Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-390

TÍTULO: MIRINGOPLASTIA: O QUÊ PODE INFLUENCIAR NO RESULTADO?

AUTOR(ES): PRISCILA LEMOS LEITE NOVAES , ROBERTA BAK, MARIANA MICHELIN LETTI, FELIPPE FELIX, SHIRO TOMITA

INSTITUIÇÃO: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO - UFRJ

INTRODUÇÃO: A otite media crônica é um problema comum com o qual o otorrinolaringologista se depara no dia-a-dia, mas os resultados de seu tratamento cirúrgico, ainda são controversos, e ainda não há um consenso de qual a melhor técnica a ser utilizada em cada paciente.

OBJETIVO: Avaliar os fatores que poderiam influenciar no sucesso das miringoplastias realizadas em nosso serviço.

METODOLOGIA: Foram avaliados, retrospectivamente, o prontuário de 50 orelhas que foram submetidas à miringoplastia, entre novembro de 2008 e janeiro de 2010, por otite media crônica não-colesteatomatosa, em um hospital universitário. Cada caso foi avaliado quanto à: Gênero; idade; número de cirurgias otológicas prévias; em qual período do ano foi realizada a cirurgia; qual a via de acesso utilizada; por quanto tempo prévio à cirurgia esta orelha não apresentava otorréia; qual o tipo de enxerto utilizado; se havia timpanoesclerose adjacente à perfuração; se o paciente era tabagista; se a endoscopia nasal estava alterada; se o paciente havia sido submetido à cirurgia nasal previamente à miringoplastia e se a orelha contra-lateral estava alterada. Foi considerado que houve sucesso cirúrgico quando houve fechamento completo da perfuração timpânica.

RESULTADOS: Quando o paciente tinha entre 10 e 20 anos, o sucesso cirúrgico foi estatiticamente pior (p<0,05). Quando a cirurgia foi realizada no último quadrimestre (meses de outubro, novembro, dezembro e janeiro), a taxa de sucesso foi maior (61,5% vs 42,9% nos outros quadrimestres). Nenhum outro parâmetro mostrou influenciar no sucesso cirúrgico. Como todas as cirurgias foram realizadas com a técnica de “underlay”, este parâmetro não pode ser avaliado.

CONCLUSÃO: Pudemos concluir que as cirurgias realizadas em pacientes entre 10 e 20 anos tiveram piores resultados, bem como, as cirurgias realizadas no ultimo quadrimestre apresentaram melhores resultados. Nenhum dos outros parâmetros mostraram influenciar no successo cirúrgico.

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