Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-394

TÍTULO: MORTALIDADE POR CÂNCER DE LARINGE NO ESTADO DA PARAÍBA NOS ANOS DE 1996 A 2007

AUTOR(ES): ISELENA CLAUDINO BERNARDES , LORENA SOUSA OLIVEIRA, MÔNICA DANIELLY DE OLIVEIRA CASTELO BRANCO, JAMACIR FERREIRA MOREIRA, FRANCISCO CRISTIANO SOARES MACENA, AUGUSTO CÉSAR DOS SANTOS BARBOSA GONDIM

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO

INTRODUÇÃO: O câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos da cabeça e pescoço e 2% de todas as neoplasias. Os principais fatores de risco são representados por tabagismo e consumo crônico de bebidas alcoólicas. Há predominância no sexo masculino e o prognóstico da doença é influenciado por fatores como tipo histológico, estadiamento e localização da lesão tumoral. Segundo estimativas do INCA, em 2004 a mortalidade por câncer de laringe no Nordeste foi de 0,22/100.000 habitantes no sexo feminino e 1,35/100.000 habitantes no sexo masculino.

 OBJETIVO: Analisar transversalmente o universo de óbitos por câncer de laringe, em pacientes internados para tratamento no estado da Paraíba a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS) e descrever a mortalidade por essa neoplasia no estado, no período de 1996 a 2007.

METODOLOGIA: A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva e de recursos do software Microsoft Excel versão 2007.

RESULTADOS: No período analisado, que corresponde aos anos de 1996 até 2007, observou-se um total de 307 mortes por câncer de laringe, com taxa bruta de mortalidade de 0,42/100.000 habitantes, em 1996, e de 1,48/100.000 habitantes, em 2007, o que evidencia uma variação percentual de 249%. O maior índice ocorreu em 2005, com registro de 57 mortes, representando 1,59/100.000 habitantes, enquanto que o menor índice foi em 2000 com 11 mortes, significando 0,31/100.000 habitantes. A relação óbito e gênero evidencia 265 mortes no sexo masculino, representando 85% do número total de mortes por câncer de laringe, e 42 mortes no feminino, correspondendo aos 15% restantes. A mortalidade no sexo masculino variou de 00,75/100.000 habitantes, em 1996, a 2,58/100.000 habitantes, em 2007, com maior índice de 2,92/100.000 habitantes, no ano de 2005. A mortalidade no sexo feminino variou de 0,11/100.000 habitantes, em 1996, a 0,42/100.000 habitantes, em 2007, com maior índice correspondente a esse ano.

CONCLUSÃO: Observa-se um crescimento considerável das taxas de mortalidade por câncer de laringe no estado da Paraíba apesar desta se apresentar inferior ao que é estimada pelo INCA para o Nordeste. Duas questões devem ser mencionadas para justificar esse fato: primeiro, há subnotificação dos óbitos, que é um problema para o norteamento das estratégias de saúde; e segundo, ainda se vive o reflexo a longo prazo do consumo de cigarro e álcool das décadas de 70 e 80. Portanto, meios que efetivem a notificação de morte por essa enfermidade são necessário devido a sua relevante importância para implementação de políticas que favoreçam o declínio desses índices, tais como efetivas e estratégicas ações no combate contra seus principais fatores de risco, tabagismo e etilismo.

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