Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-061

TÍTULO: ANOMALIA VASCULAR DA ORELHA EXTERNA: RELATO DE DE CASO

AUTOR(ES): HENDERSON DE ALMEIDA CAVALCANTE , WANER JOSEFA QUEIROZ DE MOURA, ITAIANA PEREIRA CORDEIRO DA SILVA, ÉDER AUGUSTO MAGALHÃES NASCIMENTO, MAÍRA RODRIGUES DE OLIVEIRA, LORENA GONÇALVES RODRIGUES, MARJORIE BANHOS CAREPA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO BETTINA FERRO DE SOUZA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INTRODUÇÃO: As anomalias vasculares são lesões comuns de aspecto tumoral de tecidos moles que acometem crianças e adultos jovens, cerca de 60% ocorrem na em cabeça e pescoço. São classificadas em dois grupos: tumores vasculares e malformações vasculares. O primeiro está incluído as lesões de proliferação vascular, os hemagiomas, que são mais freqüentes; verificados nos primeiros dias de vida, podendo apresentar crescimento rápido, porém, um grande número sofre regressão espontânea.No segundo grupo estão as anomalias morfológicas dos vasos que podem não ser vistas nos primeiros dias de vida, já estando presentes ao nascimento, apresentam crescimento com desenvolvimento corporal, estando presentes na idade adulta e sem regressão espontânea, tratam- se de coleção de vasos malformados, dispostos em tecido sem proliferação vascular. O tratamento cirúrgico geralmente é a regra, sendo investigado através de exames de imagem e embolização prévia.

 

OBJETIVO: Relatar um caso clínico de anomalia vascular com extensão para a orelha externa, que evoluiu após trauma.

 

Relato do caso: GBG, 30 anos, relata que há 14 anos iniciou pequena lesão no conduto auditivo externo(CAE) direito após trauma na região da mandíbula ipsilateral. Evoluiu posteriormente com o crescimento lento da lesão, acompanhada de zumbido pulsátil, sincrônico com os batimentos cardíacos e hipoacusia. Exame otorrinolaringológico evidenciou massa pulsátil, de coloração marrom, com obliteração do CAE direito, móvel, permitindo visualização da membrana timpânica normal. Otoscopia esquerda, rinoscopia e orofaringoscopia sem alterações. Ultrassonografia com Doppler evidenciou massa sólida, hipoecóica, contornos parcial definidos, medindo 27,4 x 22,8mm, localizado no pavilhão auricular direito com comunicação com o CAE direito, apresentando rica vascularização interna com vasos arteriais de alta resistência. Angiotomografia dos vasos do pescoço mostrou imagem expansiva localizada no pavilhão auditivo externo com extensão ao conduto auditivo externo ipsilateral, consistindo num enovelado de vasos malformados, medindo cerca de 4,5 x 4,0 x 3,5cm, vascularizada principalmente pela artéria auricular posterior, ramo da artéria carótida externa. O paciente foi encaminhado para a realização da embolização e tratamento cirúrgico.

METODOLOGIA: Descrição de casos clínicos e revisão de literatura.

CONCLUSÃO: O diagnóstico de anomalias vasculares de orelha externa deve ser considerado nos casos de evolução da lesão após trauma direto ipsilateral a sua origem com presença de característica pulsátil sincrônica com os batimentos cardíacos. Há necessidade de exame de imagem para o diagnóstico e planejamento terapêutico, onde o tratamento cirúrgico geralmente é a regra, sendo muitas vezes necessária embolização prévia, como citado no caso descrito.

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