Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-323

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE SINTOMAS DE REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM PACIENTES COM RINOSSINUSITE CRÔNICA REFRATÁRIA AO TRATAMENTO CLÍNICO

AUTOR(ES): MARINA SERRATO COELHO FAGUNDES , EVALDO MACEDO, MILTON ROGÉRIO SPOLAOR, EDGAR SIRENA, PAULO ROMAN, MARCELA SCHMIDT B. DE OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR

INTRODUÇÃO: A rinossinusite crônica (RNSC) é uma patologia que apresenta alterações estruturais e histológicas. A associação entre RNSC e a doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) vem sido bastante debatida nos últimos anos. Para que esta relação seja comprovada é necessário que haja evidências de que pacientes com RNSC apresentem maior incidência de DRGE, de que a fisiopatologia de ambas as doenças explique a associação entre elas e de que o tratamento do DRGE cure ou melhore os sintomas de RNSC. Objetivos: avaliar a incidência de DRGE em pacientes portadores de RNSC e grau de melhora dos sintomas da doença nasosinusal após o tratamento com inibidores de bomba de prótons. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 30 pacientes com RNSC refratária ao tratamento clínico e/ou patologia polipóide da cavidade nasal com indicação de cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais. Foi aplicado um questionário para avaliação da sintomatologia e tratamento prévio para refluxo gastro-esofágico. Os dados foram submetidos à análise estatística por método do Qui-Quadrado ou teste exato de Fisher com significância de 5%. RESULTADOS: Associação entre RNSC e doença do RGE ocorreu em 40% dos pacientes. Dos pacientes portadores de RGE, 33% apresentaram melhora da sintomatologia da RNSC com medicações para tratamento da patologia gástrica. CONCLUSÃO: Ainda não é possível afirmar que o RGE seja um fator responsável pela RNSC, e este deve ser investigado como cofator ou fator desencadeante quando não houver outra etiologia evidente. Há, entretanto, mecanismos biológicos plausíveis para esta associação.

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