Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-456

TÍTULO: PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA BILATERAL E HIV

AUTOR(ES): FERNANDA DA SILVA SANTOS , GISELE ANDREIA YAMASHITA, MELISSA FERREIRA VIANNA, PAULO ROBERTO LAZARINI

INSTITUIÇÃO: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO

A paralisia facial periférica (PFP) bilateral é um evento raro, correspondendo a cerca de 0,3 a 2% dos casos de paralisia facial.  Pacientes com sorologia positiva para HIV frequentemente apresentam manifestações otológicas e neurológicas, sendo que a paralisia facial pode ocorrer em qualquer fase da doença, podendo ser a primeira manifestação.

OBJETIVOS

Descrever um caso de paciente que desenvolveu paralisia facial periférica bilateral com sorologia positiva para HIV recente e realizar uma revisão de literatura sobre PFP bilateral.

RELATO DE CASO

CGI, 44 anos, sexo masculino, natural de Santos, procedente de São Paulo, solteiro, pintor.

Paciente previamente hígido deu entrada com paralisia de hemiface direita há 12 horas acompanhada de lacrimejamento aumentado em olho direito, sem queixas auditivas ou fatores desencadeantes. Ao exame, apresentava a paralisia em hemiface direita House-Brackmann IV. Após 2 semanas paciente evoluiu com paralisia de hemiface esquerda, acompanhada de lacrimejamento excessivo bilateral. Ao exame, apresentava paralisia facial bilateral House-Brackmann V em ambos os lados.

Realizada investigação diagnóstica com exames laboratoriais e de imagem normais, exceto pela sorologia para HIV, que foi positiva

DISCUSSÃO

A paralisia facial periférica pode surgir em indivíduos infectados pelo HIV em qualquer estágio, porém principalmente na soroconversão e em pacientes assintomáticos. A PFP pode inclusive preceder o aparecimento da doença. Como descrito na literatura, em nosso estudo a PFP unilateral de início ocorreu como paralisia de Bell, evoluindo em seguida para bilateral.

CONCLUSÃO

A paralisia facial bilateral é muito rara e o HIV está entre seus diagnósticos diferenciais, sendo importante na condução do caso solicitar a sorologia para HIV a todos os pacientes com PFP bilateral para investigação diagnóstica.

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