Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-630

TÍTULO: STRESS: A DOENÇA DO MILÊNIO E SÍNDROME VESTIBULAR: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

AUTOR(ES): CARLOS AUGUSTO FERREIRA DE ARAUJO, MARY LAURA GARNICA VILLAR, FAUSTO REZENDE FERNANDES, MARIANA RODRIGUES DE SOUZA GOMES, MICHELA ROCHA DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS

INTRODUÇÃO: a vertigem é um dos sintomas mais relatados em consultas médicas e serviços de pronto-atendimento. Por isso, uma anamnese detalhada e um exame físico minucioso são necessários para que sejam estabelecidas hipóteses diagnósticas e diagnósticos diferenciais, direcionando assim a conduta e tratamento do paciente, visto que são inúmeras as causas da síndrome vestibular. É mais predominante em adultos e idosos, mas pode ser observada em qualquer faixa etária. Os sintomas clássicos incluem a tonteira, vertigem, náuseas, vômitos, zumbidos. A sociedade competitiva em que todos estamos inseridos, bem como as atividades cotidianas estressantes a que estamos submetidos nos faz crer que indivíduos inseridos em tais circunstâncias, sob estresse constante,  podem somatizar tal efeito sob a forma de tonteiras, vertigens e seus comemorativos, levando a uma síndrome vestibular, configurando assim a vestibulopatia por estresse.  

OBJETIVO: abordar os aspectos  principais sobre a vestibulopatia periférica e correlacionar  dados associando  entre stress e síndrome  vestibular  após   critérios   de  inclusão e exclusão para investigação.

MÉTODOS: realizado análise de prontuários de pacientes com sintomas de vestibulopatia no período de janeiro a dezembro de 2008, sendo que de todos os analisados, foram selecionados prontuários de 84 pacientes, entre eles homens e mulheres, com idade entre 24 a 63 anos de acordo com critérios de inclusão e exclusão para investigação para vestibulopatia por estresse.

RESULTADOS:  observamos que o stress (100%), tontura/vertigem (100%), ansiedade (82,1%), tensão muscular (97,6%) e depressão (71,4%) foram os mais relatados pelos pacientes. Pela avaliação pode-se excluir distúrbio vestibular central. A proposta de tratamento baseada em atividades sociais e físicas, fisioterapia, tratamento psicológico e medicamentoso com benzodiazepínico e ansiolítico obteve resposta, com melhora de 90,4% dos sintomas dos pacientes pesquisados.

CONCLUSÃO: o diagnóstico do estresse e vestibulopatia muitas vezes são sugeridos já na anamnese, porém a investigação clínica é necessária para excluir patologias afins. Observa-se que o Stress é a doença do milênio e o Otorrinolaringologista deve estar preparado para atender o paciente no limite de seus sintomas. O conhecimento e o domínio desta síndrome abreviam o sofrimento do paciente e aponta para o melhor tratamento.

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