Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-064

TÍTULO: APLICAÇÃO DE RETALHOS PARA RECONSTRUÇÃO NASAL PÓS-EXÉRESE DE TUMOR

AUTOR(ES): SUYANE BENEVIDES FRANCO , RAFAELA MAGALHÃES VILLAS BÔAS, JÚLIO CÉSAR GARCIA DE ALENCAR, SARAH HANNA DE CARVALHO ANDRADE, LIA BARROSO SIMONETTI GOMES, DÉBORA JUAÇABA CAVALCANTE, FELIPE BARBOSA LIMA

INSTITUIÇÃO: LIGA DE CIRURGIA PLÁSTICA E MICROCIRURGIA RECONSTRUTIVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INTRODUÇÃO

Reconstrução nasal é sempre difícil para cirurgiões plásticos. Sua localização e as relações entre convexidades e concavidades de subunidades nasais tornam impossível esconder qualquer tipo de deformidade sem uma boa reconstrução. O nariz é um espaço comumente envolvido na cirurgia dermatológica. Os carcinoma basocelular e epidermóide freqüentemente afetam o apêndice nasal e suas estruturas adjacentes. Existe um amplo repertório de técnicas cirúrgicas para a reconstrução desta área, incluindo fechamento primário, retalhos locais ou distantes e enxertos. Retalhos têm vantagens substanciais sobre enxertos porque têm seu próprio suprimento sangüíneo e sua viabilidade não depende inteiramente do leito vascular do defeito cirúrgico.

DELINEAMENTO

Trata-se de um estudo retrospectivo, no que se refere às opções de reconstrução nasal após ressecção tumoral utilizadas no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio HUWC-UFC.

OBJETIVOS

Descrever as técnicas de reconstrução nasal utilizadas em alguns pacientes do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio HUWC-UFC que necessitaram de reconstrução de segmentos da pirâmide nasal após a exérese de tumores de pele, enfatizando a indicação correta do tipo de reconstrução a ser empregada, bem como bons resultados estéticos e funcionais.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este estudo incluiu pacientes com ressecção de câncer de pele. Os defeitos resultantes envolviam pelo menos uma porção do nariz. A reconstrução foi realizado em uma forma modular, abordando cada unidade individual. A dimensão e profundidade do defeito nasal foi inicialmente avaliada.  Foram utilizados enxertos condromucoso, retalhos bilobado, nasolabial, V-Y de parede lateral, dorsonasal, frontal paramediano, dentre outros. A partir de então, definia-se o tipo de retalho a ser utilizado, condizente com a experiência do serviço, perviabilidade do conduto nasal, tecido doador, disponibilidade,bem como os resultados estéticos e de menor risco de complicações.

RESULTADOS

Os resultados foram baseados na viabilidade do retalho, experiência na técnica a ser empregada, extensão da lesão, área comprometida, complicações e resultado estético no pós-operatório. Todos os retalhos cicatrizaram bem por primeira intenção, e os resultados foram aferidos pelo menos satisfatório pelos pacientes, cirurgiões e preceptores do serviço.

CONCLUSÃO

A indicação da técnica cirúrgica utilizada para reconstrução nasal na experiência do Serviço de Cirurgia Plástica do HUWC é condizente com estudos bem fundamentados na literatura e mostrando bons resultados para a expectativa dos pacientes e dos cirurgiões deste serviço.

Fechar