Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-358

TÍTULO: LINFOMA NASAL

AUTOR(ES): JOSEMAR DOS SANTOS SOARES , PEDRO PAULO VIVACQUA DA CUNHA CINTRA, FERNANDO CERVANTES SANTOS, CAROLINA DE FARIAS AIRES LEAL, RODRIGO KOHLER, RODRIGO PRESTES DOS REIS, HENRIQUE WAMBIER

INSTITUIÇÃO: OTOCLIM

INTRODUÇÃO: os linfomas constituem um grupo heterogêneo de doenças neoplásicas raras que se originam de células do sistema imunológico, a grande maioria tem origem nas células B e uma minoria, em células T. São divididos em linfomas de Hodgkin (LH) e linfomas não-Hodgkin (LNH), que correspondem respectivamente a 20% e 80% dos casos. Os LH correspondem a 1% de todas as neoplasias humanas e os LNH à 4%. Predominam em homens (2-3,5H:1M). Geralmente adultos em torno de 50 anos. Os principais sinais e sintomas do linfoma incluem a presença de massas tumorais comprometendo estruturas nodais (60 a 75% dos casos) ou extra-nodais (25 a 40% dos casos), além de fadiga, prurido cutâneo e sintomas B: febre, emagrecimento > 10% do peso em seis meses e sudorese noturna.

Nos linfomas nasais os sintomas iniciais mais frequentes são obstrução, secreção e epistaxe. Estas manifestações iniciais são muitas vezes indistinguíveis de sinusopatias inflamatórias ou infecciosas. Tem como diagnósticos diferencias doenças infecciosas, granulomatosas, autoimunes e neoplásicas, como sífilis, leishmaniose, tuberculose, infecções fúngicas, granulomatose de Wegner, carcinoma e linfoma.           Dois fatores são importantes para o prognóstico: o estágio da doença e a extensão paranasal. Os linfomas nasais tipo histológico T têm pior prognóstico que os B. Os exames de imagem (RNM, TC) determinam a extensão e estadiamento. O diagnóstico se baseia na biópsia do linfonodo ou da massa tumoral extranodal, com classificação da doença de acordo com critérios morfológicos e imunohistoquímicos.O tratamento é feito com radioterapia para estádio I, sendo mais utilizada a quimioterapia combinada ou não a radioterapia. Mais recentemente tem se utilizado anticorpos monoclonais (MoAb) alentuzumab combinado com quimioterapia ou radioterapia.

OBJETIVO: o objetivo deste relato de caso é expor o quadro de uma paciente de 52a, com queixa de cefaléia frontal, hiposmia, sensação de peso em região E da face há 6 meses, com piora há 3 meses, sem relato de rinorréia ou epistaxe. Ao exame físico, rinoscopia com evidência de massa hiperemiada em fossa nasal E, logo após região de vestíbulo, sem sangramento evidente, de consistência mole. A nasofibrolaringofaringoscopia, fossa nasal E obstruída por massa de cor avermelhada, sem permitir progressão do aparelho. Na tomografia computadorizada dos seios da face, preenchimento da cavidade nasal E com material de partes moles, sem atingir rinofaringe. Seio maxilar velado, com material de partes moles alterando a parede medial, projetando a região de infundíbulo, também rechaçando o septo, sem aspecto de destruição óssea.

METODOLOGIA: relato de caso

 

RESULTADOS: O resultado imunohistoquímico da peça cirúrgica evidenciou positividade para marcadores de linhagem linfocitária B, respectivamente, PAX-5 marcando núcleos e CD20 marcando membrana. Com diferenciação de célula B ativada e índice de proliferação, Ki-67, estimado em 70%.

CONCLUSÃO: os autores reforçam o fato de sintomas comuns de sinusite repetição como obstrução nasal, cefaléia, epistaxe, sem êxito com tratamento clínico, poderem mascarar doenças graves. Devemos ficar atentos para outros possíveis diagnósticos diferenciais.

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