Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-441

TÍTULO: PAPILOMA INVERTIDO ISOLADO EM SEIO ESFENÓIDE: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ALEXANDRA KOLONTAI DE SOUSA OLIVEIRA , RENATA CHADE AIDAR, RENATA BOTELHO FROTA, LÍLIA PEREIRA ABREU

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO

INTRODUÇÃO: O papiloma invertido é uma neoplasia benigna rara que, na maioria das vezes, se origina na parede lateral da cavidade nasal, mais precisamente na região do meato médio. Representa de 0,5 a 4% de todos os tumores da fossa nasal. A lesão exibe o padrão de crescimento endofítico característico, com inversão da superfície do epitélio para dentro do estroma e, apesar de benigno, é localmente invasivo e tem tendência à recorrência e à transformação maligna. Rinite alérgica, infecção viral, inflamação crônica, e fatores ambientais já foram sugeridos como possíveis causas do papiloma invertido, mas a etiologia ainda é indefinida. Afeta tipicamente homens, na proporção de 4:1, entre os 40 e 70 anos, sendo raro na infância e adolescência. Em ordem decrescente de apresentação, os seios paranasais afetados são: maxilar, etmoidal, frontal e esfenoidal.  Em apenas 5% dos pacientes há acometimento sinusal exclusivo, em geral ocorrendo nos seios maxilar e etmoidal. O acometimento exclusivo do seio esfenoidal é raro tendo pouco mais de dez casos descritos e seus sintomas são inespecíficos. OBJETIVO: Relatar um caso de papiloma invertido isolado em seio esfenoidal. RELATO DE CASO: RSG, 53anos, sexo masculino procurou ambulatório de otorrinolaringologia em março de 2010, com queixa de obstrução nasal, coriza hialina, hiposmia e exteriorização intermitente de massa em fossa nasal esquerda com início há 2anos. Relatou ainda episódios de epistaxe de pequena monta. O exame endoscópico nasal demonstrava lesão de aspecto granulomatoso em recesso esfenoetmoidal à esquerda, que obliterava fossa nasal até área V. A ressonância nuclear magnética evidenciou espessamento mucoso/acúmulo de secreção em seio esfenoidal e células etmoidais à esquerda, além de formação heterogênea com alto sinal em T2 localizado junto a porção mais posterior da fossa nasal esquerda, estendendo-se superiormente ao seio esfenoidal, sem determinar obliteração de nasofaringe.Proposto tratamento cirúrgico através de ressecção endoscópica, realizada em abril de 2010. No intra-operatório observada lesão polipóide em recesso esfenoetmoidal à esquerda, sendo ressecada sua porção intranasal. Visualizado óstio esfenoidal alargado com presença de duas lesões em seio esfenoidal: a primeira,superior, de aspecto granulomatoso e a segunda, inferior, cística. Ressecadas as duas lesões, porém a inserção da granulomatosa não foi retirada para evitar excesso de manipulação. Enviado material para análise histopatológica que evidenciou papiloma invertido. O paciente encontra-se sob acompanhamento ambulatorial, sendo evidenciada lesão residual em seio esfenoidal esquerdo à nasofibroscopia.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Papiloma invertido isolado de seio esfenoidal é uma entidade rara porém deve ser considerada no diagnóstico diferencial de massas nessa localização. O diagnóstico é feito por anatomopatológico sendo essencial também exames de imagem.

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