Suplemento Vol.76 (5) Set./Out. 2010

RELATO DE CASO (APENAS APRESENTAÇÃO COMO PÔSTER)

P-131

TÍTULO: CARCINOMA ESCAMOCELULAR DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO: RELATO DE CASO

AUTOR(ES): ANDRÉ CAVALCANTE SARAIVA , RIBEIRO, S., ROCHA, M. A., BORGES, A., GOBETH, T. R., SARAIVA, A. C., GONZAGA, G.

INSTITUIÇÃO: FUNDAÇÃO HOSPITAL ADRIANO JORGE / UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

INTRODUÇÃO: As neoplasias malignas de conduto auditivo externo (CAE) são raras e representam menos que 0,2% dos tumores da cabeça e pescoço. O carcinoma espinocelular (CEC) e o basocelular são os mais incidentes, sendo o primeiro mais freqüente. A apresentação clínica, relatada em pelo menos um terço dos pacientes, é otalgia e otorréia em um paciente com história de otite crônica.

OBJETIVO: Relatar um caso de carcinoma escamocelular de conduto auditivo externo diagnosticado e acompanhado no serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial da Fundação Hospital Adriano Jorge, Manaus/AM.

METODOLOGIA: Revisão bibliográfica e análise dos dados do paciente.

RESULTADOS: Paciente, 51 anos, sexo masculino, com história de evolução de nove meses de otalgia esquerda, otorréia purulenta fétida associada a otorragia esporádica, fazendo uso de vários antibióticos sem melhora do quadro clínico, e há dois meses evoluindo com paresia em hemiface E.  Em TC de mastóide evidencia-se destruição de células da mastoide e ossículos, erosão do osso temporal, notando-se material com densidade de partes moles com focos gasosos de permeio preenchendo o conduto auditivo externo. A referida lesão estendia-se para a cisterna do ângulo ponto-cerebelar e à fossa média ipsilateral. Em RNM de mastóide, observou-se lesão medindo 4,5 x 3,9 cm de extensão invadindo partes moles adjacentes ao pavilhão auricular externo, e invasão da cavidade craniana, confirmando os achados da TC. Paciente foi submetido a uma intervenção cirúrgica onde foi realizada debridamento de mastóide e biópsia cujo resultado revelou CEC.

CONCLUSÃO: Apesar do CEC de CAE ser uma afecção rara, seu diagnóstico deve ser sempre suspeitado na presença de otites crônicas de difícil manejo, e resistentes a antibioticoterapia.

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