Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-479

TÍTULO: PERFIL DOS PACIENTES PROTETIZADOS NO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA

AUTOR(ES): JOSÉ FELIPE BIGOLIN FILHO , AGENOR ALVES DE SOUZA JÚNIOR, CAMILA ANDRADE DA ROCHA, LUIS AUGUSTO MIRANDA SANGLARD, LUDIMILA DE OLIVEIRA CARDOSO, AMADEU LUÍS ALCÂNTARA RIBEIRO, RAIMUNDO CÉLIO DA ROCHA

INSTITUIÇÃO: HU UFJF

INTRODUÇÃO: Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde, cerca de 25 milhões de indivíduos ou 4,7% da população mundial apresenta deficiência auditiva.Em torno de 90% das pessoas com idade superior a 80 anos apresentam perda auditiva. Como um resultado do previsto envelhecimento da população, o número de candidatos à protetização auditiva sofrerá um grande incremento nos próximos anos (Wiscosin Self Help for Hard of Hearing People Association, 2002). MÉTODO: Levantamento e análise de 107 fichas de avaliação de pacientes que foram protetizados pelo Programa de Saúde Auditiva do Sistema Único de Saúde (SUS) da Área Geográfica e Cidades que compõem a região atendida pelo município de Juiz de Fora. As fichas foram escolhidas de forma aleatória no universo dos pacientes que foram protetizados nos meses de maio a julho de 2009.A análise das fichas foi feita pontuando categorias como: sexo, idade, grau da perda auditiva, tecnologia da prótese doada, uso regular ou não da prótese, quantitativo de horas/dia no qual faz uso do aparelho. O tipo de prótese  pode ser digital ou analógica. RESULTADOS: Dos 107 pacientes cujas fichas foram pesquisadas, 61 (57,01%) são do sexo feminino e 46 (42,99%) são do sexo masculino. Com relação a idade, infância-adolescência (de 0 a 19 anos) 13 (12,15%) pacientes; jovens e adultos (de 20 a 59 anos) 33 (30,84%) pacientes; terceira idade, para pessoas com mais de 60 anos, 61 ( 57,01%) pacientes. Quanto ao grau da perda registrada o resultado foi: nível leve 1 (0,01%) paciente; nível moderado 50 pacientes (46,73%); nível severo 32 pacientes (29,91%) e no nível profundo 24 (22,43%) pacientes. Quanto a tecnologia de confecção da prótese 51 (47,66%) analógicas e 56 (52,34%) digitais. Quanto ao uso ou não das próteses, 106 (99,06%) pacientes disseram que fazem uso das próteses regularmente, e, apenas 1 (0,94%) disseram não fazer uso regular da mesma. Quanto ao tempo de uso diário das próteses pelo paciente, foi encontrado que 9 (8,41%) pacientes usam menos de 8h/dia; 41 (38,32%) pacientes fazem uso da prótese entre 8h a 12h/dia;  6 (5,61%) fazem uso da mesma entre 13h e 18h/dia e 50 (46,73%) fazem uso da mesma por mais de 18h/dia. DISCUSSÃO: A prevalência maior do sexo feminino encontrada está em concordância com a observação prática da maior longevidade do sexo feminino, que tem hábitos de vida mais saudável, geralmente fumam e consomem bebidas alcoólicas em menor proporção que o sexo masculino. A avaliação audiológica da deficiência auditiva na pessoa idosa deve envolver não só exames objetivos  e subjetivos que visam definir os limiares audiológicos do indivíduo, mas também ter um caráter global, avaliando a qualidade do processamento central da  informação periférica auditiva.CONCLUSÃO: Para minimizar as reações psicossociais decorrentes da deficiência auditiva no idoso, faz-se necessária a inclusão do mesmo em programas de reabilitação auditiva.

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