Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-463

TÍTULO: PERFIL AUDIOLÓGICO DE MULHERES COM A SINDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

AUTOR(ES): JOSÉ FERNANDO COLAFÊMINA, MILDRED DOS ANJOS DACANAL

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE MEDICINA DE RIEIRÃO PRETO USP

Introdução: Indivíduos com a síndrome dos ovários policísticos possuem o risco de   hiperinsulinemia e resistência à insulina e estas condições podem levar a distúrbios do metabolismo da orelha interna. A estria vascular é a central metabólica da orelha interna e depende de oxigênio, glicose e outras substâncias para gerar esse potencial.Objetivos: Comparar o perfil audiológico de mulheres com a síndrome dos ovários policísticos com o perfil audiológico de um grupo controle Métodos: Fizeram parte do estudo 24 mulheres, separadas em dois grupos por 12 mulheres com idade entre 18 e 35 anos. O grupo com a síndrome dos ovários policísticos (GSOP) e o grupo controle (GC). Após anamnese foram realizados os seguintes exames: audiometria tonal limiar; índice de reconhecimento de fala e a imitanciometria. Os critérios de exclusão para ambos os grupos foram uso de qualquer  medicamento para tratar a resistência à insulina, o uso de anticoncepcional, hipertensão arterial severa, diabetes (tipo I e II), perda auditiva condutiva e perda auditiva sensório/neural decorrente de causa já estabelecida Resultados: As queixas de zumbido tontura e cefaléia tiveram diferença estatisticamente significantes entre os grupos. Os limiares auditivos do grupo GSOP estavam elevados em  relação ao GC. Houve uma diferença significante dos limiares da orelha esquerda nas frequências de 250 e 6.000 hz, e na orelha direita de 250, 500 e 6.000hz. Não observou diferênças nos indíces de reconhecimento de fala nos grupos analisados.Conclusão: Mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos (GSOP)apresentaram mais queixas auditivas e vestibulares do que mulheres sem a síndrome (GC). Os limiares auditivos encontram-se mais elevados principalmente nas freqüências de 250 e 6.000 Hz nas pacientes do GSOP e a inteligibilidade de fala parece não ser afetada por esse distúrbio metabólico.

Key-words: resistência a insulina , distúrbios metabólicos , ouvido interno.  

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