Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-113

TÍTULO: AVALIAÇÃO OTONEUROLÓGICA MÍNIMA PARA PACIENTES COM TONTURA

AUTOR(ES): JOSÉ DINIZ JÚNIOR, ROSIANE VIANA ZUZA DINIZ, DJANINE ANDRADE DE OLIVEIRA, PÉRICLES DE SOUSA CARDOSO, VICTOR EMANUEL FERNANDES DA COSTA, HARISON FRANKLIN VIANA OLIVEIRA

INSTITUIÇÃO: UFRN/CPC/HUOL

INTRODUÇÃO: As tonturas estão entre os sintomas mais freqüentes em todo o mundo, sendo a origem labiríntica responsável por 85% dos casos. Nesse contexto, é de grande valia diferenciar tontura central (núcleos, vias e inter-relações no sistema nervoso central). da periférica (labirinto e/ou VIII nervo crânio) uma vez que este é um sintoma complexo com várias origens, apesar da maioria ser labiríntica, como já citado. O exame otoneurológico minucioso permite localizar de forma acurada a presença de lesão auditiva e/ou vestibular, localizando-as em nível periférico ou central.

OBJETIVO: Descrever a metodologia para desenvolvimento e implementação do Protocolo Assistencial (PA) para diagnóstico e manejo de indivíduos com tontura no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL).

METODOLOGIA: A construção do Protocolo de tonturas consistiu em quatro etapas. Etapa um: Reunião de especialistas para discutir a abordagem multiprofissional da tontura. Desta etapa participaram representantes docentes da neurologia, otorrinolaringologia, cardiologia e geriatria; Etapa dois: Elaboração do instrumento Protocolo assistencial para diagnóstico da tontura. O instrumento elaborado foi testado inicialmente em um estudo piloto composto por cinco indivíduos, para avaliar a fluência, tempo e praticidade do exame; Etapa três: Validação do instrumento; Etapa quatro: Implementação do protocolo.  

RESULTADOS: Considerando a avaliação multidisciplinar da tontura, o instrumento PA para o diagnóstico de tontura foi elaborado com foco em dados da anamnese, seguida de uma avaliação cardiovascular mínima, avaliação otorrinolaringológica, avaliação do equilíbrio estático e dinâmico, provas cerebelares, além de exames otorrinolaringológicos e a videonistagmografia. Durante a elaboração do instrumento PA, ele foi aperfeiçoado depois de seguidos testes nos profissionais envolvidos na sua formação, e alguns voluntários, dentre estes, pacientes do serviço e alguns alunos, procurando aplicá-lo em jovens, adultos e  idosos de ambos os sexos. Após esse passo, o PA foi validado, para, dessa forma, ser aplicado nos pacientes em um tempo médio 50 minutos.

CONCLUSÃO: O protocolo assistencial para diagnóstico e manejo de indivíduos com tontura desenvolvida no HUOL mostrou ser uma ferramenta fundamental e eficiente para guiar o profissional no manejo da tontura de seus pacientes.

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