Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-363

TÍTULO: LIPOMA DO PALATO MOLE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): RENATO DE QUEIROZ RAMOS , ROGÉRIO DA COSTA TIVERON, JÚLIO CLÁUDIO DE SOUSA, CAMILA PAZIAN FELICIANO, THIAGO FERREIRA BORGES

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INTRODUÇÃO: O lipoma é um neoplasma benigno de adipócitos maduros, que pode ocorrer em qualquer região do corpo, porém incomum na região orofaríngea. Embora represente a neoplasia mesenquimal mais comum, a maioria dos casos acomete o tronco e a região proximal das extremidades. Na boca, os sítios envolvidos incluem a mucosa jugal, a língua e o assoalho bucal, além do vestíbulo, lábio e área retromolar. A prevalência do lipoma no palato é rara. A patogênese dos lipomas ainda é incerta. Quanto ao tratamento, a maioria dos autores são unânimes em afirmar ser a excisão local conservadora a técnica de eleição. A recidiva dos lipomas intra-orais é extremamente rara.

OBJETIVO: Relatar um caso de lipoma do palato mole numa paciente adulta, que se queixava de dispnéia e disfagia, ressaltando a sua prevalência incomum nesse sítio, bem como as características clínicas e histológicas que definem a doença.

RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 27 anos, branca, procurou o Serviço de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro devido à queixa de abaulamento no palato há, aproximadamente, três anos, associado a dispnéia discreta e disfagia a líquidos e sólidos. Durante a orofaringoscopia constatou-se abaulamento submucoso em palato mole, predominante do lado esquerdo, mole, de limites nítidos, indolor à palpação e mucosa de revestimento de aspecto normal. A ressonância nuclear magnética da face demonstrou lesão expansiva de características benignas, limites bem definidos, localizada junto às paredes posterior e lateral esquerda da orofaringe, com extensão à nasofaringe e sinal de tecido adiposo. A paciente foi submetida à excisão cirúrgica da lesão, sob anestesia geral. Macroscopicamente, observou-se lesão de aspecto ovóide, de 7 X 5 X 3 centímetros, com a superfície externa amarelada e bocelada, aparentemente revestida por delgada cápsula de tecido conjuntivo. O exame microscópico da massa tumoral confirmou a suspeita clínica de lipoma do palato mole.

CONCLUSÃO: O lipoma está classificado no grupo das neoplasias benignas, representando o tumor de origem mesenquimal mais comum. Embora a etiopatogenia desta lesão ainda seja incerta, alguns autores mencionam a importância do trauma e dos processos infecciosos neste aspecto. A sua localização no palato é rara. Os lipomas geralmente são assintomáticos, a menos que atinjam grandes proporções e/ou exerçam compressão sobre estruturas neurais. O tratamento de eleição dos mesmos é a excisão cirúrgica, e os índices de recidiva normalmente são raros.

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