Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-467

TÍTULO: PERFIL DA PERDA AUDITIVA EM UM SERVIÇO DE SAÚDE AUDITIVA DO SUL MARANHÃO E REGIÃO TOCANTINA

AUTOR(ES): ROSIMAR COSTA PENIDO , MYRIAN DE LIMA ISAAC, ROBERTO COSTA DO NASCIMENTO, TALITA TAVRES CREMA DE LIMA, PEDRO PEREIRA DE CARVALHO SÁ JUNIOR, ROBERTA MENESES SOUSA, MARCELLA COELHO BRITO NUNES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃ0 (UFMA); FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO(FMRP/USP)

INTRODUÇÃO: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), dez por cento (10%) da população mundial sofre de problemas auditivos. A diminuição da acuidade auditiva em seus diversos níveis de gravidade pode surgir em qualquer faixa etária. Também de acordo com a OMS, estima-se que no Brasil existam cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva, sendo 350 mil completamente surdos.  O Maranhão possui uma população com baixo poder aquisitivo e com índices de escolaridade pífios e com um grande agravante: a vasta extensão territorial. Em Imperatriz, as mesmas características descritas acima também se fazem presentes, e com maior agravamento devido à situação geográfica pois a cidade de Imperatriz é localizada 650 Km distante das grandes capitais estaduais da região como São Luis-MA, Belém-PA, Terezina-PI e Palmas-TO. A grande quantidade de pacientes que buscam o Serviço de Saúde Auditiva de Imperatriz, para a obtenção de aparelhos auditivos, vem de diferentes situações econômicas, sociais, culturais e familiares; há uma diversidade de doenças com sintomatologia variada o que gera um conjunto rico de informações para serem analisadas. Isto melhora o conhecimento do perfil populacional atendido e protetizado, gerando informações importantes que podem ser repassadas ao Programa de Saúde Auditiva de modo a melhorar o atendimento a essa população e a ajudar na normatização das portarias que regulamentam a política de saúde auditiva.

OBJETIVO: Traçar um perfil audiológico da população atendida e protetizada em um serviço de saúde auditiva da região Tocantina e Sul do Maranhão.

METODOLOGIA: Foi realizada uma análise retrospectiva, de novembro de 2007 a maio de 2010, dos prontuários de 2652 pacientes, atendidos e protetizados no serviço de saúde auditiva da região Tocantina e Sul do Maranhão, com idade variando de 1 a 102 anos. Foram analisados os quesitos gênero, faixa etária, classificação da perda auditiva quanto ao tipo, grau e lateralidade.

RESULTADOS: No período analisado foram atendidos 10216 pacientes e 2652 foram protetizados. Entre os pacientes protetizados 52,3% eram do gênero masculino, e 47,7% do gênero feminino; em relação à  idade, 9,5%  tinham entre 0 a 20 anos, 17,0% entre 21 a 40; 18,3% entre 41 a 60 anos e 55,2% acima de 61 anos. Dos pacientes avaliados 85,5% apresentaram perda auditiva neurosensorial, 1,2% perda auditiva condutiva e 13,3% perda auditiva mista; dos pacientes protetizados 56,7%, apresentaram perda moderada, 17,2% perda severa e 26,1% perda profunda. Do total 83,8% receberam adaptação da prótese auditiva binaural contra 16,2% unilateral.

CONCLUSÃO: A perda auditiva neurossensorial de grau moderado foi a mais comum entre os pacientes avaliados no serviço. Houve predomínio de pacientes protetizados idosos. A perda auditiva neurosensorial bilateral foi a mais comum entre os pacientes protetizados.

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