Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

AO-65

TÍTULO: USO DE PREDNISOLONA NO PÓS OPERATÓRIO DE TONSILECTOMIAS EM CRIANÇAS

AUTOR(ES): JULIANA COLA DE CARVALHO , PAULA RIBEIRO LOPES, JOÃO THIAGO MONTEIRO DA SILVA, LUCIANO SZORTYKA FIORIN, FERNANDO VEIGA ANGÉLICO JÚNIOR, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: A tonsilectomia é uma cirurgia bastante comum na faixa pediátrica e apresenta como principais complicações no pós-operatório a dor, náuseas, vômitos e hemorragia. Diversas pesquisas tentam determinar qual a melhor forma de amenizar essas comorbidades.

OBJETIVO: Esse trabalho tem por objetivo comparar o pós-operatório de crianças que realizaram tonsilectomia e utilizaram prednisolona e dipirona.

METODOLOGIA: Foram avaliadas prospectivamente 84 crianças que realizaram tonsilectomia, associadas ou não a outras cirurgias, e foram divididas em dois grupos de forma randômica. Um deles recebeu prednisolona nos primeiros cinco dias de pós-operatório além de medicações sintomáticas como dipirona e dimenidrato caso necessário. O outro grupo recebeu apenas as medicações sintomáticas. As crianças responderam a respeito de dor no pós-operatório através de escala analógico-visual, enquanto seus responsáveis ofereceram uma nota de 0 a 2, pela mesma escala. Estes ainda avaliaram a alimentação das crianças nesses dias, febre e necessidade de uso de medicações sintomáticas.

RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos quanto ao sexo, idade e procedência. A avaliação da dor no pós-operatório não apresentou diferenças na avaliação dos pacientes porém, na avaliação de seus responsáveis, a prednisolona determinou menor dor no quarto e quinto dias com significância estatística. A progressão da alimentação no pós-operatório não foi diferente entre os grupos, assim como o sangramento e o uso de medicações sintomáticas.A presença de febre nesses dias também foi significativamente menor no grupo da prednisolona.

CONCLUSÃO: O uso dos corticoesteróides pode acarretar melhora na dor e na incidência de febre no pós-operatório de crianças que realizam tonsilectomias, sendo mais uma opção de escolha para controle da dor após a cirurgia.

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