Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-543

TÍTULO: RECIDIVA DE CARCINOMA INDIFERENCIADO NASOSINUSAL

AUTOR(ES): FÁBIO RAUEN MARTINELLI , LUCIANA MIEKO YAMASHITA, GUILHERME CARVALHO ALMEIDA, NICOLE MAGARINOS, RODRIGO POZZI, ALEXANDRE COLOMBINI SILVA, ALEXANDRE FELIPPU NETO

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO FELIPPU

INTRODUÇÃO: O carcinoma nasosinusal indiferenciado é um tumor raro, extremamente maligno que inicialmente foi descrito por Frierson 1986. Este tumor é caracterizado por um crescimento rápido, com invasão locoregional e metástase à distância. A sintomatologia inicial do tumor está relacionado com o sítio primário e invasões locais da lesão. Os sintomas nasais são, inicialmente, obstrução nasal, coriza e epistaxe. Em casos mais avançados, erosão do palato, invasão de órbita e intracraniana, podem ocorrer. O diagnóstico é estabelecido por exames de imagem e histopatológico. A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética RNM desempenham papel fundamental no planejamento terapêutico.

Relato de Caso: A.R.R., feminino, 56 anos, iniciou em março de 2009 com quadro de coriza e obstrução nasal importante. Após tratamento com corticóide nasal e anti-histamínicos sem melhora foi solicitado exame de imagem.

A TC de seios da face realizada em junho de 2009 apresentou lesão tumoral em fossa nasal esquerda com expansão para fossa anterior de base de crânio. Realizada biópsia incisional com diagnóstico de carcinoma indiferenciado. Paciente encaminhada para tratamento oncológico, sendo realizado radioterapia esteriotáxica e quimioterapia. Após três meses de tratamento foi realizado foi realizado TC de controle apresentando, segundo o serviço de oncologia, melhora da doença tumoral.

Em maio de 2010, a paciente veio encaminhada ao nosso serviço apresentando novamente quadro de obstrução nasal. Solicitou-se novo exame de TC de seios da face apresentando recidiva da lesão tumoral em fossa nasal esquerda. Em junho de 2010, foi realizada cirurgia endoscópica nasal com ressecção total da lesão tumoral e congelação intra-operatória.

Após confirmação imunohistoquimica de carcinoma indiferenciado, o paciente iniciou radioterapia apresentando boa evolução e TC de controle sem lesão tumoral.

DISCUSSÃO: O carcinoma nasosinusal indiferenciado é um tumor raro e altamente agressivo, com poucos casos descritos na literatura. Clinicamente ele se apresenta com quadro de obstrução nasal, dor facial, podendo estar associado a quadros de epistaxe. Possui um crescimento rápido com lesão e destruição das estruturas adjacentes e expansão para alem dos limites anatômicos do trato nasosinusal. O diagnóstico diferencial do carcinoma indiferenciado nasosinusal é amplo e inclui carcinoma de células escamosas, carcinoma da nasofaringe, carcinoma neuroendócrino, neuroblastoma olfativo, melanoma e linfoma. Devido este grande numero de diagnósticos diferenciais para sua caracterização e necessária alem do exame microscópico a realização da imunocitoquímica para diagnostico definitivo. Por ser um tumor raro ainda não existe um protocolo definido para seu melhor tratamento. Sendo terapia multimodal, incluindo ressecção cirúrgica e terapia adjuvante, como radioterapia e quimioterapia, uma esperança em aumentar a sobrevida e a qualidade de vida destes pacientes.

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