Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-169

TÍTULO: COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM PACIENTES SUBMETIDOS Á SEPTOPLASTIA COM E SEM TAMPÃO

AUTOR(ES): EDUARDO BAPTISTELLA , DANIEL ZENI RISPOLI, DIEGO AUGUSTO DE BRITO MALUCELLI, FABIANO DE TROTTA, THANARA PRUNER DA SILVA, FERNANDA MARTIN FABRI, STEPHANIE SAAB

INSTITUIÇÃO: HOPITAL ANGELINA CARON

INTRODUÇÃO: A septoplastia é um procedimento cirúrgico dirigido à correção dos desvios do septos nasais. Célebres otorrinolaringologistas têm desenvolvido técnicas cirúrgicas diversas, cada uma com suas vantagens e desvantagens, sendo indicadas de forma individual para cada tipo específico de desvio de septo. Na literatura mais freqüentemente encontramos: septohematomas, sinéquia, epistaxe, hematoma e a perfuração do septo.

Objetivos: Avaliar as complicações mais freqüentes após a realização de septoplastia.

METODOLOGIA: Clínico prospectivo randomizado comparativo entre pacientes com tampão nasal e sem tamponamento. Os autores observaram 152 pacientes, operados de septoplastia no Hospital da Cruz Vermelha de Curitiba. Foram avaliados quanto ao grau de satisfação nas primeiras 72 horas e após 7 dias; e as principais complicações em intervalos seriados de 72 horas e após 7 dias.

RESULTADOS: Nos pacientes que não usaram tampão nasal a hemorragia foi leve após 72 horas, sendo praticamente inexistente no pós-operatório imediato e após 7 dias. Septo-hematoma apareceu em 5.5% dos casos sendo em até 72 horas, principalmente naqueles em que a incisão para alívio não foi adequada. Dor foi maior no período imediato 5.5% sendo controlada com analgesia. Dificuldade respiratória, ficou em 8,3% sendo associada a presença de secreção nasal. Sinéquia constatou-se apenas em 2.7%, após 30 dias.

Nos pacientes que usaram tampão nasal a hemorragia ocorreu moderadamente, sendo mais intensa no pós –operatório imediato e praticamente inexistente após 7 dias. Septo-hematoma apareceu em 2.5% dos casos, logo após a retirada do tampão nasal. Dor foi maior no período imediato 5.0%, sendo controlada com analgesia. Dificuldade respiratória ficou em 17.5% sendo associada à presença de secreção nasal, não foi considerado anterior a retirada do tampão nasal, pois seria de 100%. Sinéquia apareceu em 5% dos casos sendo medial e superior, após 30 dias.

CONCLUSÃO: Tamponamento nasal embora bastante difundido no meio cirúrgico, não propicia contentamento do paciente. Assim como a maioria dos cirurgiões já propõe realização de cirurgia com anestesia geral ou local, também deveria avaliar a técnica a ser empregada e informar ao paciente sobre a possibilidade de realizar a cirurgia com e sem tamponamento nasal.

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