Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-436

TÍTULO: OTOSCLEROSE INFANTIL: APRESENTAÇÃO RARA E DIFÍCIL DIAGNÓSTICO

AUTOR(ES): ADRIANO JOSÉ FLÁVIO , JAYSON PEIXOTO MACHADO, THAILISE GIROTO FERREIRA DA SILVA, FERNANDA MARRA MARTINEZ, PEDRO RANGEL PEREZ, CASSIO MEINBERG GERAIGE

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, ASSOCIAÇÃO PAPARELLA DE OTORRINOLARINGOLOGIA

INTRODUÇÃO:

Otosclerose é uma osteodistrofia do osso temporal caracterizada por reabsorção e neoformação óssea desordenada. A apresentação clínica mais comum é disacusia condutiva e/ou mista e tinnitus que manifestam-se mais comumente na 3? e 4? década de vida. Porém, alguns casos podem apresentar-se com perda auditiva sensorioneural, plenitude auricular e vertigem. Tem baixa incidência clínica (0,5 a 2%) e difícil diagnóstico, principalmente na infância. Audiometria, imitanciometria e tomografia computadorizada (TC) são exames úteis para o diagnóstico. O tratamento clínico pode ser tentado (medicamentos antienzimáticos ou anti-remodeladores ósseos) cirúrgico (estapedotomia ou estapedectomia) ou ainda aparelhos de amplificação sonora individual(AASI).

OBJETIVO:

Relatar um caso de otosclerose infantil, e alertar para seu diagnóstico devido sua raridade.

METODOLOGIA:  Relato de caso

Paciente sexo masculino,10 anos e 8 meses, hipoacusia bilateral progressiva há 1 ano associado a zumbidos. História familiar três tios (paternos) com otosclerose. A+I: disacusia condutiva moderada em graves, diminuição da complacência da membrana timpânica e ausência de reflexo estapediano bilateralmente. TC de ossos temporais mostrou focos otoscleróticos anterior em janela oval direita e esquerda, espessamento da platina do estribo e foco pericoclear sem envolvimento endosteal da cóclea bilateralmente.

RESULTADOS:

A anamnese e os exames complementares sugerem diagnóstico de otosclerose. Intituído tratamento com fluoreto de sódio 10 mg/dia e exposto aos pais a opção cirúrgica (estapedotomia) ou uso de aparelho auditivo. Optou-se pelo uso de aparelho auditivo, com acompanhameno semestral.

CONCLUSÃO:

A otosclerose infantil embora rara deve ser lembrada frente ao diagnóstico de perda auditiva condutiva, principalmente  quando há história familiar de otosclerose. O atraso no diagnóstico acarreta retardo da aquisição da linguagem  dificultando a inserção social com repercussões tanto na infância como na vida adulta.

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