Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-173

TÍTULO: CONDIÇÃO PRÉ E PÓS-OPERÁTORIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA ENDOSCÓPICA ENDONASAL

AUTOR(ES): GABRIELE LEAO STRALIOTTO , CARLOS AUGUSTO SEIJI MAEDA, GABRIEL GONÇALVES DIAS, YARA ALVES DE MORAES DO AMARAL, SYLVIA DE FIGUEIREDO JACOMASSI, EDUARDO VIEIRA COUTO, LUIZA RODRIGUES CAFFARATE

INSTITUIÇÃO: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA

INTRODUÇÃO: A Cirurgia endoscópica nasal, ou FESS (Functional Endoscopy Sinus Surgery), é utilizada para diagnóstico, biópsia, tratamento e acompanhamento de diversas doenças. Restabelece a função nasal preservando a mucosa, além de melhorar a depuração mucociliar. A taxa de sucesso varia entre 76 a 98%.

OBJETIVO: Este estudo objetiva avaliar quais os sintomas mais freqüentemente encontrados, assim como os desfechos pós-operatórios de pacientes submetidos a cirurgia endoscópica endonasal no nosso serviço.

MATERIAIS E MÉTODOS : Trata-se de  estudo retrospectivo transversal  com coleta de dados sobre cirurgias tipo FESS, realizadas no período de janeiro de 2009 a maio de 2010.

RESULTADOS: A sintomatologia pré-operatória mais freqüente foi obstrução nasal, (67,2%), seguida por coriza/rinorréia (29,5%), sintomas alérgicos nasais (18%), cefaléia (22,9%), hiposmia/anosmia (19,6%), dor facial(22,9%), gotejamento posterior (14,7%) e roncos (6,5%). Após a cirurgia, 49 (80,4%) pacientes estavam assintomáticos e apenas 19,6% (n=12), permaneceram com alguma queixa.

DISCUSSÃO: A indicação de cirurgia é fundamentalmente clínica e baseada em exames de imagem. Sua principal indicação é o tratamento de rinussinusite crônica (RSC) refratária à abordagem clínica.  Não se deve pedir o exame anatomo-patológico  de forma rotineira, pois a posivitidade para situações malignas é baixa. Os sintomas pré-operatórios mais frequentemente são congestão nasal, sensação de pressão facial, obstrução nasal, rinorréia e hiposmia, além de cefaléia, odontalgia, halitose, fadiga, tosse seca, febre e otalgia, sendo que após a cirurgia 49 (80,4%) pacientes ficaram livres de sintomas, enquanto 12 (19,6%) permaneceram com sintomas.

CONCLUSÃO: Cabe ao otorrinolaringologista, ao indicar a cirurgia, avaliar sintomatologia, não resposta ao tratamento clínico e presença de alteração funcional evidenciada pelo exame de imagem, além de alertar o paciente acerca da possibilidade de permanência de sintomas, principalmente no que diz respeito a  hiposmia, dor facial e obstrução nasal, pois esses são os sintomas pós-operatórios mais prevalentes.

Fechar