sem invasão óssea e/ou vascular, com focos de hiperatenuação, que representam calcificações ou hifas sugestiva de ?Bola Fúngica?, em ponderação T2. Ao exame físico não apresentava qualquer alteração.Realizado  etmoidectomia direita via endonasal com ampla antrostomia e enviado material coletado para análise anátomo-patológica compatível acúmulo de fungos nas formas de hifas septadas com aspectos morfológicos dos fungos compatíveis com Aspergilose (aspergiloma). Em pós-operatório paciente evoluiu bem com uso de corticóide nasal ? furoato de mometasona e  cefalexina 500mg. Realizada Tomografia Computadorizada dos seios da face no 90 º dia pós-operatório com regressão total do quadro.

DISCUSSÃO: ?Bola fungica? é considerada  uma condição típica de imunocompetentes. A afecção deriva da persistência de esporos no seio, que não são clareados e se multiplicam sem invadir a mucosa local.Em caso de mudança no estado imunológico do paciente a infestação fúngica pode se tornar invasiva. O quadro clínico da aspergilose é inespecífico, similar a qualquer infecção sinusal. Punções, irrigações dos seios ou múltiplas tentativas antibióticas não levam à melhora dos sintomas, Imagens radioopacas têm sido consideradas como achados patognomônicos de sinusite fúngica por alguns autores. O tratamento padrao é constituído pela remoção cirúrgica dos fungos, com restauração da drenagem mucociliar e da ventilação do seio. Devido a não invasão da mucosa pelo fungo, o uso de antifúngicos sistêmicos não está indicado.

CONCLUSÃO: Bola fúngica é uma patologia sinusal benigna que se apresenta com sintomatologia vaga. A opacidade radiológica parece constituir o sinal tomográfico mais comum. O prognóstico é muito favorável, podendo-se obter a cura clínica e a remissão de sinais radiológicos e endoscópicos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-592

TÍTULO: RITIDOPLASTIA PARA TRATAMENTO DE PARALISIA FACIAL EM NEUROFIBROMATOSE TIPO-2

AUTOR(ES): JÚLIO CÉSAR GARCIA DE ALENCAR , FELIPE BARBOSA LIMA, RAFAELA MAGALHÃES VILLAS BÔAS, SUYANE BENEVIDES FRANCO, FLÁVIUS VINÍCIUS CABRAL SOARES, SARAH HANNA DE CARVALHO ANDRADE, DÉBORA JUAÇABA CAVALCANTE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO: O primeiro relato de neurofibromatose tipo 2 (NF2) ocorreu em 1821 por Wishart. Atualmente, é conhecido o caráter genético da doença: uma mutação no braço longo do cromossomo 22, que provoca a inatividade de genes de supressão tumoral. A NF2 é uma desordem genética rara de herança dominante, com incidência de 1 para 50000 indivíduos, e apresenta manifestações variáveis. A patologia afeta o sistema nervoso central (SNC) e caracteriza-se pela presença de tumores do cérebro e da medula espinhal, tais como: meningiomas, gliomas, shawannomas, neuriomas do acústico, que podem causar paralisia facial, distúrbios de visão como catarata, alterações cutâneas conhecidas como manchas café-com-leite e perda da audição e do equilíbrio. Freqüentemente, apresenta manifestação tardia, especificamente durante a puberdade ou em adultos jovens, progredindo gradativamente.

RELATO DE CASO: Paciente masculino, 51 anos, pardo, procedente de Fortaleza, diagnosticado com NF2, queixa-se, desde a infância, de paralisia facial (lesão do III par craniano), levando à assimetria facial e flacidez à esquerda. Paciente relata que aos cinco anos de idade sofreu paralisia facial, relata também a presença de tumores e ?caroços? por toda a pele. Refere cefaléia tipo pulsátil, com aumento de intensidade à noite, associada a oftalmoplegia esquerda, lacrimejamento e fotofobia. Já foi submetido a duas cirurgias plásticas: implante de prótese de silicone em 2000 (retirado posteriormente) e enxerto dermogorduroso devido a craniotomia prévia, por aneurisma cerebral causando déficit ósseo e afundamento da região têmporo-frontal. Ao exame físico constatou-se: assimetria facial esquerda, afundamento temporal/frontal à esquerda, maior flacidez de face à esquerda, entrópio e ptose esquerda, desvio da comissura labial para a esquerda e abdução do olho esquerdo. O hemograma completo e o sumário de urina, bem como TP e TTPA, não apresentaram alterações. Analisando o caso, optou-se por uma ritidoplastia à esquerda, com novo enxerto dermogorduroso do abdômen na região malar e temporal.

DISCUSSÃO: A ritidoplastia é uma cirurgia plástica da face realizada para melhorar a flacidez, eliminar rugas causadas pelo envelhecimento ou para tratamento de traumas e alterações congênitas. Aborda cirurgicamente segmentos da face até o pescoço para corrigir deformidades na fronte, nas pálpebras, nas bochechas, no contorno da mandíbula, no mento e no pescoço. De uma forma ampla, a cirurgia visa restabelecer a harmonia da face, resgatando a forma natural e promovendo rejuvenescimento. Os enxertos dermoadiposos para o tratamento de deformidades da face são bem indicados em ocasiões em que há perda moderada de tecido, no entanto, é sabido que pode haver absorção parcial da gordura. A evolução em longo prazo, descrita na literatura, de pacientes que se submeteram ao uso de tecido autógeno para a correção de deformidades da face, é preferível à evolução de pacientes que se submeteram a implante sintético, pois aqueles apresentaram textura, contorno e expressões faciais mais naturais. O enxerto dermogorduroso foi realizado para estabelecer um contorno facial próximo ao normal da área afetada após ressecção de aneurisma e perda pós-trauma.

CONCLUSÃO: O uso da ritidoplastia e do enxerto dermogorduroso proporcionou a correção da flacidez facial e do afundamento da região temporo-frontal, promovendo resultado estético satisfatório, sob o ponto de vista médico e do paciente.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-593

TÍTULO: SARCOMA DE OROFARINGE DE ETIOLOGIA ACTÍNICA ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MARCELA SUMAN , ADRIANO GUIRADO DIAS, FELIPE DE GARCIA MAURO, RICARDO ARTHUR HUBNER, EMERSON THOMAZI, LUIS SERGIO RAPOSO, JOSÉ VICTOR MANIGLIA

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO - FAMERP - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

INTRODUÇÃO: ALM, masculino, 63 anos, em acompanhamento no Ambulatório da Otorrinolaringologia e Cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital de Base de SJRP em janeiro de 1999 devido a carcinoma espinocelular (CEC) em loja amigdaliana direita, estadio T4 N0 M0. Sumetido a radioterapia exclusiva até abril de 1999, totalizando 7020 cGy. Sem novas lesões até maio de 2007, quando apresentou lesão em borda lateral de língua a esquerda. Exérese da lesão com anatomo-patológico de CEC moderadamente diferenciado com margens livres. Perdeu seguimento em nosso serviço, retornando em janeiro de 2009 com disfagia e alteração do padrão vocal. Ao exame físico apresentava lesão em orofaringe de 6x6 cm, consistência borrachóide, na ocasião a biópsia incisional (19/01/09) evidenciou neoplasia maligna pouco diferenciada com extensa área de necrose e alterações radioterápicas associadas, a análise imunohistoquímica, evidenciou fibrohistiocitoma maligno (sarcoma de grau histológico III). Em março de 2009 foi observada nova lesão concomitante, em assoalho bucal a esquerda, vegetante, de 1x1cm, com biópsia revelando CEC ulcerado invasivo e imuno-histoquímica mostrando CEC fusiforme ulcerado. Mantem-se em acompanhamento em nosso ambulatório em conjunto com oncologia clínica. OBJETIVO: Relatar um caso clínico ambulatorial de neoplasia, pós-radioterapia, de cabeça e pescoço com tipo histológico incomum para o sítio. METODOLOGIA: Revisão de prontuário, bem como resultados de exames de anatomopatologico e imunohistoquimico; e rediscussão interdisciplinar do caso com revisão bibliográfica. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A radioterapia é comumente usada no tratamento de carcinomas da cabeça e pescoço. Com o avanço no tratamento para esses pacientes, maior número têm ultrapassado os 5 anos de sobrevida. Com isso tem sido observado cada vez mais complicações tardias do tratamento implementado, tal como as neoplasias radioterapia-induzidas, que embora sejam raras, tem sido reportadas em diversos estudos de casos, com incidências de 0,04% a 7%¹. Pode-se concluir, então, um acompanhamento clínico ou radiológico periódico, pós- radioterapia, desses pacientes, mesmo na ausência de lesões após 5 anos, devido ao risco de lesão radioterapia-induzida tardia seja necessário.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-594

TÍTULO: SARCOMA SINOVIAL MONOFÁSICO DE PARÓTIDA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LARISSA MACÊDO DE CAMARGO, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, JOSÉ ANTÔNIO PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO: As glândulas salivares representam um sítio raro de neoplasias, correspondendo a aproximadamente 1 % dos tumores de cabeça e pescoço. Os sarcomas de parótida são tumores raros que se apresentam como massas grandes e indolores. O sarcoma sinovial monofásico é extremamente raro e poucos casos foram descritos na literatura.

OBJETIVO: O presente trabalho descreve o caso de uma jovem acometida de um sarcoma sinovial monofásico de parótida. Discute-se o diagnóstico e o tratamento.

RELATO DE CASO: MGM, 29 anos, feminino, apresentou tumor indolor de crescimento lento de evolução há 6 meses na região parotídea direita. Ao exame físico, observou-se tumoração palpável, indolor e firme, não aderida a planos profundos, sem comprometimento do nervo facial ou linfadenopatia cervical. Para a investigação inicial, realizou-se punção aspirativa de parótida direita, cuja análise sugeriu apenas hipercromatismo celular, muco e esparsos neutrófilos, não descartando a possibilidade de neoplasias. Realizado TC de parótida que apresentou lesão amorfa com limites parcialmente bem definidos, captação do contraste heterogênea, localizada junto ao pólo superior da parótida direita, com extensão para a linha média entre o côndilo e processo coronóide da mandíbula, medindo 2,0 x 2,0 x 2,9 cm. Foi programada parotidectomia superficial, porém no per-operatório constatou-se que o tumor encontrava-s no lobo profundo. Procedeu-se então a parotidectomia total direita com preservação do nervo facial. A avaliação histopatológica revelou sarcoma sinovial monofásico, com achados à imunohistoquímica EMA focalmente positivo, Bcl2 difusa e intensamente positivo, vimentina difusamente positivo. Paciente apresenta-se assintomática em acompanhamento seriado.

CONCLUSÃO: O sarcoma sinovial monofásico de parótida é extremamente raro. O tratamento é cirúrgico, com margens de segurança, muitas vezes realizando-se a ressecção de tecidos adjacentes, como a musculatura peritumoral. O tratamento complementar ideal para o sarcoma monofásico do partótida em cabeça e pescoço ainda não foi completamente estabelecido

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-595

TÍTULO: SCHWANNOMA CERVICAL DO NERVO VAGO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): EDUARDO JOSÉ ARCOVERDE DE SOUZA , JULIANA GUSMÃO DE ARAÚJO, FABIO COELHO ALVES SILVEIRA, MARIA DANTAS COSTA LIMA GODOY, BRUNO BARROS PINTO BORGES, TANDRA CECÍLIA PEREIRA, SILVIO DA SILVA CALDAS NETO

INSTITUIÇÃO: HC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

INTRODUÇÃO:

Schwannomas são tumores neurogênicos incomuns originados de qualquer nervo com células de Schwann, incluindo os nervos cranianos V, VII, IX, X, XI ou XII, cadeia simpática e o plexo cervical. São tumores de crescimento lento, benignos e assintomáticos. Até 45% deles são originados da região da cabeça e pescoço. Os Schwanomas cervicais vagais são raros e geralmente relatados em pacientes entre 30 e 50 anos de idade. Não parece haver relação com o sexo. A ressecção cirúrgica completa é o tratamento de escolha. Os exame de imagem desempenham um papel central no diagnóstico e planejamento cirúrgico.

RELATO DE CASO:

Mulher de 32 anos apresentando-se com uma massa cervical esquerda há um ano. Negava rouquidão, tosse, disfagia ou perda de peso. Não tinha passado de tabagismo ou etilismo. À palpação cervical, a massa apresentava-se como tumoração de cerca de 4,0cm parcialmente móvel, indolor localizada na região cervical esquerda entre o ângulo da mandíbula e o músculo esternocleidomastóideo. A ultrassonografia mostrava formação hipoecóide, heterogênea na região cervical esquerda inferior ao ângulo da mandíbula, medindo 5,3 x 4,2 x 3,6cm. Em seguida foram realizadas duas punções aspirativas por agulha fina com achados inconclusivos. Realizada tomografia computadorizada com contraste, que evidenciou massa heterogênea da região cervical esquerda que rechaçava medialmente a artéria carótida interna deste lado. A paciente foi submetida à ressecção cirúrgica da tumoração com achado intra-operatório de contigüidade com o nervo vago. Houve disfonia pós-operatória secundária a paralisia de prega vocal esquerda. O exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico de Schwannoma.

DISCUSSÃO:

Tumores primários do nervo vago são incomuns, sendo o schwannoma pouco freqüente. Quando sintomas estão presentes, a rouquidão é o mais comum. Ocasionalmente pode aparecer tosse paroxística durante a palpação do tumor. Os schwannomas demonstram densidade variável na tomografia, podendo apresentar aspecto homogêneo ou heterogêneo e realce variável após contraste. A ressonância nuclear magnética é de extrema utilidade para estabelecimento do diagnóstico pré-operatório, na avaliação do tumor e de suas relações com a veia jugular e a artéria carótida interna. Histologicamente, são caracterizados por áreas celulares e edematosas, referidas como variedade Antoni A e Antoni B. Confirmação adicional do diagnóstico pode ser obtida através do achado da proteína S100 na

imunohistoquímica. O tratamento cirúrgico é o de escolha, mas apresenta ele­vada freqüência de lesões definitivas como paralisia de prega vocal principalmente nos tumores de localização próxima ao forame jugular, chegando a 85% dos casos.

CONCLUSÃO:

Apesar de raro, o schwannoma deve ser sempre lembrado no diagnóstico diferencial das massas cervicais, sobretudo quando houver sintomas como rouquidão e tosse paroxística durante a palpação do tumor.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-596

TÍTULO: SCHWANNOMA MALIGNO DE SEIOS PARANASAIS

AUTOR(ES): SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN , MÁRCIO NAKANISHI, LUCAS MOURA VIANA, PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, LUIS AUGUSTO NASCIMENTO, ANDRÉ LUIZ QUIEROZ

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO: Schwannomas malignos são sarcomas raros que crescem a partir das células de Schwan dos nervos periféricos. Representam aproximadamente 10% de todos os sarcomas de tecidos moles, sendo raros na região da cabeça e pescoço (8% dos casos). Em uma revisão com 430.000 casos de tumores de origem não epitelial da cavidade nasal, seios paranasais e nasofaringe, Perzin et al encontraram 4 casos de tumor malino. Sercarz et al encontrou apenas 1 caso de schwanoma maligno em uma revisão de 48 casos de sarcomas nasal.

Os schwannomas malignos de seios paranais geralmente surgem do nervo trigêmio, principalmente da divisão oftálmica e maxilar do nervo. Ocorre na maioria da vezes na 4 e 5 década de vida e sem preferência  por sexo ou raça.

Os Schwannomas malignos podem ocorrer isoladamente, mas em geral se desenvolvem em associaçâo com a doença de Yon Recklinghausen em 30% dos casos. Extremidades, tronco, toráx e retropéritônio são os locais mais acometidos.

Microscopicamente são caracterizados por camadas de células fusiformes, com contornos indistintos e moderada quantidade de citoplasma. Os núcleos são ovais para fusiforme com pleomorfismo e atipia celulares. A taxa mitótica é variável e interfere na agressividade do tumor. A imunohistoquímica é positiva para a proteina S-100. Em relação ao diagnóstico diferencial na histologia podemos citar os fibrossarcomas, histiocitoma fibroso mailgno e schwannoma benigno.

O tratamento padrão consiste na retirada em bloco da lesão com margem de segurança (a taxa de recorrência local pode chegar a 40%). Metástase a distância ocorre para o pulmão, sendo esta associada a invasão intracraniana pelo tumor (principal causa de morte dos pacientes portadores do schwannoma maligno). Radioterapia e quimioterapia são controversos.

A taxa de sobrevida media em cinco anos é de 65,7% em portadores de schwannomas isolados, e cai para 30% quando associado a doença de Yon Recklinghausen.

OBJETIVO: Relatar uma caso raro de schwannoma maligno de seios paranasais em um paciente sem neurofibromatose, ilustrando a conduta diagnóstica e terapêuitca adotada.

METODOLOGIA: Relato de caso com revisão de literatura

RESULTADOS: Paciente com queixa de obstrução nasal, rinorréia e sangramento nasal há 6 meses associado a epífora e dor facial a direita. Foi realizado tomografia computadorizada de seios paranasais que evidenciou lesão expansiva e localmente destrutiva ocupando seio maxilar, etmoidais anterior e posterior à direita. Foi submetido a cirurgia endoscópica com diagnostico anatomopatológico de tumor maligno de nervo periférico. Realizado nova intervenção cirurgica pela equipe de cirurgia de cabeça e pescoço via rinotomia lateral para ampliação de margens e posterior radioterapia para complementação diagnóstica .

CONCLUSÃO: Até o momento, 12 meses de seguimento, o paciente não apresenta sinais de recidiva local ou metástase a distância.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-597

TÍTULO: SCHWANNOMA NASAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): EDUARDO JOSÉ ARCOVERDE DE SOUZA , JULIANA GUSMÃO DE ARAÚJO, FABIO COELHO ALVES SILVEIRA, MARIA DANTAS COSTA LIMA GODOY, BRUNO BARROS PINTO BORGES, RAFAEL TAVARES DA HORA, SILVIO DA SILVA CALDAS NETO

INSTITUIÇÃO: HC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

INTRODUÇÃO: Schwanomas são tumores benignos e encapsulados, compostos de células de Schwann. O nervo vestibular no conduto auditivo interno é o local mais freqüente de sua origem, mas outros locais também podem ser acometidos. Apenas 4% dos schwannomas, porém, se originam no trato nasossinusal. Não há predominância de raça ou sexo. O tratamento de escolha destes tumores é a cirurgia.

RELATO DE CASO: Homem de 26 anos com obstrução nasal à direita há seis meses, sendo visualizada tumoração polipóide de coloração avermelhada e com aspecto friável. A tomografia computadorizada mostrou lesão expansiva ocupando a fossa nasal direita. O seio maxilar direito e células etmoidais deste lado também estavam ocupados por material com densidade de partes moles. A ressonância mostrou lesão expansiva de sinal isointenso em T1 com realce intenso após administração de contraste. O paciente foi submetido à ressecção endoscópica da lesão. O exame anatomopatológico foi compatível com schwannoma tipo A de Antony. Não houve déficits neurológicos pós-operatório.

DISCUSSÃO: Os schwanomas intranasais e de seios paranasais são raros e determinam uma variedade de sinais e sintomas, como obstrução nasal, rinorréia, cefaléia, epistaxe, proptose, hiposmia e comprometimento de nervos cranianos. O diagnóstico diferencial inclui linfoma, estesioneuroblastoma, tumor de células escamosas, hemangioma, papiloma invertido, angiofibroma juvenil, glioma e encefalocele. Microscopicamente a principal característica é o núcleo em paliçada e o estroma liso e compacto. As fibras compactas do estroma são chamadas de Antoni tipo A, enquanto as fibras lisas do tipo Antoni B são as áreas celulares desorganizadas, com polimorfismo celular. A tomografia permite melhor planejamento cirúrgico. A ressonância nuclear magnética é superior à tomografia na diferenciação entre o schwanoma e os demais tumores nasosinusais, retenção de secreção e processos inflamatórios. Geralmente têm uma intensidade intermediária em T1 e o sinal em T2 variável. Apresentam padrão de realce mais uniforme após a administração do gadolínio. A excisão cirúrgica do tumor com preservação do nervo e estruturas vizinhas é sempre o desejável. A técnica de exposição adequada é determinada de acordo com a localização e extensão do tumor. A radioterapia e a cirurgia estereotáxica aparecem como opção no tratamento de tumores intracranianos.

CONCLUSÃO: O schwannoma é um tumor de caráter benigno que raramente envolve a cavidade nasal e paranasal. No entanto, esta patologia deve ser lembrada no diagnóstico diferencial dos tumores desta região. Após ressecção cirúrgica, os pacientes têm um bom prognóstico com raros casos de recidiva.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-598

TÍTULO: SCHWANOMA DA PORÇÃO PAROTÍDEA DO NERVO FACIAL: RELATO DE CASO I

AUTOR(ES): CAROLINA FONSECA JARLETTI , ALEXANDRA TORRES CORDEIRO LOPES DE SOUZA, JÉSSICA GUIMARÃES GOMES SILVA, MARÍLIA VELOSO SARAIVA, IGOR LUCENA, RENATA MADDALENA MONTEIRO, ANTÔNIO JOSÉ DE CARVALHO NETO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO

Introdução

Schwanoma é um tumor benigno encapsulado de linhagem  ectodermal de crecimento a partir das células de Schwann.

Estima-se que 25% a 45 % dos Schwanomas ocorram na região da cabeça e do pescoço e raramente acometem  o nervo facial. Em suas formas extratemporais (9%) é mais comum a apresentação como massa parotídea assintomática, o que pode dificultar o diagnóstico diferencial pré-operatório desta patologia e acarretar sequelas graves de uma ressecção cirurgica inadvertida.

Relato de caso

ERS, 56 anos, sexo feminino, iniciou quadro clínico com  nódulo  em  região pré-auricular esquerda de crescimento progressivo há 5 anos. Ao exame clínico obsevava-se massa de consistência endurecida, móvel e indolor à palpação. Apresentava mímica facial preservada.

Na  tomografia computatorizada realizada em junho de 2009 observou-se lesão ovalada de limites definidos e contorno lobulado, heterogênea, predominantemente hipodensa, havendo realce  irregular de contraste em lobo superficial e profundo da glândula parótida esquerda.

A paciente foi submetida a paroditectomia superficial em novembro de 2010 e a peça cirúrgica  enviada para análise histopatológica,  tendo como diagnóstico Schwanoma do nervo facial. Evoluiu com paralisia facial total imediata pós-operatória (Grau VI de House-Brackmann), sem alterações evolutivas .

Discussão

Schwanomas são lesões benignas que se desenvolvem a partir das células de Schwann e raramente acometem o nervo facial.

A frequência estimada de tumores parotídeos originados no nervo facial é em média 0.2 a 1.5%. O diagnóstico pré-operatório deste tumor quanto acomete a glândula parótida é geralmente difícil devido a raridade desta patologia e por não possuir sinais típicos associados a ela. Na ausência de paralisia facial associada a este tumor, torna-se ainda mais difícil a suspeita diagnóstica.

Não há conduta terapêutica estabelecida na literatura. A maioria dos autores recomenda apenas o acompanhamento clínico, pois são lesões de crescimento lento e muitos pacientes não se tornam sintomáticos ou com paralisia facial significante. Sugere-se que a cirurgia seja proposta apenas aos pacientes que já apresentarem grau moderado de paralisia facial (ao menos grau III H-B), podendo ser acompanhado radiologicamente antes deste estágio.

Relatamos neste artigo o caso de uma paciente com tumoração assintomática de parótida cujo diagnóstico pré-operatório de schwanoma não foi aventado. Durante os tempos cirúrgicos foi evidenciada aderência tumoral ao tronco do nervo facial e não foi possível preservar a função do nervo acometido. A paciente evoluiu com paralisia facial grau IV H-B.

Conclusão

Schwanoma intraparotídeo do nervo facial é uma apresentação rara deste tumor. A ausência de sintomas associados e a pouca especificidade dos sinais radiológicos dificultam ainda mais o diagnóstico diferencial pré-operatório.A realização de biópsia ou punção da tumoração pode evitar a paralisia facial como sequela cirúrgica em pacientes que ainda não apresentarem grau moderado de paralisia. Estes poderão ser acompanhados clinicamente e através da realização de exames de imagem anuais até que a cirurgia seja aconcelhada.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-599

TÍTULO: SCHWANOMA INFRAORBITÁRIO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): VICTOR GRANJEIRO DE MELO , RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO, CORINTHO VIANA PEREIRA, DIDEROT RODRIGUES PARREIRA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, CARLA CAVALCANTI SILVEIRA, ÉRICA SAMPAIO BARBOSA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES

Os tumores de origem neurogênica são raros na orbita. Acomete mais adultos entre 20 e 70 anos. Geralmente são assintomáticos quando pequenos, porem seu crescimento pode provocar dor, proptose, podendo levar a compressão do nervo óptico com papiledema. O schwanoma proveniente do nervo infraorbitario é raro e seu diagnóstico clinico é muitas vezes difícil.  O diagnóstico das neoplasias orbitarias requer o estudo por imagem. Sugere o diagnóstico, visualiza extensão tumoral e auxilia na escolha do tratamento adequado. A excisão incompleta leva a recorrências locais, e por vezes, intracranianas.

No caso descrito, a cirurgia permitiu a remoção total da lesão. A abordagem transconjuntival com cantotomia lateral permitiu boa exposição e ressecção completa da lesão.

O schwanoma infraorbitario, embora raro, deve ser considerado como diagnóstico diferencial nos pacientes acometidos por tumores da cavidade orbitaria, visando o diagnostico e tratamento em tempo hábil, minimizando os riscos de complicações e seqüelas.

Paciente do sexo feminino, 53 anos, queixando-se de pressão no olho esquerdo e apresentando proptose do mesmo olho. Sem alteração da acuidade e do campo visual, motricidade ocular ou prestesias. O exame tomográfico, de ressonância nuclear magnética e angiografia digital, não elucidaram o problema. Submetida a procedimento cirúrgico, com abordagem transconjuntival associada a cantotomia lateral. A tumoração foi removida em sua totalidade. Evoluiu sem complicações ou queixas, e o estudo campimetrico mostrou-se sem alterações.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-600

TÍTULO: SCHWANOMA INTRANASAL

AUTOR(ES): FLÁVIO BERTONCELLO , PRISCILA BOGAR RAPPAPORT, FERNANDO VEIGA ANGÉLICO JÚNIOR, PAULA RIBEIRO LOPES, JULIANA COLA DE CARVALHO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: descrito pela primeira vez por Verocay, em 1908, o schwanoma é um tumor benigno raro da bainha de nervos cranianos ou espinhais. No nariz e seios paranasais este tumor surge de ramos do tronco maxilar do trigêmeo e do sistema nervoso autônomo. De 25 a 45% destes tumores estão localizados na região de cabeça e pescoço e cerca de 4% na região intranasal. Os autores reportam um caso de um schwanoma intranasal e outro paranasal, em que a confirmação diagnóstica veio através do exame anatomopatológico após a exérese cirúrgica.

OBJETIVOS E MÉTODOS: relatar dois casos de schwanoma, um intranasal e um paranasal, dando ênfase aos achados clínicos, radiológicos, histopatológicos, abordagem cirúrgica e seguimento pós-operatório, realizando análise de prontuários e revisão de literatura.

RELATO DE CASOS: Caso 1- paciente feminino, 43 anos, com queixa de abaulamento da mucosa da arcada dentária superior e em assoalho de fossa nasal à esquerda há 1 ano e obstrução nasal discreta. Ao exame otorrinolaringológico apresentava rinoscopia de fossa nasal esquerda com abaulamento significativo de assoalho nasal. À oroscopia, abaulamento de aproximadamente 2 cm em mucosa de arcada dentária superior logo acima do dente incisivo. A nasofibroscopia confirmou rinoscopia anterior. Realizada tomografia computadorizada de seios paranasais que revelou conteúdo de partes moles ocupando seio maxilar esquerdo com pequena área de destruição e remodelação óssea. Paciente foi submetida à procedimento cirúrgico para remoção da tumoração em abril de 2010, por via endoscópica nasal e antrostomia maxilar via Caldwel-Luc associadas. No procedimento, o seio maxilar esquerdo foi aberto e então a tumoração foi retirada por completo. O exame anatomopatológico identificou fibrose e células compatíveis com schwanoma.

Caso 2- paciente feminino, 57 anos, com queixa de obstrução nasal bilateral intermitente há 5 anos, pior à direita, com sintomas alérgicos nasais discretos. À rinoscopia anterior apresentava lesão de aspecto polipóide de concha média direita que tocava o septo, hipertrofia de conchas inferiores discreta e desvio de septo nasal à esquerda, confirmados pelo exame de nasofibrolaringoscopia. Iniciado tratamento clínico com corticóide tópico nasal e sistêmico e realizada tomografia computadorizada de seios paranasais que evidenciou conteúdo de partes moles em fossa nasal direita com espessamento de seio maxilar ipsilateral e desvio septal para a esquerda. Realizada sinusectomia endonasal à direita e septoplastia sem intercorrências e enviado para exame anatomopatológico material translúcido retirado de concha média, que revelou celularidade compatível com schwanoma.

DISCUSSÃO: Verocay descreveu o tumor da bainha neural em 1908, quando acreditava tratar-se de derivado de células de Schwann com possível origem ectodérmica. Em 1910 denominou a lesão de neurinoma. Os schwanomas intranasais e de seios paranasais são raros e similares a outros tumores neurogênicos, determinando uma variedade de sinais e sintomas a depender do local anatômico acometido, nervo de origem e ou compressão de nervos ou estruturas adjacentes. O diagnóstico anatomopatológico do schwanoma pode ser um desafio.

CONCLUSÃO: embora schwanomas intranasais/paranasais sejam entidades extremamente raras, devemos sempre lembrar sua possibilidade diagnóstica e, apesar das informações obtidas através dos exames por imagens, a sua confirmação só é possível através de exame histopatológico da neoplasia.

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TRABALHO CLÍNICO

P-601

TÍTULO: SEGUIMENTO E CONDUTA EM CRIANÇAS TRAQUEOTOMIZADAS

AUTOR(ES): REBECCA MAUNSELL , LAÍZA ARAÚJO MOHANA PINHEIRO, MARCELO BRANDÂO, AGRÍCIO NUBIATO CRESPO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL ESTADUAL DE SUMARÉ - UNICAMP

INTRODUÇÃO

Com o evolução dos cuidados em UTI neonatal e um aumento na sobrevida de crianças prematuras extremas, com distúrbios congênitos,  patologias neurológicas e displasias pulmonares  tem se observado um papel crescente para o otorrinolaringologista na equipe cuidadora deste tipo de paciente.  Parte destes pacientes evoluirá com distúrbios de vias aéreas superiores necessitando de avaliações e intervenções variadas. A traqueotomia continua sendo um procedimento freqüente porém com seguimento não padronizado, tornando confusas a interação entre as especialidades médicas envolvidas no tratamento destas crianças e as informações recebidas pelos cuidadores. Este estudo descreve o perfil de crianças traqueotomizadas acompanhadas no setor de otorrinolaringologia (ORL) do Hospital Estadual de Sumaré (HES) com o intuito de discutir padronizações de condutas diagnósticas e terapêuticas que contribuam para uma melhor qualidade de vida destes pacientes.

METODOLOGIA

Foram estudados retrospectivamente os protocolos de atendimento otorrinolaringológico preenchidos a cada consulta e/ou intervenção de todas as crianças traqueotomizadas  acompanhadas no período de novembro de 2002 a junho de 2010. Analisou-se dados da patologia respiratória e tratamento proposto e ainda dados gerais como idade, sexo, presença de co-morbidades , tempo de entubação, patologias concomitantes, condições de deglutição, conduta, evolução e estado atual da criança.

RESULTADOS

Foram estudadas 34 crianças traquetomizadas com idade de 3 meses a  10 anos no início do acompanhamento. Oito pacientes apresentam neuropatia em graus variados desde paralisias cerebrais (pós anóxia de parto, seqüela de encefalite) até malformações como meningoencefaloceles. Dez são crianças nascidas pré-termo sendo 5 prematuros extremos. Seis pacientes são sindrômicos  e outros sete apresentam  malformações múltiplas sem diagnóstico genético estabelecido. Nove pacientes são portadores de estenose subglótica sendo três severas (grau III e IV) e 6 grau II. Dez crianças foram decanuladas até o momento sendo que 6 necessitaram de pequenos procedimentos endoscópicos como ressecção ou redução de granulomas supra-estromais e dilatações. Foram realizadas 2 reconstruções laringo-traqueais e uma ressecção cricotraqueal.  Das 34 crianças, 24 foram submetidas a traqueotomia por quadros de laringite pós-entubação. O tempo de entubação variou de 17 dias a 3 meses. As complicações traqueais foram colabamentos supraestromais, granulomas peri-estromais  e traqueítes. Os motivos mais comuns de retardo ou impossibilidade de decanulação foram: descompensações recorrentes de quadros pulmonares de base, ineficiência de toilette pulmonar devido a quadros neurológicos, previsão de procedimentos cirúrgicos por outros motivos.

CONCLUSÃO

Ao longo destes oito anos, o estabelecimento de um  protocolo de avaliação regular com exames endoscópicos,  trocas de cânulas e discussão multidisciplinar permitiu uma melhor integração da equipe de ORL com a UTI neonatal e pediátrica possibilitando o conhecimento do perfil dos pacientes submetidos a traqueotomia e a familiaridade com as complicações inerentes às suas comorbidades. Esta interação permitiu também discussão precoce pacientes com potencial para desenvolver quadros de obstrução de via aérea. Consideramos hoje que estas são condições imperativas no seguimento destes pacientes e principalmente na escolha criteriosa do momento de considerar uma decanulação.

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TRABALHO CLÍNICO

P-602

TÍTULO: SEGUIMENTO PÓS-OPERATÓRIO NA CIRURGIA DO COLESTEATOMA

AUTOR(ES): TOBIAS GARCIA TORRES , FLÁVIA TEIXEIRA MACHADO, ROGÉRIO RAMOS CAIADO, ANDRÉ LACERDA CAVALCANTE, NELSON ÁLVARES CRUZ FILHO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO

A otite média crônica colesteatomatosa é um dos assuntos mais estudados dentro da otologia e, assim como seu tratamento cirúrgico, divide opiniões. Discuti-se, freqüentemente, as indicações de mastoidectomia técnica aberta e técnica fechada no tratamento do colesteatoma. A maior incidência de recidiva da doença e a possibilidade de uma cirurgia de revisão nas técnicas fechadas exigem um acompanhamento pós-operatório ainda mais rigoroso. Portanto, em situações em que não é possível garantir a continuidade do seguimento, opta-se, geralmente, pela técnica aberta. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo analisar o seguimento pós-operatório de pacientes submetidos à mastoidectomia para o tratamento da otite média crônica colesteatomatosa. Nosso serviço está inserido num complexo hospitalar privado que disponibiliza parte dos seus serviços para o Sistema Único de Saúde - SUS. Para este trabalho, foram selecionados apenas os pacientes encaminhados através do SUS, com diagnóstico de otite média crônica colesteatomatosa e submetidos à mastoidectomia no período de junho de 2005 a dezembro de 2008. Consideramos como abandono de seguimento a inexistência de retorno ambulatorial por 18 meses após a última consulta registrada. Participaram do estudo 20 pacientes. Neste grupo, 60% (N=12) eram do gênero masculino; e 40% (N=8), do gênero feminino. Faixa etária entre 9 e 71 anos com idade média de 32,6 anos. Quarenta por cento (N=8) dos pacientes fizeram seguimento pós-operatório regularmente. Houve abandono em 60% dos casos (N=12): 30% (N=6) de abandono nos primeiros 6 meses, 45% (N=13) até 12 meses e 60% (N=12) antes dos 18 meses de seguimento. Ainda não existe consenso sobre a melhor técnica cirúrgica para o tratamento do colesteatoma. Inúmeros aspectos são avaliados antes da sua definição. Mostramos neste estudo que a escolha da técnica cirúrgica no grupo de pacientes vinculados ao sistema único de saúde deve ser feita com cautela e ressalvas, uma vez que identificamos uma alta taxa de abandono do seguimento pós-operatório.

