Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-350

TÍTULO: LINFOMA DE AMÍGDALA

AUTOR(ES): RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO , PAULO TINOCO, DANIELA SILVA PAIS, JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA, MICHELLE FERREIRA SCHEIDEGGER MAIA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO

O linfoma difuso de grandes células B é a forma mais comum dos linfomas não Hodgkin e acomete principalmente adultos, mas também se manifesta em crianças.

O linfoma difuso de grandes células B pode ocorrer fora dos linfonodos, sendo denominados extranodais. Dentro das localizações extranodais  o anel de

Waldeyer é o local mais comum segundo a  maioria dos autores.

O linfoma difuso de grandes células B geralmente estão presentes em indivíduos do gênero masculino, idade adulta, com presença de tumefação firme e difusa no local da lesão.

A melhor opção de análise diagnóstica é o exame imuno-histoquímico, que distingue as lesões benignas das malignas.

O tratamento é realizado com quimioterapia.

RELATO DE CASO

OJP, 77 anos, masculino, branco, residente em Itaperuna-RJ, procurou o ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital São José do Avaí com tumoração cervical bilateral com surgimento de aproximadamente 30 dias que evoluiu com crescimento e dor.

Relatava também sudorese e perda de peso. Negava febre. Paciente etilista social e ex tabagista com duração de 40 anos.

Ao exame físico o paciente apresentava volumosa massa cervical bilateral de consistência endurecida, fixa e de limites imprecisos e linfadenomegalia axilar bilateral.

À endoscopia nasal, não foi visualizada nenhuma alteração bilateral.

À oroscopia houve diferença de tamanho entre as amígdalas. Amígdala direita apresentava consistência endurecida.

O paciente foi submetido à biópsia de amígdala direita e de linfonodo cervical à direita. O material foi enviado para análise anatomopatológica que evidenciou Linfoma Difuso de grandes células B.

O paciente foi encaminhado ao serviço de Oncologia para realização de quimioterapia.

DISCUSSÃO

O acometimento na cavidade oral ocorre com maior frequência no anel de Waldeyer, tonsilas e palato.

Os sinais e sintomas apresentados pelos linfomas na cavidade oral são de curta duração e com progressão rápida da lesão. As lesões bucais estão relacionadas a doenças já disseminadas e raramente têm sua primeira manifestação na cavidade oral3, como ocorreu no caso relatado.

Atualmente, o melhor diagnóstico é o exame imuno-histoquímico da lesão, que distingue as condições benignas das malignas, oferecendo uma rigorosa subclassificação dos tipos de linfoma.

O tratamento é realizado com esquema quimioterápico CHOP (Ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona), e por vezes associado ao rituximab .

CONCLUSÃO

A relação dos LNH com a área cérvico-facial é evidente e deve ser levada em conta por parte dos otorrinolaringologistas em todo momento. A adenopatia é o sintoma mais frequente que esta doença manifesta e, dentro do Anel de Waldeyer, a amígdala é o local predominante.

Os linfomas são lesões malignas agressivas, entretanto, quando identificadas precocemente, apresentam um alto potencial de cura através de quimioterapia associada ou não à radioterapia.

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