Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TESE

P-410

TÍTULO: NOVAS TÉCNICAS DE DISSECÇÃO DE OSSO TEMPORAL

AUTOR(ES): ANA MARIA ALMEIDA DE SOUSA , DANIEL MOCHIDA OKADA, FABIO AKIRA SUZUKI

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – HSPE/SP

INTRODUÇÃO: A utilização de cadáveres para aprendizado data de 500 a.C., e caminhou paralelamente à história da medicina.  Proibida por questões religiosas e éticas durante a Idade Média, foi após o Renascimento que a anatomia humana e os métodos de dissecção foram consolidados, tornando-se fundamentais no ensino de ciências da saúde e para a formação e o aprimoramento de cirurgiões. A legislação brasileira vigente, através da Lei no. 8.501 de 30 de novembro de 1992, determina limitação legislativa e a dificuldade de obtenção de cadáveres. Por outro lado, ressaltamos o desenvolvimento de novas ferramentas de ensino como a criação de simuladores e treinamento em ambientes virtuais.

OBJETIVO: Descrever e comparar os simuladores disponíveis para o aprendizado de cirurgia otológica.

METODOLOGIA: Revisão de literatura

RESULTADOS: O estudo anatômico tridimensional e os simuladores (reais e virtuais) são vistos como uma solução frente a iminente dificuldade na obtenção de peças de osso temporal de cadáveres. Os simuladores virtuais tem como vantagem a possibilidade de programação pré-operatória, além de possibilitar que o usuário possa realizar avaliações seqüenciadas de evolução do aprendizado. No entanto, foi visto que este tipo de simulador tem altíssimo custo e não permite uso dos instrumentos habituais utilizados em cirurgias reais, embora alguns permitam que o usuário tenha o mesmo estímulo sensitivo semelhante. Já os simuladores reais permitem uma realidade háptica, mas não são totalmente idênticos ao osso temporal, além de necessitarem de laboratório equipado para sua utilização.

CONCLUSÃO: A dissecção em simulador otológico não substitui o treinamento em ossos temporais de cadáveres, porém, dada a dificuldade crescente na obtenção destes, o desenvolvimento de novas ferramentas de ensino deve ser encorajado para o contínuo aprimoramento de cirurgiões.

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