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TRABALHO CLÍNICO

P-603

TÍTULO: SENSIBILIDADE SACULAR MENSURADA PELO POTENCIAL MIOGÊNICO EVOCADO VESTIBULAR

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA, ALINE CABRAL DE OLIVIRA BARRETO, PEDRO LEMOS MENEZES

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP E UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

INTRODUÇÃO: Clinicamente, o potencial evocado miogênico vestibular é utilizado com a finalidade de analisar o sáculo e o nervo vestibular inferior, regiões não observadas pelos exames vestibulares tradicionais. Existem evidências a respeito da sensibilidade do sáculo a estímulos sonoros, por freqüência, tanto em animais quanto na espécie humana. Estudos demonstram que o potencial está presente em uma faixa de frequências ampla, entre 100 e 3200 Hz. Contudo, poucos estudos referem a sensibilidade de frequências específica do sáculo. OBJETIVO:  Analisar a sensibilidade sacular a diferentes frequências de estímulos tone-bursts. METODOLOGIA: Desse modo, captou-se o potencial evocado miogênico vestibular, em 156 orelhas (78 sujeitos), registrado no músculo esternocleidomastóideo, de forma ipsilateral aos estímulos, por meio da promediação de 200 estímulos tone-bursts, nas frequências de 250, 500, 1000 e 2000 Hz, taxa de 5 Hz, com duração de 10 ms (subida: 4 ms, platô: 2 ms, descida: 4 ms), na intensidade de 95 dB HLn. Os registros foram realizados em janelas de 50 ms. RESULTADOS:  Verificamos menores latências de p13 nas mulheres, quando comparadas aos homens (diferença média de 0,41 ms para frequências de 500, 1.000 e 2.000 Hz), com exceção da freqüência de 250 Hz. Para estímulos na frequência de 1.000 Hz, observamos diferenças significativas entre homens e mulheres para latências e amplitudes de n23 e latências e amplitudes inter-pico, com exceção da latência e amplitude de p13. Encontramos maiores valores médios de latência absoluta de p13 e n23 e menores valores de amplitude de p13, n23 e inter-pico p13-n23 para a frequência de 2.000 Hz. Maiores amplitudes foram observadas nas freqüências de 250 e 500 Hz. Quando comparadas as frequências de 250, 500, 1.000 e 2.000 Hz, por meio do teste ANOVA, constatamos diferenças estatisticamente significativas para todos os parâmetros do VEMP, para p = 0,005.CONCLUSÃO : As respostas do potencial evocado miogênico vestibular estavam presentes quando evocadas por estímulos tone-bursts de 250, 500, 1.000 e 2.000 Hz, entretanto foram mais efetivas para os graves.

Key-words: atividade sacular , potencial miogênico , sáculo e nervo vestibular inferior

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TRABALHO CLÍNICO

P-604

TÍTULO: SEPTOPLASTIA COM ANESTESIA LOCAL E SEDAÇAO: ACHADOS TRANSOPERATORIOS E POS-OPERATORIOS

AUTOR(ES): BETTINA CARVALHO , RODRIGO KOPP REZENDE, CAIO SOARES, ANNELYSE CRISTINE BALLIN, ANDREIA KARAM, MARCOS MOCELLIN, CARLOS HENRIQUE BALLIN

INSTITUIÇÃO: HC/UFPR

INTRODUÇÃO: A septoplastia é uma cirurgia que visa aliviar a obstrução nasal através da remoção do desvio ósseo-cartilaginoso. Pode ser realizada sob anestesia local associada a sedação venosa ou geral. A anestesia local tem diversas vantagens como: menor riscos, realização mais rápida, diminuição dos custos hospitalares. Com este estudo visamos avaliar a aceitabilidade e satisfação de pacientes submetidos a septoplastia com anestesia local e sedação no serviço de Otorrinolaringologia do HC/UFPR. MATERIAL E MÉTODOS: análise retrospectiva de relatos de pacientes submetidos a septoplastia com anestesia local e sedação com relação a dor intra-operatória, grau de amnesia transoperatória, achados pós-operatórios imediatos, satisfação geral da cirurgia. RESULTADOS: 39 pacientes foram avaliados, sendo que a maioria relatou ausência de dor intra-operatória, ausência de queixas pos-operatórias e tem poucas lembranças quanto a cirurgia. DISCUSSÃO: o porte das cirurgias otorrinolaringológicas permite a realização de diversos procedimentos utilizando uma técnica de anestesia simples como a anestesia local associada a sedação. A septoplastia é uma cirurgia passível de ser realizada com tal anestesia com resultados satisfatórios para o paciente e para o cirurgião. CONCLUSÃO: a anestesia local associada a sedação produz uma anestesia satisfatória do ponto de vista do paciente com respeito a analgesia intra-operatória, grau de amnésia, e satisfação geral do paciente.

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TESE

P-605

TÍTULO: SEPTOPLASTIA EM CRIANÇA

AUTOR(ES): LUCIANO CAMPÊLO PRESTES , LEÃO MOCELLIN, MARINA SERRATO COELHO FAGUNDES, KARIN CREMA

INSTITUIÇÃO: UFPR

Resumo O crescimento do complexo nasomaxilar pode ser alterado por trauma, cirurgia ou desvio septal levando a má função nasal. O desvio septal na infância provoca uma obstrução nasal com sérios distúrbios no desenvolvimento físico e intelectual da criança, devendo por isso ser corrigido não importando a idade. È uma das causas principais de obstrução respiratória, podendo ser responsável por episódios de rinossinusites, otites, dificuldade alimentar e as graves seqüelas do respirador bucal. Podem ocorrer isoladas ou combinadas com desvios da pirâmide nasal.  Material e método Em estudo retrospectivo foram analisados 41 pacientes, 22 do sexo masculino e 19 do feminino, com idades entre 09 a 16 anos. Resultados Recidivas do desvio do septo ocorreram em 4 casos,  sinéquias em 2 e infecção em 1 paciente. Conclusão Os desvios de septo do nariz devem ser corrigidos precocemente e as cirurgias associadas podem ser realizadas no mesmo ato cirúrgico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-606

TÍTULO: SIALOADENITE DA GLÂNDULA SUBLINGUAL

AUTOR(ES): ROWILSON CLEBER DE MELO , CARLOS ROBERTO BALLIN, LUIZ CARLOS SAVA, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, DENIS MASSAMITSU ABE, RODOLFO CARDOSO DE TOLEDO FILHO, HUGO VINICIUS VASSELAI

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL DA PUC-PR

INTRODUÇÃO: A sialoadenite da glândula sublingual é uma doença rara, sendo pouco relatada na literatura médica. Processos inflamatórios das glândulas salivares ocorrem com maior freqüência na parótida e na submandibular respectivamente. O artigo descreve o caso de uma sialoadenite sublingual, em uma paciente sem precedente de doenças orais ou sistêmicas, com diagnóstico clínico e tratamento cirúrgico convencional.

OBJETIVO: Relatar um caso de sialoadenite da glândula sublingual e seu tratamento.

RELATO DE CASO: Paciente NFO, feminina, 40 anos, tabagista foi encaminhada para o Hospital Universitário Cajuru pelo CEMUM Cajuru, por quadro de abscesso sublingual, tratado previamente com penicilina benzatina 2400000 UI e com amoxicilina 1500 mg/dia por 07 dias, porém sem melhora. A história mórbida pregressa não apresentava recorrência de inflamações agudas na cavidade oral, doenças dentárias, comorbidades, etilismo ou uso continuo de medicaçao. Econtrava-se hidratada, com boa higiene oral e em bom estado geral. Ao exame otorrinolaringológico evidenciou abaulamento de região submandibular com sinais flogísticos locais, linfadenopatia submandibular e cadeia cervical anterior bilateral. Não apresentava trismo.

Optado pelo tratamento cirúrgico com incisão lateral ao óstio do ducto sublingual, divulcionamento de tecido e drenagem de quantidade moderada de secreção purulenta. Procedeu-se o internamento da paciente, sendo administrado clindamicina endovenosa, 300 mg/dia de 8/8 horas por 2 dias, com melhora do quadro infeccioso e acompanhamento via hemograma. Recebeu alta hospitalar e continuou com antibioticoterapia até completar 7 dias.

RESULTADOS: Após sete dias da alta Hospitalar com uso de antibioticoterapia, a paciente retornou ao ambulatório apresentando resolução efetiva do quadro.

CONCLUSÃO: A sialoadenite sublingual é uma doença rara, que cursa na maioria das vezes como conseqüência da diminuição do fluxo salivar e que pode causar considerável morbidade ao paciente. Sua clínica confunde-se parcialmente com a sialoadenite submandibular, e na ausência de melhora depois de três a cinco dias de antibioticoterapia ou nos casos de dor intratável e tumefação, impõe-se o tratamento cirúrgico.

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TRABALHO CLÍNICO

P-607

TÍTULO: SÍNDROME DA APNÉIA-HIPOPNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAHOS), RINITE ALÉRGICA E IMUNOTERAPIA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DANIEL ZENI RISPOLI, FABIANO TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, KARINA MARÇAL KANASHIRO, RENATA BECKER, GUSTAVO SELA

INSTITUIÇÃO: HOPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: O estudo dos distúrbios respiratórios do sono, roncos e apnéia do sono tem se tornado importante nos dias atuais por ser cada vez mais comum na população e ter conseqüências que prejudicam a qualidade de vida

OBJETIVO: relatar o caso de um paciente que apresenta Síndrome de apnéia hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS), com alterações polissonográficas, associado com Rinite Alérgica e tratado com imunoterapia, ressaltando as características clínicas e da evolução do quadro.

METODOLOGIA: revisão da literatura e relato de caso

RESULTADOS: X

CONCLUSÕES: descrever o caso de um paciente com SAHOS e Rinite alérgica, tratado com imunoterapia, e que apresentou melhora dos parâmetros polissonográficos e dos sintomas obstrutivos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-608

TÍTULO: SÍNDROME DA TRISSOMIA DO 4Q: APRESENTAÇÃO DE UM NOVO CASO E DISCUSSÃO SOBRE OS ACHADOS AUDIOLÓGICOS

AUTOR(ES): LUCAS MOURA VIANA , SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO, ISNALDO PIEDADE DE FARIA, ALESSANDRA RAMOS VENOSA, NILDA AGOSTINHO MAIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO:

Trissomia parcial é geralmente o resultado da segregação de  uma translocação gênica familial balanceada. O segmento trissômico comum de todos os pacientes clinicamente similares com trissomia parcial do 4q corresponde ao terço distal do braço longo do cromossomo 4.  Após a realização de revisão de literatura, foram encontrados somente cinco artigos citando alterações auditivas em pacientes portadores da síndrome da trissomia parcial do 4q. Porém eles não caracterizam qual o tipo de alteração auditiva. Este relato descreve a avaliação auditiva de um menino, 5 anos, com características clínicas da trissomia parcial 4q, cujo cariótipo revelou 46,XY,der(3)t(3;4)(p25;q25),mat e discute os seus achados.

RELATO DE CASO:

Trata-se de um garoto de cinco anos de idade, filhos de pais jovens e não consaguíneos. Nascido de parto vaginal, 34 semanas de idade gestacional, pesando 2560g, medindo 46cm, circunferência da cabeça de 34cm e o escore de Apgar de 8 no quinto minuto. Aos dez dias de vida, ele apresentou anasarca e cianose, sendo realizado um ecocardiograma que mostrou ducto arterial patente. À avaliação clínica, apresentava pregas epicânticas bilaterais, ponte nasal proeminente, malformação de orelhas, micrognatia, braquidactilia, criptorquidia direita e hérnia inguinal bilateral. A avaliação do cariótipo de sangue periférico mostrou 46,XY,der(3)t(3;4)(p25;q25),mat. Tomografia Computadorizada de crânio e ultrassonografia abdominal foram normais Não há historia de outros membros afetados na família. A avaliação audiológica mostrou audiometria comportamental, impedanciometria e otoemissões acústicas evocadas transientes e por produto de distorção sem alterações. O potencial evocado auditivo de tronco cerebral apresentou ondas I a V com amplitudes e latências normais. A audiometria de tronco cerebral define resposta até 20dB à esquerda e 40dB à direita.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO:

Os fatores clínicos deste caso e dos demais previamente relatados, portadores da Trissomia parcial do 4q são muito similares. Os fatores constantes incluem retardo do crescimento, retardo psicomotor, microcefalia, orelhas malformadas, ponte nasal proeminente, ptose ou fissura palpebral e epicanto. Filtro labial curto e retromicrognatia são relativamente comuns. Esses fatores podem ser considerados característicos da síndrome da trissomia parcial do 4q. Diante do quadro de retardo na aquisição da fala, foram realizados exames audiológicos para avaliar se isto seria causado por uma alteração auditiva. A avaliação dos resultados dos testes de otoemissões acústicas associados à audiometria comportamental apresentou audição dentro dos limites da normalidade. Este exame permitiu supor que a função auditiva, incluindo a porção coclear, encontra-se normal. No potencial evocado auditivo de tronco encefálico, o paciente apresentou alteração unilateral com resposta a partir de 40 dB, indicando alteração discreta da audição. Tal achado não justifica o retardo na aquisição da fala apresentado pelo paciente, uma vez que mesmo perdas auditivas de grau profundo unilaterais são associadas a desenvolvimento normal das habilidades lingüísticas. Outros autores (2,3,4,5,6) relatam alterações auditivas em pacientes portadores da síndrome da trissomia parcial do 4q, porém não descreveram as características dessas alterações. Portanto, este trabalho é o primeiro a relatar as características auditivas nestes pacientes. e mostra também que o atraso na fala não é por deficiência auditiva, e sim pela cromossomopatia por ele apresentada.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-609

TÍTULO: SÍNDROME DE BINDER - UM RELATO DE CASO

AUTOR(ES): TATIANA MAUAD PATRUNI , DIOGO GONÇALVES BARDINI, ISABELLA MAUAD PATRUNI, HENRIQUE WENDLING SAVA, LAURA ALONSO, DANIEL NORONHA PEREIRA, CARLOS ROBERTO BALLIN,

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA - PUC/PR

INTRODUÇÃO: a síndrome de Binder, também denominada de displasia maxilo-nasal, caracteriza-se por um subdesenvolvimento do esqueleto central da face.  Também pode estar associada há outras malformações craniofaciais, otorrinolaringológicas, neurológicas e ortopédicas. Há cerca de 250 casos descritos, sendo que homens e mulheres são igualmente afetados. A sua etiologia e a relação com hereditariedade permanecem obscuras.

OBJETIVO: Relatar um caso de síndrome de Binder e sua abordagem terapêutica.

RELATO DE CASO: Paciente, masculino, 40 anos, veio à consulta com queixa de obstrução nasal e de ?nariz pequeno e caído?.  Ao exame, além de desvio de septo nasal, apresentava nariz plano e verticalizado, columela curta, ângulo nasolabial profundo e agudo, bem como  maxilas subdensenvolvidas. Evidenciava-se também baixa estatura e encurtamento das falanges distais dos quirodáctilos. Realizou-se telemetria lateral da face com cefalometria que confirmou a hipoplasia maxilar e seu posicionamento posterior, assim como um encurtamento da base anterior do crânio. O paciente foi submetido à cirurgia de septoplastia técnica universal e colocação de poste ósseo em columela para elevação da ponta nasal em dezembro/2009. O pós-operatório imediato ocorreu sem complicações. Foi realizado seguimento pós-operatório até o terceiro mês, havendo melhora completa da obstrução nasal. O paciente se diz satisfeito com o resultado estético.

CONCLUSÃO: O caso acima ilustra o que encontramos relatado na literatura a respeito das principais características craniofaciais da síndrome de Binder. Neste paciente optou-se por uma abordagem menos invasiva para a resolução das queixas nasais funcionais, com um mínimo de ganho estético, o que se obteve com sucesso. Todavia, nas ocasiões em que as deformidades craniofaciais são mais exuberantes, se faz necessária uma intervenção cirúrgica mais agressiva para se obter um melhor resultado estético e funcional.  É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-610

TÍTULO: SÍNDROME DE EAGLE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): FRANCIANE REGINA VARGAS , ANDREA GOMES CARREIRA, ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA, THIAGO PONTES EUGÊNIO, CLÁUDIO TREVISAN JUNIOR, ANDY DE OLIVEIRA VICENTE

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Eagle é o alongamento do processo estilóide, ou ossificação do ligamento estilo-hióideo, causando desconforto inespecífico na garganta, sensação de corpo estranho, disfagia ou dor facial. O diagnóstico diferencial inclui doenças inflamatórias da faringe, tumores, disfunção da articulação têmporo-mandibular e neuralgia do trigêmio e glossofaríngea. Esta síndrome deve ser considerada em todo paciente com sintomas cérvico-faríngeos crônicos, conduzindo a avaliação clínica completa, incluindo a palpação da loja tonsilar e estudo radiológico para pesquisa de alongamento do processo estilóide associado.

 

RELATO DE CASO: R.C., 39 anos, feminina, queixa de otalgia à esquerda associada a odinofagia. Há seis meses, quando iniciou a queixa, havia sido submetida, a tratamento clínico de disfunção da articulação temporomandibular, sem melhora. Como a paciente apresentava progressão dos sintomas, foi reavaliada em nosso serviço e ao exame físico de palpação da loja tonsilar esquerda, notou-se endurecimento da tonsila esquerda com aumento de volume e protrusão da mesma. A paciente foi encaminhada à cirurgia sendo indicada tonsilectomia.

No procedimento cirúrgico foi realizada tonsilectomia e abertura da loja tonsilar com ressecção de musculatura para exposição do processo estilóide. Foi visualizada saliência óssea que se projetava para loja esquerda - o alongamento da apófise estilóide. Remoção desta no mesmo ato operatório, e diagnóstico retrospectivo de Síndrome de Eagle.

No pós operatório, a paciente relatou remissão completa dos sintomas. O exame anatomopatológico das tonsilas removidas não mostrou alterações. 

 

DISCUSSÃO: O Processo estilóide do osso temporal é uma projeção óssea que varia de 25-30 mm, que serve de inserção para os músculos estilofaríngeo, estilo-hióideo e estiloglosso e dá origem a dois ligamentos: estilomandibular e estilo-hióideo. Localiza-se antero-medialmente ao processo mastóideo, situando-se entre as artérias carótidas interna e externa.

A Síndrome de Eagle foi descrita pela primeira vez em 1937, sendo dividida em duas categorias: clássica e artéria carótida-processo estilóide. A clássica ocorre em pacientes tonsilectomizados que apresentam dor na faringe, irradiada para a região da mastóide e exacerbada com movimentos de deglutição; e a síndrome da artéria carótida-processo estilóide ocorre em pacientes com ou sem tonsilas palatinas que apresentam dor cervical persistente, irradiada ao longo do território carotídeo.

A incidência de alongamento da apófise estilóide e/ou calcificação do ligamento estilo-hióideo é maior em mulheres,  idade superior a 30 anos e não há predisposição para uni ou bilateralidade.

O diagnóstico é baseado na história clínica associado ao achado de projeção óssea pontiaguda no exame físico de palpação da loja tonsilar, ou radiológico, principalmente tomográfico, de alongamento do processo estilóide maior que 30 mm. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O tratamento clínico, com infiltração de corticóide ou anestésico na loja tonsilar fica reservado para pacientes com comorbidades que impeçam a cirurgia. O tratamento mais efetivo é a ressecção cirúrgica do processo estilóide, seja por via externa ou intra-oral. A via intra-oral é a mais rápida e não deixa cicatriz externa, porém não possibilita visualização completa das estruturas adjacentes ao processo estilóide, e apresenta maior risco de contaminação. A via externa, por cervicotomia alta, determina melhor exposição, e menores índices de morbidade, sendo relatada como via de escolha para tratamento cirúrgico da Síndrome de Eagle.

 

CONCLUSÃO: A síndrome de Eagle deve ser considerada em todo paciente com sintomas cérvico-faríngeos crônicos, deve-se conduzir com avaliação clínica completa e estudo radiológico. O tratamento cirúrgico é a melhor forma de conduzir os casos e tem resultado eficaz e definitivo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-611

TÍTULO: SINDROME DE EAGLE: RELATO DE CASO E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

AUTOR(ES): ANA ADELINA GIANTOMASSI DELLA TORRE , IVAN SINS MACEDO, ANA CRISTINA LANFRANCHI ASPRINO, MARCIA MARIA DIAS, LAYLA MENDES FARIA, OSVALDO VINÍCIUS BIILL PRIMO, EDMIR AMÉRICO LOURENÇO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA JUNDIAI

INTRODUÇÃO:

A síndrome de Eagle é caracterizada por uma série de sinais e sintomas faríngeos e cervicais associados a apófises estilóides alongadas maior que 30 mm ou calcificação do ligamento estilo-hióideo. A incidência varia de 4 a 28% e apenas 4 a 10,3% são sintomáticos. A sintomatologia desta síndrome pode ser manifestada numa forma clássica que surge após uma tonsilectomia ou numa síndrome estilocarotídea sem este antecedente cirúrgico.

A sintomatologia inclui: dor faríngea recorrente, cefaléia, otalgia, odontalgia, dor cervical, facial, em língua e ao longo das artérias carótidas interna e externa, sendo que, durante dor severa pode ocorre perturbação visual, tontura e síncope. Além disso, há graus variados de disfagia, odinofagia, disfonia, sialorréia, hipoacusia, restrição dos movimentos cervicais, sensação de corpo estranho na garganta e trismo.

A estiloidectomia é o tratamento mais efetivo e satisfatório, podendo ser realizado por acesso transoral ou extraoral.

 

OBJETIVO:

O propósito deste estudo é relato de um caso e conhecer a Síndrome de Eagle, suas causas e saber diagnosticar corretamente essa entidade no meio de tantas outras patologias com sintomas semelhantes, através de exame clínico diferencial.

 

RELATO DE CASO:

No presente trabalho, analisaremos um caso no qual a paciente, após 2 anos de tonsilectomia, iniciou dor constante na garganta à direita associada a sensação de corpo estranho e otalgia, piora na deglutição, após procurar vários profissionais da saúde, foi diagnosticada a síndrome através da história clinica e  exames radiológiocos, tratada cirurgicamente através de acesso transoral, com melhora da sintomatologia.

 

CONCLUSÃO:

Em muitos casos devido a infreqüente observação clínica e pelos sintomas descritos serem vagos, os profissionais desvalorizam a possibilidade do paciente ser portador dessa entidade. Normalmente alguns sintomas relatados pelo paciente podem ser facilmente confundidos com outras patologias orais, sendo assim o diagnóstico desta condição requer percepção e vigilância.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-612

TÍTULO: SINDROME DE HAMSAY HUNT

AUTOR(ES): ELAINE MARIA PRANDEL, JOSÉ FERNANDO POLANSKI, TECHARLES JOHN CZELUSNIACK, ANA AMÉLIA SOARES TORRES, HIGOR DE ASSIS FREITAS, DAVI DEQUECHE FERREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Ramsay-Hunt é definida por paralisia facial periférica acompanhada de um rash eritematoso e vesicular no pavilhão auricular ou na boca, causado por herpes zoster. Alguns estudos sugerem que o tratamento com aciclovir e prednisona possa melhorar o prognóstico. Descreveremos o caso de um paciente masculino com esta síndrome que obteve grande melhora com tratamento com prednisona e aciclovir associada à fisioterapia.

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é descrever e analisar as manifestações clínicas da Síndrome de Ramsay Hunt, através de um relato de caso, especialmente suas alterações otorrinolaringológicas e correlacioná-las à literatura médica corrente.

RELATO DO CASO: Paciente JB, referindo otalgia a direita há 8 dias seguindo com paralisia facial há 5 dias, associados à tontura, sudorese e otorréia. No momento da consulta sem otalgia, com alívio da tontura. Paciente sem antecedentes mórbidos pregressos e sem comorbidades. Ao exame apresentando paralisia facial periférica grau 2-3, lesões vésico-crostosas em pavilhão auricular direito, otoscopia com leve hiperemia da membrana timpânica direita.

RESULTADOS: Paciente foi medicado com prednisona 60 mg/dia por 7dias com redução gradual da dose em mais 7 dias, Aciclovir 400 mg 5 x dia por 7 dias além de colírio lubrificante para os olhos e fisioterapia motora facial. Retornou 5 dias após atendimento inicial com sinais de infecção secundária na ferida sendo prescrito pomada com antibiótico e corticóide. Ao fim de 3 semanas de acompanhamento apresentou melhora total da paralisia e remissão das feridas no pavilhão auricular.

CONCLUSÃO: O tratamento da Síndrome de Ramsay Hunt, por ser uma infecção herpética, mostra o aciclovir como uma boa opção terapêutica, em doses que variam de 1 a 4 gramas diários, além da corticoterapia e de medicações sintomáticas e gotas oculares lubrificantes. O acompanhamento desses pacientes até a regressão dos sinais e sintomas é fundamental, além de uma abordagem multiprofissional da paralisia facial periférica, com a participação do médico otorrinolaringologista, fisioterapeutas e fonoaudiólogos

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-613

TÍTULO: SÍNDROME DE KARTAGENER

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, WELLIGTON LUÍS MAGALHÃES, CLAUDEMIR BRAGANÇA RODRIGUES, LILIAN R. C. REZENDE

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Kartagener (SK) é uma doença autossômica recessiva rara, com uma incidência genética estimada de 1/25.000. Enquadra-se no grupo das Discinesias Ciliares Primárias (DCP). Na sua forma completa é caracterizada pela tríade: pansinusite crônica, bronquiectasias e situs inversus com dextrocardia.

OBJETIVO: Apresentar um quadro clássico de Síndrome de Kartagener em uma criança, do sexo masculino, além de fazer uma breve revisão na literatura sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente do sexo masculino, com 6 anos de idade, branco, natural e procedente de Natividade(RJ), admitido no serviço de emergência pediátrica do Hospital São José do Avaí (HSJA) em Itaperuna/RJ com quadro clínico de febre, tosse produtiva e taquidispnéia. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, hidratado, acianótico e anictérico. Orofaringe hiperemiada com secreção espessa e mucopurulenta. Otoscopia normal. Aparelho respiratório com murmúrio vesicular diminuído em ambas as bases, com presença de roncos e sibilos difusos e tiragem subcostal à inspeção. Aparelho cardio-vascular com ritmo cardíaco regular em dois tempos com bulhas normofonéticas, sem sopros e íctus cordis palpável à direita. História patológica pregressa de otite média aguda aos seis meses de idade, rinossinusites e pneumonias de repetição. Para melhor elucidação do quadro solicitamos uma Radiografia simples e Tomografia Computadorizada de tórax que demostraram dextrocardia, pneumonia com derrame pleural bilateral, situs inversus totallis, pansinusite e bronquiectasias.

RESULTADOS: O paciente foi hospitalizado, recebendo terapêutica com antibióticoterapia endovenosa, drenagem do derrame pleural com toracocentese bilateral e fisioterapia motora e respiratória. O paciente permaneceu em observação, com melhora progressiva do quadro clínico.

CONCLUSÃO: A Síndrome de Kartagener é uma patologia rara e de grande importância. O diagnóstico baseia-se na tríade clínica clássica e através do exame de microscopia eletrônica, com a identificação das alterações microtubulares sendo descritos seis tipos de alterações. Um exame de triagem utilizado é a dosagem do óxido nítrico nasal, que nas DCP encontra-se diminuído. O prognóstico depende do diagnóstico precoce e do seguimento clínico multidisciplinar adequado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-614

TÍTULO: SÍNDROME DE KARTAGENER: APRESENTAÇÃO DE UM CASO

AUTOR(ES): CAMILA DE ALMEIDA GARCIA , CHRISTIAN MIRANDA, FÁBIO EDUARDO CARAMANTE PIZZINI, FÁBIO TADEU DE MOURA LORENZETTI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA DE SOROCABA ? GRUPO BOS

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Kartagener é um subgrupo da discinesia ciliar primária, com incidência estimada em 1/25.000. É uma patologia hereditária de caráter autossômico recessivo que afeta igualmente ambos os sexos e cursa com a tríade: pansinusite crônica, bronquiectasia e situs inversus. A alteração do transporte mucociliar resulta em doença crônica com acometimento do trato respiratório superior e inferior. O diagnóstico pode ser determinado através da microscopia eletrônica pela análise da ultra-estrutura do cílio, e por exames complementares.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar um caso da Síndrome de Kartagener.

RELATO DO CASO: F.D.A.A., 29 anos, sexo masculino, comerciante. Procurou o Ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital Oftalmológico e Otorrinolaringológico de Sorocaba ? Grupo BOS, com queixa de obstrução nasal intensa há 20 anos, acompanhada de prurido nasal, espirros em salva, cefaléia frontal e dores na face. Relatou halitose e cacosmia eventual. Negava rinorréia, queixas otológicas e de orofaringe. Paciente negava outras comorbidades e uso de medicações contínua, apenas referiu ser portador de dextrocardia. A rinoscopia verificou-se a presença de rinorréia hialina, septo com leve desvio oblíquo não obstrutivo à direita, hipertrofia e edema de mucosa de conchas nasais inferiores 2+/4+. A nasofibroscopia flexível evidenciou desvio septal oblíquo para direita, conchas nasais inferiores com mucosa levemente degenerada, massas de aspecto polipóide em meatos médios bilateralmente e secreção fluida amarelada em meato médio esquerdo. Perante os achados, o paciente foi submetido a antibióticoterapia com Claritromicina por 14 dias, corticoterapia sistêmica, lavagem nasal com soro fisiológico e corticóide tópico nasal. Foi solicitado tomografia computadorizada de seios paranasais onde evidenciou presença de material com densidade de partes moles em seios maxilares, etmóide anterior e parte do etmóide posterior bilateralmente, além de espessamento de mucosa esfenoidal. Já com a hipótese de Síndrome de Kartagener foi solicitado espermograma, tomografia computadoriza de tórax e abdome para comprovação de situs inversus. No resultado do espermograma verificou-se volume, viscosidade, aspecto, pH e velocidade de liquefação normais, porém apresentou mobilidade espermática total no ejaculado e espermatozóides/ml inferiores aos parâmetros normais. A tomografia computadorizada de tórax e abdome confirmou situs inversus cardíaco, de estruturas vasculares, fígado, vesícula biliar e baço. O paciente foi submetido a polipectomia e pansinusectomia bilateral. Diante do quadro clínico, exames complementares e anatomo patológico, verificou tratar-se de um paciente com Síndrome de Kartagener. Atualmente o paciente encontra-se no oitavo mês de pós-operatório e sem queixas.

CONCLUSÃO: O caso descrito caracteriza uma patologia crônica de vias aéreas superiores, comprometendo nariz e seios paranasais, e presença de situs inversus. Os exames complementares de tomografias computadorizadas de tórax, abdome e seios paranasais, juntamente com o espermograma caracterizaram o diagnóstico de Síndrome de Kartagener.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-615

TÍTULO: SÍNDROME DE KARTAGENER: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ICLÉA LAGOEIRO CORRÊA, LEONARDO CALDEIRA SOUSA, MARIANA MIGUEL FRAGA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA-UNIMONTES

INTRODUÇÃO: Síndrome de Kartagener é caracterizada clinicamente por situs inversus,bronquiectasias,sinusite crônica e infertilidade no sexo masculino.Tem incidência aproximada de 1:25.000.É subclasse da discinesia ciliar primária.

DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente sexo feminino,36 anos,feoderma,admitida no pronto atendimento do Hospital Universitário Clemente de Faria.Ao exame,hipocratismo digital,ausculta cardiopulmonar:ictus palpável no quarto espaço intercostal à direita e crepitações bilateralmente.História pregressa de bronquite,pneumonias e sinusopatia de repetição;hipoacusia,hiposmia e secreção amarelada em fossas nasais.Histórico familiar de leucemia,plaquetopenia e bronquite.Rx e tomografia tóraco-abdominal confirmaram dextrocardia com situs inversus totalis e bronquiectasias à esquerda.Durante internação,queixou-se de cefaléia frontal tipo peso,tosse produtiva e rinorréia purulenta.TC de seios da face mostrou unidades óstio meatais alargadas;cavidades nasais preenchidas por tecido mole sem aumento dos cornetos;velamento dos seios maxilares,etmoidais,frontais e esfenoidais.A avaliação otorrinolaringológica evidenciou:otoscopia?membranas íntegras e opacas.Audiometria?perda condutiva leve em ouvido esquerdo,limiares dentro da normalidade à direita.Imitanciometria?curva tipo Ar à esquerda,tipo A à direita.Reflexos ausentes.Videonasoendoscopia?hipertrofia de cornetos nasais inferiores,mucosa hipocorada,secreção muco-purulenta em fossas nasais e rinofaringe,degeneração polipóide de cornetos médios,desvio de septo anterior para direita.Diante da apresentação,foi feito diagnóstico de Síndrome de Kartagener.

DISCUSSÃO: Os primeiros casos de DCP foram relatados por Siewert,e por Gunther como bronquiectasias e situs inversus.Em 1933,Kartargener descreveu a tríade.Aproximadamente 50% dos pacientes com DCP apresentam-se com situs inversus.No caso descrito,a paciente apresentava,dextrocardia,situs inversus totalis,tosse produtiva,rinorréia muco-purulenta,polipose nasal,audiometria e imitânciometria sugestivas de otite média serosa.O diagnóstico de certeza é dado por meio da microscopia eletrônica.No presente caso,exames complementares,juntamente com a apresentação clínica,caracterizaram grau máximo da Síndrome de Kartagener.O diagnóstico precoce oferece melhores tratamentos e controle da progressão.O diagnóstico diferencial deve ser feito com doenças que podem apresentar quadro clínico semelhante ao da DCP.O tratamento inclui medidas gerais,acompanhamento permanente,imunizações da infância,tratamento prolongado com antibióticos e fisioterapia respiratória.Alguns pacientes também podem ser beneficiados por cirurgia endoscópica nasossinusal.O controle da função auditiva requer atenção ao tratamento da otite média e também a realização de audiometria,para avaliar a possibilidade de perda.Podem ser necessários timpanostomia e adenoidectomias.A maioria dos pacientes evoluem com bom prognóstico e expectativa de vida normal.O prognóstico é dependente do diagnóstico precoce e do segmento clínico.O presente estudo ressalta a necessidade de o médico otorrinolaringologista estar sempre atento à possibilidade diagnóstica,nos casos de rinossinusites de repetição associada com polipose nasal e otite média recorrente,complementando a investigação diagnóstica com TC de tórax e abdome para detecção de dextrocardia ou situs inversus totalis.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-616

TÍTULO: SÍNDROME DE ORTHNER

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, EUGÊNIO CARLOS DE ALMEIDA TINOCO, LEANDRO LINHARES LOURES, RAFAEL GUIMARÃES CERQUEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: A paralisia de prega vocal está associada a algum acometimento do nervo vago ou do laríngeo recorrente, desde o forame jugular até a entrada da laringe. Essa patologia possue diversas etiologias e quando a lesão é unilateral, há um maior acometimento da prega vocal esquerda. Os pacientes do sexo masculino são os mais acometidos, com predomínio entre a sexta e sétima décadas de vida.

