Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-130

TÍTULO: CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE FACE COM ACOMETIMENTO NASOSSINUSAL

AUTOR(ES): PAULIANA LAMOUNIER E SILVA , THIAGO BOTELHO AFFONSO, DENISE DA SILVA CALVET, RICARDO KRAPP TAVARES, FLADWMYR BARROS EMÍLIO, IVAN CARLOS ORENSZTAJN

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ

OBJETIVOS

Relatar um caso de carcinoma epidermóide de face com invasão de fossa nasal, órbita e seio maxilar esquerdo e seu resultado pós-operatório.

MÉTODOS

MJMS, feminino, 67 anos, caucasiana, lavradora.

Apresentava histórico de carcinomas basocelulares recidivados, desde 2003, em pálpebra inferior direita, região malar direita, nasal direita, antebraço direito, pálpebra inferior esquerda, região orbitomalar esquerda, asa nasal direita, sulco nasogeniano direito.

Deu entrada no serviço de otorrinolaringologia e cirurgia de cabeça e pescoço do hospital federal do andaraí em 16 de abril de 2009, sendo observada lesão em região nasogeniana esquerda com invasão de assoalho de órbita esquerda e  fossa nasal. À tomografia computadorizada de seios paranasais também verificou-se destruição de parede anterior e superior do seio maxilar esquerdo, com invasão da parótida ipsilateral( Figura 2). Foi indicado tratamento cirúrgico para exérese da tumoração e confecção de retalho microcirúrgico pelo Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Federal do Andaraí.

RESULTADOS

Realizada ressecção oncológica em um primeiro tempo cirúrgico com identificação de extensa

> lesão com epicentro em região de pálpebra inferior esquerda, região nasogeniana esquerda, com

> invasão de assoalho de órbita esquerda, destruição de parede anterior e superior de seio maxilar

> esquerdo, extensão à fossa nasal esquerda, corneto inferior e médio , asa nasal e nariz , osso nasal, parte medial de parótida esquerda, poupando lábio superior esquerdo e em

> planos profundos mucosa jugal.  Realizada, exanteração de órbita esquerda, incluindo pálpebras, maxilarectomia de supra e meso estruturas, parotidectomia com inclusão de nervo facial, exanteração de fossa nasal à esquerda, ressecção de região naso geniana esquerda. Identificada e reparada arteria facial esquerda. A congelação peroperatoria  demonstrou margens cirúrgicas livres.

O retalho microcirúrgico foi realizado em um segundo tempo cirúrgico pelo Serviço de Cirurgia Plástica.

CONCLUSÕES

O segundo câncer de pele mais comum é o Carcinoma epidermóide.. Apresenta um crescimento mais rápido que o basocelular. Os principais fatores de risco para esta neoplasia são a exposição à luz solar (UVB), exposição ao arsênico, hidrocarbonetos aromáticos, fenótipo suscetível, comprometimento da imunidade, cicatrizes de queimaduras e úlceras, HPV 16 e 18 e genodermatoses. O caso refere-se

à uma paciente de origem caucasiana, lavradora, com múltiplos carcinomas basocelulares ressecados e uma lesão em região nasogeniana que evoluiu com invasão nasossinusal e de região orbitária. Devido à alta morbidade causada pela condição também cabe ao otorrinolaringologista uma anamnese e exame físico mais detalhados, uma vez que lesões de fossa nasal e seios paranasais podem ser extensão de lesões malignas de face subdiagnosticadas.

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