Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-137

TÍTULO: CASO DE HAMARTOMA ADENOMATÓIDE EPITELIAL RESPIRATÓRIO

AUTOR(ES): TATIANA CUNHA DE CARVALHO MATOS , HENRRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, MÁRIO ORLANDO DOSSI, MARCELO BRAZ VIEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS

INTRODUÇÃO: O hamartoma adenomatóide epitelial respiratório (REAH) é o hamartoma mais comum da cavidade nasal. Foi o primeiramente descrito em 1995 por Wenig e Heffner. É mais comum em homens 6;1, com idade entre 27 e 81 anos. São benignos , geralmente unilaterais e ocorrem mais frequentemente na região posterior do septo nasal.

CASO CLÍNICO: Paciente N.R.,   anos de idade, sexo feminino, branca, procurou o serviço de Otorrinolaringologia do HFA com queixa de piora da obstrução nasal há 6 meses. Já tinha diagnostico de rinite alérgica e por vezes apresentava esse sintoma. Entretanto se queixava de que não havia obtido melhora com uso de corticóides e antibióticos orais (quatro curso nos últimos seis meses). À rinoscopia havia uma lesão polipóide ocupando toda a fossa nasal direita. Negava doenças crônicas. Foi submetida a biópsia excisional da lesão que evidenciou ao anátomo patológico REAH.

REVISÃO: O termo hamartoma foi introduzido em 1904 por Eugem Albrecht para descrever tumores caracterizados por crescimento anormal de um conjunto de tecidos nativos de determinada área, originários de qualquer uma das camadas germinativas. O REAH é uma proliferação glândular com aparência polipóide ou exofítica. As glândulas são média-grandes ligadas ao epitélio ciliado respiratório que está conectado à mucosa da superfície. Metaplasia mucosa pode ser observada e há uma membrana hialina ao redor das glândulas. Na lâmina própria pode haver proliferação das pequenas glândulas serosas, infiltrado inflamatório e edema no estroma. O epitélio ciliado do REAH expressa a keratina 7 (CK7) e está cercado de células basais positivas para p63 e moléculas de queratina de alto peso.  Os sintomas presentes geralmente são vagos e inespecíficos como obstrução nasal, epistaxe e rinorréia. Até 2009 eram conhecidos 39 casos de REAH na literatura. O tratamento é a exérese completa da lesão e não há descrição de recidivas.O diagnóstico diferencial de REAH deve ser feito com papiloma invertido e adenocarcinoma.

CONCLUSÃO: Como previsto, ocorreu melhora completa da obstrução nasal no pos-operatório imediato. Foi realizada hemostasia com pequeno pedaço de surgicel. Houve reepitelização normal do sitio cirurgico. A paciente cursou com ausência de hiposmia no pós operátorio e apresenta-se sem recidiva até o momento.

Fechar