OBJETIVO: Apresentar um caso de Síndroma de Orthner, em um homem adulto, além de fazer uma breve revisão na literatura sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar um caso clínico de um paciente masculino, negro, motorista, com 65 anos, procurou nosso serviço com queixa de disfagia, disfonia e tosse persistente há, aproximadamente, dois anos. Relatava tabagismo pesado e etilismo por 30 anos, tendo cessado há um ano. Negava comorbidades. Laringoscopia indireta prejudicada pela intenso reflexo nauseoso, não sendo visulializada as cordas vocais. O paciente foi então submetido à videolaringoscopia direta que revelou paralisia de corda vocal esquerda e presença de um nódulo em terço médio de corda vocal direita. De forma a esclarecer a etiologia do quadro apresentando, o paciente foi submetido à exames complementares.

RESULTADOS: Na investigação etiológica solicitou-se uma radiografia simples do torax que revelou a presença de um nódulo pulmonar à direita e uma grande dilatação ao nível da aorta torácica. Para melhor elucidação do caso, foi realizada uma Tomografia Computadorizada de tórax e abdome, onde visualizou-se um volumoso aneurisma de aorta torácica, já na classificação de úlcera de aorta torácica, com hematoma intramural, exercendo compressão sobre o nervo laringeo recorrente esquerdo. O paciente foi encaminhado ao serviço de Cirurgia Vascular do HSJA e submetido a tratamento endovascular com endoprótese e transposição carotídeo-subclávia, encontrando-se ainda em acompanhamento e em reabilitação da função vocal com fonoterapia.

CONCLUSÃO: A paralisia de corda vocal deve ser considerada não como um diagnóstico final, mas como um sinal patológico a ser investigado. Várias podem ser as causas, as quais são classificadas de acordo com a localidade da lesão ou etiologia. Os aneurismas torácicos são mais raros que os da aorta abdominal e podem causar paralisia de corda vocal secundária a lesão do nervo laríngeo recorrente por compressão (síndrome de Orther), sendo mais comum o acometimento unilateral esquerdo da prega vocal devido o trajeto mais longo do nervo recorrente esquerdo e por sua relação com o ducto arterioso. A anamnese e o exame laringoscópico confirmam o diagnóstico de paralisia de corda vocal. O paciente deve ser investigado com exames complementares e análise multiprossifional para elucidar a etiologia dessa disfunção laríngea.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-617

TÍTULO: SINDROME DE ORTNER: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LORENA GONÇALVES RODRIGUES , GISELE VIEIRA HENNEMANN KOURY, FRANCISCO XAVIER PALHETA NETO, JOYCE DE OLIVEIRA LIMA, MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: Aneurisma de aorta torácica descendente é a causa mais comum de doença da aorta torácica. Sua principal etiologia é a doença aterosclerótica, podendo ser secundários também a trauma torácico fechado, infecção ou doenças do tecido conectivo. Os aneurismas de aorta descendente, em função da sua localização anatômica no tórax, tendem a evoluir de forma assintomática e, quando presentes, os sintomas estão relacionados à rotura, à dissecção ou ao acometimento de estruturas adjacentes. A paralisia de prega vocal decorre da lesão do nervo vago ou de seus ramos, podendo levar a alterações das funções que requerem o fechamento glótico. Tais lesões comprometem a inervação laríngea em qualquer ponto da trajetória do nervo vago, desde a medula oblonga, até suas terminações na laringe, podendo acarretar paresia ou paralisia uni ou bilateral. Pode ainda ser resultado de lesão central. Os pacientes podem apresentar disfonia - quando há acometimento do nervo laríngeo recorrente, insuficiência respiratória, episódios hemoptóicos ou hemoptise secundários ao comprometimento pulmonar e disfagia ou hematêmese no comprometimento esofágico. Sua incidência de dez casos por 100.000 habitantes/ano tende a aumentar, em virtude do aumento da expectativa de vida da população brasileira. Tosse persistente, disfagia e disfonia podem sugerir paralisia de prega vocal secundária a lesão do nervo recorrente por compressão, caracterizando a Síndrome de Ortner. A confirmação diagnóstica inclui tomografia computadorizada do tórax e exames endoscópicos de laringe.

OBJETIVO: Relatar um caso de paralisisa de prega vocal unilateral e aneurisma de aorta torácica, diagnosticado no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, no ano de 2010.

RELATO DE CASO: Paciente M.A.P, 65 anos, compareceu a atendimento medico otorrinolaringológico queixando-se de disfonias, tosse seca e dispnéia a médios esforços há dezoito meses. Exame físico sem alteração. Videolaringoscopia paralisisa de prega vocal esquerda em posição paramediana e medialização de banda ventricular ipsilateral. Tomografia computadorizada do tórax sugeriu: desvio da traquéia para direita, aorta alongada e ectásica com placas de ateroma calcificado, dilatação aneurismática da aorta em suas porções ascendente, descendente medindo cinco centímetros em seu diâmetro transverso, além de aumento das dimensões cardíacas.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Casos de paralisia de prega vocal são frequentes na rotina otorrinolaringologica. Não devemos contudo esquecer de etiologias menos frequentes. A Síndrome de Ortner é um importante diagnostico diferencial a ser considerado. A atuação multidisciplinar e o trabalho conjunto com cardiologistas e cirurgiões vasculares foram fundamentais neste caso.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-618

TÍTULO: SÍNDROME DE RAMSAY HUNT APÓS OTOPLASTIA

AUTOR(ES): MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA , JACINTO DE NEGREIROS JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS - BRASÍLIA

A Síndrome de Ramsay (SRH) é uma afecção rara caracterizada por paralisia facial periférica, erupção no pavilhão aurticular e sintomas vestibulococleares. É provocada pela reativação do vírus varicela zoster (VVZ) no gânglio geniculado do nervo facial.  Descrevemos um caso da síndrome em criança submetida à otoplastia bilateral que apresentou paralisia facial periférica no pós-operatório tardio. A criança teve diagnóstico precoce e recebeu tratamento com aciclovir e corticóide oral, apresentando remissão completa do quadro. A Síndrome de Ramsay Hunt é uma doença infreqüente na população pediátrica e deve-se ter um alto índice de suspeição, haja vista as formas frustas ou atípicas que são mais frequentes nas crianças.  É fundamental o acompanhamento pós-operatório próximo nas cirurgias otorrinolaringológicas e cérvico-faciais, pois os procedimentos cirúrgicos podem ser fatores desencadeantes da síndrome. Tratamento precoce com aciclovir e corticoterapia pode melhorar a taxa de recuperação da paralisia facial.

Palavras chave: Síndrome de Ramsay Hunt, paralisia facial periférica, varicela zoster, otoplastia.

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TRABALHO CLÍNICO

P-619

TÍTULO: SÍNDROME DE SJÖGREN, AFECÇÃO RARA NA INFÂNCIA

AUTOR(ES): RICARDO LANDINI LUTAIF DOLCI , GISELE ANDREIA YAMASHITA, IVO BUSSOLOTI FILHO, CRISTINA PENÓN GONÇALVES, RITA DE CÁSSIA SOLER, BIANCA MARIA LIQUIDATO

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SAO PAULO

A síndrome de Sjögren (SS) é uma afecção sistêmica inflamatória crônica, auto imune, que acomete principalmente as glândulas exócrinas, em particular as salivares e as lacrimais. As glândulas afetadas são destruídas por infiltrados linfocitários, levando a redução da produção da lágrima e saliva.

A síndrome pode ocorrer isolada (SS primária) ou em associação com outra doença autoimune (SS secundária). Na infância, a síndrome de Sjögren é rara e frequentemente não é diagnosticada, pois nesta faixa etária a doença é inespecífica e se instala de maneira insidiosa, dificultando o diagnóstico.

O diagnóstico é baseado em achados clínicos (história, exame físico e alterações laboratoriais), podendo apresentar achado histológico de infiltração linfocítica com envolvimento glândula salivar demonstrando evidencia histológica da SS.

Os critérios europeus modificados pelo grupo de consenso Americano europeu (EULAR) publicados em 2002, em adultos, são baseados em sintomas oculares, sintomas orais, componentes oftalmológicos (teste de Schimmer e/ou teste de Bengala), componentes orais (sialometria e/ou sialografia), componente histológico (biopsia) e componentes imunológicos (fator antinuclear, anti Ro ou anti La, fator reumatoide), quatro dos seis critérios caracterizam a síndrome de Sjögren primária.

Os casos relatados nessa faixa etária vêm demonstrando diferenças do quadro clínico significativas em relação aos adultos.

Acompanhamos 2 casos em nosso serviço com diferentes quadro clínicos, encaixamos nos critérios EULAR e comparamos com outros estudos para verificar a necessidade de critérios diagnósticos para crianças.

Em nosso estudo verificamos a história, realizamos exames laboratoriais, Schimmer, sialometria e biopsia de glândulas salivares menores.

A parotidite de repetição que é a manifestação clinica mais freqüente em crianças, não  apareceu em nenhum dos casos inicialmente, apenas no primeiro caso a parotidite ocorreu durante a evolução da doença. O achado clinico inicial de ambos casos descritos foram a artralgia.

Aplicando o critério EULAR podemos observar que a paciente 1 apresenta quatro dos seis critérios: sintoma ocular, sintoma oral, anticorpos positivos e biopsia de glândulas salivares, já a paciente 2 apresenta três critérios: sintoma ocular, sintoma oral e anticorpos positivos, ou seja,  a paciente 1 pelos critérios de EULAR teria o diagnostico de SS e a paciente 2 não.

Podemos concluir que não há teste ou critério diagnóstico aceito como definitivo para doença.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-620

TÍTULO: SÍNDROME DE VOGT KOYANAGI HARADA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): HELLEN YUMI YAMAGUTI , ANA PAULA SERRA, ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES, ANNA CAROLINA MARQUES PERRELLA, ANDRÉ FERNANDO SHIBUKAWA, LUCIA JOFFILY, FERNANDO FREITAS GANANÇA

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTONEUROLOGIA - UNIFESP ? ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

Síndrome de Vogt Koyanagi Harada é uma desordem auto-imune que afeta órgãos que contêm melanócitos como olhos, sistema nervoso central, pele e orelha interna. Apresenta predominância em pacientes do sexo feminino, de etnia asiática, indiana e em latino americanos. O manejo envolve abordagem multidisciplinar e apesar de rara, é uma entidade que deve ser considerada no diagnóstico diferencial das patologias que compartilham sinais e sintomas oftalmológicos, vestibulares e otológicos. O diagnósticos e tratamento prececes são decisivos no prognóstico do paciente. Apresentamos o relato de caso de uma paciente de 28 anos de idade, com história de um ano de uveíte, zumbido, hipoacusia e vertigem.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-621

TÍTULO: SÍNDROME DE WAARDENBURG TIPO 1: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RAFAELA AQUINO FERNANDES LOPES , SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, LUCAS MOURA VIANA, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, GUSTAVO SUBTIL MAGALHÃES FREIRE, JULIANO MOLINA PELLICANO, ISNALDO PIEDADE DE FARIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA ? HUB/UNB

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Waardenburg é uma condição autossômica dominante caracterizada por perda auditiva neurossensorial, segmentos de despigmentação cutânea e capilar (?albinismo parcial?) e heterocromia da íris. A patogênese da síndrome ainda não está inteiramente estabelecida, mas acredita-se que está ligada a defeito de migração das células da crista neural, que dão origem a melanócitos, componentes sensoriais de nervos cranianos e espinhais, entre outras estruturas. Outras alterações como lateralização dos cantos mediais palpebrais (no tipo 1), anormalidades nos membros, doença de Hirschprung ou defeitos neurológicos são achados que a definem em diferentes subgrupos. A Síndrome de Waardenburg apresenta 60% de incidência de perda auditiva neurossensorial congênita uni ou bilateral, sendo que na síndrome de Waardenburg tipo 1, 28% dos pacientes apresentam surdez bilateral e apenas 8% unilateral, como no caso em questão. Pode envolver seis diferentes genes, PAX3, MITF, EDN3, EDNRB, SOX10 e SNAI2 em incidências variadas. A síndrome gera estigmas sociais pelo fenótipo característico e é de diagnóstico relativamente fácil.

OBJETIVO: Relatar um caso de Síndrome de Waardenburg tipo 1, marcado por surdez neurossensorial profunda, heterocromia da íris e lateralização dos cantos mediais palpebrais.

RELATO DO CASO: LSRC, 11 anos, sexo feminino, com quadro de anacusia à direita, notada desde os quatro anos de idade. Nega otalgia, otorreia ou zumbidos. Apresenta episódios mensais de vertigem esporádica e cefaléia. Sem antecedentes perinatais relevantes, com desenvolvimento psicomotor normal.  Ao exame físico apresentava telecanto, heterocromia da íris, epicanto bilateral, sobrancelhas espessas com sinofre  e manchas mongólicas. Presença de disartria e dificuldade no entendimento da fala do examinador. Exame otorrinolaringológico sem alterações. Exames complementares: à audiometria, orelha esquerda dentro dos padrões da normalidade e orelha direita com perda neurossensorial profunda. Potenciais Evocados de Tronco Encefálico (PEATE) sugerem integridade do tronco encefálico à esquerda, sem resposta à direita. Emissões Otoacústicas Transientes e Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção nas freqüências de 750 a 8000 Hz presentes na orelha esquerda e ausentes à direita. Tomografia e Ressonância Nuclear Magnética de mastóides sem alterações ou formações expansivas.

CONCLUSÃO: Por seu caráter autossômico dominante, a síndrome de Waardenburg exige acompanhamento próximo e multidisciplinar não só do indivíduo acometido, mas da família, a fim de se permitir o correto desenvolvimento pré-lingual e escolar da criança, além de permitir o aconselhamento genético dos indivíduos em idade fértil.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-622

TÍTULO: SÍNDROME DE WOODHOUSE-SAKATI - RELATO DE CASOS

AUTOR(ES): GUSTAVO HENRIQUE MARQUES DE SÁ , DANIEL PAIVA DE OLIVEIRA, MAXIMIANO DA FRANCA TRINETO, THEYLIANE GADELHA MOREIRA, SÉRGIO HENRIQUE DE MEDEIROS, PEDRO GUILHERME BARBALHO CAVALCANTI, JOSÉ DINIZ JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PEDRO CAVALCANTI / UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

INTRODUÇÃO: Síndrome rara autossômica recessiva causada por mutação no gene C2ORF37 com 27 casos relatados na literatura, caracterizada por alopecia, retardo mental, hipogonadismo, diabetes mellitus, deficiência auditiva, alterações eletrocardiográficas, desordem extrapiramidal, occipito plano, face triangular, cabelos finos e ralos, hipertelorismo frontal, leve e curto e sobrancelhas escassas.  Outras características são a fissura palpebral, raiz nasal proeminente, má oclusão dentária, palato alto e arqueado.

OBJETIVO: Relatar síndrome rara e descrever os achados e correlacionando-os com aspectos audiológicos encontrados, comparando-os com os descritos por outros autores.

METODOLOGIA: Foram avaliados 02 casos, R.E.S, 29 anos e M.V.S, 36 anos, no Hospital Universitário Onofre Lopes ? UFRN em parceria com a Clínica Pedro Cavalcanti em Natal/RN, em dezembro de 2009, realizando-se avaliação clínica, hormonal, imagiológica, e audiológica através de audiometria tonal liminar, logoaudiometria, imitanciometria e potenciais evocados auditivos do tronco encefálico.

RESULTADOS: Observou-se que as pacientes eram irmãs, de uma família cujos pais são primos em segundo grau. Foram observados, respectivamente em R.E.V e M.V.S., retardo mental de grau moderado, alopecia, hipodesenvolvimento de caracteres sexuais secundários com ovários não visualizáveis e úteros diminuídos de volume à ultra-sonografia (USG) de abdome total. Tireóides diminuídas de volume à USG. Glicemia de jejum de 162 e 144 mg/dL (elevadas), TSH = 6,4 e 7,1 µIU/mL (elevados), FSH = 48,3 e 41,4 miliUI/mL (elevados), T3 = 1,42 e 6,14 (elevado) ng/mL, Cortisol = 33,1 e 26,4 µg/mL (elevados), Prolactina = 13 e 11 ng/mL e níveis de E2-Estradiol inferiores a 20 pg/mL (baixos). Perda auditiva neurossensorial de grau profundo bilateralmente em M.V.S. e perda auditiva neurossensorial bilateral de grau leve a moderado em R.E.S., nas freqüências entre 250 e 8000 Hz à Audiometria Tonal Liminar. R.E.S apresentou Limiar de Reconhecimento de Fala ou Limiar de Inteligibilidade de 40 dB à direita e 35 dB à esquerda, com Índice Percentual de Reconhecimento da Fala de 72% com 80 dB à direita e 68% com 75 dB à direita para monossílabos, sendo ausentes em M.V.S à Logoaudiometria. Ambas com curvas tipo ?A?, com Reflexos Contralaterais ausentes bilateralmente à Impedanciometria. Os Potenciais Evocados Auditivos do Tronco Encefálico indicou integridade das vias retrococleares bilateralmente em R.E.S. e presença de pequeno atraso da onda III à direita e sugestivo distúrbio da condução eletrofisiológica das vias retrococleares bilateralmente em M.V.S..

CONCLUSÃO: Casos fiéis às descrições dos demais na literatura, sugerindo síndrome que aparece nos casos de consangüinidade continuada entre familiares (até o segundo grau de parentesco). As alterações hormonais e correlatas metabólicas da transição entre a segunda e a terceira década de vida, parecem influenciar no aparecimento da perda auditiva. Associado ao retardo mental, surge o baixo desenvolvimento da linguagem e conseqüente má compreensão verbal, evidentes nas avaliações clínicas e audiológicas. Deve-se considerar as alterações da condução nervosa do nervo vestíbulo-coclear em suas eferências tronco-encefálicas, sugestivas de uma alteração do desenvolvimento de tais vias pela síndrome genética.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-623

TÍTULO: SÍNDROME DO AQUEDUTO VESTIBULAR ALARGADO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MILTON PAMPONET, WASHINGTON ALMEIDA, WILSON GAMA JÚNIOR, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI, LARISSA SALOMÃO PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: A Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA) é caracterizada por um alargamento do aqueduto vestibular associado a uma perda auditiva neurossensorial, algumas vezes mista, que pode ser congênita ou adquirida na infância. Foi descrito pela primeira vez por Valvassori e Clemis em 1978 e sua incidência varia de 1% e 1,3%, podendo chegar a 7% dependendo da população examinada. 1,2 O Aqueduto Vestibular Alargado pode ocorrer como uma anomalia isolada ou em associação com outras malformações da orelha interna. 3 A SAVA pode estar associada com a Displasia de Mondini e mais recentemente com a Síndrome de Pendred. Entretanto a etiologia da mesma permanece desconhecida, sendo necessário realizar em crianças, o diagnóstico diferencial para disacusia neurossensorial, que deve ser feito com as doenças infecciosas congênitas ou adquiridas. Além disso, outras causas devem ser pesquisadas como a metabólica, ototoxicidade, doenças autoimunes, traumáticas, vascular e hereditárias.4 RELATO DE CASO: M.A.M.A, sexo masculino, 36 anos, pardo, natural e procedente de Feira de Santana ? BA, com história de hipoacusia progressiva à direita há 30 anos. Refere ter realizado primeira audiometria há 15 anos, onde foi evidenciado perda auditiva à direita, sem causa definida, evoluindo sem acompanhamento otorrinolaringológico até então.Iniciou acompanhamento no ambulatório de otologia do serviço de residência medica de otorrinolaringologia, onde foi realizado nova audiometria que evidenciou anacusia em ouvido direito. Dessa forma, seguiu-se a investigação com exames de imagem que evidenciaram aqueduto vestibular alargado a direita. No momento o mesmo encontra-se em acompanhamento ambulatorial. DISCUSSÃO: Enquanto o restante da orelha está completamente desenvolvido ao nascimento, o aqueduto vestibular e o saco endolinfático são imaturos e pequenos. Assim que a fossa craniana posterior se expande, o AV e o saco endolinfático aumentam rapidamente em tamanho e alcançam maturidade por volta dos 4 anos de idade.4 Inicialmente foi pensada que a perda auditiva permaneceria inalterada durante toda a vida. Posteriormente percebeu-se que a perda auditiva poderia flutuar ou deteriorar progressivamente5, podendo iniciar-se algumas vezes por traumatismos na cabeça6 Cirurgias do saco endolinfático foram realizadas em pacientes com deficiência auditiva progressiva congênita, porém não foram consideradas eficazes 3 .  Alguns poucos estudos tem considerado o uso de implante coclear como uma opção para o paciente com SAVA desde que sejam portadores de deficiência auditiva neurossensorial severo-profunda ou profunda.7 Dessa forma, a SAVA é uma entidade clínica que deve fazer parte do diagnóstico diferencial das disacusias neurossensoriais e mistas progressivas. Pois o diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que permite tratamento reabilitador favorável como o implante coclear.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-624

TÍTULO: SÍNDROME DO AQUEDUTO VESTIBULAR ALARGADO: RELATO DE UM CASO

AUTOR(ES): LUIZ CARLOS ALVES DE SOUSA , PEDRO RANGEL PEREZ, THAILISE GIROTO FERREIRA DA SILVA, FERNANDA MARRA MARTINEZ, JAYSON PEIXOTO MACHADO, ABÍLIO VILELA DE MORAES NETO, ALINE BRAZ DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, ASSOCIAÇÃO PAPARELLA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO: A síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA), descrita por Valvassori e Clemis em 1978, é caracterizada pelo alargamento congênito do aqueduto vestibular, constituindo-se da mais prevalente má formação da orelha interna. A incidência de SAVA está entre 1% e 1,3%, podendo chegar a 7% dependendo da população examinada. A SAVA pode se apresentar como uma hipoacusia sensorioneural ou mista, de aparecimento súbito, progressivo e flutuante, e estar associada a sintomas vestibulares. O diagnóstico é realizado por Tomografia Computadorizada (TC) dos ossos temporais e Ressonância Magnética (RM) da orelha interna.A SAVA é admitida como resultado de uma anormalidade genética no desenvolvimento do aqueduto vestibular anterior à quinta semana de gestação podendo estar associada com Displasia de Mondini, Síndrome de Pendred e alargamento do canal semicircular lateral.

OBJETIVO: Relatar um caso de Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado de grandes proporções.

METODOLOGIA: G.S, 39 anos, sexo feminino. Portadora de hipoacusia progressiva em orelha esquerda há três anos. Nega tinnitus ou vertigens. Otoscopia normal. A+I: rebaixamento severo/profundo dos limiares psicoacústicos em OE. Ausência de resposta no PEATE em OE (cliques de 90 dBNA). RM das orelhas internas revela aqueduto vestibular extremamente alargado.

RESULTADOS: Levando-se em consideração a queixa da paciente e o resultado dos exames audiológicos, a hipótese diagnóstica inicial era de lesão retrococlear (schwannoma vestibular?). No entanto, o exame de RM das orelhas internas e fossa posterior demonstrou a presença de imagem compatível com alargamento do aqueduto vestibular de grandes proporções, cuja apresentação tardia e unilateral, não é a mais freqüente.

CONCLUSÃO: Demonstrar a possibilidade da apresentação atípica da síndrome do alargamento do aqueduto vestibular no diagnóstico diferencial de perdas auditivas unilaterais.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-625

TÍTULO: SÍNDROME DO CARCINOMA NEVÓIDE DE CÉLULAS BASAIS - RELATO DE CASO

AUTOR(ES): JÚLIO CÉSAR GARCIA DE ALENCAR , SARAH HANNA DE CARVALHO ANDRADE, RAFAELA MAGALHÃES VILLAS BÔAS, SUYANE BENEVIDES FRANCO, DÉBORA JUAÇABA CAVALCANTE, FELIPE DAMASCENO FONTENELLE LEITE CAMPOS, LIA BARROSO SIMONETTI GOMES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO: A Síndrome do Carcinoma Nevóide de Células Basais (SCNCB) ou de Gorlin-Goltz foi relatada pela primeira vez em 1894 por Jarish, entretanto, somente em 1960, houve um delineamento detalhado por Gorlin e Goltz. Trata-se de um distúrbio genético autossômico dominante, com prevalência estimada de 1:60. 000 na população geral, de alta penetrância, com expressividade variada, raro e bastante subdiagnosticado.  As principais manifestações clínicas da SCNCB incluem múltiplos carcinomas basocelulares (CBCs), palato arqueado, depressões palmo-plantares, cistos odontogênicos, calcificações ectópicas da falx cerebri, macrocefalia relativa, hipertelorismo, retardo mental e anormalidades esqueléticas como costelas bífidas ou achatadas.

OBJETIVO: O presente trabalho objetiva relatar um caso de SCNBC, alertando para o diagnóstico de uma síndrome comumente subdiagnosticada e discutindo os aspectos terapêuticos cirúrgicos como alternativa para paciente acometido com múltiplos CBCs.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 26 anos, admitido no Serviço de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina do Hospital Universitário Walter Cantídio para exérese de múltiplas lesões de pele, a primeira surgida há 14 anos. Há três anos, submeteu-se à ressecção de cisto maxilar, cuja biópsia revelou cisto odontogênico. Ao exame físico, foram evidenciadas numerosas lesões nódulo-ulceradas assimétricas com bordas irregulares sugestivas de CBC (acima de 30), predominantemente na face, embora houvesse lesões no tórax, pescoço e ombros. Foi observado também região palmar hiperceratótica com depressões cupuliformes e palato excessivamente arqueado.

DISCUSSÃO: Foi realizada a excisão cirúrgica das lesões, com fechamento preferencialmente primário, no entanto algumas regiões apresentavam lesões maiores e em regiões de difícil fechamento, sendo feita à reconstrução por meio de retalhos (uso do retalho de Tripier na pálpebra inferior esquerda e Mustardé na região malar esquerda). O exame histopatológico do material evidenciou carcinomas basocelalulares, apresentando margens livres, sugerindo assim, que não haveria recidivas tumorais. O diagnóstico foi confirmado segundo os critérios descritos por Kimonis e outras manifestações sugestivas dessa síndrome.

Excetuando-se casos com manifestações oncológicas agressivas, a SCNBC apresenta um bom prognóstico. Porém, convém lembrar que por se tratar de um distúrbio genético, faz necessário acompanhamento médico periódico.

CONCLUSÃO: O paciente apresentou excelente cicatrização e bom resultado estético.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-626

TÍTULO: SINTOMAS NASOSSINUSAIS COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DE SARCOMA GRANULOCÍTICO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): MANUELA DOWSLEY ARCOVERDE , FABIANA SPERANDIO DE ARAÚJO, FLÁVIA RAFAELA BATISTA GOMES, ÉLCIO DUARTE DE LIMA, FRANCISCO TIAGO BARROSO CHAGAS, DAMIÃO FABRÍCIO MANGUEIRA DE SOUZA, RAQUEL FERRAZ CORNÉLIO NOGUEIRA

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA DO INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL FERNANDO FIGUEIRA - IMIP

O termo sarcoma granulocítico (SG) designa um raro tumor sólido composto de agregados de precursores granulocíticos imaturos em sítios extramedulares. A lesão geralmente ocorre durante o curso natural da leucemia mielóide aguda (LMA) ou após sua remissão, mas também pode ocorrer sem envolvimento de doenças hematológicas. O SG primário manifesta-se mais comumente na pele e linfonodos, a mama e os seios da face têm sido relatados como locais incomuns de SG. Relata-se o caso de uma mulher de 54 anos que foi atendida inicialmente com sintomas rinossinusais à direita, sendo descobertos posteriormente dois nódulos mamários, sem doença hematológica concomitante.  A Tomografia Computadorizada de seios da face mostrando velamento de células etmoidais e seio maxilar direitos e ausência de destruição óssea ou de estruturas adjacentes, junto ao quadro inicial de lacrimejamento, cefaléia persistente e obstrução nasal persistentes levaram a um diagnóstico inicial de rinossinusite que, por falta de resposta ao tratamento clínico, teve indicação de sinusectomia. O diagnóstico de sarcoma granulocítico foi obtido mediante estudo anatomopatológico e imuno-histoquímico da peça operatória. A posterior revisão de lâmina das lesões mamárias, inicialmente diagnosticadas como carcinoma lobular, levou ao diagnóstico de uma mesma doença (SG) com apresentação simultânea em dois raros sítios de acometimento. A paciente fez tratamento quimioterápico com remissão dos sintomas sinusais com exame de videonasofibroscopia e tomografia sem evidências de recorrência da patologia. Quando o SG se apresenta na mama ou em seios da face, o erro diagnóstico é um problema comum. O diagnóstico pode ser dificultado, principalmente nos casos sem acometimento sistêmico, nos quais os exames de imagem e as manifestações clínicas pouco diferem de outras doenças.

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TRABALHO CLÍNICO

P-627

TÍTULO: SINUS PRÉ-AURICULAR: ANÁLISE DE 07 CASOS

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CARLOS ROBERTO BALLIN, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, GABRIEL GONÇALVES DIAS, GUILHERME SACHET

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO

O sinus pré-auricular pode ser esporádico ou parte de síndromes envolvendo outros sistemas orgânicos e déficit auditivo.

A maioria dos pacientes é assintomática durante toda a vida, porém, em alguns casos pode haver queixa de drenagem através do orifício cutâneo.

É descrita na literatura uma abordagem cirúrgica clássica denominada sinectomia simples, com exploração cirúrgica guiada pela visualização direta ou pela palpação local. A abordagem supra-auricular, outra técnica cirúrgica descrita, preconiza uma ressecção mais ampla. Pode ser usado azul de metileno para identificação do trajeto fistuloso. Para esta abordagem, são encontradas menores taxas de recidiva ( 3,7% contra 19 a 40% para a técnica clássica ).

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é levantar o perfil dos pacientes atendidos e operado no serviço de ORL no período de janeiro de 2005 a junho 2010 devido a sinus pré-auricular.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram coletados dados através de contato direto com cada paciente e avaliação de prontuários. Foram incluídos casos operados pelo serviço de ORL, de janeiro de 2005 a junho de 2010. Os parâmetros avaliados foram idade, sexo, queixas pré-operatórias, presença de déficit auditivo associado e recidivas pós-cirúrgicas em uma análise retrospectiva incluindo 07 casos.

RESULTADOS

Dentre os 7 casos analisados, 3 são do sexo feminino e 4 do masculino. A idade média em que foi realizada a cirurgia foi de 26,85 anos. A queixa mais comum foi a drenagem de secreção purulenta através da abertura do sinus na pele, referida por 42,8% dos pacientes. Nenhum dos casos incluídos na análise tinha queixa de hipoacusia.

Recidivas pós-operatórias foram relatadas em 2 casos.

DISCUSSÃO

A maioria das queixas encontrada para os casos avaliados foi a drenagem purulenta através da fístula cutânea, representando 42,8% de todas as queixas. Outras foram: abscesso, drenagem crônica e drenagem de material fétido. Na literatura, a apresentação mais freqüente é unilateral e à direita estando de acordo com o encontrado.

A idade de aparecimento das queixas relacionadas ao sinus variou entre 08 e 41 anos com uma discreta prevalência no sexo masculino.

Em nossa casuística, não foi percebida a presença de perda auditiva em nenhum dos pacientes estudado. O único caso analisado que apresentava sinus bilateral, não referiu queixa de hipoacusia. Encontramos 28,5% de pacientes com recidiva da fístula pré-auricular e necessidade de re-intervenção.

CONCLUSÃO

Apesar de ser uma entidade clínica que se apresente de forma assintomática na maioria dos casos, o sinus pré-auricular pode evoluir com complicações para as quais o tratamento cirúrgico pode ser indicado. É necessário ter em mente as doenças associadas e orientar o paciente quanto à necessidade de avaliação auditiva e procura de acometimento de outros sistemas, por exemplo, através do encaminhamento ao nefrologista para avaliação renal em caso de ausência de sintomas sistêmicos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-628

TÍTULO: SINUSITE ASPERGILAR COM BOLA FÚNGICA

AUTOR(ES): DANILO RODRIGUES CAVALCANTE LEITE , ISELENA CLAUDINO BERNARDES, LORENA SOUSA OLIVEIRA, RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

INTRODUÇÃO:  A sinusite é afecção relativamente comum, afetando de forma intermitente aproximadamente 20% da população. A doença fúngica dos seios paranasais, entretanto, é considerada rara. Tem sido observado aumento dramático no número e diversidade dos casos relatados nas últimas duas décadas, parcialmente justificado pela popularização das terapias de longa duração com antibióticos de amplo espectro e corticóides, assim como o aumento do número de indivíduos imunodeprimidos. A sinusite fúngica é entidade que, por sua incidência crescente, tem merecido cada vez maior destaque entre as afecções do trato respiratório superior. Distinguem-se quatro apresentações clínicas desta entidade: aspergiloma ou "bola fúngica", sinusite fúngica-alérgica, extra-mucosa ou lentamente invasiva e rapidamente invasiva ou fulminante. Considerando o grande número de espécies de fungos que podem ser patogênicos para o homem, somente pequeno número tem sido relatado como agente causal de infecções nos seios paranasais. Os mais comuns são: Aspergillus sp., Candida sp., Mucor sp., Alternaria sp., Cladosporium sp., Penicillium sp. e Fusarium sp3.     A colonização intracavitária aspergilar (aspergiloma, bola fúngica) é freqüente ao nível do meato médio e do seio maxilar. O Aspergillus fumigatus é o agente usual, raramente o A. niger é o fungo isolado. Três são os principais fatores predisponentes: primeiro, diminuição da resistência da mucosa, devido à sinusite bacteriana crônica, freqüentemente complicada por pólipos; segundo, adaptação de um fungo a um hospedeiro em que a flora bacteriana foi eliminada e terceiro, obstrução mecânica nasal e (ou) sinusal impedindo a drenagem adequada.

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente, 30 anos, mulher, branca, solteira, natural e procedente de Patos-PB, portadora de sinusite crônica desde os 20 anos. Trabalha como vendedora em loja de tecidos há 5 anos. Encaminhada a serviço de atenção básica com bom estado geral, consciente, orientada, dispneica, apresentando quadro febril cursando com rinorreia não purulenta, de aspecto aquoso, associado à edema e inflamação de seio paranasal direito. Realizaram-se hemograma completo e TC de crânio, com destaque para massa em seio paranasal direito, com hipótese primária de foco maligno. Encaminhada para Hospital Napoleão Laureano, referência para cancerologia na PB, onde realizou biópsia e citologia para a massa, com ausência de malignidade. A posteriori, encaminhada para o Hospital Universitário Lauro Wanderley, onde foi realizada ressecção da massa, com odor fétido e líquido amarelo-esverdeado na região,  detectando-se de bola fúngica por Aspergillus na biópsia. Paciente tratou-se com Anfotericina B no pós-cirúrgico e permaneceu em uso contínuo de Itraconazol 400mg/dia por 2 anos. Paciente segue em acompanhamento há 2 anos, sem sinais de complicações ou recidiva.

