Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-675

TÍTULO: USO DA VITAMINA A NO TRATAMENTO DE LEUCOPLASIAS DE PREGAS VOCAIS - REVISÃO DE LITERATURA

AUTOR(ES): CRISTIANO ROBERTO NAKAGAWA , GYL HENRIQUE ALBRETCH RAMOS, TATIANA MAUAD PATRUNI, DENIS MASSAMITSU ABE, HUGO VINICIUS VASSELAI, ANA PAULA DINIZ IWAMURA, ADRIEL MARTINS

INSTITUIÇÃO: SERVIÇO DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL DA SANTA CASA DE CURITIBA - PUC/PR

INTRODUÇÃO:

A leucoplasia de prega vocal é uma lesão indicativa de deposição de queratina na superfície do epitélio, o qual pode se tornar displásico e progredir para um carcinoma (1 a 40%). Nos Estados Unidos a incidência anual de queratose de prega vocal é de 10,2 em homens e 2,1 em mulheres a cada 100.000, na população. Apesar dos avanços no tratamento de CEC, a sobrevida em cinco anos apresentou apenas um pequeno aumento, por isso a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da leucoplasia. No Brasil representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área  e 2% de todas as doenças malignas. Além disso, a leucoplasia na prega vocal por si só pode causar disfonia, influindo nas relações sociais, comprometendo o desempenho nas atividades laborais, limitando a qualidade de vida dos pacientes. A vitamina A é conhecida por estar envolvida na mediação da regulação gênica e diferenciação do epitélio traqueobrônquico, e vem sendo usada no tratamento conservador de leucoplasia laríngea, porém seu papel no epitélio das cordas vocais ainda não foi bem documentado.

OBJETIVO:

O objetivo do presente artigo é descrever uma revisão bibliográfica sobre a eficácia da vitamina A no tratamento das leucoplasias de pregas vocais.

MÉTODO:

Esta revisão foi realizada em junho de 2010 na Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, utilizando a Literatura da América Latina e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS e da Literatura Internacional – MEDLINE. O período avaliado foi de 1972 a 2010, utilizando-se os termos: “leucoplasia”, “vitamina A” e “pregas vocais” como palavras-chave.

CONCLUSÃO:

Apesar da vitamina A ser utilizada no tratamento de  leucoplasias de laringe, a dose e duração deste tratamento ainda permanecem controversos. Trabalhos mostram que as doses utilizadas variam de 200.000UI por semana a 1.500.000UI por dia associadas ou não a corticóides inalatórios ou a outros retinóides. Em geral, doses terapêuticas da vitamina A são próximas ou até maiores do que as recomendadas nas bulas da medicação provocando efeitos colaterais, tais como: xerodermia, queilite, hipertrigliceridemia e conjuntivite. Ainda faltam estudos de evidência A para comprovar a verdadeira eficácia tanto da sua utilização quanto da posologia adequada como tratamento.

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