Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-310

TÍTULO: HEMANGIOMA DE FACE, LÍNGUA E VIAS AÉREAS SUPERIORES: BEARD HEMANGIOMA

AUTOR(ES): ÉRICA SAMPAIO BARBOSA , RODRIGO AUGUSTO DE SOUZA LEÃO, CORINTHO VIANA PEREIRA, DIDEROT RODRIGUES PARREIRA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO, CARLA CAVALCANTI SILVEIRA, DANIELLE GONÇALVES SEABRA PEIXOTO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES

Hemangioma é o tumor mais frequente na infância. Apenas 10% destes tumores causam complicações, como obstrução das vias aéreas, ulceração ou sangramento; apresentam frequência elevada no segmento cervicofacial. O beard hemangioma é raro, definindo-se como um hemangioma localizado na face, especificamente, na região da barba - região pré-auricular, mentoniana, masseterina, labial e cervical inferior. Os hemangiomas caracterizam-se por uma fase de proliferação rápida, durando desde algumas semanas de vida até o último trimestre do primeiro ano; regredindo lenta e extensamente, a partir deste. Pode levar a alterações estéticas e o comprometimento das vias aéreas superiores. No segmento cérvico-facial, geralmente, é associado a lesão do trato respiratório superior ou subglótico, sem alterações neurológicas ou oftalmológicas. A associação entre hemangioma facial e de vias aéreas superiores e subglote permanece com as bases biológicas desconhecidas. Cerca de 63% dos hemangiomas cérvico-faciais extensos com distribuição beard associam-se a comprometimento da via aérea. O tratamento clínico e/ou cirúrgico divide-se em: corticoterapia; interferon 2a-a recombinante; traqueostomia; ressecção endoscópica a laser; uso de microdebridador; ou excisão aberta. Diante de crianças com hemangioma na região cérvico-facial, o médico deve avaliar a perviedade da via aérea. O diagnóstico precoce e a instituição do tratamento clínico poderá evitar o tratamento cirúrgico, por traqueostomia ou outros métodos invasivos.

Relatamos o caso de um paciente de 15 anos, masculino, encaminhado de serviço de dermatologia para avaliação de sua via aérea. Queixava-se de lesão avermelhada em face, desde seu nascimento. O exame físico mostrava lesão angiomatosa, ligeiramente elevada, bem delimitada, acometendo região mastóidea, pré-auricular, masseterina, mandibular esquerda, mento e região cervical lateral e anterior esquerdas, associada a hemiparesia facial esquerda, classe 3 de House-Brackman.O exame da orofaringe revelava lesão hemangiomatosa acometendo língua, palato e supraglote, não causando efeito obstrutivo.

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