DISCUSSÃO: Apresentamos um caso de sinusite fúngica com aspergiloma em seio paranasal, uma entidade rara. A sinusite fúngica é uma doença com várias formas de apresentação e, além do diagnóstico etiológico fúngico, é fundamental a identificação do tipo de sinusite fúngica encontrado, pois a abordagem terapêutica varia conforme a forma apresentada. Para esta identificação, necessitamos da associação de diferentes métodos diagnósticos, que são a endoscopia nasal, a tomografia computadorizada, o exame macroscópico da secreção, o exame direto e a cultura em meio adequado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-629

TÍTULO: SIRINGOMA CONDRÓIDE DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO

AUTOR(ES): MÁRCIO EDUARDO BROLIATO , EDUARDO DE ANDRADE ATKINSON, MAURÍCIO SCHREINER MIURA, GERALDO DRUCK SANT'ANNA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO: Siringoma condróide ou adenoma pleomórfico de glândulas ceruminosas é um tumor cutâneo benigno raro, com prevalência de aproximadamente 0,01% dos tumores primários de pele. Oitenta por cento dos siringomas condróides é encontrado em idosos, sendo duas mulheres para cada homem e comumente na região da cabeça e pescoço e a maioria em face e nariz. Localizações raras são troncos e extremidades. As lesões possuem entre 0,5 e 3 cm e são firmes e aderentes à pele, mas distinguível das demais estruturas.

Relatamos um caso de siringoma condróide de aparecimento em conduto auditivo externo.

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente de 45 anos com lesão nodular de bordas lisas obstruindo totalmente o conduto auditivo externo (CAE) esquerdo. TC de ouvidos demonstrando tecido hipodenso de aspecto nodular obstruindo totalmente o CAE com íntima relação com membrana timpânica, sem outras alterações. Audiometria com limiares normais e gap de 5 dB em ouvido esquerdo. Realizada ressecção cirúrgica simples da lesão e enviada para anatomopatológico. Diagnóstico compatível com siringoma condróide.

DISCUSSÃO: Foi descrito pela primeira vez por Billroth em 1859 como um tumor com as mesmas características do tumor misto de glândulas salivares. O termo siringoma condróide foi primeiramente usado por Hirsch e Helwig em 1961. Acredita-se que deriva de glândulas ceruminosas. Sua origem constitui uma mistura de células epiteliais e mesenquimais com origem écrina e apócrina.

O primeiro relato de siringoma condróide de conduto auditivo externo foi feito por Mark e Rothberg em 1951; após, somente poucos casos foram relatados. Embora raro, a incidência de siringoma condróide entre lesões de pele parece ser maior que previamente imaginado. Ele apresenta crescimento lento e indolor. Entretanto, há relatos de uma forma maligna, com crescimento rápido, ulceração e necrose.

O diagnóstico é normalmente retrospectivo, baseado na confirmação histológica. O diagnóstico diferencial inclui cisto sebáceo, cisto dermóide, neurofibroma, dermatofibroma, carcinoma basocelular, carcinoma escamoso, pilomatrixoma e histiocitoma.

O tratamento é realizado com excisão cirúrgica completa com margem de tecido normal, à semelhança do adenoma pleomórfico de glândulas salivares. Recidiva é associada a uma incompleta remoção ou à presença de tumor satélite. Acompanhamento é indicado em casos de excisão incompleta ou evidência de malignidade. Radioterapia coadjuvante é indicada na presença de características adversas ou atipias.

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TRABALHO CLÍNICO

P-630

TÍTULO: STRESS: A DOENÇA DO MILÊNIO E SÍNDROME VESTIBULAR: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

AUTOR(ES): CARLOS AUGUSTO FERREIRA DE ARAUJO, MARY LAURA GARNICA VILLAR, FAUSTO REZENDE FERNANDES, MARIANA RODRIGUES DE SOUZA GOMES, MICHELA ROCHA DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS

INTRODUÇÃO: a vertigem é um dos sintomas mais relatados em consultas médicas e serviços de pronto-atendimento. Por isso, uma anamnese detalhada e um exame físico minucioso são necessários para que sejam estabelecidas hipóteses diagnósticas e diagnósticos diferenciais, direcionando assim a conduta e tratamento do paciente, visto que são inúmeras as causas da síndrome vestibular. É mais predominante em adultos e idosos, mas pode ser observada em qualquer faixa etária. Os sintomas clássicos incluem a tonteira, vertigem, náuseas, vômitos, zumbidos. A sociedade competitiva em que todos estamos inseridos, bem como as atividades cotidianas estressantes a que estamos submetidos nos faz crer que indivíduos inseridos em tais circunstâncias, sob estresse constante,  podem somatizar tal efeito sob a forma de tonteiras, vertigens e seus comemorativos, levando a uma síndrome vestibular, configurando assim a vestibulopatia por estresse.  

OBJETIVO: abordar os aspectos  principais sobre a vestibulopatia periférica e correlacionar  dados associando  entre stress e síndrome  vestibular  após   critérios   de  inclusão e exclusão para investigação.

MÉTODOS: realizado análise de prontuários de pacientes com sintomas de vestibulopatia no período de janeiro a dezembro de 2008, sendo que de todos os analisados, foram selecionados prontuários de 84 pacientes, entre eles homens e mulheres, com idade entre 24 a 63 anos de acordo com critérios de inclusão e exclusão para investigação para vestibulopatia por estresse.

RESULTADOS:  observamos que o stress (100%), tontura/vertigem (100%), ansiedade (82,1%), tensão muscular (97,6%) e depressão (71,4%) foram os mais relatados pelos pacientes. Pela avaliação pode-se excluir distúrbio vestibular central. A proposta de tratamento baseada em atividades sociais e físicas, fisioterapia, tratamento psicológico e medicamentoso com benzodiazepínico e ansiolítico obteve resposta, com melhora de 90,4% dos sintomas dos pacientes pesquisados.

CONCLUSÃO: o diagnóstico do estresse e vestibulopatia muitas vezes são sugeridos já na anamnese, porém a investigação clínica é necessária para excluir patologias afins. Observa-se que o Stress é a doença do milênio e o Otorrinolaringologista deve estar preparado para atender o paciente no limite de seus sintomas. O conhecimento e o domínio desta síndrome abreviam o sofrimento do paciente e aponta para o melhor tratamento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-631

TÍTULO: SULCO VOCAL: EVIDÊNCIA DE HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE

AUTOR(ES): TATIANA MARIA GONÇALVES, REGINA HELENA GARCIA MARTINS, ELAINE LARA MENDES TAVARES, ROBERTO BADRA DE LÁBIO, DANILO MORETTI-FERREIRA, RENATA MIZUSAKI IYOMASA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP/ DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

Introdução - Sulco vocal é lesão laríngea rara, apresenta-se como depressão linear sobre a mucosa, estendendo-se ao longo de sua superfície vibratória. Tem profundidade variável e pode ser uni ou bilateral. A etiologia dos sulcos vocais é controversa, podendo ser adquirida (secundária a processos inflamatórios, seqüela iatrogênica ou atrofia) ou congênita (defeitos embrionários). Descrevemos a presença de sulco vocal em quatro indivíduos de uma mesma família, evidenciando a origem congênita e genética da lesão. Casuística e Métodos - O projeto foi aprovado pelo do comitê de ética. Foram atendidos quatro indivíduos de uma mesma família com disfonia, submetidos à videolaringoestroboscopia, à analise vocal perceptivo-auditiva (escala GRBASI) e vocal acústica (software Multi-Dimensional Voice Program-MDVP). Caso 1 ? MLM, 54 anos, rouquidão desde a infância, piora nos últimos quatro anos. Nega fatores predisponentes,intubação ou cirurgia laríngea. Exame videolaringoscópico mostrou sulco vocal em prega vocal direita. Avaliação fonoaudiológica: G1R1B1A0S1I1. Análise acústica ? Fo (197.627); % shimmer (2.777, % ); jitter (0.955); e NHR (0.148).Caso 2 ? AM, 30 anos, rouquidão desde a infância. Nega fatores predisponentes,intubação ou cirurgia laríngea. O exame videolaringoscópico mostrou sulco vocal bilateral. Analise fonoaudiológica: G2R2B2A0S2I1. Análise acústica - Fo (190.807, %); % shimmer (2.484); % jitter (0.852); NHR (0.112).Caso 3 ?LM, 12 anos, rouquidão desde criança. Refere abuso vocal, nega fatores predisponentes,intubação ou cirurgia laríngea. G2R2B2A0S2I1  Análise acústica - Fo (217.035); % shimmer (5.041); % jitter (0.737); NHR (0.121) .Caso 4 - DTM, 4 anos, rouquidão desde o primeiro ano de vida, sem fatores predisponentes. Refere abuso vocal esporádico. Exame de laringoscopia direta identificou sulco vocal em prega vocal direita e nódulos vocais bilaterais. G1R0B1A0S1I0. A análise acústica: Fo (313.412); % shimmer  (3.514); % jitter (1.838); NHR (0.093). Discussão - Sulcos vocais são classificados em: tipo I, ou fisiológico, tipo II ou estria maior (vergeture) ou estria menor e tipo III ou sulco bolsa. Nos subtipos II e III a disfonia é marcante, como evidenciado nos pacientes deste estudo, especialmente quando bilaterais, responsáveis por fendas glóticas e diminuição do movimento mucoondulatório. A etiologia dessas lesões é controversa. Norteia a hipótese congênita a descrição dessas lesões em gêmeos monozigóticos e em vários membros de uma mesma família, além de sua associação com outras lesões congênitas da laringe como cistos, pontes e microwebs. Neste estudo, os sulcos vocais foram detectados em quatro indivíduos de em três gerações de uma mesma família, o que sugere tratar-se de herança autossômica dominante. Todos os casos apresentavam rouquidão desde a infância, fortalecendo a hipótese de sua origem congênita. Conclusões - Apresentamos quatro familiares de três gerações de uma mesma família com diagnóstico de sulco vocal. Salientamos a importância da investigação genética e da avaliação videoendoscópica detalhada para confirmação diagnóstica.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-632

TÍTULO: SURDEZ SENSORIONEURAL BILATERAL PROGRESSIVA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LUIZ ALBERTO ALVES MOTA , PATRÍCIA MARIA DE ANDRADE LEITE BARROS, RAPHAEL BURLAMAQUI DE QUEIROZ, LARISSA MARIA DE OLIVEIRA, KATE MILLENA FERREIRA BARBOSA, JOSÉ RICARDO DO NASCIMENTO NETO

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO.

INTRODUÇÃO: A perda da capacidade auditiva, também denominada surdez ou disacusia, pode ser classificada conforme a localização em surdez de condução, sensorioneural ou mista, podendo apresentar-se unilateral ou bilateralmente, e com evolução súbita ou progressiva. A surdez do tipo sensorioneural contempla lesões que envolvem orelha interna ou órgão de Corti, até aquelas que abrangem desde o nervo coclear até os núcleos auditivos no tronco. Dentre as possíveis causas de surdez sensorioneural bilateral progressiva, podem-se destacar: parotidite, herpes, influenza, distúrbios vasculares, doenças infecciosas, ototóxicas, esclerose múltipla, surdez funcional, schwanoma vestibular, neurite do VIII par, otoespongiose coclear, presbiacusia e, ainda, causas auto-imunes.

OBJETIVO: Identificar a etiologia da surdez sensorioneural bilateral progressiva apresentada pela paciente.

METODOLOGIA: Paciente do gênero  feminino, 27 anos, branca, casada, servidora pública, procedente de Recife. Apresenta perda progressiva da audição e dificuldade de discriminar sons há cerca de 16 anos , com piora há aproximadamente  três anos, associada  à sensação de zumbido desde 2001. Aos 11 anos, foi diagnosticada, através de audiometria, com lesão auditiva bilateral sendo medicada com dexametasona injetável um ano. Aos 14 anos passou a usar aparelho auditivo binaural e refere que não houve progressão dos sintomas durante os 10 anos posteriores. Contudo, relata evolução da surdez desde 2007, sem aparente fator desencadeante e afirma ser o período atual o pior momento de sua perda auditiva. Refere piora da audição frente a situações de estresse ou emoções fortes e tontura mediante sons de elevada intensidade. Refere antecedente de parotidite epidêmica aos seis anos, bisavô paterno surdo desde a adolescência de etiologia desconhecida e avô paterno com surdez secundária à meningite; nega HAS e diabetes e apresenta exame otorrinolaringológico sem alterações.

Este relato de caso foi desenvolvido através da coleta da história clínica diretamente com a paciente e com bibliografia obtida através da pesquisa de artigos pelas bases de dados PubMed, LILACS, Bireme e Scielo, sendo usados os artigos publicados durante os períodos de 1994 e 2010. Os descritores usados foram surdez e perda auditiva que foram retirados dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).

RESULTADO: A procura por anticorpos antinucleares anti ? SM, anti-SSA, anti SSB e anti RNP e FAN foi negativa. As dosagens da glicemia e dos hormônios T4 e THS foram normais. Os anticorpos anti-herpes tipo I e II foram não reagentes. A sorologia para LUES VDRL foi negativa. Os exames laboratoriais não revelaram alterações. A paciente realizou RNM, a qual também se apresentou sem alterações.

CONCLUSÃO: A paciente foi submetida a vários exames laboratoriais, os quais mostraram valores normais. Diante disso, foi encontrada relativa dificuldade em ratificar a etiologia da disacusia. Entretanto, a partir da análise da paciente como um todo, através de uma anamnese completa e bem detalhada, há indícios de que a surdez progressiva bilateral tenha sido causada pela parotidite epidêmica relatada pela paciente. A suspeita foi reforçada pela exclusão de outras possíveis causas através dos exames complementares.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-633

TÍTULO: SURDEZ SÚBITA BILATERAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THEREZITA MARIA PEIXOTO PATURY GALVÃO CASTRO , LUCAS JOSÉ SÁ DA FONSECA, MARIA ELIZA ALENCAR NEMEZIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

A surdez súbita se caracteriza por uma perda auditiva súbita, tipo neurossensorial,  geralmente unilateral,  de causas discutidas, podendo-se destacar a etiologia infecciosa, vascular e tumoral, sendo está última o neurinoma do acústico,  consistindo de um crescimento fibroso anômalo não maligno originado no nervo vestibular, cujo  sintoma inicial pode ser a perda súbita da audição. O objetivo deste estudo é relatar um caso de surdez súbita bilateral de causa tumoral e vascular em épocas diferentes numa paciente idosa e fazer uma revisão da literatura sobre o assunto, visando a alertar para a importância do diagnóstico precoce do comprometimento auditivo e para o controle de patologias vasculares que possam repercutir na perda auditiva e assim negativamente na qualidade de vida do idoso.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-634

TÍTULO: SURDEZ SÚBITA BILATERAL: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RENATA MADDALENA MONTEIRO , ANTÔNIO JOSÉ DE CARVALHO NETO, ALEXANDRA TORRES CORDEIRO LOPES DE SOUZA, JÉSSICA GUIMARÃES GOMES SILVA, CAROLINA FONSECA JARLETTI, IGOR S. LUCENA, MARÍLIA VELOSO SARAIVA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO

Introdução: Surdez súbita é conceituada como uma perda auditiva neurossensorial maior ou igual a 30 dB em três freqüências contíguas, ocorrendo em um período de até três dias. Sua ocorrência é, na grande maioria dos casos, unilateral, sendo bilateral em 1 a 2% dos quadros (1). Acomete em média indivíduos entre 40 a 54 anos, não tendo preferência por sexo (2).  

Relato de caso: RNR, sexo masculino, 64 anos, compareceu em nosso ambulatório com quadro de hipoacusia bilateral, em evolução há 12 dias. Referiu que no início apresentou disacusia em orelha esquerda com normalidade em orelha direita. Procurou um serviço de Otorrinolaringologia em outro nosocômio, onde se realizaram audiometria tonal e vocal e impedanciometria, diagnosticando anacusia em orelha esquerda e normoacusia em orelha direita. Foi  prescrito  corticoterapia e vasodilatador orais pelo período de 14 dias. Após cinco dias do início dos sintomas evoluiu com hipoacusia em orelha direita. Como comorbidades possui Hipertensão arterial, Diabetes mellitus e Retocolite ulcerativa, estando em acompanhamento, em uso de Sulfasalazina. Em nosso ambulatório apresentava hipoacusia neurossensorial bilateral, vertigem e zumbidos, sendo acrescentado ao tratamento antiviral aciclovir e anti- vertiginoso betaistina dicloridrato, solicitado Ressonância Nuclear Magnética de mastóides com gadolíneo, uma nova audiometria e exames laboratoriais. Na Ressonância Magnética não apresentou alterações, afastando possibilidade de massas em região de ângulo ponto cerebelar. Na audiometria apresentou hipoacusia do tipo neurossensorial de grau severo a profundo em orelha direita e profundo em orelha esquerdal. Nos exames laboratoriais possuía todas sorologias negativas, inclusive anti-Borrelia, porém aumento em Proteína C Reativa (12,54) e na glicemia (310 mg/dl). Após quatro meses do início do quadro referiu discreta melhora em orelha direita, já conseguindo discriminar 60% dos sons em resultado obtido em novo exame audiométrico. Orelha esquerda mantém-se em anacusia.

Discussão: O fator infeccioso corresponde em geral à infecção viral, principalmente por Herpes vírus. Como causa vascular podem ocorrer trombose, embolia, isquemia ou vasoespasmo. A ruptura de membrana intracoclear cria um estado de hidropsia endolinfática ou produz surdez por descontinuidade da membrana intracoclear. No processo auto-imune podem ocorrer vasculites ou hidropsia endolinfática. No presente relato temos como possíveis causadores os fatores vascular e auto-imune, já que o paciente é portador de Hipertensão arterial, Diabetes mellitus e Retocolite ulcerativa na fase não ativa. A investigação foi baseada na anamnese, exame físico e audiométrico, exames laboratoriais e exames de imagem. O tratamento proposto foi corticoterapia e anti-virais, sem uma grande resolução do quadro. Ainda temos vasodilatadores, agentes hemorreológicos e diuréticos, oxigenoterapioa hiperbárica, dexametasona intratimpânica e timpanotomia exploradora em busca de fístulas perilinfáticas. Pode-se tentar também protetização e Implante Coclear.

Comentários Finais: A surdez súbita ainda constitui um grande desafio diagnóstico e terapêutico dentro da Otorrinolaringologia, permanecendo como uma urgência médica sem uma compreensão científica para suas causas e sem um tratamento baseado em evidências.

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TRABALHO CLÍNICO

P-635

TÍTULO: SUTURA INTERCRURA LATERAIS: ESTRUTURAÇÃO E DIMINUIÇÃO DO ÂNGULO DE DIVERGÊNCIA DOMAL NA RINOPLASTIA ENDONASAL SEM DELIVERY.

AUTOR(ES): ANDRÉIA FROTA , CEZAR BERGER, MARCOS MOCELLIN, ROGÉRIO PASINATO, JOÃO LUIZ GARCIA DE FARIA, JOÃO MANIGLIA, CAIO SOARES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL INSTITUTO PARANAENSE DE OTORRINOLATINGOLOGIA - IPO

INTRODUÇÃO: Diversas técnicas podem ser realizadas para melhorar a definição da ponta nasal como ressecção cartilaginosa, colocação de enxertos ou suturas.

OBJETIVO: Avaliar a sutura intercrura laterais realizada na cartilagem lateral inferior, através de rinosseptoplastia endonasal por técnica básica sem delivery, para diminuição do ângulo de divergência domal e consequente melhora na definição da ponta nasal.

MATERIAL E MÉTODO: Realizado estudo prospectivo com 62 casos nos quais foi confeccionada sutura no bordo cefálico da cartilagem lateral inferior na junção entre a cúpula e crus lateral, utilizando-se fio mononylon® incolor 4"0"com agulha curva cortante. O estudo foi realizado nos anos de 2008 e 2009.

RESULTADO: Em todos os casos foi atingida uma melhora na definição da ponta através da sutura intercrura lateral.

CONCLUSÃO: A sutura intercrura laterais da cartilagem lateral inferior diminui o ângulo de divergência domal, demonstrando uma melhor definição da ponta podendo ser realizada por rinoplastia endonasal sem delivery.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-636

TÍTULO: TÉCNICA COMBINADA ENDOSCÓPICA E EXTERNA PARA EXÉRESE DE PAPILOMA INVERTIDO

AUTOR(ES): ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA , RAÍSSA VARGAS FELICI, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, MARCOS MARQUES RODRIGUES, OSVALDIR PADOVANI JUNIOR, FAUSTO ANTÔNIO DE PAULA JUNIOR

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA-SP

DISCUSSÃO:

PI é um tumor benigno da parede nasal lateral e seios paranasais, com predomínio de incidência no sexo masculino, na quinta década de vida. Corresponde a 0,5 a 4% de todos os tumores nasais primários. É chamado de PI devido ao crescimento endofítico do epitélio superficial para o estroma subjacente. Existem diversas teorias que atribuem a sua origem a inflamação crônica, alergia, fumo e infecção viral (HPV). O principal sintoma descrito na literatura é obstrução nasal unilateral. Os outros sintomas mais frequentes são: rinorréia, cefaléia e epistaxe. Apesar de ser uma lesão benigna, o papiloma invertido é localmente agressivo, tem altos índices de recidiva e associação com carcinoma de células escamosas.

O tratamento de eleição é o cirúrgico, visando a exérese completa do tumor. Muitos cirurgiões adotam procedimentos radicais extras nasais como tratamento de escolha para estes tumores. Entretanto, com a evolução da técnica de cirurgia endoscópica endonasal, passou a haver muito debate a respeito de possíveis benefícios desta modalidade cirúrgica sobre abordagens mais tradicionais como rinotomia lateral e acesso via sublabial.

O índice de recidiva na literatura é descrito como sendo proporcional à exposição cirúrgica obtida pela via de acesso utilizada, resultante da exérese incompleta do tumor e maior extensão tumoral. O uso de radioterapia (RDT) é indicado em casos de lesões múltiplas recorrentes ou lesões benignas inoperáveis, com regressão total do tumor na maioria dos casos. Alguns indicam a utilização de RDT apenas na concomitância de carcinoma na peça cirúrgica. Outros afirmam ser ineficaz o uso de RDT e alertam quanto ao risco de transformação maligna resultante da irradiação.

CONCLUSÃO:

A melhor via de acesso cirúrgico para exérese do papiloma invertido é dependente do aspecto clínico do tumor. Deve-se utilizar a que obtenha a maior ressecção possível.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-637

TÍTULO: TÉCNICA DE TRIPIER: RECONSTRUÇÃO TOTAL DE PÁLPEBRA INFERIOR

AUTOR(ES): SARAH HANNA DE CARVALHO ANDRADE , JÚLIO CÉSAR GARCIA DE ALENCAR, FELIPE BARBOSA LIMA, SUYANE BENEVIDES FRANCO, YURI DE MORAES FACÓ, FELIPE DAMASCENO FONTENELLE LEITE CAMPOS, LIA BARROSO SIMONETTI GOMES

INSTITUIÇÃO: LIGA DE CIRURGIA PLÁSTICA E MICROCIRURGIA RECONSTRUTIVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO: O retalho bipediculado da pálpebra superior foi descrito por Tripier em 1888 e constitui-se uma opção importante para o tratamento de defeitos horizontais da pálpebra inferior. É composto por pele e músculo orbicular da pálpebra superior, transposto sob a forma de uma ponte. A rica vascularização, a manutenção de fibras musculares do orbicular e a semelhança de aspecto de tecidos são as principais vantagens do retalho miocutâneo da pálpebra superior. OBJETIVO: O presente trabalho objetiva mostrar a experiência do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade Federal do Ceará na reconstrução total de pálpebra inferior com retalho de Tripier. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 28 anos, admitido no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio para reconstrução total de pálpebra inferior, previamente lesionada após  exérese de CBC. O tratamento cirúrgico  foi realizado em dois tempos, utilizando-se a técnica de Tripier. No primeiro tempo cirúgico, realizado em 3 de março de 2010, sob anestesia geral, foi coletado enxerto de cartilagem conchal de  dimensões 3 por 0,6cm, realizou-se rafia do tarso inferior em extremidade da pálpebra superior com sutura  intradérmica com vicryl 6.0 e posterior aposição de enxerto de cartilagem com sutura em ligamentos cantais superior e inferior. Para cobertura de pele, confeccionou-se, então, um retalho bipediculado, composto por pele e músculo orbicular da pálpebra superior, transposto sob a forma de uma ponte, mantendo as fibras musculares do orbicular e a semelhança de aspecto de tecidos da área doadora, devido a sua rica vascularização (Tripier).  No segundo tempo cirúrgico, em 24 de março de 2010, sob anestesia local, foi realizada incisão dos pedículos do retalho de Tripier com síntese da área doadora com fio nylon 6.0 e confecção de pálpebra inferior com PDS 6.0. O paciente evolui sem intercorrências no pós-operatório. CONCLUSÃO: O reparo de lesões palpebrais deve ser realizado levando-se em conta a recuperação da função palpebral e a proteção do olho. A preocupação com o resultado estético desse tipo de procedimento faz que os cirurgiões tenham preferido a região periórbita e a pálpebra superior para a confecção de enxerto e retalhos, haja vista a semelhança da textura e do tom de pele com a área a ser corrigida. Retalhos de outras regiões cursam com maior tensão, o que tem mostrado um maior risco de alargamento da cicatriz e de surgimento de ectrópio. Dessa forma, percebe-se que o retalho de Tripier é uma opção viável para esse tipo de reparo, pois atende a todos os critérios acima, além de permitir a realização de enxerto cartilaginoso, o que garante maior estabilidade à pálpebra. Por tratar-se de um enxerto miocutâneo bipediculado, a técnica de Tripier garante uma irrigação abundante para o enxerto, e os feixes do músculo orbicular garantem uma maior sustentação para a pálpebra, reduzindo o risco de ectrópio. O retalho bipediculado da pálpebra superior constituiu-se uma ótima opção para o tratamento da lesão total de pálpebra inferior, relatada no presente caso, por ter possibilitado a correção da lesão e garantido um resultado estético e funcional satisfatório.

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TRABALHO CLÍNICO

P-638

TÍTULO: TERCEIRA IDADE E PRINCIPAIS QUEIXAS OTORRINOLARINGOLÓGICAS NO AMBULATÓRIO DA FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS ? RIO DE JANEIRO

AUTOR(ES): CARLOS AUGUSTO FERREIRA DE ARAUJO, MARY LAURA GARNICA VILLAR, FAUSTO REZENDE FERNANDES

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS

INTRODUÇÃO: o envelhecimento gera variadas alterações no organismo humano. O crescimento da proporção de idosos em relação à população geral representa uma mudança significativa nos padrões  demográficos nos países  desenvolvidos e ? em desenvolvimento?. Na Otorrinolaringologia, a procura de pacientes geriátricos por atendimento é muito comum, uma vez que as alterações otorrinolaringológicas fazem parte do processo de envelhecimento primário (mudanças que não aumentam diretamente a vulnerabilidade para a morte).  Verifica-se, portanto, a grande importância da percepção, diagnóstico e manejo adequado das deficiências nessa área do conhecimento médico, a fim de se obter  melhorias na qualidade de vida desses pacientes.

OBJETIVO: levantar as queixas mais frequentes nessa faixa etária.

MÉTODOS: através de um estudo retrospectivo, foram pesquisados 103 prontuários de pacientes idosos do ambulatório de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Petrópolis no período entre 2008 e 2009. Foram selecionados 55 prontuários que atendiam aos critérios de inclusão do trabalho.

RESULTADOS: dentre os prontuários selecionados, obtivemos resultados semelhantes aos da literatura mundial. As queixas mais prevalentes foram: hipoacusia (24,03%), zumbido (22,11%) e tonteira (17,30%). Outras queixas menos prevalentes foram: obstrução nasal, otalgia, prurido, cefaleia, epistaxe, rouquidão, anacusia, enjôo, otorragia, otorréia e retinopatia alérgica. Concordando com a literatura mundial, o presente trabalho demonstrou que os sintomas otorrinolaringológicos mais freqüentes na população idosa são: hipoacusia, zumbido e tonteira, nessa ordem.

CONCLUSÃO: pôde-se comprovar que dentre as queixas otorrinolaringológicas mais predominantes na terceira idade, interferem negativamente no cotidiano dos idosos não só no que concerne à relação interpessoal, mas também à relação destes com o meio em que vivem. O aumento da expectativa de vida ao nascer é uma realidade da nossa população. O idoso requer atenção e cuidados redobrados. As diversas queixas na área otorrinolaringológica necessitam de que o especialista amplie seus conhecimentos em geriatria.

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TRABALHO CLÍNICO

P-639

TÍTULO: TESTE ALÉRGICO EM PACIENTES MAIORES DE 55 ANOS. RESULTADOS E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, DANIEL ZENI RISPOLI, FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, RENATA BECKER, STEPHANIE SAAB

INSTITUIÇÃO: HOPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal, induzida pela exposição à alérgenos que, após sensibilização, desencadeiam uma resposta inflamatória mediada por IgE, resultando em sintomas crônicos ou recorrentes. O diagnóstico é basicamente clínico, mas métodos como o teste RAST podem auxiliar no diagnóstico

OBJETIVOS: Identificar nos pacientes alérgicos com mais de 55 anos quantos apresentaram teste RAST positivo para gramíneas, ácaros, poeira doméstica, epitélio de gato ou fungos; e determinar qual a classe de alergia destes pacientes submetidos ao teste RAST.

METODOLOGIA: Foram avaliados 83 prontuários de pacientes com idade superior à 55 anos atendidos entre o período de junho de 2009 a junho de 2010, na cidade de Curitiba. Pacientes com queixas alérgicas, triados com anamnese, exame físico e exame otorrinolaringológico. Todos os pacientes foram submetidos ao teste RAST

RESULTADOS: Dos 83 pacientes atendidos 65 (78,31%) tiveram agentes positivos para alérgenos testados no RAST e, 18 (21,68%) foram negativos. Dos pacientes positivos as classes mais frequentes de IgE foram, em ordem: classe I em 29 pacientes (44,61%); classe II em 11 pacientes (16,92%); classe III em 18 pacientes (27,69%); classe IV 7 em pacientes (10,76%)

CONCLUSÃO: O estudo mostra a relação positiva entre rinite alérgica e pacientes com idade superior a 55 anos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-640

TÍTULO: TESTE DA ACUIDADE VISUAL DINÂMICA ATRAVÉS DA AUTO-ROTAÇÃO CEFALICA ATIVA

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA, MARCOS ANTÔNIO LEAL DE LIRA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

Introdução:A acuidade visual dinâmica objetivamente avalia a acuidade visual central (foveal) através da auto - rotação cefálica. Estuda a correlação dos valores log Mar, convertendo escores de deficiência visual. Avaliar a acuidade visual é medir um limiar visual relacionado ao sentido das formas denominado ângulo visual (a).Objetivos: O trabalho consiste em analisar a acuidade visual central (foveal) através da autorotação  cefálica ativa, e determinar a especificidade do teste. Métodos:Foram testados 36 indivíduos normais, 26 sexo masculino e 10 feminino. Os movimentos cefálicos foram realizados nos planos horizontais e verticais nas frequências de 50, 100, 150 e 200°/s orientados por um bip de um metronomo acoplado ao sistema computadorizado da micromedical technologies, inc Vortec. O indivíduo foi posicionado a 3 metros do optotipoexibido no monitor, utilizando um sensor piezoeletrico para avaliação das freqüências de oscilações da cabeça resultados  31 indivíduos com alto desempenho foram classificados como tipo I e 5 indivíduos de baixo desempenho como tipo 2. O teste apresentou especificidade e acurácia de 86 %. O objetivo principal do teste na avaliação da acuidade visual dinâmica central (Foveal), permitiu traduzir o desempenho visuo-vestibular em escores de eficiência visual.A acuidade visual estática variou de logMAR ? 0,3 e 0,0. E o logMAR acuidade visual dinâmica variou de ? 0,3 e 1,0.O valor de AVD e AVE nas estimulações horizontais foramiguais em 11 indivíduos. No plano de estimulação vertical observou-se esta igualdade em 5 casos. Conclusão: A acuidade visual dinâmica em indivíduos normais permite correlacionar os valores obtidos da resolução visual a partir do logMAR, com outras formas de notação. Avaliando acuidade visual dinâmica central (foveal), permite que os escores obtidos são convertidos em eficiência visual. O teste apresentou especificidade de 86 %.

Key-words: acuidade visual dinâmica, auto-rotação cefálica ativa, Vortec , ângulo visual.

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TRABALHO CLÍNICO

P-641

TÍTULO: TESTE DE CONNECTICUT PARA ESTUDO DA PERCEPÇÃO OLFATÓRIA EM INDIVIDUOS NORMAIS: ESTUDO PRELIMINAR

AUTOR(ES): MARCELLO BAILARINI ANITELI , PABLO SOARES GOMES PEREIRA, RONNY TAH YEN NG, EULÁLIA SAKANO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP

INTRODUÇÃO: O olfato é um dos sentidos que quando alterado ou abolido pode ocasionar grande impacto na qualidade de vida. A percepção olfatória,  sua intensidade e qualidade dependem da integridade anatômica e fisiológica de todos os elementos que compõem a via olfatória. Fluxo aéreo nasal preservado, neuroepitélio olfatório íntegro e transmissão adequada do estímulo do sistema nervoso periférico até o córtex olfatório são fundamentais para o sentido da olfação. Dentre os testes disponíveis para a avaliação da percepção olfatória está o desenvolvido em Connecticut pelo CCCRC (Connecticut Chemosensory Clinical Research Center). Este teste é composto por duas partes, compostas pela pesquisa de limiar olfatório e identificação de odores. O teste de limiar é realizado utilizando diluições sucessivas de ácido butílico (1-butanol) como odorante. O uso desta substância tem sido utilizado por suas características de baixa toxicidade, solubilidade em água e odor específico e neutro. O teste de identificação usa a apresentação de itens naturais comuns em nossas atividades diárias.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é aplicar o teste de Connecticut em indivíduos normais, sem queixas olfatórias, a fim de estabelecer os parâmetros de normalidade e comparar estes resultados obtidos com os disponíveis em estudos realizados em outros países.

METODOLOGIA: O teste de Connecticut foi aplicado em 20 voluntários, todos sem queixas olfatórias. Os pacientes foram submetidos à avaliação otorrinolaringológica prévia, a fim de excluir aqueles que apresentavam alteração à rinoscopia anterior, como sinais de rinite alérgica, desvio septal e polipose nasossinusal. A idade dos indivíduos avaliados variou de 22 a 54 anos, mediana de 29 anos, com 9 homens e 11 mulheres.

RESULTADOS: Os resultados obtidos no teste de limiar olfatório mostraram a correta determinação do frasco com odorante (1-butanol) variou da concentração 6 a 9, com média de 7,45. A concentração 7 foi a mais comum (9 pacientes). Os resultados do teste de identificação mostraram a correta identificação de todos os itens testados, após apresentação de lista com quatro substâncias, dentre as quais aquela apresentada ao indivíduo.

CONCLUSÃO: Os resultados obtidos através do teste de Connecticut são similares aos obtidos em estudos anteriores para indivíduos normais. No estudo americano realizado em Connecticut (CCCRC) com 229 pacientes, os valores do teste liminar obtidos foram similares. Os resultados do teste de identificação foram melhores no estudo atual, que no estudo americano, fato este que pode ser atribuído ao menor número de indivíduos testados. Estes dados corroboram a sua aplicabilidade em nossos pacientes. Trata-se de método útil, de baixo custo e fácil execução, que pode ser realizado em consultório. Sua ampla aceitação como método para avaliação olfatória torna-o útil para fins de avaliação inicial e seguimento de indivíduos com disfunção de olfato.

