Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-098

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA RINOPLASTIA PÓS-TRAUMÁTICA

AUTOR(ES): PAULA RIBEIRO LOPES , MARCO ANTÔNIO FERRAZ DE BARROS BAPTISTA, FERNANDA LION MARTINS ADAMI, JULIANA COLA DE CARVALHO, MARCELO CAMPILONGO, PRISCILA BOGAR RAPPAPORT

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC

INTRODUÇÃO: O trauma nasal muitas vezes é a causa de deformidades nasais desafiadoras aos cirurgiões. Muitos fatores podem predispor essa dificuldade: tentativa de redução imediata mal sucedida, tempo prolongado entre o trauma e a correção, condições nasais pré-traumáticas, etc.

OBJETIVO: Esta pesquisa tem por objetivo avaliar as condições anatômicas e as rinoplastias realizadas nestes pacientes, comparando-as com os mesmos dados de pacientes que realizaram rinoplastia sem trauma prévio. Analisamos também as condições associadas ao trauma desses pacientes.

METODOLOGIA: Foram avaliados de forma retrospectiva 40 pacientes que realizaram rinoplastia neste serviço. Destes, 20 tinham um trauma nasal como antecedente pessoal e 20 apenas queixas estéticas. Os pacientes foram analisados segundo sua epidemiologia, condições anatômicas pré-operatórias e técnicas de rinoplastia associadas. Foram analisadas ainda as características do trauma: há quanto tempo ocorreu, se houve tentativa de redução imediata, tempo para realização de rinoplastia, causas do acidente e resultados estéticos e funcionais.

RESULTADOS: O grupo de pacientes com história prévia de trauma apresentou maior número de queixas de dorso nasal, inclusive de afundamentos quando comparado ao outro grupo. Assim, houve maior necessidade de colocação de enxertos na rinoplastia. No entanto, esses dados não apresentaram significância estatística. As características do procedimento cirúrgico não apresentaram diferenças importantes entre os grupos. O pacientes com trauma levaram em torno de 8 anos para realizarem a rinoplastia, a principal causa foram as quedas e apenas 40% passaram pela redução da fratura imediata. A avaliação estética mostrou que 45% consideraram que o nariz ficou mais bonito do que era antes do trauma, enquanto 50% consideraram melhora do estado funcional.

CONCLUSÃO: O trauma nasal determina alterações da anatomia nasal características, mas não requer técnica cirúrgica especial para sua correção. A principal causa de trauma na região do ABC são as quedas seguidas pelos acidentes de trabalho. Raramente o resultado estético é capaz de atingir as expectativas do paciente, a ponto de torná-lo idêntico ao que era antes no trauma.

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