Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TESE

AO-49

TÍTULO: POSTUROGRAFIA INTEGRADA À REALIDADE VIRTUAL EM IDOSOS VESTIBULOPATAS CRÔNICOS COM OU SEM QUEDAS

AUTOR(ES): JULIANA MARIA GAZZOLA, ANA PAULA SERRA , FLÁVIA DONÁ, HELOÍSA HELENA CAOVILLA, MAURÍCIO MALAVASI GANANÇA, LUIZ ROBERTO RAMOS, FERNANDO FREITAS GANANÇA

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP

Introdução: A posturografia estática pode auxiliar na avaliação do equilíbrio corporal de idosos com vestibulopatia crônica.

Objetivos: Avaliar o equilíbrio corporal de idosos vestibulopatas crônicos, com ou sem histórico de quedas, à posturografia estática integrada à realidade virtual. Comparar os aspectos clínico-funcionais entre os idosos vestibulopatas crônicos com ou sem histórico de quedas.

Método: Trata-se de pesquisa quantitativa analítica realizada por meio de estudo clínico de corte transversal. Foram incluídos idosos dos gêneros masculino ou feminino, distribuídos em grupo controle (GC), sem quedas e queixas vestibulares, e grupo de vestibulopatas crônicos, sendo o grupo 1 (G1) constituído por pacientes sem quedas e o grupo 2 (G2) com quedas. A avaliação posturográfica foi realizada por meio da Balance Rehabilitation Unit® para a medida dos parâmetros do comportamento do Centro de Pressão (COP): limite de estabilidade (LE), área do COP e velocidade de oscilação corporal (VOC), em dez condições sensoriais. Os testes utilizados foram Qui-Quadrado ou Fisher, ANOVA e Bonferroni, a=0,05.

Resultados: A amostra foi constituída por 117 idosos, 67,5% do gênero feminino, com média etária de 72,99 anos, sendo 41 (35,0%) do GC, 40 (34,2%) do G1 e 36 (30,8%) do G2. Os grupos não apresentaram diferença entre si em relação ao gênero, idade e altura. O LE do GC foi maior em relação ao G1 (p=0,038) e G2 (p=0,024). A área do COP apresentou valores maiores para o G1 em relação ao GC (p<0,05) nas condições de superfície firme (SF) e olhos fechados (OF) e SF e interação visuo-vestibular (IVV) na direção horizontal. A área do COP, em todas as condições e a VOC nas condições de SF e olhos abertos (OA), SF e OF, SF e estímulos optocinéticos nas direções para baixo e para cima, e SF e IVV na direção horizontal apresentaram valores maiores para o G2 em relação ao GC (p<0,05). A área do COP nas condições de SF e OA, SF e OF, superfície de espuma e OF, SF e estímulo sacádico, SF e estímulos optocinéticos nas direções para esquerda e para cima e SF e IVV na direção horizontal, e a VOC nas condições de SF e OA, SF e OF apresentaram valores maiores para o G2 em relação ao G1 (p<0,05). Os idosos do G2 apresentaram maior associação com tonturas rotatória e não rotatória (p=0,013) em relação ao G1.

Conclusões: O GC apresentou melhor desempenho de LE em comparação ao G1 e G2. Os idosos do G1 apresentaram pior desempenho nas condições de SF e OF e IVV na direção horizontal em relação aos idosos do GC. Os idosos do G2 apresentaram pior desempenho nas condições de SF e OA, SF e OF, superfície de espuma e OF, SF e estímulo sacádico, SF e estímulos optocinéticos nas direções para esquerda e para cima e SF e IVV na direção horizontal em relação ao G1 e GC. O G2 apresentou maior prevalência de tonturas rotatória e não rotatória em relação aos do G1.

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