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TRABALHO CLÍNICO

P-642

TÍTULO: TIMPANOESTAPEDOPEXIA: SERIA ELA UMA TIMPANOPLASTIA TIPO 3 NATURAL?

AUTOR(ES): LETÍCIA PETERSEN SCHMIDT ROSITO , FABIO ANDRE SELAIMEN, MAURICIO NOSCHANG DA SILVA, CRISTINA DORNELLES, INESANGELA CANALI, SADY SELAIMEN DA COSTA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE

INTRODUÇÃO

A otite média crônica caracteriza-se pela presença de alterações teciduais irreversíveis na fenda auditiva. Envolvidas nesta definição estão as retrações da membrana timpânica de graus moderado e severo que determinam erosão da cadeia ossicular e, conseqüentemente, perda auditiva condutiva. Estudos sobre as retrações timpânicas, no entanto, são escassos e muitas dúvidas ainda existem sobre a sua patogênese, seu prognóstico e, especialmente, sobre seu manejo. A timpanoestapedopexia é pouco freqüente e estudos sobre a intensidade da perda auditiva que ela ocasiona inexistem. Acreditamos que em muitos casos o seu funcionamento seria similar ao de uma timpanoplastia tipo 3.

OBJETIVO

O objetivo do presente estudo é determinar a prevalência de gaps aéreo-osseos significativos nas timpanoestapedopexias.

METODOLOGIA

Foram analisadas, prospectivamente, videootoscopias de 1091 pacientes com diagnóstico de otite média crônica entre agosto de 2000 e junho de 2010. As imagens digitais foram, posteriormente, analisadas, sempre pelo mesmo examinador, para diagnóstico. Foram analisados os dados de via aérea, de via óssea, gap e média tritonal (média da via aérea em 500, 1000 e 2000). Os dados coletados foram analisados no SPSS 12.0. Foram utilizadas tabelas de freqüência simples.Consideramos gaps aereo-ósseos significativos aqueles maiores ou iguais a 30 dBs.

RESULTADOS

Dos 1091 pacientes com OMC avaliados, apenas 36 tinham timpanoestapedopexia em pelo menos uma das orelhas. Destes pacientes, 55,6% eram do gênero masculino e 50% eram crianças. A média de idade dos pacientes incluídos foi de 26,69 anos.Quando avaliamos os gaps aéreo-ósseos, observamos que em todas as freqüências mais de 70% dos pacientes tinham gaps menores ou iguais a 25 dB. Quando consideramos a média nas freqüências da fala, 80,6% das orelhas com timpanoestapedopexia apresentavam  gaps menores ou iguais a 25dB.

CONCLUSÃO

A timpanoestapedopexia determinou gaps clinicamente não significativos na grande maioria dos pacientes avaliados. Vista apenas pelo ponto de vista funcional, uma timpanoplastia com reconstrução da cadeia ossicular  nesses casos não se justificaria, pois estas retrações se comportariam como uma timpanoplastia tipo 3 natural. Outros fatores  não avaliados nesse estudo como grau de progressão, capacidade de auto-limpeza e estado de orelha contralateral devem ser levados em conta na tomada de decisão.

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TRABALHO CLÍNICO

P-643

TÍTULO: TIMPANOPLASTIA: RESULTADOS CIRURGICOS E AUDIOMÉTRICOS

AUTOR(ES): BETTINA CARVALHO , EDGAR SIRENA, MAURICIO BUSCHLE, MARCOS MOCELLIN, ANNELYSE CRISTINE BALLIN, JULIANA BENTHIEN CAVICHIOLO, CARLOS HENRIQUE BALLIN

INSTITUIÇÃO: HC/UFPR

INTRODUÇAO: A timpanoplastia tem por objetivo reconstruir a membrana timpânica, restaurando a proteção à orelha media e melhorando a audição. Nesse estudo foram avaliados os resultados cirúrgicos e audiométricos dessa cirurgia, realizada no serviço de Otorrinolaringologia do HC/UFPR por residentes do 2o ano durante o ano de 2008, bem como alguns fatores que possam influenciar nos resultados. MATERIAL E MÉTODOS: estudo retrospectivo, através de analise de prontuários. RESULTADOS: dos 31 pacientes avaliados, houve fechamento da perfuração em 24 (80%) e melhora da audição com redução ou fechamento do gap condutivo em 60% e 26,7% respectivamente. DISCUSSÃO: a taxa de sucesso da cirurgia foi satisfatória, sendo similar a encontrada na literatura, sendo que fatores como idade, presença de patologia uni ou bilateral e tamanho da perfuração não foram fatores determinantes deste sucesso cirúrgico. CONCLUSÃO: a timpanoplastia realizada por residentes do 2o ano da residência mostrou resultados satisfatórios tanto cirúrgicos quanto audiometricos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-644

TÍTULO: TÍTULO: HIDROPSIA ENDOLINFÁTICA TARDIA

AUTOR(ES): MARIA LAURA SOLFERINI SILVA , ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES, ANDRÉ SHIBUKAWA, RICARDO CAVALCANTE, CÍCERO ALVES FERREIRA JUNIOR, MÁRIO SÉRGIO LEI MUNHOZ

INSTITUIÇÃO: UNIFESP - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

INTRODUÇÃO: A Hidropsia Endolinfática Tardia é uma patologia rara de causa infecciosa, traumática ou idiopática. É caracterizada por perda auditiva profunda unilateral inicialmente, tendo como manifestação tardia sintomas compatíveis com hidropsia endolinfática ipsi ou contralateral ao ouvido inicialmente afetado.

OBJETIVO: Relatar um caso de Hidropsia Endolinfática tardia, evidenciando as principais características desta patologia.

RELATO DO CASO: Paciente, sexo feminino, 36 anos, procurou o ambulatório da disciplina de Otoneurologia da Unifesp em dezembro de 2009 apresentando história de surdez profunda em orelha direita há 30 anos devido a processo infeccioso na infância. Evoluiu nos últimos 10 anos com episódios de tontura rotatória de moderada intensidade, com piora à movimentação cefálica, sendo acompanhada de zumbido, plenitude aural e perda auditiva flutuante em orelha sem doença pré-existente.  Os episódios se repetem semanalmente mantendo sensação de desequilíbrio nos intervalos intercrises.

CONCLUSÃO: Este foi um relato de caso de Hidropsia Endolinfática tardia, uma patologia rara a qual pode se manifestar de diversas maneiras cada qual com seu possível tratamento, porém ainda sim sendo um desafio. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-645

TÍTULO: TONSILECTOMIA EM CRIANÇA DE 8 MESES DE IDADE COM SAHOS DOCUMENTADA POR POLISSONOGRAFIA.

AUTOR(ES): LUCIANA PIMENTEL OPPERMANN , MOACYR SAFFER, RENATA LOSS DRUMMOND, CHÊNIA BLESSMANN GARCIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRIANÇA SANTO ANTÔNIO-COMPLEXO HOSPITALAR SANTA CASA/UFCSPA

INTRODUÇÃO: A apnéia obstrutiva do sono, inicialmente descrita por Guilleminaut et al. em 1975, constitui uma desordem da respiração no sono, com obstrução prolongada parcial e/ou intermitente completa da VAS, que interrompe a ventilação normal e os padrões normais do sono.  Estudos mostram que em crianças ela pode relacionar-se com prejuízo do crescimento, complicações cardiovasculares e alterações neurocomportamentais.

A idade pré-escolar, de 3 a 5 anos, apresenta maior incidência de SAHOS. A prevalência em pré-escolares e escolares é estimada em 1 a 3%. Não há dados sobre essa prevalência no Brasil.

A etiologia da SAHOS em crianças é multifatorial, mas está principalmente relacionada à hipertrofia adenotonsilar. A tonsilectomia ou adenotonsilectomia (AT) é eficaz em eliminar a obstrução da via aérea em 85% a 95% de crianças com SAHOS sem outras comorbidades.

Estudo realizado por Werle et al. com 94 pacientes entre 12 e 23 meses de idade submetidos à AT por SAHOS demonstrou ser a AT um procedimento seguro nessa faixa etária, embora com risco maior de complicações pós-operatórias e internação prolongada.  Há raros relatos na literatura de AT por SAHOS em crianças abaixo de 12 meses.

 

RELATO DE CASO: M.S., 6 meses, branco, atendido por neurologista por roncos e apnéias relatados pela mãe, com sono agitado, dificuldade para dormir e choro excessivo à noite. Aos 6 meses realizou polissonografia noturna (PSG), demonstrando Índice de Apnéia-Hipopnéia (AIH) de 7,6 EV/h, com apnéias obstrutivas e 3 centrais, SatO2 mínima de 89%, respiração bucal durante 73% do tempo dormido, tiragem inspiratória durante o sono, eficiência do sono diminuída em 68,8%, dificuldade em iniciar e manter o sono, com conclusão dos achados de SAHOS e DRGE. Ressonância Magnética Nuclear sem alterações, exceto obstrução parcial de orofaringe por hipertrofia de tecido tonsilar. Aos 8 meses, foi avaliado pela equipe de otorrinolaringologia do Hospital da Criança Santo Antônio. Apresentava hipertrofia tonsilar significativa (grau IV), sem outras alterações ao exame. Indicada tonsilectomia, realizada por dissecção a frio. As tonsilas apresentavam 2,5cm2 e 2,7cm2 respectivamente à esquerda e direita. Após 48h em regime de internação hospitalar, recebeu alta clinicamente estável, com via oral mantida. No pós-operatório tardio(3 meses) encontra-se com 12 meses de idade e assintomático, segundo a mãe.

 

DISCUSSÃO: Wiatrak et al. demonstraram que a AT em crianças abaixo de 3 anos de idade apresenta uma incidência  aumentada de complicações pós-operatórias, com dessaturação de oxigênio e obstrução transitória de VAS, além de desidratação precoce por vômitos, exigindo monitoração intensa. Sabe-se, entretanto, que o retardo no tratamento da SAHOS acarreta aumento da morbidade ao paciente. Estudos revelam conseqüências como falha de crescimento, cor pulmonale e alterações na cognição. Nosso relato mostra que a tonsilectomia realizada com técnica cirúrgica adequada e cuidadosa monitoração pós-operatória em criança menor de 12 meses, pode trazer resolução sintomática da SAHOS devido à hipertrofia tonsilar, com baixa morbidade pós-operatória.

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TRABALHO CLÍNICO

P-646

TÍTULO: TONSILECTOMIA FARÍNGEA E PALATINA: AVALIAÇÃO CLÍNICA E POLISSONOGRÁFICA DE CRIANÇAS COM EVOLUÇÃO DESFAVORÁVEL.

AUTOR(ES): MARCOS MARQUES RODRIGUES , MÁRCIA PRADELLA-HALLINAN, GUSTAVO ANTONIO MOREIRA, GABRIELA ALVES, ISRAEL ROITMAN, BEATRIZ BARBISAN, SÉRGIO TUFIK

INSTITUIÇÃO: DEPARTAMENTO DE PSICOBIOLOGIA. DISCIPLINA DE BIOLOGIA E MEDICINA DO SONO. UNIFESP

Introdução

A apnéia obstrutiva do sono (SAOS) foi descrita em crianças por Guilleminault em 1975. A tonsilectomia faríngea e palatina (A+A) é bem sucedida na eliminação da obstrução de vias aéreas em 85% a 95% de crianças com SAOS. A avaliação polissonográfica para avaliar a efetividade da A+A em crianças é recomendada pela Academia Americana de Pediatria em todas as crianças principalmente as crianças com risco de falha da A+A.

Objetivos

Avaliação da incidência de SAOS e alterações polissonográficas em crianças submetidas a tonsilectomia faríngea e palatina.

Materiais e Métodos

Estudo retrospectivo feito através da revisão de prontuário de 11097 crianças no período de fevereiro de 2003 a dezembro de 2008. Todas as crianças foram submetidas a polissonografia noturna, precedida questionários aplicado aos pais das crianças sobre a qualidade do sono, sintomas noturnos, comorbidades, hábitos de sono e higiene de sono. Desse total, 347 fizeram polissonografia como controle do pós-operatório de A+A por apresentarem evolução clínica desfavorável.

Resultados

Dentre as crianças no pós-operatório de A+A a média da idade foi de 7,34 ± 2,3 anos e 200 (53,2%) crianças eram do sexo feminino. Entre as crianças estudadas 283 (75,6%) apresentavam roncos, 147 (45,2%) relatavam sonolência diurna e 93 (24,8%) com dificuldade de aprendizado. Ao estudar as crianças que apresentavam dificuldade de aprendizado 76 (81,72%) apresentavam ronco habitual (p<0,001).

A média do IMC foi de 19,81 ± 6,02 no grupo operado contra 19,7 ± 18,4 no restante da amostra (p=0,891). O IAH médio foi de 1,86 ± 5,89 nas crianças submetidas a A+A contra 3,43 ± 10,74 (p=0,001). Entre as crianças estudadas após A+A 84 (21,92%) mantiveram o IAH compatível com SAOS.

Discussão

A cirurgia de tonsilectomia é o tratamento mais efetivo para SAOS em crianças. É efetiva em cerca de 90% dos casos. Em nossa casuística formada de crianças com polissonografia no pós-cirurgico 75% apresentavam roncos e em 21% apresentavam SAOS, ou seja, apesar do ronco ser bastante freqüente a SAOS apresenta um prevalência menor. O ronco primário é mais freqüente que a SAOS nesse subgrupo de pacientes. O sobrepeso não foi um importante fator causal de SAOS no pós operatório de tonsilectomia.

É importante notar que a sonolência diurna foi relatada em quase metade dos pacientes operados, a fragmentação do sono nesses casos pode ter como fator causal diferente da SAOS nesses pacientes. Observamos que cerca de ¼ dos pacientes apresentaram dificuldade de aprendizado. Sendo que a maioria dos pacientes com dificuldade de aprendizado apresentam ronco habitual.

Conclusão

A avaliação polissonográfica é indicada em crianças com evolução clínica desfavorável após a tonsilectomia. A presença de ronco primário é mais comum que a SAOS nesse subgrupo de crianças. O segmento pós-operatório a longo prazo é altamente recomendado nas crianças submetidas a tonsilectomia.

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TRABALHO CLÍNICO

P-647

TÍTULO: TONSILECTOMIAS EM ADULTOS: UM ESTUDO DE PREVALÊNCIAS E ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA.

AUTOR(ES): HELOISA NARDI KOERNER , FRANCISCO GROCOSKE, RENATA VECENTIN BECKER, KÁTIA APARECIDA PINTO, JORGE IDO MASSAAKI FILHO, MARCOS MOCELLIN

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS-UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

INTRODUÇÃO: As tonsilectomias são cirurgias frequentes e em adultos apresentam maiores dificuldades técnicas e riscos se comparadas às crianças. Preocupações quanto ao controle mais efetivo da dor pós operatória e sangramentos são necessárias já que essas entidades são usualmente relatadas em pacientes maiores de 18 anos.

OBJETIVO: Avaliar as características gerais da indicação de tonsilectomias em adultos e complicações intra e pós-operatórias além de comparar sintomas e variáveis freqüentes no curso da doença em pacientes no pré e pós- operatório.

METODOLOGIA: Análise de 143 prontuários de pacientes maiores de 18 anos submetidos à cirurgia (amigdalectomia, adenoamigdalectomia ou adenoidectomia) no período de fevereiro de 2005 a maio de 2009 no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Foram avaliados: idade, sexo, grau das amígdalas, tipo de cirurgia realizada, ASA, comorbidades relacionadas, indicação cirúrgica, tempo cirúrgico e complicações intra-operatórias e número de dias de hospitalização. Houve contato telefônico com o paciente obtendo-se as complicações cirúrgicas no primeiro mês de pós-operatório e comparação do quadro clínico do paciente antes e após o procedimento. 

RESULTADOS: Após análise de 147 prontuários e contato telefônico com 97 pacientes, obteve-se a amigdalectomia como cirurgia mais prevalente em 80,4% dos casos, sendo que 74,1% do total de pacientes era do sexo feminino. A principal indicação cirúrgica foi infecções recorrentes (54%), seguida de suspeita de neoplasia (23,4%) e obstrução associada à infecção (18,2%). Em 66,4% houve associação positiva com rinite alérgica. Em 18,9% dos pacientes observou-se complicações pós-operatórias no primeiro mês, sendo o sangramento o mais comum em 50% dos casos, seguido de infecções em 40%. Dos 69 pacientes que apresentavam respiração bucal antes do procedimento 23 continuaram com o sintoma após a cirurgia. Dos 38 que possuíam apnéia do sono, 12 permaneceram após o procedimento. No que se refere à halitose 53 dos 65 pacientes alcançaram a cura. Por fim, metade dos 64 pacientes que relatavam roncos, melhoraram.

CONCLUSÃO: Demonstrou-se a maior frequência de indicação cirúrgica em pacientes adultos com tonsilites recorrentes e o baixo risco anestésico desses pacientes, na sua grande maioria, jovens. Relatou-se, ainda, as taxas de complicações e necessidade de novas intervenções. Houve melhoras, com significância estatística, após a cirurgia em algumas variáveis analisadas (roncos, halitose, apnéia do sono e respiração bucal), fato que incentiva novas pesquisas acerca do assunto.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-648

TÍTULO: TRAJETO ABERRANTE DE CARÓTIDA INTERNA NA ORELHA MÉDIA ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): WILIAN MADUELL DE MATTOS , ANA CAROLINA CARDOSO DE REZENDE, ANA MARGARIDA BASSOLI CHIRINÉA, THIAGO PONTES EUGÊNIO, ANDY DE OLIVEIRA VICENTE

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: O fenômeno da artéria carótida interna com trajeto anômalo na cavidade timpânica é raro, com incidência estimada em 1% na população geral. O quadro clínico geralmente é pobre, podendo se manifestar com zumido pulsátil, vertigem, plenitude auricular e hipoacusia ou perda auditiva progressiva, apresentando maior incidência no sexo feminino e do lado direito.

OBJETIVO: Os autores apresentam caso de uma paciente com queixa de zumbido unilateral que na investigação radiológica revelou artéria carótida interna ectópica.

RELATO DE CASO: A.W.S., 69 anos, sexo feminino procurou o ambulatório de otologia do Instituto CEMA, referindo hipoacusia a zumbido unilateral à esquerda há 10 anos. Refere o zumbido tipo motor contínuo, por vezes pulsátil, apenas à esquerda, negando história de patologias otológicas ou trauma.

Ao exame de otoscopia apresentou área de aspecto violáceo em região postero-inferior da membrana timpânica à esquerda. Demais exames sem alterações dignas de nota. A audiometria revelou perda auditiva mista bilateral moderada. A tomografia computadorizada de ossos temporais revelou continuidade entre o conteúdo do canal carotideo e orelha média.

DISCUSSÃO: Trajeto aberrante da artéria carótida interna é extremamente raro na literatura, estimado em 1% na população geral unilateralmente e, bilateralmente, foram encontrados apenas dois casos descritos desde 1961, sendo o último em 1993, por Glasscock. A variação anatômica aparece principalmente em mulheres, em proporção de 5:1 em relação aos homens, e no lado direito em relação de 2:1 com o esquerdo.

A carótida penetra no osso petroso, via canal carotídeo, medialmente ao processo estilóide, separado da veia jugular interna apenas pela bainha carotídea. O segmento inicial da artéria é vertical e anterior à cóclea, e separado da orelha média por uma fina camada óssea de 0,5 mm de espessura, em média. Estudos encontraram 1% de deiscência desta fina placa óssea, explicando a origem do quadro; Outros autores defendem que, com a idade, ocorre um alongamento dos vasos podendo levar a deiscências totais ou parciais, pois ocorreria uma diminuição da camada adventícia da artéria na porção petrosa do temporal, tornando a placa óssea que separa a mesma da cavidade timpânica mais susceptível à pulsação do vaso.

Trajeto aberrante da artéria carótida é um evento raro na população geral, estimado em cerca de 1%, mas deve ser sempre lembrado quando o paciente apresentar sintomas de zumbido ? especialmente de caráter pulsátil ? e vertigem; este diagnóstico é especialmente importante pois uma vez confirmado evita intervenções cirúrgicas e erros inadvertidos intraoperatórios; o tratamento é controverso, devendo ao máximo ser evitado, haja vista os grandes riscos do procedimento e suas consequências.

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TRABALHO CLÍNICO

P-649

TÍTULO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DA FRATURA DE MAXILA: ESTUDO PROSPECTIVO DE 1 ANO EM UM CENTRO DE TREINAMENTO EM CIRURGIA CRÂNIO-MAXILO-FACIAL

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , MARCOS ROSSITER DE MELO, VINÍCIUS FARIA GIGNON, SÉRGIO ANTÔNIO ARAÚJO COSTA, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, JOSÉ MARIANO CARVALHO COSTA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO: Os traumas faciais ocupam papel de destaque nos atendimentos emergenciais dos hospitais referenciais. Dentre os tipos de traumas de face, as fraturas de maxila estão entre as mais graves e geralmente associadas a outros tipos de fraturas. Além disso, podem apresentar importantes alterações oclusais. Requer tratamento através de redução e fixação por meio de bloqueio maxilo-mandibular ou interna rígida.

OBJETIVO: Avaliar prospectivamente os pacientes portadores de fratura de maxila tratados através de redução e fixação interna rígida no ano de 2009, em um Centro de Treinamento em Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial.

RESULTADOS: A população estudada foi de 20 pacientes, 19 do sexo masculino e 1 feminino, com idade entre 11 e 65 anos (41,1 ± 14,7 anos). As principais etiologias foram acidente automobilístico (13 pacientes, 65,0%), agressão interpessoal (3 pacientes, 15,0%) e queda da própria altura (3, 15,0%). Com relação a distribuição sazonal, os meses mais freqüentes foram agosto (5, 25%) e novembro (4, 20%). As fraturas foram classificadas em Le Fort I (5 pacientes), Le Fort II (11), Le Fort III (2), Lanelongue (2) e Richet (2). As fraturas de face mais comumente associadas foram de zigoma (18 pacientes, 90%), nariz (12 pacientes, 60%), naso-etimóido-orbitárias (4 pacientes, 20%) e mandíbula (3 pacientes, 15%). Os pacientes foram acompanhados por 3 a 12 meses (média de 5,8 meses). Em 7 pacientes foi optado por manter o bloqueio maxilo-mandibular no pós-operatório, que durou de 2 a 6 semanas (média de 3,57 semanas). As principais complicações do tratamento foram: exposição de material de síntese (2), enoftalmia (1), má-oclusão (1), paresia transitória do ramo frontal do nervo facial (1), ectrópio (1).

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Os pacientes mais acometidos foram os adultos jovens do sexo masculino, de etiologia o acidente automobilístico. A maioria foi classificada como Le Fort II, com associação com fraturas do complexo zigomático-orbitário. Houve baixo índice de complicações e pouca necessidade do emprego do bloqueio maxilo-mandibular no pós-operatório, demonstrando que a redução cruenta associada a fixação interna rígida é uma forma de tratamento segura e eficaz.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-650

TÍTULO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE MELANOMA RETROAURICULAR EM CRIANÇA DE 2 ANOS

AUTOR(ES): THAYSA FERNANDA DE CARVALHO RODRIGUES , FELIPE PALITOT ALVES MANGUEIRA, LARISSA VIEIRA BARACUHY, JOÃO VITOR MELO E NÓBREGA, EDIVALDO ALMEIDA DE ARAÚJO JR, ANDREA LINS TAVARES BEZERRA, KLÉCIUS LEITE FERNANDES

INSTITUIÇÃO: UFPB

Introdução. Embora não seja o tumor de pele mais prevalente, o melanoma caracteriza-se por sua agressividade e altos índices de letalidade. Segundo a OMS, sua incidência é crescente, apresentando cerca de 132 mil casos anuais. O acometimento de pessoas com menos de 20 anos é raro e sua ocorrência antes da puberdade corresponde a apenas 0.3% ? 0.4% dos casos relatados. A pequena casuística na literatura  nesta faixa etária faz com que haja poucas informações sobre o tema, de modo que as condutas e tratamentos preconizados são, geralmente, extrapolados dos estudos realizados em adultos.

Objetivos. Descrever e discutir um caso de melanoma cutâneo em uma criança de dois anos atendida no setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano.

Materiais e Métodos. Coleta de dados indireta, através de pesquisa em prontuário médico.

Resultados. FCS, 2 anos de idade, apresentou crescimento de lesão congênita hiperpigmentada, inicialmente com pêlos e dolorosa à palpação. Ao exame físico, foi observada lesão nodular, enegrecida, com dimensões de aproximadamente 3x3cm em região retroauricular direita e ausência de linfonodos palpáveis. Realizou-se,então,  ressecção cirúrgica da tumoração e reconstrução com retalho local. O anatomopatológico revelou melanoma cutâneo, nível de Clarck 5, espessura de Bleslow 9mm, associado a nevo azul e margens cirúrgicas livres. Um novo procedimento cirúrgico com ampliação das margens até periosteo e esvaziamento cervical radical póstero lateral direito( níveis II, III, IV e V e subocciptal) foi realizado. Três dos 25 linfonodos retirados estavam comprometidos pela doença, mas os exames de rastreamento de metástase a distância foram normais. Apesar do bom resultado cirúrgico e do uso do Interferon, a doença apresentou recidiva local, sete meses após a primeira consulta. Optou-se então pela associação do esquema cisplatina, vimblastina e dacarbazina e, posteriormente, pelo uso da termozolamida. Mesmo com a utilização do referido esquema, surgiram metástases ósseas, pulmonares, hepáticas e adenomegalias cervicais e mediastinais. O paciente evoluiu com a piora do quadro e consequente óbito.

Conclusão. Os fatores prognósticos mais importantes para o melanoma cutâneo são a espessura do tumor, o comprometimento de linfonodos e a presença de metástase a distância. O paciente referido já apresentava um nível de Clarck e uma espessura de Breslow comprometedores à época do diagnóstico, e o surgimento de linfonodos e metástases a distância tornaram seu prognóstico ainda mais restrito já que os esquemas quimioterápicos disponíveis atualmente para o tratamento de doença disseminada mostram-se ineficazes e com índices  de sobrevida baixos. Este fato faz com que o diagnóstico precoce desse tipo de lesão torne-se extremamente importante uma vez que a ressecção cirúrgica em estádios iniciais é o tratamento que oferece melhores chances de cura ao paciente.

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TRABALHO CLÍNICO

P-651

TÍTULO: TRATAMENTO CLINICO PARA OTITE MEDIA COM EFUSÃO

AUTOR(ES): FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO , MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, RAÍSSA VARGAS FELICI, ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, JANE MARIA PAULINO, LUIS FRANCISCO OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE LIMEIRA

INTRODUÇÃO

A otite média com efusão (OME) caracteriza-se pela presença crônica de secreção na cavidade da orelha média, com uma membrana timpânica (MT) íntegra e sem sinais de inflamação aguda, que persiste por no mínimo oito semanas. A incidência é de 27% em estudos baseados nos atendimentos em clínicas; e 7 a 15% quando os estudos são realizados dentro de a comunidade. Constitui a causa mais freqüente de perda auditiva na infância; com implicações na aquisição fala.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliadas 31 crianças com OME ( uni ou bilateral ) e acompanhados por 6 meses. O diagnóstico foi confirmado através da historia clinica, otoscopia e imitanciometria.

As crianças foram divididas de forma aleatória em 2 grupos de tratamento, o primeiro grupo recebeu Amoxicilina 50 mg/kg/dia por 10 dias associado a Prednisolona 1mg/kg/dia por 3 semanas em dose decrescente semanal, o segundo grupo recebeu somente Prednisolona  na mesma dose pelo mesmo período

Para os resultados foi classificado como: Sucesso, curva A a imitanciometria e otoscopia normal ao final do período; Insucesso, manutenção da Curva B e otoscopia alterada ou recidiva das alteração após período de melhora.

RESULTADOs

Entre as 31 crianças, 17 ( 54,8% ) eram meninos e 14 ( 45,2% ) meninas, com idade entre 1 a 12 anos, com idade media de 4,9 anos , sendo que 14 ( 45,1% ) receberam Amoxicilina + Prednisolona e 17 ( 54,9% ) somente Prednisolona. A taxa de sucesso geral foi 56,4 %, de insucesso 43,3% e 9,6% de recidiva. Foram submetidos a colocação de tubo de ventilação 13 ( 42% ) pacientes.

Dentre os pacientes tratados com antibióticos e corticóides  46,4% apresentaram sucesso, 53,6% insucesso e nenhuma recidiva, já entre os tratados com corticóide isolado 64,7% apresentaram sucesso, 35,3% insucesso e 17% recidiva. Analisando pelo método T D Student com P=0,01, foi observado que não houve diferença significativa entre os tipos de tratamentos clínicos.

DISCUSSÃO

Não existe consenso com relação ao tratamento clinico da OME, alguns estudos mostram que não existe beneficio do tratamento sobre o placebo. Porém diversos trabalhos demonstram os benefícios dos corticóides associados ou não aos antibióticos.  A taxa de sucesso encontrada neste trabalho também se iguala a taxa de sucesso em estudos nacionais como Endo, que usou associação de SMZ+TMP com dexametasona com 56% de melhora.

Optamos por esta comparação já que a associação de corticóides e antibióticos é a mais usada no Brasil segundo Bogar.

Nossa amostra discorda da literatura que mostra o corticóide isolado com pequena taxa de melhora, sem resposta ou altos índices de recidiva  (Niedernab, Mackin e Jones).

CONCLUSÃO

Através deste estudo foi possível concluir o beneficio do tratamento clinico da OME, e que o corticóide mostra-se como uma boa opção, mas a associação com antibiótico não acrescentou beneficio.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-652

TÍTULO: TRATAMENTO DE QUELOÍDE DE LÓBULO DE ORELHA ATRAVÉS DE EXCISÃO CIRÚRGICA E INJEÇÃO PER-OPERATÓRIA DE TRIANCINOLONA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): GILSON RODRIGUES VALLE , PAULO EDUARDO PRZYSIEZNY, LARISSA RISPOLI, NEILOR MENDES, LINO LADISLAU OSTROSKI, NATHALIA MARTINI MONTI WOLFF, FERNADA CRISTINA MACHADO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL E MATERNIDADE ANGELINA CARON

Quelóide é uma cicatriz espessa e elevada, de superfície bocelada ou lisa, e de coloração variando entre cor de pele, avermelhada e hipercrômica. Tem prevalência estimada em 1,5% da população geral e em 6% em populações negróides. Localiza-se preferencialmente em posição superior ao abdome (92,3%), ultrapassa os limites da ferida original, ou seja, invade a pele normal adjacente. Apresenta crescimento ao longo do tempo, não regride espontaneamente e tem caráter recidivante.

O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de tratamento de queloíde de lóbulo de orelha através de excisão cirúrgica e injeção per-operatória de Triancinolona atendido no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Angelina Caron.

O tratamento dos queloídes representa um desafio terapêutico. Diante das múltiplas modalidades, e como não há uma ideal, deve-se optar por aquelas em que se obtém um resultado pelo menos satisfatório. O uso da triancinolona como tratamento adjuvante a cirurgia, sendo realizado no mesmo tempo desta, mostra-se como uma boa opção para o tratamento destas lesões.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-653

TÍTULO: TRATAMENTO ENDOSCÓPICO PARA FÍSTULA ESPONTÂNEA DE CLIVUS

AUTOR(ES): RULLIAN DA ROCHA STREMEL TORRES, CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, JEMIMA HERRERO MOREIRA, DIOGO GONÇALVES BARDINI, DENIA ABE, ADRIANO MAEDA

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA/PUC-PR

INTRODUÇÃO:

Fístulas liquóricas espontâneas do seio esfenoidal são muito raras e apresentam alguns fatores de risco que são descritos na literatura como: mal formação da base do crânio, hiperpneumatização do seio esfenóide, síndrome da sela vazia e obesidade.

Por apresentar complicações que são potencialmente fatais como meningite a abscesso cerebral, esta anormalidade deve ser tratada cirurgicamente e de forma eficaz.

 

RELATO DE CASO:

Paciente masculino, 42 anos, deu entrada no Hospital Cajuru com quadro de confusão mental e vômitos. Ao exame clÌnico apresentava-se em regular estado geral, afebril, eupnéico, escala de Glasgow 8, rinorréia abundante pela narina direita. Na tomografia de crânio observou-se pneumoencéfalo de grande volume e defeito ósseo na região do clivus. Paciente evoluiu com meningite bacteriana. Após melhora do quadro, segui-se o fechamento do defeito através de acesso endoscópico endonasal assistido. Optou-se pela utilizãção de enxerto de corneto inferior e cola biológica. Por se tratar de uma fístula de alto débito (cisterna pré-pontina) optou-se pelo posicionamento do enxerto inlay e onlay associado a ancoragem com sonda de Foley. Paciente evoluiu sem intercorrências.

 

DISCUSSÃO:

Fístulas liquóricas através do clivus são raras. Na literatura, alguns dos poucos casos descritos, estão associados a erosão generalizada da base do crânio, efeito pulsátil da artéria basilar e paciente que realiza manobra de Valsalva repetidamente. No caso apresentado, o paciente não apresentava nenhuma destas condições.

A tomografia de alta resolução neste caso foi suficiente para o diagnóstico. Se houver dúvida na localização da fístula, pode ser solicitada uma ressonância magnética com cisternografia.

O paciente em questão não apresentava fatores predisponentes de fístula liquórica espontânea de clivus como obesidade, hipertensão intracraniana ou síndrome da sela vazia.

O acesso endoscópico endonasal é o método mais comumente indicado por ser menos invasivo e diminuir a morbidade. Suas vantagens incluem: diminuição do risco de perda do olfato, do edema cerebral, das hemorragias e da hospitalização.

Neste caso optamos por enxerto livre de corneto inferior posicionado de forma inlay e onlay, associado a ancoragem com sonda de Foley. Dessa forma o paciente evoluiu sem recidiva da fístula e com boa evolução pós-operatória.

 

CONCLUSÃO:

Fístula espontânea do clivus é uma anormalidade rara. Métodos não invasivos foram suficientes para o diagnóstico. O acesso endoscópico endonasal e o uso de enxerto livre de corneto foram eficazes para a resolução deste caso.

