Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-144

TÍTULO: CIRURGIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL: SEIOS PARANASAIS MAIS EXPLORADOS EM 255 CASOS

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , LUIS CARLOS SAVA, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, GUILHERME SACHET, GABRIEL GONÇALVES DIAS, EDUARDO VIEIRA COUTO

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: A rinossinusite crônica (RSC), associada ou não a polipose nasal, é uma patologia comum que atinge cerca de 16% da população norte-americana. Atualmente, a abordagem de escolha para pacientes refratários ao tratamento conservador é a cirurgia endoscópica endonasal ou FESS (Functional Endoscopy Sinus Surgery). Esta técnica é útil e eficiente no diagnóstico, tratamento e coleta de anatomopatologia de sinusite crônica e polipose nasal.

OBJETIVO: Nosso estudo objetiva relatar quais os seios paranasais mais acometidos em pacientes submetidos a cirurgia endoscópica endonasal em nosso serviço, como também quais os tipos de FESS mais realizadas.

MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo transversal com coleta de dados de 255 FESS realizadas no período de junho de 2002 a maio de 2010.

RESULTADOS: A cirurgia mais comum dentre um total de 255, foi a FESS maxilar, com 120 casos (47%), seguido por etmoidal (n= 78/ 30,5%), frontal (n=27/ 10,5%), esfenoidal (n=21/ 8,5%) e pansinusectomia (n=9/ 3,5%).

DISCUSSÃO: Nos últimos anos, a FESS tem ganho maior aplicabilidade na abordagem das mais diversas patologias, em especial as rinossinusites crônicas, associadas ou não a polipose nasal, refratárias ao tratamento clínico. A técnica permite acesso anatômico aos seios da face, com mínima agressão de mucosa e máxima eficácia na preservação ou restabelecimento da fisiologia do nariz. Lessa e colaboradores, em 2001, encontraram sinais de rinossinusite fronto-etmoidal em 36% dos casos, seguido de frontal (28%) e maxilar (16%). Tal resultado divergiu de nosso estudo, no qual a abordagem maxilar foi prevalente, com 47%, seguido da etmoidal (30,5%), ficando a frontal com apenas 10% dos casos (terceiro lugar) e a esfenoidal com 8,5% (menos prevalente).

CONCLUSÃO: A cirurgia endoscópica endonasal está sendo cada vez mais realizada nos serviços de Otorrinolaringologia devido sua praticidade e bons resultados. Nosso serviço, a cada ano vem realizando um número maior de cirurgias, e com isso, possibilita melhora na qualidade de vida de seus pacientes que sofrem de rinossinusite crônica ou outras patologias nasais que necessitem de abordagem cirúrgica.

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