Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-349

TÍTULO: LINFOEPITELIOMA EM SEIO MAXILAR

AUTOR(ES): DOUGLAS HENRIQUE SANTIAGO DE OLIVEIRA , JÚLIA GUEDES CARDOSO BISNETA, NADJA NILMA MARQUES SERRANO, RODRIGO DE SOUZA MENDES SANTIAGO MOUSINHO, ADEMAR MARINHO DE BENÉVOLO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL NAPOLEÃO LAUREANO, JOÃO PESSOA - PB.

INTRODUÇÃO: Os linfoepiteliomas definem-se por uma proliferação de células malignas epiteliais indiferenciadas junto com um infiltrado de linfócitos maduros. São comumente vistos na nasofaringe, mas também são descritos nas fossas nasais, seio maxilar, base da língua, área parafaríngea, amígdalas e timo. Podem estar associados ao vírus Epstein Barr. Os carcinomas indiferenciados dos seios paranasais são tumores raros e agressivos, com freqüentes metástases linfáticas e não linfáticas quando do diagnóstico.

OBJETIVO: Relatar e discutir um caso de linfoepitelioma em seio maxilar.

METODOLOGIA: Relato de um caso a partir da avaliação clínica e revisão de prontuário do setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (CCP) de um hospital de referência em tratamento oncológico no estado da Paraíba.

RESULTADOS: Paciente, 14 anos, feminino, solteira, estudante, branca. Natural de Barra de Santa Rosa, PB, procedente de João Pessoa, PB. Encaminhada ao serviço de CCP com queixas de tumoração em região infra-orbitária esquerda de crescimento progressivo há três meses. Ao exame físico apresentou lesão tumoral infra-orbitária esquerda. Ausência de linfadenomegalia cervical. Trazendo consigo Tomografia Computadorizada (TC) da região orbitária evidenciando a lesão. Foram solicitados TC de abdome e tórax e avaliação pré-operatória, todos dentro da normalidade. Realizou-se biópsia incisional da lesão, cujo anatomopatológico evidenciou infiltrado linfomatoso, com padrão imunoistoquímico evidenciando linfoepitelioma. Iniciou-se seis ciclos de quimioterapia (QT) com cisplatina, e posteriormente QT e radioterapia para lesão residual. Realizou-se Ressonância Nuclear Magnética que evidenciou lesão em região nasopalpebral esquerda e seio maxilar. Submeteu-se a novo ciclo de QT e maxilectomia parcial esquerda, com reconstrução.

CONCLUSÃO: O linfoepitelioma em seio paranasal deve ser considerado no diagnóstico diferencial dos tumores pouco diferenciados dessa região. Os achados clínicos, microscópicos e imunoestoquímicos são úteis no diagnóstico. Por se tratar de uma neoplasia rara e com poucas séries de casos publicados, a abordagem terapêutica não é consensual.

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