Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-015

TÍTULO: ABSCESSO EXTRADURAL:COMPLICAÇÃO DE SINUSITE FRONTAL

AUTOR(ES): DANIELE LENZI PIMENTEL; CAMILA DE OLIVEIRA MACHADO; CARLOS ALBERTO MAURÍCIO JÚNIOR; FERNANDO DE FREITAS VILELA; ANA CAROLINA DE SOUZA MOREIRA; MÁRCIO NAKANISHII

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

INTRODUÇÃO: Complicações intracranianas das rinossinusites são a extensão do processo infeccioso para estruturas adjacentes, ocorrendo em um pequeno, mas significante número de pacientes. Dentre as de origem nasossinusal são citadas empiema subdural, abscesso cerebral, meningite e abscesso extradural como as formas mais comumente encontradas.

OBJETIVO: relatar o caso de paciente de 35 anos com abscesso extradural decorrente de rinossinusite frontal que evoluiu favoravelmente com o tratamento clínico e cirúrgico preconizado. 

MATERIAIS E MÉTODOS: paciente masculino, 35 anos, negro, pastor evangélico, ex-usuário de cocaína inalatória, apresentou-se no PS de Otorrinolaringologia com queixa de dor maxilo-orbito-frontal intensa à esquerda, progressiva há 3 dias, associada à cefaléia. Negava febre, vômitos, obstrução nasal ou queixa visual. Exame físico revelava celulite orbitaria esquerda, sem limitação da mobilidade ocular. Sem outras alterações ao exame otorrinolaringológico e de cabeça e pescoço. Realizada Tomografia computadorizada dos seios da face e cranio que evidenciou lesão expansiva com extensão extradural no seio frontal esquerdo com calcificações em seu interior.

Com a suspeita clínico-radilógica de sinusite do seio frontal complicada com abscesso extradural, o paciente foi submetido à drenagem endoscópica do seio frontal esquerdo sob anestesia geral, através de uncifectomia. Realizado estudo histopatológico do processo uncinado, pesquisa direta e cultura para BARR, fungos e bactérias da secreção drenada do seio frontal-abscesso extradural.

RESULTADOS: o estudo histopatológico do uncinado não evidenciou alterações patológicas de malignidade. A pesquisa direta de BAAR e fungos foi negativa, assim como suas culturas. A pesquisa de bactérias evidenciou presença de GRAM negativo, e na cultura houve crerscimento de Klebisiella pneumonie.

Após tratamento preconizado o paciente apresentou boa evolução clínica, sem seqüelas otorrinolaringológicas ou neurológicas

CONCLUSÃO: Abscesso extradural é uma complicação rara, porém grave de sinusite frontal. O paciente em questão apresentou evolução favorável com o tratamento preconizado.

Fechar