Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-218

TÍTULO: DISPLASIA FIBROSA DE SEIOS PARANASAIS: RELATO DE CASOS

AUTOR(ES): AMAURY DE MACHADO GOMES , LEONARDO MARQUES GOMES, OTÁVIO MARAMBAIA DOS SANTOS DOS SANTOS, PABLO PINILLOS MARAMBAIA, MELINA PINILLOS MARAMBAIA, RENATA VIGOLVINO

INSTITUIÇÃO: INOOA - INSTITUTO DE OTORRINOLARINGOLOGIA OTORRINOS ASSOCIADOS

INTRODUÇÃO: A Displasia Fibrosa Óssea (DFO) é uma osteopatia de caráter benigno e etiologia ainda desconhecida. Atinge predominantemente pacientes do sexo feminino nas 1ª e 2ª décadas, e tem quadro clínico inespecífico o que torna seu diagnóstico geralmente tardio.  A Tomografia Computadorizada é método de escolha na caracterização da lesão e análise da expansão tumoral, auxiliando no planejamento cirúrgico e o acompanhamento pós-cirúrgico dos pacientes.

OBJETIVO: Relatar dois casos de pacientes com Displasia Fibrosa de seios paranasais: maxilar e frontal.

RELATO DE CASOS: Caso 1: Paciente de 53 anos, sexo feminino, relatava história clínica de sintomas alérgicos nasais de longa data, mas negava dor facial localizada ou outras queixas. Ao exame físico, notou-se discreta assimetria facial às custas de abaulamento de região maxilar à direita sem evolução progressiva. Refere cirurgia nasofacial há 25 anos, por via oral, ipsilateral à lesão. A tomografia computadorizada de seios paranasais evidenciou lesão em padrão cístico com densidade óssea de áreas ovaladas e bordas escleróticas compatível com displasia fibrosa em seio maxilar direito comprometendo assoalho da órbita e maxila. A paciente vem em acompanhamento desde então, evolui sem queixas, e não apresenta progressão da lesão.

Caso 2: Paciente de 69 anos, sexo masculino, veio ao serviço devido a um quadro de rinossinusite aguda bacteriana, porém, ao exame físico, notava-se também abaulamento em região de seio frontal. Foi solicitada TC de seios da face que evidenciou lesão mista acometendo seio frontal à direita com margens mal definidas caracterizada por opacidade semelhante a um vidro despolido. O paciente relatou que há cerca de 35 anos foi submetido à cirurgia na região da lesão com diagnóstico histopatológico de Displasia Fibrosa. Refere que não houve progressão da lesão desde então. Foi submetido a tratamento clínico para o quadro infeccioso dos seios paranasais e permanece em acompanhamento em nosso serviço sem referir progressão da lesão.

COMENTÁRIOS FINAIS: A Displasia Fibrosa por se apresentar, geralmente, de forma lenta e assintomática não é um achado comum dentre as patologias mais prevalentes para o otorrinolaringologista. Diante do diagnóstico firmado desta doença é importante salientar a necessidade de acompanhamento clinico contínuo devido à possibilidade de haver recidiva desse tumor.  Nos presentes casos, os pacientes foram submetidos a tratamentos cirúrgicos prévios e no momento não apresentavam nenhuma queixa referente à patologia.

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