Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-623

TÍTULO: SÍNDROME DO AQUEDUTO VESTIBULAR ALARGADO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): TATIANA C C ALMEIDA , MILTON PAMPONET, WASHINGTON ALMEIDA, WILSON GAMA JÚNIOR, FRANCISCO JOSÉ MOTTA BARROS DE OLIVEIRA FILHO, MIRELLA MELO METIDIERI, LARISSA SALOMÃO PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL OTORRINOS-FEIRA DE SANTANA/BA

INTRODUÇÃO: A Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA) é caracterizada por um alargamento do aqueduto vestibular associado a uma perda auditiva neurossensorial, algumas vezes mista, que pode ser congênita ou adquirida na infância. Foi descrito pela primeira vez por Valvassori e Clemis em 1978 e sua incidência varia de 1% e 1,3%, podendo chegar a 7% dependendo da população examinada. 1,2 O Aqueduto Vestibular Alargado pode ocorrer como uma anomalia isolada ou em associação com outras malformações da orelha interna. 3 A SAVA pode estar associada com a Displasia de Mondini e mais recentemente com a Síndrome de Pendred. Entretanto a etiologia da mesma permanece desconhecida, sendo necessário realizar em crianças, o diagnóstico diferencial para disacusia neurossensorial, que deve ser feito com as doenças infecciosas congênitas ou adquiridas. Além disso, outras causas devem ser pesquisadas como a metabólica, ototoxicidade, doenças autoimunes, traumáticas, vascular e hereditárias.4 RELATO DE CASO: M.A.M.A, sexo masculino, 36 anos, pardo, natural e procedente de Feira de Santana – BA, com história de hipoacusia progressiva à direita há 30 anos. Refere ter realizado primeira audiometria há 15 anos, onde foi evidenciado perda auditiva à direita, sem causa definida, evoluindo sem acompanhamento otorrinolaringológico até então.Iniciou acompanhamento no ambulatório de otologia do serviço de residência medica de otorrinolaringologia, onde foi realizado nova audiometria que evidenciou anacusia em ouvido direito. Dessa forma, seguiu-se a investigação com exames de imagem que evidenciaram aqueduto vestibular alargado a direita. No momento o mesmo encontra-se em acompanhamento ambulatorial. DISCUSSÃO: Enquanto o restante da orelha está completamente desenvolvido ao nascimento, o aqueduto vestibular e o saco endolinfático são imaturos e pequenos. Assim que a fossa craniana posterior se expande, o AV e o saco endolinfático aumentam rapidamente em tamanho e alcançam maturidade por volta dos 4 anos de idade.4 Inicialmente foi pensada que a perda auditiva permaneceria inalterada durante toda a vida. Posteriormente percebeu-se que a perda auditiva poderia flutuar ou deteriorar progressivamente5, podendo iniciar-se algumas vezes por traumatismos na cabeça6 Cirurgias do saco endolinfático foram realizadas em pacientes com deficiência auditiva progressiva congênita, porém não foram consideradas eficazes 3 .  Alguns poucos estudos tem considerado o uso de implante coclear como uma opção para o paciente com SAVA desde que sejam portadores de deficiência auditiva neurossensorial severo-profunda ou profunda.7 Dessa forma, a SAVA é uma entidade clínica que deve fazer parte do diagnóstico diferencial das disacusias neurossensoriais e mistas progressivas. Pois o diagnóstico precoce é fundamental, uma vez que permite tratamento reabilitador favorável como o implante coclear.

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