Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-481

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS À MASTOIDECTOMIA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM OTORRINOLARINGOLOGIA

AUTOR(ES): MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA , WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, JOYCE DE OLIVEIRA LIMA, RAFAEL CARVALHO PEREIRA, LARISSA MAGALHÃES NAVARRO, JOSÉ CLÁUDIO DE BARROS CORDEIRO, SILVANA NOBRE DE ASSIS MAZIVIEIRO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA (HUBFS) – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)

INTRODUÇÃO: A otite média crônica é uma doença freqüente na prática otorrinolaringológica. Apesar da maior compreensão sobre a doença e redução da incidência dos processos infecciosos devido à antibioticoterapia, o tratamento cirúrgico da otite média crônica ainda é uma atividade cotidiana em nosso país, especialmente nos serviços públicos de saúde.

OBJETIVO: Estudar o perfil dos pacientes submetidos à mastoidectomia por otite média crônica atendidos em um serviço público de referência em Otorrinolaringologia, ressaltando o tempo de espera para a cirurgia.

METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo e descritivo a partir do levantamento de prontuários de 87 pacientes submetidos à cirurgia de mastoidectomia entre os anos de 2006 e 2009, em um serviço público de referência em Otorrinolaringologia na cidade de Belém, estado do Pará. Os dados dos prontuários foram anotados em fichas protocolo com os seguintes tópicos: número do registro, idade, sexo, procedência (capital e região metropolitana, outro município, outro estado), tempo de evolução da doença até a data do procedimento cirúrgico (menor que 1 ano, entre 1 e 5 anos, maior que 5 anos) e lado da orelha acometido (direita, esquerda,  bilateral). Posteriormente, os dados foram analisados.

RESULTADOS: A maioria dos pacientes do estudo foi do sexo masculino (57,5%), na faixa etária de 31 a 40 anos (25,3%) seguida pela faixa de 11 a 20 anos (24,1%). Com relação à orelha afetada pela doença, 36,8% corresponderam a orelha direita e 33,3% a orelha esquerda, mas foi importante a porcentagem de doença bilateral (29,9%). Entre os indivíduos submetidos à mastoidectomia no período analisado, a maior parcela era proveniente da capital do estado e região metropolitana (74,4%), entretanto, foi longo o período de evolução da doença antes da realização do procedimento cirúrgico, geralmente mais de 5 anos (74,4%) e uma minoria com menos de 1 ano de evolução (5,7%). Isso pode ser devido à dificuldade de acesso ao atendimento médico especializado.

CONCLUSÃO: Entre os pacientes submetidos à mastoidectomia no período estudado, a maioria foi de indivíduos do sexo masculino e na faixa etária de 31 a 40 anos. Foi observada tendência a bilateralidade da doença, sendo a grande parcela da população proveniente da capital e região metropolitana. O tempo de evolução da doença até o procedimento cirúrgico foi longo, o que pode estar relacionado à dificuldade de acesso ao atendimento médico especializado.

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