Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

AO-10

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA INFILTRAÇÃO INTRATIMPÂNICA DE CORTICOSTERÓIDE COMO ALTERNATIVA DE TRATAMENTO NA SURDEZ SÚBITA NÃO RESPONSIVA AO CORTICÓIDE SISTÊMICO

AUTOR(ES): LILIA PEREIRA ABREU , ROBERTO ALCÂNTARA MAIA, PAULO TOMIO OKASAKI, ALEXANDRA KOLONTAI DE SOUSA OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

Introdução: Surdez súbita é definida como uma perda auditiva neurossensorial maior que 30dB em pelo menos três freqüências audiométricas consecutivas instalando até 72horas. O tratamento mais utilizado é o uso de corticosteróide sistêmico, porém em alguns casos essa modalidade de tratamento não apresenta uma resposta considerável. Uma alternativa para esses casos seria o uso de corticosteróide intratimpânico. Objetivo: Avaliar e comparar os resultados audiométricos com o uso da infiltração intratimpânica de dexametasona em pacientes não responsivos ao tratamento inicial com corticosteróide sistêmico, com aqueles em que nenhuma terapia adicional era mais realizada; determinando se o uso da infiltração intratimpânica de corticosteróide seria uma terapia válida nesses casos. Material e Método: Foram selecionados de setembro de 2004 a julho de 2009 pacientes com diagnóstico de surdez súbita idiopática não responsivos ao tratamento inicial com corticosteróide sistêmico; comparando os resultados audiométricos em um grupo que foi submetido à infiltração intratimpânica de corticosteróide com outro grupo em que nenhuma terapia adicional era mais realizada. Calculamos o “pure-tone average” (PTA) ao término do tratamento inicial com corticosteróide sistêmico e ao término da terapia intratimpânica ou do período observacional, comparando os ganhos audiométricos. Resultados: Os pacientes submetidos à infiltração intratimpânica de corticosteróide (grupo A) representavam 13 pacientes e apresentaram um ganho audiométrico médio de 11 dB, sendo que em 2 (15,4%) pacientes observamos recuperação completa da audição, 1 (7,7%) recuperação moderada, 3 (23,1%) recuperação discreta e 7 (53,8%) não houve recuperação; segundo os critérios de Furuhashi et al. Ao passo que no grupo em que nenhuma terapia adicional era mais realizada (grupo B), observamos uma piora audiométrica média de 4dB. Este grupo correspondia a oito pacientes e em todos eles não houve uma recuperação da audição no período observado. Conclusão: A infiltração intratimpânica de dexametasona pode ser uma alternativa válida de tratamento para pacientes com surdez súbita de causa idiopática que não respondeu ao tratamento inicial com corticosteróide sistêmico.

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