Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-348

TÍTULO: LINFANGIOMA CÍSTICO

AUTOR(ES): RODOLFO CALDAS LOURENÇO FILHO , PAULO TINOCO, DANIELA SILVA PAIS, FERNANDA CARDILO LIMA, JOSÉ CARLOS OLIVEIRA PEREIRA, FLÁVIA RODRIGUES FERREIRA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ

INTRODUÇÃO

Linfangioma cístico é uma das lesões benignas mais comuns da infância.O sítio mais frequente é o cervical posterior.O diagnóstico é clínico e radiológico.

A cirurgia tem como problemas a dificuldade técnica em dissecar a lesão, o alto índice de lesões vasculo-nervosas, a elevada recidiva, as deformidades e infecção. O uso de agentes esclerosantes tem sido adotado e representa uma alternativa favorável de tratamento.

APRESENTAÇÃO DO CASO

VAO,feminino, 1 ano e meio, negra, de Campos dos Goytacazes-RJ, foi encaminhada ao Hospital São José do Avaí, com massa cervical à esquerda. Mãe relata que a criança nasceu com essa lesão e que cresceu gradativamente. A paciente apresentava dispnéia e dificuldade para movimentar o pescoço.

O ultrassom foi compatível com linfangioma e a Tomografia avaliou a extensão da lesão.

Foi indicada infiltração intralesional de Bleomicina, guiada por ultrassom com redução da massa e melhora dos sintomas.

O resultado foi expressivo e não necessitou de traqueostomia.

DISCUSSÃO

O Linfangioma  é uma anomalia do sistema linfático. É classificado em: capilar, cavernoso e cístico. Incide em ambos os sexos(1:1).

O tratamento inclui observação, escleroterapia e a cirurgia. A cirurgia é a maior chance de controle da doença, a incidência de complicações torna sua indicação difícil.  Atualmente pode ser feito infiltração de Bleomicina, nitrato de prata a 0,5% e OK-432. Uma das complicações da Bleomicina é a pneumonite, que pode evoluir para fibrose pulmonar, mais comum acima dos 70 anos e com dose total acima de 400UI.

No caso relatado o tratamento foi com infiltração de Bleomicina, devido à característica macrocística da lesão.

 

CONCLUSÃO

Apesar do linfangioma  ser  benigno, pode provocar graves deformidades e comprometer as vias aérea e digestiva.

A regressão espontânea é rara e, a cirurgia apresenta diversas complicações. Estes fatores favorecem o tratamento com Bleomicina, que apresenta menos complicações.

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