Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-163

TÍTULO: COMPLICAÇÃO ORBITÁRIA SECUNDÁRIA À RINOSSINUSITE

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: A rinossinusite é uma doença potencialmente grave, podendo apresentar sérias complicações. Destas, as complicações orbitárias são as mais freqüentes, devido as peculiaridades anatômicas da região, podendo levar a morte. O quadro clínico varia desde sinais flogísticos periorbitários até proptose do globo ocular, oftalmoplegia e amaurose. Apesar das complicações se apresentarem em queda devido ao desenvolvimento de novos antibióticos, a alta morbidade e mortalidade das mesmas justifica a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

OBJETIVO: Apresentar um caso clínico de um abscesso orbitário secundário a rinossinusite aguda em um paciente do sexo feminino, adulto, além de fazer uma breve resião bibliográfica sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar uma caso de um paciente do sexo feminino, 65 anos, dona de casa, natural e moradora de Itaperuna/RJ, que procurou o serviço de emergência de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí (HSJA) em Itaperuna/RJ com um quadro clínico há cinco dias de dor, edema, calor e rubor em região orbitária esquerda associado à febre e cefaléia, além de acuidade visual levemente diminuída em olho esquerdo. Relatava história prévia de duas cirurgias de mucocele em seio frontal esquerdo, sendo a ultima há um ano e ausência de comorbidades à anamnese. A Tomografia Computadorizada (TC) de seios da face demostrou extensa infiltração de tecido celular subcutâneo com área hipodensa em região orbital esquerda, com realce periférico pelo meio de contraste, sugestivo de imagem de abscesso. Apresentava também, velamento de seio frontal esquerdo com material de partes moles.

RESULTADOS: O paciente permaneceu hospitalizado e foi submetido à cirurgia endoscópica nasal, com endoscópio rígido de zero grau, procedendo-se a drenagem de secreção purulenta de seio frontal e órbita. Associado ao procedimento cirúrgico, iniciou-se antibioticoterapia venosa (ceftriaxona), hidratação e lavagem nasal com soro fisiológico 0,9%. O paciente foi acompanhando regularmente através de endoscopia nasal, apresentando boa resposta ao tratamento proposto, com recuperação completa do quadro.

CONCLUSÃO: Apesar da diminuição da incidência de complicações das rinossinusites, ainda hoje tais complicações representam afecções graves. As complicações orbitais, se não diagnosticadas precocemente ou não tratadas de maneira adequada, podem comprometer a visão do paciente irreversivelmente. O diagnóstico precoce associado a terapêutica clínica adequada e indicação cirúrgica precisa, são condições essenciais para se prevenir a evolução fatal ou seqüelas irreversíveis nos pacientes que apresentam complicações orbitárias das rinossinusites.

Fechar