Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

AO-28

TÍTULO: ESTAPEDOTOMIA TOTALMENTE ENDOSCÓPICA: RESULTADOS PRELIMINARES

AUTOR(ES): JOÃO FLÁVIO NOGUEIRA JÚNIOR, MARCOS JULLIAN BARRETO MARTINS, CAROLINA VERAS AGUIAR, ISABELLE OLIVEIRA JATAÍ, ARTHUR CHAVES GOMES BASTOS, JOÃO PAULO SARAIVA ABREU, MOISÉS XIMENES FEIJÃO

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

INTRODUÇÃO: As estapedectomias e estapedotomias são realizadas atualmente em grande parte dos centros do mundo com o auxílio de microscópios cirúrgicos, apresentando excelentes resultados. Entretanto o microscópio possui algumas limitações inerentes ao próprio instrumento, como por exemplo campo visual limitado.

Há poucos casos e nenhuma série de casos publicada em literatura indexada sobre a utilização de endoscópios “naso-sinusais” na realização de estapedotomias e estapedectomias.        

OBJETIVOS: Nosso trabalho tem como objetivos:

a)      Investigar o uso do endoscópio “naso-sinusal” na realização de estapedotomias em pacientes com otosclerose.

b)     Mostrar os resultados iniciais.

c)      Discutir as possíveis vantagens e desvantagens do uso deste instrumento nestas cirurgias.

METODOLOGIA: Após aprovação no comitê de ética da instituição realizamos 15 estapedotomias puramente endoscópicas entre os meses de novembro de 2009 e maio de 2010. Os dados destes pacientes foram analisados retrospectivamente. As condições anatômicas do nicho da janela oval, status da cadeia ossicular, curso do nervo facial e os passos cirúrgicos foram descritos com acurácia pelo cirurgião e analisados para se avaliar os reais benefícios do procedimento totalmente endoscópico. Os resultados audiológicos foram também analisados e avaliados.

RESULTADOS: Nenhuma complicação foi observada e todos os pacientes referiram melhora subjetiva auditiva, confirmada com exames audiológicos pós-operatórios

CONCLUSÃO: As estapedotomias totalmente endoscópicas são tecnicamente viáveis, seguras e promissoras. Nesta pequena série de 15 casos houve vantagens e desvantagens. As principais vantagens foram: nenhum trauma para o nervo corda do tímpano nos casos em que não foi necessária curetagem da  parede posterior do conduto auditivo externo e um excelente campo de visão, incluindo a visualização das cruras anterior e posterior do estribo, sua supra-estrutura e o nicho da janela oval. As desvantagens foram falta de visão estereoscópica, trabalho unimanual e uma curva de aprendizado. No entanto uma série maior é obrigatória para avaliar o papel real dos endoscópios em cirurgias para otoscleroese bem como para outras doenças da orelha media.

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