Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-190

TÍTULO: CORRELAÇÃO COM ENTRE A IDADE E O RESULTADO DO RETESTE DE OTOEMISSÕES

AUTOR(ES): MATHEUS VINICIUS DE AQUINO ROCHA , ANNA MILENA BARRETO FERREIRA FRAGA, MARCOS MARQUES RODRIGUES, LUIS FRANCISCO OLIVEIRA, FERNANDO CÉSAR FRANÇA ARAÚJO, MELÂNIA DIRCE OLIVEIRA MARQUES, RAÍSSA VARGAS FELICI

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA-SP

INTRODUÇÃO:

A Surdez Infantil compromete de forma definitiva a aquisição da linguagem e a evolução social, emocional e acadêmica do indivíduo, na medida em que os 3 primeiros anos de vida são os mais importantes para a aprendizagem da fala.

O modelo para Rastreio Universal é o preconizado pela the National Institutes of Health´s (NIH). Este tipo de avaliação combina a alta sensibilidade e facilidade técnica das otoemissão acústica (OEA)   com a especificidade dos BERA. Permite assim a identificação eficaz de quase 100% dos deficientes auditivos graves sem, no entanto, causar falsos positivos exagerados, o que provocaria uma sobrecarga das consultas de  follow-up.

A OEA é o registro da energia sonora gerada pelas células ciliadas da cóclea (orelha interna) em resposta a sons captados por um microfone colocado no conduto auditivo externo do recém-nascido. O Joint Committee on Infant Hearing recomenda que todos os bebês com perda auditiva sejam identificados antes dos três primeiros meses de idade e recebam intervenção até o sexto mês.

OBJETIVOS:

Avaliar o risco de surdez, no teste de emissões otoacústicas por produtos de distorção (EOAPD).

MÉTODOS:

Foram observados os resultados de 398 bebês que apresentaram alteração no 1° EOAPD, entre 01/2008 e 05/2010. O teste foi realizado com o modelo Eroscan, fabricado por Maico nos EUA, apresentando como resultado passa ou falha. Análise feita no SPSS 15.0 para Windows.

RESULTADOS:

Analisamos 398 bebês entre 3 e 518 dias de vida, com média de ±17 dias. Todos apresentando alterações no 1° EOAPD. Todos foram submetidos ao 2º EOAPD e divididos em dois grupos, sendo 58,5% apresentando como resultado passa (grupo I), 17,3% como falha (grupo II) e 24,1% como faltaram ao reteste. A média da idade em dias do reteste foi de 22,6 ± 36 dias pra o grupo I e de 27,4 ± 38 dias para o grupo II. Realizado o teste T de Student para variáveis contínuas com p=0,296.

DISCUSSÃO:

Com os progressos da Ciência e Tecnologia, o diagnóstico de surdez pode ser feito numa criança desde o nascimento. Se há suspeita de surdez o tratamento deve ser iniciado cedo, já no primeiros meses. A avaliação com triagem neonatal deve ser universal e mais precoce possível. A idade do reteste foi semelhante nos dois grupos e não interferiu nos resultados da EOAPD. Quanto mais cedo for iniciado o trabalho de habilitação da criança surda, pelos profissionais e pelos pais, melhor será o aproveitamento na aquisição da linguagem.

CONCLUSÃO:

A idade do reteste não influenciou no resultado da EOAPD, porém o exame deve ser feito precocemente.

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