Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

TRABALHO CLÍNICO

P-104

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO RISCO DE PENETRAÇÃO LARÍNGEA EM SUJEITOS PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON EM ESTÁGIOS DISTINTOS

AUTOR(ES): ERIDEISE GURGEL DA COSTA SILVEIRA , ALCIDÉZIO LUIZ SALES DE BARROS, LUIZ ATAÍDE JÚNIOR, MARIA LÚCIA GURGEL DA COSTA, JOSIAN SILVA DE MEDEIROS, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTI DA SILVEIRA LINS

INSTITUIÇÃO: UNICAP

INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurológica que aparece como resultado de uma perda de neurônios pigmentados, localizados na substância negra do mesencéfalo. Na doença de Parkinson (DP) podemos observar disfagia, penetração e aspiração de líquidos.

OBJETIVO: Comparar o risco de penetração laríngea em sujeitos portadores de DP entre estágios I & II, II & III e I & III.

MÉTODOS: Quantitativo, descritivo, coorte e de observação. Tratamento estatístico: descritivo, Shapiro-Wilk, ANOVA e exato de Fisher p = 0.05. Selecionados 33 sujeitos, 11 de cada estágio, idade entre 40-75 anos, de ambos os gêneros. Utilizamos: escala de Hoehn & Yarh, questionário estruturado e Nasofibroscópio flexível para avaliar a presença de penetração laríngea fizemos uso de água com azul de metileno.

RESULTADOS: Em relação à idade não houve diferença estatística significativa entre os estágios da DP (p=0.3056), para a comparação entre grupos foi utilizado o teste ANOVA, nível de decisão alfa p = 0.05. Obtivemos as médias de 65.6 no estágio I, 62.6 no estágio II e 69.6 no estágio III, através da estatística descritiva. Na variável gênero as comparações entre os estágios I & II, II & III e I & III o p foi > 0.05. Demonstrando que em nossa amostra não houve diferença entre os gêneros. Na comparação entre os grupos foi utilizado o teste exato de Fisher com nível de decisão alfa p = 0.05. Na análise descritiva observamos uma incidência maior de penetração laríngea com o avançar da doença, no entanto não houve diferença significativa entre os estágios. 

DISCUSSÕES: Em relação à presença de penetração laríngea observada através da videoendoscopia da deglutição, quando comparamos os estágios I & II, não observamos diferença estatística significativa (p=0.2125), do mesmo modo entre II & III (p=1.0000). Entretanto quando comparamos os estágios I & III, em que o estágio I é considerado o sujeito em fase inicial da DP e III em um estágio intermediário obtivemos p=0.0805. Estes dados apontam no sentido que existe uma maior presença de penetração laríngea no estágio III da DP em comparação com os demais estágios.

CONCLUSÃO: Pensamos que apesar de não encontrarmos diferença estatística em nosso estudo, a avaliação do risco de penetração laríngea através da videoendoscopia se constitui em um importante instrumento diagnóstico.

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