Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-649

TÍTULO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DA FRATURA DE MAXILA: ESTUDO PROSPECTIVO DE 1 ANO EM UM CENTRO DE TREINAMENTO EM CIRURGIA CRÂNIO-MAXILO-FACIAL

AUTOR(ES): BRUNO ALVARENGA SILVA LOREDO , MARCOS ROSSITER DE MELO, VINÍCIUS FARIA GIGNON, SÉRGIO ANTÔNIO ARAÚJO COSTA, TOMAS GOMES PATROCÍNIO, JOSÉ MARIANO CARVALHO COSTA, LUCAS GOMES PATROCÍNIO

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INTRODUÇÃO: Os traumas faciais ocupam papel de destaque nos atendimentos emergenciais dos hospitais referenciais. Dentre os tipos de traumas de face, as fraturas de maxila estão entre as mais graves e geralmente associadas a outros tipos de fraturas. Além disso, podem apresentar importantes alterações oclusais. Requer tratamento através de redução e fixação por meio de bloqueio maxilo-mandibular ou interna rígida.

OBJETIVO: Avaliar prospectivamente os pacientes portadores de fratura de maxila tratados através de redução e fixação interna rígida no ano de 2009, em um Centro de Treinamento em Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial.

RESULTADOS: A população estudada foi de 20 pacientes, 19 do sexo masculino e 1 feminino, com idade entre 11 e 65 anos (41,1 ± 14,7 anos). As principais etiologias foram acidente automobilístico (13 pacientes, 65,0%), agressão interpessoal (3 pacientes, 15,0%) e queda da própria altura (3, 15,0%). Com relação a distribuição sazonal, os meses mais freqüentes foram agosto (5, 25%) e novembro (4, 20%). As fraturas foram classificadas em Le Fort I (5 pacientes), Le Fort II (11), Le Fort III (2), Lanelongue (2) e Richet (2). As fraturas de face mais comumente associadas foram de zigoma (18 pacientes, 90%), nariz (12 pacientes, 60%), naso-etimóido-orbitárias (4 pacientes, 20%) e mandíbula (3 pacientes, 15%). Os pacientes foram acompanhados por 3 a 12 meses (média de 5,8 meses). Em 7 pacientes foi optado por manter o bloqueio maxilo-mandibular no pós-operatório, que durou de 2 a 6 semanas (média de 3,57 semanas). As principais complicações do tratamento foram: exposição de material de síntese (2), enoftalmia (1), má-oclusão (1), paresia transitória do ramo frontal do nervo facial (1), ectrópio (1).

DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Os pacientes mais acometidos foram os adultos jovens do sexo masculino, de etiologia o acidente automobilístico. A maioria foi classificada como Le Fort II, com associação com fraturas do complexo zigomático-orbitário. Houve baixo índice de complicações e pouca necessidade do emprego do bloqueio maxilo-mandibular no pós-operatório, demonstrando que a redução cruenta associada a fixação interna rígida é uma forma de tratamento segura e eficaz.

Fechar