Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-326

TÍTULO: LABIRINTITE OSSIFICANTE

AUTOR(ES): ELIONES DANTAS PINTO DO AMARAL , HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA, SHARLENE CASTANHEIRA DE PÁDUA PUPPIN, MARCO ANTÔNIO RIOS LIMA, CAIO ATHAYDE NEVES, OSWALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA JÚNIOR

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS DE BRASÍLIA

INTRODUÇÃO:

A labririntite ossificante (LO) consiste na ossificação do labirinto membranoso, principalmente a escala timpânica do giro basal da cóclea, conseqüente, a um processo infeccioso, conhecido como labirintite supurativa. Pode ser decorrente de inúmeras patologias, senda a principal a meningite bacteriana. Outras causas são tumores, otosclerose avançada, doenças auto-imune, fratura de osso temporal e hemorragia da orelha interna(OI). Quando proveniente de um processo infeccioso esta pode ocorrer por três vias: meningogênica, timpanogênica e hematogênica. Acredita-se que a forma que mais cursa com LO seja a meningogênica, através da disseminação para OI via espaço subaracnóide, aqueduto coclear e meato acústico interno. Pela via timpanogênica o processo infeccioso se propaga via janela oval, preferencialmente, e janela redonda. Já pela via hematogência a infecção geralmente ocorre no período intra-uterino pelos vírus do sarampo e caxumba. A labirintite ossificante possui três estágios: aguda, onde há uma invasão de bactérias e leucócitos no labirinto membranoso, posteriormente uma fase de reparação , onde a presença dos fibroblastos e por último uma fase de ossificação.

Clinicamente caracteriza-se por um quadro de perda auditiva neurossensorial profundo e irreversível acompanhada ou não de sintomas vestibulares. Quando causada pela meningite, cerca de 5-7% dos pacientes irão desenvolver seqüela auditiva e na maioria das vezes o acometimento é bilateral. O diagnóstico é feito baseado na suspeita clínica e dos exames complementares tendo grande importância o diagnóstico por imagem. Na tomografia computadorizada observa-se esclerose, irregularidade ou obliteração da cóclea, vestíbulo e canais semi-circulares, alguns advogam que a ressonância nuclear magnética também seria de grande valia para o diagnóstico da LO, pois permite um excelente visualização do labirinto membranoso, saco endolinfático, nervos facial, coclear e vestibular, além do sistema nervoso central. Essa avaliação é de suma importância em pacientes candidato a cirurgia de implante coclear.

OBJETIVO: Relatar um caso de Labirintite Ossificante

METODOLOGIA: Revisão de artigos dos últimos 5 anos

CONCLUSÃO: Relatamos um caso de Labirintite Ossificante de provável origem timpanogênica, de acometimento unilateral e anacusia. A LO é uma patologia que causa a destruição do labirirnto membranoso e o seu diagnóstico é clínico e imagenológico. O estudo por imagem é importante principalmente nos candidatos a implante coclear.

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