Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-682

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA EMBOLIZAÇÃO PRÉVIA NA ABORDAGEM CIRÚRGICA DO NASOANGIOFIBROMA

AUTOR(ES): PAULO TINOCO , JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO, VÂNIA LÚCIA CARRARA, MARINA BANDOLI DE OLIVEIRA TINOCO, MAVIEL SOUSA PEREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO: O nasoangiofibroma (NAF) é um tumor vascular benigno, de etiologia desconhecida, apresentando grande potencial de invasão local e com alta incidência de persistência e recorrência. É o tumor benigno mais comum da nasofaringe, afetando, principalmente, indivíduos adolescentes do sexo masculino. Comumente os pacientes apresentam-se com queixa de obstrução nasal unilateral e epistaxe, sem sintomatologia dolorosa. O diagnóstico é baseia-se na associação da anamnese, exame otorrinolaringológico e os exames complementares.

OBJETIVO: Apresentar um quadro clássico de nasoangiofibroma (NAF) em um paciente adulto jovem, do sexo masculino, que foi submetido a tratamento cirúrgico após embolização prévia do tumor, além de fazer uma breve revisão na literatura sobre o tema.

METODOLOGIA: Relatar uma caso de um paciente de 18 anos, masculino, estudante, natural de Muriaé-MG, que procurou nosso serviço com história de obstrução nasal progressiva e epistaxe recorrente em narina esquerda há 1 ano. O exame físico era normal, a exceção da presença de uma massa globosa avermelhada em narina esquerda identificada à rinoscopia anterior e endoscopia nasal. De acordo com suspeição clínica de nasoangiofibroma, solicitou-se TC de seios da face que apresentou massa expansiva em seio maxilar esquerdo, com invasão para ambas narinas.

RESULTADOS: O paciente foi submetido a uma embolização previa, 48 horas antes, ao procedimento cirúrgico. Realizou-se uma rinotomia lateral esquerda, através da incisão de Weber-Ferguson com extensão de Lynch, abertura do seio maxilar e ressecção completa do tumor. Como houve pouco sangramento no intraoperatório, o paciente não necessitou de hemoderivados, permanecendo em observação em Unidade de Terapia Intensiva nas primeiras 24 horas. Não apresentou intercorrências e obteve alta após 36 horas. O acompanhamento foi semanal no primeiro mês, mensal no primeiro ano e agora faz anual, não havendo até o momento evidência clínica de recidiva.

CONCLUSÃO: O NAF é um tumor vascular que, apesar de histologicamente benigno, é localmente invasivo e com alta incidência de persistência e recorrência. Corresponde a 0,5% dos tumores de cabeça e pescoço, afetando comumente os indivíduos adolescentes do sexo masculino. Apresentam-se com queixa de obstrução nasal unilateral e epistaxe. O diagnóstico é baseado nos sinais, sintomas, características morfológicas e epidemiológicas. A endoscopia nasal, Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética Nuclear fornecem um delineamento da localização e extensão tumoral. A embolização do tumor, no pré-operatório, tem como objetivo diminuir o volume de sangramento. A cirurgia e a radioterapia são as principais formas de tratamento, porém a recidiva tumoral ainda é grande.

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