Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-182

TÍTULO: CORPO ESTRANHO IATROGÊNICO DE LONGA PERMANÊNCIA EM SEIO MAXILAR

AUTOR(ES): MATEUS CLAUDINO CANNARELLA , GRAZZIA GUGLIELMINO CRUZ, MARCOS NAGI ZAHR, CAROLINE MARIA DINATO ASSUNÇÃO, BERNARDO TEIXEIRA FUSARO, BRUNO FERNANDO COSTA DA SILVA, BRUNO MASSANORI AOKI

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO CEMA

INTRODUÇÃO: Os corpos estranhos (CE) iatrogênicos relatados na literatura ou na mídia estão localizados com maior freqüência na cavidade abdominal. É rara a ocorrência de CE nos seios paranasais, onde o mais acometido é o maxilar (75%) e em seguida o frontal (18%). Podem ocorrer de forma acidental, ou através de iatrogenias geradas em procedimentos dentários, oftalmológicos e otorrinolaringológicos.

Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 71 anos, com queixa de obstrução e secreção nasal amarelada e fétida de longa data, principalmente à esquerda, referindo história de polipectomia nasal em 1987. Mediante a historia clínica, exame físico e complementar, foram levantadas hipóteses diagnósticas de polipose nasal, mucocele, sinusite fúngica e massa tumoral a esclarecer.

Optamos por exploração cirúrgica pela via de Caldwell-Luc associada à cirurgia endoscópica nasal. Ao completar o acesso ao seio maxilar esquerdo foi encontrada e retirada uma gaze coberta por secreção amarelada e fétida.

DISCUSSÃO: A presença de um corpo estranho iatrogênico sinusal é algo raro na esfera otorrinolaringológica e sua longa permanência pode gerar sinusite resistente a tratamento clínico, a formação de granulomas ou pólipos reacionais, e em alguns casos rinossinute crônica fúngica. Principalmente quando não possuem identidade radiológica podem ser confundidos com tumores nasais e sinusais, mucocele, bola fúngica e imunodebilidades.

CONCLUSÃO: Quando a anamnese e os exames clínico e complementar não sugerem a presença de CE nos seios paranasais, a suspeita ou o diagnóstico tornam-se difíceis. Por essa razão deve-se acompanhar mais de perto os casos onde houver insucesso num primeiro momento cirúrgico, obedecer os preceitos da técnica operatória e considerar o uso de materiais cirúrgicos com marcadores radiopacos.

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