Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-282

TÍTULO: ESVAZIAMENTO CERVICAL PÓS QUIMIORADIOTERAPIA: ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DE PREVALÊNCIA DE METÁSTASES LINFÁTICAS VIÁVEIS

AUTOR(ES): CARLOS TAKAHIRO CHONE , GUILHERME MACHADO DE CARVALHO, ALBINA MESSIAS DE ALMEIDA MILANI ALTEMANI, CARMEN S. PASSOS, EDUARDO BALDONI, HUGO FONTAN KÖHLER, AGRÍCIO NUBIATO CRESPO

INSTITUIÇÃO: DISPL. DE OTORRINOLARINGOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO,ANATOMIA PATOLÓGICA, ONCOLOGIA, RADIOTERAPIA/UNICAMP

INTRODUÇÃO: A conduta no pescoço do paciente com câncer de cabeça e pescoço após resposta completa, onde o pescoço foi estadiado previamente ao tratamento não cirúrgico como N2a ou N3 é controversa. É preconizado esvaziamento cervical de rotina (esvaziamento cervical planejado) nesses pacientes, devido à alta prevalência de metástases linfáticas ocultas viáveis (> 30%).

OBJETIVO: O presente estudo visa avaliar a prevalência de metástases linfáticas ocultas nas peças cirúrgicas destes esvaziamentos cervicais de pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos a tratamento exclusivo com quimioterapia e radioterapia que obtiveram resposta completa, onde o pescoço destes pacientes foi estadiado previamente como N2 ou N3 e que foram submetidos a esvaziamento cervical planejado.

METODOLOGIA: Análise de vinte pacientes consecutivos com câncer de cabeça e pescoço, submetidos a tratamento exclusivo com quimioterapia e radioterapia, com intenção curativa,  que obtiveram resposta completa, onde o pescoço destes pacientes foi estadiado previamente como N2a ou N3 e que foram submetidos a esvaziamento cervical planejado e observar prevalência de metástases linfáticas ocultas nas peças cirúrgicas destes esvaziamentos cervicais com análise histopatológica convencional.

RESULTADOS: Este grupo é composto por 18 pacientes.           A localização mais freqüente do tumor foi orofaringe em dez (56%), seguido de cinco (28%) na cavidade oral, dois na laringe (11%, um supraglote e outro na glote) e um paciente com tumor (6%) na hipofaringe. O estadiamento cervical foi N2 em 16 (80%), sendo: oito N2a, cinco N2b e três N2c. Em dois pacientes (10%) o estádio cervical foi N3. Em onze pacientes (55%) houve metástases ocultas viáveis de carcinoma epidermóide. A dissecção cirúrgica encontrou em média 23 linfonodos (9-34). Até a presente data foram a óbito seis pacientes (30%), cinco relacionado à doença e em um secundário a neutropenia febril durante a quimioterapia paliativa. O tempo médio de seguimento pós operatório foi de 17 meses (3-60).

CONCLUSÃO: Esvaziamento cervical pos radioquimioterapia com intento curativo, mesmo após resposta completa tem alta taxa de metástases ocultas(55%).

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