Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-469

TÍTULO: PERFIL DAS CONSULTAS PEDIÁTRICAS EM AMBULATÓRIO ESPECÍFICO DE FONIATRIA

AUTOR(ES): MARIANA LOPES FÁVERO , ALFREDO TABITH JÚNIOR, FERNANDO LEITE DE CARVALHO E SILVA, TERESA CRISTINA MENDES HIGINO, ANNA PAULA BATISTA DE ÁVILA PIRES, FERNANDO POCCINI

INSTITUIÇÃO: DERDIC/PUCSP

INTRODUÇÃO: Nem sempre nós, otorrinolaringologistas, estamos preparados para lidar com a queixa de atraso de linguagem e após a exclusão de surdez como causa desse atraso, não nos resta muitos recursos para continuar o diagnóstico.Para esses casos, onde se faz necessário o diagnóstico diferencial do problema visando o encaminhamento adequado, há a necessidade de uma avaliação foniátrica específica realizada por uma equipe interdisciplinar.

OBJETIVO:  Analisar o perfil das consultas foniátricas infantis realizadas pela equipe de médicos foniatras da nossa instituição visando uniformização do diagnóstico. 

METODOLOGIA: Projeto aprovado pela Comissão de Ética (57/10).Foi realizado um estudo retrospectivo por meio de análise de prontuários de 68 pacientes 48 (70,58%) pacientes do sexo masculino e 20 (29,42%) do sexo feminino, com idade média de 6,7± 3,25 anos, que passaram em consulta  foniátrica nossa instituição no período de agosto 2007 a março 2009.  Os dados obtidos foram analisados com ênfase no diagnóstico final propriamente dito e nas características epidemiológicas da amostra (risco gestacional e neonatal, antecedentes familiares para distúrbio de linguagem e encaminhamentos).

RESULTADOS: 14 diferentes diagnósticos foram levantados, sendo os mais freqüentes: Distúrbio Específico de Linguagem (16,18%), Transtorno Invasivo de Desenvolvimento (13,24%) e Paralisias Cerebrais (20,59%). 50% da casuística apresentaram história familiar para distúrbio de linguagem, 41,18% tinham antecedentes gestacionais e perinatais relevantes. Em relação aos encaminhamentos 51,47%% foram encaminhados para consulta neurológica e 79,41% para terapias fonoaudiológicas e/ou psicológicas e/ou fisioterápicas e/ou terapia ocupacional.

CONCLUSÃO: A partir da análise dos prontuários das consultas foniátricas realizadas no período estipulado podemos concluir que, por sermos referência em atendimento foniátrico, tivemos maior concentração de casos graves de distúrbio de linguagem, com altos índices de histórico familiar e de antecedentes gestacionais e perinatais relevantes associados. Em função do número de encaminhamentos que realizamos, necessitamos de uma rede bem estruturada de atendimento terapêutico.

Fechar