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TESE

P-654

TÍTULO: TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL: ASPECTOS ATUAIS

AUTOR(ES): FRANCIANE REGINA VARGAS , WILIAN MADUELL DE MATTOS, RENATA OLIVEIRA ALMEIDA, GISELI REBECHI, CÍCERO MATSUYAMA

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: Entre os distúrbios já rastreados ao nascimento, a perda auditiva é mais prevalente. Esforços têm sido feitos para identificação e tratamento precoces por meio de programas de triagem auditiva neonatal (TAN). OBJETIVO: Apresentar os aspectos atuais da triagem auditiva através da revisão de artigos. METODOLOGIA: Pesquisa e revisão de artigos. DISCUSSÃO: A audição é um sofisticado sentido do ser humano, uma ferramenta indispensável para o desenvolvimento da fala e da linguagem. Alterações da audição podem privar a criança de estímulos necessários para o seu desenvolvimento, causando prejuízo no seu desenvolvimento emocional e intelectual. A perda auditiva é considerada o distúrbio sensorial mais comum nos humanos. Percebe-se sua alta prevalência e a necessidade de implementação de programas de triagem auditiva neonatal em nível nacional. Tendo em vista a magnitude dos prejuízos causados pelas perdas auditivas, há muito vêm se defendendo a importância da detecção precoce e da correta intervenção terapêutica, pois é conhecido que a maturação das vias auditivas acontece nos primeiros 18 meses de vida, é dependente de estímulo acústico adequado e é neste período, chamado de ?período de plasticidade neuronal?, que ocorrem os melhores resultados no processo terapêutico. Foram organizadas diretrizes em diversos países para a detecção e intervenção precoce de perdas auditivas por meio de programas de triagem auditiva para todos os recém-nascidos, devido ao benefício do tratamento precoce na capacidade de desenvolvimento normal da linguagem, sobretudo quando é feito antes dos seis meses de idade. A intervenção nas crianças com diagnóstico de perda auditiva através da triagem neonatal seja por aparelhos auditivos, reabilitação ou implante coclear, deve ser realizada preferencialmente até o sexto mês de vida. Os métodos preconizados para a realização da triagem de rotina são as emissões otoacústicas, os potenciais evocados do tronco encefálico e técnicas comportamentais, conferindo uma sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo elevados. Estudos sobre os custos da triagem concluem um menor custo com as otoemissões, porém com maior taxa de crianças que não passam no primeiro exame, necessitando retorno para novos testes, diferente da triagem realizada por potenciais evocados. Já os dois testes em combinação apresentam uma melhor relação custo-benefício. As principais fraquezas dos programas de triagem auditiva são as dificuldades de implantação, elevado número de resultados falso positivos e crianças sem seguimento.  É sugerido que as crianças com o primeiro teste de EOAT alterado, indicador de risco, e/ou ausência do RCP, sejam encaminhadas para o reteste em ambulatório a fim de manter o acompanhamento adequado. O curto período de internação hospitalar após o nascimento pode elevar a taxa de exames falso-positivos. Os programas de TAN necessitam da atuação conjunta do médico otorrinolaringologista para diagnos­ticar alterações auditivas, principalmente as alterações de orelha média, que podem futuramente levar a alterações de processamento auditivo e, consequentemente, interferir no aprendizado escolar. CONCLUSÃO: A divulgação para a comunidade por meios de comunicação, o alerta da necessidade de se fazer a busca de déficit auditivo o mais precoce possível e o envolvimento de todos os profissionais da área de saúde em nível primário, durante o pré-natal e durante o atendimento de puericultura, são estratégias para se informar aos pais a importância da triagem auditiva. Os pais podem se tornar fiscais da efetividade do programa, do modo como ocorre atualmente com o ?teste do pezinho?. Sem dúvida a ação governamental tem papel fundamental no sucesso dos programas de triagem universal. A perda auditiva causa sério impacto na cognição e na projeção sócio-econômica da criança. Portanto, são importantes a detecção adequada e o tratamento precoce para viabilizar um desenvolvimento adequado.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-655

TÍTULO: TRICOEPITELIOMA SOLITÁRIO NASAL ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , ROGÉRIO COSTA SOUSA, KARINA ALVIM TERRA, MARCELL DE MELO NAVES, FREDERICO CHAVES SALOMÃO, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, LUCAS GOMES PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO

Tricoepiteliomas são neoplasias benignas cutâneas derivadas dos folículos pilosos, que acometem principalmente a face. Apresenta-se em duas formas clínicas: uma múltipla que aparece normalmente em adultos jovens, hereditária ligada ao sexo que acomete principalmente face, couro cabeludo e parte superior do tórax; e a outra, solitária, geralmente comum na vida adulta, não é hereditária, que pode aparecer em qualquer parte do corpo, tendo preferência também pela face1. Normalmente não ultrapassa 2-3 cm de diâmetro. É um tumor extremamente raro, sendo encontrados na literatura pesquisada apenas três casos de tricoepitelioma acometendo pele da região nasal. Não é freqüentemente reconhecido devido à sua raridade e controvérsias na sua classificação, origem e potencial biológico.

Descrevemos um caso de tricoepitelioma solitário nasal tratado com exérese e rotação de retalhos e discutimos os aspectos diagnósticos e terapêuticos de este raro tipo de tumor cutâneo.

RELATO DE CASO

H.M, feminino, 74 anos, relatava lesão enegrecida em região de dorso nasal há aproximadamente 30 anos, medindo cerca de 01cm de diâmetro. Referia episódios inflamatórios recorrentes com sinais flogísticos locais e formação de pústula com resolução espontânea. Foi submetida a exérese da lesão há 6 anos. Foi atendida apresentando lesão em dorso nasal sem bordas definidas, acinzentada e lateral em relação à primeira. Foi submetida a exérese completa da lesão cujo exame anátomo patológico concluiu tratar-se de um tricoepitelioma associado a nevo melanocítico intradérmico focal.

DISCUSSÃO

O tricoepitelioma solitário é um tumor benigno tricogênico que acomete adultos, não está ligado a herança genética e apresenta incidência extremamente baixa. Na literatura pesquisada, foram encontrados apenas dois casos de tricoepitelioma solitário nasal.

Tanto a forma múltipla quanto a solitária são morfologicamente semelhantes, diferenciando-se basicamente pelo número de lesões. Caracterizam-se por pápulas ou nódulos, firmes e translucentes.

O diagnóstico diferencial da forma solitária se faz principalmente com carcinoma basocelular, mas também deve ser feito com tricofoliculoma, nevo melanocítico e hiperplasia sebácea, sendo que o diagnóstico definitivo é histopatológico.

Histologicamente o tricoepitelioma se apresenta como neoformação de células basalódides, formando ninhos com aspecto de folículo piloso imaturo infiltrando a derme mostrando alguns pseudos-cistos córneose tecido conjuntivo fibroso frouxo envolvendo as massas de células neoplásicas. Neste caso foi encontrado focalmente e junto com a neoplasia, nevo melanocítico intradérmico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-656

TÍTULO: TROMBOSE DE SEIO LATERAL COMO COMPLICAÇÃO DE OMA ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): REGINA HELENA NORONHA GONÇALVES , JOSÉ ANTÔNIO PINTO, MARCELO BAILÃO, CAROLINA AIRES LEAL, FÁBIO CARACHO BATISTA

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO DE SÃO PAULO

Trombose do seio lateral é uma complicação rara das doenças da orelha média: em crianças, geralmente está relacionada à otite média aguda, mas também é encontrada em adultos com otite média crônica. Foi mais freqüente na era pré-antibiótica e a taxa de mortalidade foi alta. Em muitos casos a sintomatologia e o curso da doença tendem a ser prolongados, sintomas secundários podem prevalecer e, muitas vezes, mascarar aqueles associados com a orelha em si. Quando há persistência da otite média, mastoidite, surdez neurossensorial, vertigem, cefaléia, convulsões, meningismo, a possibilidade de uma complicação deve ser imediatamente considerada e os pacientes submetidos a diagnóstico por imagem sem demora, de forma a garantir o tratamento precoce de uma possível lesão otológica e intracraniana. A tomografia computadorizada, ressonância magnética e angiografia são os exames mais úteis no diagnóstico. O caso relatado é de uma criança de três anos com otite média aguda refrataria ao tratamento inicial e que desenvolveu sintomas sugestivos de complicações intracranianas, sendo submetida rapidamente a exames de imagem e diagnosticando trombose do seio lateral. Foi tratada de maneira conservadora, porém em unidade de terapia intensiva para acompanhamento rígido das complicações, com boa evolução e resolução da doença. Descrevemos nossa abordagem clínica e fazemos uma breve revisão da literatura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-657

TÍTULO: TUBERCULOSE DA ORELHA MÉDIA

AUTOR(ES): THIAGO DOS SANTOS FERREIRA , LAÍZA ARAÚJO MOHANA PINHEIRO PINEIRO, WALTER ADRIANO BIANCHINI, ARTHUR MENINO CASTILHO, JORGE RIZATTO PASCHOAL

INSTITUIÇÃO: UNICAMP

Caso Clínico: mulher, 27 anos, queixa de hipoacusia, plenitude auricular e otorréia intermitente esquerda há 5 meses, progressiva. Negava queixas na orelha direita, antecedentes de doenças otológicas ou sistêmicas.  Anteriormente tratada com antibióticos e gotas otológicas sem sucesso.

À otoscopia, a orelha direita sem alterações e membrana timpânica esquerda opaca com retração posterior e aspecto descamativo. Este material foi coletado e enviado para anatomopatológico, evidenciando processo inflamatório inespecífico. Exame endoscopico das fossas nasais e rinofaringe sem alterações.

A audiometria da orelha direita normal e, à esquerda, com disacusia mista, incompatível com achados de uma otite secretora.

Na tomografia (CT) das orelhas, havia tecido de densidade de partes moles preenchendo toda orelha média, sem erosão óssea ou comprometimento da cadeia ossicular.  Optou-se então por uma abordagem cirúrgica: timpanomastoidectomia exploradora.

Cirurgia e pós operatório: No intra-operatório, observou-se presença de tecido com aspecto granulomatoso aderido na região do promontório, envolvendo toda cadeia ossicular que já se encontrava erodida, não sendo possível identificar o estribo. A cadeia foi removida, sem tentativa de reconstrução no mesmo tempo cirúrgico. O canal de falópio estava íntegro. O material foi enviado para congelação(inconclusiva) e anatomopatológico.

O resultado do anatomopatológico mostrou bacilos BAAR positivos. No 35º dia pós-operatório, a paciente apresentou paralisia facial periférica esquerda. Foi iniciado imediatamente terapia anti-tuberculosa com esquema I. A CT de crânio solicitada para descartar tuberculose intracraniana encontrava-se normal. A paralisia entrou em remissão com sete dias de tratamento e teve resolução completa em 35 dias. A audiometria pós operatória mostrou cofose à esquerda e limiares normais à direita. A paciente mantém seguimento ambulatorial, assintomática, sem otorréia e em tratamento com esquema anti-tuberculose.

Revisão bibliográfica: O quadro clínico clássico inicia com tuberculose ativa em alguma parte do corpo que evolui com otorréia, múltiplas perfurações timpânicas e paralisia facial; manifestações como otalgia, perda auditiva precoce e severa, condutiva e/ou neurossensorial, zumbido e vertigem podem ocorrer.  A otoscopia, que pode evidenciar exsudato, tecido de granulação e componentes necróticos, não é efetiva para diferenciar a otomastoidite tuberculosa de outros tipos de otite média crônica.

A CT pode evidenciar preenchimento completo da cavidade timpânica sem erosão óssea que pode evoluir com destruição da cadeia ossicular e esclerose óssea da mastóide. Na histopatologia, este preenchimento contém granulomas com células gigantes multinucleadas de Langerhans podendo lesionar o canal do nervo facial, tuba de eustáquio e ocasionar seqüestro ósseo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-658

TÍTULO: TUBERCULOSE LARÍNGEA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DANIELLE GONÇALVES SEABRA PEIXOTO , ÉRICA SAMPAIO BARBOSA, DANILO NEGREIROS FREITAS, VICTOR GRANJEIRO DE MELO, RAQUEL COELHO DE ASSIS, CARLOS HENRIQUE DE PAIVA CHAVES, RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENON MAGALHÃES

INTRODUÇÃO: Nas duas últimas décadas, vem ocorrendo aumento progressivo do número de casos de tuberculose. Essa situação aumenta a possibilidade de aparecimento de lesões faringolaríngeas associadas ou como forma isolada.

OBJETIVO: relatar um caso de tuberculose laríngea com acometimento pulmonar e graves repercussões clínicas

METODOLOGIA: coleta de dados em prontuário medico do paciente estudado. RESULTADOS: R.S, 26 anos, sexo feminino, no 28o dia de puerpério deu entrada neste serviço com queixa de tosse produtiva desde o ínicio da gestação, associada a perda ponderal (cerca de 6Kg), disfagia e odinofagia por 28 dias. Radiografia do tórax mostrava infiltrado intersticial bilateral; ultrassonografia de parótida corroborava com aumento da glândula direita e adenomegalias locorregionais. O exame videolaringoscópico evidenciou infiltrado importante em aritenóides e destruição parcial da epiglote. Foram solicitados pesquisa de BAAR no escarro, anti-HIV e marcadores de doenças reumatológicas. O diagnóstico de tuberculose laríngea e pulmonar foi confirmado com resultado histopatológico compatível com processo inflamatório crônico granulomatoso tuberculóide. O LBA revelou presença de bacilos. A paciente evoluiu com melhora gradual do quadro clínico e nutricional; reabilitação da deglutição 

CONCLUSÃO: Houve um aumento da incidência da tuberculose laríngea a partir da década de 90, tornando esta afecção um importante diagnóstico diferencial das lesões laríngeas, sobretudo com carcinoma laríngeo.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-659

TÍTULO: TUBERCULOSE NASAL ISOLADA

AUTOR(ES): LORENA GONÇALVES RODRIGUES , MAÍRA RODRIGUES OLIVEIRA, WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, RENATO VALENTIM BRASIL, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, ITAIANA CORDEIRO PEREIRA, MURILLO FREIRE LOBATO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA -UFPA

INTRODUÇÃO: A tuberculose continua sendo um problema mundial e nos últimos anos teve um aumento na sua incidência principalmente pelo número crescente de pacientes com HIV. A tuberculose possui como agente etiológico o Mycobacterium tuberculosis. Essa doença pode afetar diversos órgãos e sistemas. Dentre as formas de acometimento extrapulmonar estão as manifestações otorrinolaringológicas, representadas principalmente pela linfoadenopatia cervical, a tuberculose laríngea, a otite média tuberculosa, a tuberculose nasal e o acometimento da cavidade oral e orofaringe. O comprometimento tuberculoso do nariz é muito raro com poucos casos descritos na literatura mundial, oferecendo grande dificuldade diagnóstica, confundindo-se com outras granulomatoses nasais. Autores postulam que a raridade do acometimento primário tuberculoso nasal deve-se ao efeito bactericida do muco, bem como da proteção mecânica conferida pela mucosa ciliada. Igualmente infreqüente é a tuberculose secundária nasal, indicando que a mucosa e submucosa não oferecem condições favoráveis para o crescimento do Mycobacterium tuberculosis, daí a cronicidade da doença nasal na maior parte dos pacientes.

OBJETIVO: Relatar um caso de tuberculose nasal isolada, diagnosticado no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, no ano de 2010.

RELATO DE CASO: AHSM, 54 anos, feminino, casada, procedente de Castanhal-Pará, lavadeira hospitalar. Refere que há mais ou menos 10 meses iniciou quadro de epistaxe por fossa nasal esquerda, de moderado volume, não relacionada a traumas ou manipulação da fossa nasal. Negava obstrução nasal, cefaléia, dor facial, halitose, rinorréia, etilismo ou tabagismo. Exames laboratoriais como coagulograma, hemograma, sorologias para doenças infectocontagiosas, todos negativos e dentro da normalidade e Rx de tórax normal. A videoendoscopia nasossinusal com endoscópio flexível demonstrou pequena lesão vegetante obstruindo parcialmente as fossetas de Rosenmuller bilateralmente, maior à esquerda. A RNM de crânio demonstrava irregularidade na região da rinofaringe, sem invasão das estruturas adjacentes. Foi submetida a biópsia da lesão que ao histopatológico revelou processo inflamatório crônico granulomatoso, com necrose caseosa compatível com tuberculose. Ausência de malignidade.

Encaminhada ao setor de infectologia, que investigou lesões tuberculosas em outros sítios, sem identificação de outras lesões, iniciou tratamento com esquema 1. Atualmente a paciente encontra-se no segundo mês do tratamento, mantém epistaxe unilateral de pequeno volume e esporádica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: A tuberculose de cavidade nasal é uma manifestação rara, com poucos casos descritos, apresentando grande dificuldade diagnóstica, necessitando de pesquisa laboratorial e anátomo-patológica para sua confirmação, sendo que muitos doentes permanecem longos períodos sem um diagnóstico preciso.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-660

TÍTULO: TUBERCULOSE OROFARÍNGEA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): THIAGO BOTELHO AFFONSO , FABIANA ROCHA FERRAZ, PAULIANA LAMOUNIER E SILVA, DENISE SILVA CALVET, LUCAS ARANTES BRAZ, IVAN CARLOS ORENSZTAJN, LUCIANA NOVELLINO PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ

INTRODUÇÃO

A tuberculose é uma infecção causada pelo bacilo de Koch (BK) que afeta principalmente o pulmão e, secundariamente, trato geniturinário, órgão hematopoiético, sistema nervoso central e vias aero-digestivas superiores. 

As lesões faringo-laríngeas são geralmente secundárias à tuberculose pulmonar e constituem (excluindo-se a meningite tuberculosa), juntamente com o escrófulo e a otite média, as afecções tuberculosas mais comuns em cabeça e pescoço (2).

Os locais de envolvimento oral incluem gengivas, língua, amígdalas palatinas, palato e assoalho da boca. Apesar do acometimento oral normalmente ser secundário a tuberculose pulmonar, evidências de envolvimento pulmonar estão presentes em menos de 20% dos pacientes com tuberculose faríngea (3).

No acometimento da orofaringe, que apresenta dois picos de incidência, aos 30 e 60 anos, o compartimento amigdaliano é o mais afetado (5), sendo freqüentes a disfagia alta e a odinofagia, muitas vezes constituindo as únicas queixas do paciente (1).

A forma faringolaríngea primária ainda constitui uma raridade, com poucos casos descritos na literatura (6).

Geralmente o tratamento tem êxito com os esquemas clássicos de tratamento para a tuberculose pulmonar (4).

 

RELATO DE CASO

ID:RB, 31 anos, homem, branco, trabalha como motoboy, residente em Santa Tereza, RJ.

QP: dor de garganta

HDA: Paciente relatava início de ?dor de garganta? em janeiro de 2008, com odinofagia associada, apresentando piora progressiva.  Refere também que há quatro meses surgiram dois ?caroços? no pescoço, e associa perda de 10 kg neste período, com febre intermitente.

EXAME FÍSICO:

Oroscopia: lesão granulomatosa em palato mole.

Palpação cervical: linfonodo de 2 cm de diâmetro bilateralmente em cadeia cervical superficial, móvel, indolor a palpação, de limites bem definidos e consistência fibro-elástica.

Foi realizada internação do paciente, realização de biópsia da lesão sob anestesia local, sorologia para HIV (negativa), rx de tórax (fig. 2), e exame de escarro.

O diagnóstico foi feito pela pesquisa direta do bacilo por coloração de Ziehl-Neelsen e por cultura do escarro em meio de Löwenstein-Jensen. Ambos positivos para o Bacilo de Koch

O paciente retornou ao ambulatório após os seis meses de tratamento, sem qualquer queixa, apresentando resolução completa do quadro.

DISCUSSÃO

A tuberculose extrapulmonar corresponde, segundo diferentes autores, de 11 a 23 % dos casos de infecção pelo bacilo de Koch (2).

A tuberculose faríngea e a laríngea constituem, na maioria dos casos, uma evolução da tuberculose pulmonar. As vias de acometimento destas localizações apresentam hipóteses variadas, sendo a hematogênica a mais comum e aceita. 

Freqüentemente ocorre odinofagia intensa (9). Isso, nos casos em que exista comprometimento isolado ou simultâneo da faringe ou quando as lesões ocorrem a nível do áditus da laringe.

A manifestação clínica mais comum da tuberculose oral é uma lesão ulcerada e dolorosa na mucosa acometida (11).

O bacilo de Koch localizado na mucosa oral pode passar para os linfonodos cervicais e ser a causa das massas cervicais frequentemente presentes nesses pacientes.

Úlcera traumática, úlceras aftosas, actinomicose, úlceras sifilíticas, Granulomatose de Wegener e carcinomas, são os diagnósticos diferenciais que devem ser considerados (12).

O tratamento para os casos de Tuberculose faríngea é baseado no esquema RIP, com o paciente apresentando excelente resposta ao tratamento.

CONCLUSÃO

Nas áreas endêmicas para Tuberculose, é importante manter um alto grau de suspeição sobre lesões atípicas de via aérea superior.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-661

TÍTULO: TUBERCULOSE PAROTÍDEA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ANA CAROLINA DE MATTOS MORAIS CAMELO , MATHEUS GURGEL SARAIVA, LUIZ ALBERTO SOARES DE ARAÚJO COUTINHO, BRUNO BRAZ GARCIA, DANIEL DE SOUZA OLIVEIRA, ARTHUR DE SOUSA PEREIRA TRINDADE, KLÉCIUS LEITE FERNANDES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

INTRODUÇÃO: Tuberculose (Tb) em glândula parótida é uma doença infecciosa que se manifesta por aumento glandular, geralmente de forma lobulada com linfoadenite associada. O acometimento desta glândula é uma forma rara de tuberculose. A Tb parotídea pode ser primária (lesão inflamatória aguda ou lesão tumoral crônica) ou secundária.  A lesão inflamatória aguda é de difícil diagnóstico, pois mimetiza as doenças inflamatórias agudas mais comuns. A Tb secundária ocorre geralmente devido a recrudescência do quadro pulmonar.O paciente pode apresentar sinais constitucionais tais como febre, sudorese noturna e perda de peso. O envolvimento do nervo facial é raro. A Tb da glândula salivar, apesar de raro, deve fazer parte do diagnóstico diferencial dos tumores que cursam com aumento do volume parotídeo.

RELATO DE CASO: MHMS, 10 anos, pardo, natural e residente do Rio de Janeiro ? RJ.  Paciente relatava surgimento de tumoração em região parotídea esquerda, há três meses. A lesão apresentou crescimento progressivo, acompanhado de sinais flogísticos, hiperemia da pele, aumento de temperatura e dor. Foi referido perda de peso (2 kg em três meses), inapetência, febre vespertina e hiporexia. Negou tosse. Relatou a utilização de antibiótico (amoxacilina), sem melhora clínica. Ao exame, observou-se massa dolorosa à palpação em região parotídea esquerda associada à  linfadenomegalia cervical nível I e II, ipsilateral. Foi realizado uma TC de crânio que evidenciou tumoração com centro necrótico medindo cerca de 4 cm x 3 cm em região parotídea e aumento das densidade dos tecidos adjacentes. Os exames laboratoriais de rotina revelaram discreta leucocitose S/D e VHS elevado. Foi realizado o teste tuberculínico, cujo resultado foi não reator. À realização da PAAF, foi revelado um processo inflamatório inespecífico. Com base nesse quadro, foi realizado biópsia incisional, cujo resultado anátomo-patológico foi de processo granulomatoso com necrose caseosa sugestivo de tuberculose parotídea. O tratamento baseou-se na prova terapêutica com tuberculostáticos (esquema I), tendo ocorrido resolução clínica do processo.

DISCUSSÃO: O presente relato aborda um caso raro de tuberculose parotídea em criança.O diagnóstico, dificultado pela baixa especificidade apresentada pelos sinais flogísticos, foi possível apenas pelo exame anátomo-patológico. Apesar da Tb extrapulmonar ser mais frequente em crianças, elas têm menos sinais e sintomas específicos de doença por conta da relativa deficiência de defesas apresentada pelo sistema imunológico imaturo, além de menos culturas micobacterianas positivas. Ademais, as crianças apresentam um risco maior de progressão para doença uma vez infectadas, com possibilidade aumentada para doença disseminada.

CONCLUSÃO: A Tb parotídea, embora seja uma patologia rara, deve ser considerada como parte do diagnóstico diferencial das massas de glândula parótida. O diagnóstico definitivo, apesar de ser difícil, é importante devido à semelhança desta doença com neoplasias que acometem este órgão. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-662

TÍTULO: TUMOR DE ASSOALHO DE BOCA

AUTOR(ES): ISELENA CLAUDINO BERNARDES , RIVUS FERREIRA ARRUDA, ALYNE DINIZ LOUREIRO, ANA LÍLIAN DE AGUIAR, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: No Brasil, o câncer de boca é o oitavo tipo de câncer mais frequente entre os homens (9.985 casos estimados/ano) e o nono entre as mulheres (3.895 casos estimados/ano) e suas taxas de incidência e mortalidade vêm aumentando, sendo consideradas das mais altas do mundo. O conhecimento dos fatores de risco constitui a base para uma prevenção efetiva da doença. Mesmo sendo o câncer de boca uma doença multifatorial, o tabagismo e etilismo crônico são os dois fatores de risco mais importantes não só para o desenvolvimento da neoplasia, como também para seu prognóstico. Entre os demais fatores que determinam seu prognóstico estão região anatômica, tamanho e espessura, comprometimento ganglionar, tratamento e diferenciação tumoral. A língua, o assoalho bucal e o lábio inferior são as localizações mais comumente relatadas nos estudos de câncer bucal. O tipo histológico mais frequente foi o carcinoma epidermóide ou espinocelular (94,28% dos casos).

OBJETIVO: Relatar um caso de tumor de assoalho de boca diagnosticado e tratado no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano, centro de referência no tratamento oncológico da cidade de João Pessoa ? PB.

METODOLOGIA: Análise da história clínica e cirúrgica de um paciente portador de tumor de assoalho de boca, além da revisão retrospectiva de seu prontuário.

RESULTADOS: Paciente masculino de 40 anos, tabagista e etilista, apresentou-se ao ambulatório de Cirurgia de Cabeça e Pescoço com tumoração, de crescimento rápido, na boca, há 6 meses, associada a dor local. À oroscopia, lesão ulceroinfiltrante em arco central da mandíbula, comprometendo assoalho anterior da boca. À palpação cervical, adenomegalias cervical bilateral. Realizou-se biópsia incisional e o material foi encaminhado para avaliação anatomopatológico, que evidenciou carcinoma de células escamosas bem diferenciadas, invasivo. O paciente foi submetido à mandibulectomia associada à ressecção tumoral e reconstrução com retalho macrocirúrgico. Tal procedimento envolveu assepsia e antissepsia, coleta de retalho macrocirúrgico de fíbula direita, inclusão de dreno na perna direita, sutura por planos, colhido enxerto da veia safena magna, moldagem do retalho e fixação com parafusos de titânio, anastomose arterial e venosa, fechamento por planos. No segundo dia pós-operatório, o paciente com traqueostomia, recebeu alta hospitalar.

CONCLUSÃO: Tabagismo e alcoolismo tem sido frequentemente documentados como sendo os principais fatores de risco no desenvolvimento de novos cânceres bucais, como representado neste relato de caso.  O diagnóstico da maioria dos casos de câncer bucal ainda é feito em fases avançadas dificultando o tratamento e reduzindo o índice de sobrevida dos pacientes. Assim, é de extrema importância a realização de campanhas educativas e profiláticas a fim de conscientizar a população sobre os riscos da exposição crônica a estes agentes lícitos. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-663

TÍTULO: TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES DE MANDÍBULA: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): RAFAELA AQUINO FERNANDES LOPES , SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, LUCAS MOURA VIANA, VÍTOR YAMASHIRO ROCHA SOARES, PEDRO IVO MACHADO PIRES DE ARAÚJO, ANDRÉ LUIZ DE QUEIRÓZ, LUIZ AUGUSTO DO NASCIMENTO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA ? HUB/UNB

INTRODUÇÃO: Tumores de células gigantes (TCG) são tumores ósseos primários raros. Representam apenas cerca de 4% a 8% de todos os tumores ósseos primários, sendo que destes, 75% ocorrem em ossos longos. São raros em cabeça e pescoço, onde afetam com maior freqüência mandíbula e maxila, além de osso temporal e esfenóide. Geralmente são únicos e predominam entre a terceira e quarta décadas de vida, sem diferença entre os sexos. São tumores benignos, apesar do potencial de comportamento agressivo. Já foi relatado transformação maligna com metástase. Os achados radiológicos mais freqüentes são lesão óssea expansiva ou lítica que pode se estender a tecidos moles, dura máter ou seios paranasais. Histologicamente são compostos principalmente de células estromais mononucleares, que são o verdadeiro componente neoplásico, e células gigantes multinucleadas, cuja histogênese é controversa. Anormalidades citogenéticas foram descritas, com associação telomérica sendo a principal aberração cromossômica (75%). O diagnóstico diferencial histológico deve incluir tumor marrom do hiperparatireoidismo, granuloma reparativo de células gigantes, displasia fibrosa e cisto ósseo aneurismático.  O melhor tratamento para TCG é a ressecção cirúrgica completa. A recorrência nos primeiros dois anos é freqüente se a ressecção realizada for parcial.

OBJETIVO: Relatar uma caso raro de tumor de células gigantes de mandíbula que, após exérese, apresentou recidiva local.

METODOLOGIA: Relato de caso com revisão de literatura.

RESULTADOS: Paciente de 19 anos, feminina, com crescimento tumoral progressivo, doloroso em topografia de parótida esquerda há um ano e três meses, sem fistulização durante o período. O quadro iniciou-se durante o curso de uma gestação, que evoluiu para parto natural sem intercorrências. Sem antecedentes relevantes. Ao exame físico, apresentava tumor em topografia de parótida esquerda, com 04cm de diâmetro, aderido a planos profundos, doloroso, sem sinais flogísticos. Ausência de paralisia facial e presença de trismo. Foi realizada Punção Aspirativa por Agulha Fina ? PAAF, sugestiva de sialoadenite granulomatosa. Nova PAAF obteve quadro citológico podendo corresponder a tumor de células gigantes. Optou-se então por biópsia por agulha grossa, que evidenciou lesão de células gigantes. Foi submetida a parotidectomia total esquerda, com exérese do tumor em 19/03/09. No intra-operatório observou-se tumor englobando tronco do nervo facial. A paciente evoluiu com paralisia facial no pós-operatório. Histopatológico confirma diagnóstico de TCG com linfonodos livres de neoplasia. Seguiu em acompanhamento clínico, sem sinais de recidiva até Tomografia Computadorizada cervical (11/09/09) compatível com recidiva tumoral em espaço mastigatório esquerdo.

CONCLUSÃO: A paciente apresentou recidiva local do tumor e, no momento, há programação de ressecção ampliada da lesão com brocagem da mandíbula e radioterapia pós-operatória.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-664

TÍTULO: TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES DE LARINGE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): LÍLIAN LACERDA LEAL , MANUELLA SILVA MARTINS, ANA CAROLINA OLIVEIRA MENDONÇA, PATRÍCIA BRANDÃO PANTOJA, MILENA MAGALHÃES DE SOUSA, PABLO PINILLOS MARAMBAIA, AMAURY DE MACHADO GOMES

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA OTORRINOS ASSOCIADOS

INTRODUÇÃO:

O tumor de células granulares é uma neoplasia incomum. Podem afetar qualquer área da cabeça e pescoço. O acometimento laríngeo é ainda mais raro. Nos pacientes com acometimento laríngeo os sintomas mais frequentes são disfonia, dispnéia, estridor, mas em muitos casos são assintomático. A confirmação diagnostica é feita pela anatomia-patolÓgica. TCG de laringe podem ser malignos ou coexistirem com tumores malignos, principalmente carcinomas. O tratamento do TCG laríngeo consiste na ressecção cirúrgica do tumor.

RELATO DE CASO:

Paciente G.C.O.,62 anos, procurou o serviço de ORL com queixa de disfonia contínua há 02 meses  associado pirose e sialorréia. Negava queixas respiratórias e disfagia. Relatava etilismo social e tabagismo há 30 anos/carteira. Relatava hipertensão arterial. Realizada laringoscopia que evidenciou lesão abaulando terço posterior de prega vocal esquerda, apresentava coloração amarelada de limites aparentemente bem definidos. Submetido a microcirurgia de laringe com ressecção total da lesão, sem intercorrências. A anatomia macroscópica evidenciou fragmentos de tecido de cor prata medindo 0,7x0,5x0,3 cm. Microscopicamente, fragmentos de mucosa revestidos por epitélio escamoso sem atipias e com discreta atrofia, vendo-se no córion manto de células ovóides de citoplasma amplo e granulosos, com núcleos típicos centrais e com cromatina fina e bem distribuída. O exame anatomopatológico confirmou tumor de células granulares de laringe. Realizado investigação de sítios metastáticos que foram negativos. Paciente evoluiu com melhora da qualidade vocal e mantém acompanhamento.

DISCUSSÃO:

Abrikossoff, em 1926, o denominou de mioblastoma ou tumor de Abrikossoff, imaginando que esse tumor tivesse origem de células musculares

A origem das células granulares ainda é incerta, a hipótese mais aceita atualmente, é que a lesão é resultado do metabolismo celular alterado das células de Schawnn ou de seus precursores.

O TCG é uma neoplasia benigna e não sofre transformação maligna, mas existem casos malignos descritos na literatura, representam 1 a 2% dos casos de TCG. O diagnóstico nesses casos se baseiam no acentuado pleomorfismo celular e atividade mitótica acentuada, mesmo assim diagnóstico de malignidade é muito difícil de estabelecer, apesar de que metástases a distância são consideradas indicativas de malignidade.

No caso apresentado a queixa principal e única do paciente era a disfonia contínua, sem história prévia de abuso vocal, nos levando a pensar em lesão estrutural mínima, especialmente nódulos e cistos epiteliais, como o paciente referia tabagismo e etilismo de longa data, idade superior a 60 anos é importante afastar a possibilidade de neoplasia.

CONCLUSÃO:

O TCG é uma neoplasia rara que deve ser considerada nos diagnósticos diferencias dos tumores de laringe. O diagnóstico precoce, associado a criterioso acompanhamento clínico e tratamento, proporciona boa evolução e maiores chances de cura.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-665

TÍTULO: TUMOR DE ÓRBITA DECORRENTE DE SCHWANOMA EM NERVO INFRAORBITAL

AUTOR(ES): ISELENA CLAUDINO BERNARDES , LORENA SOUSA OLIVEIRA, RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO, DANILO RODRIGUES CAVALCANTE LEITE, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: Schwanomas são tumores benignos que se originam das células de Schwann da bainha dos nervos, acometendo principalmente indivíduos entre a segunda e a quarta décadas. Constituem 1-8% de todos os tumores da região de cabeça e pescoço e 1-4% dos tumores orbitais. Os schwanomas orbitais geralmente surgem a partir dos nervos sensoriais e mais frequentemente dos nervos supraorbital e supratroclear, sendo considerado raro o surgimento desse tipo de tumoração a partir do nervo infraorbital. Sintomas como dor e proptose apresentam-se tardiamente, sendo decorrentes do efeito de compressão do tumor. Métodos de imagem auxiliam na localização da lesão, classificando-o anatomicamente em três categorias, a partir da relação entre tumoração e cone muscular, em extraconal, intraconal e intracanalicular. A ressecção cirúrgica é considerada a melhor opção de tratamento, uma vez que evita recidivas e possibilita a cura completa.

OBJETIVO: Relatar um caso de schwanoma de nervo infraorbital diagnosticado e tratado no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano, centro de referência no tratamento oncológico da cidade de João Pessoa ? PB.

METODOLOGIA: Análise da história clínica e cirúrgica de uma paciente portadora de tumor de órbita, além da revisão retrospectiva de seu prontuário.

RESULTADOS: Paciente do sexo feminino, 68 anos, branca, casada, do lar, natural de Bayeux ? PB e procedente de Cabedelo ? PB. Procurou o serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço ao perceber tumoração única, de crescimento lento e consistência endurecida, em órbita esquerda. Tomografia computadorizada de órbitas evidenciou massa tumoral hipodensa, bem delimitada, em região inferior de órbita esquerda, extraconal, além de desvio do septo nasal com convexidade para a esquerda. Não havia destruição óssea, nem sinais de rinossinusite. Realizou-se ressecção cirúrgica da lesão, com abordagem a nível subciliar. O material retirado foi encaminhado para análise anatomopatológica, que revelou neoplasia mesenquial de padrões fusocelular e pleomórfico e presença de cápsula fibrosa peritumoral, sugerindo aspectos morfológicos de schwanoma com atipias degenerativas (?ancient" schwanoma) ou sarcoma de baixo grau histológico. Para confirmação diagnóstica foi solicitada exame imunoistoquímico, que demonstrou positividade difusa para proteína S-100, concluindo que a lesão de órbita esquerda apresentava aspectos de schwanoma.

