Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-396

TÍTULO: MUCOCELE DE MAXILAR: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): JOYCE DE OLIVEIRA LIMA , MURILLO FREIRE LOBATO, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, ÉDER AUGUSTO MAGAALHÃES NASCIMENTO, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, LORENA GONÇALVES RODRIGUES

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA

INTRODUÇÃO: Mucoceles são lesões benignas, císticas, revestidas por epitélio pseudo-estratificado, com conteúdo mucóide, que apresentam crescimento lento com características expansivas e de reabsorção óssea, podendo eventualmente comprometer órbita e cavidade intracraniana. Possuem incidência equivalente entre homens e mulheres e maior prevalência entre a terceira e quarta décadas de vida, sendo uma condição rara em crianças. Acomete mais freqüentemente o seio frontal (60-65%), seguido do seio etmoidal (20-30%), maxilar (10%) e esfenoidal (1%). Podem ser primárias quando a causa é inflamatória, sem mecanismos definidos, e secundária quando existe bloqueio na drenagem de secreções do seio paranasal acometido. Tais eventos podem ser traumas craniofaciais, corpos estranhos e cirurgias nasossinusais. O quadro clínico é variável e depende da localização e comprometimento de estruturas vizinhas. A confirmação diagnóstica inclui tomografia computadorizada, embora em algumas ocasiões a ressonância magnética esteja indicada. O tratamento é sempre cirúrgico e a abordagem endoscópica paranasal é o acesso cirúrgico de primeira escolha, por ser menos invasivo que o acesso externo e apresentar menor morbidade.

OBJETIVO: Relatar um caso de mucocele do seio maxilar, diagnosticado no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, no ano de 2010.

RELATO DE CASO: Paciente C.R.S., 38 anos, compareceu a atendimento medico otorrinolaringológico queixando-se de abaulamento em região periorbitária esquerda há dois anos, evoluindo há 6 meses com epífora, drenagem de secreção purulenta de olho ipsilateral, obstrução nasal, dor facial e cefaléia. Relata duas intervenções cirúrgicas com cirurgião dentista, uma há dezoito meses ( Caldwell-Luc) e outra com acesso externo há seis meses, em outro serviço. Exame físico sinais flogísticos em região periorbitária esquerda.  Tomografia computadorizada dos seios da face sugeriu: Descontinuidade da parede  anterior e lateral do seio maxilar esquerdo, presença de material com densidade de partes moles de aspecto heterogêneo no mesmo seio e lesão de ducto nasolacrimal esquerdo.

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: As mucoceles são lesões benignas de caráter expansivo e podem ser secundárias a cirurgias craniofaciais, trauma e corpos estranhos, podendo levar a complicações orbitárias e intracranianos e por esta razão, devem ser diagnosticadas e tratadas precocemente. A sinusotomia com drenagem da lesão via endoscópica mostrou ser um procedimento seguro e eficiente na abordagem terapêutica da mucocele do seio maxilar.

Fechar