Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TESE

P-517

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE DISTÚRBIOS VOCAIS EM ESCOLARES DE 4 A 12 ANOS BASEADA NA ANÁLISE DA IMPRESSÃO SUBJETIVA DOS PAIS COM RELAÇÃO À VOZ DE SEU FILHO.

AUTOR(ES): REGINA HELENA GARCIA MARTINS , ELAINE LARA MENDES TAVARES, MARCELA FERREIRA SANTANA, LÍDIA RAQUEL DE CARVALHO, ROBERTO BADRA DE LÁBIO, TATIANA MARIA GONÇALVES

INSTITUIÇÃO: DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA , FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP

Introdução - distúrbios vocais na infância variam entre 6 a 23%, dependendo do método metodológico utilizado nas análises. A utilização das informações fornecidas pelos pais sobre as qualidades vocais de seus filhos, embora seja método subjetivo, pode fornecer informações valiosas, desde que os questionários aplicados sejam elaborados de forma , clara, em linguagem popular e de fácil compreensão. Objetivos: Determinar a prevalência dos distúrbios vocais em crianças baseada na impressão subjetiva dos pais. Casuística e métodos: Pais de 2.000 escolares, na faixa etária de 4 a 12 anos preencheram questionário contendo informações sobre sua impressão em relação às características vocais de seus filhos. A população estudada foi dividida em 3 subgrupos: G1 (de 4 a 6 anos), G2 (de 7 a 9 anos), G3 (de 10 a 12 anos). Resultados: Foram incluídas 990 meninas (49,5%) e 1010 meninos (50,5%). Alterações esporádicas e inconstantes nas qualidades vocais foram reportadas pelos pais de 240 crianças (12%, F-105, M-135) e permanentes ou freqüentes por 139 (6,95%, F-64, M-75). O abuso vocal foi referido por 152 pais. Conclusões: alterações vocais esporádicas não devem ser computadas nos resultados epidemiológicos, pois são freqüentes em crianças durante atividades lúdicas ou estados gripais. Assim, considerando-se apenas os casos de rouquidão freqüente ou permanente, os resultados deste estudo apontaram índices de disfonias de 6,9%, com discreto predomínio entre os meninos. Nestes casos a disfonia se mantém por prováveis distúrbios funcionais ou à presença de lesões laríngeas. Para o diagnóstico etiológico definitivo, são necessárias avaliações complementares fonoaudiológicas e videolaringoscópicas.

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