CONCLUSÃO: Apesar de serem consideradas entidades tumorais raras, os schwanomas que se originam de nervo infraorbital apresentam as mesmas características dos demais schwanomas, sendo, portanto, solitários, bem encapsulados e delimitados, de crescimento lento e com baixo potencial de malignização. Tais características possibilitam cura completa por tratamento cirúrgico. A abordagem subciliar é preferida para excisão de massas localizadas na região inferior da órbita, pois a incisão apresenta excelentes resultados estéticos no pós-operatório.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-666

TÍTULO: TUMOR DE ÓRBITA: CISTO EPIDERMÓIDE COM PROPTOSE OCULAR

AUTOR(ES): RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO , ANGÉLICA RAMOS LIRA, THAÍS DE CARVALHO PONTES, RIVUS ARRUDA FERREIRA, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: Os tumores orbitários são relativamente raros na população geral, totalizando cerca de 8,8% dos tumores oftálmicos. Cistos dermóides e epidermóides estão entre os tumores de órbita mais comuns, compreendendo 3% a 9% de todas as massas orbitais. Os tumores epidermóides intra-orbital são responsáveis por 4-5% de todos os tumores primários nessa localização.

A proptose ocular é uma manifestação clínica comum da doença. Lesões primárias da órbita, como tumores benignos e malignos e condições vasculares, e menos freqüentemente, doenças extra-orbitárias que comprometem a órbita por contigüidade, podem estar associadas à proptose.

No diagnóstico, estadiamento e avaliação pré e pós-cirúrgica de massas paraorbitárias, a tomografia computadorizada exerce papel fundamental, ao definir a extensão anatômica da lesão e a integridade das estruturas adjacentes, além de ser importante na determinação da estratégia cirúrgica.

A ressecção do tumor deve ser completa a fim de se evitar uma inflamação granulomatosa crônica ou recidiva, a qual está associada ao risco aumentado de malignidade.

OBJETIVO: Relatar um caso de cisto epidermóide na cavidade orbitária direita com proptose ocular, diagnosticado e tratado no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CCP) do Hospital Napoleão Laureano (HNL), centro de referência no tratamento oncológico da cidade de João Pessoa ? PB.

METODOLOGIA: Análise da história clínica e cirúrgica de uma paciente portadora de tumor de órbita, além da revisão retrospectiva de seu prontuário.

RESULTADOS: Paciente, 6 anos, feminina, foi encaminhada ao oftalmologista apresentando uma tumoração no olho direito há 4 meses. Ao exame, diagnosticou-se baixa acuidade visual à direita. A ultrassonografia sugeriu uma tumoração retroorbitária.

Foi encaminhada ao Hospital Napoleão Laureano onde foram observados proptose do olho direito e vários linfonodos cervicais e submandibulares menores que 1cm, além de adenomegalia cervical direita medindo 2x1,5cm.

A tomografia de crânio e órbita evidenciou um processo expansivo sólido na cavidade orbitária direita que capta discretamente o contraste, com contornos definidos, medindo cerca de 2,5x2 cm, de localização extraconal e superolateral, que comprime e desloca o globo ocular medial e anteriormente.  A tomografia de tórax mostrou alargamento do mediastino superior por adenomegalia.

Após 2 meses, realizou-se a cirurgia, com envio de amostras para exame anatomopatológico o qual diagnosticou cisto epidermóide. O procedimento cirúrgico envolveu incisão semilunar em canto externo do olho direito com dissecção e ressecção de tumor de partes moles de órbita direita.

CONCLUSÃO: Na faixa pediátrica, lesões expansivas da órbita de caráter cístico são comumente encontradas, sendo tais lesões geralmente diagnosticadas na infância.

Os cistos epidermóides são produzidos por epitélio escamoso queratinizado, sendo preenchidos por queratina, fendas de colesterol ou componentes de sangue degenerados e se distingue dos dermóides por não apresentar anexos da pele em suas paredes.

A proptose ocular é o maior sinal clínico das doenças orbitárias. A proptose unilateral pode está associada ao comprometimento muscular extraocular ou diplopia. No presente caso, o principal sinal foi a proptose com deslocamento medial e anterior do globo ocular.

Como tratamento, foram realizadas a dissecção e a ressecção do tumor.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-667

TÍTULO: TUMOR DE POTT: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ISABEL BARROS ALBUQUERQUE E SILVA , JOSÉ PEREIRA DOS SANTOS NETO, LIA ANDRÉA COSTA DA FONSÊCA, LICEANA BARBOSA DE PÁDUA, MARIANE MENDES GIL BARBOSA, TIARA DE SENNA PEREIRA FONTES IBIAPINA, ERICK BARROS ARAÚJO LUZ

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ-NOVAFAPI

INTRODUÇÃO: Tumor de Pott é uma comorbidade infreqüente caracterizada por um ou mais abscessos subperiosteais do osso frontal associado à osteomielite subjacente.(1) As causas principais deste tumor são trauma e rinossinusite (RS). A epidemiologia demonstra uma maior freqüência entre crianças, adolescentes e imunocomprometidos. (1,2) RELATO DE CASO: J.M.G.S.J., sexo masculino, 23 anos, apresentou-se na emergência de um hospital público de Teresina, com queixa de dor, calor e abaulamento em região de glabela de início insidioso há duas semanas, associado à febre. Relatou cefaléia frontal e descarga pós-nasal de início há um mês. Fez uso de analgésicos, obtendo discreta melhora da cefaléia. Negou tabagismo, etilismo. Foram prescritos clindamicina, ceftriaxona e hidrocortisona. Ao exame: olho direito sem alterações, olho esquerdo com limitação da supradução, edema e eritema em região de glabela. Rinoscopia anterior: secreção purulenta em meatos médios esquerdo e direito. TC de crânio sem contraste: lesão sólida expansiva em região subgaleal frontal mediana, com extensão para o seio frontal e células etmoidais esquerdas, determinando destruição das paredes ósseas anterior e posterior do seio frontal, medindo 6x4 cm. Laboratório: Hb 14,0; Ht 43,8; leucócitos 17230; bastões 0; segmentados 81,0; plaquetas 194.000, anti-HIV negativo. Foi submetido a cirurgia endoscópica endonasal sob anestesia geral com incisão de Lyach-Weber à esquerda, descolamento do osso doente com retirada da tábua anterior do osso frontal (região com osteomielite), identificação do óstio frontal para sondagem, etmoidectomia e antrostomia à esquerda endonasais. Conduta no pós-operatório: lavagem nasal e observação. Evoluiu sem queixas no pós-operatório. TC de crânio pós-cirurgia evidenciou ressecção das paredes anterior e posterior do seio frontal, com material de densidade de partes moles preenchendo parcialmente as cavidades remanescentes, de provável natureza inflamatória ou cicatricial. Alta hospitalar após 27 dias de internação com prescrição de lavagem nasal, antibioticoterapia e orientações. DISCUSSÃO: O tumor de Pott é considerado uma complicação rara da RS do seio frontal, apresentando-se com maior freqüência em pacientes imunocomprometidos.(2) Na era moderna dos antibióticos, este tipo de complicação tornou-se incomum. (3) A grande maioria dos casos de tumor de Pott ocorre em crianças e adolescentes, já que o seio frontal se torna pneumatizado com seis anos de idade e atinge configuração adulta em torno dos 15 anos, proporcionando que o sistema venoso local comunique a mucosa sinusal com a trabécula óssea, favorecendo o desenvolvimento de osteomielite. (3,4) CONCLUSÃO: O paciente em questão é um caso incomum por se tratar de um adulto jovem imunocompetente sem história prévia de RS. Logo, por ser uma patologia rara e grave, torna-se essencial a divulgação do conhecimento sobre esta enfermidade. Diagnóstico precoce e tratamento adequado são imprescindíveis para evitar seqüelas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-668

TÍTULO: TUMOR DE WARTHIN BILATERAL ? RELATO DE CASO

AUTOR(ES): DENISE BRAGA RIBAS , DANIEL ZENI RISPOLI, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, EMERSON FRANCESCHI, FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DA CRUZ VERMELHA ? FILIAL DO PARANÁ

RESUMO

O cistoadenoma papilífero linfomatoso, também conhecido como tumor de Warthin, é uma neoplasia benigna incidente principalmente nas glândulas parótidas. Atualmente, acredita-se que o tecido linfóide seja responsável por esta neoplasia. Possui uma interessante associação com o tabagismo, uma vez que nenhum outro tipo de tumor benigno de parótidas foi associado a este hábito. Relatamos o caso de um paciente masculino, I.D.B., 66 anos, branco, o qual retorna em nosso serviço, 10 anos após a exérese de tumor de glândula parótida esquerda com o diagnóstico anatomopatológico de Tumor de Warthin. Queixa-se de aumento de volume na região da glândula parótida à direita. Ao exame massa tumoral de 5cm de diâmetro em região da parótida direita, sem linfonodos palpáveis. Exame ecográfico mostrando lesão cística de 4 cm na glândula parótida direita. Submetido a cirurgia para exérese da lesão em glândula parótida direita em abril de 2009 com diagnóstico anatomopatológico de Tumor de Warthin. Tumores de glândulas salivares bilateral são incomuns, representam cerca de 1.1% das lesões de glândulas salivares maiores e apenas cerca de 0.7% das lesões da glândula parótida. O tumor de Warthin é um tumor parotídeo multifocal mais comum, sendo 4% e 7.5% são bilaterais.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-669

TÍTULO: TUMOR DESMÓIDE EM REGIÃO CERVICAL

AUTOR(ES): ISELENA CLAUDINO BERNARDES , LORENA SOUSA OLIVEIRA, DANILO RODRIGUES CAVALCANTE LEITE, RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: Tumor desmóide é uma fibromatose rara não metastizante oriunda do sistema musculoaponeurótico profundo. De acordo com o local de ocorrência, pode ser classificado em intra-abdominal, abdominal e extra-abdominal.  Esta representa um terço dos tumores desmóides e pode ocorrer em qualquer parte do corpo, afetando principalmente adultos, com pico de incidência entre 25 e 35 anos. Apenas 10% a 25% dos tumores desmóides extra-abdominais localizam-se na região de cabeça e pescoço, com maioria localizada em região supra-clavicular seguida de face, cavidade oral, couro cabeludo e seios paranasais. A etiologia é incerta, porém fatores genéticos, endócrinos e iatrogênicos podem precipitar a doença. Ao contrário de outras neoplasias benignas de cabeça e pescoço, este tumor apresenta alto grau de agressividade local, chegando a invadir estruturas neurovasculares importantes. A ressecção inicial agressiva com margens amplas é importante para evitar recidivas e o papel da terapia adjuvante ainda é controverso.

OBJETIVO: Relatar um caso de tumor desmóide em região cervical diagnosticado e tratado no serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Napoleão Laureano, centro de referência no tratamento oncológico da cidade de João Pessoa ? PB.

METODOLOGIA: Análise da história clínica e cirúrgica de um paciente portador de tumor desmóide, além da revisão retrospectiva de seu prontuário.

RESULTADOS: Paciente masculino, 40 anos, branco, solteiro, natural e procedente de João Pessoa ? PB.  Foi encaminhado ao ambulatório de Cirurgia de Cabeça e Pescoço com tumoração em região cervical posterior com extensão de 14 cm, endurecida e móvel. Havia sido tratada anteriormente em outro serviço, e o laudo anatomopatológico evidenciou lesão proliferativa fusocelular e o estudo imunoistoquímico complementar sugeriu fibromatose musculoaponeurótica de partes moles. Linfonodos cervicais clinicamente negativos. À Tomografia computadorizada cervical, massa extensa em dorso à esquerda com plano de clivagem. Realizada ressecção da tumoração e rotação de retalho miocutâneo. O novo laudo anatomopatológico sugeriu fibromatose desmóide com margens cirúrgicas livres. Paciente segue em acompanhamento há 6 meses, sem sinais de metástase ou recidiva.

CONCLUSÃO: A maioria dos casos desse tipo de fibromatose localiza-se em região pélvica, porém os casos que acometem a região de cabeça e pescoço apresentam-se mais frequentemente na região cervical como o caso apresentado. O tumor desmóide é uma neoplasia com altos índices de recidiva, 25% quando é possível realizar a ressecção completa e 80% quando a ressecção é incompleta. O caso apresentado trata-se de uma recidiva tratada anteriormente em outro serviço, portanto não há a informação sobre as margens obtidas na primeira ressecção. Foi feita a opção pela ressecção cirúrgica agressiva com margens amplas, sem tratamento adjuvante. O paciente encontra-se em seguimento há 6 meses, sem sinais de  recidiva.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-670

TÍTULO: TUMOR GIGANTE EM LÁBIO: UMA ABORDAGEM CIRÚRGICA EM 3 ETAPAS

AUTOR(ES): FELIPE BARBOSA LIMA , SARAH HANNA DE CARVALHO ANDRADE, JÚLIO CÉSAR GARCIA DE ALENCAR, SUYANE BENEVIDES FRANCO, FLÁVIUS VINÍCIUS CABRAL SOARES, YURI DE MORAES FACÓ, DÉBORA JUAÇABA CAVALCANTE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO: Hemangiomas são os tumores mais comuns da infância, ocorrendo em 5-10% das crianças até um ano de idade. Apesar do manejo conservador ser usualmente proposto, a presença desses tumores em face pode resultar em complicações severas e indicar o tratamento cirúrgico.

OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de hemangioma gigante em lábio inferior com reconstrução em três etapas e revisar as opções terapêuticas do hemangioma da infância.

METODOLOGIA: Foi realizada revisão do prontuário da paciente.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino admitida aos 4 anos, no Serviço de Cirurgia Plástica do HUWC e hospitais credenciados, apresentando tumoração em lábio inferior, com relato de dor e sangramento local que dificultavam a alimentação e aspecto estético não desejável. A lesão manifestou-se como uma mácula eritematosa nos primeiros dias de vida e evoluiu para uma tumoração de aspecto irregular, ulcerado, com sangramento ativo e medindo 6 x 5 cm, aventando o diagnóstico de hemangioma da infância. Optou-se por realizar tratamento cirúrgico em três etapas, com a técnica lip shave. No primeiro tempo cirúrgico realizou-se excisão elíptica da lesão e reconstrução imediata, através do descolamento da mucosa até o rebordo alveolar inferior, e avanço do retalho para substituição do vermelho labial. Nos segundo e terceiro tempos cirúrgicos, foi realizado novamente a técnica do lip shave, corrigindo falhas na transição cutâneo-mucosa observadas após o primeiro tempo.  A paciente evoluiu sem complicações ou intercorrências importantes, recebendo alta aos 18 anos de idade. 

DISCUSSÃO: O hemangioma de lábio inferior, por ter uma involução demorada, pode promover desfiguração nos pacientes não tratados.  Entre as opções de tratamento descritas na literatura estão a corticoterapia sistêmica ou intra-lesional e tópica, quimioterapia, laser, crioterapia e radioterapia. A cirurgia é geralmente indicada nos casos de emergência, naqueles em que não há resposta ao tratamento sistêmico ou ainda por razões estéticas, pode ser empregada sobre a forma de embolização, ligação arterial seletiva ou exérese simples com ou sem reconstrução plástica.

CONCLUSÃO: A técnica do lip shave com reconstrução do vermelhão do lábio realizada constituiu-se uma ótima opção para o tratamento do presente caso, uma vez que permitiu a regressão da lesão com cicatrização satisfatória de ótimo aspecto estético. Proporcionou para paciente, ainda, um retorno à sociedade e um acréscimo relevante à sua qualidade de vida.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-671

TÍTULO: TUMOR INFLAMATÓRIO MIOFIBROBLASTICO DA LARINGE

AUTOR(ES): CRISTIANO ROBERTO NAKAGAWA , CARLOS ROBERTO BALLIN, LILIAN BORTOLON, TATIANA OGATA, GYL RAMOS

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: O tumor inflamatório miofibroblástico, ou pseudo-tumor inflamatório, é um tumor raro, de etiologia desconhecida, composto por células fusiformes e células presentes em processos inflamatórios. Sua proliferação é benigna e está associado a anormalidades genéticas. O pulmão é o órgão mais acometido. A laringe é um local incomum de origem deste tumor, fato que impede o pleno conhecimento de suas particularidades, dificultando o correto diagnóstico e tratamento.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 12 anos de idade, com queixa de dificuldade para respirar, com evolução de 60 dias, acompanhado por estridor e rouquidão. Paciente negava dor, emagrecimento e febre, não apresentava comorbidades.  Exame físico geral sem particularidades. O paciente fazia uso de fosfato sódico de predinisolona e ciclesonida.  A tomografia computadorizada mostrou um espessamento da prega vocal direita com extensão para espaço intra-glótico. A laringoscopia revelou uma tumoração sub-glótica à direita de aspecto irregular e sem áreas angiomatosas, hemorrágicas ou ulceradas, obstruindo aproximadamente 80% da luz. A biópsia teve como resultado: tecido de coloração castanho-avermelhado, granuloso, firme e friável e com proliferação de células atípicas. O diagnóstico definitivo veio com o estudo imunohistoquímico da lesão.

DISCUSSÃO: O tumor miofibroblástico inflamatório é um tumor mesenquimatoso encontrado principalmente em jovens. Histologicamente é composto por células espino-celulares miofibroblásticas, infiltrado linfocitário, células plasmáticas e células inflamatórias de reação aguda. São classificados em três tipos histológicos, sendo a etiologia incerta. Alguns pesquisadores a consideram como resposta imunológica a diferentes estímulos, como: agentes infecciosos, tecido necrótico, tumores e corpos estranhos, ou ainda mecanismo neoplásico. Na laringe é muito raro, sendo as cordas vocais o local mais acometido. O tumor provoca sintomas de disfagia, disfonia, dispnéia, rouquidão e estridor. A lesão é indolente, aspecto nodular, com superfície lisa, polipóide ou pedunculada, raramente recidivante e não metastática. O paciente apresentava análise macroscópica da lesão com coloração castanho, aspecto granuloso, firme e friável.  O tumor imita lesões espino-celulares, diferenciando-se, no entanto, por apresentar poucas mitoses, baixo grau de pleomorfismo nuclear e imunofenotipagem positiva para vimentina e actina, com citoqueratina escassa. À microscopia eletrônica, revela predomínio de células espinocelulares. A imunohistoquímica  é positiva em 89 a 99% para a vimentina e em 89% para a actina. Este tipo de lesão deve ser levado como possibilidade quando o estudo histológico for de característica inflamatória, porém inconclusivo. Esta patologia tem vários diagnósticos diferenciais, pode ter difícil diferenciação com lesões malignas e induzir a tratamentos mais invasivos do que realmente se necessita. A principal forma de tratamento é a excisão local do tumor, juntamente com corticoterapia. Tratamentos endoscópicos tiveram recidiva de 5 a 25%.

CONCLUSÃO: O tumor mioinflamatório fibroblástico de laringe é uma entidade patológica rara, com preferência por  jovens, podendo atingir diferentes faixas etárias, com sintomatologia semelhante. Embora sua classificação em maligno ou não ainda cause divergências, este deve ser totalmente retirado por sua tendência a recorrências.         

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-672

TÍTULO: TUMOR MALIGNO NASAL: A PRIMEIRA RESSECÇÃO É SEGURA?

AUTOR(ES): DOUGLAS HENRIQUE SANTIAGO DE OLIVEIRA , ISELENA CLAUDINO BERNARDES, LORENA SOUSA OLIVEIRA, ANA LÍLIAN DE AGUIAR, FRANCISCO CRISTIANO SOARES MACENA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO, JOÃO PESSOA - PB.

INTRODUÇÃO: Segundo estimativas do INCA, o câncer de pele é o de maior incidência no país. O carcinoma epidermóide é a segunda neoplasia maligna de pele mais comum no mundo, perdendo apenas para o carcinoma basocelular. A sua incidência aumenta após os 40 anos de idade, sendo mais comum em homens. Embora esse tipo de neoplasia tenha baixa letalidade, a demora no diagnóstico pode levar a deformidades físicas e alterações psicoemocionais capazes de influenciar na qualidade de vida. A recidiva está associada ao tamanho do tumor, grau de diferenciação histológica, profundidade da lesão, comprometimento perineural, sítio anatômico e estado imune do paciente.

OBJETIVO: Relatar e discutir um caso de recidiva de carcinoma espinocelular na região nasal.

METODOLOGIA: Relato de um caso a partir da avaliação clínica e revisão de prontuário do setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço em hospital referência em tratamento oncológico no estado da Paraíba.

RELATO DO CASO: Paciente de 57 anos, masculino, casado, agricultor, natural e procedente de Teixeira-PB. Procurou o serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço para avaliação de recidiva de lesão ulcero infiltrativa em região nasal com destruição de toda pirâmide nasal.  A lesão tumoral surgida há 2 anos foi tratada, em outro serviço, com ressecção acrescida de reconstrução no mesmo tempo cirúrgico. O laudo anatomopatológico revelou carcinoma espinocelular. Neste segundo tratamento, optou-se pela ressecção ampla da lesão uma vez que havia comprometimento de estruturas ósseas, cartilaginosas e musculares, sendo, portanto, realizada maxilectomia anterior; ressecção de fossas nasais, parede lateral da cavidade nasal, vestíbulo nasal e osso nasal. O exame anatomopatológico evidenciou carcinoma espinocelular moderadamente diferenciado multifocal, com margens cirúrgicas livres de lesão maligna. O paciente é portador do vírus HIV e está atualmente, em esquema de radioterapia adjuvante. A nova reconstrução nasal será feita posteriormente, após seguimento do paciente sem quaisquer sinais de recidiva.

CONCLUSÃO: Embora as grandes ressecções nasais estejam diminuindo sua frequência, tornando a reconstrução nasal um procedimento particular, ainda é possível referir que os carcinomas basocelular e espinocelular constituem a principal indicação clínico cirúrgica. Assim, para o tratamento destes tumores estaria recomendada a estratégia pautada em três estágios. No primeiro, é feita uma ressecção ampla da lesão com margens cirúrgicas livres; no segundo, acompanhamento do paciente por oito a 24 meses; no terceiro, se não forem constatados sinais de recivida, reconstrução do defeito nasal. No caso apresentado, optou-se por esse seguimento uma vez que o paciente apresenta situações favoráveis a recidiva como, por exemplo: primeira ressecção em outro serviço sem informação sobre margens cirúrgicas livres, imunodepressão e, exposição frequente à luz solar e a agentes agrotóxicos potencialmente cancerígenos.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-673

TÍTULO: ÚLCERA DE MARJOLIN DO ESCALPO. EXERÉSE E RECONTRUÇÃO COM RETALHO MICROCIRÚRGICO

AUTOR(ES): FLAVIO MASSAO MIZOGUCHI , ADRIANO DAMASCENO LIMA, LICIA SAYURI TANAKA, GLAUBER TERCIO DE ALMEIDA, CLAUDIA EMI HASHIMOTO, ANDRE ARMANI, REINALDO MINORU KUWAHARA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDA ESTADUAL DE LONDRINA

INTRODUÇÃO: A reconstrução de defeitos do couro cabeludo é sempre um desafio cirúrgico, principalmente se o defeito a ser tratado é extenso, se o osso da calota foi removido ou se há algum defeito da duramater a ser reconstruido. São várias as opções de reconstrução desta área, mas desde o desenvolvimento das técnicas microcirúrgicas para a confecção de retalhos livres, estes passarão a ser a primeira escolha para os defeitos extenso do escalpo. A degeneração maligna de cicatrizes de queimaduras não tratadas corretamente, conhecida como úlcera de Marjolin, requer um tratamento preferencialmente com cirurgia radical, quando acomete o couro cabeludo, podem levar a defeitos que necessitem de uma reconstrução microcirúrgica

RELATO DE CASO: ACM, masculino, caucasiano, 35 anos, com história de queimadura térmica do couro cabeludo aos 5 anos de idade, que foi negligenciada e cicatrizou por segunda intenção. Há 10 anos notou formação de pequena úlcera na cicatriz, que progressivamente ocupou toda sua extensão, durante todo este período não foi suspeitado de transformação malígna. Uma biópisa do local revelou carcinoma basocelular. Ao exame Apresentava-se com ulcera rasa de 15x12 cm da região parieto-temporal esquerda, sem lifonodos cervicais suspeitos. Uma tomografia mostrou comprometimento da tábua externa do crânio da região. O paciente foi submentido a exerése da lesão com retirada de todo osso acometido, não foi necessária a remoção da duramater. Realizada cranioplastia com metacrilato e retalho livre microcirúrgico do musculo reto abdominal para a cobertura do defeito de partes moles. O exame anátomopatológico da peça confirmou o carcinoma basocelular, com margens livres. O paciente segue em acompanhamento ambulatorial, sem evidência de infecção ou recidiva da doença

DISCUSSÃO: Úlcera de Marjolin, uma transformação maligna da pele cronicamente inflamada ou traumatizada22, é uma condição rara, que afeta principalmetne áreas queimadas com cicatrização por segunda intenção. Estima-se que 0,7% destas feridas possam sofrer este processo. A etiologia dessa transformação maligna  não é completamente entendida, sendo os principais fatores  propostos a  produção de toxinas pelo tecido cicatricial, uma menor imunidade local, drenagem linfática ineficiente, entre outros33. Um período de latência de 30 anos, entre a injúria e o aparecimento do carcinoma é o mais comum, porém períodos menores não são infrequentes. O tipo histológico mais comum desta patologia é o carcinoma espino celular, seguido do carcinoma baso celular, outros tipos histológicos são relatados de forma rara. O tratamento de escolha é o cirúrgico, com exérese ampla e linfadenectomia em tipos histológicos mais agressivos. Os retalhos microcirúrgicos são a melhor escolha nas reconstruções em cabeça e pescoço, incluindo o escalpo.

CONCLUSÃO: Este caso nos lembra que alterações em cicatrizes não dever ser negligenciadas, pois a sua transformação malígna pode ocorrer, mesmo em pacientes jovens, necessitando de tratamento agressivo. Os retalhos microcirúrgicos nas grandes reconstruções, principalmente em cabeça e pescoço são a grande alternativa no presente, devendo sempre ser consideradas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-674

TÍTULO: USO DA RADIOTERAPIA EM PARAGANGLIOMA JÚGULO TIMPÂNICO

AUTOR(ES): CAMILLA BEZERRA DA CRUZ MAIA , JULIA ALVES DE AZEVEDO, ISABELLE MURY, MARCIO OSÓRIO ARAÚJO, FELIPPE FELIX

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO: Os tumores glômicos, também chamados de paragangliomas, são formados por células não cromafins e são tipicamente vasculares, formados por vasos capilares e pré-capilares, interposto por células epiteliais, sendo importante a suspeita diagnóstica quando evidenciado lesão vinhosa na porção inferior da membrana timpânica associada a zumbido pulsátil e hipoacusia. A investigação através de tomografia computadorizada e ressonância magnética  complementam o diagnóstico. Relato de caso: C.P.L., 82 anos, feminina, casada, aposentada, natural e procedente de Itaguai . Queixava-se de otalgia e otorréia há 20 anos, evoluindo para hipoacusia. Há 2 anos, apresentou otorragia e procurou o serviço de otorrinolaringologia do HSE, onde evidenciou lesão tumoral vinhosa pulsátil na otoscopia a esquerda. Solicitou-se Tomografia de mastóide e RNM de crânio. Devido à idade avançada e ao envolvimento carotídeo, o tratamento escolhido foi a radioterapia com 25 sessões. DISCUSSÃO: O glomus júgulo timpânico é um tumor raro, que com a anamnese, exame otorrinolaringológico e exames de imagem dão o diagnóstico da lesão. Há a opção de cirurgia (grande maioria dos casos) e de radioterapia, sendo esta optada no caso acima. CONCLUSÃO: Relatar a radioterapia como opção tratamento nos tumores glômicos.

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TRABALHO CLÍNICO

P-675

TÍTULO: USO DA VITAMINA A NO TRATAMENTO DE LEUCOPLASIAS DE PREGAS VOCAIS - REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): CRISTIANO ROBERTO NAKAGAWA , GYL HENRIQUE ALBRETCH RAMOS, TATIANA MAUAD PATRUNI, DENIS MASSAMITSU ABE, HUGO VINICIUS VASSELAI, ANA PAULA DINIZ IWAMURA, ADRIEL MARTINS

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL DA SANTA CASA DE CURITIBA - PUC/PR

INTRODUÇÃO:

A leucoplasia de prega vocal é uma lesão indicativa de deposição de queratina na superfície do epitélio, o qual pode se tornar displásico e progredir para um carcinoma (1 a 40%). Nos Estados Unidos a incidência anual de queratose de prega vocal é de 10,2 em homens e 2,1 em mulheres a cada 100.000, na população. Apesar dos avanços no tratamento de CEC, a sobrevida em cinco anos apresentou apenas um pequeno aumento, por isso a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da leucoplasia. No Brasil representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área  e 2% de todas as doenças malignas. Além disso, a leucoplasia na prega vocal por si só pode causar disfonia, influindo nas relações sociais, comprometendo o desempenho nas atividades laborais, limitando a qualidade de vida dos pacientes. A vitamina A é conhecida por estar envolvida na mediação da regulação gênica e diferenciação do epitélio traqueobrônquico, e vem sendo usada no tratamento conservador de leucoplasia laríngea, porém seu papel no epitélio das cordas vocais ainda não foi bem documentado.

OBJETIVO:

O objetivo do presente artigo é descrever uma revisão bibliográfica sobre a eficácia da vitamina A no tratamento das leucoplasias de pregas vocais.

MÉTODO:

Esta revisão foi realizada em junho de 2010 na Biblioteca Virtual em Saúde ? BVS, utilizando a Literatura da América Latina e do Caribe em Ciências da Saúde ? LILACS e da Literatura Internacional ? MEDLINE. O período avaliado foi de 1972 a 2010, utilizando-se os termos: ?leucoplasia?, ?vitamina A? e ?pregas vocais? como palavras-chave.

CONCLUSÃO:

Apesar da vitamina A ser utilizada no tratamento de  leucoplasias de laringe, a dose e duração deste tratamento ainda permanecem controversos. Trabalhos mostram que as doses utilizadas variam de 200.000UI por semana a 1.500.000UI por dia associadas ou não a corticóides inalatórios ou a outros retinóides. Em geral, doses terapêuticas da vitamina A são próximas ou até maiores do que as recomendadas nas bulas da medicação provocando efeitos colaterais, tais como: xerodermia, queilite, hipertrigliceridemia e conjuntivite. Ainda faltam estudos de evidência A para comprovar a verdadeira eficácia tanto da sua utilização quanto da posologia adequada como tratamento.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-676

TÍTULO: USO DE AMPLIFICAÇÃO BILATERAL EM UM CASO COM INTERFERÊNCIA BINAURAL E ZUMBIDO: RELATO DE CASO.

AUTOR(ES): MAUREN ROCHA DE FARIA , ADRIANA LAYBAUER DA SILVEIRA

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA

Paciente de 85 anos, feminina, esteve em consulta otorrinolaringológica, na Clínica Lavinsky em Porto Alegre, para controle audiológico devido a um aumento significativo na percepção do zumbido após acidente vascular encefálico isquêmico. A paciente foi encaminhada para avaliação audiológica e revisão dos aparelhos auditivos em uso. 

A audiometria tonal liminar mostrou uma perda auditiva assimétrica. Na orelha direita (OD) apresentava perda sensorioneural moderada, conforme classificação de Davis & Silverman (1970). Na orelha esquerda (OE) apresentava perda mista profunda. Na audiometria vocal observou-se diminuição importante na discriminação auditiva da orelha direita (40% palavras com monossílabas e 56% dissílabas) e apenas percepção de fala na orelha esquerda.

Quanto aos aparelhos auditivos a paciente os utiliza há vários anos, em ambas orelhas, porém nos últimos três anos com muita dificuldade de inteligibilidade. Atualmente utiliza aparelhos auditivos com tecnologia digital de última geração, modelo CIC na OD e BTE na OE. Após avaliação in situ evidenciou-se que o alvo do ganho foi atingido em ambas orelhas. A inteligibilidade com palavras na situação unilateral direita foi 32% melhor que na situação bilateral. Com base nos achados do teste de fala, em um primeiro momento a paciente foi instruída a utilizar somente o aparelho na OD, pois havia a presença de interferência binaural. Também se orientou o início de um treinamento auditivo para viabilizar uma futura utilização bilateral. Após quatro dias a paciente retornou utilizando os aparelhos auditivos em ambas as orelhas com a mesma queixa de dificuldade de compreensão, porém referindo ausência na percepção do zumbido. Neste momento a regulagem do aparelho em uso na OE foi reavaliada. O ganho do aparelho foi reduzido ao máximo para proporcionar a inibição do zumbido, mas não prejudicar a inteligibilidade. Atualmente a paciente não percebe mais o zumbido, pois o aparelho auditivo da OE atua na inibição do zumbido enquanto a inteligibilidade é dada pelo aparelho auditivo da OD. A mesma não aceitou a proposta do treinamento auditivo e encontrasse em acompanhamento otorrinolaringológico.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-677

TÍTULO: USO DE DISTRATOR EXTERNO HALOCRANIANO PARA RESGATE DE AVANÇO FRONTO-FACIAL MONOBLOCO EM SÍNDROME DE APERT APÓS FALÊNCIA DE DISTRATOR INTERNO ABSORVÍVEL

AUTOR(ES): ANDERSON CASTELO BRANCO , ADRIANO SANTANA FONSECA, NILVANO ALVES DE ANDRADE, RENATO MARIANO NUNES, ANDRE VITAL

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DA BAHIA - UNIDADE DE OTORRINOLARINGOLOGIA DR. NILVANO ALVES DE ANDRADE

INTRODUÇÃO

A Síndrome de Apert é uma doença de caracter autossômica dominante resultado de mutações do gene FGFR2. Caracteriza-se por grande potencial de retardo do desenvolvimento neuropsicomotor, além uma expressão fenotípica própria com: crânio braquicefálico consistente com sinostose bicoronal, deslocamento anterior da fontanela, retrusão orbital bilateral, hipoplasia severa do terço médio da face, aumento da distância interorbital e sindactilia simétrica de mãoes e pés. A deformidade de terço médio da face, resultado da hipoplasia  severa da face contribui para o quadro de roncos e respiração oral de suplencia.

OBJETIVO

O Objetivo deste relato é apresentar o caso de um paciente de 8 anos de idade portador de Síndrome de Apert associado a quadro de roncopatia e respiração oral de suplência com sono agitado. O mesmo não havia sido tratado previamente para sua deformidade e vinha em acompanhamento com neuropediatra.

MATERIAL E MÉTODOS

O menor TBB, 8 anos foi submetido neste hospital em Julho de 2009 a cirurgia para avanço fronto facial em monobloco com utilização de material absorvível  Lactosorb® da marca BIOMET / W. Lorenzs. Após 30 dias da cirurgia já haviam sido ativados os distratores em 25mm. O menor passou a evoluir com dor e sinais de flogose periorbital. Foi constatado então pelo exame físico e estudo de imagem que o distrator absorvivel havia quebrado. Optou-se então pela utilização de dispositivo externo halocranioano (RED ? KLS Martin) após 60 dias da primeira cirurgia. Foram refeitas a maior parte das osteotomias e adaptado o novo distrator. Ao final de 15 dias houve o avanço fronto facial pretentido de cerca de 25mm.

