Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-496

TÍTULO: PLASMOCITOMA ÓSSEO EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MÁRCIO FREITAS, WASHINGTON ALMEIDA, WILSON GAMA JÚNIOR, LEONARDO ROLLA, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: O Plasmocitoma é um tipo de tumor maligno originado da proliferação irreversível e autônoma de plasmócitos, com variáveis graus de maturação, histologicamente idêntico ao Mieloma Múltiplo. O plasmocitoma ósseo solitário é um tipo raro deste tumor. Afeta principalmente ossos longos e esqueleto axial, sendo raro sua localização a nível de cabeça e pescoço. Quando ocorre nesta localização as áreas pré-molar e molar da mandíbula são as mais freqüentemente afetadas. Tem predileção pelo sexo masculino e a idade média do diagnóstico é de 55 anos. Os tumores de  plasmócitos são indistinguíveis histologicamente e se diferenciam  numa combinação de provas histológicas específicas e na presença de afecção sistêmica. O motivo que alguns pacientes desenvolvem mieloma múltiplo e outros plasmocitomas  parece estar relacionado às diferenças nas moléculas de adesão celular ou nos perfis de expressão dos receptores das células malignas. O plasmocitoma solitário ósseo é caracterizado pela presença de um plasmocitoma na ausência de múltiplas lesões osteolíticas ou outros achados compatíveis com mieloma múltiplo.  Apesar disso, cerca de 50% dos pacientes com plasmocitoma solitário ósseo vão desenvolver mieloma múltiplo num período de 10 anos. Os pacientes se apresentam com dor óssea ou fraturas patológicas. A radioterapia local é o tratamento de escolha para o plasmocitoma solitário ósseo, mesmo que o mesmo tenha sido, aparentemente, removido para fins diagnósticos. Os fatores prognósticos mais importantes no plasmocitoma são idade e comprometimento do esqueleto axial. Pacientes com menos de 60 anos e com tumores menores que 5 cm apresentam maior taxa de sobrevida. RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino 48 anos, procedente de  Feira de Santana-BA, procurou serviço médico com apresentando quadro de edema em região hemimandibular à direita. Negava quadro álgico, sangramento ou saída de secreção. À oroscopia apresentava aumento de volume  entre 2º pré-molar e o 2º molar inferior  à direita (ausência do 1º molar inferior) com discreta dor à palpação local. Realizado exame radiográfico com visualização da lesão. Procedeu-se então com realização de biópsia excisional sob anestesia local e sedação. Retirado também 2º molar e 2º pré-molar inferiores, envolvidos clinicamente na lesão. Solicitado então anatomopatológico que evidenciou Neoplasia de plasmócitos. DISCUSSÃO: Plasmocitomas solitários ósseos são tumores raros. No plasmocitoma solitário não se encontram evidências clínicas e radiológicas de outras afecções esqueléticas, o mielograma e a biópsia de medula óssea são normais e as análises laboratoriais de rotina não costumam apresentar alterações significativas. Cerca de 50% dos casos de plasmocitomas solitários ósseos evoluem para mieloma múltiplo. O seu tratamento de escolha é a radioterapia, ressecção cirúrgica ou ambas em combinação.

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