RESULTADO

Atualmente o tratamento com utilização de técnica e distração osteogência tem sido amplamente utilizado nos paciente portadores de deformidades craniofaciais congênitas. Essa alternativa, no entanto, não se mostrou eficaz uma vez que não suportou a carga do avanço fronto-facial. Houve necessidade de cirurgia para intervenção e resgate do tratamento de alongamento ósseo proposto.

DISCUSSÃO

A utilização dos distratores absorvíveis para avanço fronto-facial em monobloco em nosso paciente não se mostrou eficaz apesar da indicação do produto, pelo fabricante, para paciente da mesma faixa etária do TBB, 8 anos. O distrator absorvível não foi capaz de suportar a carga necessária para o tipo de movimentação de alongamento ósseo.

Os distratores ósseos externos do tipo halocraniano ainda são a melhor alternativa comparados aos distratores internos absorvíveis e não-absorvíveis. Por fim, costumam ser muito bem tolerados pelos pacientes e familiares e sua maior desvantagem é o risco de acidentes.

CONCLUSÃO

Os distratores externos ainda são comprovadamente os dispositivos mais eficazes para esse tipo de movimento em face. Dispositivos internos não absorvíveis tem a desvantagem de necessitar de novo procedimento de mesmo porte para remoção. Os dispositivos internos absorvíveis seriam uma solução a esse problema, no entanto, sua utilização nessa faixa etária de pacientes ainda apresenta problemas relacionados a fragilidade do material. 

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-678

TÍTULO: USO DE PROPRANOLOL NO TRATAMENTO DE HEMANGIOMA SUBGLOTICO

AUTOR(ES): CLÁUDIA SCHWEIGER , MARIANA MAGNUS SMITH, CÁTIA SALEH, LARISSA ENÉAS, DENISE MANICA, ELISABETH SEITZ

INSTITUIÇÃO: NÚCLEO DE VIA AÉREA PEDIÁTRICA - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO - PORTO ALEGRE/RS

INTRODUÇÃO: O hemangioma é o tumor mais comum na infância, com crescimento no primeiro ano de vida. A maioria regride espontaneamente, porém pode apresentar-se como um tumor volumoso com comprometimento estético e funcional. Em alguns casos, pode ser até mesmo ameaçador à vida, com obstrução da via aérea. Até o momento, a corticoterapia é o tratamento medicamentoso de escolha. Contudo, relatos na literatura têm descrito o propranolol como uma alternativa terapêutica, mostrando rápida regressão dos hemangiomas quando utilizado durante a fase proliferativa, com mínimos efeitos adversos. 

OBJETIVO: Descrever a resposta ao uso do propranolol como único tratamento para hemangioma subglótico.

CASO CLÍNICO: Prematuro extremo com falhas de extubação por estenose subglótica congênita foi submetido a laringotraqueoplastia com boa evolução. Aos 2 meses de vida, ainda hospitalizado para ganho ponderal, voltou a apresentar quadro de obstrução respiratória alta, sendo novamente necessária intubação. Ao exame físico, neste momento, havia hemangioma cutâneo no dorso, que a mãe referia ter aumentado rapidamente em 1 semana. À endoscopia de via aérea apresentava hemangioma subglótico com obstrução de 70% da luz. Foi optado por tratamento com propranolol, na dose de 2mg/kg/dia. Com sete dias de tratamento, foi possível extubar o paciente com sucesso. Houve regressão significativa da lesão cutânea do dorso, assim como da lesão subglótica.

DISCUSSÃO: Os hemangiomas subglóticos são patologias graves e potencialmente fatais se não diagnosticados e tratados precocemente. O paciente em questão cursou com estenose subglótica congênita e hemangioma subglótico, reforçando o descrito na literatura de que até 40% dos pacientes com uma lesão congênita de via aérea apresentam uma segunda lesão. Neste caso optamos pelo uso do propranolol como única terapia e obtivemos excelente resultado, sem os paraefeitos da corticoterapia crônica.  Pela nossa revisão da literatura, este foi o primeiro uso de propranolol para hemangioma subglótico em nosso meio.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-679

TÍTULO: USO DE RETALHO SEPTAL E PERICONDROMUCOSO PARA RECONSTRUÇÃO DE ASA NASAL E PAREDE LATERAL

AUTOR(ES): SARAH HANNA DE CARVALHO ANDRADE , FELIPE BARBOSA LIMA, RAFAELA MAGALHÃES VILLAS BÔAS, FLÁVIUS VINÍCIUS CABRAL SOARES, JÚLIO CÉSAR GARCIA DE ALENCAR, FELIPE DAMASCENO FONTENELLE LEITE CAMPOS, YURI DE MORAES FACÓ

INSTITUIÇÃO: LIGA DE CIRURGIA PLÁSTICA E MICROCIRURGIA RECONSTRUTIVA - UNIVERSIDADE FEDEREAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO: O nariz é a parte mais proeminente da face sendo por isso a estrutura anatômica mais visível. O câncer de pele tipo não melanoma é o mais frequente no Brasil sendo o nariz região de incidência elevada devido à relação deste com a exposição aos raios solares. A complexidade da reconstrução nasal deve-se à variedade de tecidos que constituem a estrutura nasal associando a uma reduzida área doadora local para reconstrução. Para facilitar o planejamento da reconstrução pode-se dividir o nariz em subunidades estéticas: dorso, laterais, ponta, asa e columela. O presente relato tem como objetivo demonstrar a possibilidade da utilização de retalhos de cartilagem septal e de mucosa nasal na reconstrução de defeitos de asa e parede lateral do nariz, restaurando a funcionalidade da válvula nasal externa. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino de 64 anos com história de ter sido submetida à exérese de tumor nasal há 15 anos. Permaneceu sem acompanhamento médico até três anos quando apresentou nova lesão na área ressecada. Foi submetida, em outro serviço, a ressecção completa de lesão nasal em plano total associada à radioterapia 25 ciclos. O histopatológico da lesão mostrou carcinoma basocelular (CBC) com margens livres. Quando procurou o serviço de plástica no Hospital Universitáio Walter Cantídio havia concluído há um ano o tratamento, sem sinais de doença local. O defeito acometia a ponta nasal, asa e parede lateral esquerda. Foram realizados retalhos locais de cartilagem septal e mucosa contralateral para restauração de forro e arcabouço cartilaginoso de parede lateral, retalho de mucosa septal ipsilateral para forro de asa nasal esquerda associada a enxerto de cartilagem auricular conchal para estruturação da narina e cobertura cutânea com retalho médio frontal. A paciente evoluiu com boa integração do enxerto e viabilidade dos retalhos, apresentando restauração da função nasal e RESULTADO estético satisfatório. CONCLUSÃO: Nas reconstruções nasais onde se faz necessária a restauração da função da válvula nasal externa, com perda de alar, é preciso um bom suporte cartilaginoso. O uso da associação de retalho condromucoso septal com enxerto de cartilagem auricular possibilita essa estrutura. O retalho condromucoso septal mostrou-se seguro e de fácil execução para a reconstrução de defeitos nasais de parede lateral e de asa, possibilitando adequada restauração da função da válvula nasal externa.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-680

TÍTULO: USO DO PMMA NA CORREÇÃO DE DEFORMIDADES NASAIS

AUTOR(ES): DANIELA MARIANO SANTOS

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL IGUAÇU

Os implantes sintéticos definitivos utilizados para aumento de volume dos tecidos humanos adquiriram um importante papel no aperfeiçoamento cosmético de pacientes com envelhecimento facial, cicatrizes faciais atróficas, lipoatrofias e defeitos faciais em geral. O polimetimetacrilato (PMMA) é um exemplo das opções existentes como implante cutâneo definitivo. OBJETIVO: Conhecer as indicações e aplicação dos implantes de PMMA no nariz. MÉTODOS: Uma revisão da literatura médica foi realizada, pelo Medline, no período entre 1997 e 2009, com o intuito de pesquisar as indicações, efeitos colaterais, complicações e aspectos clínicos dos implantes injetáveis de PMMA. RESULTADOS: O PMMA utilizado como implante nasal provou ser seguro, efetivo e duradouro. Os efeitos colaterais foram transientes. Não foram observadas complicações tardias. PMMA mostrou-se ser efetivo, duradouro, seguro e gratificante para pacientes e médicos. CONCLUSÃO: Entender as vantagens e desvantagens de cada tipo de implante auxilia muito, tanto os pacientes como os médicos, na escolha do implante ideal. Embora os implantes de PMMA sejam seguros, é muito importante uma indicação correta, uma técnica de injeção correta, a origem confiável do produto e a experiência do médico.

Palavras ? chave: Polimetilmetacrilato. PMMA. Implantes. Nariz.

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TRABALHO CLÍNICO

P-681

TÍTULO: USO DO QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO ZUMBIDO (TINNITUS HANDICAP INVENTORY) ADAPTADO PARA O PORTUGUÊS PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM QUEIXA DE ZUMBIDO ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO ARA

AUTOR(ES): RAFAEL SIQUEIRA DE CARVALHO , RENATO TELLES DE SOUZA, LUIZ CARLOS NADAF DE LIMA, ALESSANDRO PONTES, LEANDRO TAVARES FLAIBAN, MARCIA SANTOS DA SILVA, ALEXANDRE HERCULANNO RIBERA MARCIÃO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes com a queixa de zumbido atendidos no Ambulatório Araújo Lima utilizando a versão em língua portuguesa do Tinnitus Handicap Inventory, um questionário auto-aplicável que avalia a repercussão do zumbido na qualidade de vida do paciente. MÉTODOS: Neste estudo do tipo exploratório descritivo, de caráter prospectivo, o Questionário de Avaliação do Zumbido (Tinnitus Handicap Inventory) adaptado para o português foi aplicado a 13 pacientes com queixa de zumbido de origem otoneurológica atendidos no Ambulatório Araújo Lima durante o período de um ano. A confiabilidade do questionário foi medida por meio do coeficiente alfa de Cronbach. RESULTADOS: Dentre os 13 pacientes que participaram da pesquisa, 84,6% eram do sexo feminino e a média de idade foi de 51,92 anos. A duração média do sintoma foi de 26,38 meses. Quanto à gravidade do zumbido, 30,8% dos pacientes apresentavam sintoma de grau desprezível e 15,4% de grau leve, com qualidade de vida ótima e boa, respectivamente, enquanto 23,1% apresentavam sintoma moderado com qualidade de vida razoável. No outro extremo, 15,4% dos pacientes apresentavam grau severo e 15,4% grau catastrófico, com qualidade de vida ruim e péssima, respectivamente. A confiabilidade do questionário foi considerada satisfatória (a=0,920). CONCLUSÕES: A maioria dos pacientes apresenta um grau de incômodo desprezível ou leve e consegue se habituar a ele, sem grande interferência nas atividades rotineiras. Entretanto, é possível encontrar casos em que o sintoma é extremamente incômodo e incapacitante.

DESCRITORES: zumbido, qualidade de vida, atividades cotidianas.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-682

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA EMBOLIZAÇÃO PRÉVIA NA ABORDAGEM CIRÚRGICA DO NASOANGIOFIBROMA

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: O nasoangiofibroma (NAF) é um tumor vascular benigno, de etiologia desconhecida, apresentando grande potencial de invasão local e com alta incidência de persistência e recorrência. É o tumor benigno mais comum da nasofaringe, afetando, principalmente, indivíduos adolescentes do sexo masculino. Comumente os pacientes apresentam-se com queixa de obstrução nasal unilateral e epistaxe, sem sintomatologia dolorosa. O diagnóstico é baseia-se na associação da anamnese, exame otorrinolaringológico e os exames complementares.

OBJETIVO: Apresentar um quadro clássico de nasoangiofibroma (NAF) em um paciente adulto jovem, do sexo masculino, que foi submetido a tratamento cirúrgico após embolização prévia do tumor, além de fazer uma breve revisão na literatura sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar uma caso de um paciente de 18 anos, masculino, estudante, natural de Muriaé-MG, que procurou nosso serviço com história de obstrução nasal progressiva e epistaxe recorrente em narina esquerda há 1 ano. O exame físico era normal, a exceção da presença de uma massa globosa avermelhada em narina esquerda identificada à rinoscopia anterior e endoscopia nasal. De acordo com suspeição clínica de nasoangiofibroma, solicitou-se TC de seios da face que apresentou massa expansiva em seio maxilar esquerdo, com invasão para ambas narinas.

RESULTADOS: O paciente foi submetido a uma embolização previa, 48 horas antes, ao procedimento cirúrgico. Realizou-se uma rinotomia lateral esquerda, através da incisão de Weber-Ferguson com extensão de Lynch, abertura do seio maxilar e ressecção completa do tumor. Como houve pouco sangramento no intraoperatório, o paciente não necessitou de hemoderivados, permanecendo em observação em Unidade de Terapia Intensiva nas primeiras 24 horas. Não apresentou intercorrências e obteve alta após 36 horas. O acompanhamento foi semanal no primeiro mês, mensal no primeiro ano e agora faz anual, não havendo até o momento evidência clínica de recidiva.

CONCLUSÃO: O NAF é um tumor vascular que, apesar de histologicamente benigno, é localmente invasivo e com alta incidência de persistência e recorrência. Corresponde a 0,5% dos tumores de cabeça e pescoço, afetando comumente os indivíduos adolescentes do sexo masculino. Apresentam-se com queixa de obstrução nasal unilateral e epistaxe. O diagnóstico é baseado nos sinais, sintomas, características morfológicas e epidemiológicas. A endoscopia nasal, Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética Nuclear fornecem um delineamento da localização e extensão tumoral. A embolização do tumor, no pré-operatório, tem como objetivo diminuir o volume de sangramento. A cirurgia e a radioterapia são as principais formas de tratamento, porém a recidiva tumoral ainda é grande.

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TRABALHO CLÍNICO

P-683

TÍTULO: VALIDAÇÃO DO ÍNDICE DE DESVANTAGEM VOCAL NO CANTO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA DE PORTUGAL

AUTOR(ES): MARIA CLARA CAPUCHO, PEDRO ALBERTO ESCADA, MOISÉS CARLOS RUAH, JOSÉ MADEIRA DA SILVA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS, UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA, HOSPITAL DE EGAS MONIZ

INTRODUÇÃO

Os problemas vocais e o seu impacto na qualidade de vida dos indivíduos diferem significativamente entre os cantores e os não cantores, pelo que os questionários destinados a proceder à sua avaliação devem incluir questões especificamente relacionadas com a voz cantada.

Instrumentos com estas características já foram criados e validados para a língua inglesa mas a sua validação para a língua portuguesa de Portugal ainda não foi realizada.

O objectivo do presente trabalho é o de adaptar e validar o Índice de Desvantagem Vocal no Canto (Singing Voice Handicap Index) para a língua portuguesa de Portugal.

MATERIAL E MÉTODOS

O SVHI original foi traduzido para a língua portuguesa de Portugal e a validação prospectiva do instrumento foi realizada em 50 cantores com disfonia e em 25 cantores normais.

Os seguintes parâmetros foram então avaliados: capacidade de discriminar cantores normais e disfónicos; Confiabilidade Teste-Reteste; Consistência Interna e Validade do Constructo.

RESULTADOS

Os cantores disfónicos obtiveram resultados piores do que os cantores normais nas pontuações obtidas com o índice de Desvantagem Vocal no Canto (p<0.01); a Confiabilidade Teste-Reteste foi elevada (correlação de Spearman de 0.84, p<0.01); a Consistência Interna demonstrou um Coeficiente Alfa de Cronbach de 0.93; e a correlação entre o índice de Desvantagem Vocal no Canto e a auto-avaliação da severidade do problema vocal no canto foi de 0.62 (p<0.01, correlação de Spearman).

CONCLUSÕES

A versão para a língua portuguesa de Portugal do Índice de Desvantagem Vocal no Canto é um instrumento confiável e válido para determinar a desvantagem vocal associada aos problemas vocais no canto.

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TRABALHO CLÍNICO

P-684

TÍTULO: VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA (VPPB) ? DESCRIÇÃO CLÍNICA E RECORRÊNCIA.

AUTOR(ES): RICARDO SIMAS RAMOS , OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, AMAURY DE MACHADO GOMES, KLEBER PIMENTEL, PATRÍCIA BRANDÃO PANTOJA, MANUELLA SILVA MARTINS, MILENA MAGALHÃES DE SOUSA

INSTITUIÇÃO: INOOA- INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA / OTORRINOS ASSOCIADOS EM SALVADOR ? BAHIA

INTRODUÇÃO: A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é a vestibulopatia mais prevalente em adultos e idosos na rotina clínica. Tipicamente o paciente com VPPB descreve ataques de vertigem rotatória, de curta duração e forte intensidade desencadeados por movimentos rápidos da cabeça. Há duas manobras que podem ser utilizadas na pesquisa de VPPB: Manobra de Dix-Hallpike e Manobra de posicionamento lateral. O tratamento da VPPB consiste nas manobras de reposicionamento otolítico. A maioria dos casos de VPPB, com ou sem o nistagmo de posicionamento típico da afecção, responde favoravelmente.

OBJETIVO: Avaliar as taxas de recidiva de pacientes com diagnóstico de VPPB e descrever suas características clínicas.

METODOLOGIA: estudo observacional retrospectivo. Setenta e três prontuários de pacientes com diagnostico de VPPB foram revisados para a coleta de dados sobre sexo, idade, canal acometido, lado acometido, cupulolitíase, ductolitíase, número de manobras realizadas, evolução do quadro e episódios anteriores idênticos ao quadro apresentado no momento da avaliação. Todos os dados colhidos foram analisados e tabelados. Para análise dos dados foi utilizado o programa SPSS. Foi utilizado o teste qui-quadrado.

RESULTADOS: Foram avaliados 73 pacientes, 75,3% do sexo feminino. O canal posterior foi acometido em 91,8%

dos casos. Quanto ao lado acometido: 45,2% pacientes apresentaram alteração do lado direito, 47,9% lado esquerdo. Em 100% dos casos foi encontrada ductolitíase. A maior parte, 84,9% obtiveram resolução do quadro com 1 manobra. Foi realizada manobra de Epley em 94,4% dos pacientes. Quanto a evolução, os pacientes foram classificados em não-recorrente 70,4%, recorrente 26,8% e persistente 2,8%. Trinta e quatro pacientes referem episódios anteriores

DISCUSSÃO: A VPPB é um distúrbio vestibular de alta prevalência, com predominância no sexo feminino, o canal

mais acometido foi o posterior. Quanto ao lado acometido: 93,1% dos pacientes tiveram acometimento unilateral e 6,8% acometimento bilateral, semelhante aos resultados de Silveira et al. A maioria dos pacientes, 84,9%, obtiveram resolução do quadro com apenas uma manobra, o que esta de acordo com a literatura. No entanto, 17,8% dos pacientes

necessitaram de 2 ou mais manobras para resolução do quadro. Dos 73 pacientes analisados, 70,4% apresentaram a forma não recorrente, 26,8% a forma recorrente e 2,8% a forma persistente. Semelhante aos resultados de Dorigueto et al. Dos 73 pacientes 47,2% relatam episódio anterior semelhante, o que sugere que a recorrência de VPPB pode ser mais alta do que a encontrada na literatura.

CONCLUSÃO:A VPPB é mais comum em mulheres, o canal mais acometido é o posterior, a maioria dos pacientes melhora com apenas 1 manobra e tem acometimento unilateral. De acordo com a evolução a maioria dos pacientes

foi classificada como não recorrente em 70,4%. Merece destaque sua taxa de recidiva significativa, observada em 47,2% dos pacientes.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-685

TÍTULO: VERTÍGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA E A MANOBRA DE EPLEY

AUTOR(ES): IRAMAIA PIFANO SILVA , MARIANA GOMES DA COSTA DE MARCA, DIEGO SILVA WANDERLEY, RICARDO TOLEDO PIZA, FABIANA CAMBRAIA, LUIS EDUARDO BOSCO

INSTITUIÇÃO: CLÍNICA PROFESSOR JOSÉ KÓS

A vertigem postural paroxística benigna (VPPB) é uma  afecção decorrente da movimentação livre de otocônias no canal semicircular posterior, podendo ocorrer em outros canais.

Epley, nos anos 90, sugere uma manobra para reposicionamento dos cristais de cálcio dos canais semicirculares que provocam os sintomas. Há uma tendência a considerar a manobra a terapia ideal para a VPPB.Apresentamos um relato de um paciente com diagnóstico de VPPB que foi submetido a tratamento pela manobra de reposicionamento de Epley.

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-686

TÍTULO: VERTIGEM POSTURAL PAROXÍSTICA BENIGNA COMO APRESENTAÇÃO INICIAL DE SCHWANOMA VESTIBULAR.

AUTOR(ES): RICARDO SIMAS RAMOS , MILENA MAGALHÃES DE SOUSA, OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, AMAURY DE MACHADO GOMES, ANA CAROLINA OLIVEIRA MENDONÇA, PATRÍCIA BRANDÃO PANTOJA, LÍLIAN LACERDA LEAL

INSTITUIÇÃO: INOOA(INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA OTORRINOS ASSOCIADOS)

INTRODUÇÃO: Schwanoma vestibular é um tumor benigno que se origina da bainha de Schwann do VIII par craniano. É o tumor benigno intracraniano mais prevalente, representando 90% das lesões da região do ângulo pontocerebelar e 8 a 10% de todos os tumores cranianos, possuindo baixa letalidade e etiologia ainda não estabelecida. Sua incidência mundial é estimada de 13 a 20 casos por 1 milhão de habitantes/ano.

OBJETIVO: Relato de um caso de schwanoma vestibular cujo sintoma inicial foi vertigem.

RELATO DE CASO: FLF,73 anos, masculino, casado, empresário e natural de Salvado-BA, procurou atendimento neste serviço,  cursando com tontura rotatória acompanhada de náuseas há 2 meses. Os sintomas vertiginosos eram desencadeados com a movimentação cefálica e duravam segundos a minutos. Queixava-se também de zumbido bilateral de longa data tipo chiado. Negava otalgia, hipoacusia, plenitude aural e otorréia. Ao exame otorrinolaringológico não apresentava alterações. À avaliação otoneurológica, cursava com equilíbrio estático (Prova de Romberg) e dinâmico (Prova de Untenberg-Fukuda e marcha) preservados, nistagmo espontâneo e semi-espontaneo ausentes .Á pesquisa de nistagmo de posicionamento, o paciente cursou com nistagmo geotrópico para os dois lados, pior à direita, durante manobra dos canais laterais. Realizada manobra de reposicionamento otolítico (Manobra de Lempert), com melhora significativa. Após seguidas reavaliações manteve leve tontura não rotatória, não interferindo nas suas atividades diárias. A audiometria realizada na época mostrava uma perda auditiva sensorioneural de configuração em ?U? invertido na orelha direita e de configuração descendente em OE. O Potencial Evocado de Tronco Encefálico evidenciou intervalos interpicos III-V aumentados na orelha direita. Na vectoeletronistagmografia  revelou síndrome vestibular periférica deficitária à direita. Na ressonância magnética foi identificado lesão em região de cisterna ponto-cerebelar direita. Paciente segue  em acompanhamento clínico ambulatorial, em uso de cloridrato de meclizina se necessário. Vem realizando reabilitação vestibular com melhora do quadro de instabilidade corporal e sem apresentar quadros de recidiva de VPPB.

DISCUSSÃO: A hipoacusia unilateral progressiva é o principal sintoma do Schwanoma vestibular, mas às vezes podem estar associados a quadros de surdez súbita ou piora rápida da hipoacusia. O zumbido unilateral é caracteristicamente um sintoma freqüente. O paciente do caso iniciou o quadro  com Vertigem Postural Paroxística Beningna  de canal lateral direito e só após investigação foi constatado o diagnóstico de schwanoma.

CONCLUSÃO: O diagnóstico de base do paciente poderia facilmente passar despercebido, se encararmos a VPPB apenas como uma doença isolada e ?benigna? e por isso os quadros otoneurológicos devem sempre ser  investigados .

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TRABALHO CLÍNICO

P-687

TÍTULO: VIDEOLARINGOSCOPIA EM PROFESSORAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE CURITIBA/PR: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES E REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DANIEL ZENI RISPOLI, FABIANO TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, RENATA BECKER, STEPHANIE SAAB

INSTITUIÇÃO: HOPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: A voz é o principal meio de comunicação existente e também quesito essencial para algumas profissões, como professores. Esse grupo está sujeito a alterações vocais que podem prejudicar seu desempenho no trabalho.

OBJETIVOS: O artigo objetiva relatar as lesões mais frequentes encontradas no grupo de professores.

METODOLOGIA: Análise de 229 videolaringoscopias de professoras da rede pública de ensino de Curitiba, com mais de cinco anos de profissão, realizadas entre o período de julho de 2009 e março de 2010, no Hospital Angelina Caron.

RESULTADOS: 48 pacientes (20,96%) apresentaram alteração ao exame. Em ordem de freqüência: nódulo em 37 (77,08%) pacientes, edema de Reinke em 8 (16,66%), cisto em 2 (4,16%) e sulco em 1 (2,08%).

CONCLUSÃO: Há relação entre o abuso vocal em professoras e as lesões fonatórias. Nas variáveis analisadas, há concordância com a literatura.

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TRABALHO CLÍNICO

P-688

TÍTULO: CIRUGÍA CONSERVADORA EN CARCINOMA DE LARINGE

AUTOR(ES): ESTEBAN ESPÍNOLA , ARIAS JORGE, QUIROZ JOSÉ, ARIAS VALENTINA, ALARCÓN LETICIA, LIU TA, ESTEBAN ESPÍNOLA

INSTITUIÇÃO: CÁTEDRA DE OTORRINOLARINGOLOGÍA. HOSPITAL DE CLÍNICAS, UNA.

Conservative surgery in larynx carcinoma

The larynx is the principal organ of the relationship of man´s life, with such important functions as breathing, phonation and swallowing.

Neoplastic lesions of the larynx involves primarily the glottis so that early diagnosis and conservative treatment is more likely than in other body locations. The early tumors classified as T1 and T2 glottic have good results with microsurgical radiotherapy and some of them but mainly those that involve the anterior commissure, classified as T2b, the T1 and T2 supraglottis by its location can be treated with from conservative surgery larynx cordectomy to partial laringectomy. However it is common to find patients with more advanced stages in our service. We present the experience in 18 patients for conservative surgery, showing the evolution and results.

We performed a retrospective cross-sectional study conducted at the ENT and HNS Service in the period between 1993 and 2006 in 115 patients diagnosed with carcinoma of the larynx. Of these, 18 patients (16%) were early carcinomas (T1, T2), of which 8 patients (44%) were glottic and 10 patients (56%) supraglottic

The results of treatment of T1 and T2 glottic cancer are the same as with microsurgery than with CXR.

  As an exception is the most effective T1b where open conservative surgery.

In the T1 and T2 supraglottic cancer focus more conservative surgical locoregional radiotherapy gives better results as primary treatment.

There are few treatment protocols including microsurgery, except in small tumors of epiepiglotis, including few Chemo-radiotherapy protocols with gue organ preservation techniques include micro resection.

In relation to the voice CXR eventually leaves better than microsurgery and voice quality after this last one will be better with cold than with laser instruments.

The video strobe is essential for the prognosis of early lesion of the glottis with the observation of the mucosal wave.

Keywords: Conservative, surgery, larynx, carcinoma

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-689

TÍTULO: CONDROSARCOMA LARÍNGEO PRESENTACIÓN DE UN CASO

AUTOR(ES): ESTEBAN ESPÍNOLA , ARIAS JORGE, QUIROZ JOSÉ, OCAMPOS CARLOS, ALARCÓN LETICIA, MEDINA ANDRÉS, LIU TA

INSTITUIÇÃO: CÁTEDRA DE OTORRINOLARINGOLOGÍA. HOSPITAL DE CLÍNICAS, UNA.

El condrosarcoma laríngeo es un raro tumor no epitelial de lento crecimiento derivado del tejido cartilaginoso de la laringe. Aunque es el tumor mesenquimatoso más frecuente en la laringe tan sólo representa entre un 0,5 y un 1% de los procesos neoplásicos de esta localización

 El cricoides es el área más común de aparición en la laringe.

Su pronóstico está muy relacionado con el grado  histológíco y su tratamiento quirúrgico precisa un seguimiento y control estrecho.

Presentación de un caso clínico. Paciente de 52 años, del  sexo masculino.

Consulta al servicio con historia de dificultad respiratoria de 1 año de evolución y disfonía.

Ingresa por obstrucción respiratoria aguda, por lo que se le realiza:  Traqueostomía de urgencia.

Como estudios complementarios se realiza una nasofibrolaringoscopía Flexible donde  se constata parálisis de Cuerda vocal izq y una tumoración subglótica de región posterolateral izq con luz del 30 por ciento.  Se realiza una biopsa de la lesión que informa  Condrosarcoma de bajo grado.

El tratamiento quirúrgico instaurado en este paciente fue una resección de la lesión y una anastomosis terminoterminal tirotraqueal.

Palabras Claves: Condrosarcoma, laringe, sarcoma

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RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-690

TÍTULO: ESTENOSIS LARINGEA POR INFECCIÓN GRANULOMATOSA

AUTOR(ES): ESTEBAN ESPÍNOLA , QUIROZ JOSÉ, ARIAS JORGE, PEREZ ENRIQUE, ALARCÓN LETICIA, MEDINA ANDRÉS, LIU TA

INSTITUIÇÃO: CÁTEDRA DE OTORRINOLARINGOLOGÍA Y CIRUGÍA DE CABEZA Y CUELLO.

Larynx estenosis caused by granulomatous infections, management and results.

In our country endemic granulomatous diseases such as tuberculosis, fungal infections and leishmaniasis are common reasons for consultation in the general clinic. It is known that systemic diseases which attack other organs such as the larynx, tuberculosis primarily, Paracoccidioidomycosis, and occasionally in leishmaniasis. They are chronic diseases with torpid evolution involving mainly scar healing in this body. Behavior therapy in this sequel is different traumatic strictures because those are involved in all the laryngeal mucosa and abundant synechiae. Treatment involves resection of the stricture dilation with use of tutors and sometimes-teminal end anastomosis, due to severe fibrosis peritracheal. We set ourselves the goal to show the impact of chronic granulomatous disease as a cause of laryngeal stenosis, type of treatment and its evolution, comparing the post-intubation laryngotracheal stenosis most often.

This is a descriptive retrospective study, analyzing the histories of 6 patients with laryngeal stenosis of granolamatoous infectious etiology out of 45 patients with laryngotracheal stenosis treated during the period of the last 10 years, 3 patients were carriers of fungal infection, 2 patients with leshmaniasis, and 1 patient with  tuberculosis, all diagnosed by incisional biopsy treated by endoscopic resection-opening of the narrowed segment of cannula placement over silicone Montgomery T-6 months after completing medical treatment for each

The granulomatous etiology accounted for 15% of stenoses.

All patients from endemic areas. Five of them had laryngeal and one laryngotracheal stenosis. Dx made by biopsy. Everyone was performed open surgery with resection of the stenotic area over the Montgomery cannula placement. Two had initial treatment failure early withdrawal of stent cannula and fall respectively, being relocated to the cannula. In monitoring patients 5 had little scar fibrosis and 1 with vocal cord fixation in all cases with acceptable pulmonary function.

Granulomatous lesions such as tuberculosis, mycosis and leishmaniasis correspond to 15% of laryngotracheal stenosis in our environment.

They are more difficult to treat because most torpid evolution of the disease must be controlled the same, for management of strictures.

They are called "soft stenosis ´ and whose treatment differs from the classical resection and anastomosis or reconstructive resection safer being simple and / or dilatation plus a tutor and the Montgomery cannula for a period of approximately 10 months to a year.

keywords: Estenosis, Larynx, Infections, granulomatous

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TRABALHO CLÍNICO

P-691

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA MUDANÇA NO COMPORTAMENTO DO SONO DE CRIANÇAS SUBMETIDAS À ADENOIDECTOMIA E/OU AMIGDALECTOMIA POR OBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA ALTA

AUTOR(ES): FLÁVIA RAFAELA BATISTA GOMES , FABIANA ARAÚJO SPERANDIO, NAIARA DA PAIXÃO AMORIM, PRISCILA RÊGO BARROS DE OLIVEIRA, MANUELA DOWSLEY ARCOVERDE, FRANCISCO TIAGO BARROSO CHAGAS, DAMIÃO FABRÍCIO MANGUEIRA DE SOUZA

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA

INTRODUÇÃO

Os distúrbios obstrutivos do sono (DOS) são entidades comuns em crianças, com prevalência próxima a 11%. Incluem uma série de anormalidades respiratórias noturnas sendo suas formas mais leves o Ronco Primário e a Síndrome Restritiva das Vias Aéreas Superiores (SRVS). Sua forma mais grave é a Síndrome da Apnéia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS), que se caracteriza por episódios repetitivos de restrição (hipopnéia) ou obstrução (apnéia) da via aérea superior, associados a despertares, dessaturação da oxiemoglobina e hipercapnia. Os DOS têm várias repercussões no desenvolvimento da criança, e seu diagnóstico e intervenção precoces são de fundamental importância. A adenoidectomia e/ou amigdalectomia estão bem definidas como procedimentos de eleição, comprovadamente eficazes no controle dos sintomas noturnos e das repercussões físicas, e na normalização dos parâmetros polissonográficos.

OBJETIVO

Avaliar a mudança no comportamento do sono de crianças com diagnóstico de hipertrofia adenoideana e/ou amigdaliana obstrutiva e DOS, após serem submetidas à adenoidectomia e/ou amigdalectomia.

METODOLOGIA

Foi realizado um estudo prospectivo, tipo corte transversal aprovado pelo comitê de ética do nosso serviço. Fizeram parte do estudo 222 crianças com diagnóstico de hipertrofia adenoideana e/ amigdaliana. Para avaliação da qualidade de sono das mesmas, foi utilizado o questionário Sleep Behavior Questionaire, desenvolvido pelo Centro de Estudos em Distúrbio do Sono, da Universidade de Roma ?La Sapienza?, e validado para língua portuguesa pelo serviço de Neurologia do Hospital São Lucas da PUCRS. Escores mais altos correspondem a mais problemas no sono. Tal questionário foi aplicado aos responsáveis de cada paciente em dois momentos: no pré-operatório de adeinoidectomia e/ou amigdalectomia, e 3 meses após a cirurgia. Todos os responsáveis assinaram o termo de consentimento e esclarecido. O resultado dos escores obtidos foi avaliado pelo Student´s t-test para amostras pareadas.

RESULTADOS

A faixa etária das crianças avaliadas neste estudo variou entre 1 ano e 8 meses a 10 anos e 3 meses, com uma média de 4 anos e 11 meses.  Em relação ao gênero, a distribuição foi de 53% feminino, e 47% masculino. Quanto aos escores obtidos no pré-operatório dos pacientes, houve uma variação entre 56 a 95 pontos, com uma média de 72.61 pontos. No pós-operatório, foi entre 31 a 63, com uma média de 46.56. A diferença encontrada apresentou significância estatística (p<0.0001).

CONCLUSÃO

Os DOS têm uma freqüência de 11% na população pediátrica, e seus diagnóstico e tratamento devem ser realizados o mais precocemente possível para que se proporcione um crescimento e desenvolvimento adequados para as crianças acometidas. A melhora da qualidade do sono avaliada pelo Sleep Behavior Questionaire foi estatisticamente significante após adenoidectomia e/ou amigdalectomia de crianças com hipertrofia adenoideana e/ou amigdaliana.

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